O Brasil (quase) parou. Em diversas cidades, estabelecimentos comerciais foram obrigados a fechar as portas, como forma de evitar a disseminação do novo coronavírus. Uma medida exagerada na visão de muitos, mas avaliada como necessária pelas autoridades, seguindo inclusive exemplos de outros países. Isso somado à orientação de que as pessoas fiquem em casa tem reflexo direto na economia. Tempos difíceis estão à frente e é preciso se preparar para eles, principalmente no caso das micro e pequenas empresas.
Nesse momento em que poucas empresas permanecem realmente abertas de forma presencial, as que se viram obrigadas a fechar podem lançar mão de outros recursos para manter a atividade e, consequentemente, a entrada de capital. Isso é essencial também para manter toda uma cadeia produtiva ainda em movimento, mesmo com as paralisações. Antes de tudo, o mais importante é manter o máximo de colaboradores possível em home office, trabalhando em casa. Assim, evita-se, além da propagação do coronavírus, prejuízos futuros com o afastamento do funcionário com a doença. É preciso desenvolver um sistema de acompanhamento das demandas de cada um, para manter o ritmo, sempre motivando toda a equipe.
Para amenizar os efeitos econômicos da situação atual, é preciso antes de tudo estudar o seu próprio negócio e avaliar as possíveis alternativas. Faça dessa quarentena um período de avaliação, reflexão e possível crescimento. Pergunte-se sempre como é possível melhorar, continuar atuando, com as condições que são impostas – lembre-se: elas são temporárias e exigem um esforço extra. Produtos digitais não serão muito afetados; pelo contrário, esta é até uma oportunidade para divulgá-los ainda mais, aproveitando que as pessoas estão em casa e têm mais tempo de consumir na internet. Por falar em internet, ela será, durante a crise, a principal aliada de todo empreendedor. É possível usar os meios digitais para vender qualquer coisa, podendo ser entregue em casa. Além disso, o marketing digital se torna ainda mais valioso, pois raciona os investimentos e permite um alcance maior.
O momento é de reduzir custos – e aqui é importante saber diferenciar os custos dos investimentos. Em meio a toda essa situação preocupante, devemos aproveitar para repensarmos nossos empreendimentos. O que pode funcionar de maneira diferente, mais eficiente, rápida e que atenda o público melhor? A inovação deve ser a meta de todos, pois, com novos modelos de negócio, podemos nos diferenciar e até mesmo ter uma vantagem no futuro. Esse momento pode ser útil para identificar gaps e oportunidades para o empreendimento para, depois, retomar as atividades normais com outra mentalidade. É hora de se preparar para o que a crise do coronavírus ainda trará. Certamente não vai ser fácil, mas com planejamento e determinação, é possível atenuar os efeitos da depressão econômica.
Estamos passando pela maior crise que a humanidade viveu nos últimos 100 anos. Uma crise tão devastadora quanto uma Guerra Mundial, somente idealizada e preconizada em filmes de suspense e de terror. Uma guerra na qual o inimigo não é um país, mas um inimigo invisível, um vírus, que a comunidade científica chama de coronavírus. Este inimigo oculto já está impactando negativamente bilhões de pessoas em todo o planeta, infectando a população de todas as nações do mundo, causando um dos maiores problemas de saúde pública da humanidade e, por via de consequência, incrementando a maior recessão de todos os blocos econômicos dos últimos 100 anos. A crise da Covid-19 é capaz de levar à bancarrota centenas de milhares de empresas e dezenas de nações, caso não seja eficazmente combatida através de medidas preventivas, vacinas, medicamentos, ações e políticas públicas eficazes.
É importante registrar que a Covid-19, como é cientificamente chamada a doença provocada pelo coronavírus, embora não possua uma taxa de letalidade comparada à de inimigos similares de outrora, como a gripe espanhola, é detentora de uma substanciosa capacidade de multiplicação e de uma imensa velocidade de contaminação, extremamente superior à de inimigos pretéritos conhecidos pela humanidade. Ela está atingindo, principalmente, a população mais idosa, aquela superior a 60 anos e considerada grupo de risco, além dos possuidores de comorbidades graves como diabetes, hipertensão, doença cardiovascular, câncer, doenças respiratórias, dentre outras. A Covid-19 tem feito com que as nações mais poderosas do mundo, como os Estados Unidos, a França, a Inglaterra, a Alemanha, o Japão, etc., se curvem à sua nocividade e implementem uma paralisação, quase que integral, de suas atividades, salvo atividades essenciais, o chamado lockdown ou shutdown horizontal, causando uma assustadora crise econômica das mais nefastas para toda a humanidade.
Entretanto, o isolamento horizontal, remédio que está sendo utilizado para combater o vírus, embora extremamente necessário, não conseguirá derrotar o inimigo invisível, mas apenas postergar a contaminação e ganhar tempo para que a ciência consiga achar um medicamento eficaz de cura e também uma vacina para evitar a contaminação maciça da população. No entanto, se este remédio for utilizado por muito tempo, o efeito colateral dele poderá causar muito mais mortes que o próprio vírus, só que “mortes invisíveis”, causadas por outro vírus, o vírus da miséria e da fome, pois implementará o caos econômico acarretando danos irreversíveis ao país e a sua população, já que levará a falência incontáveis empresas, milhões de profissionais liberais e trabalhadores informais, e será extremamente “devastador,” talvez muito pior que a própria patologia.
Nesse sentido, afirmamos que o coronavírus veio ao mundo para conviver com a humanidade, mostrando aos seres humanos a sua insignificância nesta infinita Via Láctea. Ele veio para mostrar que somos seres únicos, mas que fomos feitos para viver coletivamente, já que o mundo não é uma ilha. Ele veio para mostrar que os seres humanos são gente e para serem gente, dependem de gente. Para mostrar que somos o que somos porque somos todos nós, já que qualquer pessoa precisa de outras para ser ela mesma. Que um simples ser humano, infectado pelo vírus, produz um “efeito borboleta” capaz de afetar todos os quase oito bilhões de seres humanos em todos os países do mundo. Para lembrar aos seres humanos que, na oração que Jesus nos ensinou, ele diz que o Pai é nosso, e não meu; que o pão é nosso, e não meu; quando pede livramento, ele diz “livrai-nos”, e não “livrai-me”. E diz que “venha a nós o teu reino”, e não “a mim”. Veio para mostrar que o planeta Terra não será o mesmo após esta pandemia, em todos os setores, e que “nós” é realmente uma mensagem que precisa estar, não só na boca do ser humano, mas dentro de todos os nossos corações.
