Tópicos | juros futuros

O dólar segue em alta ante o real enquanto a Bovespa busca fixar uma direção nesta tarde (18), após uma manhã tumultuada por uma série de declarações e indicadores. Os juros futuros mantêm a queda assumida após a fala suave do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que afirmou que o ciclo de aperto monetário já mostra resultados, ampliando assim as apostas no mercado de alta menor da Selic, de 0,25 ponto porcentual, na próxima reunião.

Às 13h26, o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 11,14% ante 11,22% no ajuste de segunda-feira, 17, e o DI para janeiro de 2017 estava em 12,50%, de 12,58% na véspera. O dólar à vista no balcão subia 0,29%, a R$ 2,3940, acompanhando o movimento ante outras moedas ligadas a commodities diante da notícia de corte da meta de crescimento da produção industrial da China para 9,5% em 2014, de 10% em 2013.

##RECOMENDA##

O Ibovespa, às 13h32, subia 0,18%, aos 47.659,91 pontos, acompanhando a melhora dos índices em Nova York. As ações das empresas do setor de energia continuavam em baixa, apesar de relatório do JP Morgan divulgado hoje dizendo que as empresas de transmissão não seria afetadas por um eventual racionamento de energia este ano.

"Existem abrigos relativamente seguros? Sim, o setor de transmissão", disseram os analistas do banco, ao avaliar o impacto do atual cenário para todas as elétricas. Às 13h23, as ações ON da Eletrobras caíam -0,42%, os papéis PN da Eletropaulo perdiam 2,17% e os da Light ON -4,01%. Em Wall Street, o Dow Jones operava estável, com viés de alta, enquanto o S&P 500 e Nasdaq subiam de forma mais consistente.

As expectativas inflacionárias se mantêm elevadas, como mostrou a pesquisa Focus, do Banco Central, nesta segunda-feira (17). O alívio nos índices de preço e a nova rodada de revisão para baixo do PIB, no entanto, abriram espaço para que os juros começassem a semana em queda. Às 9h22, o contrato de DI para janeiro de 2015 marcava 11,26%, na mínima, de 11,32% no ajuste de sexta-feira.

Os investidores seguem ainda de olho na atividade econômica, tema discutido por economistas no encontro com o diretor do Banco Central, Carlos Hamilton, na sexta-feira, 14. A previsão de crescimento da economia brasileira em 2014 passou de 1,90% para 1,79% na pesquisa Focus do Banco Central. Para 2015, a estimativa de expansão recuou de 2,20% para 2,10%.

##RECOMENDA##

Já a projeção de inflação medida pelo IPCA para 2014 subiu de 5,89% para 5,93%, de acordo com a Focus. A estimativa havia recuado na semana anterior, após a surpresa positiva com o índice de janeiro abaixo do esperado, mas já devolveu parte da queda. Ainda assim, o primeiro dado de inflação fechado de fevereiro, medido pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10), veio próximo do piso projetado, (+0,30%, enquanto os analistas do mercado esperavam uma taxa de 0,29% a 0,48%). Na mesma linha, o IPCA ponta, medida diária feita pela FGV, continua mostrando melhora (de +0,70%, para +0,68%).

Vale ponderar, no entanto, que a liquidez hoje tende a ser bastante reduzida, em função do feriado nos Estados Unidos pelo Dia do Presidente. A cautela se justifica, também, pela expectativa com a divulgação da prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) deste mês, na sexta-feira, e do contingenciamento no Orçamento e da meta de superávit primário para 2014, ambos aguardados para quinta-feira. Nos EUA, sai a ata da última reunião do Federal Reserve.

Depois de duas semanas de pressão, os contratos de juros futuros iniciaram a semana com prêmios reduzidos. A chance de uma elevação mais branda da Selic, de 0,25 ponto porcentual, na reunião do Copom de fevereiro voltou a ser cogitada, em função de um IPCA mais comportado em janeiro (+0,55%) e do fraco resultado da produção industrial de dezembro (-3,5%).

O dólar, no entanto, com valorização na manhã desta segunda-feira, 10, ante o real, trouxe de volta o viés de alta para as taxas. O câmbio tem mais força do que a melhora das expectativas inflacionárias detectadas pela pesquisa Focus, do Banco Central, até o momento.

##RECOMENDA##

A projeção de inflação medida pelo IPCA para 2014 caiu de 6,00% para 5,89%, na primeira coleta depois de conhecido o dado de janeiro. Para 2015, a projeção segue em 5,70%. As estimativas no Top 5 - grupo dos analistas que mais acertam projeções - médio prazo caíram de 6,20% para 5,86% e de 6,00% para 5,80% para 2014 e 2015, respectivamente.

