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O presidente Jair Bolsonaro fará ofensiva, nesta terça-feira (8), para se reaproximar dos evangélicos e tentar obter apoio do público feminino, parcela do eleitorado na qual enfrenta grande rejeição.

Candidato a novo mandato, Bolsonaro assinará decretos para instituir o programa Mães do Brasil e o "Brasil para Elas" no Dia Internacional da Mulher, com aumento da oferta de crédito para iniciativas de empreendedorismo.

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À tarde, no Palácio da Alvorada, o presidente receberá 100 líderes evangélicos, na tentativa de reaglutinar uma de suas principais bases de apoio, hoje dividida.

Pode ser muito amor, pode ser a saudade... mas no mundo dos famosos existem muitos casais ioiô, ou seja, que estão constantemente se separando e voltando a namorar. Por exemplo, apesar de indícios de que teriam retomado o namoro pela sexta vez, Maiara e Fernando não estão juntos.

Segundo informações da colunista Fábia Oliveira, ambos até tentaram uma reaproximação que, de acordo com pessoas próximas aos cantores, não deu muito certo.

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Além disso, a própria assessoria do sertanejo confirmou que o casal não voltou. Essa reaproximação recente aconteceu quando os dois passaram uns dias juntos em Alcinópolis, Mato Grosso do Sul, e até postaram fotos de uma pescaria. Aparentemente, então, ambos seguem solteiros.

Os rumores de que o PSB estaria se reaproximando do PT, acentuados após a visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à ex-primeira-dama Renata Campos (PSB) na última semana, foram descartados pelo governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB). Segundo ele, o gesto do petista foi de “civilidade” e, apesar do ex-presidente fazer parte do processo político-eleitoral para 2018, não existe uma realinhamento. 

“Não tem aproximação como o PT. A gente teve um encontro com o ex-presidente Lula, que é pernambucano, e fez uma visita a Renata Campos, que foi amiga dele junto com Eduardo e dona Marisa. Foi um gesto de civilidade, uma pessoa que a gente respeita e faz parte do processo, mas não há aproximação”, declarou, após o congresso estadual do PSB, nesse domingo (27). 

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Paulo Câmara também salientou que as alianças para o pleito de 2018 serão discutidas a partir do próximo ano. Dentro do PSB e do PT há quem defenda o realinhamento dos partidos, entretanto, o feito não deve ser concretizado no âmbito estadual, já que a legenda petista também pretende disputar o Governo Estadual, com a vereadora Marília Arraes. 

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Em Pernambuco para participar de palestras e eventos do PT, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad reservou um espaço na agenda para se reunir com o governador Paulo Câmara e a ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes, ambos do PSB. Nos bastidores, o gesto vem sendo considerado como mais um passo de reaproximação entre o PT e o PSB. Indagado pelo LeiaJá sobre o assunto, após a palestra que ele deu na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) nesta sexta-feira (11), Haddad disse que não vê problema em harmonizar a relação entre os dois partidos.   

“É uma visita de cortesia, mas nós vamos falar do Brasil também. Todo mundo está preocupado com o Brasil e é obrigação da gente falar sobre isso”, frisou. “Não acredito que aproximação possa fazer mal desde que as pessoas tenha um projeto comum. O que deve definir afastamento ou aproximação não é o projeto político, mas o ideal que se pretende pelo país. Se houver confluência de propósitos e tiver a mesma visão de futuro, é hora de ser generoso não de se guiar por uma trajetória individual”, complementou. 

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Apesar da sinalização de proximidade não ser eleitoral, já que o PT também vai concorrer ao Governo de Pernambuco em 2018, nos últimos tempos, o PSB vem se colocando contrário a algumas medidas do governo do presidente Michel Temer (PMDB) como as reformas trabalhista e da previdência, o que tem minimizado os ânimos entre os partidos. Além disso, o partido se posicionou a favor da investigação do peemedebista por corrupção passiva no Supremo Tribunal Federal (STF). A questão foi arquivada pela Câmara dos Deputados. 

A presidente Dilma Rousseff comandou nesta terça-feira (27) uma estratégia de reaproximação com seu padrinho, Luiz Inácio Lula da Silva, evitando que a crise política se agravasse ainda mais. Um dia depois de Lula ter culpado Dilma pela operação de busca e apreensão da Polícia Federal na empresa de seu filho caçula, Luís Cláudio, vários gestos foram feitos pelo Palácio do Planalto para impedir que a guerra interna no PT atingisse o ápice, contaminando o relacionamento já desgastado entre criador e criatura.

Dilma embarcou para São Paulo, no fim do dia, e participou da festa de 70 anos do ex-presidente, no Instituto Lula. Antes disso, bem cedo, ela telefonou para Lula, postou um vídeo no Facebook chamando-o de "parceiro de todas as horas", disse ter orgulho de caminhar "lado a lado" dele e o cumprimentou pelo aniversário.

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A ordem no Planalto é não jogar mais lenha na fogueira. No núcleo do governo, o argumento é que um divórcio dos dois, nesse momento, só interessa à oposição. Um ministro contou ao jornal O Estado de S. Paulo que Dilma disse a Lula entender o seu desabafo de pai, mas garantiu não ter controle sobre as ações da Polícia Federal, que na segunda-feira vasculhou a empresa LFT Marketing Esportivo, de Luís Cláudio, ao investigar negociações de medidas provisórias.

Erros

Mais calmo, o ex-presidente negou ter responsabilizado Dilma pela operação policial, mas, nos bastidores, em conversa com amigos, ele tem reclamado da sucessora e apontado erros na condução da política e da economia. Queixa-se por não ser ouvido e diz que, se ela e o governo não mudarem, sua candidatura ao Planalto, em 2018, será inviável.

Na tentativa de mostrar que a relação com Lula não está abalada, Dilma cogita aparecer novamente ao seu lado amanhã, na reunião do Diretório Nacional do PT, em Brasília.