Estamos passando pela maior crise que a humanidade experimentou nos últimos 100 anos. Uma crise mais devastadora que uma Guerra Mundial, somente idealizada e preconizada em filmes de suspense e de terror. Uma guerra na qual o inimigo não é um país, mas um inimigo invisível, um vírus, que a comunidade científica chama de coronavírus e que uma parcela da sociedade, erroneamente, tem chamado de “peste chinesa” em face do primeiro caso ter ocorrido naquele país. Este inimigo oculto já está impactando negativamente bilhões de pessoas em todo o planeta, infectando todas as nações do mundo, causando um dos maiores problemas de saúde pública da humanidade e, por via de consequência, incrementando a maior recessão de todos os blocos econômicos dos últimos 100 anos, capaz de levar à bancarrota centenas de milhares de empresas e dezenas de nações, caso não seja eficazmente combatido através de medidas preventivas, vacinas, medicamentos, ações e políticas públicas eficazes.
É importante registrar, inicialmente, que a Covid-19, como é cientificamente chamada a doença provocada pelo coronavírus, e que o numeral 19 se refere ao ano da sua descoberta, embora não possua uma taxa de letalidade comparada à de inimigos similares de outrora, como a gripe espanhola, é detentora de uma substanciosa capacidade de multiplicação e de uma imensa velocidade de contaminação, extremamente superior à de inimigos pretéritos conhecidos pela humanidade. Ela está atingindo, principalmente, mas não exclusivamente, a população mais idosa, considerada grupo de risco, aquela superior a 60 anos, e os possuidores de comorbidades e de graves doenças como diabetes, hipertensão, doença cardiovascular, câncer, doenças respiratórias, dentre outras, fazendo com que as nações mais poderosas do mundo, como os Estados Unidos, a França, a Inglaterra, a Alemanha, o Japão, etc., se curvem à sua nocividade e implementem uma paralisação quase que integral de suas atividades, salvo atividades essenciais, o chamado lockdown ou shutdown horizontal, causando uma assustadora crise econômica das mais nefastas para eles e para toda a humanidade.
Pesquisando sobre doenças infecciosas, encontramos na revista Exame de fevereiro de 2020, texto no qual se afirma que, no ano de 2018, a tuberculose matou 1,5 milhão de pessoas no mundo; a hepatite B e C, 1,34 milhão; o HIV, 770 mil por complicações da doença; a gripe ou influenza, 650 mil no mundo; a malária, 405 mil; a meningite, 170 mil; a cólera, 143 mil; a raiva, 59 mil; a febre amarela, 30 mil; a dengue, 25 mil, totalizando no mundo 51 milhões de mortes durante a década. Nenhuma dessas doenças, no entanto, incutiu tanto terror às pessoas e às nações, a ponto de fazê-las paralisar integralmente todas as suas atividades e impor toque de isolamento de quase toda a população em suas casas, por um período indefinido de quarentena.
A paralisação horizontal implementada pela maioria dos países, inclusive o Brasil, está sendo realizada com alguns objetivos principais, dentre eles: salvar tantas vidas quanto for possível; garantir que o sistema de saúde, especialmente os leitos de UTIs, não entre em colapso por conta da grande quantidade de internações simultâneas. Todos abraçaram a tese de que é necessário a qualquer custo, achatar a curva da contaminação, para evitar a superlotação e a superação da capacidade do sistema de saúde das cidades, dos estados e do país.
Entretanto, o isolamento horizontal, remédio que está sendo utilizado para combater o vírus, embora extremamente necessário, não conseguirá derrotar o inimigo invisível, mas apenas postergar a contaminação e ganhar tempo para que a ciência consiga achar um medicamento eficaz de cura e também uma vacina para evitar a contaminação maciça da população.
No entanto, se esse remédio, a quarentena com a paralisação dos negócios, for utilizado por muito tempo, o efeito colateral dele poderá causar muito mais mortes que o próprio vírus, só que mortes invisíveis, causadas por outro vírus, o vírus da miséria e da fome, pois implementará o caos econômico acarretando danos irreversíveis ao país e à sua população, já que levará à falência incontáveis empresas, milhões de profissionais liberais e trabalhadores informais, e será extremamente “devastador,” talvez muito pior que a própria patologia.
Nesse sentido, é particularmente triste reiterar que a implementação do isolamento geral da população por muito tempo, com o intuito de combater a pandemia no Brasil e no mundo poderá matar muito mais gente que o próprio coronavírus. A grande diferença é que serão “mortes invisíveis”, pois instalará uma grave crise econômica irreversível, colocando o país (vamos restringir a análise apenas ao Brasil) numa situação de extrema pobreza. É que, diferentemente de algumas nações ricas, que também estão sofrendo com a doença, como os Estados Unidos, a França, a Itália, a Espanha e a Alemanha, etc., apenas 6% da população brasileira possui poupança. O tempo médio de caixa das empresas brasileiras pequenas e médias é de quinze dias. Os trabalhadores informais, os profissionais liberais e os próprios trabalhadores celetistas trabalham um mês para viver o seguinte. A renda média da família brasileira é de cerca de 400 dólares (enquanto, na Europa, é de 2 mil dólares) e 80% dos postos de trabalho brasileiros são formados pelos pequenos e médios empreendedores, ou seja, cerca de 35 milhões de empreendedores informais, que jamais podem parar as suas atividades por um tempo superior a uma semana. Ademais, a paralisação integral das atividades por muito tempo, acarretará, consequentemente, uma avalanche de desemprego que superará a casa dos 30% de desempregados, ou mais de 40 milhões, a tal ponto de o fundador da XP Investimentos, Guilherme Benchimol, defender a criação de um Plano Marshal (pacote de reconstrução da Europa depois da Segunda Guerra Mundial), para tentar salvar o Brasil e também alguns países do mundo. É que, se persistir a paralisação integral da atividade produtiva por muito tempo, os estragos na economia real serão extremamente profundos, com possibilidade de gerar um caos social no país, no qual as pessoas começarão a passar fome, o índice de violência recrudescerá, haverá uma ampliação do número de assaltos e latrocínios, saques em supermercados, aumento do número de assassinatos, etc.
É importantíssimo lembrar que, para uma família de classe alta ou até média, que vive em grandes moradias, já é difícil viver em isolamento geral por um longo período, imagine a grande maioria dos brasileiros que pertence às classes C, D e E e mora em pequenas casas, apartamentos e barracos em bairros populares e favelas - realiza-lo torna-se quase que impossível.
Outrossim, milhões de brasileiros, para sobreviver, dependem do dinheiro que ganham durante a semana de trabalho, e não conseguirão sobreviver sem trabalhar por muito tempo a não ser que o Governo Federal banque as suas despesas.
