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A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) abriram chamadas públicas para a aquisição de alimentos da agricultura familiar. As compras serão feitas por meio da modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA).

A  UFRS vai comprar, por ano, 63 mil litros de leite longa vida da agricultura familiar, em um investimento de R$ 175 mil. Já a UFRN vai investir R$ 317 mil na compra de 80 toneladas de frutas, verduras e legumes.

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De acordo com o edital, interessados na venda de leite devem apresentar documentação para habilitação e proposta de venda em 4 de abril. Para aqueles que querem participar da venda para a UFRN, o prazo para apresentar documentação vai até 29 de março.

A coordenadora geral de Aquisição e Distribuição de Alimentos do MDSA, Hétel Santos, destaca vantagens da Compra Institucional para as universidades. “A metodologia do procedimento de compra é simplificada, dispensa licitação. Além disso, o alimento é mais fresco e o preço, muitas vezes, é mais em conta.”

Transformando a realidade

O agricultor familiar Francisco Lima, 46 anos, morador de Macaíba (RN), conta que ele e os demais integrantes da Associação de Produtores Vida Nova vão participar da chamada pública.

Segundo ele, as compras feitas pelo governo direto dos produtores transformaram a realidade da associação. “Ficamos conhecidos no mercado, porque a gente plantava as nossas verduras e não tinha como escoar. Nossa expectativa com essa chamada é muito boa”.

Na Compra Institucional, cada família agricultora pode comercializar R$ 20 mil por ano, por órgão comprador. Para os empreendimentos da agricultura familiar, o valor é de R$ 6 milhões por ano, por órgão comprador. 

Decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (30) transferiu a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário para a Casa Civil da Presidência da República. O mesmo decreto vincula o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) à Casa Civil por meio da Secretaria Especial. Ele prevê também a transferência da estrutura do Ministério do Desenvolvimento Agrário para a mesma secretaria.

Já as competências do ministério foram transferidas à Casa Civil. Entre elas, as relativas à reforma agrária; promoção do desenvolvimento sustentável junto aos agricultores familiares; e a delimitação e a determinação pelas demarcações das terras dos remanescentes das comunidades quilombolas.

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Líder do PT no Senado, Humberto Costa afirmou que a decisão do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) de por fim a participação do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário na Câmara de Comércio Exterior (Camex) “fragiliza ainda mais” o desenvolvimento da agricultura familiar no país que deixará de ter representação nas negociações internacionais. 

“Primeiro, diminuíram a importância do antigo MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) e o fundiram com outra pasta. Agora, os agricultores não vão poder mais ter voz nas discussões sobre preço agrícolas, importação de alimentos, entre outras questões”, enumerou o petista. “A agricultura familiar tem uma importância gigantesca para o nosso país. Cerca de 70% da produção de alimentos no Brasil é oriunda da agricultura familiar. O governo Temer segue buscando aniquilar todos os avanços políticos e sociais, especialmente os conquistados pelos mais pobres”, acrescentou Costa.

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Segundo dados do Governo Federal, o pequeno agricultor ocupa hoje papel decisivo na cadeia produtiva que abastece o mercado brasileiro de alimentos. Produtos com grande consumo, como mandioca (87%), feijão (70%), carne suína (59%), leite (58%), carne de aves (50%) e milho (46%), têm como base este tipo de produção. 

Mencionando um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) que aponta a agricultura familiar como ponto forte para a erradicação da fome e de 80% dos empregos agrícolas, Humberto disse que ela é “fundamental para economia brasileira”. “Esse é um setor que precisa de incentivos que fomentem ainda mais a produção de alimentos. Mas o governo Temer vai na contramão disso. Ele tem mostrado por A mais B que governa apenas para uma pequena parcela da população: a de brancos e ricos. A mesma que compõe o seu frágil ministério”, afirmou o senador.

Humberto disse que estimular a agricultura familiar é fundamental e citou como exemplo a produção do feijão, que pesou no bolso dos brasileiros nos últimos meses. “A agricultura familiar é responsável pela maior parte da produção do feijão brasileiro. Quando a gente não dá representação aos agricultores num órgão tão importante como a Câmara de Comércio Exterior, preocupa porque questões como a comercialização desse tipo de alimento ficam de lado”, explicou.   

O governador Paulo Câmara reuniu-se, nesta quarta-feira (28), com representantes do Fundo Internacional de Desenvolvimento da Agricultura (Fida), instituição ligada à Organização das Nações Unidas (ONU). A audiência faz parte de uma articulação do Estado para captação de outras fontes de recursos para investimento em políticas públicas de fortalecimento da agricultura familiar. Também participaram do encontro, realizado no Palácio do Campo das Princesas, o secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Nilton Mota, e dirigentes de órgãos ligados à pasta.

O acordo deve viabilizar US$ 40 milhões para aplicação em duas frentes: combate à pobreza rural e produção de alimentos com foco na agroecologia e no cooperativismo. A assinatura do protocolo de intenções com a instituição está prevista para o próximo dia 16 de novembro. O desenho do projeto deve ser finalizado em meados de 2016.

