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O ex-ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário, Trabalho e Previdência/governos Lula e Dilma) disse nesta quarta-feira, 8, que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró "é um vigarista, ladrão que acha que todo mundo age como ele".

Rossetto indignou-se com o relato de Cerveró que, em delação premiada na Operação Lava Jato, afirmou que o ex-ministro fez lobby para que a Copersucar S.A. se tornasse a "única vendedora de álcool para a Petrobras".

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Segundo Cerveró, em 2013 o então presidente da BR Distribuidora José de Lima Andrade Neto o chamou para uma reunião informal para comunicá-lo que Rossetto, que era presidente da Petrobras Biocombustíveis - responsável por álcool e biocombustíveis da estatal - propôs que a Copersucar tivesse um contrato de exclusividade.

Para o ex-ministro, "foi injusta" a reportagem publicada na terça-feira, 7, intitulada "Cerveró aponta Rossetto em tentativa de beneficiar Copersucar na BR Distribuidora". "Li integralmente o depoimento desse vigarista, na verdade é um testemunho que me abona", disse Rossetto.

O ex-ministro destaca trecho do relato de Cerveró em que o próprio ex-diretor da estatal afirmou que "não ouviu dizer que José de Lima Andrade ou Miguel Rossetto ganhariam propina pela realização desse negócio".

Em outra parte de seu depoimento, prestado em 10 de dezembro de 2015, Cerveró diz que "imagina" que haveria pagamento de propina a Lima e a Rossetto em caso de fechamento do negócio com a Copersucar’.

"O próprio vigarista (Cerveró) afirma em seu depoimento que comunicou essa proposta (relativa à Copersucar) aos chefes dele que não gostaram porque a proposta que eu estava fazendo acabaria com a propina deles na BR. A proposta que se estava desenhando abertamente acabaria com a propina deles", declarou Rossetto.

"Ele diz que 'imagina' que haveria pagamento de propina para o Lima e para mim, palavras textuais dele. Ele diz isso porque todo ladrão acha que todo mundo é como ele, ladrão e vigarista. Mas é ele quem diz que eu estava enfrentando a propina deles e que nunca ouviu falar que eu e o Lima recebemos qualquer coisa. A única coisa que ele pauta é o que ele imagina."

"Ele agrega valor à minha conduta. A mim é imputada uma situação nebulosa de ganhos, mas ele testemunha que, em hipótese alguma, ouviu falar disso. O registro está no depoimento dele, literalmente ele diz isso", completou o ex-ministro.

Miguel Rossetto afirma que não se furta à investigação, "É óbvio que tenho todo o interesse em aprofundar essa apuração", disse.

A Copersucar, líder na comercialização de etanol, informou que mantém relacionamento comercial com diversas distribuidoras no Brasil, dentre elas a BR Distribuidora, "sempre na mais estrita observância da legislação brasileira".

O ex-diretor de Internacional da Petrobras e da BR Distribuidora Nestor Cerveró afirmou em sua delação premiada que o ex-ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário, Trabalho e Previdência/governos Lula e Dilma) fez lobby para que a Copersucar S.A. se tornasse a única vendedora de álcool para a estatal.

"As propinas passariam todas a ser controladas pela Copersucar", afirmou Cerveró no termo de delação 19, prestado em dezembro e tornado público na semana passada. "A compra de álcool é um dos principais itens de arrecadação de propina na BR Distribuidora."

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Os depoimentos de Cerveró foram gravados em áudio e vídeo pela força-tarefa da Operação Lava Jato na Procuradoria-Geral da República, a quem compete investigar políticos detentores de foro privilegiado, como deputados e senadores.

O ex-diretor da Petrobras disse que em 2013, o então presidente da BR Distribuidora José de Lima Andrade Neto o chamou para uma reunião informal para comunicá-lo que Rossetto, que era presidente da Petrobras Biocombustíveis - responsável por álcool e biocombustíveis da estatal - propôs que a Copersucar tivesse um contrato de exclusividade.

"No sentido de que a empresa fosse a única compradora de álcool para a BR, ou seja, a Copersucar seria uma intermediária, comprando o álcool (das usinas) para a BR, que depois faria o trabalho normal dela de distribuição", afirma Cerveró.

