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A pressão pelo adiamento do Enem, que tem crescido nos últimos dias com pedidos de universidades e atos de protesto organizados on-line, e com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) admitindo que o Exame Nacional do Ensino Médio pode atrasar, tem recebido apoio no Senado. 

Por meio das redes sociais, senadores como Weverton (PDT-MA), Simone Tebet (MDB-MS) e o ex-presidente Fernando Collor (Pros-AL) fizeram enquetes para perguntar a opinião da população sobre o adiamento da prova. “Mesmo com números expressivos de inscritos, divulgados pelo MEC, há uma forte corrente contrária à realização das provas, por conta da pandemia”, disse Collor, cuja pesquisa informal teve 2.193 respostas até esta sexta-feira (15), com 77,5% das pessoas contrárias ao cronograma do Enem. 

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A senadora Leila Barros (PSB-DF) apontou para desigualdades sociais entre estudantes brasileiros, que se assentuam durante a pandemia de Covid-19, devido ao fechamento das escolas e necessidade de implementação do ensino remoto. "O adiamento é necessário para que nenhum estudante seja prejudicado pela pandemia, principalmente os mais carentes", escreveu ela em seu Twitter. Uma posição semelhante foi defendida por Paulo Paim (PT-RS), para quem o adiamento do Enem seria uma medida justa. “Enormes prejuízos para pobres e negros que vivem nas periferias e não têm acesso à internet”, afirmou o senador.

Projetos

Há alguns projetos tramitando no Senado no que diz respeito ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e ações para mitigar os impactos da Covid-19 sobre os estudantes que almejam ocupar vagas no ensino superior. 

O projeto de lei (PL 1.277/2020) da senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) prevê a prorrogação automática de prazos para provas, exames e demais atividades para acesso às universidades quando for decretado estado de calamidade pelo Congresso ou as atividades de ensino do país estiverem comprometidas. Já os senadores Izalci Lucas (PSDB-DF) e Jader Barbalho (MDB-PA) apresentaram projetos de Decreto Legislativo (PDL 137/2020 e PDL 218/2020) com o objetivo de suspender os editais do Enem 2020, tornando-os inválidos.

*Com informações de Agência Senado

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O senador Jader Barbalho (MDB-PA) ironizou nesta terça-feira, 29, os debates sobre uma possível "renovação" no MDB a partir da escolha de um candidato do partido para disputar a presidência do Senado. Considerado um antigo aliado de Renan Calheiros (MDB-AL), que disputa a preferência da bancada com Simone Tebet (MDB-MS), Jader disse que "essa história de renovação" é "conversa fiado" para "iniciados".

Como exemplo, ele fez uma referência indireta ao ex-presidente e atual senador pelo PROS Fernando Collor (AL), que se apresentava como o "novo" e era conhecido como "caçador de Marajás" quando ganhou as eleições de 1989.

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"Não vou discutir nomes. Esse negócio de velho em política...eu já conheci muito novo que antes de começar já está velho. Me lembro do caçador de Marajás. Me lembro de tanta coisa, a minha memória me persegue. Então esse negócio de velho ou novo é irrelevante, tem que ter é legitimidade", complementou.

Em seguida, questionado se não era a hora do MDB se renovar politicamente, ele emendou: "essa história de renovação, não vou nessa conversa. Isso é conversa para iniciado e eu não sou iniciado. Já tenho alguma estrada, não vou atrás de conversa fiada", rebateu.

O parlamentar, que já foi presidente do Senado, foi perguntando, então, sobre qual avaliação fazia do nome de Simone Tebet, a única candidata mulher entre os nomes colocados. "Não tem nada contra as mulheres, sempre me dei bem com elas", respondeu.

Os alvos da operação Leviatã, deflagrada na manhã desta quinta-feira, 16, pela Polícia Federal, são ligados aos senadores do PMDB Edison Lobão (MA) e Jader Barbalho (PA). O primeiro alvo é Márcio Lobão, filho do senador, que já foi citado na delação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. O outro alvo da operação de hoje é o ex-senador Luiz Otávio Campos, considerado por investigadores um apadrinhado político de Barbalho.

