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Barrado na foto oficial do novo presidente argentino, Javier Milei, com os chefes de estados, nesse domingo (10), Jair Bolsonaro foi recebido na cerimônia de posse antes do ministro das Relações Exteriores do Brasil. Alvo de acusações de Milei durante a campanha, o presidente Lula não compareceu ao evento.

Bolsonaro tentou se infiltrar na foto oficial dos representantes sul-americanos, mas foi barrado pelo staff de Milei. O continente foi representado pelos presidentes Luis Lacalle Pou (Uruguai), Santiago Peña (Paraguai), Gabriel Boric (Chile) e Daniel Noboa (Equador). Também compareceram à posse o primeiro-ministro da Hungria Viktor Orbán, o líder do partido partido espanhol de extrema-direita Vox, Santiago Abascal e o presidente da Ucrânia Volodimir Zelenski.

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Se por um lado Bolsonaro foi barrado da foto oficial, ao menos conseguiu falar com Milei antes do brasileiro Mauro Vieira. O chanceler tentou cumprimentar o argentino no primeiro bloco de autoridades onde estavam os chefes de Chile, Ucrânia, Hungria e o ex-presidente brasileiro.

Contudo, Vieira foi dedurado pelo assessor de Bolsonaro e ex-secretário de comunicação, Fabio Wajngarten, que sinalizou à equipe do argentino sobre sua presença. O staff retirou o ministro do bloco e o reposicionou no terceiro. 

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, despachou para Brasília o chanceler Serguei Lavrov, que participará de reuniões no mais alto nível político, as primeiras desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro do ano passado. O longevo chanceler russo, há 19 anos no cargo, desembarcou no País nesta segunda-feira (17). A visita do ministro das Relações Exteriores da Rússia, homem de confiança de Putin, ocorre sob olhar desconfiado de alguns dos principais parceiros do Brasil no Ocidente, como os Estados Unidos e potências da União Europeia.

A vinda de Lavrov é a principal de um enviado de Putin desde o início da guerra. Em 2022, o governo Jair Bolsonaro chegou a suspender uma visita ao Brasil do primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, que estava prevista para abril, e uma reunião bilateral. A viagem, agora, será também a primeira de Lavrov ao País desde 2019, ano em que o próprio Putin esteve em Brasília, na cúpula dos BRICS.

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Lavrov chegou horas depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter voltado da viagem à Ásia. Os dois devem se encontrar no Palácio do Planalto. O programa prevê uma reunião com o ministro Mauro Vieira no Itamaraty e declaração à imprensa. A visita foi acertada durante encontro prévio de ambos à margem do G20, na Índia, em fevereiro. Além das discussões sobre a guerra, o Itamaraty diz que o encontro tem como objetivos tratar da "parceria estratégica brasileiro-russa" e de oportunidades de cooperação bilateral em diferentes áreas, além de fortalecer o diálogo político.

"A visita também será ocasião para tratar do conflito na Ucrânia. O Brasil tem defendido, nos foros internacionais e em contatos bilaterais, a cessação imediata de hostilidades e a importância de conjugar esforços diplomáticos que facilitem o alcance de solução pacífica negociada", disse o Itamaraty, em nota sobre a chegada de Lavrov.

Retórica

Depois da visita de Estado à China, vista como um país aliado à Rússia no momento, Lula adotou retórica compreendida em Washington e Bruxelas como cada vez mais amena e favorável aos russos, além de alinhada a Pequim. A China é hoje o principal adversário dos EUA, numa disputa de influência geopolítica e econômica. A viagem de Lula foi seguida com atenção pelo governo Joe Biden, assim como ocorrerá com a visita de Lavrov a Brasília.

Durante o último giro internacional, que incluiu uma parada nos Emirados Árabes Unidos, Lula disse que a guerra na Ucrânia havia sido uma decisão tomada "por dois países", quando resultou de uma invasão russa ao território ucraniano. A alegação principal do governo Putin era que Kiev planejava integrar a Otan, aliança militar ocidental, o que significaria uma ameaça concreta à Rússia.

As declarações de Lula têm colocado os dois países no mesmo patamar de responsabilidade, embora a guerra tenha se iniciado com uma agressão unilateral das Forças Armadas de Moscou. Por isso mesmo, esse argumento não encontra respaldo nas principais democracias ocidentais.

Antes da viagem, o presidente brasileiro já havia sugerido que a Ucrânia deveria abrir mão da Crimeia para pôr fim ao conflito. A Rússia, nesse sentido, desocuparia as áreas invadidas no ano passado. Kiev prontamente rejeitou qualquer acordo nesses termos e reafirmou a intenção de recuperar o terreno, perdido em 2014.

Lula sugeriu que as nações que enviam armas à Ucrânia deveriam parar - um recado direto a norte-americanos e europeus, que mandaram recursos bélicos para a defesa ucraniana. Por mais de uma vez, Lula citou a necessidade de sensibilizar os Estados Unidos para que mudassem seu papel na guerra. Disse que nem Putin, nem Volodmir Zelenski, presidente da Ucrânia, tomavam a "iniciativa de parar".

"A Europa e os Estados Unidos terminam dando uma contribuição para a continuidade dessa guerra", afirmou Lula em Abu Dhabi, reiterando a proposta de formar uma espécie de "Clube da Paz" entre países que não têm lado no conflito para intermediar um cessar fogo.

Lula já discutiu sua proposta com líderes dos EUA, Joe Biden; da França, Emmanuel Macron; da Alemanha, Olaf Scholz; e da China, Xi Jinping. Ele sempre disse que os chineses desempenhariam papel crucial nessa negociação e tentou sensibilizar Xi Jinping. Mas a ideia não ganhou tração. O presidente e seus assessores mais próximos admitem agora que a paz não está no horizonte.

