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Um navio que fazia o carregamento de 5 mil cabeças de boi naufragou na manhã desta terça-feira (6), no maior porto do Pará, o Porto de Vila do Conde, às margens do Rio Pará no município de Barcarena, distante cerca de duas horas da capital. Ele faz parte do Arco Norte, composto também pelos portos de Itacoatiara (AM), Santarém (PA), Itaqui (MA), Salvador (BA) e Ilhéus (BA).

A embarcação Aidar, de bandeira Libanesa, da Exportadora Minerva, sairia com destino à Venezuela. Ela estava atracada, mas tombou para cima do cais após o carregamento. Ainda não se sabe as causas do acidente.

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Nas imagens que circulam pela internet, os animais aparecem tentando sair da embarcação pela lateral do navio que já estava quase completamente submerso. As imagens aéreas já mostram vazamento de óleo no rio. Além disso, foi possível identificar animais que tentavam fugir do acidente sendo mortos nas beiras do rio por moradores ribeirinhos das proximidades.

A Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) informou em nota preliminar que foi notificada por volta das 8 horas e que não há notícia de vítimas humanas. Uma equipe do Grupo de Vistoria e Inspeção da Capitania também foi enviada ao local para apurar informações preliminares que devem auxiliar no Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação, com prazo de conclusão de 90 (noventa) dias.

A Companhia Docas do Pará (CDP), responsável pela administração do porto, ressaltou que estão envolvidos os órgãos como Capitania dos Portos, Bombeiros e Polícia Federal, para trabalhar no resgate de animais e na apuração das causas do acidente.

Nove municípios do sertão pernambucano serão contemplados pela 3ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) com Unidades de Multiplicação de Palma Irrigada (UMPs), no âmbito do Projeto de Desenvolvimento Sustentável da Palma Forrageira (Repalma). O projeto visa a implantar unidades de produção de palma em áreas onde a planta foi dizimada pela praga da cochonilha de carmim (foto à direita).

Os municípios contemplados são Bodocó, Serra Talhada, Águas Belas, Ouricuri, Trindade, Granito, Santa Filomena, Dormentes e Parnamirim. Estima-se que pelo menos 120 mil hectares de palma, dos cerca de 150 mil que existiam em Pernambuco, foram atacados pela cochonilha. “Além de recompor as áreas com o plantio de palma resistente à praga da cochonilha do carmim, a implantação das UMPs dará um apoio importante às cadeias produtivas da caprinovinocultura e da bovinocultura leiteira, que utilizam intensamente a cactácea na alimentação dos rebanhos”, afirma o zootecnista Wellington Dias Lopes Júnior, chefe da Unidade Regional de Desenvolvimento Territorial da Codevasf em Pernambuco.

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Para acelerar a produção das mudas, cada UMP contará com poço artesiano, galpão de apoio, caixa d’água com capacidade para 20 mil litros e sistema de irrigação por gotejamento para um hectare; os trabalhos foram iniciados em Bodocó, Granito e Ouricuri com a perfuração de poços. As unidades também receberão dez tratores e implementos como carroça agrícola com capacidade de seis toneladas, grade aradora, grade niveladora, sulcador, distribuidor de calcário e adubo. 

“Os tratores e implementos agrícolas são levados às associações de agricultores familiares no intuito de impulsionar a produção agrícola da comunidade e possibilitar melhorias no desempenho das atividades. Isso gera significativo impacto social e fomenta emprego e renda, tendo em vista que a agricultura familiar impulsiona as economias locais”, explica a chefe da Unidade de Arranjos Produtivos da Codevasf, Rosangela Soares.

Para a implantação das 10 UMPs o investimento é de cerca de R$ 2,2 milhões; na aquisição dos tratadores e implementos, de R$ 1,97 milhões. No total, foram repassados à Codevasf para a implantação do Repalma nos nove municípios pernambucanos R$ 4,17 milhões, recursos originários de destaque orçamentário destinado à Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI).

Em cada UMP serão plantadas 25 mil raquetes (mudas) de palma, cultivadas em áreas de um hectare, localizadas em terrenos de associações selecionadas para o projeto. Ao final de um ano, estima-se que cada UMP produzirá 750 mil novas raquetes, que serão distribuídas para as famílias em número suficiente para implantar 0,25 hectare da cultura. “Com uma produção assim, cada unidade poderá beneficiar até 120 famílias de agricultores, número que atende à demanda dos municípios inseridos no projeto”, ressalta Wellington Dias Lopes Júnior

Palma para alimentar — Na época da seca, a palma é o único alimento que o sertanejo encontra para dar aos animais. Por isso, é preciso utilizar técnicas para armazenamento — como a silagem — e para o plantio correto. É comum na região do Semiárido o cultivo da palma forrageira para alimentar animais, principalmente bois, vacas, cabras, ovelhas e carneiros.