O problema é que, além de todos os atritos, Lula não perdoa o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O coro contra Cardozo, puxado pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária no PT, deve ser retomado na reunião desta quarta-feira (28) da Executiva do partido e também amanhã, no encontro do diretório petista.

Dilma já avisou, no entanto, que Cardozo fica. A pedido da presidente, o titular da Casa Civil, Jaques Wagner, tenta desde a semana passada reconstruir pontes e marcar um encontro entre Lula e o ministro da Justiça. Sem sucesso.

A ação da PF no escritório do filho de Lula terá como efeito imediato a mudança de foco na reunião da cúpula do PT. A ideia era aproveitar o encontro para ampliar a pressão sobre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, além de discutir a campanha municipal de 2016. Uma ala do PT também quer que o partido condene publicamente o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suspeito de esconder contas na Suíça com dinheiro da Petrobrás, mas isso não vai ocorrer. A defesa de Lula e do PT deve ofuscar outras polêmicas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na primeira semana como novo ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner ensaiou uma reaproximação do governo com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Mesmo diante das novas denúncias investigadas na Operação Lava Jato e do momento de fragilidade política do peemedebista, o ministro demonstrou disposição em abrir um novo canal de diálogo.

O encontro aconteceu na última quarta-feira (7) na residência oficial do presidente da Câmara. A conversa teria sido solicitada um dia antes por Wagner para se apresentar formalmente como substituto de Aloizio Mercadante (hoje ministro da Educação) e demonstrar que pretende inaugurar um novo modelo de articulação política.

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"Foi um encontro onde ele se apresentou na nova função e se colocou à disposição para o diálogo", contou o peemedebista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

A reaproximação acontece na semana em que o Palácio do Planalto sofreu duras derrotas: teve as contas de governo referentes a 2014 rejeitadas por unanimidade no Tribunal de Contas da União (TCU), não conseguiu quórum entre os deputados na sessão conjunta do Congresso Nacional para apreciação dos vetos presidenciais da chamada "pautas-bomba" e ainda viu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abrir uma ação de impugnação de mandato contra a chapa formada pela presidente Dilma Rousseff e seu vice Michel Temer.

Apreensão.

O governo está apreensivo em relação aos nove pedidos de impeachment que ainda estão sob análise de Cunha. Ele prometeu despachar os requerimentos já na próxima semana. O presidente da Câmara disse que a conversa com Wagner foi "genérica", mas que a abertura do processo de afastamento de Dilma não foi assunto abordado no encontro.

Após estreitar as relações com o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), o Palácio do Planalto sabe que mesmo com as denúncias sobre contas ocultas na Suíça que reforçariam seu envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, Cunha é uma peça que não pode ser desprezada. Enquanto for presidente da Casa e dono da caneta que pode dar o início no processo de impeachment de Dilma, o peemedebista ainda exerce influência sobre um amplo grupo de parlamentares e por isso precisa ser tratado com atenção redobrada.

Não à toa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já procurou pessoalmente Cunha e recomendou que o Executivo faça o mesmo. O presidente da Câmara rompeu com o governo em julho por avaliar que o Planalto está por trás das acusações contra ele. Cunha foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal, por corrupção e lavagem de dinheiro. Em novos depoimentos, delatores apontaram o deputado como um dos beneficiários do esquema de corrupção na estatal.

Diferentemente da relação com Mercadante, onde não havia mais diálogo direto, Cunha sinalizou que está aberto a criar uma nova ponte com o ministro da Casa Civil. "Eu me dou bem com ele (Wagner)", comentou.

As idas e vindas de ministros de Estados do governo Dilma Rousseff (PT) e do governador Paulo Câmara (PSB) a Pernambuco e a Brasília, respectivamente, deixa uma especulação no ar de uma possível reaproximação do PSB com o PT. Reafirmando uma postura de independência em relação ao Governo Federal a maioria dos socialistas negam uma retomada de aliança com os petistas, no entanto, há quem acredite que não há impossibilidades dentro da política. 

Para o deputado federal Tadeu Alencar (PSB), a relação institucional e a política são coisas divergentes. “Eu acho que são coisas distintas. O governo de Pernambuco tem de buscar junto com o ente da federação o apoio. A relação administrativa entre o governo do Estado e o Federal é uma relação de apoio para os seus projetos e para ações principalmente pela retração da economia porque você tem uma crise profunda no Estado brasileiro, e isso, configura um relacionamento saudável e produtivo”, avaliou. 

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Justificando sua visão, Alencar reconheceu que a aproximação administrativa pode configurar outras unidades, mas deixou claro o posicionamento do partido. “Também contribui para outro tipo de relação: a partidária e a política, que é mais própria do partido, mas nossa posição é de independência e isso nunca nos impediu de apoiar o Governo Federal no que é bom para o país e que não sacrifica os trabalhadores nós apoiamos, e nos comportaremos desta forma. Nem vamos assumir um posicionamento radical do governo”, reforçou, desejando que a relação administrativa permaneça. “A gente espera que essa relação saudável continue porque do ponto de vista do Governo Federal, o momento como esse, não há como os Estados e o governo não se unir, porque há uma crise federativa e é um dever dos gestores se apoiarem duplamente para enfrentar. Isso não implica, necessariamente, uma reaproximação com uma base do governo”, completou. 

Seguindo o pensamento de Alencar, o deputado federal Fernando Filho (PSB) frisou a postura da legenda e também separou as questões administrativas. “Na verdade a gente tem uma relação de independência em relação ao Governo, mas não interfere na pauta administrativa. Eles têm interesse do governo e do Estado. Em algumas matérias votamos a favor e outras contras, mas não tem marcha batida de reaproximação, ou de fazer parte do governo isso não tem, nem foi deliberado nada disso, mas o diálogo e o despache isso tudo é natural”, analisou. 

