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O ex-presidente Jair Bolsonaro entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) seus extratos bancários referentes aos últimos quatro anos, quando chefiou o Executivo. A movimentação se dá após o ministro Alexandre de Moraes determinar a quebra do sigilo de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michele no bojo do inquérito sobre o suposto esquema de venda de presentes e joias dados ao ex-presidente.

Na petição assinada nesta quinta-feira, 24, os advogados de Bolsonaro, capitaneados por Paulo Amador da Costa Bueno, dizem que a entrega é "espontânea", mas pedem a decretação do sigilo dos dados, "considerando o teor dos documentos". A banca ainda diz que Bolsonaro "está à disposição da justiça para quaisquer esclarecimentos acerca de sua movimentação bancária".

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A quebra dos sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro e de Michelle foi decretada no bojo do inquérito da Operação Lucas 12:2, que fez buscas contra aliados de primeira hora do ex-presidente: o general Mauro César Lourena Cid - pai de Mauro Cid -, o criminalista Frederick Wassef, advogado do ex-presidente, e o tenente Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens do de Bolsonaro.

A ex-primeira-dama chegou a classificar a medida como "perseguição política" para manchar o nome da família Bolsonaro. "Pra quê quebrar meu sigilo bancário e fiscal? Bastava me pedir", disse nas redes sociais.

No bojo do inquérito, a Polícia Federal apontou indícios de que o ex-presidente, seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outros dois assessores do ex-chefe de Bolsonaro "atuaram para desviar presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-Presidente para posteriormente serem vendidos no exterior".

Em um trecho da representação, a PF cita uma mensagem em que, na avaliação dos investigadores, Mauro Cid "deixa evidenciado o receio de utilizar o sistema bancário para repassar o dinheiro ao ex-presidente e então sugere entregar os recursos em espécie, por meio de seu pai".

"Tem vinte e cinco mil dólares com meu pai. Eu estava vendo o que, que era melhor fazer com esse dinheiro levar em 'cash' aí. Meu pai estava querendo inclusive ir ai falar com o presidente (...) E aí ele poderia levar. Entregaria em mãos. Mas também pode depositar na conta (...). Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor né? (...)"", afirmou Cid em texto enviado a um outro assessor do ex-presidente em janeiro de 2023.

O sigilo imposto às reuniões que Jair Renan Bolsonaro, o filho “zero quatro” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teve em Brasília foi derrubado pela Justiça, após o Governo do Distrito Federal não recorrer pela permanência da proteção das informações, que foram consideradas sigilosas sob alegação de segurança. O prazo oficial para a revelação do conteúdo dos encontros ainda não foi divulgado. As informações são do site UOL desta quarta-feira (1º).

Os encontros de Jair Renan na Secretaria de Esportes e Lazer da capital federal podem confirmar as suspeitas de que ele cometeu tráfico de influência enquanto o pai ocupava o cargo de presidente. Em quebras de sigilo anteriores, já foi confirmado que a reforma no escritório da empresa que o filho mais novo de Bolsonaro tem no Rio de Janeiro foi bancada por um grupo de empresários. Além disso, as informações revelaram que um carro elétrico foi doado ao influenciador digital do Clã Bolsonaro.

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Agora, a Justiça quer saber se, em troca dos privilégios, houve auxílios políticos por parte de Jair Renan a alguns destes empresários. Em 2022, a Justiça havia solicitado as informações sobre as reuniões entre Jair Renan e a secretaria do DF, mas os itens não foram divulgados.

O servidor Marivaldo de Castro Pereira então recorreu à Justiça alegando que o sigilo poderia beneficiar interesses particulares da empresa do filho de Bolsonaro. O pedido foi acatado em novembro em 2ª instância. Após a decisão de novembro, o governo do DF recebeu um prazo para recorrer. De acordo com o UOL, o prazo terminou no dia 27 de fevereiro sem manifestação da administração da capital federal.

Com isso, o caso transitou em julgado, ou seja, não cabem mais recursos, e a Secretaria de Esportes e Lazer terá que revelar as informações sobre os encontros de Jair Renan em até 15 dias após ser intimada. Não há, porém, prazo definido para que ela seja solicitada.

 

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, anunciou que o órgão irá analisar ou revisar 234 casos que estavam sob sigilo de 100 anos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre tais casos, segundo ele, 111 pedidos de acesso à informação foram negados alegando risco à segurança nacional e 35, risco à segurança do presidente e de seus familiares. Como mostrou o Estadão, a CGU vai revogar o sigilo do processo administrativo instaurado pelo Exército em 2021 e que tinha como alvo o então ministro da Saúde e general Eduardo Pazuello. O caso do ex-ministro, agora deputado federal (PL-RJ) é parte desse pacote.

Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (3), Carvalho apontou retrocessos entre os períodos de 2019 e 2022 e pontuou a banalização do uso de determinadas categorias de restrição de acesso à informação, alterações nos precedentes vigentes da CGU (memória institucional), ampliando entendimentos contrários a transparência, e a limitação das pessoas ao acesso à informação. De acordo com o órgão, dos 234 casos, além dos 111 de segurança nacional e 35 de segurança do presidente e familiares, há 49 de informações pessoais, 16 de atividades de inteligência e 23 classificados como "outros". Os dados começam a ser analisados (para divulgação ou não) a partir da próxima segunda-feira, 6.

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A reavaliação de tais pedidos de acesso à informação foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio de despacho assinado em seu primeiro dia de mandato (1º/1).

De acordo com a CGU, durante o período de 2019 a 2022, 64.571 pedidos de acesso à informação foram negados total ou parcialmente. "Foram identificadas decisões baseadas em fundamentos questionáveis que desrespeitaram o direito de acesso à informação, banalizaram o sigilo e caracterizam claro retrocesso à política de transparência pública", afirmou o ministro.

Pazuello

Para a análise dos 234 casos, a CGU elaborou 12 enunciados que devem orientar o governo federal na aplicação da Lei de Acesso à Informação (LAI). Um desses enunciados deve liberar dados de casos como o do deputado federal e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ).

Durante o governo Bolsonaro, o Comando do Exército impôs sigilo de 100 anos aos documentos do processo disciplinar, alegando que se tratavam de informações relativas à vida privada do militar. Agora, a nova orientação da CGU passa a recomendar a abertura de processos disciplinares contra servidor público militar ou civil (desde que concluído, ou seja, já julgado).