Às 9h31, o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 11,39%, de 11,38% no ajuste de sexta-feira. O contrato chegou a alcançar a máxima de 11,41%, na sequência da abertura do dólar. A moeda norte-americana começou o dia negociada a R$ 2,3920 (+0,55%). Às 9h32, entretanto, já marcava a mínima, a R$ 2,3870 (+0,34%).

Depois do susto provocado pela inflação de dezembro, a alta dos preços em janeiro abaixo do esperado provocou ligeira queda nos juros futuros negociados na BM&F. O ajuste, no entanto, é limitado pela expectativa com o relatório do mercado de trabalho nos Estados Unidos (payroll), o dólar em alta e sinais negativos vindos do próprio Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), como o índice de difusão elevado.

O IPCA avançou 0,55% no primeiro mês do ano, de 0,92% no último mês do ano passado. O resultado ficou abaixo do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de uma taxa de 0,57% a 0,74%. Por outro lado, cálculos da Votorantim Corretora mostram que o índice de difusão foi a 72,1%, de 69,3% no fim do ano passado, em trajetória ascendente.

##RECOMENDA##

Às 9h35, o contrato de DI para janeiro de 2015 era negociado a 11,47%, na máxima, de 11,49% na quinta-feira, 6. A moeda norte-americana abriu estável, a R$ 2,3830 no balcão, mas logo subiu e passou a renovar máximas. Às 9h38 estava em R$ 2,3920 (+0,38%), puxado pelo viés de alta do dólar futuro de março de 2013.

Os juros futuros de curto prazo abriram em alta nesta quinta-feira, 30, após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar que a taxa de desemprego caiu para uma nova mínima histórica. Esse resultado se somou ao mal-estar com países emergentes, que já sugeria novo avanço na abertura dos negócios. Entretanto, a queda do dólar reduziu a pressão para cima no trecho curto da curva a termo e chegou a puxar para baixo as taxas futuras de longo prazo. No pano de fundo, estão as repercussões da decisão do Federal Reserve e da atividade industrial em queda na China.

Por volta das 9h45 a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para abril de 2014 marcava 10,560%, de 10,536% no ajuste de quarta-feira, 29. A taxa do DI para janeiro de 2015 apontava 11,50%, ante 11,43% no ajuste da véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 estava em 12,85%, exatamente no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 caía para 13,31%, de 13,35%.

##RECOMENDA##

No noticiário local, a FGV divulgou que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) desacelerou de 0,60% em dezembro para 0,48% em janeiro, ficando ligeiramente abaixo da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de 0,50%. A variação acumulada em 12 meses é de 5,66%.

O IBGE informou que a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 4,3% em dezembro de 2013, também abaixo da mediana, de 4,4%, e a menor da série histórica, iniciada em março de 2002. Já o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou alta de 0,65% em dezembro ante novembro, acumulando elevação de 5,75% em 2013.

O HSBC confirmou hoje que seu índice de atividade dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da China recuou para 49,5 na leitura final de janeiro, ante 50,5 em dezembro. O número veio abaixo do dado preliminar, divulgado na semana passada, que indicava queda para 49,6, e confirma uma contração na atividade, já que o resultado ficou abaixo de 50.

Ontem, o Fed cortou suas compras mensais de bônus em US$ 10 bilhões, para US$ 65 bilhões, e disse que a redução nos estímulos deve continuar em um ritmo comedido, sempre em função dos indicadores da economia. O fato de a decisão ter sido unânime, o que não acontecia desde junho de 2011, sugere que a saída do programa de relaxamento quantitativo deve continuar nesse curso previsto.

Os juros futuros foram às mínimas com novas declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre a inflação. Em palestra na London School of Economics, nesta manhã, Tombini disse ver "alguns progressos em relação ao pico de inflação". Ele afirmou ainda que "há progresso na inflação mesmo com mercado de trabalho forte".

Na semana passada, em Davos, ele havia se referido à desaceleração da alta dos preços, mas o humor internacional já estava negativo, com forte valorização do dólar, o que prevaleceu ante a fala da autoridade monetária.

##RECOMENDA##

O contrato de DI para janeiro de 2015, que subia na abertura, virou e passou a cair, a 11,09%, de 11,13% no ajuste de sexta-feira.

Nos primeiros negócios, as taxas avançavam com nova rodada de deterioração das expectativas inflacionárias. Mesmo com a surpresa positiva do IPCA-15 de janeiro, que ficou abaixo das previsões do mercado, a mediana das projeções para o IPCA de 2014 passou de 6,01% para 6,02%. No caso de 2015, foi de 5,60% para 5,70%.

Sobre o mercado de câmbio, Tombini disse hoje que a "depreciação do real desde o pico de julho de 2011 até agora é um movimento normal". "Diante disso, estamos agindo para evitar o repasse desse movimento para a inflação", afirmou.