Na Universidade de Chapingo, no México, o pesquisador Arnoldo Flores desenvolveu um processo de enriquecimento da palma forrageira. "A palma oferece cerca de 4% das proteínas necessárias aos animais, mas com a mistura de levedura que eu desenvolvi, essa riqueza proteica chega a 30%. Isso é importante porque permite que os produtores dispensem a mistura com soja, que é bem mais cara", relata.

No México, também são desenvolvidas variedades específicas de palma, que servem para o consumo humano. Existem muitos pratos à base de frutos da palma, ricos em proteina, com ótima aceitação entre os mexicanos.

Com informações da assessoria da Codevasf e da UFAL

O município de Riacho das Almas, localizado no Agreste de Pernambuco, recebe até o dia 30 de maio a campanha de vacinação contra febre aftosa. A meta da Adrago local é de sejam vacinadas mais de 6 mil cabeças de gado, que estão distribuídas nas 371 propriedades rurais. Até agora foram vacinados aproximadamente 14% do rebanho, o que coloca Riacho como o segundo município com maior número de cabeças de gado vacinadas até o momento no Estado.

"Se o produtor não declarar que fez a imunização do rebanho, pode pagar multa de R$ 120 reais. Além disso, é importante manter o nosso Estado longe da doença", explicou o técnico agrícola da Adagro em Riacho das Almas Dijaime Ferreira, segundo informações da assessoria de imprensa. A vacina deve ser comprada pelos pecuaristas. Cada dose custa aproximadamente R$ 1,70. O medicamento pode ser comprado em farmácias veterinárias. Todo o rebanho bovino e bufalino deve ser vacinado.

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A comprovação obrigatória que deve ser levada à Adagro é a nota ou cupom fiscal da compra das vacinas. O escritório da Adagro em Riacho das Almas funciona de segunda a sexta feira das 8h às 12h. A documentação é lançada no sistema do Ministério da Agricultura. As doses podem ser administradas pelo próprio dono dos animais. A segunda etapa da vacinação será no mês de novembro.

Desta quinta (20) até o próximo sábado (22), a 73ª Exposição Nordestina de Animais, que acontece no Parque de Exposições do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, vai contar com leilões de reprodutores, matrizes e prenhezes. A expectativa é que cerca de meio milhão de reais seja movimentado em cada um deles.

O primeiro leilão ocorre às 19h desta quinta (20). Promovido pela Fazenda Carrapicho e Avimalta Agropecuária, o leilão terá 40 lotes, sendo 30 de Gir (espécie de gado) e 10 de Pôneis. Os campeões da exposição, julgados antes do leilão, poderão ser arrematados.A raça bovina Gir é indiana, conhecida por ser uma raça forte e possuir aptidão leiteira e ter boa adaptação ao período da seca. No Brasil, possui o segundo maior rebanho e mais puro, e trará expositores principalmente de Pernambuco e Alagoas. Já os Pôneis terão expositores de vários Estados do Nordeste.

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Já na sexta-feira (21), às 12h, será realizado o 4ª Leilão Zebu Milenar, com a raça bovina Sindi. No evento, promovido pelo Rebanho Caroatá, Fazenda São Pedro e Fazenda Carrapicho, deverão ser leiloados os premiados da Nacional. Um dos destaques é uma cota de 50% da Fêmea Capitu, do Rebanho Caroatá – Grande Campeã Nacional de 2012, Grande Campeã - Recife 2013 e Grande Campeã - Crato 2014. Outro animal será a Violeta P – Bi-Grande Campeã Nacional, mãe de Capitu.

Encerrando o ciclo, no sábado (22), também às 12h, será realizado o 10ª Leilão Recife Real Caprinos & Ovinos, com destaque para a raça Boer. Investidores da criação de caprinos da raça Boer e ovinos Dorper (nativos da África do Sul) e Santa Inês, raça originária do Nordeste do país, se encontrarão no Leilão. Pernambuco possui animais que são referência nacional com o trabalho de aprimoramento genético das raças.