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está mapeando todos os sigilos, em alguns casos, de 100 anos, impostos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Promessa de campanha, a derrubada dos sigilos deve ser acompanhada de apurações sobre a atuação do Ministério da Saúde durante o pico da pandemia da Covid-19, e também outros temas característicos do discurso do governo bolsonarista, como o armamento civil. A informação é da jornalista Andréia Sadi, da GloboNews.  

Ainda de acordo com a coluna de Sadi, estão na mira, também, os registros de visitas ao Palácio do Planalto, um processo disciplinar contra o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a compra de cloroquina pelo Exército, Informações sobre a política de ampliação do acesso às armas, e dados sobre registros de armas mantidas pelo Exército e pela Polícia Federal, e aqueles usados para a elaboração de atos normativos. 

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A equipe de transição vai recomendar ao presidente que todos os órgãos federais revisem as decisões que desvirtuam o princípio da Lei de Acesso à Informação (LAI), que estabelece que a transparência é a norma e o sigilo deve ser exceção. A questão dos sigilos foi uma das ações mais negativamente comentadas no último governo e o prazo de avaliação será de 30 dias.

O caso mais simbólico é o processo disciplinar aberto contra Pazuello. Embora o procedimento diga respeito a atuação pública do ex-ministro da Saúde, o documento foi mantido em sigilo com o pretexto de preservar a honra do general. 

O advogado Vinicius Marques de Carvalho assumiu, nessa terça-feira (3), o comando da Controladoria-Geral da União (CGU) prometendo que a Lei de Acesso à Informação (LAI) voltará a ser respeitada pelo governo federal. Marques montou um grupo técnico para reavaliar os sigilos impostos durante do governo Bolsonaro, como pediu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A gestão Bolsonaro reduziu a transparência e impediu o acesso a dados públicos, impondo segredo em documentos solicitados por cidadãos por meio da LAI sem justificativa legal. "(É preciso) Resgatar a confiança da população de que a regra é a transparência e o sigilo é exceção", disse.

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Carvalho elogiou os trabalhos dos ex-ministros da CGU Waldir Pires, Jorge Hage e Valdir Simão. O ministro não mencionou seu antecessor, Wagner Rosario, e criticou o governo Bolsonaro. Carvalho afirmou que houve um uso indiscriminado e indevido do sigilo para supostamente proteger dados pessoais ou sob o falso pretexto de proteção da segurança nacional e da segurança do presidente República.

Marques disse que o combate à corrupção precisa ser "ressignificado" para não servir à perseguição. "Temos que fortalecer e ressignificar o combate à corrupção para que não seja usado para fins políticos e para criminalizar opositores ou para legitimar julgamento de exceção", declarou o novo ministro.

A CGU atua nas apurações de irregularidades e em acordos de leniência com empresas investigadas, incluindo as envolvidas na Operação Lava Jato.

O grupo de transição que prepara ações na área de transparência tem em mãos uma lista de sugestões ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva que vão da revisão de decisões do governo Jair Bolsonaro, que impuseram sigilo de cem anos, à possibilidade de abertura de arquivos cujo segredo já prescreveu e até a criação de um novo mecanismo de fiscalização pela Controladoria-Geral da União (CGU) dos recursos repassados a Estados e municípios por meio do orçamento secreto.

Na última semana, a equipe analisou dados da atual gestão, mapeou os pontos mais críticos e compilou propostas de auditores, de dois ex-ministros da CGU, Jorge Hage e Valdir Simão, e também de entidades da sociedade civil.

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Uma das prioridades é propor uma resposta à promessa de campanha de revogar os sigilos de cem anos impostos na gestão de Bolsonaro, quando foi negado acesso a informações como a carteira de vacinação do presidente da República e o processo administrativo aberto pelo Exército para apurar a participação do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, em um ato político, sem autorização do comando militar.

A equipe técnica sabe que não basta um decreto de Lula para revogar tudo, como chegou a ser mencionado pelo presidente eleito durante a campanha. Os casos de sigilos impostos sob alegação de "informação pessoal" usam um dispositivo da Lei de Acesso à Informação (LAI) que permite essa proteção, mas o abuso do dispositivo na gestão Bolsonaro fez com que dados de agentes políticos fossem mantidos em segredo apenas para não expor as autoridades.

Decreto

Partiu do ex-ministro Jorge Hage a sugestão de que o futuro governo revise o decreto 7.224, que regula o processamento dos pedidos de acesso à informação, para estabelecer uma regra que barre daqui para frente a alegação de sigilo por "informação pessoal" protegido por cem anos nos casos que envolvam autoridades públicas.

"A proteção do direito à privacidade não pode ser usada para blindar agentes políticos e autoridades", disse Hage ao Estadão. A proposta foi bem-recebida no grupo de transição. Integrantes dizem acreditar que será inevitável editar um novo decreto deixando mais claro o que é de fato um dado pessoal.

Em relação aos casos de pedidos de informação já negados, os caminhos cogitados para revogar o sigilo são uma revisão automática da própria CGU com base em precedentes anteriores ao governo Bolsonaro que asseguravam o acesso à informação, mas que foram ignorados pela atual gestão; aguardar que novos pedidos sejam feitos por qualquer cidadão para mudar o entendimento já com a CGU sob novo comando; orientar os próprios ministérios a revisarem os atos que levaram à imposição de sigilo nos casos considerados abusivos.

Prescritos

A equipe técnica analisou todos os pedidos de informação negados pela CGU durante a gestão Bolsonaro. Levantamentos analisados pelo Estadão indicam que, no atual governo, foram negados 3,7 mil pedidos pelos mais variados motivos. Se quiser, a CGU, sob nova direção, pode rever todas as decisões do governo anterior.

O grupo de transição recebeu da agência Fiquem Sabendo, que atua na área de acesso à informação, uma relação de todos os documentos classificados pelo governo cujo prazo já estaria prescrito. A LAI prevê que, além do sigilo de cem anos para informações pessoais, documentos da administração pública podem ser classificados como reservados, secretos ou ultrassecretos, ficando, respectivamente, protegidos pelo prazo de cinco, 15 e 25 anos. Uma das propostas discutidas é a possibilidade de assegurar o acesso aos casos em que esse sigilo já caducou.

A atual direção da CGU tem contestado a acusação de que o governo Bolsonaro abusa do sigilo e disse que há um "evidente equívoco nas narrativas que mencionam decretação de sigilo de cem anos no Poder Executivo federal". O argumento é que há previsão legal para proteção de informações que dizem respeito à intimidade e à vida privada.