Não podemos deixar de pontuar, que as Medidas Provisórias (927/20 e 936/20) editadas pelo Governo Federal para tentar impedir as rescisões dos contratos de trabalho em massa, elas associadas ao “coronavaucher” de R$600,00, dão, sem sombra de dúvidas, uma sobrevida ao mercado como um todo, porém, tais medidas e dinheiro utilizado são finitos, um dia acabam. Nesse contexto, os R$600 mensais que o Governo Federal se propôs a repassar para os milhões de desempregados e trabalhadores brasileiros a partir do mês de abril aliviarão bastante o problema da fome, mas não resolverão o grave problema, caso a pandemia persista e o isolamento integral tenha que perdurar por muito tempo.
Ampliando o quadro de análise, é muito triste trazer à baila que, segundo especialistas, a mortalidade da Covid-19 em adultos com mais de 60 anos é alta, por outro lado, é particularmente otimista consignar que, nas crianças e jovens ela é muito pequena, muito menor do que a gripe comum ou H1N1. Nesse sentido, é extremamente importante acalmar a população e diminuir o pânico, através de esclarecimentos, informando que grande maioria dos casos de infecção acarreta apenas sintomas leves, não havendo necessidade de uma corrida aos hospitais. Entretanto, o grande problema é a velocidade de contaminação do vírus, que pode acarretar um grande número de doentes graves dependentes de respiradores e leitos de UTIs, impulsionando o sistema de saúde brasileiro e mundial a um colapso, como já está acontecendo em cidades da Itália, da Espanha, da França e até dos Estados Unidos, como Nova York. Problema este que, a médio prazo pode ter solução se esforços hercúleos forem envidados pelos governos, especialmente os federias. Uma das soluções consistiria em contratar, urgentemente, grande quantidade de profissionais de saúde, que se encontram desempregados, ou trabalhando informalmente, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, profissionais de educação física, psicólogos, dentistas, e até médicos veterinários que possuem conhecimentos básicos de saúde e podem colaborar, para fazer parte de um grande mutirão de combate à Covid-19. Uma forma de estimular essa categoria de profissionais, de imprescindível importância neste momento de pandemia, exclusivamente para aqueles que estiverem na linha de frente da Covid-19, seria adotar as seguintes medidas: 1) isentá-los do pagamento do Imposto de Renda por um determinado período; 2) perdoar dívidas do financiamento estudantil (Fies); 3) privilegiá-los na participação do Programa Mais Médicos; 4) beneficiá-los com determinados pontos nos programas de residência médica; 5) um seguro de vida para seus familiares, além, é claro, do fornecimento de todos os equipamentos de proteção individual necessários para o desenvolvimento de suas atividades. ;. Ademais, para vencer esta guerra, mister se faz aumentar a quantidade de equipamentos de proteção e recuperação nas unidades de saúde, especialmente os essenciais respiradores, bem como aumentar substancialmente os leitos hospitalares, especialmente de UTIs, que posteriormente poderão ser desativados, como já foi feito, outrora, em outras crises epidemiológicas.
A título de ilustração, interessante analisar as estatísticas de mortes ocorridas na Itália, apresentadas pelo Ministério da Saúde daquele país. Na Itália, em sua grande maioria, as mortes por infecção de coronavírus ocorreram em pessoas idosas, com idade média de 79.5 anos para homens e 83.7 anos para mulheres, sendo que 70% delas foram de pessoas do sexo masculino. Ademais, a maioria das vítimas, em média, tinham 2,7 outras doenças graves antes de contrair o vírus: 48,5% tinham três ou mais doenças como câncer, doenças cardíacas e hemorragia cerebral.
Com efeito, importante asseverar que neste texto, não tenho a pretensão de apontar soluções terapêuticas para combater o vírus, nem tampouco a de defender quaisquer tipos de distanciamento social como forma de controle da epidemia, seja isolamento horizontal ou vertical, já que não sou médico nem epidemiologista. Mas, como estudioso, empreendedor e curioso, fazer, embora que de forma perfunctória e em apertada síntese, algumas reflexões sobre uma das maiores crises epidemiológica mundiais, que está causando o maior caos econômico que o mundo já viveu, e, tentar mostrar, na minha modesta luz, algumas causas e soluções que poderão ser implementas pelos poderes públicos mundiais para controlar a pandemia e diminuir o colapso econômico global.
Nessa perspectiva, cumpre mostrar aqui que o biofísico da Universidade de Stanford, ganhador do Prêmio Nobel de Química em 2013, Michel Levitt acredita que a pandemia da Covid-19 pode acabar mais cedo do que imaginamos. Segundo ele, é preciso haver detecção, pois o vírus só pode crescer exponencialmente quando não é detectado e não existem medidas para impedir sua propagação. Ele registrou que a gripe sazonal infectou cerca de 36 milhões nos Estados Unidos em cerca de 6 meses e matou cerca de 22 mil pessoas. Segundo ele, o fato de termos anticorpos naturais contra a gripe, infraestrutura médica, antecipar a doença do coronavírus e estarmos preparados para lidar com ela, vai diminuir substancialmente o número de mortes. Para Levitt, embora a taxa de letalidade pela Covid-19 seja mais alta que o da gripe, não será o fim do mundo. Outrossim, em breve teremos remédios eficientes e eficazes para curar a doença e, se Deus quiser e a ciência, uma vacina para imunizar toda a população mundial. Sobre medicamentos, convém assinalar que pesquisadores fizeram uma pesquisa com um número restrito de pacientes, todos infectados pela Covid-19 e com sintomas. Parte deles foi tratada com hidroxicloroquina, o remédio da malária. Outros, a grande maioria, foi tratada com hidroxicloroquina e azitoromicina, e os demais não tiveram a utilização desses medicamentos. Mais de 50% dos que foram tratados com hidroxicloroquina ficaram livres do vírus. Todos os que foram tratados com hidroxicloroquina e azitromicina foram curados. Uma grande esperança. Demais disso, para 100 pacientes internados no hospital Lennox Hill, nos Estados Unidos, em decorrência da infecção do vírus, após o uso de hidroxicloroquina, versão menos tóxica da cloroquina, não se verificou nenhum óbito entre eles segundo o doutor William Grace, médico daquele hospital. Por outro lado, em ensaio clínico randomizado ocorrido no Renmin Hospital of Wuhan University entre os dias 4 e 28 de fevereiro de 2020 realizado com 62 pacientes infectados pelo coronavírus, os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos. 31 receberam hidroxicloroquina e 31 placebo. Para aqueles que receberam hidroxicloroquina o resultado foi surpreendente e a maioria deles melhorou. Ademais, o renomado especialista em doenças infeciosas Stephen Smith, fundador do Smith Center for Infectious diseases, em Nova Jersey, juntamente com sua equipe tratou com hidroxicloroquina 50 pacientes infectados pelo vírus e registrou que todos eles que usaram o medicamento por 5 dias ou mais não precisaram ser entubados e melhoraram. Uma outra esperança é que quatro pessoas infectadas com a Covid-19 que estavam internadas em estado grave no Hospital Igesp, de São Paulo, foram totalmente curadas e já receberam alta. Sobre vacina, existem diversos países no mundo em fase de testes de vacinas. Os Estados Unidos já testaram em humanos, a China também já está em fase de testes, e, recentemente cientistas israelenses chefiados por Chen Katz informaram em entrevista para o jornal The Jerusalem Post que pretende iniciar os testes em humanos em 1º de junho de 2020. O avanço ocorreu depois de os cientistas estarem há quatro anos desenvolvendo uma vacina para o vírus da bronquite infecciosa das galinhas. A droga que está sendo desenvolvida para o novo coronavírus seria uma adaptação dessa primeira pesquisa. Segundo o cientista, a vacina que será oral, estará disponível ao público em geral em no máximo noventa dias. Oxalá seja verdade.