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Ao lado do secretário Nilton Mota, o chefe do Executivo estadual tratou do tema com Paolo Silveri e Leonardo Bichara, respectivamente, gerente e oficial de Programa do Fida para o Brasil; e do especialista financeiro da entidade, Danilo Pisani. “Novas fontes de captação de recursos nos ajudarão a fortalecer as políticas públicas que já desenvolvemos nessa área. A agricultura familiar é a nossa base para o setor. "Vamos fortalecê-la por meio de parcerias que melhorem a qualidade de vida do povo", pontuou Paulo Câmara.

Em 2015, mesmo com todas as adversidades, o setor trouxe resultados positivos registrando crescimento  de 8% no primeiro trimestre e 7%, no segundo trimestre. A agropecuária foi o setor produtivo responsável por alavancar o número de vagas com carteira assinada no Estado, no mês de setembro. Nesse período, foram acumulados 5.818 postos de trabalho na agropecuária, sendo 4.112 do cultivo da cana e 1.214 do cultivo da uva.

Nilton Mota destacou a importância de “novas opções” na agricultura familiar. “Entendemos que é fundamental para a agricultura familiar ter a oportunidade de implementar outras culturas, como a produção de alimentos e a piscicultura. Na Zona da Mata, por exemplo, temos o grande desafio de conviver com a produção da cana-de-açúcar, dando a oportunidade aos nossos agricultores de introduzirem outras oportunidades  na sua produção, principalmente na geração de alimentos, que é um tema não só nacional, mas mundial;  principalmente os produtos agroecológicos”, ressaltou o secretário.

Gerente de Programas do Fida no Brasil, Paolo Silveri elogiou a “priorização política” do Governo de Pernambuco à questão do desenvolvimento rural. “A presença de políticas públicas que apoiam a agricultura familiar vão na mesma direção  do FIDA e são essenciais para nós. Entendemos que um projeto não pode resolver problemas históricos, mas pode reforçar e acelerar os efeitos dessas políticas que são de Estado", comentou.

A coordenação geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Pernambuco (Fetraf-PE) vai se reunir com a secretaria de Agricultura e Reforma Agrária, na manhã da quinta-feira (29), para discutir a pauta de reivindicações dos agricultores familiares. A reunião foi agendada após os agricultores ocuparem o prédio da secretaria, durante a terça-feira (27). Outro encontro deverá ser realizado no início de novembro.

Os trabalhadores familiares pediam o andamento da pauta de reivindicações, entregue no final de abril ao governador Paulo Câmara durante a jornada de lutas estadual. Segundo o presidente da Fetraf-PE João Santos, o governo não havia feito nada com relação às demandas. 

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Segundo a federação, o secretário de Agricultura e Reforma Agrária Nilton Mota se comprometeu a agilizar algumas das pautas, como a retomada dos projetos de criação de animais de pequeno porte e criação de 300 barracas (pontos de vendas dos produtos da agricultura familiar) em novembro e mais 350 em dezembro. Das 10 mil cisternas que haviam sido prometidas para 2015, a pasta se comprometeu a entregar duas mil até o final do ano, além de acelerar o projeto de encanação para os trabalhadores do Agreste.

A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Amazônia Oriental   promove nestas terça e quarta-feiras, 13 e 14, uma Oficina de Concertação para Inovação na Agricultura Familiar. O evento que chega à capital paraense vem sendo realizado em todo o Brasil, por meio de uma parceria entre a Embrapa e Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), e tem como objetivo ampliar os canais de demandas e estabelecer parcerias entre diversos segmentos por resultados que tragam mais benefícios para os agricultores e alinhar estratégias para o desenvolvimento de tecnologias.

Após os dois dias de oficina, uma caravana sairá de Belém com destino a Santarém, passando por 10 municípios paraenses, com o objetivo de debater temas ligados à agricultura familiar e conhecer experiências praticadas por agricultores. O grupo segue na estrada por duas semanas, a convite da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), na “Caminhada da Agricultura Familiar no Centro-Oeste do Pará”, para dialogar com gestores, movimentos sociais, ONGs e organizações de trabalhadores rurais e identificar potencialidades e entraves ao desenvolvimento das organizações produtivas ligadas à agricultura familiar paraense.

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Para Silvio Brienza, chefe-adjunto de transferência de tecnologia da Embrapa Amazônia Oriental, oficina e caminhada representam um importante passo para a integração de atores institucionais junto aos agricultores familiares na consolidação de uma rede, na qual todos tenham oportunidades e acessos para dialogar. Também significam um momento de apresentar demandas e necessidades para o fortalecimento desse importante segmento produtivo.

Brienza explicou ainda que, em Belém, a oficina visa estruturar uma agenda de ações para fomentar a integração institucional e a criação de redes de inovação e formação com foco na agricultura familiar, reunindo pesquisa, ensino e Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER). Serão formados grupos inter e transdisciplinares que discutirão gargalos e soluções em ATER, produção na agricultura familiar, agroecologia e organização social. Como resultado, espera-se que as diferentes visões e percepções sobre cada tema contribuam para a construção dessa agenda positiva de propostas e de ações para o fortalecimento do setor.