Às 9h30, o dólar estava estável em relação ao real, a R$ 2,3970, depois de abrir com leve alta, a R$ 2,3980 (+0,04%). O futuro opera em queda (-0,23%). Após o leilão de swap, a moeda bateu mínima no mercado à vista, a R$ 2,3930 (-0,17%).

Os juros futuros abriram em queda nesta quinta-feira (23), após a divulgação da ata do Copom e da inflação pelo IPCA-15 em janeiro abaixo do piso das estimativas dos analistas. O recuo do CDI também estaria influenciando as taxas. Com relação à ata, alguns participantes do mercado avaliaram que o documento reafirma apostas em uma elevação de 0,50 ponto porcentual da Selic no mês que vem. Porém, o documento foi incapaz de criar um consenso até o momento.

Para um experiente gestor, a ata é mais "dovish". "O principal destaque é o parágrafo 21, no qual o BC aponta um cenário mais benigno para a inflação tanto pelo lado da demanda como da oferta agregada", disse. O economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, afirmou mais cedo que a ata veio mais firme do que ele esperava, "mas o BC manteve a porta aberta para qualquer decisão".

##RECOMENDA##

Por volta das 10h15, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para abril de 2014 marcava 10,479%, de 10,492% no ajuste de ontem. A taxa do DI para janeiro de 2015 estava em 10,99%, de 11,07% no ajuste da véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 apontava 12,40%, de 12,49%. O DI para janeiro de 2021 mostrava 13,06%, de 13,10%.

Na ata do Copom, o Banco Central afirmou que as projeções para o IPCA subiram em 2014 e permanecem acima de 4,5%, tanto no cenário de mercado quanto no de referência. O BC também citou a resistência da inflação ligeiramente acima do esperado e elevou a projeção para o câmbio no cenário de referência, que passou de R$ 2,30 para R$ 2,40. Apesar disso, a autoridade monetária manteve a expressão "neste momento" ao falar sobre o aumento de 0,5 ponto porcentual adotado na Selic em janeiro, e manteve a projeção para a alta dos preços administrados este ano em 4,5%. Além disso, o documento cita que o aumento dos salários em 2014 deve ser menor do que observado nos últimos anos.

Enquanto isso, a taxa CDI, que permaneceu em um nível elevado nos últimos dias, caiu para 10,27% de terça para quarta-feira, o que pode provoca correções nas taxas negociadas na BM&FBovespa.

Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou há pouco que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,67% em janeiro, após subir 0,75% em dezembro de 2013. O resultado ficou abaixo do piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções (0,75%).

Os juros futuros abriram em alta nesta terça-feira, 21, acompanhando a valorização do dólar ante o real e também o avanço nos yields dos Treasuries. Além disso, colabora para esse movimento a elevação da taxa CDI.

Por volta das 9h30 a taxa do DI para abril de 2014 marcava 10,490%, de 10,464% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 apontava 11,06%, de 11,01% no ajuste da véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 subia para 12,48%, de 12,39% ontem. O DI para janeiro de 2021 estava em 13,07%, de 12,98%.

##RECOMENDA##

Nos EUA, o juro da T-note de 10 anos avançava para 2,860%, de 2,823% no fim da tarde sexta-feira em Nova York (os mercados lá permaneceram fechados na segunda-feira, 20, em função do feriado de Martin Luther King). Já o dólar à vista no balcão subia 0,64%, a R$ 2,3540.

A alta do dólar nos mercados globais e o avanço nos yields dos Treasuries são provocados pela percepção de que o Federal Reserve deve anunciar este mês mais um corte de US$ 10 bilhões nas suas compras mensais de bônus, segundo afirmou o influente colunista do Wal Street Journal Jon Hilsenrath. Na China, o PBOC fez uma megainjeção de liquidez no sistema financeiro, de 255 bilhões de yuans (aproximadamente US$ 43 bilhões).

Além disso, outro fator que impulsiona os juros futuros no mercado doméstico é a elevação da taxa CDI, que após ter passado para 10,34% na sexta-feira, se manteve em um nível elevado ontem, a 10,35%.

No noticiário doméstico, a Serasa Experian informou nesta terça-feira, 21, que seu indicador de inadimplência registrou em 2013 queda de 2% na comparação ao ano anterior, o primeiro recuo anual desde 2000, início da série histórica do indicador. Em dezembro, a inadimplência do consumidor caiu 6,5% em relação ao mesmo mês de 2012 - sétima queda mensal consecutiva nessa base de comparação -, mas teve alta de 2,7% ante novembro.