Diferente dos demais socialistas consultados, o deputado estadual Aluísio Lessa (PSB) foi mais flexível com o assunto e até demonstrou uma possibilidade futura de aproximação. “Na política não existe o nunca. Existe o é possível, basta quando o interesse se aproxima”, cravou, contextualizando o cenário atual do país. “Num momento de fragilidade econômica que o Brasil atravessa isso já é um motivo de aproximação. O Governo Federal demonstra fragilidade nesta área. Há uma dificuldade em serem tocadas as obras que tinham sido pactuadas. O PAC é uma delas e em todos os setores: de estradas, de rodovias, ferrovias, aeroportos e para isso o Estado sinaliza um pacto de concessões para diversas áreas. Isso é um motivo que une, porque se não tem dinheiro federal, não há dinheiro estadual”, alegou.

Apesar de reconhecer possibilidades, Lessa observou os diálogos com os ministros como naturais. “A vinda nos Estados é uma vinda natural. Vários ministros já tiveram aqui de várias áreas. Isso naturalmente é feito ao longo dos tempos. A vinda de ministros ou as idas do governador aos ministérios mostra um sentimento de maturidade onde as pessoas devem se lembrar que ali tem uma população. São quase 9 milhões de pernambucanos onde a presidente Dilma teve uma média de 70% de votos. Então, é um momento também, de retribuição do governo e é hora dela sinalizar: não esqueci dos Estados, do Nordeste”, justificou. 

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O parlamentar também deixou claro a falta de experiência política do governador Paulo Câmara, mas elogiou sua articulação para a vinda do Hub Latam. “O governador Paulo Câmara é um gestor público por excelência, mas está adquirindo maturidade política, já que ele não tinha projeto político e nunca teve. Ele não quer perder também a oportunidade de ir fazendo, e já mostrou uma certa habilidade de mostrar, articulando a vinda do Hub da Latam”, pontuou. 

Ainda sobre uma reaproximação com o PT, Lessa, diferente dos demais socialistas, não descartou as chances de alianças. “Tudo é possível na política, afinal de contas, uma eleição pode até atrapalhar por causa das conjecturas partidárias, mas agora é governo tudo mundo, e tem que cuidar o que cabe a cada um, e não perder o foco”, ressaltou.

O que diz o PT – Corroborando com os pensamentos de Alencar e de Fernando Filho, a deputada estadual e presidente do PT-PE, Teresa Leitão, não acredita numa retomada de aliança com o PSB. “Uma aproximação depois de uma ruptura que foi feita pelo PSB porque Eduardo Campos era candidato, não é uma coisa fácil. Eu acho que tem contexto, e a política é feita muito conjunturalmente. A base de sustentação de Dilma se fortaleceria, mas não dá para você repetir erros de alianças com outros partidos”, disparou. 

Para Leitão, há alas do PSB que desejam a unidade com o PT e outras não. “Você tem o PSB que quer e o PSB que não quer porque tem setores do PSB que, a não ser que seja jogando para a plateia, não querem. Não criticam só Dilma não, criticam, Dilma e o PT,  e criticam na mesma linha do ódio”, avaliou, relembrando algumas conversas tidas entre o ex-presidente Lula e o PSB e a avaliação do presidente nacional do PT, Rui Falcão. “Se Rui está tentando, se Lula está tentando, vamos ver no que isso dá. Pode ser que alguns deles queiram, pode ser até que queiram, mas não vejo isso como um comportamento geral não”, reforçou. 

Questionada sobre a recorrente vinda de ministros a Pernambuco e o diálogo aberto com Câmara, a petista lembrou que nenhum dos que conversaram com o governador são do PT. “Só na questão institucional, até porque nenhum dos ministros que vieram aqui são do PT. Todos os que vieram são de partidos que são base aliada dele, porque aqui é muito ambíguo: é lá e lô. Apoiam Dilma e apoiam ele. Mas vamos ver quando é o que o do PT vem, e como vem”, deixou no ar a deputada. 

 

 

O governador Paulo Câmara (PSB) confirmou na noite desta quinta-feira (11), a reaproximação com o partido PDT e possíveis diálogos também com o PT, ambos partidos que apoiaram o seu ex-concorrente das eleições de 2014, Armando Monteiro (PBT). As declarações do socialista sobre novas alianças foram feitas no final da solenidade de recebimento da Medalha Frei Caneca, entregue pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, no Recife. 

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Relembrando a reunião que teve nesta semana com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, o governador admitiu a possível reaproximação. “Ele foi me visitar. Realmente há conversas, nós sempre estivemos juntos no campo da esquerda. Nas últimas eleições, infelizmente, o PDT não me apoiou oficialmente, apesar de vários integrantes do partido ter nos apoiado como o presidente da Assembleia Guilherme Uchoa e o deputado Wolney Queiroz”, recordou.

Apesar de não ter tido o apoio do PDT em 2014, Câmara demonstrou interesse em poder contar com a legenda nos próximos pleitos. “Nós queremos estar juntos nas próximas oportunidades e queremos também de ter oportunidade de, junto ao PDT, debater o Brasil nesse momento de tantos desafios”, anunciou. 

Questionado se também estava se reaproximando do PT através de conversas confirmadas pelo presidente nacional da legenda, Rui Falcão, e o próprio Lupi, o socialista negou as conversas, mas deixou claro que existe a abertura para o diálogo. “Estou também aberto a conversar com todos que queiram conversar conosco”, revelou Câmara. 

Apesar de anunciar a pré-candidatura do ex-deputado federal e atual presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Paulo Rubem, à disputa da Prefeitura do Recife em 2016, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, veio a Pernambuco nesta segunda-feira (8) em busca de uma reaproximação com o PSB. Entre as agendas do pedetista, houve um encontro com o governador Paulo Câmara (PSB) e foi remarcada uma reunião com o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), além disso, ele participou de reunião com a Executiva Estadual. 

