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Uma operação para demolir um prédio construído irregularmente sem autorização da Prefeitura do Rio, na região da Muzema, zona oeste da cidade, está sendo realizada hoje (19). Participam equipes da Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado para Enfrentamento à Ocupação Irregular do Solo Urbano, do Ministério Público do Estado (MPRJ), com auxílio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência e da Secretaria Municipal de Ordem Pública do Rio.

Segundo o MPRJ, a construção do imóvel está ao lado do local onde, em 2019, ocorreu o desabamento de dois prédios irregulares matando 24 pessoas.

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Características

Um laudo da Coordenadoria de Licenciamento e Fiscalização Urbanística 4.1 da Barra da Tijuca indicou que o prédio é do tipo residencial multifamiliar com três pavimentos, informou o Ministério Público.

Entre eles, dois pavimentos, em declive, já estão com as obras concluídas. “O relatório informa que a área de construção está situada em encosta e possui acentuada declividade (área de média a alta suscetibilidade geológica), não havendo obras de contenção e não sendo possível garantir sua segurança e conservação”, apontou o MPRJ.

A Força-Tarefa para enfrentamento à ocupação irregular do solo urbano foi criada em outubro de 2021 para auxiliar promotores de Justiça no combate ao crime no solo da capital e aos ilícitos relacionados nas áreas criminal e de meio ambiente, em especial, nas regiões de planejamento que abrangem bairros das zonas oeste e norte do Rio.

A Prefeitura do Rio de Janeiro iniciou, no fim da manhã desta terça-feira (3), a demolição de prédios irregulares na Muzema, comunidade na zona oeste da cidade, onde, em abril do ano passado, dois edifícios desabaram causando a morte de 24 pessoas. As demolições, segundo promessa da Prefeitura, serão feitas apenas em prédios que ainda estão em construção.

A ação estava prevista para iniciar às 9h30, mas moradores fizeram barricadas na entrada do Condomínio Figueiras do Itanhangá, onde fica o conjunto de prédios, para tentar impedir o início das demolições. Após cerca de uma hora de negociações e a promessa de que nenhum imóvel habitado seria destruído, os moradores acabaram permitindo o acesso de funcionários para iniciar a operação.

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Uma decisão judicial, que é contestada pela Defensoria Pública, já autorizou a Prefeitura do Rio a demolir também seis edifícios já ocupados, mas que estão em área de risco na localidade. Um acordo, porém, estabeleceu que novos testes nas edificações serão feitos para tentar evitar a derrubada.

A 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou pedido de habeas corpus para Rafael Gomes da Costa, um dos suspeitos de construir e vender prédios que desabaram na comunidade da Muzema, no Itanhangá, zona oeste do Rio. Os prédios foram construídos sem habite-se e não tinham engenheiro assinando a obra. Em 12 de abril deste ano, o desabamento de dois prédios na Muzema, após forte chuva, matou 24 pessoas.

No pedido de soltura, a defesa de Rafael alegava que ele estava sofrendo constrangimento ilegal pela longa duração da prisão – ele foi preso em maio – e que seu estado de saúde inspirava cuidados.

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Na decisão, o desembargador Claudio Tavares de Oliveira Junior ressaltou que os laudos médicos comprovaram a melhora do suspeito. “No caso em exame, dúvida não há de que a juíza vem se mostrando atenta ao estado de saúde do paciente, em favor de quem já determinou diversas medidas urgentes para lhe garantir um atendimento médico adequado à sua enfermidade, inclusive com o fornecimento de medicamentos e insumos necessários ao seu bem-estar, além da expedição do ofício ao diretor do hospital responsável pelo tratamento”, diz o desembargador na decisão.

“Soma-se a isso a melhora apresentada pelo paciente, que restou atestada por laudo médico e diversos documentos juntados aos autos originários, o que evidencia que a prisão cautelar não configura uma medida que possa privar o paciente de um tratamento médico adequado”, acrescentou o magistrado.