Os juros futuros subiram, nesta segunda-feira (13), com um movimento mais acentuado na ponta curta. Às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), os investidores ajustam suas posições, ainda reagindo aos dados sobre a inflação no fim do ano passado, que foram divulgados na sexta-feira, 10, e também de olho na piora de perspectivas para os preços.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para abril de 2014 (145.380 contratos) estava na máxima de 10,275%, de 10,21% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2015 (491.115 contratos) marcava 10,71%, de 10,61% do ajuste de sexta-feira. Na ponta mais longa da curva a termo de juros, o DI para janeiro de 2017 (166.250 contratos) apontava 12,25%, de 12,23%. O DI para janeiro de 2021 (12.220 contratos) indicava taxa de 13,98%, ante 13,02% no ajuste anterior.

##RECOMENDA##

Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 5,91% em 2013, ante 5,84% em 2012, acima do teto do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de 5,88%. Em dezembro, o índice subiu 0,92% ante novembro, também acima de todas as previsões. Essa variação é a maior alta mensal desde abril de 2003 e o maior ganho para meses de dezembro desde 2002. Entretanto, nos EUA o relatório de emprego muito abaixo do esperado, divulgado também na sexta-feira, acabou derrubando os yields dos Treasuries e pressionando os juros aqui, o que ofuscou o IPCA.

"O mercado promoveu uma releitura da inflação. Na sexta-feira, os juros deveriam ter aberto, isso só não aconteceu em função do payroll", comenta Paulo Petrassi, gerente de renda fixa da Leme Investimentos. Segundo ele, diversos participantes estão revendo suas apostas para a alta da Selic esta semana, de 0,25 para 0,50 ponto porcentual. "Eu mesmo mudei minha previsão após o IPCA de dezembro", revela.

Hoje, o Banco Central divulgou sua pesquisa semanal Focus. A mediana das estimativas para o IPCA este ano passou de 5,97% da semana passada para 6,00% agora. Entre os profissionais que mais acertam as previsões, o chamado grupo Top 5, as previsões saltaram para 6,19%, no lugar da taxa de 5,90% da semana anterior. Segundo o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luís Otávio de Souza Leal, a maioria dos participantes do mercado não teve tempo de atualizar suas previsões para a Focus após o IPCA revelado na semana passada, o que significa que na próxima pesquisa as projeções para a inflação podem subir para perto de 6,10%. Os ganhos dos juros aconteceram mesmo com a queda nos yields dos Treasuries e a depreciação do dólar.

Confirmando as expectativas, os juros futuros seguiram o comportamento do dólar na abertura dos negócios e iniciaram o segundo pregão de 2014 com viés de baixa, nesta sexta-feira, 3. O movimento, no entanto, é contido pela expectativa com relação aos resultados primários do governo central de dezembro e do acumulado de 2013, que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresenta no início da tarde.

Às 9h28, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 apontava 10,56%, ante 10,57% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 indicava 12,33%, de 12,35% na véspera. O dólar à vista caía 0,21% no balcão, cotado a R$ 2,385, devolvendo parte da forte alta da véspera, quando fechou a R$ 2,390.

##RECOMENDA##

A questão fiscal, vale lembrar, ganhou atenção maior dos investidores em outubro do ano passado, quando foi divulgado o pior déficit do governo central para meses de setembro em 17 anos e desde o mês de dezembro de 2008. Na época, o dado elevou as apostas de descumprimento da meta de superávit primário e fez com que o governo passasse a se movimentar, porém sem medidas concretas, para afastar o pessimismo.

O mau humor, inclusive, se espalhou entre investidores internacionais. Neste ambiente, a ameaça de um rebaixamento do rating do Brasil cresceu, pressionando fortemente dólar e taxas futuras para cima. Caso os números previstos para o dia voltem a decepcionar, tendem a realimentar a pressão de alta nos mercados de câmbio e de juros.

Além do primário de dezembro e do consolidado do ano passado, que normalmente são divulgados no fim do mês de janeiro, mas serão adiantados pelo ministro da Fazenda hoje, às 12h30, os investidores devem avaliar o desempenho das vendas de veículos no País no último mês de 2013. Tal resultado será apresentado pela Federação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Fenabrave) às 10h30.

Nos Estados Unidos, o juro da T-note de dez anos, que influencia principalmente as taxas dos contratos de longo prazo, estava praticamente estável, a 2,987% às 9h30, ante 2,986% no fim da tarde de ontem em Nova York.

Os juros futuros colaram no dólar no começo dos negócios de 2014, subindo com força e às máximas da sessão. O movimento das taxas também era sustentado pela inflação no Brasil.

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), divulgado nesta quinta-feira (2) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 0,69% em dezembro, de 0,68% no mês anterior, e igual à mediana das estimativas (0,69%) encontrada em pesquisa AE Projeções com base num intervalo que ia de 0,61% a 0,74%. Em 2013, a alta foi de 5,63%. As estimativas do mercado financeiro, neste caso, iam de 5,60% a 5,70% (mediana de 5,62%).