De outra parte, o supercomputador mais rápido do mundo, denominado Summit, da empresa IBM, está tentando descobrir remédios que possam frear a disseminação da Covid-19. Conforme os pesquisadores, o computador realizou milhares de simulações em apenas dois dias (enquanto um computador normal demoraria meses), com a finalidade de analisar quais compostos químicos poderiam atuar impedindo o vírus de se multiplicar. De uma lista com mais de 8 mil substâncias analisadas, a máquina, que consegue realizar 200 quatrilhões de cálculos por segundo, identificou 77 delas, que, mesmo embrionariamente, e ainda sem comprovação científica, têm certa capacidade para combater o vírus. De agora em diante, devem acontecer estudos científicos para provar quais desses medicamentos podem funcionar para vencer o coronavírus.
Por outro lado, já nos beneficiamos da experiência de outros países que já sofreram e sofrem com a doença há mais tempo. A China já está flexibilizando os isolamentos, inclusive fechando hospitais de campanha. A Coreia e o Japão vêm enfrentando a doença sem isolamento ou lockdown qualquer, nem vertical, nem tampouco o horizontal, com o mínimo de letalidade e com prejuízo econômico muito pequeno, apenas realizando exames rápidos na maior parte da população, para detectar os infectados, e monitorando as pessoas com resultados positivos e também aquelas que fazem parte dos grupos de risco.
Logo, no afã de diminuir o contágio e evitar o maior número de mortes possíveis, sejam elas causadas pela contaminação do vírus, sejam elas causadas pelo vírus invisível da fome, sugerimos que sejam tomadas as seguintes medidas: 1) isolamento social da população temporário e parcial; 2) apesar de fazermos parte de uma união federativa, como estamos vivendo uma situação de calamidade pública, em estado de emergência, similar a situação de guerra, tem que ser estabelecido um “comando unificado” em todo o país para combater a epidemia, como foi defendido pelo Ph.D Harvey V. Fineberg, e esse comando geral deve ser personificado no Ministério da Saúde por meio do Ministro da Saúde, que deve se reportar diretamente ao presidente da república, e deve ter total confiança do presidente, com auxílio de todos os outros ministérios e das Forças Armadas. Os estados federativos bem como os municípios devem criar, em cada estado e em cada município uma central de crise, que deve ficar a cargo das Secretarias de Saúde que devem normativamente e obrigatoriamente, seguir todas as diretrizes e recomendações emanadas pelo Ministério da Saúde e pela Presidência da República. Se quisermos vencer esta guerra, é necessário haver um comando central de onde serão emanadas diretrizes, regras e ordens que deverão ser seguidas e obedecidas. Em face da situação de guerra que estamos vivendo jamais poderá se permitir que o Ministério da Saúde crie diretrizes para combater o vírus e certos estados ou municípios deixem de segui-las, ou até criem outras diferentes ou em confronto com as estabelecidas pelo ministério; 3) aumentar substancialmente a quantidade de unidades hospitalares bem como a quantidade de leitos de UTIs, com a aquisição de equipamentos de recuperação especialmente os essenciais respiradores; 4) criar um grande mutirão de combate à Covid-19 e contratar, urgentemente, grande quantidade de profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, profissionais de educação física, psicólogos, dentistas e até médico veterinários, possuidores de conhecimentos básicos de saúde, para fazerem parte de um grande mutirão de combate, com salários diferenciados e benefícios específicos; 5) fornecer, urgentemente, para todos os profissionais de saúde do país, equipamentos de proteção individual necessários e de qualidade para o desenvolvimento de suas atividades. “Não dá para enviar soldados para a guerra sem coletes balísticos; da mesma forma, não podemos enviar profissionais de saúde para cuidar dos doentes infectados pelo coronavírus sem os equipamentos necessários”; 6) disponibilizar milhões de testes para diagnosticar todas as pessoas sintomáticas, e até as assintomáticas. A Coreia do Sul conseguiu controlar a pandemia testando todos os seus cidadãos. “Sem testes para diagnosticar e comprovar a infecção não tem como rastrear e diminuir o surto”; 7) como foi defendido pelo ministro da Defesa de Israel, Naftali Benneti, temos que “separar as pessoas idosas das jovens. A mais mortal combinação é juntar os idosos aos jovens. Porque a Covid-19 é muito mais letal para os idosos do que para os jovens”. Aquelas pessoas mais propícias a morrerem em decorrência de uma infecção causada pela Covid-19, que são as pessoas mais idosas e aquelas pessoas detentoras de doenças graves, como diabetes, hipertensão, doenças coronárias, câncer e/ou outras doenças crônicas, e também aquelas pessoas com baixa imunidade, devem ser examinadas, sem exceção, e testadas. Aquelas que, por acaso já tenham contraído o vírus, mesmo assintomáticas, sejam encaminhadas para acompanhamento e tratamento hospitalar, as com exames negativos seriam colocadas em quarentena em suas residências ou em abrigos, pousadas e hotéis, sem qualquer contato com os grupos que não são de risco, para serem cuidadas por agentes de saúde contratados e supervisionados pelos governos federal, estaduais e municipais, com acompanhamento de familiares, até que haja o controle total da pandemia; 8) incentivar todos a usarem máscaras e luvas de proteção quando estiverem na rua ou exercendo suas atividades. Isso está sendo utilizado na República Tcheca e aquele país está conseguindo evitar o avanço do vírus; 9) como foi defendido por Harvey V. Fineberg em seu excelente artigo intitulado “Dez semanas para esmagar a curva” publicado no novo jornal inglês de medicina, se faz necessário “diferenciar a população em cinco grupos. O grupo de infectados; o grupo que se presume estar infectado (pessoas com sintomas que inicialmente testaram negativo); o grupo que foi exposto; o grupo de quem não é conhecido por ter sido exposto ou infectado; e o grupo que se recuperou da infecção e já está imune”. “Devemos identificar, através de sintomas, exames e testes de detecção aqueles que pertencerem a cada um dos quatro grupos iniciais. Internar em unidades hospitalares aqueles infectados em estado grave; utilizar enfermarias para cuidar daqueles infectados que estão doentes mas que não correm risco de morte, para evitar transmissão para os membros da família; converter hotéis vazios em centros de quarentena para abrigar aqueles expostos e separá-los da população em geral por 14 dias; identificar aqueles que foram infectados e já estão imunes para fornecerem material com anticorpos para combater os infectados”.
