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O presidente Emmanuel Macron afirmou que a França "não pode receber a todos se deseja receber bem", poucos dias antes de um debate parlamentar sobre a imigração.

"Para continuar acolhendo a todos dignamente não se deve ser um país muito atrativo", declarou Macron em uma entrevista à rádio Europe 1, transmitida nesta quarta-feira e gravada em Nova York, onde participa na Assembleia Geral de ONU.

O presidente francês afirmou que é necessário ser "humanos e eficiente" e "sair de certas posições em que estamos presos" na imigração, uma questão que será discutida em 30 de setembro na Assembleia Nacional e em 2 de outubro no Senado

"Seria um erro dizer que a questão da migração é um tabu ou que, de alguma forma, só pode ser abordada quando há crise", disse Macron, antes de completar que "a França sempre foi um país de migração" e quer abordar o debate de maneira "extremamente tranquila".

O presidente da França reconheceu o importante aumento do número de demandantes de asilo no país, motivado, de acordo com Macron, pela cooperação insuficiente entre países europeus. E admitiu o "fracasso" das reconduções à fronteira.

No ano passado, o número de demandantes de asilo na França aumentou 23%, sobretudo de pessoas procedentes da Albânia e da Geórgia.

O presidente Jair Bolsonaro disse ao SBT, em entrevista gravada exibida na noite desta terça-feira, 24, que não há clima para conversar com o presidente da França, Emmanuel Mácron.

A declaração foi dada após o presidente brasileiro ter criticado Macron hoje pela manhã em seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, e um mês depois de os dois terem trocado farpas em razão das queimadas na Amazônia.

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"Eu estive com ele (Macron) em Osaka (no Japão, para encontro do G-20), numa agenda reservada, e ele quis impor sua agenda, mas não obteve sucesso. Quando apareceram as queimadas na Amazônia, que estão abaixo da média dos últimos 15 anos, ele foi para a agressão, me chamou de mentiroso, dizendo que a soberania brasileira tinha de ser discutida no tocante à Amazônia. Não tem clima para conversar com ele", disse Bolsonaro.

O presidente negou mais uma vez que seu discurso tenha sido agressivo. Ele foi, na sua avaliação, "verdadeiro". "Na ONU, as pessoas vêm para enxugar gelo e passar pano e nós não fizemos isso de forma bastante educada e objetiva", afirmou Bolsonaro. "O Brasil tinha uma posição muito servil de não falar de igual para igual com os chefes de Estado", declarou. O presidente disse que não viu ninguém se retirando durante o seu discurso.

Em outra entrevista exibida nesta noite, esta à Band, Bolsonaro falou sobre o encontro que terá hoje à noite com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "Antes não havia uma relação de confiança entre Brasil e Estados Unidos, mas agora temos, com a chegada do nosso governo", afirmou. O presidente voltou a opinar que o Brasil corria o risco de virar socialista. "Se uma Venezuela incomoda muita gente, imagina um país do tamanho do Brasil", disse.

O presidente francês, Emmanuel Macron, participará nesta segunda-feira (23) de uma reunião sobre a Amazônia organizada em Nova York paralelamente à Assembleia Geral da ONU, para mobilizar a comunidade internacional sobre o reflorestamento daquela região, afetada por grandes incêndios.

Um dia depois de sua chegada, domingo à noite, a Nova York, o presidente francês lançará "um chamado à mobilização" para a floresta amazônica com seus homólogos chileno, Sebastián Piñera, e colombiano, Iván Duque, entre outros, informou o Eliseu nesta quinta-feira (19).

Esta reunião, que se pretende que seja "consensual", acontece após a que juntou no começo de setembro sete países da região na Colômbia, para proteger a maior floresta tropical do mundo, devastada por incêndios pelos quais o presidente Jair Bolsonaro foi muito criticado por Macron.

Nenhum encontro está previsto entre os dois dirigentes em Nova York.

A França "também é um país amazônico", informou o Eliseu, cujo território de ultramar da Guiana também tem uma vasta superfície amazônica.