"Somente quem não está defendendo a guerra pode criar uma comissão de países e discutir o fim dessa guerra", declarou Lula, em Pequim. "É preciso ter paciência para conversar com o presidente da Rússia. É preciso ter paciência para conversar com o presidente da Ucrânia. Mas é preciso, sobretudo, convencer os países que estão fornecendo armas e incentivando a guerra a pararem."

Lula destacou que os dois países estão com dificuldade de tomar decisões. "É preciso terceiros países, que mantenham boas relações com os dois, (para) criarem as condições de termos paz no mundo", argumentou. Na avaliação do presidente, a China tem um papel fundamental nessas negociações.

"Possivelmente seja o mais importante. Agora, outro país importante são os Estados Unidos. É preciso que os EUA parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz. É preciso que a União Europeia comece a falar em paz para a gente convencer o Putin e o Zelenski que a paz interessa a todo mundo e a guerra, por enquanto, só está interessando aos dois."

A declaração conjunta assinada com Pequim não cita o termo guerra e se refere ao conflito como uma "crise". Tampouco faz referência à Rússia. Essa retórica, sobretudo a adotada por Lula, tem sido vista como uma posição ambígua, uma vez que o Brasil já votou contra a Rússia nas Nações Unidas, mas rejeita sanções unilaterais.

Ao mesmo tempo, Lula não conseguiu nenhuma declaração mais favorável da China à proposta brasileira de constituição de um grupo de países que possa mediar negociações de paz. Lula deixou o país sem a almejada adesão de Xi Jinping à sua proposta.

A China publicou antes uma proposta própria, um documento com 12 pontos-chave com a posição sobre a guerra. Não fala na necessidade de retirada das tropas russas do território ucraniano. Os dois países disseram receber positivamente a proposta um do outro e se comprometeram a continuar o diálogo sobre o assunto. E foi só.

A diplomacia norte-americana percebeu algumas declarações de Lula como provocações. Europeus também não deixaram de notar o tom de Lula na China. Sobretudo as primeiras manifestações, questionando o uso do dólar como padrão para transações financeiras internacionais, o que agrada e vai de encontro a iniciativas de Moscou e Pequim para reduzir a influência e a dependência da moeda norte-americana. Assim como o Brasil vai começar a fazer com a China, a Rússia já vem negociando com o vizinho comunista em moeda local.

Reservadamente, diplomatas europeus que se encontram no raio mais próximo da Rússia avaliam que não é prudente se deixar manipular por Lavrov, de forma ingênua, e servir à propaganda russa como uma forma de romper o isolamento. Mas também veem como positiva a iniciativa brasileira de manter portas abertas aos russos, sobretudo um parceiro confiável como o Brasil. Alguém tem que falar com Putin, resume um embaixador europeu. Na Europa, ressalta esse mesmo diplomata, só o presidente francês Emmanuel Macron resta atualmente com tal capacidade de diálogo.

Um embaixador europeu disse ao Estadão, sob a condição de ter seu nome preservado, que a visita de Lavrov não deveria ser de pronto rejeitada, porque o Brasil poderia ajudar o Ocidente a manter canais abertos de diálogo com os russos.

As condições de diálogo e os laços diplomáticos continuam se deteriorando. Na semana passada, a Noruega, país vizinho da Rússia e que nunca havia mantido conflitos, expulsou de uma só vez 15 diplomatas russos de Oslo, numa ofensiva sem precedentes, que deve provocar retaliação. Eles foram acusados de espionagem.

A visita de Lavrov ocorre na sequência de uma viagem a Moscou do ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial de Lula. Na ocasião, Amorim foi recebido por Putin com deferência no Kremlin e discutiu questões como a proposta brasileira para a guerra e o fornecimento de fertilizantes. Putin convidou Lula a visitar Moscou. O presidente brasileiro também tem um convite similar de Zelenski.

Apesar da guerra, a Rússia continua sendo o principal fornecedor de fertilizantes para o agronegócio brasileiro. O comércio bilateral chegou a US$ 9,8 bilhões no ano passado, uma cifra recorde.

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, virá ao Brasil no próximo 30 de janeiro para se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi confirmada pelo embaixador da Alemanha no Brasil, Heiko Thoms.

"Scholz e a delegação de representantes do setor econômico da Alemanha se reunirão com o presidente Lula e outros representantes do governo", escreveu Thoms, em sua conta no Twitter. Segundo ele, a visita é sinal de fortalecimento da cooperação entre o Brasil e a Alemanha.

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O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, pediu à Otan e aos Estados Unidos que parem de enviar armas a Kiev se realmente estão interessados em resolver a crise ucraniana.

Em uma entrevista publicada neste sábado pela agência estatal chinesa Xinhua, Lavrov afirmou que a ofensiva da Rússia na Ucrânia acontece "de acordo com os planos".

"Um fluxo contínuo de armas de todo tipo entra na Ucrânia através da Polônia e de outros países da Otan", declarou Lavrov.

"Se Estados Unidos e Otan realmente estão interessados em resolver a crise ucraniana, a primeira coisa que devem fazer é parar de enviar armas e munições ao regime de Kiev", acrescentou o chefe da diplomacia da Rússia.

Quase 40 países se reuniram na terça-feira passada na Alemanha para coordenar uma aceleração do envio de equipamentos militares solicitados por Kiev.

Estados Unidos e Ucrânia afirmaram que a ofensiva russa no Donbass, leste do país, que se tornou uma prioridade para a Rússia, enfrenta problemas, mas Lavrov insistiu que os avanços das tropas de Moscou acontecem da maneira prevista.