Para finalizar, cumpre trazer à baila uma pergunta que muitos estão fazendo ao redor do mundo: como será o “day after”, o dia seguinte a descoberta da cura da Covid-19? Como será o pós-guerra?
Eu gostaria de despertar esse questionamento em todos, em cada indivíduo do planeta, que possua um mínimo traço empreendedor em seu DNA, para que todo esse sofrimento, perdas de entes queridos, de inocentes, dos profissionais de saúde, e, inclusive, de seus empreendimentos, possa valer à pena. É que nada nesse mundo acontece por acaso.
Segundo Winston Churchill, “Todas as grandes coisas são simples. E muitas podem ser expressadas nas palavras: liberdade; justiça; honra; dever; piedade; esperança.” É nessa linha que eu vejo o novo mundo pós-guerra. Percebo que não sairemos ilesos de tudo isso, e os que sobreviverem jamais serão os mesmos. Pelo menos não nesta geração. Porque a cicatriz deixada pela “Covid-19” estará sempre presente no coração de todos, não importando classe social, cor, raça, credo, convicções políticas, etc.
As pessoas darão mais valor as coisas simples, aos valores morais, à ética. Serão mais misericordiosas, as doações mais continuadas, os abraços serão mais sinceros, as disputas mais construtivas e teremos menos ameaça de guerra. Quem duvida que tudo isso não veio para impedir uma guerra nuclear com proporção para destruir todo o planeta?
Vejo um mundo melhor, mais unido, tolerante e misericordioso e isso vai, sim, repercutir nos negócios entre os povos - interna e externamente. As regras de compliance sairão do papel em muitas empresas nos quatro cantos do mundo, porque o ser humano foi despertado para a vida e para a simples constatação de que todos estamos no mesmo barco, ao ponto de um ser humano nascido na China transferir um vírus para um ser humano nascido na Amazônia, estando ambos nos seus respectivos “habitats”.
O maléfico coronavírus fez a humanidade despertar para esta interconexão pessoal e acordar para uma ramificação coletiva que supera fronteiras, ideologias, oceanos, geleiras, montanhas, que teve o poder de pôr todos os mercados em “pausa”, ao ponto de colocar a humanidade em “stand-by”.
Ora, o “day after” será positivo sim, teremos empreendedores mais resilientes, antifrágeis, éticos, criativos, inventivos, inovadores, solidários, tolerantes, conscientes que temos uma corrente do bem já construída, que infelizmente nos foi despertada por um vírus destruidor de tantas vidas e sonhos, mas o caminho é o mesmo, da mesma forma que se transmitiu o vírus entre povos tão diferentes, há a possibilidade concreta de se transmitir a bondade, a fraternidade e o amor.
Segundo Lao-Tsé, “a bondade em palavras cria confiança; a bondade em pensamento cria profundidade; a bondade em dádiva cria amor.” E é dessa forma que eu vejo as novas “pautas” na retomada do mundo, quando o botão do “play” voltar a ser acionado.
Por fim, ousamos afirmar que o coronavírus, como centenas de outros vírus, veio ao mundo para conviver com a humanidade, mostrando aos seres humanos a sua insignificância nesta infinita Via Láctea.
Ele veio para mostrar que somos seres únicos, mas que fomos feitos para viver coletivamente, já que o mundo não é uma ilha.
Ele veio para mostrar que os seres humanos são gente e para serem gente, dependem de gente.
Para mostrar que somos o que somos porque somos todos nós, já que qualquer pessoa precisa de outras para ser ela mesma. Que um simples ser humano, infectado pelo vírus, lá nos rincões da China, produz um “efeito borboleta” capaz de afetar todos os quase 8 bilhões de seres humanos em todos os países do mundo (Teoria do Caos – Edward Lorenz). Para lembrar aos seres humanos que, na oração que Jesus nos ensinou, ele diz que o Pai é nosso, e não meu; que o pão é nosso, e não meu; quando pede livramento, ele diz “livrai-nos”, e não “livrai-me”. E diz que “venha a nós o teu reino”, e não “a mim”.
Veio para mostrar que o planeta Terra não será o mesmo após esta pandemia, em todos os setores, e que “nós” é realmente uma mensagem que precisa estar não só na boca do ser humano, mas dentro de todos os nossos corações.
Veio para mostrar que somos seres humanos, mas, seres altamente resilientes e superadores de adversidades.
Tenhamos fé em Deus para suportar todas as agruras e adversidades que estão por vir, pois fé é a “matéria-prima”, que dá um sentido sublime às nossas vidas e “com fé nada é impossível”. É que o ser humano nasceu para ser um superador de adversidades. É o “selo indelével de Deus”. Existe nele uma “força divina”, uma “vida divina”, uma “centelha divina”, enfim, uma “divindade” que consiste numa “força celestial eterna” que o “potencializa” e o “capacita” diuturnamente para superar todas as dificuldades, adversidades e obstáculos que surgem.
Pois a “vida real” é uma espécie de “montanha-russa grande e louca”. Ela se inicia “bem devagar, preenche o ser humano com curiosidade, eleva-o e, logo em seguida, empurra-o voando para baixo, só para vê-lo subindo rapidamente novamente”. O ser humano “ri com alegria, chora com medo, pede a Deus para parar e acabar, mas a marcha da vida simplesmente continua”. Na viagem da vida, “passamos pela dor e pelo prazer, haverá sol e haverá chuva, haverá perda e ganho, voltas e reviravoltas, amor e desilusão, felicidade e tristeza, sucesso e fracasso”, pandemias e curas, mas isto significa viver.
O importante é sermos fortes, resilientes e antifrágeis, pois, consoante certo brocardo: “tempos difíceis criam pessoas fortes, pessoas fortes criam tempos fáceis, tempos fáceis criam pessoas fracas e pessoas fracas criam tempos difíceis.” Vamos lutar esta luta contra este inimigo invisível de cabeça erguida pois, consoante máxima universal “diante de Deus de joelho”, mas diante dos problemas, dificuldades e das adversidades “sempre em pé”, haja vista que as “tribulações”, as dificuldades e as adversidades passarão, já que na vida tudo passa. Somente “o amor e Deus nunca passarão”, pois, “não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe”. Aconteça o que acontecer, “até o sol dos piores dias se põe”.