Na segunda-feira, Macron participa ainda da Cúpula sobre o Clima organizada pela ONU, que será "a ocasião para afirmar nossa ambição climática", completou a Presidência francesa.

Em Nova York, onde estão reunidos muitos dirigentes internacionais, o chefe de Estado francês tem tido uma série de reuniões bilaterais, especialmente com o americano Donald Trump e com o presidente da Autoridade palestina, Mahmud Abbas.

Ele discursará na terça-feira (24) na Assembleia Geral pela terceira vez desde o início de seu mandato.

Macron tentará obter avanços sobre temas prioritários para a França, como a crise de segurança na região africana do Sahel e da Líbia, apoiando a ONU, que busca reiniciar as negociações entre os beligerantes.

A ex-presidente Dilma Rousseff tachou, nesta quarta-feira, de "absurda" a sugestão do mandatário francês, Emmanuel Macron, de conceder um status internacional à Amazônia devido aos incêndios.

"É uma proposta absurda", disse Dilma. "Quando (Emmanuel) Macron fala em intervir na Amazônia, cria um grande apoio para o (presidente Jair) Bolsonaro, porque ninguém no Brasil acha que isso seria uma boa ideia".

Dilma fez essas declarações em um discurso para o auditório lotado do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas de Paris, sobre "A crise sistêmica mundial e as perspectivas democráticas".

"O Brasil, sem a Amazônia, sem seus indígenas, não é o Brasil, pode ser outra coisa, mas não é Brasil", afirmou a ex-presidente.

"Há 20 milhões de habitantes na Amazônia, não é um deserto", afirmou Dilma, lembrando que a Guiana francesa - território ultramarino francês na área amazônica - "também tem problemas", sobretudo de mineração.

Dilma pediu a criação de uma "frente democrática" para rechaçar a exploração que ameaça áreas de proteção ambiental e terras indígenas. "Bolsonaro quer que a Amazônia seja aberta à exploração absurda", denunciou.

"Quando rejeita dinheiro internacional, demonstra que não quer protegê-la", destacou, referindo-se ao montante prometido pelos países do G7 para combater os incêndios na maior floresta tropical do planeta.

Ela também criticou os comentários de Jair Bolsonaro sobre a aparência da primeira-dama francesa, Brigitte Macron, e sobre a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, a chilena Michelle Bachelet.

"O que acontece é que Bolsonaro não tem o chip da moderação", disse a primeira mulher eleita presidente do Brasil, em 2010, destituída após um processo de impeachment em 2016.

 Ambientalistas e antropólogos lançaram uma campanha de candidatura do chefe indígena Raoni ao Prêmio Nobel da Paz de 2020, em reconhecimento à sua luta para a preservação da Amazônia e das comunidades locais.

De acordo com a Fundação Darcy Ribeiro, que endossa a candidatura, "a iniciativa reconhece os méritos de Raoni Metuktire enquanto líder de renome mundial, que, do alto de seus 90 anos, dedicou sua vida à luta pelos direitos dos indígenas e pela preservação da Amazônia".

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O regulamento do Prêmio Nobel da Paz estipula que a indicação pode ser feitas por membros de Assembleias Nacionais por professores de universidades.

Raoni, que pertence ao povo Caiapó e é ícone dos povos indígenas da Amazônia, tornou-se mundialmente conhecido na década de 1980 como um defensor do meio ambiente. Aos 89 anos de idade, Raoni foi recebido recentemente pelo presidente da França, Emmanuel Macron, durante o G7 de Biarritz, e pelo papa Francisco, em Roma.

O índio tem denunciado as queimadas na Amazônia e acusado o governo de Jair Bolsonaro de ser um dos responsáveis pelos incêndios. Por sua vez, o governo de Bolsonaro nega que tenha encorajado uma campanha de queimadas e culpa a temporada de secas pela situação.

Da Ansa

Um programa do canal de televisão francês CNews sobre os bastidores do encontro do G-7, no mês passado em Biarritz, na França, captou uma conversa entre os presidentes do Chile, Sebastián Piñera, da França, Emmanuel Macron e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, na qual o chefe de Estado francês critica duramente o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e conta com o endosso dos outros dois líderes presentes.