O desembargador Claudio Tavares destacou ainda a gravidade dos indícios de crimes dos quais Rafael é acusado com outros réus. “Segundo a denúncia, recaem indícios de que o paciente e os dois corréus teriam concorrido eficazmente para a prática de 24 delitos de homicídio qualificado e três crimes de lesão corporal gravíssima, decorrentes do desabamento dos edifícios 93-B e 93-C da comunidade da Muzema.”

 

A prefeitura do Rio de Janeiro informou, nesta quinta-feira (3), que vai demolir mais seis edifícios na comunidade da Muzema, no Itanhangá, onde dois imóveis desabaram no dia 12 de abril deste ano, deixando 24 mortos. Os prédios são irregulares, não têm a licença municipal de construção e podem ter ligação com a milícia que controla a localidade.

Os edifícios que serão postos abaixo fazem parte do Condomínio Figueiras do Itanhangá e não têm liminar judicial impedindo sua demolição. Segundo a prefeitura, primeiramente os moradores serão notificados e, em seguida, haverá a desocupação dos imóveis, para só depois ser feita a demolição.

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“As construções na Muzema estão em situação irregular, em área de encosta (área de média a alta suscetibilidade geológica), sem obras de contenção e sem garantia quanto à segurança e conservação”, diz a prefeitura, em nota divulgada pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação.

Segundo a secretaria, existe um projeto de construções de unidades pelo programa Minha Casa, Minha Vida, em uma área legalizada próxima à Muzema, nas faixas de renda que atendam às famílias do local. A iniciativa depende de negociações com o governo Federal.

A Justiça do Rio, por meio da 3.ª Vara de Fazenda Pública da Capital, determinou a suspensão liminar de desmatamento, venda de lotes e de construções irregulares em uma área de cerca de 15 mil m² próxima à Muzema, zona oeste da cidade. A decisão do juiz auxiliar Marcelo Martins Evaristo da Silva, publicada na quarta-feira, 18, acatou uma Ação Civil Pública do Ministério Público do Estado contra a prefeitura do Rio e a empresa Ecco Terraplanagens e Demolições Ltda, além de seus donos, Ricardo Gaudie Ley Castro e Rafael de Souza Dalma.

Na ação, a Promotoria afirma que há pelo menos seis anos "o Poder Público municipal comporta-se como observador privilegiado da ilicitude ambiental e urbanística cometida no imóvel, constatando seguidamente o descumprimento de seus atos administrativos (embargos, notificações e autuações), todos completamente inócuos, inúteis e ineficazes para surtir quaisquer efeitos relacionados ao poder/dever dos órgãos competentes pela fiscalização da ocupação do solo na cidade".

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No dia 12 de abril, dois prédios desabaram na Muzema, resultando na morte de 24 pessoas.

A favela é dominada por uma milícia e há suspeita de envolvimento dos milicianos com a construção dos edifícios.

Em julho, pelo menos 14 pessoas foram presas por envolvimento na organização criminosa responsável pela exploração imobiliária ilegal na região da Muzema.

A milícia é acusada de ocupação irregular de terrenos, construção, venda e locação de imóveis clandestinos na região, num negócio que movimentou pelo menos R$ 25 milhões nos últimos cinco anos.

O juiz Marcelo Martins Evaristo da Silva citou na decisão liminar que se apuram indícios da insuficiência e ineficiência da fiscalização municipal, "cujas investidas se revelaram absolutamente inidôneas à contenção do avanço do empreendimento sobre a vegetação protegida".

Ele também aponta que a Delegacia de Proteção do Meio Ambiente lavrou auto de prisão em flagrante de um dos réus em 2018, "supostamente porque ofertava, na ocasião, lote de 120 m2 pelo valor de cento e vinte mil reais cada".

O juiz determinou a suspensão de "qualquer supressão vegetal, movimentação adicional de terra, qualquer lançamento de aterro, qualquer obra e construção nova, ou acréscimo às já existentes, demarcação ou intervenção no terreno", além de "qualquer alienação de lotes ou frações novas e recebimento de valores em razão de alienações já iniciadas, compreendendo os atos de celebração de promessa de compra e venda, compra e venda e cessão de direitos".

A área explorada pela empresa fica junto à zona de amortecimento do Parque Nacional da Tijuca e os réus devem retirar anúncios relacionados à venda de lotes no terreno.

Eles deverão colocar no local um informe de que as vendas foram suspensas por decisão judicial.

Em caso de descumprimento das obrigações impostas, foi arbitrada multa solidária de R$ 50 mil para cada ato de desobediência. No caso da fixação de aviso da suspensão da comercialização de lotes, foi estabelecida multa diária de R$ 5 mil, no caso de não cumprimento.

Defesas

A reportagem buscou contato com a Ecco Terraplanagens e Demolições Ltda, Ricardo Gaudie Ley Castro e Rafael de Souza Dalma. O espaço está aberto para manifestação.

Em nota, a Procuradoria Geral do Município (PGM) do Rio de Janeiro informou que "ainda não foi intimada da decisão. Quando o for, analisará a questão."

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na tarde desta sexta-feira, 5, Renato Siqueira Ribeiro, acusado de ser um dos vendedores de apartamentos nos dois prédios ilegais que desabaram na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio, em abril passado, causando a morte de 24 pessoas. Contra ele havia um mandado de prisão temporária.

Preso em Nova Friburgo, na Região Serrana, Ribeiro é um dos três investigados pelos 24 homicídios. Todos tiveram a prisão decretada. Rafael Gomes da Costa foi o primeiro a ser preso, em maio. José Bezerra de Lima, conhecido como Zé do Rolo, continua foragido. A favela é dominada por uma milícia e há suspeita de envolvimento dos milicianos com a construção dos edifícios.

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O desabamento dos prédios ocorreu três dias depois de um forte temporal atingir a cidade, castigando, especialmente, a zona oeste. A área onde estavam já tinha sido interditada em fevereiro justamente pelo risco de desabarem.

No fim de junho, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) suspendeu, em caráter liminar, a demolição de seis prédios construídos no local. A demolição estava planejada pela Prefeitura do Rio.

Policiais civis fazem nesta quinta-feira (2) uma operação contra a milícia que atua na Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro. A meta é buscar documentos e computadores para auxiliar no inquérito sobre o desabamento de dois prédios na comunidade, no dia 12 de abril, o que deixou 24 mortos.

Entre os endereços que estão sendo alvo da operação de hoje está a Associação de Moradores da Muzema.

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A ação é coordenada pela Delegacia da Barra da Tijuca (16ª DP), responsável pelo inquérito dos desabamentos, em parceria com a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), responsável pelas investigações contra milícias no Rio.

Os prédios que desabaram eram ilegais, ou seja, não tinham autorização da prefeitura para ser construídos.

As obras chegaram a ser embargadas em novembro do ano passado, mas isso não impediu que seus apartamentos fossem ocupados. A polícia busca os responsáveis pelas construções.

Vários outros prédios ilegais, construídos na região, serão demolidos. Segundo a prefeitura, 16 deles serão demolidos para a construção de um parque.

Os trabalhos de demolição de dois prédios no condomínio Figueiras do Itanhangá, na Muzema, no Rio de Janeiro, foram iniciados nesta quarta-feira (24). As duas construções ficam ao lado dos dois edifícios que desabaram no dia 12 deste mês, deixando 24 mortos e sete feridos.

Duas pessoas permanecem internadas: Paloma Paes Leme, de 44 anos, e o filho dela, Rafael, de 4 anos, estão na Unidade Intermediária Pediátrica do Hospital Miguel Couto, na Gávea, com quadro clínico estável.
 
Segundo a prefeitura, as demolições serão feitas de forma manual pela Secretaria Municipal de Conservação (Seconserva), com auxílio de máquinas para não abalar estruturalmente os prédios das imediações.

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O trabalho deve durar 30 dias e está em avaliação a necessidade de contratar emergencialmente uma empresa para auxiliar na demolição, o que poderia acelerar o processo.

Buscas são encerradas

O Corpo de Bombeiros encontrou o corpo da última vítima nos escombros na madrugada de domingo (21) e deu por encerradas as buscas.

Na segunda-feira (22), a Defesa Civil municipal fez nova vistoria no local da tragédia e emitiu laudo em que condena os prédios localizados nos lotes 93-A e 92, vizinhos ao desabamento. Eles apresentavam graves riscos estruturais.
 
A Defesa Civil vai analisar se os moradores do primeiro prédio a ser demolido, no total de quatro famílias, poderão entrar para retirar pertences, móveis e eletrodomésticos.

Como o acesso ao prédio de oito andares está bloqueado por escombros, a Seconserva fará um acesso por um dos apartamentos do primeiro andar.
 
A Polícia Militar foi acionada para apoiar a ação e a Guarda Municipal estará com 30 agentes no local, para auxiliar no isolamento da área e no controle do trânsito.
 
A Secretaria Municipal de Urbanismo aumentou a fiscalização na região e elabora atos administrativos para dar suporte às ações da prefeitura.

Já foram abertos 33 processos novos de notificação no condomínio, com a identificação individual das construções irregulares.

Morreu nesta segunda-feira (22) Adilma Ramos Rodrigues, de 35 anos, vítima do desabamento de dois edifícios na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro, no dia 12. Com isso, sobe para 24 o número de mortes. Há sete sobreviventes.

Adilma estava internada em estado grave no Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas foi transferida na noite de quinta-feira (18) para a rede privada, a pedido da família, segundo informou a Secretaria Municipal de Saúde.

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Em nota, o Hospital Unimed-Rio informou que ela foi admitida na unidade no dia 18, “após ser vítima de politraumatismo e passar por prévias abordagens, incluindo parada cardíaca por 10 minutos em outra instituição”.

Segundo o hospital, ela permaneceu sedada, entubada, em ventilação mecânica e com “uso de amina vasopressora e diálise contínua”.

Na noite do dia 19 a paciente apresentou “quadro de sepse, com hemoculturas positivas”, ou seja, infecção generalizada, o que foi piorado com grave alteração no sangue, chamada de discrasia sanguínea, e disfunção hepática.

Na noite de ontem, Adilma teve insuficiência respiratória, chamada tecnicamente de “síndrome de desconforto respiratório e hipoxemia refratária”, culminando no óbito às 4h40 da madrugada de hoje.

Adilma era casada com o pastor Cláudio Rodrigues, de 40 anos, que foi a primeira vítima do desabamento. Ele foi enterrado no dia 14, no Cemitério do Pechincha, na região de Jacarepaguá, também na zona oeste.

A filha do casal, Clara Rodrigues, de 10 anos, também ficou ferida na tragédia, mas teve alta nos primeiros dias.

Duas vítimas continuam internadas. Paloma Paes Leme, de 44 anos, e o filho dela, Rafael, de 4 anos, estão na Unidade Intermediária Pediátrica do Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, com quadro clínico estável.

A prefeitura do Rio informou nesse domingo (21) que a Defesa Civil fará inspeções técnicas e será a responsável por indicar as estruturas que deverão ser demolidas na comunidade da Muzema, onde dois prédios desabaram no último dia 12. As informações serão repassadas à Secretaria Municipal de Conservação (Seconserva) que já elabora um cronograma de ações.

A Defesa Civil está com quatro agentes no local. "Os técnicos avaliam a área do desabamento para auxiliar nos preparativos para as demolições programadas, além de orientar e acompanhar moradores que necessitem recolher documentos e pertences que ainda se encontram nas oito unidades interditadas emergencialmente", informa a prefeitura em nota.

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Depois de encontrar o corpo da última pessoa desaparecida, uma mulher, o Corpo de Bombeiros anunciou hoje o fim das buscas na comunidade, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro. Ao todo, a tragédia deixou 23 mortos e oito feridos.

A demolição de pelo menos três edifícios já foi confirmada pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação. Eles foram construídos sem autorização dos órgãos competentes e em área de preservação ambiental, assim como os dois prédios que caíram. Sem previsão para serem reassentadas em definitivo, as famílias desalojadas receberão inicialmente o aluguel social, benefício financeiro concedido pelo município. 

De acordo com a prefeitura, desde 2005, o Poder Público interdita obras na Muzema. No entanto, os tapumes são arrancados e os trabalhos, retomados. No caso dos dois prédios que caíram, a última interdição foi feita em novembro do ano passado. O município sustenta que, por se tratar de uma área dominada por milícia, precisa de apoio da Polícia Militar para atuar na área.

Três homens foram apontados pela Polícia Civil como responsáveis pela tragédia na Muzema: José Bezerra de Lima, o Zé do Rolo; Renato Siqueira Ribeiro; e Rafael Gomes da Costa. Acusados de homicídio por dolo eventual, eles são considerados foragidos da Justiça. Desde sexta-feira (19), há pedidos de prisão temporária dos três.

De acordo com a Polícia Civil, Zé do Rolo teria construído os prédios enquanto os outros dois seriam corretores informais encarregados da venda dos imóveis. Um possível envolvimento dos três com grupos milicianos está sendo investigado.

As equipes de resgate do Corpo de Bombeiros encontraram, nos primeiros minutos deste domingo, 21, o corpo da última vítima desaparecida no desabamento de dois prédios na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro, no último dia 12. Com isso, o número de mortos na tragédia chega a 23. Há oito sobreviventes.

Com isso, os bombeiros encerraram as buscas por vítimas do desabamento de dois prédios na Muzema. Desde a tragédia, foram retirados 21 corpos dos escombros. Outras duas pessoas que foram resgatadas com vida acabaram morrendo quando recebiam atendimento em hospitais do Rio.

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A Polícia Civil procura três pessoas que são apontadas como responsáveis pelos edifícios que ruíram. São considerados foragidos José Bezerra de Lima, conhecido como Zé do Rolo, responsável pela construção dos edifícios, e Renato Siqueira Ribeiro e Rafael Gomes da Costa, que atuavam como vendedores. Eles respondem por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.

Segundo os bombeiros, o último corpo encontrado é de uma mulher. Na tarde de ontem foram resgatados os corpos de dois meninos. Ao todo, morreram no desabamento cinco homens, sete meninos, dez mulheres e uma menina. Em nota, a corporação informou que foram mais de 200 horas ininterruptas de buscas.

Dois oito feridos, três permanecem internados. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a vítima que estava no Hospital Lourenço Jorge foi transferida para um hospital da rede particular a pedido da família.

A secretaria informou que Paloma Paes Leme, internada no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, foi transferida na noite de quinta-feira, 18, para um leito ao lado do filho, Rafael, também sobrevivente do desastre. Os dois estão na Unidade Intermediária Pediátrica e apresentam quadro clínico estável.

Máquinas

Desde a tarde de sábado, 19, o trabalho de resgate passou a utilizar máquinas capazes de erguer as lajes que desabaram, possibilitando aos bombeiros acessar locais não vasculhados com o trabalho manual.

A prefeitura anunciou que vai demolir imediatamente pelo menos três prédios no condomínio Figueiras do Itanhangá, que ficam ao lado dos dois que desabaram. Mais 15 prédios poderão ser demolidos também, pois não têm licença de construção.

Dois corpos de crianças, do sexo masculino, foram resgatados, neste sábado (20), dos escombros dos dois edifícios que ruíram na comunidade da Muzema. A informação foi divulgada pela assessoria do Corpo de Bombeiros. Agora, falta localizar uma pessoa que está desaparecida.

Com os dois corpos encontrados hoje, sobe para 22 o número de mortos no desabamento dos prédios, que caíram na manhã do último dia 12. O Corpo de Bombeiros não informou o nome dos dois meninos retirados dos escombros.

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Máquinas

O terreno em frente ao desabamento está sendo preparado para o acesso de máquinas de maior porte, incluindo um guindaste com capacidade de levantar as lajes de concreto, a fim de dar acesso aos bombeiros a locais ainda não vasculhados.

A prefeitura do Rio já adiantou que vai demolir imediatamente três prédios ao lado dos imóveis que desabaram, assim que terminarem os trabalhos de resgate. Outros 15 prédios poderão ser demolidos também, pois não contam com licença de construção.

Prisões

Três responsáveis pelos dois prédios que caíram tiveram prisão decretada pela Justiça nessa sexta-feira (19), mas não foram detidos até o momento e são considerados foragidos.

A Polícia Civil investiga o envolvimento dos três com as milícias, que dominam a construção e venda de prédios irregulares nas comunidades, em solos frágeis e sem projetos de engenharia nem redes de água ou luz legalizadas.

Os três suspeitos de serem os responsáveis pelos prédios irregulares que desabaram na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro, continuam foragidos. Eles tiveram a prisão temporária (30 dias) decretada nessa sexta-feira (19) pela Justiça.

A delegada Adriana Belém, da 16ª Delegacia Policial (DP) da Barra da Tijuca, informou que as diligências prosseguem neste sábado (20) para a prisão de José Bezerra de Lima, o Zé do Rolo; Renato Siqueira Ribeiro; e Rafael Gomes da Costa.

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Os três são acusados de homicídio por dolo eventual multiplicado 20 vezes, correspondendo ao número de mortos na tragédia até o momento.

De acordo com a Polícia Civil,  Zé do Rolo teria construído os prédios enquanto os outros dois seriam corretores informais encarregados da venda dos imóveis. Eles foram reconhecidos por testemunhas ouvidas na 16ª DP.

Já a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) investiga o envolvimento deles com a milícia.

Buscas

Os bombeiros continuam as buscas por corpos e sobreviventes do desabamento dos dois prédios no condomínio Figueiras do Itanhangá.

Uma equipe formada por 100 bombeiros permanece no local. Três pessoas continuam desaparecidas.

Até o momento, o número de mortos chega a 20 - 18 ocorreram no local e dois morreram nos hospitais. Oito pessoas ficaram feridas.

Os bombeiros resgataram na manhã desta quinta-feira (18) o corpo de uma mulher dos escombros dos prédios que desabaram na comunidade da Muzema, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Com isso, o número de mortos no desastre chega a 20 pessoas. Oito pessoas ficaram feridas.

O Corpo de Bombeiros busca por pelo menos três desaparecidos nos escombros. Os dois prédios desabaram na manhã de 12 de abril.

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Os edifícios não tinham autorização da prefeitura e tiveram suas obras embargadas em novembro do ano passado. A Polícia Civil investiga agora os responsáveis pela obra e pela venda dos imóveis.

Com a retirada de quatro corpos na madrugada e na manhã desta terça-feira (16) do local do desabamento de dois prédios no condomínio Figueiras do Itanhangá, na comunidade da Muzema, no Rio de Janeiro, o Corpo de Bombeiros trabalha com o número de nove pessoas ainda desaparecidas.
 
Segundo a corporação, as quatro vítimas retiradas pela manhã são três mulheres adultas e um menino, ainda não identificados. Com isso, já foram confirmadas 23 vítimas do desabamento, sendo dez retirados dos escombros com vida e 13 em óbito. Duas pessoas morreram no hospital.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que uma mulher de 35 anos está internada no Hospital Municipal Lourenço Jorge e permanece em estado grave.

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No Hospital Miguel Couto continuam internados uma mulher de 44 anos, no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) com quadro estável, porém delicado, e um menino de 4 anos, também com quadro estável e delicado.
 
Das vítimas fatais, há uma não identificada no Instituto Médico Legal (IML), além das quatro encontradas hoje.

Cláudio José de Oliveira Rodrigues foi sepultado domingo no Cemitério do Pechincha. Zenilda Bispo Amorim, Ruan Amorim Rodrigues e Maria de Abreu Athayde de Almeida foram enterrados ontem no Cemitério de São Francisco Xavier.

Ainda estão no IML os corpos de Raimundo Nonato do Nascimento, Pedro Lucas Paes Leme Barroso e Antônia Deivilo Gomes Sampaio.
 
Integrantes da mesma família, os corpos de Hilton Guilherme Sodré Souza, Maria de Nazaré da Sodré e Hilton Berto Rodrigues Souza também permanecem no IML, aguardando a vinda de um parente do Maranhão para fazer o reconhecimento e liberação. A Concessionária Rio Pax fará os serviços funerários e o translado dos corpos.
 
Segundo a Secretaria de Conservação, a equipe de Coordenação de Operações Especiais aguarda a liberação do Corpo de Bombeiros para iniciar a retirada dos escombros e fazer as demolições recomendadas pela prefeitura.

A Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil fez 13 interdições emergenciais no local.

A Justiça do Rio aceitou pedido do Ministério Público estadual determinando a suspensão de qualquer movimento de terras e impedindo a realização de obras e novas construções no Condomínio Figueiras do Itanhangá, na Muzema, onde 11 pessoas morreram e 13 estão desaparecidas, em consequência do desabamento de dois prédios na última sexta-feira (12).

Na decisão, o desembargador Caetano Ernesto da Fonseca Costa, da 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, deferiu parcialmente o efeito suspensivo requerido pelo Ministério Público, determinando a pronta suspensão de qualquer movimento de terras no citado condomínio, “de forma a impedir a realização de obras e novas construções, ainda que a título de acréscimos a edificações ali já existentes”. A Justiça suspende também a alienação de qualquer lote ou fração de terreno e determina a retirada do local qualquer anúncio ou propaganda do loteamento.

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 No pedido, a 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Meio Ambiente da Capital, informou à Justiça, que o desabamento de dois prédios erguidos ilegalmente no condomínio, resultaram em mortos, feridos e ainda desaparecidos.

 A Justiça determina, ainda, que o município do Rio cumpra de imediato as determinações, sob pena de multa pessoal do prefeito Marcelo Crivella, no valor de R$ 10 mil por dia, observado o teto de R$ 200 mil.

Morreu na manhã deste sábado (13), o adolescente socorrido com vida pelo Corpo de Bombeiros (CB), por voltas das 23h dessa sexta-feira (12). Ele passou 16 horas sob os escombros dos dois prédios que desabaram com as fortes chuvas em Muzema, comunidade da Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Apresentando ferimentos, no rosto e especialmente nas pernas, Hilton Guilherme Sodré, de 12 anos, foi resgatado consciente, mas não resistiu e faleceu no hospital para onde foi encaminhado. Com este caso, já são sete mortos na tragédia ocorrida na manhã dessa sexta (12). Outras nove pessoas foram resgatadas, entretanto, os pais do garoto não foram encontrados, contabilizando 13 desaparecidos, conforme o CB.

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A tragédia

Conforme informações do G1, as edificações que desabaram em Muzema tinham cinco andares. Segundo a prefeitura, as construções eram irregulares e até foram interditadas em dois momentos, novembro de 2018 e fevereiro deste ano. Há aproximadamente 60 prédios em construção na área, que é dominada por milícias.

Não chovia no momento do desabamento, ocorrido por volta das 7h dessa sexta, mas as avenidas de acesso seguem alagadas devido os temporais ao longo da semana. Os bombeiros informaram que no início da manhã deste sábado (13), um forte cheiro de gás exalava na região, que foi isolada pelo risco de novos desabamentos.

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