O ex-ministro Valdir Simão sugeriu ao grupo de transição que a CGU passe a fazer monitoramento dos recursos que são liberados por meio do chamado orçamento secreto, mecanismo de distribuição de recursos sem transparência revelado por uma série de reportagens do Estadão.

Para ele, os auditores podem contactar governos estaduais e prefeitos para onde os recursos são destinados pelos parlamentares, assegurando preventivamente que o dinheiro público seja aplicado corretamente. "É preciso ter um monitoramento. A CGU pode ligar para o governo ou prefeitura como quem diz: 'Estamos de olho'", disse Simão.

Ele disse acreditar que o mesmo mecanismo possa ser adotado no caso das chamadas emendas Pix, modalidade de repasse direto de recursos da União indicados por parlamentares a prefeituras em que o chefe do Executivo local pode aplicar os recursos diretamente, sem necessidade de seguir uma orientação federal.

Ajustes

Os ex-ministros Valdir Simão e Jorge Hage sugeriram que o grupo de transição também discutisse os acordos de leniência que envolvem órgãos do Estado, como a própria CGU, o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público Federal (MPF).

Simão e Hage concordam que é preciso ajustes na legislação para evitar que órgãos públicos atuem de forma isolada nas negociações com empresas envolvidas em casos de corrupção, como ocorreu durante a Operação Lava Jato. "É urgente encontrarmos uma forma de os órgãos atuarem de forma mais unificada ainda que cada um deles tenha um prisma diferente", disse Hage.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A quebra do sigilo bancário e o bloqueio das contas dos oito empresários bolsonaristas que foram alvo de buscas na semana passada não foi requisitada pela Polícia Federal. O ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O parlamentar é um dos coordenadores da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com base em mensagens divulgadas pelo portal Metrópoles, Randolfe pediu "apuração séria e aprofundada" da possível relação dos empresários com o financiamento de atos antidemocráticos. Reunidos em um grupo de WhatsApp, os alvos da operação citaram a hipótese de um golpe de Estado caso Lula fosse eleito em outubro. Dos parlamentares e instituições que acionaram o STF cobrando providências, o senador foi o único a representar por embargos financeiros.

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Randolfe sugeriu a tomada de depoimentos, o afastamento dos sigilos bancário e de mensagens, o bloqueio de contas e as prisões preventivas. Com exceção das prisões, todas as medidas foram autorizadas por Moraes. O ministro do STF também determinou a suspensão dos perfis dos empresários no Facebook, Instagram, Twitter, TikTok e YouTube.

Os deputados Gleisi Hoffmann (PR), Reginaldo Lopes (MG) e Alencar Santana (SP), do PT, fizeram coro pelas prisões e pela quebra dos sigilos telefônico e telemático dos empresários, mas não mencionaram o bloqueio das contas ou o levantamento do sigilo bancário. As deputadas Fernanda Melchionna (RS), Sâmia Bomfim (SP) e Vivi Reis (PA), do PSOL, acionaram o STF cobrando investigação, mas não chegaram a propor medidas específicas. Elas pediram ao ministro que tomasse "as providências cabíveis".

O gabinete de Moraes recebeu ainda notícias-crime de associações de magistrados e do Ministério Público do Trabalho pedindo que os empresários fossem intimados a prestar depoimento e seus celulares fossem apreendidos. As entidades também não mencionam sanções de ordem financeira ao grupo.

A PF representou apenas pela apreensão dos celulares e pelo afastamento do sigilo das mensagens. O delegado Fábio Alvarez Shor cita suspeita de financiamento de atos antidemocráticos, mas não chega a requerer a quebra do sigilo bancário. O pedido se limita a "acesso imediato e exploração do conteúdo" armazenado nos celulares e em nuvem de dados.

APURAÇÃO

A quebra do sigilo bancário dos empresários vai servir para analisar se há elementos mais concretos, como repasses para atos contra instituições democráticas, que indiquem materialidade de eventuais crimes. Em parecer elaborado a pedido de Moraes, o juiz Ailton Vieira, instrutor no gabinete do ministro, disse que os empresários podem ter ajudado a custear a produção e a divulgação de notícias fraudulentas e a organização de manifestações contra a democracia.

O documento foi redigido com base em material reunido em outras investigações que atingem aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo os inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

CONDIÇÃO

Ao decretar o bloqueio das contas, Moraes disse que a "condição financeira" dos empresários e suas "vultosas quantias de dinheiro" potencializam o alcance de manifestações ilícitas e exigem uma "reação absolutamente proporcional do Estado".

Para o advogado criminalista e professor de Direito Processual Penal da Universidade de São Paulo (USP) Maurício Zanoide de Moraes, o bloqueio de contas extrapolou a investigação. Na avaliação dele, as demais medidas eram necessárias, mas a decisão de congelar as contas bancárias não "teria lastro suficiente" neste momento.

O cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos empresários desencadeou, entre políticos e juristas, questionamentos sobre os limites que envolvem a liberdade de expressão e a apologia do crime.

Os empresários negaram ter defendido ruptura democrática e conspirado para um golpe de Estado caso Bolsonaro não fosse reeleito em outubro.

Na semana passada, em entrevista ao Estadão, o ex-presidente do STF Marco Aurélio Mello disse que não vê base jurídica para a operação da PF autorizada por Moraes. O ministro aposentado afirmou que "não compreendeu os atos de constrição (bloqueio)".

A reportagem entrou em contato com a assessoria de Randolfe para comentar a representação, mas não obteve resposta até a conclusão desta edição. Candidato à reeleição, o senador pelo Amapá é ativo na campanha de Lula.

ACESSO

Advogados dos empresários investigados informaram que até o fim da tarde de ontem não haviam acessado o inquérito do qual vieram as ordens de busca e apreensão dos celulares e de bloqueio das contas de seus clientes.

Miguel Vidigal, que representa Ivan Wrobel, dono da W3, impetrou um mandado de segurança. "Interessante notar que há um senador da República fazendo pedido ao STF de bloqueio de contas de um cidadão que não tem foro privilegiado e, por isso, não deveria estar respondendo a um inquérito perante o Supremo Tribunal Federal", disse Vidigal. (Colaborou Isabella Alonso Panho, especial Para o Estadão)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pré-candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, 26, que, se eleito, pretende revogar sigilos decretados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre temas considerados polêmicos. Em entrevista a youtubers, o petista disse que o presidente "vive de favor (...) fazendo os seus decretos-lei, fazendo indulto fora de hora, transformando qualquer coisinha que os filhos dele façam em um sigilo de 100 anos". Rindo, Lula disse que daria "um jeito" nesses sigilos.