Os nomes de Márcio Lobão e de Luiz Otávio Campos foram indicados na delação do executivo da Andrade Gutierrez Flávio Barra, que relatou pagamentos realizados pela empreiteira pelas obras da usina hidrelétrica de Belo Monte e também pela usina de Angra 3.

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Segundo o ex-diretor da Andrade Gutierrez, integrante do consórcio construtor de Belo Monte, entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões foram repassados ao senador Edison Lobão (PMDB) pelas obras de Angra 3 e R$ 600 mil de Belo Monte. De acordo com o delator, o valor relacionado a Belo Monte foi entregue em espécie na casa de Márcio Lobão, filho do senador. Ainda em sua delação, o executivo disse que a propina em Belo Monte era de 0,5% para o PT e 0,5% para o PMDB - porcentual sobre o valor do contrato.

As buscas desta quinta são feitas nas residências e escritórios de trabalho dos alvos, suspeitos de fazerem o repasse de valores aos políticos que estão na mira do inquérito. Os investigados podem responder por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A operação foi autorizada pelo ministro Luiz Edson Fachin. Apesar de ser o novo relator da Lava Jato no STF desde a morte de Teori Zavascki, Fachin já era o relator das investigações sobre Belo Monte - que ficaram desmembradas no STF das apurações que envolviam a Petrobras.

No inquérito, são investigados, além de Lobão e Barbalho, os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e Valdir Raupp (PMDB-RO). Procuradoria-Geral da República e Polícia Federal investigam, neste inquérito, se foi feito pagamento de propina de 1% sobre o valor dos contratos assinados pelas obras de Belo Monte a partidos políticos envolvidos na liberação do projeto da hidrelétrica no Pará.

A suspeita é de que as empresas que integram o consórcio responsável pela obra fizeram o pagamento. Lobão é hoje o atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado, responsável por sabatinar o novo ministro do STF e também o futuro procurador-geral da República.

Em seu acordo de delação premiada, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado contou que o pagamento de propinas ao senador Jader Barbalho (PMDB-PA) envolveu, além de doações oficiais de campanha, repasses em espécie feitos por um empresário que pretendia fechar contrato com a subsidiária da Petrobras e até a oferta de apoio "logístico" de um banco.

Nos depoimentos à Procuradoria-Geral da República (PGR), o delator disse que o peemedebista o "pressionava muito" por recursos ilícitos. Machado revelou ter dado, entre 2004 e 2007, R$ 4,25 milhões para Jader, sendo R$ 1,25 milhão em contribuições eleitorais e outros R$ 3 milhões em espécie. As entregas, segundo ele, eram feitas por um funcionário da empresa de seu filho, Daniel.

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Parte do dinheiro referia-se a uma dívida de US$ 100 mil (R$ 348,9 mil, ao câmbio desta quinta-feira) de Jader com um advogado. Conforme a versão do delator, a quantia foi rateada e paga pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Edison Lobão (PMDB-MA), também citados como beneficiários do esquema na Transpetro.

Machado afirmou que, como havia muita pressão, também cobrou suborno do empresário Miguel Iskin, que estaria tentando direcionar uma licitação na subsidiária da Petrobrás para obter contrato de tratamento de resíduos sólidos. O pagamento, cujo valor não foi informado, teria sido feito. Apesar disso, Machado disse que Iskin não fechou o negócio, que beneficiaria uma empresa francesa. "Miguel reclamou muito."

Desgaste

O delator contou ainda ter tido mais um problema depois disso, quando Barbalho pediu que o executivo pagasse uma dívida sua com o Banco BVA ou seu presidente, José Augusto Ferreira do Santos. Ele contou que Santos o procurou "diversas vezes" para cobrar o valor (não detalhado), mas que não fez repasse de propina para "essa finalidade". O presidente do banco teria ainda oferecido, sem sucesso, "apoio logístico" para o pagamento de propinas a Barbalho e a outros políticos.

Machado relatou que, como o pleito de Barbalho não foi atendido, houve um "desgaste" e, a partir daí, Renan passou a solicitar pagamentos para Jader na forma de doações eleitorais, feitas por empreiteiras.

Santos também foi citado em outro esquema investigado pela Lava Jato. Em sua delação, o ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró disse que, entre 2009 e 2010, houve uma ordem de Edison Lobão, então ministro de Minas e Energia, para que o BVA fosse atendido na Petrobras. Lobão teria feito pressão para que o Petros, fundo de pensões da estatal, investisse na instituição financeira.

