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Os professores da rede municipal de ensino do Recife estão realizando um protesto na manhã desta quarta-feira (16), na área central do Recife. A categoria está em greve desde a última segunda-feira (14), reivindicando que o prefeito Geraldo Júlio reajuste os salários de todos os professores de acordo com a lei federal do piso salarial e com a lei municipal que criou o plano de cargos e carreiras. 

Os cerca de 2 mil professores que participam do ato travaram o trânsito por alguns minutos no cruzamento da Avenida Guararapes com a Rua do Sol, junto à Ponte Duarte Coelho. A via, neste momento, já está liberada e o ato seguiu em caminhada até a sede da Prefeitura do Recife, no Cais do Apolo, que fica na região central da cidade.

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De acordo com as afirmações feitas pela a coordenadora geral do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), Marina Presbítero, ao LeiaJá, a proposta do poder executivo municipal é reajustar apenas o salário dos profissionais que têm o magistério. Todos os demais, segundo ela, não têm nenhum percentual de reajuste. 

Ela também afirmou que a categoria reivindica melhorias nas escolas para aprimorar as condições de trabalho, uma vez que, segundo Marina, muitas escolas municipais funcionam em casas adaptadas e outras que têm sede própria têm problemas de estrutura. Ela citou como exemplo de problemas o mofo, incêndios e desabamento do teto de escolas recém-construídas. 

Servidores

Além dos professores, os servidores municipais do Recife também estão em greve e têm realizado protestos em prol do reajuste de salários e melhores condições de trabalho. Também na manhã desta quarta-feira (16), o sindicato dos servidores está reunido em assembleia com o objetivo de discutir a continuidade de sua paralisação.

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A Prefeitura do Recife, por meio de nota oficial da Secretaria de Educação, afirmou que lamenta a decisão do Sindicato Municipal dos Professores da Rede Oficial de Ensino do Recife (Simpere), de deflagrar greve por tempo indeterminado. De acordo com a nota, "A Prefeitura do Recife respeita a decisão do Sindicato Municipal dos Professores da Rede Oficial de Ensino do Recife (Simpere) de participar da paralisação nacional da última quarta-feira (15) para discutir temas importantes para o País como a Reforma da Previdência", mas o movimento grevista foi decidido antes da reunião setorial com a categoria e "o sindicato desrespeitou o processo de negociação". A nota segue trazendo informações acerca de atitudes da prefeitura em relação à educação, destacado dados de investimentos, repasses de piso salarial e nomeações dos últimos quatro anos de gestão do prefeito Geraldo Júlio (PSB).

Resposta do sindicato

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Procurada para comentar as afirmações da prefeitura, a coordenadora geral do Simpere Simone Fontana disse ao LeiaJá que "A greve é uma decisão nacional em que nós aproveitamos para colocar também a nossa pauta específica. Esperamos que a prefeitura de fato respeite a gente em vez de falar do que ela deu no passado, que foi tudo fruto de luta nossa em greve".

Simone também destaca que no "Ano passado o prefeito e o secretário só repassou pra todo mundo 4,2% de aumento e o piso é o menor valor pago e tem que repercutir no plano de cargos e carreiras. Quem entrou agora recebe o piso mas se o aumento só vem no nível inicial não há valorização da carreira do magistério". Sobre os gastos com educação, Simone afirma que "A prefeitura gasta mal o dinheiro da educação, é preciso ouvir os professores para usar os recursos de forma eficiente".

Confira a nota na íntegra: 

"A Prefeitura do Recife respeita a decisão do Sindicato Municipal dos Professores da Rede Oficial de Ensino do Recife (Simpere) de participar da paralisação nacional da última quarta-feira (15) para discutir temas importantes para o País como a Reforma da Previdência. No entanto, a Prefeitura lamenta a decisão do Simpere de deflagrar greve por tempo indeterminado, prejudicando a rede municipal de ensino, que atende um total de 90 mil estudantes.

A decisão pelo movimento grevista foi definida antes mesmo da primeira reunião setorial com os professores para discutir os pleitos da categoria. A Prefeitura do Recife entende que o sindicato desrespeitou o processo de negociação.

VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR - A atual gestão sempre respeitou a Lei Federal n° 11.738/08, que estabelece o vencimento inicial das carreiras do magistério público da educação básica. Nos últimos quatro anos, todos os docentes da rede municipal de ensino do Recife receberam reajustes que, acumulados, chegam a 37,72% - percentual superior à inflação do período.

Nos últimos quatro anos, foram nomeados mais de 1.300 professores aprovados em concursos já realizados pela Secretaria de Educação; distribuiu mais de 5 mil modems 3G e 4G para que os professores consigam se conectar à internet com mais facilidade;  firmou parceria com instituições de ensino superior para garantir cerca de 100 vagas em cursos de pós-graduação para os professores e oferece, mensalmente, formações continuadas a cerca de cinco mil profissionais na Escola de Formação de Educadores Paulo Freire. A Secretaria de Educação do Recife também ampliou a carga horária dos coordenadores e demais docentes que exercem Funções Técnico-Pedagógicas (FTPs), fazendo com que os cerca de mil profissionais possam levar os vencimentos totais para a aposentadoria.

INVESTIMENTOS EM EDUCAÇÃO -   A atual gestão da Prefeitura do Recife está implantando um novo padrão de qualidade pedagógica e estrutural da rede municipal de ensino, como parte do projeto Escola do Futuro. Para isso, foram investidos mais de R$ 192 milhões em educação nos últimos quatro anos de gestão. O valor é maior que a soma dos investimentos na área nos 12 anos das administrações anteriores. Pelo quarto ano consecutivo, a Prefeitura aplicou mais de 25% da receita na área de educação, cumprindo o que determina a Constituição Federal.

A Prefeitura do Recife está investindo bastante em um novo padrão de qualidade da rede municipal de ensino. Com um parque escolar de 309 unidades educacionais, a atual gestão está aplicando mais de R$ 86 milhões na construção de 22 novos equipamentos e na requalificação da rede antiga. Foram entregues dez creches-escolas e cinco escolas. Ainda estão em construção um total de três creches-escolas e quatro escolas". 

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Os professores da rede estadual e municipal de ensino em Pernambuco deflagraram, nesta quarta-feira (15), greve por tempo indeterminado. A paralisação integra um ato nacional em defesa do cumprimento do piso nacional do magistério e contra a reforma da Previdência, em tramitação no Congresso Nacional. Membros do Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Pernambuco (Sintepe), do Sindicato dos Professores do Recife (Simpere) e outras seis entidades educacionais anunciaram que acatariam a greve durante a concentração do protesto pelo Dia Nacional de Paralisação Contra a Reforma da Previdência, na Praça Oswaldo Cruz, no Recife.

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De acordo com a diretora de comunicação do Sintepe, Magna Catarine, o momento é para pressionar os parlamentares e o governo do presidente Michel Temer a atender as pautas. “Estamos deflagrando conjuntamente a participação dos trabalhadores na greve por tempo indeterminado na educação do estado de Pernambuco. Como ponto de pauta temos a reforma da previdência e a defesa nacional do piso do magistério. É um momento no qual a educação proclama que não concorda com a reforma da previdência”, declarou.

Corroborando, a presidente do Simpere, Simone Fontana, disse que “hoje o governo Temer quer destruir o piso da educação”. “Só existe crise para a gente, os banqueiros sempre lucraram e continuam lucrando nas costas dos trabalhadores. Eles querem aplicar mais um sacrifício. Pessoas que se aposentariam daqui a sete anos vão ter que esperar mais 20 anos. Deflagramos a greve até que atendam as nossas reivindicações. Hoje o governo quer destruir este piso, não estamos aqui para chorar as mágoas, mas para lutar com unidade por todos os trabalhadores”, salientou. 

Além do Recife, sindicatos dos professores também comandam atos em Petrolina, no Sertão; Garanhuns e Caruaru, no Agreste. 

*Com informações de Lara Tôrres

De acordo com a ONU Mulheres Brasil, os espaços de grupos de apoio e organização sindical, apesar de significarem um importante centro de luta e empoderamento feminino pela dignidade trabalhista e econômica, ainda é, por vezes, inacessível a algumas mulheres. A falta de tempo e estrutura causadas pelo machismo, além da tripla jornada de trabalho das mulheres economicamente ativas, as afastam desses espaços de militância e reivindicação de direitos sociais no trabalho. 

O LeiaJa.com buscou histórias inspiradoras de mulheres pernambucanas que conseguiram passar por todas essas barreiras sociais impostas pelo gênero e não somente participam dos sindicatos de suas categorias de trabalho, como chegaram a postos de liderança como coordenação geral e presidência, ganhando reconhecimento e respeito. 

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“Não esperavam que uma mulher fizesse tanta transformação”

Dulcilene Morais é presidenta do Marreta (Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores da Construção Civil e Pesada de Pernambuco) e afirma que o machismo está presente no movimento sindical primeiramente por estar entranhado na sociedade brasileira: “O movimento sindical como a sociedade é machista, porque o machismo é cultural na questão do patriarcado, que prega que mulher tem que ficar em casa lavando prato e limpando menino”, opina Dulcilene. 

De acordo com ela, por volta de 1988, teve início a luta pela presença feminina no sindicato, que a levou ao pioneirismo como mulher ocupando a presidência. “Quando entrei no movimento sindical, começou o movimento da CUT para colocar as mulheres nas direções dos sindicatos, mas não esperavam que uma mulher fizesse tanta transformação. Implementamos café e almoço na obra, políticas de segurança nas construtoras que tratavam os trabalhadores como algo descartável e nós forçamos a aplicar normas a partir da patrulha sindical nas obras. Também implantamos sala de aula em obras a primeira do país. Foi uma série de questões que mostramos que se o trabalhador tem direito e as oligarquias perseguem nosso sindicato, pois não aceitamos ser tratados como resto de material da obra, temos que ser tratados com respeito”, conta a sindicalista. Outra conquista do Marreta diz respeito à equiparação salarial e equidade de gênero nos quadros profissionais das empresas de construção. Segundo Dulcineide, foi preciso recorrer ao Ministério Público para garantir que as engenheiras ganhassem os mesmos salários que os engenheiros homens.

Sobre questões como dupla jornada e necessidades estruturais que permitam às mulheres uma atuação forte nos sindicatos, Dulcineide afirma que patrões e maridos são barreiras muito presentes. “Elas têm o tabu em casa que às vezes o marido não quer deixar, às vezes a empresa não quer liberar a mulher, mas a gente garantiu que elas poderão participar nas mesas de comissão em igualdade de direitos em relação aos homens. Os sindicatos têm que ter estrutura de creche, por exemplo, para a mulher ficar tranquila tendo onde deixar seu filho para poder vir para a luta com mais vontade. Elas vêm até com mais vontade que os homens na minha avaliação, tomam consciência de que têm que lutar pelos seus direitos", diz. 

O setor da construção é, geralmente, visto como um segmento de trabalho para homens. Quando perguntada sobre como é presidir um sindicato desse ramo sendo mulher, Dulcineide afirma que o machismo é forte sim, mas que não é só em sua área de atuação que ele existe: “Temos outras mulheres em sindicatos de construção civil, mas o machismo também está presente em categorias tipicamente femininas que são presididos por homens e não mulheres, isso é um reflexo da realidade social”, finaliza a presidente do Marreta.

Pauta de luta trabalhista 

A Coordenadora Geral do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), Simone Fontana, afirma que a diretoria de seu sindicato tem maioria feminina como reflexo da categoria do ensino que é, em maioria, composta por mulheres. No entanto, ela reconhece as dificuldades que as mulheres enfrentam nos sindicatos.

“As dificuldades são muitas, pois mulheres têm trabalhos de cuidado com família, filhos, idosos”, explica Simone. Para ela, garantir que as mulheres estejam inseridas no contexto sindical deve ser uma pauta de luta trabalhista e é preciso que os próprios sindicatos tenham uma estrutura de acolhimento para possibilitar essa participação: “A atuação sindical é difícil para mulheres se a estrutura do sindicato não tem essa visão e não garante esse suporte. Nós somos importantes e não devemos ficar restritas nem na hora da luta e nem na organização familiar, pois os ataques atingem as mulheres, como reforma da previdência, restrição de pensões, aposentadoria especial e PEC dos gastos públicos", opina a integrante do Simpere. 

“Me disseram que sindicalista não tinha direito a licença maternidade” 

Suzineide Rodrigues é a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, mas enfrentou diversas dificuldades até chegar a este posto. “Quando entrei no sindicato em 1991 senti na pele o que é ser mulher com filho pequeno num sindicato em que sua jornada não tem horário. Nenhuma outra mulher lá era mãe e quando precisei tirar licença, me disseram que sindicalista não tira licença maternidade”. Segundo ela, a situação só mudou quando outra sindicalista se tornou mãe e foi iniciado o debate para fazer valer a lei que confere às mulheres o direito de cuidar de seus filhos recém-nascidos.

Suzineide diz que foi difícil conseguir introduzir a pauta de discussão feminista dentro do sindicato e enfrentou muita resistência. "Em nossa trajetória houve muita luta para conseguir visibilidade e para ter uma mulher presidenta. Só com 79 anos de sindicato a gente conseguiu ter a primeira, teve um racha na diretoria e a presidenta venceu por dois votos de diferença apenas”. De acordo com Suzineide, o enfrentamento trouxe bons frutos para as bancárias. “Conseguimos auxílio creche em convenção coletiva, as mães bancárias recebem um valor para ajudar a pagar. No sindicato a gente flexibiliza o horário, paga hora extra de babá, bota creche quando tem curso, para ajudar pessoas que têm filhos. A gente também desbravou o debate sobre violência contra a mulher e sobre paridade”.

Até sua consolidação como presidente do Sindicato, Suzineide enfrentou resistências. “A ideia de ter mulheres vai bem na base, mas é difícil para nós subirmos aos postos de poder. Quando estamos nesse cargo, os homens não são tão diretamente machistas de dizer que não temos competência, mas se a gente não mostrar muito pulso de liderança no trabalho em equipe, dificulta", complementa. 

Após quase quatro horas reunidos em assembleia geral, 1.288 professores da Rede Municipal de Ensino do Recife, juntamente com o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), votaram pela paralização da classe no próximo dia 15 de março. A reunião teve início às 8h desta terça-feira (21), e foi realizada no Auditório GII da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).

Segundo Simone Fontana, coordenadora do Simpere, a votação foi realizada com quase unanimidade. "Nós ainda vamos avaliar como vai ser essa greve, se vai ser por tempo indeterminado, ou quantos dias vão ser. Mas com certeza dia 15 vai ser um dia de greve nacional que a categoria vai participar". 

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Fora a avaliação da greve nacional, ainda foi discutido na Assembléia o piso nacional (um dos motivos da greve), a campanha salarial de 2017 e as aulas de atividades dos professores. De acordo com Simone, o reajuste estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC) no piso nacional foi de 7,64% em cima do salário dos professores ingressos recentemente na categoria. Já para os mais antigos, o reajuste foi de 0%. "O correto seria um reajuste linear, para todos da classe. Mas o MEC vai aplicar apenas para os professores novatos. Então, no dia 15 vamos nos juntar para reinvidicar esse reajuste e lutar pela valorização dos nossos profissionais", reafirma a coordenadora. Ainda nesta quarta-feira (22), os profissionais da Rede Estadual realizarão uma reunião para discutir esses assuntos às 9h, no Teatro da Boa Vista.

No final da manhã desta quinta-feira (12) o Ministro da Educação Mendonça Filho anunciou o valor do piso salarial para professores do magistério para o ano de 2017, que será de R$ 2298,80 para cargas horárias de 40 horas semanais  representa um aumento de 7,64% em relação ao piso de 2016. Apesar de o valor estar 1,2% acima da inflação, representantes de sindicatos de professores do Estado de Pernambuco e da cidade do Recife afirmam que é um valor que não cumpre a função do piso salarial, que é de valorizar o magistério e equiparar a remuneração dos professores ao que ganham profissionais de outras áreas com o mesmo nível de formação. 

Para Sephora Frêitas, secretária geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (SINTEPE), o piso salarial anunciado para 2017 não é satisfatório "de forma alguma". De acordo com ela, "o reajuste veio pequeno e muito aquém do que deveria", pois para que haja de fato uma valorização da categoria, seria necessário um valor que não apenas cobrisse a corrosão causada pela inflação, mas que de fato elevasse os salários a um nível que cobrisse desvalorizações que já vêm de muito tempo. Sephora afirma ainda que o piso já vem sendo pequeno há alguns anos, o que dificultaria ainda mais a valorização dos professores de acordo com ela. Perguntada se acredita que de fato esse será o menor valor pago aos professores estaduais, Sephora diz que a "nossa campanha salarial de 2017 será debatida e haverá reunião para negociação com o Governo do Estado". 

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O piso salarial é considerado pequeno também por Simone Fontana, coordenadora geral do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere). De acordo com Simone, "esse piso é um engodo porque há valores menores e está muito abaixo do necessário para valorizar o magistério e a educação". Simone explica que há muitos professores com regimes de trabalho diferentes de 40 horas que receberão valores inferiores a R$ 2298,80, ficando o salário abaixo do que seria necessário para tornar a carreira na educação atrativa. Quando perguntada se acredita que a prefeitura de fato pagará o que o MEC está determinando para 2017, Simone afirma que o sindicato quer ouvir o posicionamento da Secretaria de Educação e do prefeito do Recife, Geraldo Julio. 

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Os professores da rede municipal do Recife irão paralisar as atividades na próxima terça-feira (16). A decisão foi tomada pelo Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), para chamar atenção contra o Projeto de Lei (PL) 257 e o Projeto de Emenda à Constituição (PEC) 241. Os docentes ainda se colocam contra o atual governo interino de Michel Temer.

Os docentes decidiram, em assembleia realizada na última quarta-feira (10), pela interrupção das atividades com o estudantes, bem como participação de ato realizado no Recife, às 17h, na Praça da Independência (conhecida como Praça do Diario), no bairro de Santo Antônio, Centro do Recife. De acordo com publicação no site do Simpere, a presidente do Sindicato, Mariana Presbítero, afirma que a realização do ato é urgente. "Não podemos esperar nem mais um segundo, precisamos unir as forças do campo dos trabalhadores para barrar esse pacote de maldades, porque de outra forma não vamos derrotar os inimigos das trabalhadoras e trabalhadores”, disse.

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Professoes da Rede Municipal de Ensino do Recife estão reunidos, desde a manhã desta quinta (17), em uma manifestação que reclama a proposta de reajuste salarial ofereceido pelo prefeito Geraldo Júlio. Eles saíram em passeata, pelo Centro da cidade, em direção à sede da Prefeitura, onde será encerrado o ato. A categoria deflagrou estado de greve desde o início deste mês de março, em assembléia realizada pelo Sindicato Municipal dos Professores de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), no dia 3. 

A professora e diretora do Simpere, Ana Lúcia Gomes, falou em entrevista ao Portal LeiaJá sobre as principais reinvidicações da classe: "O prefeito está dando o reajuste do piso dos professores apenas para o nível inicial da carreira sem repercutir nos outros níveis". Ela explicou que a proposta afeta apenas os profissionais com magistério e que o apelo da categoria é que o reajuste atinja aos demais níveis: "Isso também achata o plano de cargos e carreiras. Essa proposta dele não chega a atingir 100 professores e somos uma categoria de quase 7 mil. Queremos que o piso seja pago linearmente e que não seja mexido o plano", afirmou. Ainda segundo Ana Lúcia, cerca de 600 pessoas participam do ato. 

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Depois de tentar negociar o valor do reajuste da classe, os educadores da Rede Municipal de ensino, da capital pernambucana, deflagravam estado de greve, nesta quinta-feira (3). A decisão ocorreu após assembleia da classe, no Teatro Boa Vista, no centro do Recife. A reunião, que foi coordenada pelo Sindicato Municipal dos Professores (Simpere), debateu o reajuste de 11,36% da classe.

De acordo com a reunião realizada, durante a semana, os representantes da Secretaria de Educação propôs um aumento de 11,36% para o Grupo de Magistério I (GMI), ou seja, apenas os profissionais que detêm o ensino médio e são recém-contratados. Os Grupos II e III, que são educadores com grau de instrução e capacitação maior, bem como mais tempo de serviço não seriam contemplados.

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Segundo a coordenadora do Simpere, Simone Fontana, essa decisão é arbitrária e desvaloriza os profissionais. “Esse reajuste é desfavorável para a classe em geral e vai de encontro à decisão do Ministério da Educação. Uma vez que, na Rede Municipal de ensino do Recife, aproximadamente, 95% dos professores não estão no GMI, ou seja, atinge quase ninguém da classe”, avaliou.

A coordenadora ainda explicou o que deveria ser feito. “Como falei o MEC já decretou que todos os educadores devem receber o reajuste de 11,36% independente do grau de instrução e tempo de serviço. Sendo assim, lutamos para alcançar o aumento linear para todos”, explicou.

Quanto ao início da greve, ela explicou que a partir desta sexta-feira (4), os profissionais vão para as escolas, apenas, com o objetivo de conversar com os alunos e pais para explicar o motivo da paralisação. A greve oficial será realizada a partir das zero hora da próxima terça-feira (8). A Rede Municipal de ensino do Recife atentem, aproximadamente, 12 mil estudantes.  

Cerca de mil servidores da educação municipal do Recife fizeram uma assembleia, na manhã desta terça-feira (16), em frente à Prefeitura da Cidade. Liderados pelo Sindicato Municipal dos Professores de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), os profissionais reivindicaram do prefeito Geraldo Julio o posicionamento sobre repasse do piso nacional da categoria.

Segundo a diretora do Simpere, Cláudia Ribeiro, uma reunião com o gestor municipal para discussão sobre o assunto foi desmarcada nessa segunda-feira (15). “Se o prefeito não tem dinheiro para fazer o repasse, ele vai ter que justificar para a União o porquê. Se o município está falido, ele vai ter que abrir as contas, então ele não vai poder não nos pagar”, disse.

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A assembleia de abertura do ano letivo, como é intitulada pelo Simpere, também discutiu as deficiências da educação do Recife. Segundo Cláudia Ribeiro, um dos grandes problemas é a estrutura das instituições educacionais. “As creches estão superlotadas e não têm capacidade de receber as crianças com microcefalia. Nas escolas falta água, material pedagógico, falta estrutura física”, denunciou. 

Segundo a diretoria, o sindicato irá participar da Paralisação Nacional da Educação, nos dias 15, 16 e 17 de março. Outra assembleia unificada, com todos os servidores, está prevista para ser realizada no dia 22 deste mês. Uma reunião está prevista para às 16h30 desta terça-feira (16) entre o Simpere e a Secretaria de Educação do Recife.

A prefeitura do Recife reuniu cerca de 1500 professores e gestores da rede municipal em evento realizado na tarde desta terça-feira (3), no Centro de Convenções de Pernambuco. Mas o que deveria ser uma reunião amigável para apresentação da nova Política de Ensino da Rede Municipal e o lançamento das plataformas que podem contribuir para unificação das diretrizes escolares terminou em protesto. Logo no início da solenidade, integrantes do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) tomaram conta do palco. Durante o pronunciamento do secretário de Educação da cidade, Jorge Vieira, os manifestantes tentaram interferir, fazendo suas reivindicações  e tentando compor a mesa.

Apesar do protesto, o secretário foi breve e tentou seguir o discurso, argumentando que as novas políticas de ensino são benéficas para a comunidade escolar. “O objetivo das novas diretrizes é fazer com que as escolas tentem caminhar para um objetivo comum, que traga mais benefícios para alunos, professores e todos profissionais da educação do Recife”, defendeu o secretário, enfatizando que o investimento na tecnologia necessária para implantação  do Diário de Classe Online foi de aproximadamente 10 milhões.  

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Tentando seguir o roteiro, o secretário executivo de Gestão Pedagógica da Secretaria de Educação do Recife, Rogério Moraes, ressaltou a participação dos profissionais de educação da rede municipal na elaboração das novas diretrizes. “Temos  uma nova política elaborada pelos professores da rede, com assessoria de mestres e doutores de universidades locais, depois de 13 anos da última versão. Esse é um marco muito importante, pois além de renovar o norte que queremos dar a todos os profissionais da educação, esta política é mais detalhada. Ela não só define as concepções, mas também os direitos e conteúdos de cada componente curricular, para cada bimestre” , afirmou Moraes. 

Mas o Simpere nega a participação dos educadores na elaboração do projeto. Segundo a diretora da entidade, Claudia Ribeiro, os professores não foram ouvidos e por esse motivo o projeto não contempla as reivindicações da categoria. 

“Esse plano não atende as reivindicações históricas dos profissionais de educação. Aqui vai ser apresentado um projeto educacional onde nós, professores, em nenhum momento fomos escutados ou participamos desse projeto. É um projeto que vem de cima para baixo e nos coloca apenas na condição de executores, fazendo que a gente perca nossa autonomia pedagógica e ainda sim querem nos avaliar sobre a execução desses projetos”, cravou. 

Como o protesto ganhou força, a mesa foi desfeita e uma das integrantes do Simpere conseguiu proferir algumas palavras tecendo críticas ao prefeito do Recife, Geraldo Julio. Segundo a professora o prefeito não atende as reivindicações do grupo, desrespeitando a categoria. “Cadê o prefeito? Ele se esconde. Volte secretário, venha ouvir o que a gente tem a dizer”.

A atitude dos integrantes do Simpere foi considerada como desrespeitosa e mal educada perante alguns professores. Dona Maria José, que preferiu não informar o sobrenome, se sentiu envergonhada pela atitude dos colegas. “Somos profissionais de educação e algumas pessoas estão agindo como baderneiros. São essas coisas pequenas que me fazem sentir vergonha de ser professora. Como queremos educar se os próprios mestres mostram claramente a falta de educação, de respeito. A prefeitura pode ter errado de não convocar um representante do Simpere para compor a mesa, mas não é agindo de forma agressiva que vamos conseguir nossos direitos. Eles fazem isso e depois reclamam de represália”, criticou. 

A ex-postulante ao senado pelo PSTU, no pleito de 2014, Simone Fontana, deu continuidade a manifestação na frente do Teatro Guararapes. De acordo com a professora, a ‘confusão’ começou porque o secretário havia garantido que o Simpere poderia compor a mesa e manifestar um breve discurso. Mas no momento da formação da bancada eles foram excluídos. 

“Em todas as aberturas do ano letivo, em todas as gestões, o sindicato sempre pode se pronunciar. Se a prefeitura tem coisas boas para anunciar, que ela coloque e aceite  o debate. O que ela fez hoje foi impedir o debate, porque o que tá reservado para a categoria não são coisas boas, pois se fosse eles fariam questão de debater com a gente. Nós fomos falar com o secretário para que fosse reservada uma fala do sindicato, eles falaram que iriam inserir, mas no momento não convocaram o sindicato. Se a gente se cala diante disso, mas na frente eles sempre vão querer calar a boca da categoria e do sindicato”, declarou. 

Simone questionou a criação de uma central de monitoramento, que segundo ela irá engessar os passos dos profissionais da educação. “Foi criada por essa prefeitura uma gerência de monitoramento que vai controlar cada passo dos professores na escola. Nós temos sido vítima constante de violência, as escolas ainda não têm professores para cuidar de alunos especiais. Então no lugar de investir em profissionais de educação, a prefeitura coloca essas pessoas para fiscalizar os professores. A gente precisa de pessoas para auxiliar o nosso trabalho e não de fiscal”, criticou. 

A Secretaria de Educação do Recife encaminhou nota lamentando o acontecimento desta tarde e informou que o Simpere teria direito ao pronunciamento, após a apresentação da nova política de ensino. “Durante o evento, foi informado a alguns representantes do Simpere que eles teriam espaço para a fala depois da apresentação técnica e do cumprimento da ordem de falas previamente combinada. Após este momento, o sindicato teria a oportunidade de se posicionar. A Secretaria de Educação do Recife lamenta o fato de os representantes do Simpere terem invadido o palco e desrespeitado o momento de fala dos integrantes da Secretaria”, informou o documento. 

Novas Diretrizes Educacionais do Recife

Com o propósito de unificar as Políticas de Ensino da rede municipal, a prefeitura do Recife lançou esta teça-feira (3) as novas diretrizes que serão adotadas pelas escolas da cidade. O projeto que começou a ser discutido em dezembro de 2013, pretende facilitar o trabalho dos professores e gestores escolares, desenvolvendo uma grade curricular base que será aplicada na educação fundamental. 

Também foi apresentada aos professores a nova plataforma que promete inovar a gestão educacional. O Diário de Classe Online, além de substituir as cadernetas escolares e facilitar o acesso as informações referente às dificuldades do educando, informa o conteúdo base para cada série, que devem ser utilizado por todas as escolas do Recife. “ O diário de classe online é uma ferramenta que vai facilitar muito a vida dos professores, facilitar o trabalho no dia a dia, a emissão de relatórios e acompanhamento de todas as escolas. Não havia um currículo por ano na rede. A gente vai poder melhorar monitorar", ponderou o secretario de Educação, Jorge Vieira, ressaltando que a Prefeitura do Recife investiu em 2500 notebook, com acesso internet,  que será implantado nas salas de aulas das escolas municipais. 

O Diário de Classe Online poderão ser acessado pelo endereço eletrônico www.recife.pe.gov.br/diariodeclasse. Mas será necessário ter login e senhas individuais para visualizar as informações armazenadas. 

A Secretaria de Educação também anunciou a implantação de cursos à distância voltados, inicialmente, aos gestores escolares. Mas posteriormente serão estendidos aos professores e alunos da rede municipal. 

 

 

 

 

 

 

Docentes da Rede Municipal do Recife fazem protesto nesta quarta-feira (1º), no cruzamento da Praça do Derby com a Avenida Agamenon Magalhães, área central de Recife. Cerca de 30 professores e responsáveis pelo Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) estão no cruzamento para reivindicar melhores condições de trabalho nas escolas municipais e dar início a campanha “Geraldo Júlio, devolva o salário dos professores!”. O principal motivo do protesto é o desconto salarial que a Prefeitura realizou este mês, devido à paralisação dos professores.

A diretora do Sindicato, Cláudia Ribeiro, explica que o descaso com os alunos e com os professores é grande. “Protestamos porque parte do calendário escolar foi modificado. Nosso piso salarial é baixo e as escolas estão precárias“, afirma. Ela ainda revela que por conta de protestos antigos a Prefeitura descontou cerca de 35 horas/aula, o equivalente a sete dias foram descontados dos salários dos professores. Os descontos variam de R$ 500 a R$ 2 mil

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O professor de ciências Antônio Santana fala que é triste ver o ensino da cidade se degradar cada vez mais. “Ensino há mais de 29 anos, e a cada dia me surpreendo com a situação da educação em nossa cidade. Todo dia vários professores sofrem com os alunos desajustados e salas despreparadas”, declara.

A decisão da reivindicação foi proferida em assembleia realizada no dia 11 de setembro pela classe de trabalhadores, que aprovou uma série de iniciativas da campanha. Uma delas foi um pedágio como estratégia de denuncia.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação do Recife, a greve foi considerada ilegal e o Simpere foi avisado da irregularidade. Por conta disso, foram feitos descontos nos salários dos professores.

Nesta quarta-feira (1°), o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) realiza ato para reivindicar o descaso da educação da Rede Municipal de Ensino e a contradição da perseguição da classe trabalhadora. Intitulado “Geraldo Julio, Devolva o salário dos professores!”, o movimento dos educadores acontece no cruzamento do Derby com a Avenida Agamenon Magalhães, das 10h30 às 16h30.

A decisão da reivindicação foi proferida em assembleia realizada no dia 11 de setembro pela classe de trabalhadores, que aprovou uma séria de iniciativas da campanha. 

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Professores da Rede Municipal de Ensino do Recife se reuniram, nessa segunda-feira (28), com representantes da Prefeitura. O objetivo do encontro, realizado na capital pernambucana, foi discutir a aula atividade, o Plano de Cargos e Carreiras (PCCR) e a situação dos descontos nas folhas de pagamento por causa da greve. Um novo encontro está marcado para esta quarta-feira (30), às 15h, quando serão aprofundados  os pontos não abordados na negociação de ontem.

Segundo o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), sobre o PCCR, ficou decidido que não será criada uma Comissão para refazê-lo. Entretanto, uma nova reunião será realizada no dia 4 de agosto, com o intuito de debater o assunto.

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Em ralação à aula atividade, a Prefeitura, de acordo com o Simpere, vai manter a política de bônus. Sobre os descontos salariais, o órgão informou que isso não será negociado.

Os professores se reunirão em uma Assembleia Geral no dia 31 deste mês, às 8h. O encontro será na Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire), localizada no bairro da Boa Vista, área central do Recife.

A Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) divulgou, através de nota, nesta sexta-feira (24), o fim da greve dos professores da Rede Municipal de Ensino e o retorno das negociações com a classe trabalhadora. Porém, a gestão do órgão ainda aguarda a posição oficial do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere). Confira abaixo a nota publicada na íntegra:

Com o encerramento da greve dos professores, a Prefeitura do Recife informa que retomará o diálogo com a categoria, aguardando para isso o comunicado oficial do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) sobre o fim da paralisação e o efetivo retorno dos profissionais à sala de aula. Desta forma, a Prefeitura reitera seu compromisso com os processos democráticos que sempre pautaram sua ação, considerando os deveres e direitos de todas as partes envolvidas.”

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Em nota publicada no site do Simpere, a classe decidiu retorna às salas de aulas, porém afirmam que voltam ao estado de greve. A estratégia tem como objetivo retomar as negociações com a Secretaria de Educação do Recife.

Os educadores, que entraram em greve no dia 15 de julho, reivindicam a implementação imediata de aula atividade e a aprovação do Plano de Cargos e Carreiras são as principais reivindicações dos trabalhadores. No dia seguinte ao início da paralisação, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) declarou ilegal a greve. O Portal LeiaJá tentou entrar em contato com a diretora do Simpere, para confirmar o fim da greve, porém não obteve retorno.

O Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) publicou nota afirmando que o Secretário de educação, Jorge Vieira, se nega a receber os educadores. Ainda conforme os docentes, que ocupam o 4° andar do prédio da Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), a classe almeja negociação com o gestor. Porém, a comissão formada pelos secretários Gabriel Leitão, juntamente com Paulo Roberto, chefe de gabinete, ressaltam que só estarão abertos à negociação caso os professores desocupem o local e terminem a greve.

Diante da situação, os professores relataram que só desocuparão o gabinete depois de receber ofício assinado pelo prefeito ou pelo o secretário agendando uma mesa de negociação antes da assembleia do dia 22 de junho. Além das reivindicações elencadas, durante a paralisação pelos profissionais, eles solicitam também que seja retirada todas as perseguições aos professores em greve e ao sindicato e que não seja cortado o ponto dos grevistas.

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A Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) afirmou, nesta sexta (18), que os professores em greve da Rede Municipal de Ensino terão os salários descontados, caso não retornem às salas de aula. A paralisação teve início na última quarta-feira (16) e foi decretada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

Por meio de nota, o órgão municipal informou que, após a paralisação dos docentes, cerca de 70% das escolas funcionaram normalmente. Das 303 unidades de ensino, entre escolas, creches e creches-escolas, 52 funcionaram completamente, 164 parcialmente e 53 não funcionaram.

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A Prefeitura ainda reforçou que não compreende a paralisação e se posicionou acerca dos itens reivindicados. Confira abaixo a nota na íntegra:

"1) Piso - A Prefeitura do Recife pagou, nos anos de 2013 e 2014, o percentual de aumento estabelecido pelo MEC a todos os professores da Rede Municipal de Ensino. Os percentuais foram respectivamente 7,97% e 8,32%;

2) Aula atividade: Esclarecemos que a aula atividade foi 100% implementada em junho de 2014, quando todos os docentes da Rede Pública de Ensino do Recife tiveram 1/3 da carga horária mensal reservada a atividades fora de sala de aula, como planejamento e formação continuada, conforme determina a Lei 11.738 (Lei do Piso). Em agosto de 2013, o direito já havia sido garantido aos docentes do 6º a 9º ano (professores II). Já os professores de educação infantil e do 1º ao 5º ano (professores I) receberam o abono provisório de janeiro a maio deste ano, enquanto a aula atividade ainda não tinha sido completamente implementada.

Ocorre que vários docentes procuraram diretamente a Secretaria de Educação solicitando a manutenção do abono. Diante das inúmeras solicitações, a partir de julho, a Secretaria resolveu dar aos professores o direito de escolher a opção que melhor lhes convêm: continuar recebendo o abono ou reduzir a carga horária com os estudantes em 1/3. Esta decisão de consultar os docentes já havia sido comunicada ao Simpere na mesa setorial de negociação. É importante frisar que dessa forma a Prefeitura do Recife não está descumprindo o acordado com a categoria e nem tampouco a lei, visto que o parecer n° 18/2012 do Ministério da Educação, através do Conselho Nacional de Educação, diz que a aula atividade pode ser implementada paulatinamente. Portanto, o abono especial não é uma imposição, mas sim uma opção dada aos docentes;

3) PCCR: Sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração  (PCCR), a Prefeitura do Recife propôs ao Simpere, em reunião realizada no dia 10 de junho, a ampliação do diálogo com a criação de uma comissão para debate do assunto;

4) Saúde Recife - As equipes da Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas e da Reciprev estão em fase de conclusão dos estudos e propostas para reabertura das adesões. Deixamos claro que a decisão pela suspensão das novas adesões ocorreu em fevereiro de 2009, portanto, anterior a essa Gestão;

5) Vale Transporte - Esse direito é garantido ao servidor público municipal por meio do bilhete eletrônico, e não em dinheiro."

A equipe do Portal LeiaJá tentou entrar em contato com o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), porém não conseguiu falar com nenhum dos representantes da classe. 

Após o decreto de ilegalidade da greve dos professores da Rede Municipal de Ensino do Recife e da confirmação de permanência da paralisação pelo Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), os docentes realizam, na manhã desta sexta-feira (18), um ato público. O movimento ocorre no pátio da Prefeitura, no Bairro do Recife. O movimento tem como objetivo pressionar o prefeito Geraldo Julio para que as reivindicações sejam atendidas de forma imediata.

Os educadores decretaram greve na última terça-feira (15). Porém, a Prefeitura do Recife divulgou nota afirmando que não compreendia a paralisação da classe. Após posição do órgão municipal, o desembargador Frederico Ricardo de Almeida Neves, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), decretou, na quarta-feira (16), a ilegalidade da greve, exigindo que os docentes retornassem às salas de aula, e, caso acontece o não cumprimento da decisão, o Simpere pagaria multa de R$ 100 mil por dia. Mesmo com a decisão, a classe trabalhadora divulgou que a greve irá continuar.

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Depois do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretar a ilegalidade da greve dos professores da Rede Municipal de Ensino do Recife, o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) garantiu, na tarde desta quarta-feira (16), que a greve está mantida, por meio de nota enviada à imprensa. A categoria alega que a Prefeitura não cumpriu o acordo de implementação total da aula atividade.

“Estamos negociando com a Prefeitura desde inicio de 2013, quando foi composta uma comissão paritária para estudar as formas de implementação da aula atividade com o compromisso de, encerrado os trabalhos, a aula atividade seria implementada. Os trabalhos da comissão encerraram-se em maio de 2013, e apresentados para a Secretaria de Educação, que elogiou o trabalho final da comissão. Só em agosto de 2013 a aula atividade foi garantida para os professores II, de ensino fundamental anos finais (6º ao 9ºano) – cerca de 700 docentes. A maioria dos professores, que ensinam educação infantil 1º ao 5º ano, os professores I (mais ou menos 3.7 mil), não foi contemplada. A Prefeitura deu um abono provisório de agosto à dezembro de 2013 e o compromisso da aula atividade iniciar em fevereiro de 2014. Mais uma vez esse prazo foi descumprido e foi dado um novo abono provisório para os meses de fevereiro à maio e a garantia de iniciar a aula atividade em junho deste ano. Esse acordo está publicado no Diário Oficial de 27 de março de 2014”, informou a nota do Simpere.

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De acordo com o Sindicato dos professores, “quem descumpriu todos os acordos foi a Prefeitura”. O Simpere também informou que não foi notificado de forma oficial e que já está em contato com o seu departamento jurídico. “A greve está mantida. Vamos fortalecer cada vez mais a nossa luta”, finalizou a nota.

 

A Prefeitura do Recife, por meio da sua Secretaria de Imprensa, divulgou, no final da manhã desta quarta-feira (16), que o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou a ilegalidade da greve dos professores da Rede Municipal de Ensino. Segundo a Prefeitura, a decisão foi tomada na noite dessa terça-feira (15), pelo presidente do TJPE, o desembargador Frederico Ricardo de Almeida Neves.

O presidente do TJPE determinou o retorno imediato dos docentes às escolas. A multa diária para descumprimento da ordem é de R$ 100 mil, que deverá ser paga pelo Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere).

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Em nota publicada ontem, a Secretaria de Educação informou que não entendia os motivos da paralisação. Sobre uma das principais reivindicações dos professores, a aula atividade, a Secretaria garantiu que ela foi totalmente implementada em junho deste ano, quando “todos os docentes da Rede Pública de Ensino do Recife tiveram 1/3 da carga horária mensal reservada a atividades fora de sala de aula, como planejamento e formação continuada, conforme determina a Lei 11.738 (Lei do Piso)”.

Por outro lado, o Simpere informou que, antes do recesso da Copa do Mundo, no dia 10 de junho, havia um acordo entre a Prefeitura e os professores, de que a aula atividade seria implementada conforme a lei do piso. De acordo com o Sindicato, “ao invés de encontrarem mais professores na escola para cobrir a aula atividade o que encontraram foi um documento para ser assinado, optando pela aula atividade ou por um bônus”.

O Simpere ainda classificou a situação descrita como imoral, com a justificativa de que o acordo, desde o início, era de implementar a aula atividade por completo, para todos os docentes. “A Prefeitura se apoia nos baixos salários pagos à categoria para propor algo como isso. O problema se agrava com as inúmeras queixas de assédio para assinatura do documento”, acrescentou o Sindicato dos professores.

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