Gigi Hadid pediu desculpas por um post de críticas a Israel, feito no último fim de semana em seus stories no Instagram. A modelo havia escrito que o país era o único do mundo que mantém crianças como prisioneiras de guerra.
Porém, nesta terça-feira, dia 28, Gigi fez uma publicação em seu perfil com um texto se explicando e entendendo que errou em suas afirmações. Sem legenda, somente com as fotos do texto, a modelo escreveu:
##RECOMENDA##Como alguém de ascendência palestina, as intermináveis notícias e imagens comoventes que saem de Gaza têm sido dolorosas e, muitas vezes, avassaladoras. É importante para mim partilhar histórias reais sobre as dificuldades que os palestinos suportaram e continuam a suportar, mas este fim de semana partilhei algo que não verifiquei nem pensei profundamente antes de repostar.
Gigi explicou que deveria ter organizado melhor seus pensamentos antes de compartilhá-los na internet. Além disso, ressaltou que ainda é contra o antissemitismo, mas apontou que crianças palestinas que são presas pelas FDI [Forças de Defesa de Israel], muitas vezes, não recebem os mesmos direitos que uma criança israelense acusada do mesmo crime.
Confira o resto do texto na íntegra:
Queria mostrar as formas como o Direito Internacional está a ser minado pelo governo israelita. Neste caso, estava tentando destacar como as crianças palestinas que são presas pelas FDI [Forças de Defesa de Israel], muitas vezes, não recebem os mesmos direitos que uma criança israelense acusada do mesmo crime teria. Infelizmente, usei o exemplo errado para defender esse ponto e lamento isso.
Meu foco deveria ser em questões de direitos humanos. É por isso que também quero reiterar que atacar qualquer ser humano, o que, claro, inclui o povo judeu, NUNCA é OK. Tomar pessoas inocentes como reféns NUNCA é OK. Prejudicar alguém PORQUE ele é judeu NUNCA é OK. Querer liberdade e tratamento humano para os palestinos e também querer segurança para o povo judeu podem ser ambos importantes para a mesma pessoa incluindo eu mesma.
Não importa o crime, quando se fala em democracia, todos deveriam ter os mesmos direitos e uma criança palestina, mesmo que seja acusada de um crime horrível, merece os mesmos direitos que uma criança israelense teria nas mesmas circunstâncias.
Está bem documentado, por organizações críveis de direitos humanos, que têm havido maus-tratos sistêmicos ao povo palestino por parte do governo de Israel. Conheço bem estas questões históricas porque são a história da minha própria família, palestinos que foram forçados a fugir da sua terra natal no final da década de 1940.
Ao mesmo tempo, entendo que o poder da minha plataforma traz uma enorme responsabilidade. Sou humana e cometo erros. Mas também me responsabilizo por esses erros.
Não apoio a difusão de desinformação e sempre condenei a utilização do movimento Palestina Livre, como justificativa para o antissemitismo. Devo a mim mesma e aos meus seguidores reunir os meus pensamentos e partilhá-los de uma forma mais construtiva, à medida que prossigo o meu objetivo de chamar a atenção para as violações do Direito Internacional e dos direitos humanos.
Entretanto, continuarei a rezar pelo regresso seguro de todos os reféns e pela paz e segurança para o povo de Gaza e de Israel.