A oficina começa nesta terça-feira, 13, a partir das 9 horas, no Espaço Memória (Embrapa Amazônia Oriental), em Belém. A saída do comboio da caminhada será nesta quarta, 14, às 14 horas, do mesmo local.

Com informações de Kélem Cabral, da Assessoria de Comunicação da Embrapa. 

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, e o governador Paulo Câmara (PSB) lançaram, nesta sexta-feira (9), o Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016 para Pernambuco. Nacionalmente o programa tem um orçamento de R$ 28,9 bilhões, para o estado foram destinados R$ 550 milhões. O Plano Safra tem, entre outras ações, o cooperativismo, a convivência com o semiárido e o desenvolvimento territorial. O setor em Pernambuco tem mais de 367 mil agricultores responsáveis pela produção de mandioca, arroz com casca, feijão, milho e soja em grão.

Um dos principais braços do Safra é o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que concede crédito para custeio e investimento aos agricultores familiares e assentados da reforma agrária. Das novidades está a destinação de 30% dos recursos para as mulheres, que também foram alvo de um acordo assinado entre o Ministério, o Estado e o Instituto Tavares Buriu para que as mulheres assentadas possam ter carteiras de identidade. 

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Os dados do programa para o estado foram detalhados pelo secretário-executivo do MDA, Anaur Ruano. Segundo ele, comparado aos recursos destinados aos pernambucanos no ano passado, o Plano Safra 2015/2016 apresentou um incremento de 20%. No ano passado, o estado recebeu R$ 494 milhões. "É uma cobertura de aproximadamente 31% dos agricultores familiares. Mas, agora, poderemos até triplicar o número de agricultores com acesso ao crédito”, conjecturou o secretário.

Com um discurso otimista, o ministro recordou que as aplicações federais nas regiões atingidas pela seca tem dado mais confiança ao nordestino. “Não temos mais os flagelados do Nordeste. Nem as mortes e vidas severinas. As pessoas estão ficando nas suas terras. Nós mudamos o Brasil. Não podemos esquecer essas conquistas”, cravou fazendo menção a conjuntura política nacional. 

“Estamos trabalhando com dois objetivos: avançar com reforma agrária dando moradia digna as famílias acampadas e fazermos dos espaços de agricultura familiar e assentamentos, locais para o crédito fundiário contribuindo para a segurança das famílias”, destrinchou Ananias. “No mundo competitivo como para nosso o agricultor sobreviver sozinho é complicado. Somos societários”, acrescentou, defendendo a ajuda mútua para o desenvolvimento do setor no estado. 

Paulo Câmara encarou a destinação dos recursos como importantes para o estado, já que as áreas, segundo ele, são sensíveis. Apesar do acolhimento, o socialista também aproveitou para cobrar a conclusão de outras obras federais que devem favorecer a região. 

“Que o senhor [ministro] seja nosso embaixador em outras áreas que não devem sofrer contingenciamento, como a obra da Transposição. Precisamos ter celeridade para que essa água que está sendo tão bem planejada chegue às comunidades rurais. Estamos no quinto ano de seca e é importante resolvermos esta questão da água. As parcerias [com o Governo Federal] são fundamentais para que continuemos seguir este ano”, frisou. 

De acordo com o secretário de Agricultura, Nilton Mota, a expectativa é de que até dezembro sejam entregues 10 mil títulos de posse para que os assentados possam ter condições jurídicas de ingressar no Pronaf. “Nosso estado não tem o agronegócio a nossa agricultura é familiar. É um ano difícil, mas que a gente tem feito esforços para tirar os projetos do papel. Esse plano [Safra] vem consolidando um conjunto de ações que vai desde a habitação, crédito fundiário, título de posse, entre outras”, detalhou. 

Segundo Mota, a agricultura é o único setor que tem crescido em Pernambuco. No primeiro e no segundo trimestre cresceu 8% e 7%, respectivamente. “Com os títulos os agricultores podem ter acesso ao crédito para que eles tenham condição de tirar proveito da sua terra e da sua colheita”, reforçou o governador. 

O lançamento do plano foi comemorado entre os agricultores. Para o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado Pernambuco (Fetape), Doriel Barros, a “manutenção do Pronaf, sem cortes, é muito importante” diante da crise nacional e da seca que o Nordeste vive. Os recursos, segundo ele, “têm reduzido o êxodo rural”. 

“Nós temos que olhar para a agricultura familiar e a reforma agrária não como um problema, mas como uma oportunidade. Pernambuco tem a possibilidade de ir além com isso. Neste momento o povo precisa de uma pauta positiva. Não podemos viver com o discurso da crise”, disse. “A quantidade de recursos é pequena olhando para a dimensão do estado, mas para [ampliar] isso tem que ter uma articulação dos prefeitos, do governador e dos órgãos”, acrescentou, cobrando mais recursos para o setor.

A agricultura familiar apresentou um crescimento representativo. Isso porque o valor das operações de crédito nos seis primeiros meses do ano agrícola, 2014/205, foi recorde para o período. De acordo com o balanço, o total aplicado foi de R$ 15,2 bilhões, representado, aproximadamente, 23% acima do que foi contabilizado, no mesmo período na safra 2013/2014.

