Tópicos | julgamento de Lula

O presidente Michel Temer (MDB) afirmou que é melhor que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja derrotado politicamente para não ser “vitimizado”. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, neste sábado (20), ele se negou a avaliar as circunstâncias em que o petista será julgado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região, na próxima quarta-feira (24), e pontua que se Lula for candidato à Presidência, o povo dirá se quer ou não seu retorno. 

“Não posso dizer uma coisa que está sob apreciação do TRF. Agora, acho que se o Lula participar, será uma coisa democrática, o povo vai dizer se quer ou não. Convenhamos, se fosse derrotado politicamente, é melhor do que ser derrotado [na Justiça] por foi vitimizado. A vitimização não é boa para o país e para um ex-presidente. Faço isso com todas as ressalvas, para não parecer que estou interferindo”, salientou.

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O ex-presidente vai ser julgado, em segunda instância, pelo processo da Lava Jato referente ao pagamento de propina da empresa OAS, a partir de um triplex no Guarujá, litoral de São Paulo. O ex-presidente foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, em primeira instância, a cumprir 9 anos e 6 meses de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Além da detenção, a sentença também o proíbe de exercer cargos públicos por 7 anos e a pagar uma multa de R$ 669,7 mil.

Caso condenado, Lula pode ser impedido pela Justiça Eleitoral de ser candidato em outubro. Questionado sobre o que muda sem o petista na disputa, Michel Temer disse que isso vai “agitar o meio político”. 

“Muda um pouco porque ele está sempre cotado em primeiro lugar nas pesquisas. Evidentemente que isso vai agitar o meio político para saber  quem é o candidato de centro que possa harmonizar e reunificar o país. Por mais que se diga que o povo quer assim ou assado, ele [povo] vai procurar alguém que seja capaz de continuar as reformas”, declarou o presidente. 

Durante a entrevista, Temer disse que “se fosse possível”, seria bom ter apenas uma candidatura de centro, mas ele ponderou que não acha fácil, “mas isso não me desautoriza a pregar o ideal. O ideal seria isso”.

O presidente também disse que os últimos embates entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), fazem parte do processo. “São posições. Mas isso é natural, há divergências", cravou. 

Michel Temer ainda reforçou que não pensa em ser candidato. "Você sabe que é muito honroso ser presidente, mas eu acabei de dizer que essa história de chegar ao cargo e ser vergastado, chicoteado como fui indevidamente - tanto que estou trabalhando para resgatar o meu aspecto moral - não é bom", declarou. E se negou a dizer quem preferia como sucessor entre Maia, Meirelles e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Relator do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Tribunal regional Federal da 4ª região, o juiz João Pedro Gebran Neto prevê que o resultado do julgamento do petista sairá por volta das 15h da próxima quarta-feira (24). A informação é da coluna Painel, da Folha de São Paulo. De acordo com a programação, a sessão está marcada para começar às 8h30 com a leitura do relatório de Gebran. Em seguida, haverá sustentação oral do Ministério Público e dos sete advogados inscritos por duas horas, cada um durante 15 minutos. Depois, os três desembargadores votam.

Nesta semana, o juiz João Pedro Gebran Neto já negou o pedido da defesa do ex-presidente para que ele fosse ouvido antes do julgamento. Lula será julgado, em segunda instância, pelo processo da Lava Jato referente ao pagamento de propina da empresa OAS, a partir de um triplex no Guarujá, litoral de São Paulo. 

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O ex-presidente foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, em primeira instância, a cumprir 9 anos e 6 meses de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Além da detenção, a sentença também o proíbe de exercer cargos públicos por 7 anos e a pagar uma multa de R$ 669,7 mil.

Segundo a Lava Jato, a empreiteira teria pago R$ 3,7 milhões em propinas ao ex-presidente, através do apartamento, em troca de favorecimento em contratos com a Petrobras. Durante a fase de coleta dos depoimentos, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro confirmou que o político seria o principal beneficiário da reforma do local. Ao depor a Moro, Lula negou todas as acusações.

Pré-candidato a presidente, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou, nesta terça-feira (16), que “está preparado para enfrentar” o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição em outubro, caso o petista não seja impedido pela justiça de participar da corrida eleitoral. A participação de Lula na disputa está condicionada ao resultado do julgamento do recurso dele, no dia 24 de janeiro, contra a sentença do juiz federal Sérgio Moro que o condenou a 9 anos e meio de prisão no caso do triplex, investigado pela Lava Jato. 

“Estou preparado para enfrentar o candidato mais forte que é o Lula, se ele for candidato vamos trabalhar para  vencer. Na política você não impõe, conquista. Vamos mostrar o caminho para o Brasil crescer e ter emprego”, salientou em entrevista a uma rádio paulista. “Petista não está acima da lei, ninguém está acima da lei. Estamos preparados para o trabalho político de convencimento. E é bom que não seja fácil”, acrescentou Alckmin.

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O tucano disse que o embate na disputa será inevitável, “ainda mais com todos os partidos, inclusive o meu, fragilizados como hoje”, e lembrou a eleição de 2006, quando concorreu contra o ex-presidente e perdeu. “Lula ganhou porque a reeleição é muito desigual. Ele ficou no cargo com a caneta cheia e eu tive que renunciar ao mandato nove meses antes”, minimizou.

Geraldo Alckmin ainda pregou que “o Brasil precisa de alguém que resolva os problemas” e pontuou que o centro deve ter mais de uma candidatura em outubro. “Ninguém vai em janeiro já dizer que não tenho candidato. Isso é um processo que vai levar a negociações. Não vai ter um só, serão dois ou três no centro, aí o próprio eleitorado vai ao longo da campanha decidir”, reforçou. Entre os partidos de centro, além do PSDB, DEM e PSD estudam lançar candidatura.

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) publicou um vídeo nas redes sociais, nesta sexta-feira (15), convocando a população para uma mobilização, no próximo dia 24 de janeiro, em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na data está marcado o julgamento pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região, com sede em Porto Alegre, da sentença da Lava Jato que condena Lula a 9 anos e 6 meses de prisão.

Segundo o peemedebista, há “uma mobilização judicial no país que prejudica o processo democrático” e, para combatê-la, é necessário mostrar as instituições que “queremos que e povo decida os nossos destinos”. 

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“Tenho preocupação com a democracia brasileira e a mobilização judicial, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, no combate a corrupção, que é uma mobilização apoiada por todos nós, mas ela ganha uma direção que prejudica basicamente o processo democrático no país”, frisou, pontuando que queria iniciar a convocação para uma vigília na data em que foi marcado o julgamento pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região da sentença da Lava Jato que condena Lula a 9 anos e 6 meses de prisão.  

“Vamos todos a Porto Alegre exigir a volta do país a democracia, que as eleições diretas do Brasil sejam completas e limpas com a participação de Luiz Inácio Lula da Silva. Não é possível que se queira retirar um candidato que pode interromper, de forma clara, todo este processo entreguista de liquidação da civilização brasileira e do estado nacional da soberania”, acrescentou Requião. 

O peemedebista também declarou que o Brasil não pode ser transformado em uma “potência de terceira categoria”.

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