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A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse na tarde desta terça-feira que a presidente Dilma Rousseff quer médicos das Forças Armadas atuando na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). O assunto foi discutido em reunião da presidente com Ideli, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e líderes da base aliada do governo no Senado Federal.

"A PEC do senador (Marcelo) Crivella (que trata de médicos das Forças Armadas na rede pública de saúde), está pronta para ir para pauta e líderes se comprometeram a levar o assunto para a reunião de líderes com o presidente Renan (Renan Calheiros, presidente do Senado), com a possibilidade de fazer que a votação da PEC no plenário entre hoje, o mais tardar amanhã", disse Ideli a jornalistas.

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"A PEC permite que os médicos das Forças Armadas que estão na ativa também possam atuar na saúde pública. Poderiam dar plantão, prestar atendimento."

De acordo com Ideli, a aprovação da PEC vai permitir um "reforço significativo" no número de médicos atuando na rede SUS. A ministra destacou que as Forças Armadas estão localizadas em áreas de difícil acesso, como regiões de fronteira, onde há "dificuldade imensa de colocação de médicos e profissionais de saúde".

"E, no caso dos médicos das Forças Armadas, é mais amplo, porque os médicos que agora vão ser contratados no Mais Médicos são única e exclusivamente para atendimento na atenção básica de saúde. E, no caso dos médicos das Forças Armadas, tem cirurgião, tem especialista", comentou Ideli.

A Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que confere poder de polícia às Forças Armadas, foi estabelecida para hoje e amanhã na área de abrange todo o trajeto de peregrinação até Copacabana, onde ocorrerão a vigília e a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude.

Inicialmente, a GLO seria decretada na região de Guaratiba, na zona oeste. Entretanto, o local foi alterado em virtude da transferência dos dois eventos de Guaratiba para a Praia de Copacabana, devido às chuvas que transformaram o Campus Fidei (Campo da Fé) num lamaçal.

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A peregrinação começa na estação ferroviária Central do Brasil e segue pelas avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, no centro; Aterro do Flamengo, Enseada de Botafogo, Rua Lauro Sodré (Botafogo), Túnel Velho e Avenida Princesa Isabel (Copacabana), na zona sul.

Há militares do Exército e da Marinha ao longo de todo o trajeto. Milhares de fiéis já iniciaram a peregrinação em direção à Praia de Copacabana. A pista lateral sentido Centro da Avenida Presidente Vargas e toda a extensão da Avenida Rio Branco, no centro, estão interditadas ao tráfego.

Autoridades

Um público ainda pequeno está na frente do Teatro Municipal para ver o papa. Autoridades já começam a entrar no Teatro, como o presidente da Alerj Paulo Melo e o ministro Wellington Moreira Franco, da Aviação Civil.

As Forças Armadas iniciaram neste sábado uma operação com 25 mil militares espalhados pelos 16,886 mil quilômetros de fronteiras brasileiras. Chamada de Operação Ágata 7, a mobilização de agentes das polícias federal, rodoviária federal, militar e de agências governamentais é considerada pelo Ministério da Defesa "a maior mobilização realizada pelo governo brasileiro no combate aos ilícitos entre Oiapoque (AP) e Chuí (RS)".

A operação visa combater crimes como narcotráfico, contrabando e descaminho, tráfico de armas e munições, crimes ambientais, contrabando de veículos, imigração e garimpos ilegais. Ela acontece às vésperas do início da Copa das Confederações, competição realizada no mês que vem em seis capitais cidades-sede: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador.

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"Em função deste evento, o Ministério da Defesa optou por uma mobilização que envolvesse os 16.886 quilômetros de fronteira. Nas edições anteriores, as ações ocorreram em trechos da divisa do Brasil com os países sul-americanos", destacou o Ministério da Defesa em nota. Antes de a operação ser deflagrada, o governo brasileiro manteve contatos com os países vizinhos para o repasse de informações sobre o emprego do aparato militar.

As Forças Armadas devem utilizar navios de patrulha fluvial, helicópteros UH-12, navios de assistência hospitalar, lanchas (Marinha), aeronaves e blindados e veículos leves para o transporte das tropas (Exército). A Força terrestre desenvolverá ações de bloqueios de rodovias montados em pontos estratégicos da fronteira brasileira.

A operação também contará com centros montados nos Comandos Militares da Amazônia (CMA), em Manaus (AM); do Oeste (CMO), em Campo Grande (MS); e do Sul (CMS), em Porto Alegre (RS). "Nesses locais atuarão militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica", destacou o Ministério da Defesa. No caso da Força Aérea Brasileira (FAB), o centro de operação ficará no Comando Geral de Operações Aéreas (COMGAR), em Brasília.

Os jovens nascidos em 1995 têm até o dia 28 de junho para comparecer à Junta de Serviço Militar mais próxima de suas residências. O alistamento militar é obrigatório para quem completa 18 anos neste ano.

Clique AQUI para conferir os endereços das juntas.

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Os candidatos devem levar comprovante de residência, foto 3X4, certidão de nascimento ou de casamento, além de algum documento de identidade – como carteira de motorista ou trabalho, RG, entre outros. Se tiverem filhos, é necessário entregar a certidão de nascimento das crianças. Não serão aceitas as cópias dos documentos, mas apenas as originais. Pessoas com deficiência física têm de mostrar também atestado médico, item considerado obrigatório.

Quem perder o prazo e se cadastrar nas juntas entre 1º de julho e 31 de dezembro só participará da triagem em 2014 para incorporação em 2015. Nesse caso, será necessário pagar uma multa.