O BVA faliu em 2014, o que gerou perdas para o fundo. A defesa de Lobão alega que ele "não se lembra" de conhecer Santos. A Petros investiu em títulos estruturados pelo banco e recorreu à Justiça para recuperar parte dos recursos investidos.

Jader reiterou que não recebeu favores de Machado. "Machado é um canalha e roubou a Transpetro de todas as formas." Iskin disse que as afirmações de Machado "não são verdadeiras". Santos não foi localizado. Os administradores da massa falida do BVA não se manifestaram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró - preso desde janeiro na Operação Lava Jato - afirmou em delação premiada na Procuradoria-Geral da República que pagou propina de US$ 6 milhões aos senadores Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), ambos do PMDB, em 2006. Na ocasião, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) recebeu cerca de US$ 800 mil. Cerveró disse que pagou propina em troca de apoio político para permanecer no cargo.

Segundo o ex-diretor, quem fez a operação do pagamento dos valores foram os lobistas Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, e Jorge Luz, apontados como operadores de propinas do PMDB.

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"Que o declarante (Cerveró) havia se comprometido com o PMDB, nas pessoas de Jader Barbalho e Renan Calheiros, a efetuar o repasse de US$ 6 milhões para a campanha de 2006", registrou a Procuradoria-Geral da República.

Cerveró fechou acordo de delação dia 18 de novembro. Ele é o pivô da prisão de Delcídio, ocorrida no dia 25 de novembro. Com medo das revelações do ex-diretor da Petrobras, o petista, ex-líder do governo no Senado, teria tramado barrar a Lava Jato. Seu plano consistia em financiar com o banqueiro André Esteves - que também foi preso - a fuga de Cerveró para a Espanha.

O ex-diretor da Petrobras foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro por corrupção e lavagem de dinheiro. Acuado, com remotas chances de obter habeas corpus, Cerveró decidiu fazer delação.

Fontes

Ele afirmou que os US$ 6 milhões destinados a Renan e Jader, além da parte de Delcídio, foram retirados de duas fontes. A primeira delas do saldo da propina referente à contratação da sonda Petrobras 10000.

Segundo o delator, a parcela foi "resultado da diferença entre o valor ilícito total cobrado e o montante efetivamente reservado a funcionários da Petrobras e a Fernando Baiano". A outra fonte veio do adiantamento de propina referente à contratação da sonda Vitória 10000, feito pelo lobista Julio Camargo, no valor de US$ 2 milhões.

"A parte mais substancial dessas propinas foi repassada ao PMDB nas pessoas de Jader Barbalho e Renan Calheiros", declarou Cerveró.

O ex-diretor disse que Delcídio recebeu sua parte do adiantamento de uma propina repassada por Julio Camargo no valor de US$ 2 milhões. "Foi repassada uma quantia menor, de aproximadamente US$ 800 mil para Delcídio Amaral, em pagamento dos US$ 2,5 milhões prometidos em 2005 e 2006 no início da campanha a governador do Estado de Mato Grosso do Sul." Os US$ 6 milhões para Jader e Renan, segundo Cerveró, foram obtidos logo depois de concluída a negociação referente à sonda Petrobras 10000.

Segundo ele, a multinacional Samsung "demonstrou a possibilidade de construção de uma nova sonda e, por intermédio do lobista Julio Camargo, verificou com a Petrobras se haveria interesse na contratação dessa nova sonda. "A Petrobras tinha interesse nisso, e o declarante sinalizou esse interesse a Julio Camargo, mas condicionou a contratação ao pagamento de uma propina de US$ 20 milhões; que, então, Julio Camargo aceitou essa condição, tendo sido feita a contratação da segunda sonda, a Vitória 10000 pela Petrobras." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram arquivar uma ação penal que era movida contra o senador Jader Barbalho (PMDB-PA). A decisão foi tomada por unanimidade pelos ministros após parecer do Ministério Público Federal, que argumentou a extinção da punibilidade devido à prescrição do crime.

O senador era acusado de peculato por uma desapropriação de terras realizada em 1988, quando ocupava o cargo de ministro da reforma e do desenvolvimento agrário. Na denúncia apresentada ao Supremo, o Ministério Público argumentava que a desapropriação de um imóvel denominado Vila Amazônia teve indenização ampliada "indevidamente".