Segundo Lupi, mesmo o PDT tendo apoiado a candidatura de Armando Monteiro nas eleições de 2014, agora, o momento é outro. “Aqui, inicialmente com o governador, ele ganhou a eleição, nós demos apoio oficial à candidatura do senador Armando Monteiro e ficamos muito felizes com esta aliança com o senador, mas agora é outro momento. Ele hoje é governador eleito de um partido que tem uma história de aliança entre PDT e socialistas”, analisou. 

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Destrinchando a conversa que teve com Câmara, o líder nacional abordou a fusão com o PPS. “Colocamos muito a questão nacional. Ele quer ajudar a fazer uma reaproximação nacional já que, com essa possibilidade da fusão do PSB com o PPS levam eles muito para o campo do PSDB, mas como eu percebi que está praticamente descartado, isso volta o PSB para o seu leito natural”, ressaltou, com esperança de aproximação. “Quando volta para o campo natural, o diálogo é muito mais fácil porque somos aliados de meio século. Então, ele ficou de marcar uma reunião com o presidente do partido, Siqueira, lá em Brasília e essa reaproximação”, revelou. 

Com o nome de Paulo Rubem anunciado como pré-candidato, Lupi preferiu não tratar de questões locais com o governador. “Eu, com sinceridade, não tratei de nível local porque como nós tivemos uma candidatura adversa e contrária, não seria nem ético da minha parte falar sobre isso. Isso vai ser muito da questão que vai ser discutida pelo diretório regional aqui, porque o partido tem visões diferentes”, frisou, relembrando a postura de alguns correligionários. “O Paulo Rubem defende que a gente vá para uma linha de oposição, os deputados já são contrários a essa discussão, mas é algo que tem que ser discutido internamente para termos essa definição”, ponderou. 

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Ele também separou o intuito da reaproximação do PSB com a eleição local no Recife. “A eleição municipal ela trata muito o foco de cada cidade e cada um tem que respeitar. O partido existe para ter candidatos, se cada partido quiser obrigar os outros de não ter candidatos aí acaba os partidos. Essa questão das capitais é uma diretriz nacional e não dos Estados, e só onde não tiver nomes é que não vamos lançar, e Paulo, desde da outra vez reivindicou que não houve esse compromisso com a nacional e agora há. Se ele quiser será candidato”, reconfirmou. 

Reunindo o diretório estadual para tratar de pautas internas e eleitorais, o pedetista também comentou sobre a convenção estadual da legenda. “Eu já tive hoje aqui uma conversa prévia e cerca de 100 municípios já podem fazer as convenções municipais, porque para fazer a convenção estadual, primeiro você tem que fazer a municipal. Então, iremos dar um prazo máximo de 90 dias para que essas convenções sejam realizadas, e logo depois, mês seguinte, nós fazemos a estadual”, contou. 

Encontros com prefeitos – Na vinda de Lupi ao Recife estava marcada também, uma reunião com Geraldo Julio, mas como o socialista está em Brasília a conversa será realizada nesta terça (9). “Não será mais aqui. Ele ficou com alguns compromissos em Brasília e eu vou conversar com ele amanhã, vou está lá e a gente combinou de conversar lá, mas a conversa é a reaproximação com uma conversa com os dirigentes do PSB tanto Geraldo, como o governador, como que eu tive há duas semanas com Rollemberg, o governador de Brasília. É um pouco a reaproximação de dois aliados históricos. É um pouco o campo nacional que eu estou tratando”, sinalizou. 

Ainda em Pernambuco, a última agenda de Carlos Lupi hoje será em Olinda numa reunião com Calheiros. “Renildo é meu amigo de muitos anos. Foi deputado comigo, trabalhou na revisão constitucional, é um diálogo franco com quem eu tenho profundo respeito e amizade, e claro: tudo gira em torno da política e das eleições e possíveis alianças. Já somos aliados hoje”, detalhou o presidente nacional. 

Após semanas acuado, o governo colocou em campo nesta segunda-feira (23) sua estratégia para reaglutinar a base aliada e evitar mais derrotas no Congresso. O primeiro resultado prático foi o adiamento da votação do veto da presidente Dilma Rousseff à proposta de reajuste de 6,5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para 2015, que estava previsto para ser apreciado nesta terça-feira (24).

O anúncio do adiamento foi dado por quem impôs neste ano as mais significativas derrotas ao governo no Legislativo: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Após um encontro com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante - que se deslocou até a residência oficial da Câmara para encontrá-lo -, Cunha afirmou que ainda não havia vencido o prazo regimental de 30 dias para que o veto fosse apreciado. "Ainda não está trancando a pauta", justificou.

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O peemedebista explicou que conversou com o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e que o assunto provavelmente entrará na pauta de votação da próxima semana. Procurou, contudo, demonstrar que o gesto não significava submissão ao governo. Lembrou que só após a votação do veto sobre a correção da tabela do IR será possível votar o Orçamento de 2015. Ele negou que o governo tenha pedido para retirar o assunto de pauta. "Não foi nenhuma articulação nem contra e nem a favor", insistiu.

Na conversa, Cunha também relatou a Mercadante insatisfação com a estratégia do governo de acuar o PMDB a partir do fortalecimento do novo partido ainda em criação pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab. Também condenou a forma como o governo atuou em favor do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) na eleição para a presidência da Câmara, vencida por Cunha no dia 1 de fevereiro.

Também falaram sobre as Medidas Provisórias que flexibilizam regras trabalhistas - que encontram ampla rejeição da base aliada e da oposição - e das comissões que Cunha criar para discutir o pacto federativo e a lei de licitações. O ajuste também seria tratado pelo próprio ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em um jantar na noite desta segunda-feira no Palácio do Jaburu.

Mais cedo, Cunha se reuniu com o líder do governo, José Guimarães (PT-CE). "Foi para dar continuidade ao diálogo que iniciei desde a eleição dele (Eduardo Cunha). Discutimos o rito das duas medidas provisórias. Vamos discutir o melhor caminho para a composição das comissões dessas matérias", afirmou Guimarães ao se referir sobre as duas propostas que tratam do pacote fiscal enviado pelo Executivo ao Congresso.