De acordo com os dados, foram mais de 1,1 milhão de contratos que viabilizaram acesso às linhas de custeio e investimento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Desse valor, os agricultores familiares aplicaram R$ 8,3 bilhões em mais de 726 mil contratos em investimento.

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O montante foi utilizado para aquisição de máquinas agrícolas, tratores, colheitadeiras, animais, implantação de sistemas de armazenagem e de irrigação, projetos de melhoria genética, adequação e correção de solo, recuperação de pastagens e ações de preservação ambiental. Os demais R$ 6,9 bilhões, em mais de 415 mil contratos, foram para operações de custeio.

Ainda conforme levantamento, de julho a dezembro de 2014, as mulheres acessaram R$ 2,2 bilhões em mais de 306 mil contratos. Na safra anterior, no mesmo período, elas aplicaram R$ 1,8 bilhão em 297.606 contratos. O Plano Safra 2014/2015, que termina em junho deste ano, prevê a disponibilização de R$ 24,1 bilhões.

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pela coligação Com a força do povo, disse que, se vencer as eleições, pretende ampliar as ações do governo em favor da agricultura familiar. O anúncio foi feito nessa quinta-feira (28), durante encontro na Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), em Brasília.

A ideia é que as propriedades de pequeno porte possam absorver mais tecnologia, melhorando a produtividade por meio de práticas mais eficientes, como novas técnicas de plantio e de criação de rebanho. “O futuro está centrado na ampliação do cooperativismo, ampliação da assistência técnica e da agroecologia na pequena propriedade rural brasileira, transformando essa propriedade numa grande produtora de alta qualificação técnica”, frisou.

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A candidata citou o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) como duas iniciativas que beneficiaram o setor. A política de compra atribuiu 30% da merenda escolar para ser fornecida por produtores familiares. “Isso eleva o potencial de compra para um pouco mais de R$ 2 bilhões. Significa que o agricultor familiar tem segurança e tem condições de produzir mais e melhor”, sustentou.

Segundo ela, caso seja reeleita, manterá o diálogo do governo federal com os movimentos sociais do campo para, entre outras coisas, estimular o cooperativismo e a agroindústria.

O Plano Safra da Agricultura Familiar para o período 2014/2015, lançado nesta segunda-feira (26) pela presidenta Dilma Rousseff em cerimônia no Palácio do Planalto, terá R$ 24,1 bilhões para investimento e custeio. O valor representa aumento de 14,7% em relação à safra anterior. As taxas de juros foram mantidas e variam de 0,5% a 3,5%.

Uma das novas ações do plano é o Pronaf Produção Orientada, linha de crédito voltada para a produção sustentável de alimentos, com foco nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. A linha é direcionada para projetos de sistemas agroflorestais, convivência com o semiárido, agroecologia e produção de alimentos para abastecimento de centros urbanos. O limite de crédito é R$ 40 mil e é garantida assistência técnica até R$ 3,3 mil.

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“O que buscamos com essas medidas é aumentar a produção de alimentos para o nosso país, especialmente a produção agroecológica. Queremos garantir a renda dos agricultores e, com o aumento de produção, contribuir com a estabilidade de preços para os consumidores brasileiros”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto.

O seguro para a agricultura familiar também terá mudanças. A cobertura que o agricultor passará a ter será baseada na renda esperada e não mais no custo de produção. Houve ampliação de medidas voltadas às agricultoras. Para esta safra, mais de 800 mil agricultores serão atendidos pela assistência técnica e extensão rural contratada pelo ministério. Desse total, 50% serão assegurados para mulheres agricultoras. Os jovens também terão ampliação de operações do Pronaf Jovem. Antes, eles podiam acessar uma única operação, no valor até R$ 15 mil, e agora serão três, com o valor total mantido. O Plano Safra do Semiárido receberá R$ 4,6 bilhões.

O ministro Miguel Rossetto disse que a qualificação dos assentamentos de reforma agrária será uma das prioridades do Plano Safra. Para as famílias que estão iniciando a vida em assentamentos, foi criado o Crédito de Instalação, com valor até R$ 14,2 mil por família, para aquisição de bens de primeira necessidade e início da produção. O integrante da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Alexandre Conceição, discursou durante a cerimônia e destacou que “este é o primeiro Plano Safra em que, de cara, saímos com a palavra reforma agrária". Ele também pediu celeridade do governo para a implementação das medidas voltadas aos agricultores familiares.

“Deveríamos voltar a discutir o plano no fim de 2014 ou 2015 para saber ser vamos comemorar ou não. Muitas vezes tem planejamento, decreto, mas que não atendem à necessidade do povo porque emperram na burocracia do segundo e terceiro escalão. Pedimos à presidenta para chamar a atenção do seu governo por uma reforma agrária rápida e emergencial”, disse Conceição.

Nesta segunda-feira (26), o governo federal lançou o Plano Safra da Agricultura Familiar 2014/2015. Serão destinados R$ 24,1 bilhões para os pequenos e médios agricultores, um aumento de 14% em relação à safra anterior, a fim de contribuir para o crescimento da produção. “Se os R$ 24 bilhões forem contratados, nós garantimos mais recursos”, garantiu Dilma Rousseff, durante discurso no Palácio do Planalto.