A Copersucar S.A. é a maior comercializadora global de açúcar e etanol integrada à produção e a maior exportadora brasileira desses produtos, com atuação nos principais mercados mundiais. A Copersucar atende a 12% da demanda mundial de etanol, segundo informações no site da companhia. No mercado de açúcar, responde por 12% do mercado livre da commodity. Sua plataforma logística tem abrangência global e entre seus clientes estão as principais companhias de petróleo, refinarias de açúcar e indústrias de alimentos do mundo.

Alerta

O delator disse que os integrantes da diretoria fizeram objeções e afirmaram que a ideia era "muito ruim, porque o negócio não seria bom para a BR e não faria sentido". Ele relatou que Lima defendeu a empreitada com "entusiasmo".

"Quem surgiu com essa ideia foi Miguel Rossetto, e Lima levou-a adiante. Alguém da Copersucar levou essa ideia para Miguel Rossetto. Se a ideia fosse implementada, as propinas relativas à compra de álcool seriam pagas pela Copersucar, não mais pela BR", afirmou Cerveró aos procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato.

"Acredito que haveria um negócio que o Rossetto participaria porque quem trouxe o negócios para o Lima foi ele e pelo entusiasmo que o Lima defendeu havia um interesse dos dois em fechar esse acordo com a Copersucar", respondeu, ao ser perguntado se acredita que o episódio envolveria propina.

"Para a BR não trazia benefício nenhum, isso só beneficiava a Copersucar que ganhava um poder de compra e de negociações, porque a transformava na maior compradora de álcool do Brasil. Esse tipo de coisa não acontece de graça."

O delator afirmou que os dois "grandes beneficiários da propina na BR" seriam Pedro Paulo Leoni Ramos, o PP, ex-ministro e operador de do senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello, e o então senador Delcídio Amaral (ex-PT-MS). "PP e Delcídio ficaram muito irritados com essa ideia."

O delator diz que a subsidiária da Petrobras era dividida pelo PT, PMDB e PTB (na época, cota do senador Fernando Collor de Mello).

Rossetto não foi localizado para comentar o assunto. A Copersucar não respondeu aos questionamentos.

O ministro do Trabalho e Previdência, Miguel Rossetto, tentou minimizar, em entrevista à reportagem, a decisão dos principais executivos da Odebrecht e da própria companhia em aderir aos acordos de delação premiada e leniência e garantiu que a medida não preocupa "em hipótese alguma" o governo. "O governo quer absoluta transparência em todo esse processo, que se respeite o processo legal, que a Justiça assegure a legalidade e investigue o que deve ser investigado, com serenidade e seriedade que todos os brasileiros esperam", afirmou o ministro durante a inauguração da fábrica de veículos da Mercedes-Benz, em Iracemápolis (SP).

Rossetto considerou "muito importante" a decisão de ontem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de trazer à Corte as investigações em primeira instância da Lava Jato sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e emendou: "a decisão dá confiança que a Justiça assegura a legalidade no País".

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O ministro admitiu que "não foi bom" o desempenho negativo no saldo de empregos em quase 100 mil postos no mercado de trabalho em fevereiro, o pior para o mês na história do Caged. "Não é número bom, mas estamos trabalhando para recuperar o crescimento e o desenvolvimento do País. Uma demonstração desse esforço é essa fábrica da Mercedes", explicou.

Rossetto adiantou que a presidente Dilma Rousseff (PT) sancionará hoje a lei que aumenta de 7% para 10% a mistura do biodiesel ao diesel de petróleo até 2020. Para o ministro, a medida, além de incentivar pequenos produtores de matérias-primas para o combustível, amplia a participação do Brasil "na vanguarda na energia renovável".

O ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, afirmou que o eSocial funcionou sem problemas na transição de novembro para dezembro. A data de hoje, dia 1º, marca uma operação importante, já que o portal foi atualizado para permitir o recolhimento das obrigações tributárias sobre o 13º salário do Simples Doméstico.

A partir desta terça-feira, o empregador poderá emitir a guia para pagamento do FGTS sobre a primeira parcela do 13º, que tem de ser paga ao empregado doméstico até o dia 30 deste mês. O vencimento da guia é no dia 7 de dezembro, com os tributos relativos à folha deste mês.