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"É uma situação jurídica em que salta aos olhos a prescrição da pretensão punitiva, e o parecer do titular da ação penal é nesse sentido", afirmou o relator do caso na Primeira Turma, o ministro Marco Aurélio Mello. O relator foi seguido por Luiz Fux, revisor do caso, e pelos ministros Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin.

O caso prescreveu graças a um dispositivo do Código Penal, que reduz à metade o prazo de extinção de punibilidade para réus com idade superior a 70 anos. Este não é o primeiro caso em que o senador se livra de uma ação penal devido à prescrição da punibilidade. Apenas este ano, ele deixou de responder por outras duas ações penais no Supremo.

Integrante do grupo mais próximo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) afirmou nesta quarta-feira (12) que o partido não está preocupado em "salvar a presidente Dilma", mas em encontrar caminhos para a atual crise política e econômica. O peemedebista participou do encontro realizado hoje em Brasília que contou com a presença do ex-presidente Lula, do vice-presidente da República, Michel Temer, de Renan, lideranças e ministros do partido. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rompido com o governo, foi convidado, mas não compareceu.

"Não está se fazendo nenhuma cortina de fumaça para tentar salvar Dilma. Ninguém está preocupado em salvar Dilma, mas o País. Os governos, as pessoas, passam, mas o País não. A situação nos Estados e municípios é grave e não podemos ficar aqui apenas assistindo", ressaltou Jader. O peemedebista admitiu, entretanto, que as iniciativas como a criação do pacote anticrise, apresentado nesta semana por Renan, tem ajudado "arrefecer" o clima de instabilidade política dentro do Congresso. As medidas também tiveram apoio do ex-presidente Lula.

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"Ele se mostrou preocupado com a situação, mas disse que as propostas são uma saída para a crise", afirmou Jader. Segundo Renan, nas conversas, o ex-presidente também considerou que deve haver "sensibilidade" por parte do governo para "qualificar" o debate.

"Ele Lula acha que se o governo tiver sensibilidade isso pode qualificar o debate. Falou da necessidade de se ter um rumo de discussão", afirmou Renan Calheiros.

Na tarde de hoje, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deve se reunir com os senadores para apontar quais pontos o governo está de acordo em relação ao pacote de Renan. Dos 29 itens propostos, pelo menos 19 já estão em discussão no Congresso, segundo a liderança do governo no Senado. Nem todas são palatáveis ao governo.

As propostas que incluem a cobrança no Sistema Único de Saúde (SUS) por faixa de renda e a revisão dos marcos jurídicos que regulam as áreas indígenas são vistas como as mais polêmicas. Já a criação de um imposto sobre herança e a limitação de que sejam concedidas liminares para que os governos paguem por tratamentos de saúde considerados experimentais agradam ao governo.

O candidato a governador do Pará Helder Barbalho (PMDB), filho do senador Jader Barbalho (PMDB), declarou à Justiça Eleitoral ter uma participação nas empresas de sua família menor do que o valor real. A omissão é de R$ 433,9 mil e corresponde ao que o candidato subtraiu das cotas que possui da TV RBA (retransmissora da Bandeirantes), do jornal Diário do Pará e do portal Diário Online.

O jornal O Estado de S. Paulo encontrou a discrepância ao cruzar a declaração de bens de Helder Barbalho com registros da Junta Comercial do Pará, que mostram dados atualizados sobre as empresas sediadas no Estado. A declaração é exigida de todos que desejam disputar as eleições e se torna pública a partir de sua entrega.

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A maior diferença, de R$ 275 mil, está no valor atribuído por Helder à participação na DOL Ltda., correspondente ao site Diário Online. O capital da empresa, de R$ 600 mil, é dividido entre Helder (R$ 300 mil) e seu irmão Jader Barbalho Filho (R$ 300 mil). Mas, na declaração, ele colocou um valor 12 vezes menor: apenas R$ 25 mil.

No Diário do Pará, jornal impresso da família Barbalho, Helder disse ter cota de R$ 150 mil. Mas sua parte vale R$ 240 mil. O capital da empresa é de R$ 1,2 milhão. O senador Jader tem R$ 468 mil. A mãe de Helder, deputada Elcione Barbalho, e Jader Filho têm R$ 240 mil cada. E Laércio Wilson Barbalho tem R$ 12 mil.