De acordo com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, o objetivo é fortalecer o mercado nacional e conquistar a estabilidade dos preços dos produtos para a população. “Por isso estamos aumentando a oferta de crédito e mantendo as mesmas taxas de juros do plano que está sendo executado. Portanto, não haverá aumento dos juros”, frisou. A ampliação da assistência técnica também está na meta do plano.

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Está sendo lançada uma nova linha de crédito com foco especial para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) financiará até R$ 40 mil para projetos sustentáveis. Os agricultores que contrarem a Produção Orientada receberão uma assistência técnica gratuita de até R$ 3300 em três anos.

O governo também lançou uma nova linha de crédito para os assentados na reforma agrária, com financiamento total de R$ 1,630 bilhão. “Acreditamos que cerca de 200 mil famílias de assentamentos poderão renegociar suas dívidas e voltar ao sistema de crédito produtivo, recuperando, assim, a produção nos assentamentos”, explicou Rosseto.

O ministro também lembrou do garantia-safra, seguro pago ao agricultor que perde mais de 50% da produção, que será de R$ 850 por produtor. O Proagro Mais também permitirá a cobertura de até 80% da receita bruta prevista, com o limite de R$ 20 mil por produtor. “Essa medida é muito importante porque cria um ambiente seguro para o produtor”, salientou Dilma.

Semiárido

O governo federal também lançou a segunda edição do Plano Safra do Semiárido Brasileiro, que terá R$ 4,6 bilhões em investimentos para fortalecer as ações de segurança hídrica na região, com juros mais baixos do que o previsto para as demais regiões do país.

Assistência técnica

Durante a cerimônia de lançamento dos planos, Dilma assinou um decreto que institui a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). O objetivo é garantir que mais produtores rurais tenham acesso às tecnologias e pesquisas desenvolvidas no País para o setor agropecuário, para que haja aumento da produtividade e renda das famílias que vivem no campo, além de ampliar o acesso da população rural às políticas públicas.

Do dia 12 a 14 deste mês, o Campus Barreiros do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) promoverá a I Jornada de Agroecologia e Agricultura Familiar. O objetivo do encontro é debater o desenvolvimento sustentável da região, envolvendo a comunidade acadêmica e agricultores.

A ação, aberta ao público e gratuita, terá mesas redondas e debates. Alguns dos temas que serão abordados são “Tecnologias sociais para o desenvolvimento da Mata Sul pernambucana”, “Repensando a cultura canavieira para a agricultura familiar” e “sistemas agroflorestais e outras estratégias de diversificação da produção agrícola na região”.

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Outras informações sobre o evento podem ser conseguidas pelos telefones (81) 2125-1728 ou 3675-1117, ramal 2449. O Campus fica na Fazenda Sapé, na Zona Rural de Barreiros.

 

 

Novas obras de reforço do abastecimento de água serão colocadas em práticas no município de Lajedo, no Agreste de Pernambuco. As ordens de serviço do projeto foram assinadas nessa quinta-feira (8) pelo governador Eduardo Campos.

Serão investidos R$ 220 mil na extensão da rede de abastecimento do Sítio Santana e da Associação Comunitária de Caldeirão, localizadas na zona rural da cidade. O novo sistema beneficiará cerca de 230 famílias.

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Ainda na área de infraestrutura hídrica, foi oficializada a inauguração da duplicação da adutora de água tratada do sistema de Lajedo, com o recurso de R$ 2,6 milhões. A ação faz parte do programa para o fim do racionamento e de perdas (Prored), e beneficia os mais de 26 mil habitantes do município, que passam a ter água todos dias.

Agricultura familiar – A passagem do governador pelo município também marcou o início da construção de 60 terreiros de secagem no Sítio Barriguda. A medida pretende elevar em 100% o nível de produção e renda dos agricultores familiares de Lajedo.

Com um custo de execução orçado em R$ 247,9 mil, a ação contemplará diretamente 60 famílias da cadeia produtiva do feijão. O produto será vendido, inclusive, para as escolas da rede pública e utilizado na merenda dos estudantes.

Educação – Os estudantes da região agreste agora contam com a Escola Técnica Estadual (ETE). A instituição foi entregue a população nessa quinta-feira. A área da escola é de 12 mil metros quadrados e o investimento total foi de R$ 8 milhões.

O empreendimento ainda possui 12 salas de aula, seis laboratórios, dois laboratórios específicos, auditório, biblioteca, quadra poliesportiva, refeitório, além de cantina e área de convivência. Para Eduardo, a existência da escola de técnica, ao lado das obras hídricas, auxiliará no do desenvolvimento do Agreste.

"Para atrair empresas, é preciso ter um centro de formação profissional e água. E quero, diante de tantas mães, educadores e estudantes, dizer que estamos dando um salto de qualidade nesses dois setores. Essa unidade é a nossa 19ª ETE, quando tínhamos apenas cinco em funcionamento, em 2006. Até o final do ano, a gente garante mais seis novas unidades dessa, para chegarmos a 2013 com 25 e até 2014, com 40 novas ETEs funcionando nos três turnos. Serão mais 600 mil vagas somente em aulas presenciais", discursou.