Na ocasião, Macron conversava com Piñera sobre a chancela do presidente Bolsonaro a uma ofensa contra sua esposa, Brigitte Macron. Quem iniciou o assunto foi Piñera, que classificou como "incrível" o pronunciamento de Macron na coletiva de imprensa na qual o presidente francês afirmou que era triste, sobretudo para as mulheres brasileiras, que um presidente se comportasse daquela maneira. "Claro, eu tinha que reagir, você entende?", responde Macron a Piñera, que afirmou concordar com ele.

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"Eu queria ser pacífico, queria ser correto, construtivo com o 'cara' e respeitar sua soberania", continuou Macron. "Mas eu não poderia aceitar isso", explicou. Nesse momento, a chanceler alemã se aproxima da roda e exclama "não!", condenando os comentários de Bolsonaro.

A conversa, no entanto, não terminou ali. Macron desabafou sobre o imbróglio envolvendo seu ministro das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, quando ele esteve no Brasil e teve seu encontro cancelado com Bolsonaro porque o presidente brasileiro precisava cortar o cabelo. "Você sabe que, quando meu ministro de Relações Exteriores foi lá?", indagou o presidente francês a Piñera, complementando: "Ele deveria recebê-lo e cancelou no último minuto para ir cortar seu cabelo. E filmou a si mesmo. Desculpe. Mas isso não é a atitude de um presidente", afirmou o líder francês.

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O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, denunciou um "concurso de insultos" a Brigitte Macron, mulher do presidente Emmanuel Macron, por parte das autoridades brasileiras.

"Minha reação pessoal é que não se administram as relações internacionais organizando, qualquer que seja o país, concursos de insultos", afirmou Le Drian em um programa de rádio.

"É o que está acontecendo" no Brasil, acrescentou o chanceler francês, em declarações à rádio Europe1.

Na última quinta-feira, o ministro brasileiro da Economia, Paulo Guedes, pediu desculpas publicamente por ter dito que a mulher do presidente francês "é feia mesmo".

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro retirou do Facebook - "para evitar duplas interpretações" - um comentário feito em um meme, no qual um de seus eleitores ironizava Brigitte. A imagem comparava uma foto sua séria à de uma da primeira-dama brasileira, Michele Bolsonaro, sorrindo, ao lado do marido, no dia da posse.

"Entende agora pq Macron persegue Bolsonaro?", diz o post. E o presidente responde: "Não humilha cara. Kkkkkkk".

Macron classificou o comentário de "extraordinariamente desrespeitoso", e Bolsonaro negou ter-se tratado de uma ofensa. "Eu não pus essa foto da sua mulher", alegou.

Os internautas brasileiros inundaram as redes, condenando a atitude de Bolsonaro com a hashtag #DesculpaBrigitte.

Tiphaine Auzière, filha da primeira-dama da França, Brigitte Macron, publicou um vídeo nas redes sociais rebatendo o ataque do ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, contra sua mãe.

Na gravação, Auzière segura uma folha de papel com uma declaração dada por Guedes na última quinta-feira (5), quando ele chamou Brigitte de "feia".

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"Estamos em 2019 e líderes políticos miram uma mulher pública por causa de sua aparência. Isso ainda existe", diz a filha da primeira-dama no vídeo, sem citar o ministro brasileiro nominalmente. Em seguida, ela elenca outros casos de machismo na França.

Auzière, que é advogada, também convida os internautas a reagirem a esse tipo de comportamento para combater a misoginia.

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Ataques - O primeiro líder brasileiro a ironizar a aparência de Brigitte foi o presidente Jair Bolsonaro, em meio às críticas de Emmanuel Macron contra as queimadas na Amazônia.

"Não humilha, cara kkkkkk", escreveu o mandatário, comentando um post no Facebook que comparava a primeira-dama da França à esposa de Bolsonaro, Michelle.