"A operação militar especial que começou em 24 de fevereiro está seguindo estritamente o plano. Todos os objetivos da operação militar especial serão alcançados, apesar da obstrução de nossos adversários", completou.

Nesta sexta-feira (12), o ex-presidente Lula encerrou sua passagem por Berlim com uma reunião com o chanceler eleito da Alemanha, Olaf Scholz. O social-democrata alemão foi ignorado pelo presidente Jair Bolsonaro durante o encontro da cúpula do G-20, ocorrido no mês de outubro, em Roma, na Itália.

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Nas redes sociais, Lula publicou uma foto ao lado de Scholz. “Encerrando a passagem por Berlim com uma agradável conversa com @olafscholz, vencedor da eleição alemã em setembro. Falamos sobre o processo que está em curso para a formação de um novo governo e sobre a importância de fortalecer a cooperação Brasil-Alemanha”, escreveu o ex-presidente.

Lula excursiona pela Europa, onde ainda cumprirá agenda em países como Bélgica, França e Espanha. Os compromissos do petista incluem uma Reunião de Alto Nível no plenário do Parlamento Europeu, marcada para acontecer na próxima segunda (15), na Bélgica.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, chegou ao Marrocos nesta quarta-feira (11), em sua primeira visita oficial ao país, sete meses depois da normalização das relações entre Rabat e o Estado hebreu - informou seu gabinete no Twitter.

"Aterrissamos em Marrocos. Orgulhoso de representar Israel nesta visita histórica", tuitou Lapid, logo que o avião pousou.

Lapid se reúne hoje com o chanceler marroquino, Nasser Burita, e, na quinta-feira (12), inaugura uma representação diplomática israelense em Rabat. Nestes dois dias de viagem ao país, Lapid também deve visitar a sinagoga Beth-El, em Casablanca.

Antes do encontro ministerial, a delegação israelense deve ir ao mausoléu real, onde estão enterrados os reis Hassan II e Mohamed V.

Conforme o Ministério das Relações Exteriores do país anfitrião, esta visita será a ocasião para assinar três novos acordos de cooperação.

Depois de Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão, o Marrocos foi o quarto país árabe a anunciar, em 2020, a normalização de suas relações com Israel, após mediação do governo americano. Em troca, ganhou o reconhecimento, por parte dos Estados Unidos, de sua "soberania" sobre a ex-colônia espanhola do Saara Ocidental.

A comunidade judaica do Marrocos é a maior do Norte da África (cerca de 3.000 pessoas). Os quase 700.000 israelenses de ascendência marroquina mantiveram laços muito fortes com seu país de origem.

Esta primeira visita oficial acontece pouco mais de duas semanas após o lançamento de voos comerciais diretos entre Israel e Marrocos.

Em junho, Lapid esteve nos Emirados Árabes Unidos, onde inaugurou uma embaixada israelense em Abu Dhabi.

- Cooperação -

Antes da pandemia da covid-19, entre 50.000 e 70.000 turistas israelenses, a maioria deles de origem marroquina, visitavam o reino anualmente. Para chegar, porém, precisavam transitar por terceiros países.

Em dezembro de 2020 aconteceu o primeiro voo direto, levando funcionários israelenses de Tel Aviv para Rabat. Na data, foram assinados acordos bilaterais, em particular sobre cooperação econômica.

Em julho passado, em Rabat, Marrocos e Israel também assinaram outro acordo, desta vez em matéria de ciberdefesa. O pacto engloba "cooperação operacional, pesquisa, desenvolvimento e troca de informações", informou a Direção Nacional de Cibersegurança israelense em seu perfil no Facebook.

Recentemente, o reino foi acusado de usar o software espião "Pegasus", desenvolvido pela empresa israelense NSO. Rabat negou, de forma categórica, "acusações falsas e infundadas" e iniciou ações judiciais.

Os palestinos denunciaram, por sua vez, os acordos de normalização entre Israel e os países árabes, chamando-os de "traição". Até então, a solução do conflito palestino-israelense sempre foi considerada uma condição prévia para qualquer normalização das relações.

Depois de anunciar a retomada das relações bilaterais, o rei Mohamed VI assegurou ao presidente palestino, Mahmud Abbas, a continuidade do "compromisso permanente e sustentado do Marrocos com a justa causa palestina".

De fato, no Marrocos, a causa palestina continua a mobilizar a sociedade civil, e alguns partidos islâmicos e de extrema esquerda se opõem à normalização das relações entre seu país e o Estado judeu. Para muitos, "esta visita é uma ofensa ao povo marroquino e uma traição aos palestinos".

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, informou a assessores próximos que vai deixar o cargo nesta segunda-feira (29). De acordo com o G1, ele já apresentou o pedido ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

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Nem o Governo Federal, nem o Itamaraty oficializaram a saída de Ernesto, que desocupa o cargo após ser fritado pelo Congresso, com apoio de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente.

O chanceler foi duramente criticado pela falta de articulação internacional, sobretudo nas negociações envolvendo a compra de insumos e imunizantes contra a Covid-19. Na quarta (24), Ernesto participou de uma audiência no Senado, onde foi atacado pela conduta adotada no enfrentamento da pandemia.

Antes de ser chamado de 'marginal' pela senadora Kátia Abreu (PP-TO), ele já tentava reverter a demissão ao buscar apoio em reuniões fora da agenda com Arthur Lira (PP-AL) e com o próprio presidente Bolsonaro.

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Ao longo de pouco mais de dois anos como chefe diplomata, Ernesto esteve envolvido em uma série de polêmicas. Além dividir com Bolsonaro a opinião sobre o nazismo ser comunista, ele distanciou a relação com a China, parceira fundamental para a economia brasileira, e não se preocupou em parabenizar o presidente norte-americano Joe Biden quando eleito.

A ministra das Relações Exteriores do Peru, Elizabeth Astete, renunciou ao cargo na noite deste domingo (13), após ter admitido que furou a fila da vacinação contra o novo coronavírus.

Astete, 68 anos, foi imunizada com a fórmula da empresa chinesa Sinopharm em 22 de janeiro, em uma universidade privada de Lima, antes dos trabalhadores da saúde.

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No comunicado em que anuncia sua renúncia, a agora ex-chanceler diz que aceitou receber a primeira dose porque havia mantido contato "com vários funcionários que testaram positivo para a Covid-19 nos meses de dezembro e janeiro".

"Pelo que eu entendia, tratava-se de um remanescente do lote de vacinas a cargo da Universidade Cayetano Heredia. Influenciou em minha decisão o fato de que, entre 8 e 26 de janeiro, tive de fazer dois testes moleculares, um sorológico e outro de antígenos para comprovar se estava ou não infectada devido ao contato, por razões de trabalho, com diferentes pessoas que haviam testado positivo para a Covid-19", afirma Astete.

Além disso, ela justifica que havia assumido a "estratégia de negociações para a compra de vacinas", portanto "não podia se dar ao luxo de ficar doente". No fim do comunicado, no entanto, Astete admite ter cometido um "grave erro" e diz que decidiu "não receber a segunda dose".

"Pelas razões expostas, apresentei ao senhor presidente da República minha carta de renúncia ao cargo de ministra das Relações Exteriores", conclui. Astete havia assumido o posto de chanceler em novembro passado, no governo do presidente interino Francisco Sagasti, que comanda o país até as eleições de abril de 2021.

Na semana passada, a então ministra da Saúde do Peru, Pilar Mazzetti, já havia renunciado após ter admitido que Martín Vizcarra, presidente até o início de novembro passado, quando sofreu impeachment, foi vacinado com o imunizante da Sinopharm em outubro. 

Da Ansa

O presidente Jair Bolsonaro confirmou, nas redes sociais, que fará visita oficial à Polônia este ano. O anúncio foi feito após reunião entre o presidente brasileiro e o chanceler polonês, Jacek Czaputowicz, no Palácio do Planalto. Segundo um interlocutor do presidente, a ideia é que a viagem aconteça ainda no primeiro semestre de 2020.

Bolsonaro também deve aproveitar para visitar a Hungria. Os dois países, junto com a Itália, viraram expoentes de governos de direita na Europa. Em abril do ano passado, Bolsonaro afirmou que planejava fazer viagem ao Leste Europeu no segundo semestre de 2019. Por questões de agenda, ele não conseguiu viabilizar a visita.

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Um dos filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que também é presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, visitou a Hungria e a Itália em abril de 2019. Na ocasião, criticou a Venezuela e o regime socialista. O chanceler Ernesto Araújo fez um tour, em maio do ano passado, pela Itália, Hungria e Polônia com o intuito de estreitar os laços e ampliar negócios, principalmente na área de defesa. Além disso, Ernesto preparou terreno para a posterior visita de Bolsonaro.

O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, denunciou um "concurso de insultos" a Brigitte Macron, mulher do presidente Emmanuel Macron, por parte das autoridades brasileiras.

"Minha reação pessoal é que não se administram as relações internacionais organizando, qualquer que seja o país, concursos de insultos", afirmou Le Drian em um programa de rádio.

"É o que está acontecendo" no Brasil, acrescentou o chanceler francês, em declarações à rádio Europe1.

Na última quinta-feira, o ministro brasileiro da Economia, Paulo Guedes, pediu desculpas publicamente por ter dito que a mulher do presidente francês "é feia mesmo".

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro retirou do Facebook - "para evitar duplas interpretações" - um comentário feito em um meme, no qual um de seus eleitores ironizava Brigitte. A imagem comparava uma foto sua séria à de uma da primeira-dama brasileira, Michele Bolsonaro, sorrindo, ao lado do marido, no dia da posse.

"Entende agora pq Macron persegue Bolsonaro?", diz o post. E o presidente responde: "Não humilha cara. Kkkkkkk".

Macron classificou o comentário de "extraordinariamente desrespeitoso", e Bolsonaro negou ter-se tratado de uma ofensa. "Eu não pus essa foto da sua mulher", alegou.

Os internautas brasileiros inundaram as redes, condenando a atitude de Bolsonaro com a hashtag #DesculpaBrigitte.

Há dois meses no cargo, o chanceler do Chile, Teodoro Ribera, chegou ao Brasil na quarta-feira passada com a missão de ampliar a relação bilateral entre os países e atrair mais investimentos brasileiros em seu país. Logo que o avião pousou, teve um batismo de fogo: responder aos ataques do presidente Jair Bolsonaro à ex-presidente Michelle Bachelet envolvendo um tema sensível em seu país, a ditadura militar de Augusto Pinochet.

Ao jornal O Estado de São Paulo, o chanceler disse que Bachelet merece respeito mesmo estando em um campo ideológico oposto ao dele, e lembrou que, no Chile, há uma grande unidade sobre a questão dos direitos humanos. A seguir os principais trechos da entrevista:

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No dia da sua chegada ao Brasil o presidente Bolsonaro deu declarações sobre a ex-presidente Bachelet e seu pai, vítima da ditadura Pinochet. Como isso foi recebido no Chile? Como fica a situação daqui para frente?

