Pré-candidato a presidente, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou, nesta terça-feira (16), que “está preparado para enfrentar” o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição em outubro, caso o petista não seja impedido pela justiça de participar da corrida eleitoral. A participação de Lula na disputa está condicionada ao resultado do julgamento do recurso dele, no dia 24 de janeiro, contra a sentença do juiz federal Sérgio Moro que o condenou a 9 anos e meio de prisão no caso do triplex, investigado pela Lava Jato.
“Estou preparado para enfrentar o candidato mais forte que é o Lula, se ele for candidato vamos trabalhar para vencer. Na política você não impõe, conquista. Vamos mostrar o caminho para o Brasil crescer e ter emprego”, salientou em entrevista a uma rádio paulista. “Petista não está acima da lei, ninguém está acima da lei. Estamos preparados para o trabalho político de convencimento. E é bom que não seja fácil”, acrescentou Alckmin.
##RECOMENDA##O tucano disse que o embate na disputa será inevitável, “ainda mais com todos os partidos, inclusive o meu, fragilizados como hoje”, e lembrou a eleição de 2006, quando concorreu contra o ex-presidente e perdeu. “Lula ganhou porque a reeleição é muito desigual. Ele ficou no cargo com a caneta cheia e eu tive que renunciar ao mandato nove meses antes”, minimizou.
Geraldo Alckmin ainda pregou que “o Brasil precisa de alguém que resolva os problemas” e pontuou que o centro deve ter mais de uma candidatura em outubro. “Ninguém vai em janeiro já dizer que não tenho candidato. Isso é um processo que vai levar a negociações. Não vai ter um só, serão dois ou três no centro, aí o próprio eleitorado vai ao longo da campanha decidir”, reforçou. Entre os partidos de centro, além do PSDB, DEM e PSD estudam lançar candidatura.