Com informações da assessoria

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Pernambuco recebeu nesta sexta-feira (2) a verba do Plano Safra Semiárido, que destina R$ 700 milhões para o fortalecimento da agricultura familiar e de médio porte. No entanto, este valor pode ser ampliado dependendo da necessidade do Estado. O repasse para todo o país foi de R$ 7 bilhões. Cada agricultor familiar pode pedir R$ 150 a R$ 300 mil de empréstimo, que já está disponível, segundo o governador Eduardo Campos. O auxílio prevê a entrega de máquinas 111 retroescavaderias a 103 municípios pernambucanos com um investimento de R$ 31 milhões.

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As medidas beneficiam 200 mil famílias no semiárido pernambucano que se dedicam a agricultura familiar. Além do repasse da verba, Campos, detalha outras medidas que podem ser tomadas. “Temos a possibilidade da construção de dois armazéns para forragens estocadas aqui, que hoje o milho é estocado no Centro-Oeste, e aumentar os recursos da assistência técnica para que a reconstrução da agricultura pós-estiagem se dê sob alicerces mais sólidos para que os avanços não sejam destruídos em outra estiagem”, relatou.

Mesmo com os prejuízos enfrentados por muitos agricultores de Pernambuco por conta da seca, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, destaca que não houve aumento de mortalidade e outros problemas no Estado. “É importante dizer que não tivemos retirantes, aumento da mortalidade infantil, saques por desespero da fome, as pessoas conseguiram permanecer no Sertão, mas houve perda de rebanho e obviamente perda de produção agrícola”, relatou.  

A proposta, segundo Vargas, é reestruturar os rebanhos, as pequenas criações e cultivos alimentares, investir em assistência técnica, para conviver melhor no período da estiagem, com reserva de água e alimentação, além da renegociação de dívida para os agricultores. “Se algum agricultor tem alguma dívida, ele pode renegociar e conforme o valor da dívida ele terá um desconto de até 85%, para poder tomar os novos créditos”, concluiu. 

O governo federal anunciou R$ 7 bilhões em recursos para o Plano Safra do Semiárido, lançado nesta quinta-feira (4), na Bahia. O investimento visa fortalecer a agricultura familiar e amenizar os efeitos da seca sobre a produção agropecuária na região, através de um conjunto de medidas que visam a consolidação de sistemas produtivos com reserva de água, além de reserva de alimentos para os animais, a recuperação e fortalecimento de cultivos alimentares regionais, a agregação de valor para a produção e a agricultura irrigada.

Atualmente, a região abriga 1,6 milhão de estabelecimentos agropecuários, dos quais 90% possuem menos de 100 hectares e 75% uma abrangência inferior a 20 hectares. São áreas que sofrem com os efeitos da estiagem, que é considerada a mais grave dos últimos 50 anos. "Hoje, nós temos tecnologias para convivência com o semiárido. Através de política de crédito e outras iniciativas, queremos estimular ações estruturantes", frisou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.

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Do total de recursos, R$ 4 bilhões serão destinados para a agricultura familiar e os demais R$ 3 bilhões para médios e grandes produtores. As taxas de juros aplicadas ao crédito para os pequenos produtores foram reduzidas, sendo de até 3% para custeio, até 1,5% para investimento e 0,5% para o microcrédito rural. Os médios e grandes produtores da região também serão beneficiados com alíquotas menores.

O agricultores também terão apoio através dos programas de compras públicas. Cerca de R$ 1,3 bilhão serão investidos através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Para amenizar os efeitos da estiagem e prevenir as perdas de rebanhos de pequenos produtores rurais, o governo doará ainda sementes e mudas de produtos destinados à alimentação animal. Em caso de situação de emergência ou estado calamidade, o PAA ainda poderá comercializar aos agricultores familiares, com valor abaixo do mercado, alimentos para os rebanhos.

Segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, R$ 110 milhões serão investidos na recuperação e construção de armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O plano também prevê a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) e recursos de fomento para 30 mil famílias que já possuem tecnologias de acesso à água para produção. O valor do fomento será de R$ 3 mil para cada produtor, em recursos não reembolsáveis, para execução de projetos de estruturação produtiva.

"É possivel viver com a seca. A seca não precisa virar uma catástrofe. Não é necessário o sofrimento e situaçao de quase miséria. Não é necessario aceitar migalhas de politicos. O precisa é determinação, vontade politica e ação conjunta", frisou a presidente Dilma Rousseff.

Acesso à água - Durante a solenidade, a presidente Dilma assinou também um decreto que regulamenta o Programa Cisternas e diminui a burocracia para a contratação e o repasse de recursos para a construção de tecnologias de captação de água para consumo humano e para a produção de alimentos. Com as mudanças, os contratos para construção de cisternas poderão ser feitos de forma direta, desde que elas sejam executadas pelas próprias comunidades junto com instituições locais não governamentais e redes oficiais de pesquisa. As novas regras permitem um repasse de recursos mais ágil e sem burocracia.