A visita foi marcada com muito antecedência. A habilidade da diplomacia é dialogar nos momentos de maior tensão. O que fizemos foi na escala em São Paulo dar uma declaração acertada com o presidente da República e traçar uma linha diferenciada. No Chile, temos um absoluto respeito pelo que aconteceu no passado. Temos talvez avaliações distintas de por que isso aconteceu e do que aconteceu, mas temos absolutamente uma grande unidade sobre os direitos humanos, as violações e no respeito às vítimas e seus parentes. E entendemos que Michelle Bachelet tem dois papéis. Como ex-presidente, ela tem algumas prerrogativas na Constituição chilena, tem foro especial e é parte do nosso protocolo. Por isso, merece todo nosso respeito, mesmo que não concordemos com suas políticas. Outro papel é como alta-comissária da ONU. Ela é uma funcionária de alto nível das Nações Unidas e está submetida ao escrutínio de 190 Estados, suas conclusões podem ser discutidas e é parte do jogo democrático.

Brasil e Chile têm tratamentos distintos quanto ao tema dos direitos humanos, principalmente relativos às ditaduras dos anos 1970 e 1980?

Cada país tem vivências próprias. Cada país processa de forma distinta e isso é parte da política interna de cada país. Talvez, quando eu deixar de ser chanceler e voltar a ser professor (é docente da Universidad de Chile) possa te dar uma resposta diferente.

O presidente Bolsonaro esteve no Chile como seu primeiro destino após a eleição. Após nove meses de governo, o que mudou na relação bilateral e quais são os pontos positivos e negativos?

A relação entre Chile e Brasil não é entre governos ou de pessoas, mas de Estados. É uma relação larga e profunda. O investimento chileno no Brasil é de US$ 35 bilhões. O brasileiro no Chile é de US$ 4,5 bilhões e esperamos que cresça. Nós vemos a relação com o Brasil com uma perspectiva de médio e longo prazos. Gostaríamos de criar com a chancelaria brasileira um grupo de avanços estratégicos que pense a relação até 2040. As visitas presidenciais são interessantes porque mobilizam as agendas da chancelaria. E nós gostaríamos de aproveitar a presidência pró-tempore do Brasil no Mercosul e a do Chile na Aliança do Pacífico para acelerar nesse campo temas de relevância.

O Mercosul e o Brasil fecharam um acordo com a União Europeia. O senhor mencionou a Aliança do Pacífico. Como o Chile pode aproximar esses três blocos?

O Chile pode servir como um país que viveu essa experiência. Se alguém precisa de um prognóstico da relação com os Estados Europeus tem de olhar o Chile, seu comércio e como conseguiu elevar o padrão de vida de seus habitantes. Hoje temos um PIB per capita de US$ 24 mil, mais alto do que em outros países. Olhar para o Chile é olhar um país que há muito tempo optou pela abertura comercial. Uma abertura que o Brasil tomou como um de seus desafios e está levando consigo para outros países. O exemplo chileno tem de ser olhado com os pontos positivos e negativos. A virtude é compartilhar experiências.

O presidente Piñera esteve recentemente na cúpula do G-7, na França, e atuou como intermediário entre os líderes ocidentais e a América do Sul e o Brasil no tema meio ambiente. De que forma o Chile pode ajudar o Brasil neste tema?

Primeiro, nós acreditamos que é possível conciliar a defesa do meio ambiente com a soberania. Isso é absolutamente conciliável. A soberania acarreta o exercício das responsabilidades no cuidado ao meio ambiente. Quem cuida melhor do meio ambiente que seus próprios donos? Portanto, temos de conscientizar a opinião pública e internamente de que a preservação do meio ambiente é uma parte essencial do exercício da soberania. Diante disso, o que o presidente Piñera tem feito é buscar conciliar posições. Fez isso no G-7, com países que fazem parte da Amazônia e viam de uma certa maneira um questionamento a sua soberania. O mundo não nasceu com uma floresta só. Nasceu com várias Amazônias em diversos continentes. E, sendo esse um desafio universal, não pode acontecer de alguns países adotarem uma posição e outros países adotarem outras. Isso é um desafio universal. Todos os países devem fazer um esforço e não apontar o dedo a outros.

 

Em relação à Venezuela, o que se pode fazer para sair do impasse atual?

Temos trocado pontos de vista sobre a crise. A situação é um atentado aos direitos humanos e uma ruptura democrática. E é um tema que é um problema hemisférico. No Chile, temos 400 mil venezuelanos para 20 milhões de habitantes. Imagine o Brasil com 4 milhões de pessoas em um ano. A solução da crise tem de ser pacífica, democrática e com o retorno de parte dos refugiados. A continuação do problema pode provocar um fluxo ainda maior de refugiados. Seria uma cifra quase possível de absorver. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O tiroteio que deixou 20 mortos em uma área comercial em El Paso, Texas, no sábado será tratado como um caso de terrorismo doméstico pela Justiça americana, que também avalia acusações de crime de ódio, disse o procurador-geral dos Estados Unidos para o distrito do Texas, John Bash.

"Estamos considerando acusações federais de crime de ódio e violação de leis sobre armas de fogo, que preveem a condenação à pena de morte", declarou Bash em coletiva de imprensa no domingo. O procurador afirmou que os EUA darão ao acusado, Patrick Crusius, "o mesmo tratamento dado a terroristas nos EUA: justiça rápida e certa".

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Autoridades investigam Crusius por possível direcionamento dos ataques à população mexicana, após a descoberta de um texto publicado no fórum 8chan minutos antes do atentado com críticas a uma "invasão hispânica nos EUA" e "miscigenação racial", além de apologias ao atentado terrorista que deixou 51 mortos na Nova Zelândia em março deste ano.

O secretário das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, chamou de "ato de barbaridade" o tiroteio em El Paso, Texas, no sábado, e declarou que o governo tomará ações jurídicas para proteger cidadãos mexicanos que vivem nos Estados Unidos. Autoridades do país reportam que três mexicanos morreram e outros seis ficaram feridos no ataque.