Em razão da implantação de um sistema de rodízio, a tendência é que o PT e o PMDB se revezem na presidência e na relatoria das comissões mistas destinadas a discutir as duas MPs.

Segundo Guimarães, também foi tratada na reunião a divisão dos principais cargos da nova CPI da Petrobras, que deve ser instalada nesta quinta-feira. "Discutimos uma divisão paritária da mesa com o presidente do PMDB, o vice do PSDB e a relatoria do PT. Quem vai ser indicado, ainda estamos vendo", afirmou.

Um nova rodada de encontros com integrantes da cúpula do PMDB estava prevista para a noite de ontem. No final da tarde, Guimarães deve se reunir com o vice-presidente da República e presidente nacional da legenda, Michel Temer. À noite, as lideranças do PMDB se reúnem com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para discutir a votação das medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O novo presidente do PDT de Pernambuco, deputado federal Wolney Queiroz, quer reabrir o diálogo entre a legenda e o PSB. Para isto, Queiroz encontrou, nessa quinta-feira (12), com o governador Paulo Câmara (PSB). Durante o encontro, o dirigente solicitou a Câmara uma nova reunião, desta vez, com os prefeitos pernambucanos que integram o PDT. 

A reaproximação acontece seis dias após Wolney assumir a presidência do PDT no estado. Filho do prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), e aliado do PSB desde a gestão do ex-governador Eduardo Campos, o parlamentar foi um dos primeiros pedetistas a procurar, oficialmente, o governador. Também participaram da audiência o secretário da Casa Civil, Antônio Figueira, e o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes. 

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A sigla se afastou do PSB no ano passado, quando decidiu disputar a vice-governadoria na chapa do então candidato ao Executivo Estadual, Armando Monteiro (PTB). A vaga era disputada pelo ex-deputado federal, Paulo Rubem (PDT). Na época, contariando a família Queiroz e o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT), o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, aprovou a aliança com o PTB, abrindo mão da aliança histórica com os socialistas. 

Depois de meses de semiparalisia nas relações bilaterais, Brasil e Estados Unidos decidiram voltar a conversar em torno de uma "agenda realista" de facilitação do comércio e convergência regulatória, definida nos últimos dois dias em visita a Washington do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro.

Como os Estados Unidos já têm baixas tarifas de importação de bens industrializados, essas medidas são tão ou mais importantes do que acordos comerciais para dinamizar o comércio, disse o ministro em entrevista em Washington nesta quinta-feira (12).

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Monteiro foi o primeiro integrante do novo governo Dilma Rousseff a visitar os EUA e o primeiro a chegar à capital americana com uma agenda positiva desde que a presidente cancelou a visita de Estado que faria ao país em outubro. A decisão foi uma resposta ao escândalo de espionagem de suas comunicações pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês).

"O Brasil precisa ter uma política comercial mais ativa e um elemento fundamental é a revalorização da relação com os Estados Unidos. E um sinal claro disso é o fato de minha primeira viagem ser para o país", declarou Monteiro.

Em reuniões com a secretária de Comércio, Penny Pritzker, e o Representante Comercial dos Estados Unidos, Michael Froman, o ministro discutiu acordos que poderiam facilitar o comércio bilateral, entre os quais mencionou a uniformização de normas e a interligação dos Portais de Comércio Exterior.

Essas plataformas, que estão em construção nos dois países, centralizam em um único lugar todos os procedimentos de exportação e importação que devem ser realizados pelas empresas.

Esses acordos são pontuais e podem produzir efeitos de curto prazo, observou Monteiro, que foi mais cético em relação a negociações de tratados de livre comércio e de bitributação, duas demandas do setor privado. O ministro observou que a negociação sobre a bitributação se arrasta há décadas, sem resultados, enquanto o livre comércio enfrenta as restrições das regras do Mercosul.

O eventual avanço nas relações comerciais poderá ter impacto positivo na relação bilateral e criar um ambiente favorável à realização da visita presidencial a Washington, disse Monteiro, ressaltando que ainda não há uma data definida para a viagem.

Os dois lados concordaram em trabalhar na agenda de facilitação de comércio e convergência regulatória e marcaram para março uma reunião de técnicos para discutir essas questões. Também decidiram marcar para junho o Fórum de CEOs brasileiros e americanos, que deveria ter ocorrido durante a viagem presidencial de outubro.

Nesta quinta, Monteiro almoçou com integrantes do Brazil-US Business Council, que reúne cerca de 100 empresas com investimentos no Brasil. "O ministro deixou claro que os Estados Unidos passaram a ser a prioridade nas relações comerciais e de investimentos do Brasil e isso não era dito havia anos", observou Gabriel Rico, CEO da Câmara Americana de Comércio (Amcham) no Brasil.

O ministro avaliou que a desvalorização do real em relação ao dólar deverá impulsionar as exportações de manufaturados e ajudar a levar a balança comercial de volta a um resultado positivo, depois do déficit registrado em 2014.

"A fase do câmbio hostil para a indústria está passando", ressaltou. "O câmbio será mais amigável", acrescentou, ressaltando que o longo período de apreciação cambial foi "muito duro" para o setor. O resultado positivo da balança comercial também deve ser ajudado pela conta petróleo, que ficou negativa em US$ 16 bilhões no ano passado. A expectativa é que o resultado melhore em 2015 em razão da queda nas cotações do produto.

Primeiro integrante do novo governo Dilma Rousseff a visitar os EUA, o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, desembarcou, nesta quarta-feira (11), em Washington com uma agenda voltada à facilitação do comércio bilateral, que muitos no setor privado consideram assunto tão ou mais importante que negociações para redução de tarifas.

Monteiro se reuniu ontem com a secretária de Comércio americana, Penny Pritzker, e hoje estará com o Representante Comercial dos Estados Unidos, Michael Froman, responsável pelas negociações de acordos comerciais com outros países. Em seguida, almoçará com integrantes do Brazil-US Business Council, que reúne empresas americanas com negócios no Brasil.