##RECOMENDA##

O IPCA ponta, por sua vez, calculado pela mesma instituição, acelerou mais na passagem do dia 31 do mês passado para o dia 1º deste mês, o que reforça a avaliação de resistência da alta de preços no País. Ele subiu 0,79% ontem, de 0,74% no dia anterior, de acordo com fonte que teve acesso aos números.

Vale lembrar que os juros futuros vinham de quedas e isso já abriria espaço para uma recomposição técnica de prêmios. Às 9h40, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 projetava 10,62%, ante 10,58% no ajuste da última segunda-feira. O DI para janeiro de 2017 apontava 12,38%, ante 12,28%. O dólar à vista, principal condutor das taxas, batia R$ 2,40 no balcão, em alta de 1,87%.

Os contratos de juros futuros com liquidez reduzida e pouca movimentação nas taxas exprimem a cautela do investidor antes da fala do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal, prevista para as 11 horas.

Os investidores aguardam pistas sobre o que fará o Copom no encontro de janeiro. Há uma divisão nas apostas entre uma alta de 0,25 ponto porcentual e a manutenção do ritmo em 0,50 ponto porcentual. Para o mercado cambial, a expectativa diz respeito aos ajustes prometidos pela autoridade monetária para o programa de oferta diária de hedge cambial, cuja continuidade foi garantida por Tombini para 2014.

##RECOMENDA##

As taxas dos DI negociadas na BM&FBovespa operam em leve alta. O contrato para janeiro de 2015 era negociado a 10,61%, de 10,58% no ajuste de ontem. Os juros mais longos seguem os yields (retorno ao investidor) dos Treasuries, em leve queda, depois de discursos de três diretores do Fed, na segunda-feira, 9, sinalizarem a retirada dos estímulos no curto prazo.

A questão fiscal doméstica também está no foco. Ontem à noite, o governo avisou líderes da base aliada que não cumprirá o acordo para empenhar R$ 12 milhões em emendas parlamentares de cada deputado e senador neste ano, além de veto ao artigo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que torna obrigatória a execução de emendas em 2014, o chamado orçamento impositivo. Os líderes presentes avisaram ao governo que, diante do impasse, a aprovação do Orçamento do próximo ano está inviabilizada.

O dólar à vista abriu cotado a R$ 2,3120, em baixa de 0,34%. No exterior, o dólar perdia do euro e do iene, além das moedas commodities. O desempenho segue dados positivos da China. O país anunciou um crescimento de 10% da produção industrial em novembro (ante 10,3% em outubro) e de 13,7% das vendas no varejo (de 13,3% no mês anterior). Ontem, o Banco Central vendeu todos os 20 mil contratos de swap cambial ofertados na primeira operação de rolagem dos títulos que vencem em 2/1/2014. Hoje tem nova rodada.

O pregão desta sexta-feira, 29, começou como previsto, em compasso de espera. Os investidores de juros futuros olham para os dados das contas públicas, após o resultado do Governo Central ter vindo abaixo do esperado, na quinta-feira, 28. Os analistas estimam que o superávit primário consolidado do setor público (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobrás), que sai às 10h30, ficará entre R$ 5,7 bilhões a R$ 9,6 bilhões em outubro. Qualquer número fora desse escopo trará pressões para o mercado.

Mas as incertezas não param por aí. Provavelmente a Petrobras deve anunciar logo mais, após sua reunião de Conselho (prevista para 10 horas), o aguardado reajuste para os combustíveis, da ordem de 5% para gasolina e de 10% para diesel, mas sem a tão falada regra para os próximos aumentos. Essa informação deve ser relevante para o comportamento do Ibovespa em dia em que os índices futuros em Nova York, assim como o futuro para o índice doméstico apontam leve alta, antes das aberturas.

##RECOMENDA##

Os juros futuros na BM&FBovespa operavam em leve alta na parcela curta da curva a termo e em elevação entre os contratos mais longos, novamente nesta semana na casa dos 13% para a taxa de 10 anos. Os Treasuries também sobem de maneira leve. Por volta das 9h50, o dólar à vista no balcão estava na máxima do dia, a R$ 2,3240 (+0,22%), após abrir em leve baixa.

A primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de novembro abaixo da mediana das estimativas não aliviou a pressão nos juros futuros, conforme o esperado, e as taxas abriram quase estáveis, à espera do relatório oficial de emprego dos Estados Unidos (payroll). Os fatores que mantêm os juros nos níveis de quinta-feira, 7, são a inflação e o risco fiscal do ponto de vista interno. Externamente, os investidores aguardam os números norte-americanos para calibrar apostas para o desmonte de estímulos do Federal Reserve.