"Nossa prioridade é proteger as famílias afetadas, e depois, tomaremos ações legais, eficazes e contundentes para exigir que hajam condições para proteger a comunidade mexicana nos Estados Unidos", afirmou Ebrard em vídeo publicado online.

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El Paso, próxima à fronteira texana com o México, é um destino comercial popular entre mexicanos. Autoridades americanas investigam se o atirador tinha os hispânicos como alvo preferencial.

*Com informações da Associated Press.

O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, diz que é do interesse da França "falar com o Brasil, com todos os brasileiros". A declaração seria uma resposta à crítica do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de que o chanceler se reuniu com organizações não governamentais (ONGs). Le Drian também brincou com o que chamou de "emergência capilar" do presidente brasileiro, em referência ao cancelamento de última hora da reunião que teriam, na última quarta-feira, por "questão de agenda" e ao fato de que, na mesma tarde, apareceu em uma transmissão ao vivo nas redes sociais cortando o cabelo.

"Todo mundo conhece as restrições próprias das agendas dos chefes de Estado. Ao que parece, houve uma emergência capilar. Essa é uma preocupação que é estranha para mim", declarou Le Drian, referindo-se a sua calvície, em uma entrevista ao Journal du Dimanche, ao ser questionado se o cancelamento de última hora da reunião não seria uma humilhação.

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Mesmo sem encontrar Bolsonaro, Le Drian classificou como positiva sua visita ao Brasil, que tinha como objetivo fortalecer as relações bilaterais, a defesa dos interesses da França e a preparação das questões climáticas da COP25. "Eu tive conversas com minha contraparte, com a sociedade civil brasileira, particularmente com ONGs, mas também com a sociedade civil econômica. Eu também falei com os governadores de vários Estados. É do interesse da França falar no Brasil, para todo o Brasil", disse.

Inicialmente alegando "uma questão de agenda", Bolsonaro cancelou a reunião que teria com Le Drian na tarde de segunda-feira, mas na mesma tarde, fez uma transmissão ao vivo enquanto cortava o cabelo. Ao comentar, na quinta-feira, o cancelamento, Bolsonaro voltou a afirmar que cancelou a agenda porque tinha outro compromisso, mas admitiu que outros fatores contribuíram. O presidente disse que "ficou sabendo" que o chanceler tinha marcado reunião com o vice-presidente Hamilton Mourão, com representantes de ONGs e governadores do Nordeste. "O que ele veio tratar com ONG aqui? Quando fala em ONG, já nasce um sinal de alerta", disse, na última quinta-feira.

Le Drian também foi questionado sobre a confiança de que efetivamente o Brasil não sairia do Acordo de Paris e citou que o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, prometeu a criação de um grupo de trabalho sobre questões ambientais e a implementação do acordo antes da COP25 em Santiago, marcada para dezembro. "Espero que este processo possa ser implementado", disse, lembrando ainda do acordo com o Mercosul, tendo em vista que o tratado prevê o compromisso de todos os países com a plena implementação do acordo. "Os compromissos lançados devem ser respeitados. É a razão pela qual o primeiro ministro, a pedido do presidente, se comprometeu com a implementação de uma comissão de avaliação para assegurar a plena conformidade com o Acordo de Paris, as normas fitossanitárias e a proteção dos nossos setores agrícolas. É uma grande exigência que colocamos. Este relatório, tornado público, servirá de guia para a nossa posição final", disse.

O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, acusou nesta segunda-feira os Estados Unidos de obstruir a chegada de ajuda e de "terrorismo econômico" contra seu país, onde as autoridades ordenaram evacuar várias cidades afetadas por enchentes.

As sanções americanas "obstruem os esforços no que se refere à ajuda do Crescente Vermelho iraniano a todas as comunidades devastadas pelas intempéries sem precedentes", postou no Twitter Javad Zarif, ao abordar as operações de busca e resgate realizadas após as inundações provocadas pelas fortes chuvas.

As áreas mais afetadas ficam no sudoeste do país.

A escassez crônica de helicópteros de resgate no Irã devido às sanções americanas obrigou os serviços de emergência a solicitar a intervenção do exército, com helicópteros militares e veículos blindados anfíbios de transporte de tropas para as operações de resgate.

Segundo os serviços de emergência, 23 das 31 províncias iranianas estão afetadas pelas enchentes.

Desde o início de março passado, as enchentes deixaram 45 mortos em todo o país.

A passagem do chanceler brasileiro Ernesto Araújo pelos Estados Unidos, destinada a abrir caminho para a visita do presidente Jair Bolsonaro ao americano Donald Trump, incluiu conversas não só com autoridades americanas, mas também com o setor privado. Parte da agenda do ministro incluiu jantares e encontros organizados por think tanks e empresários, em Washington e em Nova York, no qual Araújo apresentou as perspectivas do governo e ouviu as demandas do setor empresarial.

Os encontros não contaram com a participação da imprensa, mas fontes presentes reuniões relataram ao jornal 'O Estado de S. Paulo' o que é o maior interesse do setor privado americano: como um processo de abertura comercial do Brasil irá tomar corpo.

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Araújo foi o primeiro integrante do alto escalão do governo a pisar nos EUA para falar pelo governo Bolsonaro, depois da posse presidencial em 1.º de janeiro. Representantes de empresas multinacionais do setor de alimentos, bebidas, automotivo, petrolífero e de higiene foram alguns dos que compareceram a encontros com o ministro e o questionaram sobre os próximos passos do governo.