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"A boa notícia é que fui informado às 8 horas que o sistema rodou muito bem desde a zero hora de hoje. São 28 mil cadastrados nesta madrugada e que retiraram sua guia para pagamento", disse o ministro ao participar de evento em Porto Alegre para apresentar a um grupo de empresários e sindicalistas o Programa de Proteção ao Emprego (PPE).

O sistema do governo federal unifica o envio de informações pelo empregador e pretende facilitar a arrecadação de impostos. O site apresentou diversas falhas durante os primeiros dias de operação. Questionado pelo presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller, sobre a eficácia do projeto e a perspectiva de ampliação do sistema para o setor industrial, Rossetto disse que o eSocial é um instrumento poderoso de organização e desburocratização. "Evidente que temos que ter um acompanhamento muito grande", ponderou.

Segundo ele, a intenção é manter prazos de ampliação do sistema, mas "fazer bem feito". Ele lembrou que existe uma comissão formada pelos ministérios da Fazenda e do Trabalho para aperfeiçoar o eSocial, e disse que o governo vai chamar a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para conversar sobre o assunto e ouvir as preocupações dos empresários.

Enquanto o Congresso não dá sinais de que pretende aprovar a reedição da CPMF no curto prazo, o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, afirmou nesta quinta-feira (19) que o governo espera rapidez na aprovação do tributo pelos parlamentares.

Em entrevista no Palácio do Planalto, Rossetto defendeu a criação do tributo para ajudar no financiamento da Previdência Social. "Há sim um enorme espaço de aprovação desse imposto num prazo muito rápido", defendeu.

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Na quarta-feira (18), a presidente Dilma Rousseff encaminhou ao Congresso uma alteração à Lei Orçamentária de 2016 para incluir a arrecadação da CPMF na previsão de receitas do ano que vem.

Hoje, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou considerar "difícil" a manutenção da CPMF na proposta orçamentária, da forma como foi enviada pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso.

Segundo Barros, no pedido de alteração ao projeto de Lei Orçamentária do próximo ano o governo estimou a arrecadação do imposto em R$ 32 bilhões.

Ele explicou que essa previsão significa que a proposta de emenda à Constituição (PEC) do retorno da CPMF teria de ser aprovada pelo Congresso até o final do ano. Ele lembrou que a PEC está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e ainda não tem sequer relator designado. A medida ainda teria uma longa tramitação no Legislativo.

"É totalmente fora de possibilidade", avaliou o deputado, que também é vice-líder do governo na Câmara.

Na prática, a decisão de Dilma de alterar o orçamento de 2016 forçará que a Comissão Mista de Orçamento (CMO) ou o plenário do Congresso a votar a existência da CPMF como receita de parte das receitas previstas para o ano - exigência que não havia antes. Para retirá-la, algum parlamentar terá agora de pedir que se exclua essa alteração e isso terá de ser submetido a voto.

Barros lembrou que tanto ele como o relator de Receitas do orçamento do próximo ano, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), não contavam com a CPMF para fins de arrecadação para 2016. "Acho que a comissão não vai referendar uma arrecadação que não deverá ocorrer", disse o relator-geral, ao considerar que, num cenário otimista, apenas uma parte dos R$ 32 bilhões previstos em receitas do imposto deverá entrar nos cofres públicos diante das dificuldades de aprovação da medida.

Ao comentar o discurso da presidente Dilma Rousseff em evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na noite de terça-feira (13) o ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, disse que as declarações mais contundentes da presidente não são o marco de uma postura mais agressiva, mas a demonstração de que ela continuará defendendo a democracia, como fez durante a ditadura militar.

"Ela dedicou sua vida na luta pela democracia e pela liberdade. O que ela disse hoje é que vai continuar defendendo a democracia e a Constituição", afirmou o ministro, negando em seguida que as declarações de Dilema tenham sido um ataque direto ao PSDB.

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Questionado sobre as denúncias que envolvem o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Rossetto disse que não tem uma posição definição sobre se Cunha deve ou não deixar o cargo, mas que o governo acompanha o desenrolar dos fatos.