Na primeira prévia deste mês, o IGP-M confirmou a expectativa de desaceleração ao mostrar alta de 0,30%, ante 0,86% na primeira prévia de outubro. A leitura divulgada nesta sexta-feira, 8, pela Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou aquém da mediana, de 0,35%, encontrada com base num intervalo que ia de 0,20% a 0,60%, de acordo com levantamento AE Projeções. Dentro do indicador, de um lado, o IPC acelerou para 0,39%, de 0,25% no mesmo período. De outro, o IPA Agropecuário recuou 0,11%, depois de avançar 0,05% na primeira prévia de outubro. O IPA Industrial subiu 0,44%, menos que o 1,55% da primeira leitura do mês passado.

##RECOMENDA##

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 0,63% na primeira quadrissemana de novembro, também segundo a FGV. O resultado ficou 0,08 ponto porcentual acima do registrado na leitura imediatamente anterior (0,55%).

Em relação às contas públicas, os negócios continuam afetados pelo temor de um rebaixamento da nota de crédito do Brasil e comentários sobre avaliações do governo publicadas na imprensa podem realimentar o mau humor. Somados, inflação, questão fiscal e dólar acima de R$ 2,30 fizeram com que a taxa futura para janeiro de 2015 se aproximasse na véspera de 11%. O mercado passou a precificar uma Selic perto de 12% no fim de 2014.

Às 9h39, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para abril de 2014 tinha taxa de 10,11%, ante 10,12% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 indicava 10,92%, ante 10,91%. No trecho mais longo da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 apontava 12,01%, de 12,03% véspera e o DI para janeiro de 2021, 12,42% (12,43% ontem). O dólar, que oscila, é monitorado.

Os juros futuros iniciaram a terça-feira, 5, em alta e marcaram máximas da sessão, em linha com o movimento do dólar ante o real no mercado de câmbio doméstico (acima de R$ 2,25). No pano de fundo, o risco fiscal exerce pressão para cima.

Na segunda-feira, 4, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, afirmou ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que a política fiscal brasileira está sob ataque especulativo que se expressa na imprensa. Ele insistiu ainda na capacidade de o governo entregar no fim deste ano a meta de superávit primário de R$ 73 bilhões do Governo Central. De acordo com Augustin, o superávit primário de outubro é muito bom e a expectativa é de superávits fortes também em novembro e dezembro.

##RECOMENDA##

Essas palavras ecoam no mercado futuro de juros. O problema, segundo profissionais, é que as explicações realimentam o temor com o descumprimento da meta fiscal neste ano, a exemplo do que ocorreu com entrevista coletiva concedida pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o déficit fiscal em setembro, na semana passada. O dólar, por sua vez, reflete o mau humor dos investidores com esse assunto e ainda fatores externos, como a possibilidade de um aperto monetário na China, que enfraquece moedas relacionadas à commodities. Às 9h47, a moeda norte-americana à vista subia 0,58%, a R$ 2,259 no balcão.

Nos Estados Unidos, o juro da T-note de dez anos estava em 2,619% às 9h47, de 2,606% na tarde de ontem, dando suporte às taxas domésticas. Os agentes esperam números como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, nesta quinta-feira, 7, e a criação de postos de trabalho no mesmo país, na sexta-feira, que podem definir o início da redução de estímulos monetários do Federal Reserve.

Às 9h48, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 tinha taxa de 10,68%, ante 10,62% no ajuste da véspera e o DI para janeiro de 2017 apontava 11,78%, ante 11,67%.

Os juros futuros com vencimento nos prazos intermediário e longo abriram em baixa nesta sexta-feira (25), acompanhando principalmente a queda do dólar. A forte desaceleração da inflação captada por monitor da Fundação Getulio Vargas também contribui para o movimento.

No mercado de câmbio, a queda da moeda norte-americana é determinada pela decisão do Banco Central de continuar a rolagem do vencimento de US$ 8,9 bilhões em contratos swap cambial que vencem em 1º de novembro. A possibilidade de o BC interromper a rolagem pressionou ontem o dólar. No fechamento, a cotação superou R$ 2,20, o que não ocorria desde o último dia 9 e levou com ela os juros futuros.

##RECOMENDA##

Segundo uma fonte, além da moeda dos EUA, as taxas refletem a alta de preços medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no critério ponta, calculado pela FGV. De acordo com a fonte, a inflação pelo IPCA ponta passou de 0,73% no último dia 23 para 0,63% na quinta-feira (24), e essa desaceleração foi puxada pelo Grupo Alimentação e Bebidas (1,36% para 1,17%).

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, subiu 0,39% na terceira quadrissemana de outubro, de 0,37% na segunda leitura deste mês. Mas ficou no piso do intervalo das estimativas colhidas pelo AE Projeções (0,39% a 0,45%).