É preciso que a humanidade, por meio de seus governos, cientistas, pesquisadores, políticos, empresários, profissionais liberais e qualquer do povo aprendam, urgentemente, a conviver com este inimigo invisível, a combatê-lo e a controlá-lo, como ocorreu com os vírus da gripe e de tantas outras doenças.
Tenhamos confiança em nossos profissionais de saúde para cuidarem de nossos doentes. Em nossos cientistas, para descobrirem vacinas e medicamentos para a cura. Em nossos governantes, para que, com seriedade, serenidade, determinação, disciplina, dedicação, sabedoria, coragem e iluminação divina, possam tomar as melhoras decisões.
Com fé nos governantes, nos cientistas, em nós próprios, em nossas atitudes e, sobretudo, em Deus, vamos vencer o inimigo muito mais rápido do que imaginamos, afinal, vai passar!
O novo coronavírus é, infelizmente, uma realidade com a qual temos que lidar. Enquanto o surto não passar, precisaremos adaptar nossas rotinas e nossos hábitos para conter o avanço da doença. Restringir a circulação, evitar contatos, manter hábitos de higiene: tudo isso ajuda. Nessa situação atípica, no entanto, é preciso manter o equilíbrio, sem criar paranoias na cabeça, nem tampouco minimizar a ameaça da Covid-19. Nesses momentos, informação é uma arma fundamental para se blindar contra os extremos.
A pandemia está se espalhando pelo mundo e causando diversas fatalidades. Já passa de 700 mil o número de infectados, enquanto as mortes são mais de 30 mil. Por enquanto, sabemos que a tendência é que os números aumentem gradativamente, à medida que o vírus se espalha pelos países – estudam mostram que o pico da infecção se dá após 30 dias dos primeiros casos registrados. No Brasil, são quase 4 mil infectados, dos quais mais de 100 já morreram (os números mudam a cada dia).
Os números assustam, é verdade, mas não podem causar pânico. O pânico só traz empecilhos ao cuidado devido e racional que devemos ter – vide as cenas de supermercados com prateleiras vazias e pessoas fazendo estoques enormes de mantimentos. Pelo contrário, é preciso ter consciência do cenário e se esforçar para seguir todas as recomendações que as autoridades nacionais têm dado: ficar em casa, evitar contatos e lavar bem as mãos constantemente. O esforço de cada um faz diferença na vida de todos. É hora de pensar no coletivo e, principalmente, nas pessoas mais velhas, nas pessoas com doenças graves, grupo lá de risco da doença.
Mesmo com toda a informação circulante e os alertas a todo tempo dados pelos meios de comunicação e autoridades nacionais, ainda há muita gente achando que a Covid-19 não é tão grave quanto poderia ser. Para se ter uma ideia, o coronavírus já matou mais pessoas do que o total de mortes da pandemia da H1N1, entre 2009 e 2010: lá, foram 18.449 óbitos no período de surto, enquanto a nova infecção já passou das 30 mil fatalidades. Menosprezar a letalidade da infecção, não seguindo as regras, coloca não só quem o faz em risco, mas todos aqueles que o circulam.
É também nosso dever como cidadãos instruirmos e conscientizarmos os que ainda não admitiram o problema, mostrando-lhes que o empenho, no momento, é necessário para que, no futuro, o quadro não se agrave ainda mais. Achatar a curva de crescimento do contágio é o principal objetivo de todos os países em que a Covid-19 se alastra.
Um vírus tão contagioso quanto o coronavírus não pode ser menosprezado. No mesmo sentido, não deve ser motivo de pânico exacerbado, o que também é igualmente prejudicial a toda a sociedade. Seguir a vida com ordem, otimismo, positividade e pensamento solidário é a melhor saída no momento. Passaremos por esse momento difícil se trabalharmos todos juntos. Tudo isso vai passar!!!!
O anúncio da pandemia – logo com esse termo, desconhecido por muitos – causou pânico na população mundial. As mortes, mais ainda. O desespero levou a uma desnecessária corrida aos supermercados e farmácias, em busca de mantimentos. Ao mesmo tempo, aproveitadores aplicam golpes e mentirosos espalham notícias falsas, desde receitas milagrosas a recomendações em nome de órgãos públicos. Muito disso – inclusive as fatalidades – poderia ter sido evitado com apenas uma coisa: informação.
Como Chairman de um dos maiores grupos de educação superior do Brasil, sempre vi na informação e no conhecimento chaves para tudo: resolução de problemas, desenvolvimento pessoal e profissional, enfim, para a vida em si. Em todo projeto que se pretende fazer, é preciso informação. Sem ela, nem mesmo se combate uma doença. É preciso saber por onde ir, e da melhor forma. Por isso, é preciso que tenhamos conhecimento para vencermos a guerra contra o coronavírus. Na ignorância, permanecemos à mercê dos acontecimentos, sem protagonismo algum e sem capacidade de escolha. Viramos sujeitos passivos no mundo.
Os meios de comunicação têm procurado transmitir toda a informação necessária da melhor forma, para que ela chegue a todos. Nas redes sociais, dicas e orientações sérias, embasadas cientificamente, estão fartamente disponíveis. Basta saber onde encontrá-las. O que não se pode é permanecer no obscuro do desconhecimento e acreditar em qualquer coisa que é dita. É tempo de manter a calma, acompanhar o noticiário diário e procurar dar ouvidos sempre a fontes oficiais de informação, como as governamentais e da grande mídia. Não há maneiras milagrosas de combater a Covid-19; álcool gel caseiro não tem o mesmo efeito que o industrial; templos cheios de fiéis não são uma boa opção quando temos um vírus circulante com alta taxa de transmissibilidade. Se as pessoas que ainda enchem as praias brasileiras soubessem o quão irresponsável é tal ato, estariam em suas casas, cuidando de seus entes queridos.
Mais do que nunca, está provado que a ciência e a pesquisa são fundamentais na sociedade. Pesquisadores do mundo inteiro se empenham em decifrar o código genético do vírus e desenvolver uma vacina para frear seu contágio. É importante que essas informações sejam amplamente divulgadas, pois são um alento às preocupações do cidadão comum. Ao mesmo tempo, charlatanismos devem ser duramente reprimidos, pois só trazem prejuízos. Ter o conhecimento correto salva vidas.
Imaginemos outros períodos de crises sanitárias globais, em que doenças dizimaram parte da população. O que faltava, à época? Conhecimento. E hoje temos todas as ferramentas tecnológicas para que esse conhecimento seja desenvolvido de forma rápida e propagado. É dever de todos ajudar a propagar as informações que ajudam a combater a Covid-19.
Quantas vezes você já desistiu de fazer algo simplesmente porque sentiu medo? Travar completamente diante dos desafios da vida pode ser uma ação automática, mas já adianto: isso não costuma trazer muitos benefícios. Afinal, quando você trava, não avança e acaba permanecendo sempre no mesmo lugar, com um poço de dúvidas. O medo é um sentimento que vai acompanhar você durante toda a sua vida. Então, se parar para pensar, é melhor tê-lo como aliado do que como inimigo.
Este mesmo sentimento funciona, muitas vezes, como um bloqueador e, por causa disso, as pessoas passam a associá-lo a algo negativo. Mas não é bem esse o propósito do medo. A diferença da funcionalidade dele está na maneira como você o aplica na sua vida. O mecanismo do medo é um alerta para o corpo de que algo pode estar errado, ou que determinada situação pode oferecer riscos. Ou seja, o medo nos deixa mais atentos. Por que não usar isso de forma positiva? Toda vez que sentir medo, procure analisar com cautela a situação em que está e como sair dela da melhor maneira.
É muito comum incluir o medo em etapas importantes da vida, sobretudo, naquelas que podem mudar totalmente o status atual da gente. Sair da zona de conforto é o ponto que mais atrai o medo. Isso é normal, afinal, temos uma tendência natural a evitar riscos, pois nosso cérebro tende a nos deixar em situações reconfortantes e seguras. Permanecer sempre nessa inércia, no entanto, não faz ninguém progredir. No cenário do empreendedorismo, principalmente, zona de conforto nunca levará ninguém à prosperidade. É preciso mover-se, mesmo com medo, a fim de encontrar, no fim da jornada, um resultado melhor.
Muitos têm medo de errar. Falhar é normal, faz parte do processo. O fracasso é uma oportunidade de avaliar o problema melhor e conceber lições valiosas. Quem erra aprende, no mínimo, como não proceder da próxima vez. É preciso quebrar esse paradigma que o erro é uma vergonha, algo negativo, e passar a enxergá-lo como uma nova chance. Ao cair, é preciso reerguer-se e trilhar novamente o caminho, mais forte e consciente.
Não permita que o medo lhe bloqueie, mas faça dele o termômetro para despertar em você a adrenalina necessária para viver coisas grandiosas. Domine-o, para que suas ações o levem a um futuro próspero. Quem vive com medo e o deixa ser dominante realmente vai viver sem progredir, mas quem o controla e usa a seu favor terá mais chances de sucesso.
Trabalhar o dia inteiro por trás de uma mesa de escritório. Ir a eventos do seu setor apenas para assistir. Manter suas relações restritas apenas a seus círculos familiares e de amizades. Se você pensa que isso é fazer networking, você está fazendo isso errado. Networking vai muito além, inclusive, de simplesmente trocar cartões: trata-se de estabelecer conexões verdadeiras e, mais importante, nutri-las, de forma a beneficiar todos os envolvidos.
A palavra-chave é esta: conexão. Uma boa rede de contatos não diz respeito a quantidade, mas a qualidade. Não é conhecer pessoas boas ou ruins, mas manter boas relações com quem conhece e poder tirar bons frutos disso. E como fazer para ter um bom networking? É necessário, antes de tudo, empenho. Presença em eventos, aproximação com pessoas-chave, até mesmo um cafezinho ajuda a firmar boas relações e fortalecer sua rede. Separe um tempo do dia para marcar um encontro com aquele contato que pode trazer benefícios para sua carreira ou empresa.
Mas não utilize esse tipo de conexão apenas como “sanguessuga”: a relação deve ser uma via de mão dupla, em que os dois (ou mais) envolvidos possam se beneficiar. Há sempre o que oferecer. Nesse sentido, não busque as pessoas apenas quando precisar nelas, mas procure manter os contatos “aquecidos” por meio de um relacionamento constante. Às vezes, uma mensagem por WhatsApp ou e-mail é o bastante para fazer a outra pessoa se sentir notada e “parte” de sua vida. Enviar sugestões e apresentar contatos também é uma forma de se mostrar importante.
Ao mesmo tempo, ao abordar alguém, seja inteligente. É muito mais proveitoso quando uma conversa não parece apenas um pedido de ajuda, mas uma troca. É preciso, também, ser assertivo: saber vender uma ideia da melhor forma – fazer seu pitch – e sem tomar muito tempo é primordial. Mais do que se empenhar em falar sem parar, é bom estabelecer um diálogo, também perguntando sobre as necessidades do outro. Essa estratégia fortalece a conexão e pode dar ótimos resultados.
Contatos não são apenas números telefônicos ou endereços de e-mail. Tê-los como uma rede de relacionamento, formada por pessoas com necessidades e sentimentos, é o que pode tornar o networking mais efetivo e melhor para todas as partes. É um jogo que abre portas e ajuda a fechar negócios.
A ascensão das redes sociais como ferramentas de comunicação e sua presença constante na vida de boa parte da população fez delas um importante meio também de contato de empresas com seus clientes/consumidores. Hoje, os canais de comunicação deixaram de ser vias de mão única, tornando-se mais abertos à interação. Isso traz, além de oportunidades, grandes desafios às empresas que querem – e precisam – acompanhar essas mudanças para se manterem competitivas.
Parece “bobo” falar na necessidade de manter uma boa comunicação nas redes sociais, estando em um mundo hiperconectado, mas a verdade é que ainda há muitas marcas que não conseguem fazê-lo, seja por falta de profissionais aptos a tal, seja por falta de visão da gestão, ainda presa a conceitos tradicionais. Estas correm riscos de ficarem para trás na disputa pela clientela e eventualmente irem à falência.
Olhando pelo lado bom, a internet traz ótimas oportunidades para empresas e profissionais que sabem fazer uso de seus recursos. O ambiente online permite encontrar mais facilmente, traçar estratégias mais assertivas e cativar o consumidor de mil e uma maneiras. Ademais, é um meio mais barato que mídias tradicionais como a televisão e mais direcionado. Enquanto, na TV, paga-se um preço alto para exibir uma propaganda para todo o público daquele canal, na internet, essa divulgação pode mirar diretamente no público-alvo, o que torna a comunicação mais adequada – além de ter custos menores.
Saindo do campo financeiro, talvez o grande desafio da comunicação online seja falar a língua do cliente. Principalmente na época atual, em que os nativos digitais deixaram de ser futuros consumidores e já estão aí, no mercado de trabalho e de fato consumindo. Essa geração, que cresceu em meio à tecnologia, tem um pensamento multitarefa e multitela, é imediatista e busca experiências cada vez mais personalizadas. Como atender a essas expectativas de forma cativante? Primeiramente, estudando o seu público. Depois, planejando estratégias que possam aproximar a marca, humanizá-la, torná-la “amiga” do consumidor. Não faltam exemplos de empresas que realizam um ótimo trabalho online. A Netflix, por exemplo, é sempre elogiada por sua presença digital, com tom informal e descomplicado. O Ifood é outra empresa que se comunica bem com o cliente.