Balanço – Na ocasião, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, fez um balanço das ações emergenciais de atendimento, que somam R$ 323 milhões em diversas iniciativas, especialmente a distribuição de água. “Cerca de R$ 200 milhões foram investidos para a construção de poços artesianos e poços profundos e operações de credito emergenciais”, informou.  O ministro anunciou também a assinatura de convênio com a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) de suplementação de crédito emergencial de R$ 400 milhões.

Em relação às medidas anunciadas de atendimento no primeiro semestre deste ano, Bezerra Coelho afirmou que 405 mil agricultores renegociaram as dívidas, num montante de R$ 3, 3 bilhões. Além disso, um milhão de famílias estão sendo beneficiadas pelo Bolsa Estiagem e outros 769 mil agricultores pelo Garantia Safra. Ao todo, 783 municípios que decretaram situação de emergência reconhecida pela Defesa Civil estão sendo atendidos por 7600 carros-pipa. O programa Água para Todos já permitiu a construção de 336 mil cisternas. A meta é construir 750 mil até o final de 2014. "Essas ações emergenciaias são importantes. Mas, mais importante é estruturar políticas permanentes", disse Dilma.

Cerimônia - Além do lançamento do Plano Safra Semiárido, a presidente Dilma entregou 323 máquinas retroescavadeiras e motoniveladoras a 269 municípios baianos, além de ônibus escolares do Programa Caminho da Escola. Também durante o evento foi comemorada a emissão de um milhão de documentos civis e trabalhistas expedidos nos mutirões do Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR), do MDA.

O governo federal publicou, nesta sexta-feira (7), no Diário Oficial da União (DOU) o conjunto de medidas para a agricultura familiar anunciado, na quinta-feira (6), pela presidente Dilma Rousseff no lançamento do Plano Safra 2013/2014 do setor. O pacote inclui medida provisória, dois decretos e o projeto de lei encaminhado ao Congresso Nacional, em regime de urgência, para a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).

O governo destinará R$ 39 bilhões em investimentos para o Plano Safra da Agricultura Familiar 2013/2014, dos quais R$ 21 bilhões ao Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), principal fonte de crédito de custeio e investimento dos pequenos produtores.

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Durante o anúncio do plano, a presidenta Dilma também assinou projeto de lei para a criação da Anater. Segundo a presidente, o novo órgão terá o objetivo de difundir a tecnologia para pequenos e médios produtores rurais.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que participou da solenidade no Palácio do Planalto, explicou que a Anater terá como atribuições a contratação de assistência técnica e de empresas para verificar a qualidade dos serviços prestados. A Agência também irá qualificar pessoal e transferir tecnologia. Ele ainda disse que o novo órgão atuará de forma integrada com a Embrapa e deverá contar com aproximadamente 130 funcionários e um orçamento, já em 2014, de quase R$ 1,3 bilhão.

O lançamento para a safra 2013/2014 marca os dez anos do plano para a agricultura familiar. Segundo o governo, nesse período, a renda da agricultura familiar cresceu 52%, o que permitiu que mais de 3,7 milhões de pessoas passassem para a classe média. O segmento é responsável por 84% dos estabelecimentos rurais do País, 33% do Produto Interno Bruto (PIB) Agropecuário e por empregar 74% da mão de obra no campo.

O governo federal irá disponibilizar R$ 21 bilhões para crédito aos agricultores familiares, através do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), principal fonte de crédito de custeio e investimento dos produtores. O lançamento do Plano Safra 2013/2014 foi realizado nesta quinta-feira (6), no Palácio do Planalto em Brasília.

De acordo com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, os recursos permitirão uma ampliação na capacidade de investimento, no acesso à inovação tecnológica e na segurança para a produção. “Queremos que os agricultores familiares produzam mais alimentos com melhor qualidade”, frisou o ministro. De acordo com o governo federal, o segmento é responsável por 84% dos estabelecimentos rurais do Brasil, além de 33% do Produto Interno Bruto (PIB) Agropecuário, empregando 74% da mão de obra no campo.

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Assim como fez no lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014, na última terça-feira (4), a presidente Dilma Rousseff garantiu que não faltarão recursos. "Se os R$ 21 bilhões forem contratados, nós iremos ampliar o investimento e suprir as necessidades. Recursos não vão faltar", ressaltou.

Terão acesso às melhores condições de crédito os produtores com renda de até R$ 360 mil no último ano. Os juros para o investimento irão variar entre R$ 0,5% e 2%, com linhas de crédito de até R$ 150 mil por operação.  Para as atividades que necessitam de maior mobilização de recursos, como a suinocultura, a avicultura e a fruticultura, o valor para o investimento será de até R$ 300 mil por produtor. Para os investimentos feitos em grupo, o valor chega a R$ 750 mil. Já os juros para custeio serão de 1,5% até 3,5%, com limite de R$ 100 mil por agricultor.

Para a próxima safra, o Seguro da Agricultura Familiar (Seaf) irá atender a 1,2 milhão de família. Ao todo, R$ 400 milhões serão destinados para dar segurança aos produtores rurais. Outra ferramenta é o Garantia-Safra - ação voltada para a área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), majoritariamente semiárida.