Já na última quinta, foi a vez de Guedes. "A preocupação é assim: xingaram a Bachelet, xingaram a mulher do Macron, chamaram a mulher de feia. 'Ah, o Macron falou que estão botando fogo na floresta brasileira, o presidente devolveu. Falou que a mulher dele é feia, por isso que ele tá falando isso'. Tudo bem, é divertido. Não tem problema nenhum, é tudo normal e é tudo verdade, o presidente falou mesmo, e é verdade mesmo, a mulher é feia mesmo", disse o ministro, durante seminário em Fortaleza.

Mais tarde, Guedes divulgou uma nota pedindo desculpas pela "brincadeira".

Da Ansa

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 6, "lamentar profundamente" a "brincadeira de mau gosto" que fez na quinta-feira, 5, numa referência à forma como se referiu à primeira-dama da França, Brigitte Macron. "A mulher é feia mesmo", disse Guedes ontem, para em seguida afirmar que "não existe mulher feia".

Em um evento em Fortaleza na quinta-feira, Guedes reconheceu que o presidente Jair Bolsonaro chamou a esposa do presidente francês, Emmanuel Macron, de feia e concordou com a afirmação, durante um trecho de seu discurso em que reclamava do que chamou de excesso de atenção para as falas e os "modos" do presidente Bolsonaro.

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Em entrevista coletiva, no Rio, nesta sexta-feira, Guedes ressaltou o contexto em que fez a "brincadeira de mau gosto". Para o ministro, o excesso de atenção às declarações de Bolsonaro desvia a atenção da opinião pública, que deveria estar sendo informada, segundo Guedes, dos progressos que o País tem tido na área econômica.

"Lamento profundamente a brincadeira de mau gosto que fiz ontem (quinta). Foi brincadeira de profundo mau gosto, que só posso lamentar", afirmou Guedes, no Rio, para em seguida voltar a elencar exemplos de tantas coisas "importantes" que estão acontecendo. "E está todo mundo falando sobre o que o presidente (Bolsonaro) falou da Bachelet e da mulher o Macron", afirmou Guedes.

Após corroborar comentário na internet que chamava Brigitte Macron de feia, nesta semana, Bolsonaro atacou a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, atualmente alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, e o pai dela, Alberto Bachelet, torturado e morto pela ditadura de Augusto Pinochet. Bolsonaro exaltou o golpe militar no país vizinho.

Ao reforçar o contexto em que fez a "brincadeira" sobre a primeira-dama francesa, Guedes criticou a forma como sua declaração foi reproduzida em órgãos de imprensa. Segundo o ministro, também faltou contextualização na cobertura jornalística sobre as críticas de Macron ao desmatamento na Amazônia.

"Será que o Macron falou de desmatamento porque tem intenções protecionistas populistas em relação a sua agricultura?", questionou Guedes, frisando, porém, que ele, como ministro, não poderia responder à pergunta ou lançar dúvidas sobre as intenções do presidente francês, mas que caberia a uma "mídia sofisticada e informada" suscitar o questionamento.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reclamou do que chamou de excesso de atenção para as falas e os "modos" do presidente Jair Bolsonaro, enquanto, segundo ele, o País tem tido progressos na área econômica. Ele reconheceu que Bolsonaro chamou a mulher do presidente francês, Emmanuel Macron, de feia e concordou com a afirmação. "A mulher é feia mesmo", disse.

A declaração de Guedes arrancou risos da plateia de empresários em um evento em Fortaleza, promovido pelo portal Poder360 e pelo grupo de comunicação Jangadeiro.

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Guedes citou uma série de avanços, segundo ele, nas privatizações, na reforma da Previdência e no mercado de gás brasileiro. "Estou vendo progressos, mas a preocupação é com o pai da Bachelet, com a mulher do Macron", disparou o ministro.

Bolsonaro atacou a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet e seu pai, Alberto Bachelet - torturado e morto pela ditadura de Augusto Pinochet -, e exaltou o golpe militar no país vizinho.

Antes, o presidente já havia postado uma mensagem de risadas após um comentário ofensivo sobre a aparência da esposa do presidente da França, a primeira-dama Brigitte Macron, feito por um de seus seguidores.