Entre perguntas levantadas ao ministro estão a possibilidade de acordos que prevejam proteção ao investimento e também a liberalização de barreiras regulatórias no País. Araújo disse aos presentes, segundo fontes, que o Brasil está aberto aos negócios e disse saber que o País deu "tiros no pé" na questão da agenda regulatória, mas prometeu que daqui para a frente a ideia é simplificar. Para disso, disse que o setor privado ajudará a apontar os problemas atuais.

Questionado sobre a relação entre Brasil e EUA, o ministro destacou que há uma oportunidade de aproximação em que, pela primeira vez em muito tempo, há interesses e valores comuns dos dois lados. Ele comemorou, por exemplo, que o assessor de Segurança Nacional, John Bolton, tenha usado o Twitter para destacar a "aliança" mais forte do que nunca com o Brasil após se encontrar com o brasileiro. Segundo o chanceler, o termo "aliança" é mais interessante e forte do que uma menção a "parceria". Segundo ele, há o mesmo comprometimento entre os dois países sobre o estreitamento das relações.

O ministro também foi questionado sobre a posição do País na Organização Mundial do Comércio, frente à posição assumida em Davos de apoio à reforma da organização.

Conhecido entusiasta do presidente americano Donald Trump, Araújo foi questionado também sobre como o Brasil vai se posicionar em meio à guerra comercial entre EUA e China. A disputa, na visão do ministro, poderá criar oportunidades para o Brasil tentar mudar o que classificou como hiperdependência da China. Segundo ele, é preciso diversificar a parceria.

Sobre as questões domésticas, uma em especial é o tema onipresente: a reforma da previdência. Ao falar sobre o Brasil a empresários, Araújo não se limitou aos temas econômicos. Fontes presentes afirmaram que o chanceler sustentou que o novo governo tem um forte comprometimento com valores conservadores, com lei e ordem e com valores da família, além do liberalismo econômico. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O chanceler venezuelano Jorge Arreaza, desmentiu por meio de seu Twitter que o presidente da Venezuela Nicolás Maduro não havia sido convidado para a posse do presidente brasileiro eleito Jair Bolsonaro (PSL). Para comprovar, o chanceler fixou dois comunicados diplomáticos, mostrando que Maduro havia sido, sim, convidado para a cerimônia, mas que não tinha aceitado o convite.

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A declaração de que maduro não viria para a posse, que acontecerá no dia 1º de janeiro de 2019, foi dada no último domingo (16) pelo futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que disse: "não há lugar para Maduro numa celebração da democracia".

A  fala de Ernesto também havia sido feita pelo Twitter. Compartilhando a publicação do seu futuro ministro, Jair Bolsonaro disse também na rede social que "naturalmente, regimes que violam as liberdades de seus povos e atuam abertamente contra o futuro governo do Brasil por afinidade ideológica com o grupo derrotado [o do PT] nas eleições, não estarão na posse presidencial em 2019".

No entanto, o que mostra o comunicado diplomático é que o presidente da Venezuela foi quem recusou, inicialmente, o chamado para participar da posse de Bolsonaro. "O governo socialista, revolucionário e livre da Venezuela não assistiria jamais a posse de um presidente que é a expressão da intolerância, do fascismo e de entrega dos interesses contrários a integração latinoamericana e caribenha", respondeu Maduro ao convite.

O Ministério de Relações Internacionais confirmou, em nota, que o convite foi feito por recomendação da equipe do presidente eleito e, depois, desfeito. "Sobre os convites, inicialmente, o Itamaraty recebeu do governo eleito a recomendação de que todos os chefes de Estado e de Governo dos países com os quais mantemos relações diplomáticas deveriam ser convidados e assim foi providenciado. Em um segundo momento, foi recebida a recomendação de que Cuba e Venezuela não deveriam mais constar da lista, o que exigiu uma nova comunicação a esses dois governos", esclareceu o texto.

A estrutura do Itamaraty precisa mudar para facilitar as relações bilaterais que pautarão a política externa do governo de Jair Bolsonaro. A afirmação foi feita pelo futuro chanceler, Ernesto Araújo, em reunião do Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos, segundo relatos de participantes. Ele afirmou ainda que "o céu é o limite" no futuro da relação entre os dois países e que seria "fundamental" obter apoio dos americanos para o ingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). O governo americano estava representado por Landon Loomis, assessor especial do gabinete do vice-presidente.

A reunião foi marcada pelo otimismo do empresariado dos dois países, que esperam ver removidas barreiras aos negócios. A avaliação geral é que o comércio bilateral, da ordem de US$ 5o bilhões ao ano, não está à altura do potencial da parceria e pode ser fortemente expandido. Segundo afirmou o chanceler, o momento se apresenta como uma oportunidade para levar o relacionamento entre os dois países a níveis impensáveis.

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Araújo comentou que a relação do Brasil com os Estados Unidos tinha um "teto", por isso só foi possível até hoje concretizar 10% do desejado.

A máquina negociadora brasileira, disse o chanceler, é atrasada. Segundo ele, o Itamaraty divide os temas em áreas temáticas desconectadas umas das outras, o que dificulta o desenvolvimento das relações bilaterais - onde, no seu entender, está o dinamismo do mundo atual. Araújo prometeu mudanças. Nas relações bilaterais, disse ele, o foco estará no setor privado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Emoção, homenagens, alegria e presenças ilustres foram ingredientes da cerimônia de posse da professora Betânia Fidalgo como reitora da UNAMA - Universidade da Amazônia. O evento reuniu convidados e colaboradores do Grupo Ser Educacional, no auditório David Mufarrej, campus Alcindo Cacela, em Belém, na quarta-feira (19).