Assistência
Além do lançamento do plano safra, o governo também anunciou a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). O executivo encaminhou um projeto de lei ao Congresso Nacional, que trata sobre a estrutura e atribuições do órgão.

A Anater irá funcionar em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Empraba) para qualificar o serviço oferecido e ampliar o número de famílias atendidas. “A ideia é fazer algo que nunca aconteceu no Brasil: aproximar a pesquisa  agropecuária à extensão rural”, ressaltou Vargas.

Compras governamentais
Para a safra 2013/2014, a aquisição anual por família do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) chegará a R$ 5,5 mil. Já as cooperativas terão R$ 6,5 mil em produtos comprados pelo governo. Quando os projetos de venda forem formados por ao menos 50% dos cooperados com perfil de pobreza e quando os produtos forem exclusivamente orgânico, agroecológicos ou da sóciobiodiversidade, o limite de venda por família passa a ser de R$ 8 mil.

Outra possibilidade compra do governo diretamente aos produtores familiares será através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que terá R$ 1 bilhão para a próxima safra.

A presidente Dilma Rousseff cumpre agenda em Natal, nesta segunda-feira (3). Na capital do Rio Grande do Norte, ela participa da cerimônia de entrega de retroescavadeiras e motoniveladoras a 149 municípios localizados na região semiárida do Estado.

Ao todo, estão sendo entregues 250 máquinas, sendo 101 retroescavadeiras e 149 motoniveladoras através da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As cidades beneficiadas estão em situação de emergência devido à estiagem. Além da doação dos equipamentos, será realizada uma capacitação para os operadores, no período de 4 a 25 de junho.

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Os equipamentos serão usados na construção e recuperação de estrada para o escoamento da produção da agricultura familiar. "Estamos em profunda dificuldade por causa da seca, que trouxe uma crise para a agricultura rural e se refletiu diretamente nas administrações municipais. Agradecemos pelo apoio que temos recebido do governo federal", disse o prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT-RN), representando os demais prefeitos presentes.

Ainda durante a solenidade, foi lançado o edital de licitação das obras complementares da duplicação da BR 101/RN, para construção de vias marginais, obra de drenagem e de dois viadutos. Também foram assinados o acordo de cooperação do Programa Brasil Mais Seguro, entre o Ministério da Justiça e o Governo do Estado, e a ordem de serviço para as obras de construção do Museu da Rampa e Memorial do Aviador.

O governo federal também anunciou a liberação de R$ 30 milhões, em recursos do Ministério do Turismo, para a reforma e ampliação do Centro de Convenções de Natal.

A Secretaria de Educação de Pernambuco (SEE) divulgou, no início da noite desta quarta-feira (15), que mais de 800 escolas estaduais terão o cardápio da merenda escolar reforçado. Segundo o órgão, haverá o acréscimo de gêneros alimentícios produzidos por cooperativas da agricultura familiar. A ação é fruto da parceria firmada, na última sexta-feira (10), entre o governador Eduardo Campos e trabalhadores rurais, na cidade de Orocó, no Sertão pernambucano.

Do número total de escolas que serão beneficiadas, 78 unidades são indígenas, localizadas nas Gerências Regionais de Educação (GREs) de Petrolina, Salgueiro e Arcoverde. A SEE garante que as etnias foram consultadas na intenção de que fossem escolhidos os alimentos conforme as características culturais de cada povo. As outras 745 escolas são de ensino regular e integram as 12 diferentes GREs.

Serão atendidos 590 mil estudantes, oriundos de 113 cidades. A duração dos contratos é de um ano e haverá a entrega de diversos gêneros, tais como mel, inhame, melão, cenoura, cebola, macaxeira, abóbora, mix de caprino, banana e melancia. Segundo a SEE, o investimento total na ação é de R$ 18,7 milhões.







O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) será ampliado neste ano, a partir de junho com o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (13), pela presidente Dilma Rousseff, durante o programa de rádio semanal Café com a Presidenta.

"O PAA começou lá em 2003. Nós comprávamos até R$ 2.500 de produtos por ano por cada um dos produtores. E, hoje, alcançamos a cifra de R$ 4.800. E, seguramente, esta vai aumentar", garantiu Dilma. Segundo ela, o programa já atende a 200 mil agricultores familiares.

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Desde 2011, o investimento foi de R$ 1,75 bilhão para a compra de 830 mil toneladas de alimentos. Para 2013, a previsão é de mais R$ 1,4 bilhão. Cerca de três mil itens são comprados através do PAA e fornecidos a creches, asilos, restaurantes populares e também para manter os estoques públicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que também contribui para ações emergenciais, como a ajuda aos atingidos pela seca no Nordeste.

Os agricultores familiares também fornecem alimentos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Esses alimentos são destinados à merenda escolar. "Já compramos R$ 2,25 bilhões de alimentos produzidos pela agricultura familiar e isso tem ajudado a gerar emprego, a gerar renda para os nossos trabalhadores no campo e também alimenta muita gente que precisa pelo Brasil afora", disse a presidente.

Neste ano, o governo federal também deve lançar uma assistência técnica específica para o produtor familiar.

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