O ambiente digital traz muitos desafios, mas também diversos caminhos possíveis de serem seguidos e, se bem trilhados, que levam ao sucesso dos negócios. Cabe às empresas investirem em pesquisa sobre seu público e em estratégias de aproximação. Tudo o que o internauta quer, hoje, é se sentir próximo da sua marca preferida, pertencente a um grupo, enfim, sentir-se valorizado. Não é pedir muito.
O termo “hiperconectividade” se refere a uma realidade do tempo em que vivemos. Muitas pessoas passam boa parte ou mesmo todo o dia conectadas à internet, onde quer que estejam. Somado a isso, com o uso constante de diversos aplicativos para celular, passa despercebido que cedemos dados pessoais, geográficos e mesmo de hábitos. Uma pesquisa no Google já diz muito sobre o seu perfil. Os locais que você visita, também. Há como preservar certa privacidade, mesmo dentro dessa realidade?
Do mesmo modo que a internet abriu um sem número de possibilidades, oportunidades e facilitou diversos aspectos da vida cotidiana, com o tempo surgiu uma série de riscos à privacidade – embora seja sempre importante destacar que, sozinha, ela não é culpada por isso. Para registrar um endereço de e-mail, por exemplo, ou realizar um cadastro em um site de compras, é comum termos que ceder algum tipo de informação pessoal como CPF, RG, etc., e, nem sempre nos preocupamos ou temos a garantia de que nossos dados serão guardados de forma segura. Mais que isso, muitos dados são coletados pelos aplicativos para “oferecer uma melhor experiência” – sempre com nossa permissão.
Quem nunca se pegou, por exemplo, momentos depois de uma conversa com amigos em uma mesa de bar, recebendo notificações ou ofertas sobre o tema discutido, mesmo que não tenha tocado no smartphone? As grandes empresas como a Google negam que coletam informações pelo microfone do aparelho, mas, para nós, já ficou bem claro que esse tipo de ação é realizada. É preciso saber lidar com essa situação, tornando-a um fato da vida. Hoje, ninguém que tem um smartphone consegue “se esconder” totalmente – a não ser que entre em uma caverna, sem nenhum tipo de conexão, e que não seja visto no caminho.
Creio que não devemos mais nos preocupar tanto com esse tipo de uso de nossas informações. Parece invasivo – e, de fato, não deixa de ser. Porém, acontece e dificilmente se pode fazer algo a respeito. De outro lado, é também preciso tomar cuidado com o que mostramos na web. O simples ato de ficar conectado o tempo todo nos expõe até a riscos físicos. Não é incomum acontecerem sequestros, invasões a residências e assaltos a pessoas que expõem suas vidas nas redes sociais. Não bastassem esses crimes, os internautas também estão sujeitos aos crimes virtuais como roubo de dados confidenciais e o monitoramento de conversas.
O Brasil já possui legislação que versa sobre o desenvolvimento do ambiente virtual, o Marco Civil da Internet, mas este não abarca todas as possibilidades que não param de aparecer a todo tempo – uma característica da internet, que se expande e reinventa constantemente. Necessário se faz que o Poder Legislativo mantenha-se atualizado com as inovações que surgem, a fim de garantir um nível razoável de privacidade à população. Se precisamos utilizar a internet para quase tudo na vida, é também preciso que tenhamos segurança, inclusive jurídica, para isso. O progresso é necessário, mas deve ser acompanhado dos contrapesos adequados.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), criado em 1998, além de ser uma importante ferramenta de avaliação do Ensino Médio no país, tornou-se também uma das principais formas de ingresso no Ensino Superior – sendo aceito em instituições públicas e particulares. A partir de 2020, o Exame começará a sofrer mudanças para se tornar inteiramente digital, o que deve ocorrer por completo em 2026. A questão é: em um país continental e ainda com tanta dificuldade de acesso à tecnologia, a prova conseguirá se manter abrangente e sem riscos de fraudes?
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), um teste será realizado em 2020 com 50 mil candidatos, com escalonamento gradual até 2026, quando as provas serão apenas virtuais. Outra novidade é que, por ser digital, a prova terá mais de uma aplicação ao ano – com a ideia de chegar a quatro datas anuais.
O Inep alega que o novo formato proporcionará economia, por dispensar toda a logística das provas impressas; redução do risco de fraudes e a possibilidade de aplicação em mais municípios. É, sem dúvida, um projeto ambicioso e que pode trazer grandes avanços, mas que não pode perder de vista o viés social do Enem, que universaliza o acesso ao Ensino Superior.
Parece-me que a intenção é, inicialmente, cortar gastos. Afinal, todo o processo para aplicação do Enem custa caro – em 2018, foram quase R$ 500 milhões. Como o atual governo pretende gerar economia para sanear as contas públicas, a transformação do exame em digital é benéfica aos cofres, já que evita gastos, principalmente os desperdícios com provas que são impressas e não utilizadas devido às faltas dos candidatos.
Há também o argumento de promover um maior alcance do exame, que poderia ser aplicado em mais cidades de uma forma mais fácil. Em princípio, um ponto válido, já que é mais fácil enviar uma prova digital do que uma física a lugares mais remotos. No entanto, ao mesmo tempo, os municípios mais distantes normalmente não têm a infraestrutura necessária, como bom acesso a internet, ou mesmo locais com computadores onde as provas possam ser aplicadas. Essa deve ser uma preocupação do Ministério da Educação: promover, antes da digitalização do Enem, a inclusão digital no Brasil – tarefa a ser desenvolvida em conjunto com outros órgãos, claro.
A inclusão digital, por sinal, é também ponto contra a aplicação apenas virtual do Enem. Sabemos que há candidatos que não são familiarizados com o computador, seja pela condição social, seja pela idade, o que pode gerar confusões e inseguranças, prejudicando seu desempenho. A prova de papel, nesses casos, se mostra a opção mais “confortável”.
Toda mudança traz seus benefícios e suas contradições, é fato. Com o Enem, não será diferente. A partir do modelo de escalonamento adotado pelo Inep, será possível, também, avaliar melhor o processo avaliativo e os gargalos a serem melhorados. Esperemos que haja compreensão do poder público em analisar com responsabilidade os efeitos dessa inovação e sensibilidade para atuar no sentido de debelar os possíveis entraves à realização plena do plano. O que a mudança não pode causar é a exclusão de parcela da população que eventualmente não se possa valer dela. A conferir.