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"As tarifas não são mais a grande barreira que foram no passado. O mais importante hoje são medidas de facilitação do comércio e convergência regulatória", disse ao jornal O Estado de S. Paulo Guilherme Rico, CEO da Câmara Americana de Comércio (Amcham).

Não há estimativas precisas do impacto que essas mudanças teriam nas transações bilaterais, mas Rico mencionou estudo que prevê aumento de US$ 1 trilhão no comércio global caso seja implementado o acordo de facilitação de comércio aprovado pela Organização Mundial do Comércio em dezembro de 2013.

Gerente-executivo de Comércio Exterior da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Diego Bonomo observou que medidas de convergência regulatória e facilitação de comércio podem ser adotas no curto prazo, sem necessidade de negociações complexas.

Há uma outra agenda, mais distante no horizonte, que inclui discussões de acordos de livre comércio e de bitributação com os Estados Unidos, além do fim da exigência de vistos de turismo e de negócios. Mas, por enquanto, o setor privado prefere centrar esforços em questões pontuais que podem ter impacto no futuro próximo.

Entre as propostas defendidas pela Amcham no capítulo de convergência regulatória estão o reconhecimento mútuo dos processos de certificação de produtos, a adoção de especificações que sejam aceitas nos dois mercados e o reconhecimento dos laboratórios que realizam essas certificações. Com isso, as empresas não precisariam repetir os processos no outro país no momento da exportação.

Bonomo, da CNI, mencionou o Portal Único de Comércio, plataforma que o Brasil está construindo para simplificar os procedimentos de exportação, reunindo em um único lugar todos os formulários e autorizações necessárias.

Os EUA estão montando seu próprio portal e a indústria defende que os dois mecanismos "conversem" e eliminem a duplicação de exigências burocráticas no comércio bilateral.

Mas além das negociações de facilitação do comércio, o setor privado vê a visita de Monteiro como o símbolo da possível retomada do diálogo com os Estados Unidos, principal destino da exportação de manufaturados do Brasil.

"Nós gostaríamos de voltar à situação que existia no ano 2000, quando 25,4% de nossas exportações eram destinadas ao mercado americano. O porcentual agora é de 12%", lamentou José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

Castro atribuiu parte da redução das vendas ao mercado americano à "ideologia" dos governos petistas, que colocaram ênfase nas relações com a América Latina e outros países em desenvolvimento. "Desde 2003 não houve nenhuma missão empresarial organizada pelo governo para os Estados Unidos, enquanto houve dezenas para outros países."

A importância do mercado americano ficou ainda mais evidente com a queda no preço das commodities, cujas vendas nos últimos anos catapultaram a China ao primeiro lugar entre os destinos das exportações nacionais, à frente dos Estados Unidos.

Na opinião de Castro, a visita de Monteiro deveria marcar a "reentrada" do Brasil nos EUA para discutir comércio. Bonomo, da CNI, concorda: "Este é o ano de retomada da agenda com os Estados Unidos, que é um mercado fundamental para a indústria".

O governo brasileiro começa nesta quarta-feira, 11, oficialmente o movimento de reaproximação com os Estados Unidos com a primeira viagem de um ministro ao país desde a crise de 2013, quando se descobriu que os americanos tinham um esquema para espionar o governo brasileiro. Após dois anos de desconfianças mútuas, o país volta ao centro da política de exportações brasileiras - que vive um dos seus piores momentos desde 2003.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro Neto, chega a Washington com a missão de retomar negociações paradas e abrir caminho para melhorar a balança comercial com o americanos - Em 2014, o Brasil teve déficit de quase US$ 8 bilhões no comércio com os EUA.

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Ao decidir que precisa voltar o foco para o mercado externo, a presidente Dilma Rousseff também deixou claro que os EUA precisam ser um parceiro prioritário. Com um mercado rico, tarifas baixas de importação e mostrando fôlego econômico que os europeus ainda não têm, o país pode absorver mais produtos manufaturados e semimanufaturados do que tem feito até agora.

"É um sinal de que o Brasil considera os Estados Unidos um parceiro estratégico. Temos com eles a segunda maior corrente de comércio, mas a mais importante, porque tem qualidade, é de interesse para o Brasil. Para lá exportamos mais manufaturas, é diferente da China, para quem exportamos mais commodities", afirmou Monteiro, após reunião com industriais na última segunda-feira, 9, no Palácio do Planalto.

Todas as negociações entre Brasil e EUA ficaram paradas nesses dois anos. A intenção é que, nos próximos meses, consiga-se acelerar acordos suficientes para que Dilma e o presidente americano, Barack Obama, tenham o que assinar na visita de Estado que a presidente deve fazer a Washington no segundo semestre deste ano.

Mercado

Depois de um ano de comércio difícil com a Argentina, os Estados Unidos se tornaram o maior mercado para as manufaturas brasileiras, mas os valores ainda estão muito abaixo do melhor período, entre 2003 e 2008.

Dados levantados pela Confederação Nacional da Indústria mostram que em 2008 o Brasil vendia o equivalente a US$ 16 bilhões em manufaturas no mercado americano. No ano seguinte, esse número caiu para US$ 9,3 bilhões e nunca mais voltou ao nível anterior. A CNI calcula um potencial mínimo de US$ 2,3 bilhões em crescimento imediato.

O déficit comercial com os americanos já diminuiu. Fechou em US$ 7,97 bilhões em 2014, com uma corrente de comércio de US$ 62 bilhões. Em 2013, o déficit foi de US$ 11,36 bilhões, o maior desde 2008, último ano em que o Brasil conseguiu vender mais do que comprar dos EUA.

"Quando a relação com os Estados Unidos é incrementada, traz mais oportunidades para a indústria. Eles voltaram a crescer e é importante para nós nos associarmos a esse crescimento. Precisamos ser flexíveis para nos associarmos com os países onde o fluxo de comércio cresce", disse Monteiro. A tarifa de importação baixa, em média de 5%, facilita o acesso ao mercado americano, segundo o ministro.