Na TV RBA, o político afirmou possuir cota de R$ 306 mil. Mas o valor é de R$ 375 mil. O capital da empresa, de R$ 1,5 milhão, está dividido em quatro cotas iguais. Os sócios são Helder, seu pai, sua mãe e seu irmão.

A reportagem consultou especialistas em direito eleitoral, sem dizer a eles a qual candidato se referia. O juiz Márlon Reis, integrante do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, disse que a apresentação de informações falsas constitui crime de falsidade ideológica, mas que os candidatos não têm sido punidos. "É possível interpretar a lei mais rigorosamente. Mas não é assim que entende a Justiça Eleitoral. A omissão de bens ou a apresentação de bens de forma diversa da realidade deveria acarretar no indeferimento do registro do candidato", disse o magistrado.

O advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral José Eduardo Rangel de Alckmin afirmou que o erro pode ser corrigido com a retificação da declaração. "Ao cometer esse equívoco, ele fica sujeito a prestar esclarecimentos. Mas, a princípio, não é má fé. É uma riqueza precedente e ele, a rigor, não enriqueceu na campanha. Isso sim seria grave. Porque estaria, certamente, desviando dinheiro da campanha".

Helder Barbalho, por meio de sua assessoria, informou que os valores corretos são os da Junta Comercial e que vai retificar sua declaração de bens. Ele não quis mostrar sua declaração de Imposto de Renda à reportagem, mas disse que ela não apresenta o mesmo erro da declaração entregue à Justiça Eleitoral.

A defesa do senador Jader Barbalho (PMDB-PA) protocolou embargo de declaração contra a sentença do juiz Waldemar Claúdio de Carvalho, que condenou o parlamentar a ressarcir R$ 2,2 milhões à União, por apropriação ilícita de recursos federais, da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). No embargo, apresentado sexta-feira, 12, a alegação é de que existe obscuridade, omissão ou contradição na sentença. O recurso será analisado pelo próprio juiz que proferiu a sentença.

Na ação civil pública, de 2007, a Procuradoria da República do Tocantins acusa Barbalho de receber parte dos R$ 18 milhões que teriam sido destinados à Imperador Agropastorial, de Cristalândia (TO).

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O juiz condenou também, em primeira instância, Itelvino Pisoni, Vilmar Pisoni, Vanderlei Pisoni, Cristiano Pisoni, Daniel Rebeschini, Otarcízio Quintino Moreira, Raimundo Pereira de Sousa, Wilma Urbano Mendes, Joel Mendes e Amauri Cruz Santos. Eles terão de devolver à União R$ 11.136.583,25. A condenação data de 4 de julho e a publicação foi feita no dia 9.

A defesa de Jader Barbalho alega que as provas não foram devidamente analisadas pelo juiz e que o senador não tinha relação com a família Pisoni, proprietária da Imperador Agropastoril. No entanto, o processo tem declarações de Santos, que seria o intermediário da negociação, de que Barbalho recebeu repasses, a maioria em cheque.

Até as 18 horas desta segunda-feira, último dia de prazo, a Imperador Agropastorial não havia apresentado embargo de declaração à sentença. Quando da condenação, a empresa alegou que nunca teve nenhum contato com o senador.

Todos os envolvidos podem entrar com apelação, questionando a condenação. Como o processo tem procuradores distintos, o prazo para apelação é de 30 dias, a partir da publicação da sentença, e vence em 8 de agosto. Neste caso, o processo vai para a segunda instância.

O caso

 

De acordo com a Procuradoria da República no Tocantins, autora da ação civil pública, os Pisoni e Rebeschini negociaram com Jader Barbalho a liberação de R$ 18 milhões para um projeto de produção e beneficiamento de grãos e sementes de arroz e cultivo de milho com o objetivo de produzir ração. O projeto foi aprovado em 1998. Santos seria o intermediário da negociação, que incluía uma comissão de 20% a ser paga ao senador. Os demais envolvidos também teriam participado do esquema fraudulento.