Ainda que indiretamente, foi a primeira vez que o ex-presidente se referiu ao perdão decretado por Bolsonaro ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 8 anos e 9 meses de prisão. Lula vinha sendo questionado por rivais sobre seu silêncio a respeito do tema.

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"Eu acho que o Bolsonaro foi estúpido quando fez essa decisão que ele tomou, essa graça que ele fez. Porque ele acha que é graça mesmo, sabe? Não graça no sentido do benefício jurídico, mas a graça do ponto de vista de sorrir [...]", afirmou. Eu nem comentei nada, porque tudo o que ele queria era o que aconteceu. Ele abafou o carnaval. Ele fez isso na quinta-feira. Ficou quinta, sexta, sábado, domingo, segunda e terça no auge do noticiário."

Como mostrou o Estadão/Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o governo impôs uma série de sigilos de cem anos sobre informações relativas a temas polêmicos para o Executivo. Foi o caso do segredo determinado sobre os encontros entre o presidente e os pastores lobistas do Ministério da Educação (MEC), Gilmar Santos e Arilton Moura, suspeitos de pedirem propina para liberar recursos às prefeituras.

Outro exemplo foi o sigilo de cem anos determinado sobre a carteira de vacinação de Bolsonaro, que diz não ter se imunizado para a covid-19 e afirma, contrariando autoridades sanitárias nacionais e a própria Organização Mundial da Saúde (OMS), que as vacinas contra o coronavírus não têm comprovação científica.

'Rastejante'

Lula declarou também que o presidente é subordinado e rasteja diante do Congresso. "Nunca antes na história do País teve um presidente tão rastejante diante do Congresso Nacional", disse o ex-presidente petista. "Ele (Bolsonaro) não tem força nenhuma. Nem o Orçamento, que é uma coisa do presidente executar, ele não executa, quem executa é o presidente da Câmara, é o presidente do Senado."

Na entrevista a youtubers e integrantes "da mídia independente", na definição da assessoria da pré-campanha, Lula afirmou que a eleição para a Câmara dos Deputados será um dos principais focos de sua estratégia e da federação formada por PT, PV e PC do B. "Não adianta votar em um presidente da República se não votar numa quantidade de deputados que pensam ideologicamente como o presidente".

Teto de gastos e reforma trabalhista

Ao tratar da política econômica de seu eventual governo, Lula voltou a criticar o teto de gastos e a defender uma reforma trabalhista que seja "adaptada" à realidade do mercado de trabalho atual. O ex-presidente atenuou o tom usado até recentemente pelos petistas, que vinham pregando a revogação das mudanças nas leis trabalhistas aprovadas em 2017.

"A gente quer uma mudança na estrutura patrão e empregado em que seja levado em conta os direitos que a sociedade brasileira tem que ter", disse, defendendo ainda a necessidade de criar uma mesa de negociação entre empresários, trabalhadores, governo e universidades para discutir sobre direitos trabalhistas.

O ex-presidente disse não aceitar a lei do teto de gastos: "Essa coisa do teto de gastos, ela foi feita para garantir que os banqueiros tivessem o deles no final do ano. E nós queremos garantir que o povo terá o seu todo dia, todo mês e todos ano. Fazer política social não é gasto, fazer política social é investimento".

Aposentadorias de militares

O ex-presidente criticou o alto custo da aposentadoria de militares ao orçamento brasileiro. De acordo com Lula, o principal entrave à previdência está relacionado às chamadas carreiras de estado, que se aposentam com altos salários.

"Dois terços do orçamento militar é para pagar aposentadoria. Você tem 400 generais na ativa e 13.000 aposentados recebendo salário iguais aos que estão na ativa. Não pode continuar assim. Você mexe nisso com esse Congresso que está aí? Não mexe", disse o petista.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou, em 2019, a reforma da Previdência dos integrantes das Forças Armadas. O texto aprovado teve vantagens em relação à reforma dos trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos.

Após o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) falar em "puxar a capivara" das informações tributárias de Carlos Wizard, a defesa do empresário afirmou que entregará "espontaneamente" à CPI da Covid os dados de sigilo bancário e fiscal dele. As quebras dos sigilos bancário, fiscal, telemático e telefônico de Wizard foram aprovadas pela CPI no último dia 16.

A defesa do empresário, investigado pela comissão, chegou a recorrer no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o levantamento dos dados telefônico e telemático, mas o pedido foi negado pela ministra Rosa Weber. Na ocasião, a ministra disse não ver desproporcionalidade na quebra dos sigilos do empresário, ressaltando que a medida tem 'pertinência temática' com a CPI da Covid e está amparada em 'indícios mínimos' de que Wizard 'teria concorrido diretamente para utilização de medicamento sem comprovação científica de eficácia e, por via de consequência, influenciado no agravamento da pandemia'.

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A informação sobre a entrega "espontânea" dos dados foi comunicada à comissão pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), enquanto presidia temporariamente o colegiado. "O advogado informa que o sigilo bancário e fiscal será entregue espontaneamente a essa CPI", disse após a provocação de Kajuru.

Antes de quebrar o sigilo bancário de um senador e dez deputados bolsonaristas, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia adotado a mesma medida contra parlamentares em exercício de mandato e contra o ex-presidente Michel Temer. Ao falar com apoiadores, nesta quarta-feira (17), na saída do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro disse que a quebra de sigilo de parlamentares "não tem história nenhuma vista em uma democracia, por mais frágil que ela seja."

Entre as autoridades que já tiveram os dados bancários vasculhados por decisão da Corte estão os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Fernando Collor (Pros-AL) e Jader Barbalho (MDB-PA), além dos deputados Aécio Neves (PSDB-MG) e Gleisi Hoffmann (PT-PR).

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A decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes pela quebra do sigilo bancário dos parlamentares bolsonaristas, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República, é a "diligência mais natural possível" para pessoas públicas, diz o procurador regional da República Blal Dalloul. "Diligências desse porte não constituem, de forma alguma, novidades numa democracia fortalecida", afirmou.

Em fevereiro de 2018, o ministro Luís Roberto Barroso autorizou a quebra do sigilo bancário do então presidente Michel Temer no inquérito que investigava irregularidades na edição do decreto dos portos. A medida havia sido pedida pelo delegado da Polícia Federal Cleyber Malta. Na época, Temer divulgou uma nota informando que solicitaria ao Banco Central os extratos de suas contas bancárias e que não tinha "nenhuma preocupação com as informações".

