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Nove municípios do sertão pernambucano serão contemplados pela 3ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) com Unidades de Multiplicação de Palma Irrigada (UMPs), no âmbito do Projeto de Desenvolvimento Sustentável da Palma Forrageira (Repalma). O projeto visa a implantar unidades de produção de palma em áreas onde a planta foi dizimada pela praga da cochonilha de carmim (foto à direita).

Os municípios contemplados são Bodocó, Serra Talhada, Águas Belas, Ouricuri, Trindade, Granito, Santa Filomena, Dormentes e Parnamirim. Estima-se que pelo menos 120 mil hectares de palma, dos cerca de 150 mil que existiam em Pernambuco, foram atacados pela cochonilha. “Além de recompor as áreas com o plantio de palma resistente à praga da cochonilha do carmim, a implantação das UMPs dará um apoio importante às cadeias produtivas da caprinovinocultura e da bovinocultura leiteira, que utilizam intensamente a cactácea na alimentação dos rebanhos”, afirma o zootecnista Wellington Dias Lopes Júnior, chefe da Unidade Regional de Desenvolvimento Territorial da Codevasf em Pernambuco.

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Para acelerar a produção das mudas, cada UMP contará com poço artesiano, galpão de apoio, caixa d’água com capacidade para 20 mil litros e sistema de irrigação por gotejamento para um hectare; os trabalhos foram iniciados em Bodocó, Granito e Ouricuri com a perfuração de poços. As unidades também receberão dez tratores e implementos como carroça agrícola com capacidade de seis toneladas, grade aradora, grade niveladora, sulcador, distribuidor de calcário e adubo. 

“Os tratores e implementos agrícolas são levados às associações de agricultores familiares no intuito de impulsionar a produção agrícola da comunidade e possibilitar melhorias no desempenho das atividades. Isso gera significativo impacto social e fomenta emprego e renda, tendo em vista que a agricultura familiar impulsiona as economias locais”, explica a chefe da Unidade de Arranjos Produtivos da Codevasf, Rosangela Soares.

Para a implantação das 10 UMPs o investimento é de cerca de R$ 2,2 milhões; na aquisição dos tratadores e implementos, de R$ 1,97 milhões. No total, foram repassados à Codevasf para a implantação do Repalma nos nove municípios pernambucanos R$ 4,17 milhões, recursos originários de destaque orçamentário destinado à Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI).

Em cada UMP serão plantadas 25 mil raquetes (mudas) de palma, cultivadas em áreas de um hectare, localizadas em terrenos de associações selecionadas para o projeto. Ao final de um ano, estima-se que cada UMP produzirá 750 mil novas raquetes, que serão distribuídas para as famílias em número suficiente para implantar 0,25 hectare da cultura. “Com uma produção assim, cada unidade poderá beneficiar até 120 famílias de agricultores, número que atende à demanda dos municípios inseridos no projeto”, ressalta Wellington Dias Lopes Júnior

Palma para alimentar — Na época da seca, a palma é o único alimento que o sertanejo encontra para dar aos animais. Por isso, é preciso utilizar técnicas para armazenamento — como a silagem — e para o plantio correto. É comum na região do Semiárido o cultivo da palma forrageira para alimentar animais, principalmente bois, vacas, cabras, ovelhas e carneiros.

Na Universidade de Chapingo, no México, o pesquisador Arnoldo Flores desenvolveu um processo de enriquecimento da palma forrageira. "A palma oferece cerca de 4% das proteínas necessárias aos animais, mas com a mistura de levedura que eu desenvolvi, essa riqueza proteica chega a 30%. Isso é importante porque permite que os produtores dispensem a mistura com soja, que é bem mais cara", relata.

No México, também são desenvolvidas variedades específicas de palma, que servem para o consumo humano. Existem muitos pratos à base de frutos da palma, ricos em proteina, com ótima aceitação entre os mexicanos.

Com informações da assessoria da Codevasf e da UFAL

A Petrobras informou nesta quinta-feira (13) que paralelamente às pesquisas para a produção de etanol celulósico, ou de segunda geração, a partir do bagaço de cana-de-açúcar, pesquisadores da estatal avaliam o uso de resíduos na produção do óleo de palma (dendê) para obtenção do combustível. Segundo a companhia, o projeto identificou que um cacho vazio de palma tem 40% de celulose e 20% de hemicelulose - indicativos da concentração de açúcares -, teores bem similares aos do bagaço da cana.

A nova alternativa para produção de etanol a partir de celulose pesquisada pela companhia utiliza processo similar ao aplicado com o bagaço de cana e já foi testada nos laboratórios no Rio de Janeiro. De acordo com a Petrobras, até novembro deste ano estão programados novos ensaios laboratoriais no processo de pré-tratamento do cacho de palma para potencializar a obtenção de açúcares da matéria-prima. Os testes em escala piloto estão previstos para 2015.

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O projeto está sendo desenvolvido no Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), com participação da Petrobras Biocombustível e da Belém Bioenergia Brasil, joint venture da Petrobras Biocombustível com a Galp.

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