Em um post em que falava da Amazônia, um dos seguidores da página do presidente postou uma montagem com duas fotos. Na de cima, Brigitte aparece atrás de Macron e, na de baixo, o presidente aparece com a primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, à frente. Ao lado das fotos, há um texto dizendo "Entende agora pq Macron persegue Bolsonaro?" A página do presidente da República respondeu ao seguidor com "não humilha cara. kkkk".

Guedes reconheceu os rompantes do presidente. "Tudo bem, é verdade, o presidente falou mesmo", afirmou, para em seguida concordar. "E a mulher é feia mesmo", disse, arrancando risadas na plateia.

Em seguida, o ministro disse que "não existe mulher feia, existe mulher, observada do ângulo errado". Antes, Guedes ironizou a imprensa dizendo que os "maus modos" do presidente são retratados como "ruídos".

 A popularidade do presidente da França, Emmanuel Macron, subiu cinco pontos após a cúpula do G7 em Biarritz, no fim de agosto, e chegou ao mesmo patamar de setembro de 2018.

Segundo pesquisa realizada pelo instituto Kantar para o jornal Le Figaro, 32% dos entrevistados aprovam a gestão Macron, alta de cinco pontos percentuais em relação a julho. Outros 66% reprovam o presidente, queda de três pontos na comparação com o último levantamento.

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Com isso, Macron consegue se desmarcar da impopularidade que permeou todo o mandato de seu antecessor, o socialista François Hollande, que no segundo ano de gestão era aprovado por apenas 13% do eleitorado.

Na avaliação do Figaro, um dos fatores que explicam o crescimento da popularidade do presidente é a cúpula do G7 em Biarritz. Na ocasião, Macron adotou um discurso crítico ao governo Bolsonaro por conta das queimadas na Amazônia e desafiou Donald Trump ao receber o chanceler do Irã, Mohammad Javad Zarif, como convidado.

Da Ansa

A primeira-dama da França, Brigitte Macron, agradeceu nesta quinta-feira (29) todas as mensagens que demonstraram o apoio de brasileiros, depois de ser alvo das farpas trocadas entre os presidentes Jair Bolsonaro e Emmanuel Macron.

"Eu quero simplesmente dizer duas palavras aos brasileiros e às brasileiras. Duas palavras em português, espero que me entendam: Muito obrigada", afirmou Brigitte ao comentar a polêmica pela primeira vez.

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Nos últimos dias, a primeira-dama francesa recebeu diversas mensagens de brasileiros pelas redes sociais. A hashtag #DesculpaBrigitte foi uma das mais compartilhadas no Twitter e ganhou destaque na imprensa do país europeu.

A demonstração de apoio ocorreu após um usuário do Facebook postar no último sábado (24) a foto de Bolsonaro com a primeira-dama Michelle, de 37 anos. Na imagem, foi feita uma montagem com Macron e Brigitte, que tem 66 anos de idade. A postagem diz: "entende agora por que Macron persegue Bolsonaro?". O próprio presidente reagiu comentando "Não humilha, cara kkkkkk", ao internauta.

A resposta, porém, viralizou e foi repercutida na imprensa francesa, que fez duras críticas contra Bolsonaro e sua atitude sexista.

Apesar de excluir a resposta, o presidente brasileiro manteve o comentário do seguidor. Na última terça-feira (27), Bolsonaro chegou a afirmar que não ofendeu a primeira-dama francesa.

Macron, por sua vez, classificou "os ataques" como "desrespeitosos". "É uma coisa triste para o Brasil. As mulheres brasileiras devem estar tristes, tenho certeza que sentem vergonha", afirmou.

Os dois líderes têm trocado farpas desde a semana passada, quando Macron criticou as queimadas na Amazônia.

Da Ansa

Um vídeo de uma entrevista do presidente Jair Bolsonaro (PSL) circula no Twitter desde a tarde desta quarta-feira (28) em que o líder brasileiro afirma que Macron é de esquerda e, por isso, há conflitos de ideias entre os dois.

Em sua fala, Bolsonaro também se categoriza como “centro-direita” e, mais uma vez, gerou inúmeros comentários de usuários incrédulos com o que foi dito por Bolsonaro. Várias piadas foram feitas nas redes sociais.