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, disse nesta sexta-feira (29) haver uma expectativa de reversão da posição favorável da Câmara dos Deputados ao financiamento privado de campanha na segunda votação da proposta de emenda constitucional (PEC). A medida foi aprovada nesta semana, em primeiro turno, por 330 dos 513 parlamentares da Casa.

"Estamos acompanhando a agenda do Congresso. Há uma expectativa de revisão no segundo turno, de derrotar essa medida, e vamos aguardar inclusive o debate no Senado", afirmou Rossetto, antes de participar pela manhã de um debate com a sociedade civil sobre o Plano Plurianual 2016-2019, em Belo Horizonte. À tarde, já na capital federal, o ministro disse que suas declarações sobre o assunto são opiniões pessoais, e não uma posição do governo Dilma Rousseff. No dia anterior, em Porto Alegre, Rossetto já havia manifestado contrariedade com o texto aprovado pela Câmara na noite de quarta-feira (27).

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A emenda, sugerida pelo líder do PRB, Celso Russomanno (SP), inclui na Constituição o financiamento de empresas a partidos políticos e doações de pessoas físicas a candidatos. O texto foi proposto um dia depois de uma iniciativa semelhante ter sido rejeitada por não ter atingido o mínimo para aprovação de uma mudança constitucional - 308 votos, ou 60% da Câmara.

"Esse é um dos temas que mais nos tem preocupado mais e que deve centralizar o debate (sobre a reforma política)", disse Rossetto, que integra no PT a corrente Democracia Socialista, à esquerda da direção partidária. Para o ministro, a sociedade "muito fortemente" rejeita o financiamento de campanhas por empresas, "porque a experiência que acumulamos no Brasil não é uma experiência positiva".

"Os financiamentos empresariais se tornaram instrumento de corrupção política, fazem com que a representação política se subordine ao interesse privado. O que é muito ruim para a democracia e para o País", afirmou Rossetto. O ministro, homem de confiança de Dilma que foi coordenador da campanha à reeleição, lembrou que a presidente já se manifestou publicamente contrária à doação privada. Em 2014, a campanha petista arrecadou R$ 337 milhões em contribuições vindas de empresas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Miguel Rossetto (PT-RS), afirmou nesta segunda-feira, 17, que terá como principal objetivo dar continuidade com "qualidade" aos projetos que estão sob a guarda da pasta. "Nosso objetivo é melhorar e ampliar os programas em execução e assegurar uma prestação de serviço cada vez mais adequada, de tal forma que o MDA possa apoiar, criar oportunidades e estimular esses milhões de agricultores. Dar continuidade com qualidade", disse Rossetto, após a cerimônia de posse.

"Reforma agrária para nós traduz um conceito muito claro e simples. Terras que possam produzir para homens e mulheres que querem produzir", afirmou Rossetto.

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Rossetto tomou posse na manhã de hoje no Palácio do Planalto no lugar do agora ex-ministro Pepe Vargas (PT-RS), que deverá disputar uma vaga nas próxima eleições de outubro pelo Rio Grande do Sul. Além de Rossetto, tomaram posse hoje os ministros da Agricultura, Neri Geller; das Cidades, Gilberto Occhi; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz; da Pesca e Aquicultura, Eduardo Lopes (PRB-RJ); e do Turismo, Vinicius Nobre Lages.

Durante cerimônia da posse dos seis novos ministros, a presidente Dilma Rousseff agradeceu o trabalho desempenhado pelos que deixam os cargos. "Não esquecerei o bom trabalho que vocês fizeram", enfatizou em seu discurso, agradecendo o companheirismo dos que deixam os cargos.

No início do discurso, Dilma disse que "cerimônias como estas são inerentes" a todos os regimes democráticos, lembrou que eles precisam deixar suas funções e submeter-se ao "julgamento das urnas". Ela ressaltou que, junto com ela, eles enfrentaram nos últimos tempos "situações difíceis" e que todos fizeram "muito pelo País, deram o melhor de si" e alcançaram vitórias importantes no governo. "Não esquecerei desses ministros, assim como todo o companheirismo (deles)", afirmou.

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