Em 2016, o ministro Teori Zavascki determinou a quebra do sigilo bancário do então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, na Lava Jato. Teori também adotou a medida contra Collor na apuração sobre supostos desvios da Petrobrás.

Já o então senador Aécio Neves teve o sigilo quebrado por determinação do ministro Marco Aurélio Mello em dezembro de 2017. Na época, o ministro considerou indispensável o acesso às informações, para rastrear a origem e o destino de recursos supostamente ilícitos nas investigações em torno da delação da JBS. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Alvo de inquérito do Supremo Tribunal Federal, o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) afirmou que ministros da Corte "apequenam" ela em função de interesses políticos. O deputado é um dos 11 parlamentares apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que tiveram o sigilo bancário quebrado por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

A decisão faz parte de investigação sobre o apoio e financiamento de atos antidemocráticos que pediam o fechamento do Supremo e do Congresso Nacional. Pelo Twitter, o deputado disse que defenderá sua honra, inclusive com ação perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos.

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"Já pedi aos meus advogados que entrem com uma ação na Corte Interamericana. Vou as últimas consequências pela minha honra. Alguns ministros do @STF_oficial estão apequenando a Suprema Corte a interesses políticos. @alexandre NÃO É O STF", escreveu em uma publicação.

Mais cedo, em seu Twitter o deputado publicou vídeo em disse que "o STF trabalha politicamente contra o presidente Bolsonaro". "Até Deus aceita ser criticado, mas Alexandre de Moraes e alguns ministros do STF não aceitam. Alexandre de Moraes não é o STF. O ministro Toffoli não é o STF", disse no vídeo.

O parlamentar afirmou ainda que os ministros não representam a Corte, que destacou ser um dos pilares da democracia. "Atacar esse pilar é sim um movimento antidemocrático. Agora, ninguém está atacando o STF. Estamos sim criticando um comportamento político de seus ministros, que deveriam se ater na proteção da Constituição, mas resolveram se tornar partidários", declarou.

Segundo o deputado, não há o que temer com a quebra do seu sigilo e sugeriu: "Eu não sei se o sigilo bancário do ministro Alexandre de Moraes for quebrado, se ele pode ter a mesma paz que eu estou tendo agora". Otoni de Paula chegou a chamar Alexandre de Moraes de "canalha" e dizer que veria a "queda de forma democrática e republicana" do ministro.

Em outra publicação, o parlamentar pediu para o presidente Bolsonaro que "não entregue a cabeça do ministro Abraham Weintraub na bandeja para satisfazer a arrogância de alguns ministros do STF". O chefe da pasta da Educação tem permanência incerta no governo e também é alvo de investigações do STF. Como o Estadão/Broadcast revelou, a saída de Weintraub seria uma forma de apaziguar as relações com o Supremo.

A Justiça paulista determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, alvo de uma investigação por suposto enriquecimento ilícito conduzida pelo Ministério Público Estadual (MP-SP) desde junho.

A decisão é de segunda-feira, 18, da 10.ª Câmara de Direito Público. O MP-SP já havia solicitado os dados do ministro em duas ocasiões, mas os pedidos haviam sido negados pela Justiça.

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A investigação apura como o patrimônio de Salles saltou de R$ 1,4 milhão para R$ 8,8 milhões entre 2012 e 2018 e é conduzida pelo promotor Ricardo Manoel Castro. Ela teve início em julho a partir de representação feita por uma empresa chamada Sppatrim Administração e Participações, que levantou suspeita sobre a evolução patrimonial de Salles com base nas declarações de bens que ele mesmo prestou à Justiça Eleitoral.

Salles nega irregularidades em suas contas. "Todos os meus rendimentos e bens foram declarados por mim mesmo", disse o ministro à reportagem. "Não tenho nenhum receio acerca da análise dos dados."

Em uma declaração feita à Justiça Eleitoral em 2012, quando foi candidato a vereador, o ministro apresentou a declaração com o primeiro valor. Ela consistia em aplicações financeiras, 10% de um apartamento, um carro e uma moto.

Em 2018, Salles foi candidato a deputado federal pelo partido Novo. À Justiça, informou possuir dois apartamentos de R$ 3 milhões cada, R$ 2,3 milhões em aplicações e um barco de R$ 500 mil.

Neste período, o ministro ocupou dois cargos do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Entre março de 2013 e novembro de 2014, foi secretário particular do ex-governador. Entre julho de 2016 e agosto de 2017, foi secretário do Meio Ambiente.

Defesa

Em nota, o Ministério do Meio Ambiente afirmou: "Todos os rendimentos e bens do Ministro foram declarados, não havendo nenhum receio acerca da análise de seus dados".

Hoje, durante a comemoração da chegada do Ano Novo Chinês no bairro da Liberdade, em São Paulo, o prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), falou sobre o sigilo imposto pela prefeitura às empresas contratadas para a inspeção de oito pontes e viadutos da cidade.

O termo de confidencialidade, que proibe as empresas de fornecer documentos como laudos, projetos e contratos à imprensa, prevê consequências jurídicas. "Isso é para termos total controle e saber que aquilo que vai ser divulgado é exatamente o que diz respeito ao que foi pesquisado. Pedimos esse termo para que possamos ter tranquilidade de poder divulgar tudo aquilo que as pessoas precisam saber, mas que corresponda com a realidade", diz Covas.

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O termo foi imposto após engenheiros da prefeitura confirmarem que há "risco iminente de colapso" em seis pontes e viadutos da capital. Segundo reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, o documento emitido pela Secretaria de Infraestrutura e Obras (Siurb) versa da situação de pontes e viadutos, como Cidade Jardim, Eusébio Matoso e Cidade Universitária. O documento serviu de base para a contratação emergencial e sem licitação das empresas que farão a vistoria nas vias.

O prefeito Covas reforçou que a população não precisa entrar em pânico. "Divulgaram atas que estavam mal redigidas criando confusão na população. É um problema sério [a situação das pontes e viadutos], grave e não podemos correr o risco de ter documentos parciais e laudos incompletos sendo divulgados e criando pânico quando não precisa criar pânico. Se há um risco iminente, nós vamos dizer."

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez um duro discurso em defesa da Lava Jato e da Procuradoria-Geral da República, afirmando que o Ministério Público Federal não realiza coletivas de imprensa em "off" e rebatendo as críticas feitas nesta terça-feira, 21, pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que acusou a PGR de praticar crimes de vazamento de conteúdos sigilosos de investigações.