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“Essa inverdade do Macron ganhou força porque ele é de esquerda e eu sou de centro-direita também. Então deixo bem claro isso aí para vocês”, diz Bolsonaro no vídeo.

“Bolsonaro chamou Macron de esquerda e ele se centro direita. Alguém avisa a ele que Macron é banqueiro de direita e ele é EXTREMA, MAIS EXTREMA DIREITA!”, escreveu um usuário do Twitter.

“Macron de esquerda? É muita burrice para uma pessoa só. Lamentável que a maior autoridade de um país fale tanta asneira. Qualquer pessoa que tenha pelo menos 2 neurônios percebe que Bolsonaro é um homem de poucas palavras; mas cadê a assessoria dele? Não existe ninguém para orientá-lo?”, disparou outro seguidor.

“Bolsonaro disse hoje que ele é de centro-direita e Macron de esquerda. É o mundo paralelo e de mentiras do bolsonarismo. No mundo real, Bolsonaro é um fascista de extrema-direita e Macron de centro-direita”, avaliou mais um usuário do Twitter.

O presidente Jair Bolsonaro disse na manhã desta terça-feira, 27, que pode reconsiderar decisão da véspera e aceitar a ajuda emergencial do G-7 caso o presidente da França, Emmanuel Macron, retire "insultos" contra ele e a ideia de que a internacionalização da Amazônia está "em aberto". Bolsonaro não demonstrou, no entanto, qualquer intenção de pedir desculpas à primeira-dama francesa, Brigitte. Na segunda-feira, 26, o Palácio do Planalto informou oficialmente que vai recusar os 20 milhões de euros anunciados por Macron em nome dos países que formam o G-7.

"Primeiramente, o seu Macron tem que retirar os insultos que fez a minha pessoa. Ele me chamou de mentiroso. E, depois, informaram, que a nossa soberania está em aberto na Amazônia. Para conversar ou aceitar qualquer coisa da França, que seja das melhores intenções possíveis, ele vai ter que retirar essas palavras e daí a gente pode conversar", declarou Bolsonaro. "Primeiro, ele retira. Depois, oferece ajuda. Daí eu respondo", reforçou.

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Bolsonaro questionou até mesmo anúncio oficial feito pelo Palácio do Planalto com a recusa dos recursos do G-7 pelo Brasil. "Eu falei isso? Eu falei? O presidente Bolsonaro falou?", reagiu. Indagado se ainda cogita receber a quantia, ele falou que a imprensa "vai ter uma surpresa hoje" na reunião que ele fará com governadores da região amazônica, no Palácio do Planalto, às 10h. "Tudo tem um preço. Eu disse há poucas semanas que estavam comprando à prestação a Amazônia. Vocês vão ter a resposta."

Após dois minutos de entrevista, Bolsonaro encerrou a conversa com jornalistas nesta terça por causa de perguntas sobre um possível pedido de desculpas à primeira-dama francesa. Ele disse que não colocou a foto que zombava Brigitte e justificou que pediu para o responsável não "falar besteira".

"Eu não coloquei aquela foto, alguém que colocou a foto lá e eu falei para não falar besteira. Não queiram falar da questão familiar porque na questão familiar, pessoal, eu não me meto. Sempre respeito o cara para não entrar nessa área", disse.

No final de semana, o presidente brasileiro reagiu com risadas a um comentário em que um seguidor da sua página no Facebook postou fotos dos chefes de Estado com suas respectivas primeiras-damas, afirmando que o mandatário francês teria inveja de Bolsonaro porque sua esposa é 24 anos mais velha do que ele. "Não humilha cara. Kkkkkkk", escreveu Bolsonaro em rede social como resposta ao apoiador.

Ao ser indagado se pretende pedir desculpas, Bolsonaro ficou irritado com jornalistas e encerrou a conversa. "Se continuar pergunta desse padrão vai acabar a entrevista. Meu comentário era para não insistir nesse tipo de postagem. Realmente, o jornalismo, vocês não merecem consideração."