A vocação do Nordeste para criação de caprinos, ovinos e bovinos ganhou incentivo extra. Com a declaração oficial de que os estados do Nordeste estão livres de aftosa, a tendência é que o mercado de criadores se fortaleça e torne a crescer na região. Os leilões acontecem no Tatersal da Sociedade Nordestina dos Criadores, ambiente climatizado, no Parque de Exposições.

Com informações de assessoria

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Quem consome carne vermelha talvez nunca tenha se questionado como o produto chega às prateleiras dos mercados ou açougues. Inclusive, muitos consumidores desconhecem a origem do animal, o processo de abate e quem trabalha com a matança do gado. Em Pernambuco, as carnes comercializadas são oriundas de grandes empresas da Região Sul do Brasil, como do Estado do Tocantins, além de matadouros locais vinculados ao Governo do Estadual ou Municipal e estabelecimentos particulares.

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Para mostrar o processo de abate desses animais, a equipe de reportagem do Portal LeiaJá visitou um dos matadouros privados do Estado, o Frigorífico Bandeira, localizado na cidade de Paulista, Região Metropolitana. O trabalho é composto por vários profissionais, entre eles, fazendeiros, marchantes, vaqueiros, veterinários e os magarefes, que trabalham para a carne chegar ao cliente final, o consumidor.

O processo de matança inicia em um corredor, com pouco mais de 20 metros de comprimento e largura de aproximadamente quatro metros. É nesse local que os animais são mantidos antes da matança. O local se torna estreito para os movimentos ariscos e ágeis dos bichos, que parecem perceber que serão abatidos. Após seguir pelo corredor, o boi é conduzido para a caixa, local onde recebe um tiro de pistola, que lança um ferro e transpassa o cérebro do quadrúpede.

Em entrevista ao Portal LeiaJá, o veterinário Silvio Ricardo Lins compara a atuação dos magarefes a de um médico e explica como é feito o tiro no cérebro no animal. Confira o áudio abaixo: 

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É em um cenário rústico que os funcionários trabalham atentos. Entre as roupas e botas brancas, o sangue dos animais se espalha no chão e nas paredes do ambiente. Os animais também passam pela serragem, onde são separadas as partes dos corpos dos bichos que serão comercializadas.

No vídeo a seguir, veja como é o trabalho dos magarefes. São homens e mulheres de várias idades, em sua maioria que residem próximo ao matadouro, que afirmam estar acostumados com o trabalho. Assista a entrevista abaixo:

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Apresentando um semblate cansado, por causa da rotina de trabalho, o veterinário que cuida da inspeção do frigorífico, Silvio Lins (foto à esquerda), desabafa. “Sou formado há 36 anos e sempre atuei nessa área. Se pudesse voltar atrás, fazia muitas coisas diferentes”, disse. Quando questionado sobre a atuação no matadouro ele revela: “Mesmo acostumado com o trabalho, a atividade da matança não é fácil”, falou. "São usados de 800 a 1200 mil litros de água por cabeça. Uma quantidade grande, mas necessária para uma boa higienização do local e dos animais", completou.   

Quem administra o Frigorífico Bandeira é a ex professora de educação física e matemática, Maria do Socorro Torres (foto à direita), que abandonou a docência para atuar no abate de animais. Ela revelou porque mudou de profissão. “As circunstâncias me fizeram entra nesse ramo. Inclusive já precisei abater muitos animais, mas administro com dedicação do negócio e digo com convicção que o mais difícil é saber administrar”, afirmou.

De acordo com a gestora, a Prefeitura de Paulista arrendou o local há mais de dez anos e em relação à origem dos animais ela explicou que “o gado é fornecido por fazendeiros de vários estados, como Tocantins, Marahão, Bahia e Minas Gerais”. Segundo Maria, a empresa cobra o valor de R$ 45 reais para abater um animal. Já em relação às partes dos bois que são aproveitadas, ela explanou que "os donos dos bois ficam com a carne e a pele e a empresa fica com o subproduto do boi, como cabeça, rabo, chifre e a cabeça é quebrada”.

Liderando 160 colaboradores e faturando 180 mil reias por mês, Maria do Socorro afirma que o trabalhadores recebem remuneração condizente com o mercado e que todos trabalham com grau de insalubridade. "O frigorífico atua de forma regular, inclusive possui todas as licenças para funcionar", apontou. A gestora diz também que construiu uma relação de amizade com os colaboradores e que realiza trabalhos sociais. “Promovemos aulas para alfabetização de jovens e adultos, oferecemos atendimento de odontologia e sempre procuramos ajudar os funcionários quando é possível”, concluiu.

 

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Teve início neste domingo (17) a 72ª Exposição Nordestina de Animais e Produtos Derivados (ENAPD), realizado no Parque de Exposições do Cordeiro, Zona Oeste do Recife. A tradicional feira reúne aproximadamente cinco mil animais, entre bovinos, equinos, caprinos, suínos e ovinos de grande porte. A abertura oficial aconteceu por volta das 17h, com pronunciamento do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e outras autoridades da agropecuária. 

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A expectativa é de cerca 300 mil visitantes durante os oito dias de exposição. Além dos animais, o público pode adquirir produtos nas feiras de artesanatos e, diariamente, shows animaram quem estiver pelo Parque de Exposições; um espaço foi instalado exclusivamente para restaurantes e outro é destinado ao lazer. A entrada para a feira é gratuita.

Proprietário de uma fazenda no município de Vicência, Severino Souza Neto está expondo muares (burros) neste ano e diz que a perspectiva de leilões são boas, porque o final de inverno foi bom, mas lembra dos desafios enfrentados no sertão por causa da seca. “Foi um ano atípico para o homem do campo, talvez o ano mais difícil nos últimos 50 anos. Mas a exposição de animais é isso, mostrar o que se conseguiu, quem teve êxito no momento da seca e tentar aprender como atravessar tempos difíceis como este”, afirmou. 

O fazendeiro lamenta a proeminente possibilidade de esta ser a última edição da ENAPD no Parque de Exposições, por conta da construção de um hospital nos arredores do local. “Como a saúde é prioridade, a feira deve mesmo ser transferida para outro espaço, talvez até mesmo para outro município. É uma pena que uma exposição que já foi a segunda ou terceira no ranking nacional se acabe, mas o crescimento urbano exige mudanças”.

A agrônoma Edilene Barbosa também lamenta a possibilidade, porém aproveita enquanto a feira é no local e, neste primeiro dia de Exposição, já adquiriu dois casais de galinha. “É muito importante esse contato com o meio rural, aqui na cidade grande, onde muitas pessoas não estão acostumadas. E hoje em dia é melhor ainda, porque é gratuito. Cobrar por uma feira dessas, como antigamente, é um absurdo”, avaliou Edilene. 

Economia 

Até o próximo domingo (11), 11 leilões movimentarão o lado financeiro da ENAPD; os valores podem variar de R$ 3 mil a R$ 300 mil. Além dos leilões, um concurso leiteiro distribuirá mais de R$ 40 mil em prêmios para criadores de gado. Segundo a coordenadora do concurso, Ana Moraes, ao todo irão concorrer 22 animais, de cinco criadores distintos. 

“A partir de quarta-feira, duas vezes por dia os animais serão ordenhados, com a posterior pesagem do leite.Concorrerão criadores de vários municípios, como Sertânia, Santa Cruz do Capibaribe, Cachoeirinha e Zabalê, na Paraíba”, explicou Ana Moraes.

BAHIA - A Secretária de Comunicação do Estado da Bahia informou, no final da tarde desta segunda-feira (29), por meio de nota à imprensa, que a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Pecuária, contabilizou a morte de 572.859 cabeças de gado devido à forte seca que afetou o Estado. Isso representa cerca de 5% do rebanho existente na Bahia. Os maiores números de mortes ocorreram nas regiões de Miguel Calmon (75.190), Ribeira do Pombal (74.433), Juazeiro (70.700), Itaberaba (69.730) e Feira de Santana (62. 399), municípios que ainda estão com baixa precipitação pluviométrica.

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Em meio às reuniões, discussões e até protestos, os políticos se articulam no combate a seca do Nordeste e de Pernambuco que é considerada uma das piores nos últimos anos.  Mas, só quem convive com a situação - a falta de alimentos e da água e visualiza o gado morrendo os reservatórios de água vazios e até a fome, pode constatar a real situação. Na última segunda-feira (13), enquanto prefeitos e parlamentares discursavam na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em prol de mais ações no combate a estiagem, a equipe de reportagem do LeiaJá conversou com aqueles que são os personagens reais desta história.

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O ato público ocorrido na Alepe foi realizado pela Associação Municipalista de Pernambuco e (Amupe) e pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). A manifestação nomeada de ‘Grito pelo Nordeste’ reuniu cerca de 100 prefeitos e muitos deles trouxeram para a mobilização caravanas com os moradores de cada região.

Segundo o agricultor Joselino Mariano da Cruz, 57 anos, da cidade de São José do Belmonte, Sertão de Pernambuco a seca enfrentada no município é uma das mais agressivas. “A situação está muito difícil. Eu tinha 15 cabeças de gafo, mas já perdi cinco e agora só tenho 10”, lamentou.

Outra agricultora do Sertão do Estado, do município de Cumarú, Regina Severina da Silva, 69, o problema que assola roça, onde ela planta milho e feijão tem tirado seu alimento do dia-a-dia. “O que a gente tem não dá para a gente viver. Tenho passado fome”, conta Silva com expectativa de que as coisas melhorem. “Que Deus abra o coração deles (dos governos) e que tenham dó de nós (sic)”, desejou.

Para o agente comunitário da cidade de Terra Nova, Sertão do Estado, Orlando Florêncio, 35, o município onde reside foi um dos mais atingidos, tanto pela redução do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) como pela seca. “Terra Nova seja talvez, um dos menores municípios de Pernambuco com apenas nove mil habitantes. Com a queda do FPM e a estiagem enfrentamos um estado de calamidade e escassez como a do leite, por exemplo”, comentou.

Florêncio disse ter vindo ao Recife participar da manifestação com a esperança de sensibilizar o governo em prol de soluções. “A cidade está passando por situações precárias. A renda que já era mínima agora está reduzida a zero. Eu convivo com pessoas que perderam o rebanho inteiro e muitas famílias  recebem apenas R$ 70 do Bolsa Família. Esperamos então, sensibilizar as pessoas que regem este País e este Estado”,  desabafou.

Na última terça-feira (14), um dia após a mobilização dos prefeitos na Alepe, os gestores se reuniram em Brasília com o presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros (PMDB). Entre as demandas solicitadas no encontro estavam à renegociação ou anistia das dívidas dos agricultores e medidas de compensação das receitas dos municípios. Na reunião, Calheiros reafirmou o compromisso os moradores do Nordeste com medidas importantes para região e lembrou as ações que já foram tomadas pelo Governo Federal.



 

A criação de gado no País reduziu o ritmo de alta em 2011, após três anos consecutivos de aumento, o que indica um encerramento no ciclo de pecuária, com animais prontos para o abate. Como resultado, deve haver estabilidade no número de bovinos no Brasil em 2012, segundo o IBGE, que divulgou a pesquisa Produção da Pecuária Municipal.

Os bovinos totalizaram 212,798 milhões de cabeças em 31 de dezembro de 2011. O rebanho cresceu 1,6% em relação a 2010, após já ter aumentado 2,1% no ano anterior. Em 2009, a expansão foi de 1,5%.

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O município de São Félix do Xingu, no Pará, tinha o maior número de animais, o equivalente a 1% do total nacional. Mas o destaque no ranking de maiores criadores no ano foi o município de Altamira, no Pará, que subiu da 28.ª posição em 2010 para o 12.º lugar em 2011.

"O ciclo da pecuária dura três anos, que é o tempo para o bezerro crescer e virar carne", explicou Adriana Santos, pesquisadora da Coordenação de Agropecuária do IBGE: "A gente acredita que esse ano de 2011 está fechando um ciclo da pecuária. Daqui para frente, a tendência deve ser de estabilidade. Já tem animal pronto para abater."

Abate

Adriana lembrou que, no ano passado, ainda havia falta de animais para o abate. "Os frigoríficos estavam reclamando muito disso", notou. Como resultado, houve aumento no preço da carne para o consumidor. O movimento de valorização do produto voltou a ocorrer este ano, mesmo com a oferta maior de bovinos, mas, desta vez, o encarecimento da ração foi o vilão.

Em 2011, a região Centro-Oeste detinha a maior fatia do rebanho bovino nacional (34,1%). No entanto, a criação da região ficou estável em relação a 2010 (0,1%). Os aumentos nos rebanhos foram detectados nas regiões Nordeste (2,9%), Norte (2,7%), Sudeste (2,8%) e Sul (0,4%).

A pesquisadora ressaltou, ainda, que a expansão na produção nacional de leite foi expressiva, de 4,5%. "Pode ter ocorrido por uma maior eficiência do rebanho", cogitou Adriana. Dentro da pesquisa, foi detectado também um aumento relevante na criação de codornas (19,8%) e na produção de ovos de codorna (12,1%). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Produtores rurais de Minas estão sendo vítimas de um crime comum em filmes de faroeste: o roubo de gado. Além de prejuízo aos pecuaristas - e da suspeita de participação da polícia -, ele oferece risco à saúde da população, pois boa parte dos animais vai para abatedouros clandestinos, que abastecem frigoríficos com carne sem garantia de procedência e sem cuidado com conservação e higiene.

O problema tem, literalmente, tirado o sono dos produtores, já que muitos roubos ocorrem à noite. Segundo a polícia, criminosos agem em grupo e aproveitam o gado já recolhido no curral ou em pastos menores. Ao contrário das sagas hollywoodianas, porém, levam o gado em caminhões pelas mesmas estradas usadas por vítimas e patrulhas.

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Produtores reclamam de roubos de gado nas regiões sul, nordeste, norte, sudoeste e do Triângulo Mineiro, a maioria perto da divisas com outros Estados. Segundo o Sindicato Rural de Pará de Minas, o problema também cresce de forma acelerada na área, a 70 km de Belo Horizonte.

A Secretaria de Estado de Defesa Social diz que o problema já foi pior. Em 2010, a PM mineira registrou 2.339 roubos de gado, pouco mais de 194 casos por mês. Em 2011, foram 2.228, ou 185 ocorrências mensais. No primeiro quadrimestre deste ano, foram 674 casos - média mensal de 168 ocorrências.

Mas o presidente do Sindicato Rural de Pará de Minas, Eugênio Diniz afirma que essa redução é ilusória, pois as vítimas já nem registram mais ocorrências. "Denunciamos os casos e, além de não vermos resultado, parece que ficam rindo da gente", desabafou, com uma pilha de BOs. Pelos cálculos dele, cerca de 500 cabeças de gado foram roubadas na região desde 2010, e só uma pequena parte foi registrada.

A situação é a mesma no sul de Minas, segundo o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Cássia, Domingos Inácio Salgado. A cidade fica a 22 km da divisa com São Paulo. Além de gado, criminosos agora levam tratores, ordenhadeiras mecânicas, tanques de leite, caminhões de adubo. "A maior parte do que é roubado vai para fazendas de Goiás ou São Paulo."

O procurador Robson Lucas da Silva, subsecretário de Integração do Sistema de Defesa Social de Minas, confirmou que há subnotificação dos casos, reflexo do "alto grau de informalidade" do setor. "Mas, se os produtores não se dirigem às unidades policiais, a PM não chega ao local e a Polícia Civil fica sem condições de investigar."

Geraldo Luciano Chaves, de 59 anos, de Florestal, foi uma das vítimas. No ano passado, perdeu 40 cabeças de gado, um prejuízo de R$ 60 mil. Ele suspeita de um homem que 15 dias antes do roubo alugou um pasto ao lado do seu dizendo ser dono de frigorífico. "Logo depois, ele entregou a terra e sumiu. Disse para a polícia, mas não fizeram nada."

A insegurança é agravada pela suspeita de participação ou conivência de policiais. Acusado de roubar gado e máquinas, Wellington Sidnei da Silva, o Ica, de 35 anos, disse na delegacia de Bom Despacho que, no caso de Pará de Minas, "policiais civis recebem mesada para não apurar crimes". O acusado disse que já viu policiais receberem dinheiro do receptador e que eles sabem, inclusive, quem é o dono do matadouro onde o gado é abatido. O subsecretário Silva disse que a Secretaria de Defesa Social recebeu denúncias de corrupção apenas informalmente, mas o caso está em apuração.

Segundo o major Gilmar Luciano Santos, da PM mineira, vários crimes têm participação de funcionários ou ex-empregados das fazendas. "Eles sabem os horários das pessoas e quais equipamentos e insumos há na propriedade." Já para Inácio Salgado, de Cássia, a maior parte dos crimes é cometida por quadrilhas especializadas. Ele estima prejuízo de R$ 2 milhões para os colegas da região nos últimos dois anos porque, além de gado, criminosos levam equipamentos. "É gente do ramo, que sabe mexer com gado e o valor de uma ordenhadeira ou um tanque de leite." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A estiagem vem afetando várias cidades do Nordeste e, aqui em Pernambuco, mais de 60 municípios decretaram estado de emergência por causa da ausência de chuva. Os trabalhadores da agricultura são uns dos que mais sofrem. A criação de animais, como o gado, também está sendo prejudicada. O município de Pombos, localizado a cerca de 60 quilômetros do Recife, é um dos locais afetados pela seca, mas que ainda é possível encontrar fontes de água em pequena quantidade.