O PIB dos Estados Unidos subiu 5% no último trimestre de 2014 e 4,7% no anterior, além das previsões mais otimistas. Já a previsão de crescimento da zona do Euro é de apenas 0,8%.

A CNI cobra que se resolvam temas como o acordo Céus Abertos, que facilita a operação de empresas áreas americanas no Brasil e vice-versa, e o Global Entry, que facilita o fluxo de pessoas, especialmente a negócios. Há ainda pendente um acordo sobre patentes, que permite a aceleração e a concessão nos dois países, e outro para criar mecanismos para cooperação em normas fitossanitárias.

Todos essas discussões estavam bem avançados até a suspensão da visita de Dilma aos EUA, em 2013, por conta do escândalo de espionagem. Agora, mesmo com as informações de que a Casa Branca pode não ter determinado a suspensão da vigilância sobre a presidência brasileira, como fez com a Alemanha, o governo brasileiro decidiu ignorar os melindres diplomáticos e apelar para o pragmatismo comercial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo brasileiro começa, nesta quarta-feira (11), oficialmente o movimento de reaproximação com os Estados Unidos com a primeira viagem de um ministro ao país desde a crise de 2013, quando se descobriu que os americanos tinham um esquema para espionar o governo brasileiro. Após dois anos de desconfianças mútuas, o país volta ao centro da política de exportações brasileiras - que vive um dos seus piores momentos desde 2003.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro Neto, chega a Washington com a missão de retomar negociações paradas e abrir caminho para melhorar a balança comercial com o americanos - em 2014, o Brasil teve déficit de quase US$ 8 bilhões no comércio com os EUA.

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Ao decidir que precisa voltar o foco para o mercado externo, a presidente Dilma Rousseff também deixou claro que os EUA precisam ser um parceiro prioritário. Com um mercado rico, tarifas baixas de importação e mostrando fôlego econômico que os europeus ainda não têm, o país pode absorver mais produtos manufaturados e semimanufaturados do que tem feito até agora.

"É um sinal de que o Brasil considera os Estados Unidos um parceiro estratégico. Temos com eles a segunda maior corrente de comércio, mas a mais importante, porque tem qualidade, é de interesse para o Brasil. Para lá exportamos mais manufaturas, é diferente da China, para quem exportamos mais commodities", afirmou Monteiro, após reunião com industriais na última segunda-feira, no Palácio do Planalto.

Todas as negociações entre Brasil e EUA ficaram paradas nesses dois anos. A intenção é que, nos próximos meses, consiga-se acelerar acordos suficientes para que Dilma e o presidente americano, Barack Obama, tenham o que assinar na visita de Estado que a presidente deve fazer a Washington no segundo semestre deste ano.

Mercado

Depois de um ano de comércio difícil com a Argentina, os Estados Unidos se tornaram o maior mercado para as manufaturas brasileiras, mas os valores ainda estão muito abaixo do melhor período, entre 2003 e 2008.

Dados levantados pela Confederação Nacional da Indústria mostram que em 2008 o Brasil vendia o equivalente a US$ 16 bilhões em manufaturas no mercado americano. No ano seguinte, esse número caiu para US$ 9,3 bilhões e nunca mais voltou ao nível anterior. A CNI calcula um potencial mínimo de US$ 2,3 bilhões em crescimento imediato.

O déficit comercial com os americanos já diminuiu. Fechou em US$ 7,97 bilhões em 2014, com uma corrente de comércio de US$ 62 bilhões. Em 2013, o déficit foi de US$ 11,36 bilhões, o maior desde 2008, último ano em que o Brasil conseguiu vender mais do que comprar dos EUA.

"Quando a relação com os Estados Unidos é incrementada, traz mais oportunidades para a indústria. Eles voltaram a crescer e é importante para nós nos associarmos a esse crescimento. Precisamos ser flexíveis para nos associarmos com os países onde o fluxo de comércio cresce", disse Monteiro. A tarifa de importação baixa, em média de 5%, facilita o acesso ao mercado americano, segundo o ministro.

O PIB dos Estados Unidos subiu 5% no último trimestre de 2014 e 4,7% no anterior, além das previsões mais otimistas. Já a previsão de crescimento da zona do Euro é de apenas 0,8%. A CNI cobra que se resolvam temas como o acordo Céus Abertos, que facilita a operação de empresas áreas americanas no Brasil e vice-versa, e o Global Entry, que facilita o fluxo de pessoas, especialmente a negócios. Há ainda pendente um acordo sobre patentes, que permite a aceleração e a concessão nos dois países, e outro para criar mecanismos para cooperação em normas fitossanitárias.

Todos essas discussões estavam bem avançados até a suspensão da visita de Dilma aos EUA, em 2013, por conta do escândalo de espionagem. Agora, mesmo com as informações de que a Casa Branca pode não ter determinado a suspensão da vigilância sobre a presidência brasileira, como fez com a Alemanha, o governo brasileiro decidiu ignorar os melindres diplomáticos e apelar para o pragmatismo comercial.

A possível reaproximação entre o PT e o PSB, sinalizada a partir de um encontro entre do ex-presidente Lula (PT) com o governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB), tem sido encarada como positiva por líderes petistas do estado. Para o senador Humberto Costa (PT), o encontro pode ser um pressuposto para a retomada do “bom diálogo” do PSB com a gestão federal. 

“Identifico (nesse encontro) algo que é tanto do interesse do PT quanto me parece ser do interesse do PSB, que é ter canais de diálogos com os partidos”, frisou. “O governador já esteve em ministérios e creio que em breve estará com a presidente da República. É uma coisa positiva líderes políticos poderem se relacionar”, acrescentou, lembrando que além de ser governador, Paulo Câmara é vice-presidente nacional do PSB. 