Às 9h45, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 tinha taxa de 10,49%, ante 10,52% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 indicava 11,33%, de 11,37% no ajuste anterior. O juro da T-note de dez anos tinha ligeira baixa.

Os juros futuros negociados na BM&FBovespa iniciaram a sessão em forte alta, em ajuste à decisão de quarta-feira, 9, do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar novamente a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 9,50% ao ano, repetindo palavra por palavra o comunicado divulgado após a reunião. O anúncio foi interpretado pelo mercado como uma sinalização de que haverá nova elevação da taxa básica de igual magnitude no encontro do Copom de novembro, com a possibilidade de o BC estender o ciclo de alta para o próximo ano.

Às 9h19, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 era negociado a 9,52%, de 9,45% no ajuste de ontem, enquanto a taxa para o início de 2015 subia para 10,28%, de 10,09% na véspera. Na parcela longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 apontava 11,18%, de 11,08%.

##RECOMENDA##

Houve portanto uma redução das apostas em um movimento de 0,25 pp para a última reunião deste ano. Até ontem, os investidores estavam bastante divididos com relação à decisão de novembro - o Copom de outubro era dado como certo e, de fato, veio sem surpresas. Os operadores também voltaram a colocar prêmio nos contratos de DI futuro para abril do próximo ano, indicando a possibilidade de que o ciclo de alta de juros se estenda até o início de 2014 - ano de eleições.

A correção só não é mais forte em função da queda do dólar ante o real, que marcava no mesmo horário baixa no mercado à vista de balcão de 0,36%, cotado a R$ 2,1980, na máxima do dia até o momento.

Enquanto não vem a ata da reunião, com eventuais pistas do passo do BC no futuro, na próxima quinta-feira, o mercado deve se concentrar na presença do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na 96ª reunião de presidentes de bancos centrais do Centro para Estudos Monetários latino-americanos e também no jantar de trabalho do G-20, ambos nesta quinta-feira, 10, em Washington.

Já a parcela longa da curva a termo, que ontem apontou para a baixo, novamente sob influência da entrada de investidores estrangeiros, sobe na manhã de hoje, pressionada pelos Treasuries norte-americanos. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve se encontrar hoje, ainda sem previsão de horário, com um grupo de 18 republicanos, na Casa Branca, incluindo o presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, e o líder da bancada, Eric Cantor.

Com relação à inflação doméstica, se ontem o IPCA de setembro mostrou sinais do repasse do câmbio para os preços ao consumidor, a primeira prévia do IGP-M de outubro trouxe certo alívio vindo do atacado, influenciado por desaceleração tanto nas matérias-primas brutas quanto nos bens intermediários.

Houve redução no ritmo de alta da soja em grão (de 9,72% na prévia de setembro para 0,01%), do leite in natura (de 4,31% para 0,59%) e da laranja (de 19,67% para 3,92%). Esses itens conseguiram, em alguma medida, compensar os avanços observados no minério de ferro (2,79% para 6,64%), bovinos (-0,28% para 2,65%) e mandioca (-4,01% para 0,23%).

A primeira prévia do IGP-M de outubro registrou alta de 0,85%, ante avanço de 1,02% em igual prévia do mesmo índice no mês passado, segundo a FGV. A taxa ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam entre 0,68% e 1,25%, e ligeiramente acima da mediana, de 0,84%.

Os juros futuros de longo prazo recuam na manhã desta quarta-feira (2), acompanhando os movimentos do dólar ante o real e dos juros dos Treasuries nos Estados Unidos. Esses dois ativos aceleraram a queda após a divulgação de um dado de emprego abaixo do esperado naquele país. Já as taxas de curto prazo operam praticamente estáveis, refletindo a estagnação da produção industrial em agosto, na comparação com julho, e a percepção de que o Banco Central elevará a Selic em 0,50 ponto porcentual na semana que vem e em mais 0,50 ponto porcentual em novembro.

A produção da indústria brasileira ficou estável em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio em linha com a mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (estabilidade). Em relação a agosto de 2012, a produção caiu 1,2%, mais que a mediana das estimativas (-0,85%). Na avaliação de um operador, a produção na comparação interanual (-1,2%) "corrobora o cenário de crescimento menor" da economia brasileira neste trimestre.

##RECOMENDA##

Às 10h35, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 projetava 9,38%, igual ao ajuste de terça-feira, 1. O DI para janeiro de 2015 indicava 10,29%, ante 10,31% e o DI para janeiro de 2017, 11,41% (11,43% ontem). No trecho longo da curva a termo, o contrato para janeiro de 2021 apontava 11,80%, de 11,86% no ajuste anterior.