Este foi apenas um dos muitos projetos fraudados na Sudam. O escândalo se tornou conhecido em 2000 e levou à renúncia de Barbalho, então presidente do Senado. O rombo aos cofres públicos é estimado em R$ 1,2 bilhão.

O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) foi condenado a ressarcir R$ 2,2 milhões à União, por apropriação ilícita de recursos públicos federais do Fundo de Investimento da Amazônia (Finam), da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). A verba havia sido destinada à Imperador Agroindustrial de Cereais S/A, com sede em Cristalândia (TO).

A sentença, de primeira instância, é do juiz titular da 2ª Vara da Seção Judiciária do Tocantins, Waldemar Cláudio de Carvalho, e foi dada dia 4 de julho. Com Jader Barbalho, a Justiça Federal condenou também Itelvino Pisoni, Vilmar Pisoni, Vanderlei Pisoni, Cristiano Pisoni, Daniel Rebeschini, Otarcízio Quintino Moreira, Raimundo Pereira de Sousa, Wilma Urbano Mendes, Joel Mendes e Amauri Cruz Santos. Eles terão de devolver à União o total de R$ 11.136.583,25. O juiz também manteve a indisponibilidade dos bens de todos os acusados, determinada em 2008, pela desembargadora federal Selene Alves de Almeida, da 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

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A assessoria do senador informou que ele vai recorrer da sentença. A Imperador Agroindustrial, de propriedade dos Pisoni, não se pronunciou sobre o assunto.

O caso

De acordo com a Procuradoria da República no Tocantins, autora da ação civil pública, os Pisoni e Rebeschini negociaram com Jader Barbalho a liberação de R$ 18 milhões para um projeto de produção e beneficiamento de grãos e sementes de arroz e cultivo de milho com o objetivo de produzir ração. O projeto foi aprovado em 1998. Santos seria o intermediário da negociação, que envolvia uma comissão de 20% a ser paga ao senador. Os demais envolvidos também teriam participado do esquema fraudulento.

O escândalo se tornou conhecido em 2000 e levou o então senador Barbalho a renunciar em 2001. Em 2010, vitorioso para o Senado e enquadrado na Lei da Ficha Limpa, só conseguiu assumir o cargo em dezembro de 2011 por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O rombo aos cofres públicos é estimado em R$ 1,2 bilhão.

Liberado nesta quarta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para tomar posse no Senado, o ex-governador do Pará Jader Barbalho compareceu ao jantar dos senadores escoltado pelo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL).

"Estou muito satisfeito, o STF confirmou a decisão democrática do povo do meu Estado", declarou o peemedebista ao chegar à festa na casa do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Eunício Oliveira (PMDB-CE).

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"Jader é uma força importante para a bancada. Ele briga como um urso, de pé", comparou o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO). Mas Jader - que no passado travou embates históricos com o ex-presidente do Senado, o falecido Antonio Carlos Magalhães - rejeitou a comparação de Raupp. "Eu não chego para brigar, eu venho para colaborar, para me integrar à bancada. Venho em missão de paz."

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu hoje o julgamento que garante a posse de Jader Barbalho (PMDB-PA) no Senado. O julgamento tinha começado em novembro , mas na ocasião a votação terminou empatada (cinco votos favoráveis e cinco contrários) e foi suspensa na espera da chegada do 11º integrante da corte, o que permitiria o desempate. Essa vaga será ocupada pela ministra Rosa Weber, que teve a indicação aprovada esta semana no Senado. Ela, no entanto, deverá tomar posse somente em fevereiro.

Hoje, entretanto, o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, anunciou que a defesa de Jader Barbalho havia protocolado uma petição requerendo que o julgamento fosse concluído antes de o tribunal se manifestar sobre um pedido semelhante de Paulo Rocha (PT-PA), que também disputou uma vaga ao Senado e, assim como Jader, foi excluído da disputa por causa da Lei da Ficha Limpa. Para desempatar o julgamento, o presidente do STF deu hoje voto de qualidade, ou seja, votou duas vezes, as duas favoráveis a Jader, desempatando a votação do caso.

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Apesar de ter sido o segundo mais bem votado do seu Estado, Pará, o Jarder Barbalho não chegou a ser diplomado senador da república por causa da Lei da Ficha Limpa. Agora, com sua volta à Casa perde a cadeira a senadora do PSOL, Marinor Brito.

 

 

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