Desde janeiro deste ano não chove na cidade, e os moradores estão recebendo ajuda do exército e da prefeitura local, que estão disponibilizando caminhões-pipa. Porém, segundo alguns moradores, não é o suficiente para atender a todos.







Morador do município de Pombos, o agricultor Ednaldo Manoel Tavares está sofrendo com a baixa produtividade das terras da sua família. O local é um sítio, com uma casa simples que fica no alto de um rochedo, cuja visão é para um cenário seco e amarelo, um sinal de que a grande parte da vegetação praticamente secou. “Antes aqui era tudo muito verde e cheio de plantação. Eu plantava abacaxi, feijão, milho, mas este ano está sendo muito difícil para nós”, conta o trabalhador.

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Além de produzir alimento para consumo próprio e da sua família, Ednaldo também é comerciante. “Deixei de plantar na roça porque o atraso da chuva foi muito grande. Hoje até para a gente comer está difícil, e a situação piora para vendermos alimentos”, reclama Ednaldo.

O rosto marcado pela vida no campo é um sinal do trabalho duro do agricultor. Além de plantar, a lida com os animais é uma das atividades de Ednaldo. Sua criação atual de bois tem quatro animais, no que antes eram 15 cabeças de gado. “Tive que dar fim a muitos bichos, vendendo ou até matando para a gente comer. É triste fazer isso, principalmente porque eu gosto dos meus bichos. Peço todo dia a Deus para que ele mande água para nós”, diz o homem, emocionado.

Para suprir a necessidade de uma alimentação através de ração adequada e um bom capim, o trabalhador conta que muitas pessoas da comunidade rural improvisam na comida dos animais.  “O jeito é misturar palma e mel para fazer uma mistura grossa. Só assim alivia um pouco a fome dos animais”, fala. Ednaldo também revela que algumas pessoas chegaram ao extremo de dar fezes da galinha aos bichos. “Eu nunca fiz isso. Não é por falta de água e comida que vou prejudicar meus rebanhos”, comenta o agricultor.

Homem e animal na luta contra a seca

Na corrida pelos poucos focos de água na região rural de Pombos, muitos trabalhadores percorrem longos caminhos com o objetivo de conseguir e carregar água para os seus destinos. O senhor Luis José de Farias, 54, é agricultor e criador de animais. Todos os dias ele percorre mais de dois quilômetros a pé, ao lado do seu jumento. O bicho é responsável por levar os baldes com água. “Pego água num riacho e levo para os gados beberem. Só assim dá para matar a sede dos bichos”, relata Luis.

 Em outro ponto da cidade, mais próximo ao centro, ele consegue um pouco de água para consumo próprio, mas ainda tem dificuldade. “As coisas aqui estão difíceis. O exército e a prefeitura estão nos ajudando, mas não é suficiente. A minha esperança é que volte a chover”, fala o trabalhador.

Pingos de chuva e de esperança

Até que enfim choveu. De acordo com Luis, nesta quinta-feira (24), foi a primeira vez que choveu “forte” este ano. Nesta tarde, o céu estava bastante nublado e fracos pingos de chuva caíam sobre a terra castigada. “Foi maravilhoso acordar hoje e ver a chuva começando a cair. Se Deus quiser, até o final do ano, vai chover ainda mais”, comentou Luis.

 

 

 



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Dois leilões serão realizados durante a 8ª Expoagro, no Parque do Cordeiro, até este domingo (15).  O 7ª Leilão Recife Show reúne reprodutores e matrizes das raças santa inês, bôer e dorper, nesta sexta-feira (13), às 20h, na Associação do Criadores de PE. 

Já o 2º Leilão Parceiros de Raça reúne bovinos de corte e elite no sábado (14), na área de leilões instalada dentro do Parque de Exposições do Cordeiro. Serão 40 lotes elite das raças nelore, gir, girolando e sindi e mais 500 bovinos de cria, recria e engorda.

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Pernambuco é o segundo maior criador nacional de ovinos e caprinos.

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