O dólar à vista no balcão caía 0,40%, a R$ 2,214. O juro da T-note de dez anos estava em 2,621%, ante 2,643% na tarde de ontem. Os dois ativos foram às mínimas da sessão, mais cedo, em reação à criação de 166 mil empregos pelo setor privado dos EUA em setembro, segundo pesquisa ADP/MA. Analistas esperavam geração de 178 mil novas vagas. A crise fiscal no país segue no radar.

Os juros futuros abriram nesta terça-feira, 1, com viés de alta, sustentados por ajustes de posições e ainda repercussão do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). As taxas de longo prazo, porém, inverteram a direção e passaram a cair com a desvalorização do dólar ante o real.

"O mercado não gostou da avaliação do BC no relatório de inflação sobre o fiscal. Levanta dúvidas quanto à autonomia do BC no combate à inflação", afirmou o gerente de renda fixa da Leme Investimentos, Paulo Petrassi, avaliando que tais dúvidas são o principal fator a pressionar as taxas para cima. O RTI trouxe ainda piora nas projeções de inflação para 2014 e 2015 e, com isso, os juros de curto prazo passaram a precificar de forma majoritária mais duas elevações de 0,50 ponto porcentual da Selic até o fim de 2013.

##RECOMENDA##

As taxas de longo prazo são as mais sensíveis ao comportamento do dólar e acompanharam a desvalorização da moeda, há pouco, em meio a leilão de venda pelo BC no mercado futuro. No cenário externo, o dólar perde força em meio à perspectiva de que o Federal Reserve possa adiar novamente o início da retirada de estímulos monetários nos EUA, para proteger a economia de eventuais impactos da paralisação parcial do governo a partir de hoje. O "fechamento" do governo ocorreu pela não aprovação do Orçamento do ano fiscal de 2014.

Às 10h10, o contrato de Depósito Interfinaceiro (DI) para janeiro de 2015 apontava 10,21%, na mínima, de 10,24% no ajuste de segunda-feira, 30 de setembro, o DI para janeiro de 2017, 11,34% (11,42% ontem). No trecho curto, o DI para janeiro de 2014 indicava 9,37%, de 9,36% na véspera. O dólar à vista no balcão caía 0,77%, a R$ 2,199, na mínima.

Mais cedo, saiu a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) em setembro, que ficou em 0,30%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado representa aceleração ante a taxa de 0,20% de agosto. Porém, ficou abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro colhidas pelo AE Projeções, de 0,32%.

Os juros futuros mais curtos, que indicam a perspectiva dos investidores para os próximos passos do Banco Central, permanecem estáveis, ratificando apostas de que o ciclo de aumento da Selic será encerrado em novembro, com mais duas elevações de 0,50 ponto porcentual da taxa básica.

Os analistas acreditam que os dados do varejo divulgados na quinta-feira, 12, em alta de 1,9% em julho ante junho, e o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) estável no período maio-julho ante fevereiro-abril, conhecido nesta sexta-feira, 13, indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro não deve escorregar para o terreno negativo no terceiro trimestre. Isso até poderia elevar a pressão sobre a inflação. Ainda assim, após a ata da última reunião do Copom, que mostrou um Banco Central menos duro do que gostariam os investidores, poucos apostam em um aperto mais longo ou mais acentuado neste momento.

##RECOMENDA##

Já os contratos mais longos da curva a termo passaram a cair depois que os dados norte-americanos divulgados às 9h30 derrubaram tanto o dólar quanto o juro dos Treasuries. As vendas no varejo e o núcleo da inflação ao produtor nos Estados Unidos vieram abaixo do esperado, sinalizando que o ritmo do crescimento econômico no país continua lento. Sob o risco de interromper a retomada ainda incipiente da atividade, o Federal Reserve, que se reúne na próxima semana, poderia adiar a redução dos estímulos monetários.

Às 10h24, o contrato de DI futuro para janeiro de 2015 era negociado a 10,45%, de 10,49% no ajuste de ontem, enquanto o DI para janeiro de 2017 estava em 11,67%, de 11,72% na véspera. No mesmo horário, o dólar estava em baixa de 0,04%, a R$ 2,2720. O juro da T-Note de 2 anos oscilava para 0,4510% e o da T-Note de 10 anos recuava para 2,9040%.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,33% em julho ante junho, após registrar alta de 1,03% em junho ante maio (dado revisado), na série com ajuste sazonal. O resultado foi melhor do o estimado (-0,60%). O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

Já nos Estados Unidos, em agosto, o setor varejista norte-americano vendeu 0,2% mais que em julho, mas analistas consultados pela Dow Jones Newswires previam uma alta maior, de 0,5%. Já o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) veio misto, avançando 0,3% em agosto/julho, ante um aumento esperado de 0,2%, e com núcleo vindo estável, abaixo do acréscimo previsto de 0,1%.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando