Na manhã deste domingo (27), detentos do Presídio Frei Damião de Bozzano, no Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, iniciaram um tumulto que terminou com quatro feridos e uma morte. Durante tiroteio, Ricardo Alves da Silva, de 33 anos, morador do Alto Bela Vista (região nos arredores da penitenciária) foi atingido por bala perdida e não resistiu.
Equipe de segurança do Complexo do Curado foi chamada para intervir e conter detentos que arremessavam pedras durante a contenção dos reeducandos, de acordo com nota oficial da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres). A Polícia Civil está investigando o ocorrido, assim como a Seres, que aguardam laudo do Instituto de Criminalística.
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Os reeducandos José Carlos Serafim e Mário Francisco do Nascimento Neto foram baleados durante o tumulto e foram encaminhados ao Hospital Otávio de Freitas, na Zona Oeste do Recife. Dois detentos também ficaram feridos na confusão, que iniciou por volta das 6h e teve cerca de duas horas de duração.
Moradores da região se reuniram na tarde deste domingo para protestar contra a morte de Ricardo Alves da Silva e a insegurança do local. Foram queimados colchões, sofás e pneus em frente à Escola Estadual Monsenhor Álvaro Montenegro, que fica vizinha ao Presídio Frei Damião de Bozzano. O protesto foi contido por agentes da Polícia Militar (PM), do Batalhão de Choque e do Grupo de Apoio Tático Itinerante (GATI).
Nota oficial da Seres sobre o caso:
A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) informa que foi contido na manhã deste domingo, 27, um princípio de tumulto no Presídio Frei Damião de Bozzano, que integra o Complexo Prisional do Curado, no bairro do Sancho, no Recife.
A equipe de segurança da unidade interviu após diversos arremessos de pedras e durante a contenção os reeducandos José Carlos Serafim e Mário Francisco do Nascimento Neto ficaram feridos e estão sendo atendidos no Hospital Otávio de Freitas.
Há informações que uma bala perdida teria levado a óbito Ricardo Alves da Silva, morador do Alto Bela Vista. A Seres presta solidariedade à família e aguarda o laudo do Instituto de Criminalística. Os fatos já começaram a ser investigados pela secretaria que abrirá uma sindicância para apuração rigorosa e adoção de medidas cabíveis. Um inquérito policial também será aberto pela Polícia Civil.