O líder indígena Raoni, figura da luta contra o desmatamento da Amazônia, reuniu-se nesta segunda-feira à tarde com o presidente francês, Emmanuel Macron, conforme anunciou em entrevista coletiva em Biarritz ao fim do G7.

"Falei com o presidente Macron sobre muitos temas e tivemos uma boa conversa", disse. "Pedi ao presidente Macron que nos ajude a preservar nossas terras".

"Ele vai convencer os chefes de Estado a ajudarem a Amazônia com os incêndios e o estado crítico da floresta", acrescentou o cacique caiapó, de 89 anos.

Reunido em Biarritz, sudoeste da França, o G7 prometeu, na segunda-feira, uma ajuda de 20 milhões de dólares e o envio de aviões-tanque para combater os incêndios na Amazônia.

Além disso, o G7 acordou um plano de ajuda destinado ao reflorestamento, que será apresentado na Assembleia Geral da ONU, no fim de setembro.

"As florestas e as terras do Brasil ajudam todo o planeta a viver", informou Raoni Metuktire, defensor incansável dos direitos das comunidades indígenas.

De acordo com o cacique, o presidente Jair Bolsonaro "incitou agricultores e empresas mineradoras a incendiarem a Amazônia".

Na sexta-feira, em entrevista à AFP, Raoni pediu ajuda da comunidade internacional para fazer pressão e "tirar o Bolsonaro".

Em 7 de setembro, Raoni participará no Climax, reunião alternativa em Bordeaux, na França, com foco na Floresta Amazônica.

O senador Jorge Kajuru (Patriota-GO) sugeriu, nesta segunda-feira (26), em Plenário, que o presidente Jair Bolsonaro tenha humildade e adote outra postura em relação à política ambiental, reconhecendo erros cometidos em sua condução.

Para o senador, Bolsonaro, num primeiro momento, questionou o aumento do número de queimadas. Em seguida, diante dos dados que comprovavam o fato, buscou apontar supostos responsáveis pelos incêndios, sem a devida comprovação, com foco especial nas organizações não governamentais.

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Além disso, segundo o senador, ele diz ser desnecessária a confrontação do governo brasileiro com o presidente francês Emanuel Macron, o que, de acordo com Kajuru, piorou o cenário que só se normalizou com o anúncio de ajuda de países do G-7 no combate aos incêndios.

“Se, por um lado, temos de analisar bem como aceitar a ajuda de países ricos, sem comprometer a nossa soberania, por outro lado, tudo o que está acontecendo pode significar também a grande oportunidade para uma mais atenta reflexão sobre uma política ampla, geral e duradoura para a região amazônica, que contemple o desenvolvimento econômico local e a preservação do meio ambiente”, defendeu.

Kajuru destacou ainda o fato de a Amazônia ser valiosa para o mundo. Daí justificar-se a preocupação de países do G-7 e a ideia de levar à Organização das Nações Unidas a discussão da possibilidade de um apoio para a proteção da floresta.

*Da Agência Senado

 

O Reino Unido uniu-se à Alemanha nesse sábado (24) ao criticar a decisão do presidente francês, Emmanuel Macron, de obstruir um acordo comercial entre a União Europeia e o grupo Mercosul dos países sul-americanos para pressionar o Brasil contra incêndios florestais - além de levar a questão à cúpula dos países ricos, o G-7, em Biarritz..

Em uma declaração surpresa anteontem, Macron disse que havia decidido se opor ao acordo UE-Mercosul e acusou o presidente brasileiro Jair Bolsonaro de mentir quando minimizou as preocupações com as mudanças climáticas. Em sua chegada para a cúpula, ontem, Macron fez um apelo para que "todos os países ajudem o Brasil e outros países sul-americanos a combater os incêndios na Floresta Amazônica". Neste sábado, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, reforçou as críticas. "É difícil imaginar ratificação harmoniosa (do acordo) enquanto o Brasil permitir essa destruição."

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Já o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, criticou essa postura, um dia depois de o escritório da chanceler alemã Angela Merkel ter feito o mesmo em Berlim. "Há todo tipo de pessoa que usará qualquer desculpa para interferir no comércio e frustrar acordos comerciais", disse. Johnson afirmou, porém, temer a "irreversibilidade" da destruição florestal e prometeu "apoio aos brasileiros". Na sexta, 23, um porta-voz de Angela Merkel disse que não concluir o acordo "não é a resposta apropriada para o que está acontecendo no Brasil agora".

Após o presidente Bolsonaro ver na intervenção de Macron uma intervenção indevida - e cogitar até chamar o embaixador francês para cobrar explicações -, o francês virou alvo de críticas do governo. O secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, usou suas redes sociais ontem para rechaçar "pitacos" e dizer que "Macron não consegue controlar o racismo nem o antissemitismo de seu país". Seu colega de Meio Ambiente, Ricardo Salles, observou nas redes sociais que há mais fogo em Angola e Congo do que na Amazônia e citou possível interesse dos "ineficientes agricultores franceses".

Com o telefonema anteontem de Donald Trump e do presidente Bolsonaro, o governo brasileiro espera que os Estados Unidos indiquem, durante o G-7, que só aceitarão discutir os incêndios na região da floresta amazônica com a presença e participação do Brasil. Isso, segundo interlocutores do governo brasileiro, foi tratado na conversa entre os dois presidentes.

Protestos

Com Biarritz fechada para a cúpula do G-7, manifestantes antiglobalização e ambientalistas se reuniram em cidades na fronteira franco-espanhola para cobrar atenção à agenda ambiental. Houve confronto com tropas de segurança. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, voltou a provocar o presidente da França, Emmanuel Macron, neste sábado, em meio à repercussão das queimadas na Amazônia. "Mais fogo em Angola e Congo do que na Amazônia.... e o Mícron não fala nada .... pq será ? será que é pq eles não concorrem com os ineficientes agricultores franceses?", escreveu o ministro em sua conta oficial do Twitter.

A publicação de Salles foi acompanhada do compartilhamento de uma reportagem da agência de notícias Bloomberg, que diz que o Brasil está em terceiro lugar no mundo em relação às queimadas de florestas, atrás de Angola e Congo.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira, 23, que o chefe do Executivo francês, Emmanuel Macron, se excedeu nos comentário em relação ao Brasil e à Amazônia. Segundo ele, cabe ao governo brasileiro encontrar soluções para os problemas no próprio território.

"Acho que a frase do presidente francês ontem introduzindo a questão da nossa casa...O que é a nossa casa? Floresta amazônica no território brasileiro é dos brasileiros. Nós temos que encontrar soluções", disse o presidente da Câmara.

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Segundo Maia, o legislativo e, principalmente, o Executivo federal e estadual têm que buscar uma explicação para o aumento do desmatamento. "A estrutura do meio ambiente cumpriu seu papel ou não? Os superintendentes do meio ambiente de cada região, os fiscais foram nomeados não foram, cumpriram seu papel?", questionou.

Diante da repercussão negativa internacional que as queimadas na Amazônia ganharam nos últimos dias, o candidato à Presidência da República nas eleições de 2018 pelo PSOL, Guilherme Boulos, afirmou que Bolsonaro é “desrespeitoso, despreparado e descontrolado”.

Em seu perfil oficial no Twitter, Boulos compartilhou as notícias dos jornais internacionais e fez um alerta sobre a imagem do Brasil no exterior e expressou preocupação com situação ambiental vivida no país.

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“Bolsonaro conseguiu chamar a atenção do planeta da pior forma possível. O nome do nosso país está na capa dos principais jornais do mundo. Despreparado, desrespeitoso e descontrolado, Bolsonaro envergonha o Brasil”, avaliou.

O psolita também comentou o comportamento do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), diante dos comentários feitos pelo presidente da França, Emmanuel Macron.

“Eduardo Bolsonaro, filhinho do Jair, quer ser embaixador e ontem xingou o presidente da França de idiota. Esperamos que o Senado não aceite que a nossa diplomacia vire uma mistura do chorume dos comentários de rede social com vassalagem a Trump. O Brasil é maior que Bolsonaro”, finalizou.

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