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Betânia Fidalgo, que iniciou os estudos na universidade aos 15 anos, na primeira turma de Pedagogia, é mestra em Educação e desenvolveu metodologia inovadora de trabalho para educação de crianças e jovens nas ilhas de Belém. Atualmente, Betânia pesquisa a questão do gênero nas organizações de educação superior.

Na cerimônia, o ex-reitor Janguiê Diniz, fundador do Grupo Ser Educacional, em agosto de 2003, empossou Betânia Fidalgo, que até então era vice-reitora, e passou a ocupar o cargo de chanceler. Em discurso, Janguiê Diniz elogiou a nova reitora. “Deixo o cargo de reitor da UNAMA em boas mãos, na certeza de que competência e determinação não faltarão para que a nossa nova reitora possa conduzir o espaço da Universidade da Amazônia pelos próximos anos”, afirmou o chanceler.

Para a reitora, o momento foi de grande importância. “Hoje, o conselho do grupo Ser, presidido pelo Dr. Janguiê, me dá a honra de ser a reitora da instituição. Nesses quatro anos eu vim trabalhando como vice-reitora, também me sentia muito honrada. É uma emoção grande, porque aos 15 anos de idade entrei como aluna do curso de Pedagogia, da primeira turma das Faculdades Integradas do Colégio Moderno, que depois deram vida à Universidade da Amazônia, junto com o Cesep. Então é uma emoção muito grande. Espero representar todos os professores, os alunos, os funcionários, a comunidade acadêmica como um todo”, disse a reitora.

 Para o esposo da reitora, e também amigo de profissão, João Cláudio Arroyo, a emoção foi muito grande. “O merecimento veio antes do cargo. Isso nos enche de orgulho, por fazermos educação juntos, há mais de 20 anos, e ser da família, ser o marido, ser a pessoa que sabe que ela é magnífica antes de todo mundo. Agora ela é oficialmente magnífica, por merecimento absoluto. Isso nos deixa felizes, orgulhosos e seguros de que a UNAMA vai continuar tendo uma construção focada em objetivos de desenvolvimento e de compromisso com a região amazônica”, disse Arroyo, que é professor de Economia na UNAMA.

Entre as autoridades, marcou presença o desembargador Milton Nobre, que elogiou a importância da cerimônia. “Esse é um dia importantíssimo. A história de que as escolas só dão saber é uma concepção ultrapassada. As escolas realmente educam, socializam e dão exemplo para a sociedade de como nós devemos viver socialmente e em paz, e é isso que o Brasil precisa”, afirmou o desembargador.

O presidente da Academia Paraense de Letras Jurídicas, Antônio José Mattos, também esteve presente na posse da reitora. “Nós viemos aqui para ver a posse da magnifica reitora Betânia Fidalgo e eu saio daqui com a certeza de que a noite foi magnífica, pelas falas da nova reitora, do chanceler Janguiê Diniz, pela nossa sempre coordenadora e professora da casa Eva Franco. Enfim, foi uma noite de fato magnífica, uma bela festa para Belém do Pará, a cidade merece isso e a UNAMA merece isso. Parabéns a todos”, disse o presidente.

Os convidados elogiaram a cerimônia. “Poucas vezes assisti a uma homenagem tão merecida a uma pessoa como a que eu presenciei hoje. A professora Betânia é um exemplo de vida, de dedicação, de persistência. Hoje é como se fosse uma das últimas páginas do livro da história de uma vencedora. Eu sou extremamente privilegiado por estar aqui porque sou amigo dela, ela sempre teve um bem-querer muito grande por mim, sempre me incentivou, sempre me prestigiou em todas as nossas iniciativas”, disse Osvaldo Serrão, advogado e professor.

Para os organizadores da cerimônia de posse, o evento foi um marco na UNAMA. “É uma felicidade enorme. Eu sou antiga aluna da universidade, há 18 anos funcionária. Hoje para mim é uma emoção muito grande até porque é a primeira vez que eu vejo esse ritual. Ao mesmo tempo, como eu participei da organização, a gente acaba tendo uma emoção misturada da responsabilidade do receio de que as coisas possam não acontecer como foi pensado. Estou muito feliz por fazer parte dessa história e só quem também pode participar sabe a emoção de sentir e participar desse momento”, disse Sabrina Favacho, coordenadora do Núcleo de Empregabilidade, Trabalho e Carreira da UNAMA.

Depois da cerimônia de posse, o professor Janguiê Diniz lançou o seu 17º livro, "Falta de educação gera corrupção", pela editora Novo Século. O prefácio é de Arnaldo Niskier, jornalista e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL).

Por Rosiane Rodrigues. 

Cansado de ser insultado e perseguido por causa de uma selfie com Angela Merkel, um refugiado sírio de 19 anos colocou o Facebook na Justiça alemã, para obrigar a plataforma a censurar as fotomontagens que o mostram como um "terrorista".

O julgamento do caso começa nesta segunda-feira, em Wurtzburgo, centro da Alemanha, onde a rede social já é pressionada pelo governo para que atue contra conteúdos racistas e é investigada em outro processo de "incitação ao ódio". A foto de Anas Modamani com a chanceler, tirada em setembro de 2015 em um centro de refugiados em Berlim, deu a volta ao mundo.

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Essas montagens, promovidas por grupos hostis ao Islã e aos refugiados, visam acusar Merkel de colocar a Alemanha em perigo com sua política migratória. O jovem começou a ser associado aos ataques de Bruxelas, em março de 2016, ao ataque com um caminhão em Berlim, em dezembro passado, ou à tentativa de assassinato de um sem-teto em Berlim, na noite de Natal.

O Facebook assegura que "suprimiu rapidamente o acesso ao conteúdo denunciado e que não vê necessidade de uma ação na justiça", segundo um porta-voz.

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