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Para o ex-deputado federal, João Paulo (PT), o encontro de Lula e Câmara mostra o desejo de refazer as parcerias. “Pernambuco está dependente de ações do governo federal. O bom relacionamento depende da condução política e os recursos que o governo estadual usará”, pontuou. 

Na visão da presidente do PT de Pernambuco, deputada estadual Teresa Leitão, antes de retomar o diálogo, Câmara necessita alinhar o posicionamento do PSB quanto ao PT. “Pode ter gestos da parte do PSB, mas há muita tensão dentro do partido. Vemos pessoas que defendem o projeto do governo e outras que tratam da presidente com agressividade”, disse pedindo cautela na reaproximação. 

Um dia depois da derrota de seu candidato, Arlindo Chinaglia (PT-SP), na disputa pela presidência da Câmara, o Palácio do Planalto começou nesta segunda-feira, 2, a buscar uma reaproximação com o novo presidente da Casa, Eduardo Cunha (RJ), e seu partido, o PMDB, detentor da segunda maior bancada, com 66 deputados. O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, negou o visível clima de ressaca e acenou ao PMDB, destacando a independência entre os poderes, bandeira defendida por Cunha durante seus dois meses de campanha.

"Esta é uma Casa política, tem votação, a gente ganha, a gente perde. O importante é manter o diálogo, a disposição de construção de uma agenda que o País precisa e, como os chefes de Poder disseram hoje, tem que respeitar a independência plena do Legislativo e a harmonia entre os Poderes", afirmou após as cerca de duas horas de sessão de abertura do ano legislativo, que não contou com a presença da presidente Dilma Rousseff.

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Mercadante negou que Cunha seja "desafeto" do Palácio do Planalto. Os dois cochicharam diversas vezes, enquanto o primeiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), lia a mensagem enviada por Dilma. O ministro disse ter trabalhado "muito bem" com o PMDB durante o primeiro mandato de Dilma.

"O PMDB foi muito importante, a liderança dele (Cunha), inclusive. Temos certeza de que vamos avançar nessa direção", afirmou o ministro. Mercadante disse que o PMDB "foi um partido fundamental" durante os dois governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro de Dilma e "continuará sendo" importante nos próximos quatro anos. "Às vezes, tem divergência na base. Faz parte da vida democrática. Mas você tem que superar com diálogo, com humildade, com a disposição de construir", acenou o ministro.

O Planalto conta com o PMDB para reunificar a base e não ser derrotado pela oposição em votações importantes para o governo como a reforma política, o veto presidencial que estabeleceu em 4,5% o porcentual de correção da tabela do Imposto de Renda, e a Medida Provisória que altera o PIS/Cofins sobre produtos importados, por exemplo.

Segundo escalão

O ministro disse que agora, passada a eleição da Câmara e do Senado, o governo começará a negociar os cargos do segundo escalão. "Nós já recebemos a solicitação dos partidos. Não houve nenhum compromisso até este momento e, a partir da agora, inclusive para respeitar a eleição da Casa, começam as negociações com os partidos para definir o segundo escalão e buscar combinar o critério técnico da competência com o critério político do apoio parlamentar no Congresso Nacional", afirmou Mercadante.

As articulações do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) para uma reaproximação entre a legenda socialista e o PT, efetuadas nas últimas semanas, não estão sendo bem vistas por lideranças petistas estaduais. As manifestações brandas de realinhamento ao governo, apesar do PSB se colocar como independente, de acordo com a presidente do PT de Pernambuco Teresa Leitão não passam do discurso. Para ela, é “melhor deixar tudo como está”.

“Não existe nenhuma reaproximação real. Só no discurso. Ele (Fernando Bezerra Coelho) está pregando dentro do PSB uma reaproximação que tem encontrado resistência do próprio partido”, avaliou. Mesmo sem citar nomes, a petista quando observou a resistência interna do PSB fez menção principalmente à ala pernambucana que atualmente comanda a legenda no âmbito nacional, o governador Paulo Câmara e prefeito do Recife, Geraldo Julio.

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“Um partido que tem um prefeito (Geraldo Julio) que chamou Dilma de ‘aquela mulher’ deve primeiro fazer uma autocrítica”, disparou. “O tempo da política hoje não é do PSB aliado ao PT. Muita água vai rolar ainda debaixo dessa ponte”, afirmou a dirigente. 

Adversário político de Bezerra Coelho nas últimas eleições, o deputado federal João Paulo (PT) esclareceu que a possibilidade de juntar os socialistas e petistas novamente na mesma ala não está na pauta da legenda. “Não há nenhuma discussão interna sobre isso”, resumiu. 

De passagem por Brasília, preparando o terreno para assumir o mandato, Fernando Bezerra Coelho conversou com os ministros petistas da Casa Civil, Aloizio Mercadante; da Defesa, Jaques Wagner; e das Comunicações, Ricardo Berzoini. “O que devemos fazer é buscar unir as forças políticas do Estado em torno do nosso projeto de desenvolvimento, sem receios e com firmeza buscar a reaproximação política com o governo central”, afirmou na ocasião.

O governo da Venezuela vai desistir dos esforços para se reaproximar dos Estados Unidos, em protesto a comentários feitos esta semana por Samantha Power, nomeada para ser embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas (ONU).

O Ministério de Relações Exteriores da Venezuela emitiu um comunicado na noite de sexta-feira afirmando que "rejeita categoricamente" a acusação de Samantha, que disse que o governo venezuelano "reprime a sociedade civil". Segundo a chancelaria venezuelana, as ações que foram iniciadas no mês passado para retomar os laços diplomáticos foram interrompidas.

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Em junho, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, se encontrou com seu equivalente venezuelano durante uma assembleia da Organização dos Estados Americanos (OEA), na Guatemala. Após essa reunião, os dois lados esperavam novos avanços. EUA e Venezuela não têm embaixadores entre si desde 2010, mas as relações entre os dois países estão abaladas desde que Hugo Chávez assumiu o poder, em 1999. Fonte: Dow Jones Newswires.

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