Apesar de não ter mencionado o ministro do STF em seu discurso, Janot fez críticas à atuação política de Gilmar Mendes. Janot chamou de "mentira" a informação de que a PGR realiza "coletivas de imprensa em 'off'", que foi divulgada pela ombudsman da Folha de S. Paulo, Paula Cesarino Costa, em texto publicado no domingo.

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"Aliás, essa matéria jornalística sequer ouviu o outro lado. Nós não fomos chamados a nos pronunciar sobre esta mentira", disse o procurador durante uma reunião de procuradores eleitorais em Brasília. "Aliás, esta matéria imputa esta prática como sendo uma prática corriqueira nos Três Poderes da República, e, apesar da imputação expressa de até o STF [fazer tal prática], não vi uma só palavra de quem teve uma disenteria verbal a se pronunciar sobre esta imputação ao Congresso, ao palácio e até ao Supremo", afirmou Janot.

"Só posso atribuir tal ideia a mentes ociosas e dadas a devaneios, mas infelizmente com meios para distorcer fatos e desvirtuar instrumentos legítimos de comunicação institucional", disparou o chefe da Procuradoria-Geral da República. Não foi a primeira vez em que Janot respondeu a declarações de Gilmar Mendes críticas ao Ministério Público Federal. Desta vez, Janot preparou um discurso, mas, nos momentos mais incisivos, não se ateve ao texto.

"Procuramos nos distanciar dos banquetes palacianos. Fugimos dos círculos de comensais que cortejam desavergonhadamente o poder político. E repudiamos a relação promíscua com a imprensa. Ainda assim, meus amigos, em projeção mental, alguns tentam nivelar a todos a sua decrepitude moral, e para isso acusam-nos de condutas que lhes são próprias, socorrendo-se não raras vezes da aparente intangibilidade proporcionada pela posição que ocupam no Estado", disse Janot.

O procurador-geral da República disse também que "sempre houve, na história da humanidade, homens dispostos a sacrificar seus compromissos éticos no altar da vaidade desmedida e da ambição sem freios". "Esses não hesitam em violar o dever de imparcialidade ou em macular o decoro do cargo que exercem; na sofreguidão por reconhecimento e afago dos poderosos de plantão, perdem o referencial de decência e de retidão", disse Janot.

Janot disse também que "mesmo quando exercemos nossas funções dentro da mais absoluta legalidade, estamos sujeitos a severas e, muitas vezes, injustas críticas de quem teve interesses contrariados por nossas ações". "A maledicência e a má-fé são verdugos constantes e insolentes."

Lava Jato

O discurso também citou os 3 anos de "profícuo trabalho" da Lava Jato. "Do que se revelou no curso das investigações, é possível concluir que existem basicamente duas formas de corrupção no País: a econômica e a política. Elas não se excluem e, em certa medida, tocam-se e interagem."

Janot disse também que o mérito da Lava Jato foi haver encontrado o veio principal da corrupção política. "Esse tipo de corrupção, como disse, é de altíssima 'lesividade' social porque frauda a democracia representativa, movimenta bilhões de reais na clandestinidade e debilita o senso de solidariedade e de coesão, essenciais a uma sociedade saudável."

O juiz federal Sérgio Moro decretou a quebra do sigilo telefônico do PT e de pelo menos seis números que seriam usados pelo ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, preso desde março, em Curitiba, acusado de ser operador de propinas no esquema de corrupção na Petrobras. A abertura de dados alcança um período de quase cinco anos, 2010 a 2014 - abrangendo três campanhas eleitorais.

A força-tarefa da Operação Lava Jato investiga o uso da legenda como forma de ocultar dinheiro desviado da estatal por meio de contribuições e doações de campanha.

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Moro atendeu a um pedido do Ministério Público Federal, que acusa formalmente Vaccari em uma ação penal pelo uso de uma gráfica ligada ao partido para supostamente lavar dinheiro da Petrobras. O ex-tesoureiro é réu por corrupção e lavagem. "Defiro o requerido e decreto a quebra do sigilo dos terminais telefônicos acima, incluindo dos dados das ligações efetuadas no período de 22 de julho de 2010 a 31 de dezembro de 2014", disse Moro na decisão.

A ordem de quebra do sigilo atinge o coração do PT, cuja sede fica situada na Rua Silveira Martins, centro de São Paulo. A decisão atinge quatro números de telefone fixo três números de telefones celulares em nome do PT.

"A medida pretendida é adequada e necessária para possibilitar a identificação dos registros das chamadas originadas e recebidas pelos terminais-alvos da investigação e seus respectivos interlocutores, bem como a localização geográfica em que se encontravam os alvos no momento das comunicações de interesse da investigação criminal, por meio de antenas que captaram o sinal", diz o MPF no pedido.

Os investigadores da Lava Jato descobriram que propina do esquema da Petrobras teria sido canalizada para a Editora Gráfica Atitude por meio de repasses do executivo Augusto Ribeiro Mendonça - do grupo Setal -, um dos delatores da operação. Ele revelou que o ex-tesoureiro lhe pediu R$ 2 milhões para o partido e sugeriu que o depósito fosse feito em favor da gráfica. Mendonça diz que repassou parte do montante.

"No tocante à ligação da Editora Gráfica Atitude com o denunciado João Vaccari Neto com o Partido dos Trabalhadores - PT, deve-se salientar que, a partir de pesquisas em bancos de dados, verificou-se que os sócios da Editora são o Sindicato dos Empregados de Estabelecimentos Bancários de São Paulo/SP e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, de notória vinculação ao Partido dos Trabalhadores, sendo que Juvandia Moreira Leite, presidente do primeiro Sindicato, figura como administradora da Editora."

Preso desde março em Curitiba, Vaccari integra o sindicato dos bancários. Ele foi presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), fundada por um núcleo do PT nos anos 1990.

O PT informou que não vai comentar a decisão do juiz.

Defesa

O criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende o ex-tesoureiro do PT, requereu anteontem ao juiz Sérgio Moro que exclua da quebra de sigilo os telefones do PT e do Sindicato dos Bancários. "O que pretende o representante do Ministério Público Federal é, a partir de uma apuração sem foco para tentar encontrar um fato, afrontando direitos constitucionais, realizar a quebra injustificada do sigilo telefônico de instituições e pessoas que nada têm com o presente processo, nem temporalmente, nem faticamente, para só depois verificar se existe alguma relevância para os autos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça Federal do Paraná autorizou o compartilhamento com a Receita Federal das quebras de sigilo contra 215 investigados na Operação Lava Jato desde que ela foi deflagrada, em março de 2014. A medida atende ao pedido do órgão do governo que solicitou acesso aos dados para apurar eventuais fraudes fiscais e exigir, caso comprovada a fraude, a devolução aos cofres públicos dos impostos que tenham sido sonegados.

