Os juros futuros abriram bem pressionados, acompanhando a forte alta do dólar, e há pouco disparavam em torno de 35 pontos-base nos vencimentos mais líquidos. Esses mercados refletem o persistente ambiente de aversão a risco em relação ao País, agravado pela crise política. Para completar, a pesquisa Focus, divulgada mais cedo, mostrou piora em várias projeções, com destaque para o IPCA e o PIB.
Às 9h35, o DI para janeiro de 2016 tinha taxa de 13,84%, na máxima, de 13,51% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2017 exibia taxa de 13,78%, na máxima, ante 13,43% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 estava em 13,19%, ante 12,83% no ajuste de sexta-feira. Já o Ibovespa futuro caía 1,55%, aos 49.981,19 pontos. O dólar à vista no balcão subia 1,93%, a R$ 3,1090, na máxima.
##RECOMENDA##No front político, após seu discurso em cadeia nacional de rádio e TV ter sido recebido com panelaço e buzinaço em várias capitais brasileiras, a presidente Dilma Rousseff prossegue em seu esforço para minimizar os conflitos com o Congresso. Ela se reúne nesta manhã com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), e ministros do núcleo duro do governo (Aloizio Mercadante, da Casa Civil; Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral; Pepe Vargas, das Relações Institucionais; José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Jaques Wagner, da Defesa). Às 17h30, Dilma recebe líderes dos partidos aliados no Senado.
Na pesquisa Focus, as projeções para IPCA 2015 foram elevadas de 7,47% para 7,77%, a décima semana consecutiva de alta das previsões. No Top 5 de médio prazo, a mediana para o IPCA deste ano passou de 7,51% na semana passada para 7,97% agora. Para março, as projeções para IPCA subiram de 0,95% para 1,14%. Para 2016, as estimativas para IPCA subiram de 5,50% para 5,51%. Diante desse cenário de inflação pressionada e acima do teto de 6,5% da meta do BC, a expectativa de alta da Selic de 12,75% para 13,00% em abril foi mantida, com a taxa encerrando o ano nesse patamar.
Outros índices de inflação também tiveram as projeções elevadas: as projeções para IGP-DI 2015 subiram de 5,82% para 5,97%, enquanto as dos preços administrados foram elevadas de 11,00% para 11,18% este ano. As projeções para PIB em 2015 passaram de retração de 0,58% para -0,66%. Para 2016, a projeção é de expansão de 1,40%, de 1,50% na semana anterior. O câmbio para fim de 2015 subiu de R$ 2,91 para R$ 2,95. Mais cedo, foi divulgado ainda que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 1,26% na primeira quadrissemana de março, ante 0,97% na anterior.