A lista inclui nomes que vão desde pessoas físicas como os empreiteiros e doleiros presos na operação até empresas como a própria Petrobras, que teve seus contratos investigados apesar de ser tratada como vítima do esquema de corrupção pela Justiça, e companhias do setor de energia. "Observo que a cobrança regular dos tributos atende ao interesse público e que, por outro lado, a configuração do crime contra a ordem tributária demanda, pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o lançamento tributário. Então o compartilhamento no caso além de servir ao interesse público na regular cobrança dos tributos, também atende a finalidades próprias do processo penal", afirmou o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, em seu despacho.

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O magistrado, contudo, não liberou para a Receita o acesso aos dados das contas no exterior dos investigados obtidas por meio de cooperação jurídica internacional, pois isso depende de autorização específica das autoridades estrangeiras. Moro lembrou ainda que, no caso dos investigados que fizeram acordo de delação premiada - que prevê benefícios como redução da pena aos réus que colaborarem e contarem o que sabem à Justiça - as ações fiscais contra eles devem ser encaminhadas à força-tarefa da Lava Jato.

A Receita pediu acesso às quebras de sigilos de delatores como Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal e Alberto Youssef, doleiro e um dos principais operadores de propina pego pela operação.

Atualmente, os dados das quebras de sigilos bancários dos 215 investigados que estão na mira da Receita estão com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal.

A Justiça Federal quebrou os sigilos telemático do e-mail do lobista Fernando Antônio Falcão Soares, o Fernando Baiano, e bancário da concessionária AutoStar São Paulo Comercial e Importadora, que vendeu a Range Rover Evoque de R$ 220 mil, registrado em nome da mulher do ex-diretor de Internacioonal da Petrobras Nestor Cerveró. A força-tarefa da Operação Lava Jato acredita que o carro de luxo foi um "presente" dado ao ex-diretor como forma de ocultar propina.

Para o juiz federal Sérgio Moro - que conduz todas as ações da Lava Jato - "há provas de que a aquisição do veículo teria sido intermediada por Fernando Soares em benefício de Nestor Cerveró, com a participação da esposa deste, Patricia Anne Cunat Cerveró".

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Os investigadores passaram a focar o negócio de compra do Range Rover de Cerveró depois de descobrirem na quebra do sigilo fiscal do ex-diretor que ele era dono de um carro da mesma marca e modelo do que havia sido comprado pelo doleiro Alberto Youssef - peça chave da Lava Jato - para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em 2013.

Dois pontos comuns que levantaram suspeita foi que os dois Evoques foram adquiridos na mesma loja e os dois foram blindados e pagos em dinheiro. Os carros de luxo acabaram confiscados por determinação da Justiça Federal.

Ao aprofundar as apurações, a Polícia Federal descobriu que o carro registrado em nome da mulher de Cerveró foi negociado e pago em dinheiro vivo por Fernando Baiano, pelo que indicam as provas levantadas até agora.

"A nota fiscal encontra-se em nome da esposa de Nestor Cerveró, Patrícia Anne Cunat Cerveró. Entretanto, na proposta de compra é apontado o endereço eletrônico fsoares@hawkeyespar.com.br como contato para Patrícia."

O endereço eletrônico registrado no documento em nome da mulher de Cerveró é na verdade "de titularidade de Fernando Soares e da empresa dele, Hawk Eyes Administração de Bens Ltda", assinala a Procuradoria.

É essa conta de e-mail que os investigadores vão analisar, à partir da ordem de quebra do juiz federal Sérgio Moro. Além de dar elementos sobre os negócios da compra do Evoque, o material pode levar a Lava Jato a se deparar com provas sobre outros crimes que pairam como suspeita sobre o operador de propina do PMDB.

Fernando Baiano e Cerveró são acusados na Operação Lava Jato de serem braços do PMDB no esquema de corrupção e propina na estatal. Os dois estão presos em Curitiba, base da operação. Além de réus em processo sobre a compra de duas sondas de perfuração marítimas pela Petrobras, os alvos são investigados em inquéritos em andamento sobre outros crimes.

Cliente

Fernando Baiano era um cliente da Autostar. Antes da compra da Evoque registrada em nome da mulher de Cerveró, ele adquiriu outros dois modelos diferentes da marca, em 2011 e 2012, e um terceiro em 2014 - todos registrados em nome da Technis Tecnologia, outra empresa em seu nome.

Em diligência na loja que vendeu os carros dos ex-diretores, a PF chegou até a vendedora que atendeu o operador de propina do PMDB na compra dos carros. "Ouvida, a vendedora da AutoStar declarou que Fernando Soares é quem fez todo o contato com a AutoStar para a compra do veículo."

"A vendedora não teve qualquer contato com Patrícia Cerveró, o que demonstra que o veículo realmente foi adquirido por Fernando Soares em benefício de Patrícia e Nestor Cerveró", escreveu a Procuradoria.

Banco

A Autostar também forneceu à Lava Jato extrato bancário que revela que o veículo foi pago por depósito em dinheiro de R$ 220 mil, em nome de Patrícia Cerveró. Para o juiz Sérgio Moro, "a realização do pagamento do preço do veículo em espécie não é, por si só crime, mas transação de R$ 220 mil em espécie não é nada usual".

"A realização de elevada transação em espécie, sem aparente justificativa econômica, gera fundada suspeita de que o objetivo dela seria dificultar o rastreamento da origem do dinheiro, a real titularidade dos recursos, e acobertar pagamento de propina ou lavagem de dinheiro, suspeita essa reforçada pela participação de Fernando Soares na aquisição do veículo em questão, ele que é acusado pelo MPF exatamente como intermediador de propinas para Nestor Cerveró", registra o juiz.

A força-tarefa não está convencida de que foi a mulher do ex-diretor que fez o depósito. Apesar do registro estar em seu nome, o banco informou que houve estorno no primeiro depósito, por divergência de informações, e que a agência usada tradicionalmente faz atendimento à empresas.

Por conta dessas divergências, foi exigido do banco que sejam apresentados mais detalhes que possam levar à identificação de quem efetivamente compareceu ao banco, em 2012, para pagar o carro de Cerveró.

Com 379 requerimentos para serem votados, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades na Petrobras vai fazer uma reunião administrativa na quarta-feira (18). Além de analisar as centenas de pedidos de informações, documentos e quebras de sigilos, os parlamentares também devem discutir procedimentos a serem adotados nas oitivas de testemunhas.

No depoimento de Graça Foster, na última quarta-feira (11), deputados e senadores da oposição reclamaram da sistemática adotada pelo presidente da comissão de inquérito, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que autorizou o relator, deputado Marco Maia (PT-RS), a fazer mais de cem perguntas. Com isso, os oposicionistas esperaram mais de quatro horas até que tivessem a chance de questionar a presidente da Petrobras. O número de requerimentos a ser analisado (379) é provisório e pode aumentar até o início da reunião.

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Sigilos

Entre os requerimentos na pauta, está o de número 52, do deputado Fernando Francischini (PR), líder do Solidariedade, que pede a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e telemático (internet) do doleiro Alberto Youssef, preso em março pela Operação Lava Jato da Polícia Federal. Youssef foi acusado de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e outros crimes.

A quebra de sigilos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, também está na pauta. Também preso na Operação Lava Jato, Costa foi solto dois meses depois, mas voltou a ser preso na última quarta, depois da descoberta de que ele teria contas no exterior, o que sugeriria uma possibilidade de fuga. Ao depor à CPI exclusiva do Senado, ele negou as acusações e se disse injustiçado. Deputados e senadores também querem ouvi-lo na CPI mista.

*Com informações da Agência Câmara

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e de operações em bolsa do senador Lindbergh Farias (PT-SP) no período de 2005 a 2010. A providência foi requerida pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que investiga suspeitas de envolvimento do parlamentar com crimes relacionados a uma suposta gestão fraudulenta do instituto de aposentadoria dos servidores públicos de Nova Iguaçu. Na época em que teriam sido cometidas as supostas irregularidades, Lindbergh era prefeito da cidade.

Conforme informações da Procuradoria, o inquérito foi aberto para apurar fatos investigados por uma CPI instaurada na Câmara Municipal de Nova Iguaçu. De acordo com o Ministério Público, a suposta fraude pode ter alcançado a cifra de R$ 350 milhões.

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"A análise detalhada do Relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito e dos documentos que o instrui indica uma verdadeira 'parceria' entre o então prefeito Luiz Lindbergh (o senador), que atuava no relacionamento da Prefeitura com o Fundo de Previdência Previni e os dirigentes desse Fundo, pessoas da confiança do prefeito, que os indicava e reconduzia ao posto", sustentou o procurador. O senador é pré-candidato do PT ao governo do Rio, em 2014.

No despacho, Dias Toffoli concordou que para o prosseguimento das investigações pelo Ministério Público Federal era necessária a quebra de sigilos de pessoas jurídicas e físicas, entre as quais Lindbergh, onde foram detectadas movimentações financeiras suspeitas.

"Temos aqui situação na qual se encontram em jogo a coisa pública e agente político e demais investigados, cuja privacidade mostra-se relativa. No caso, os fatos narrados possuem repercussão maior, estando devidamente demonstrada a necessidade de se apurar a fundo todos os aspectos que possam estar envolvidos na espécie", concluiu o ministro.

Defesa

A defesa do senador contesta as informações, classificadas pelo advogado Celso Vilardi de "precárias". "Entendo que o ministro não recebeu informações pertinentes", avaliou. Segundo o defensor, as denúncias que motivaram o entendimento do procurador Roberto Gurgel não são fruto de um relatório de CPI. "O relatório foi rejeitado, se transformou em documento particular de um vereador que fazia oposição ao então prefeito Lindbergh."

A defesa também refuta a origem dos débitos tratados no inquérito. "Estão colocando o rombo como se fosse criado pelo Lindbergh, mas é uma dívida pública, da prefeitura com a Previdência, também de outras administrações", ressaltou o advogado, que pretende encaminhar ao ministro Toffoli os esclarecimentos que, acredita, faltaram na acusação da procuradoria.

Outro ponto que Celso Vilardi pretende contestar são as investigações de débitos parcelados, o que segundo ele, é o caso da dívida previdenciária de Nova Iguaçu. "Não pode querer investigar dívida tributária parcelada. E não pode querer omitir do ministro questões como: não foi ele (Lindbergh) que causou o rombo; isso não é sonegação, é inadimplência da prefeitura porque não tinha dinheiro para pagar a folha, uma dívida que a prefeitura não tinha condições de saudar", afirmou o advogado.

Vilardi critica ainda o trecho da denúncia em que Gurgel fala de 'parceria'. "O prefeito não nomeia ninguém para esse fundo. Precisa pegar as regras. É o mesmo que dizer que, tem fraude no Banco do Brasil, um banco público, vão querer responsabilizar a presidente? Não existe isso", sustentou.

O PPS informou que vai solicitar ao Ministério Público Federal de São Paulo, ainda esta semana, a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe do gabinete da Presidência da República no Estado. A representação, na qual o PPS fará oficialmente o pedido de quebra de sigilos de Rosemary, será entregue na sede do MPF na capital paulista pelo deputado Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Câmara, na próxima quarta-feira (9). Segundo o PPS, a quebra dos sigilos é importante para aprofundar investigações sobre a influência de Rosemary no governo federal.

O partido destaca que protocolou, na manhã desta segunda-feira, requerimento pedindo que haja convocação da Comissão Representativa do Congresso Nacional, para que então essa comissão aprove um requerimento pedindo informações do Ministério da Fazenda sobre o relacionamento de Rosemary nas negociações sobre o comando do Banco do Brasil e do fundo de pensão de seus funcionários, a Previ, e a compra do banco Nossa Caixa pelo BB.

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"Ela gozava da intimidade do ex-presidente Lula para fechar negócios escusos. A quebra dos sigilos desta senhora é fundamental para esclarecer toda essa sujeira. Inclusive para saber se houve envolvimento, ou não, do ex-presidente da República nessa história", disse o deputado Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Câmara. Segundo ele, a quebra dos sigilos de Rosemary é importante para que sejam obtidas informações para esclarecer a profundidade do esquema montado pela ex-chefe da Presidência em São Paulo.

A Polícia Federal deflagrou, em 23 de novembro a Operação Porto Seguro, com o fim de desarticular organização criminosa que se infiltrou em diversos órgãos federais para a obtenção de pareceres técnicos fraudulentos com o fim de beneficiar interesses privados. A operação acabou apontado participação de Rosemary. Segundo o PPS, a decisão de pedir reforço no pedido de investigação sobre a atuação de Rosemary foi tomado depois de a mais recente edição da revista Veja trazer novas denúncias envolvendo a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo.

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