Essas normas constam no Plano Geral de Convocação para 2014, publicado pelo Ministério da Defesa no Diário Oficial da União. Os jovens passarão por processo seletivo ainda neste ano para servir em uma das três Forças Armadas em 2014.

No ano passado, cerca de 1,9 milhão de jovens se alistou. Desses, 100 mil foram incorporados em organizações militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea.

Quem não estiver em dia com as obrigações militares ficará impedido de obter passaporte ou ter a prorrogação da validade, exercer cargo público, ingressar em estabelecimentos de ensino e obter carteira profissional, entre outros.

Confira mais informações sobre o alistamento militar obrigatório.

A partir de sábado (19), 40 municípios do Nordeste irão receber os integrantes do projeto Rondon para realizar as 2 de Julho”, no estado da Bahia, e “São Francisco”, em Sergipe e Alagoas. A ação é coordenada pelo Ministério da Defesa e conta com o apoio das Forças Armadas.

Ao todo, 800 estudantes e professores de engenharias (civil e ambiental), veterinária, biologia, pedagogia, turismo, direito, fonoaudiologia, agronomia, enfermagem, administração e psicologia participam das duas operações. Eles realizarão atividades nas áreas de cultura, direitos humanos, justiça, educação, saúde, comunicação, tecnologia, meio ambiente e trabalho.

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O projeto visa integrar a sociedade com os universitários, que podem apresentar soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável e bem-estar da sociedade.

A Operação 2 de julho irá beneficiar as cidades de Acajutiba, Amélia Rodrigues, Anguera, Aramari, Amargosa, Brejões, Cabaceiras do Paraguaçu, Capim Grosso, Cipó, Coração de Maria, Crisópolis, Irará, Itaquara, Mutuípe, Pé da Serra, Santa Bárbara, Santa Inês, Tanquinho, Teodoro Sampaio e Ubaíra, todas na Bahia.

Já a Operação São Francisco irá atender aos municípios de Campo do Brito, Carmópolis, Frei Paulo, Japaratuba, Malhador, Monte Alegre de Sergipe, Neópolis, Poço Verde, Propriá, Ribeirópolis, Santo Amaro das Brotas e Simão Dias, em Sergipe; e Batalha, Major Isidoro, Pão de Açúcar, Piranhas, Santana do Ipanema, São Sebastião, Taquarana e Teotônio Vilela, em Alagoas.

Já está sendo realizada a Operação Canudos, em Pernambuco, Piauí e Bahia.

As Forças Armadas do Egito alertaram para "efeitos desastrosos" se a crise política que atinge o país não for solucionada por meio do diálogo, em comunicado lido por um porta-voz na TV estatal neste sábado. "O caminho do diálogo é a melhor e única maneira de chegar a um acordo e atender aos interesses da nação e de seus cidadãos", destacou o porta-voz. "O oposto disso nos levará para um túnel escuro com efeitos desastrosos."

Violentos protestos e confrontos entre partidários do presidente Mohammed Morsi e seus adversários mataram civis e deixaram escritórios do partido de Morsi, Irmandade Muçulmana, em chamas desde que a crise começou, no mês passado.

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Na sexta-feira (07), o Egito adiou a votação antecipada da proposta. Assessores disseram que a medida iria aliviar alguma pressão e daria espaço para negociações com a oposição. Mas os adversários Morsi têm rejeitado negociar, dizendo que ele deve primeiro cancelar o referendo e atender a outras demandas. Na sexta-feira (07), um grupo que reúne vários membros da oposição a Morsi conclamou um protesto sem previsão de término em frente ao palácio presidencial.

Milhares de pessoas marcharam em direção ao palácio depois de empurrar cercas de arame farpado instaladas pelo exército e pedir a renúncia de Morsi. Manifestantes também seguem acampados na Praça Tahrir, berço da revolta que derrubou Hosni Mubarak, em 2011.

O ministro de Assuntos Jurídicos, Mohammed Mahsoub, disse que o governo avalia várias propostas, inclusive o cancelamento do referendo e a devolução do projeto à assembleia constituinte para mudanças. Outra possibilidade foi a dissolução da constituinte e a formação de uma nova por voto direto ou acordo entre as forças políticas. "Nós temos uma grande chance amanhã (se referindo a este sábado)", disse Mahsoub à rede de televisão Al-Jazeera na sexta-feira (07), sobre o que seria uma reunião entre Morsi e outros políticos. "No sábado ou dias depois, podemos chegar a um bom acordo."

O vice-presidente, Mahmoud Mekki, também disse que tinha contatado Mohamed ElBaradei para se juntar Morsi em um diálogo. ElBaradei lidera a recém-constituída Frente de Salvação Nacional, um grupo de liberais e jovens que se opõem aos decretos de Morsi e lideraram os protestos no Cairo. No entanto, a Frente de Salvação Nacional rejeitou, em nota, as negociações com Morsi, organizando o novo protesto em frente ao palácio e alertando para ataques contra os manifestantes.

"Nós rejeitamos o diálogo falso, que Morsi pediu. No mesmo comunicado, o grupo disse que não haverá discussões antes que os mandantes do "derramamento de sangue sejam responsabilizados". As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Mesmo cauteloso e escolhendo com cuidado as palavras, o ministro da Defesa, Celso Amorim, indicou nesta sexta-feira que o órgão se prepara para assumir o comando da segurança nos grandes eventos previstos para o Brasil de 2013 a 2016, como a Jornada Mundial da Juventude, a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. A medida colocaria em papel secundário a Polícia Federal, cujos agentes atualmente participam das greves por aumento salarial e reestruturação da carreira. Amorim afirmou que caberá à presidente Dilma Rousseff determinar qual será o papel de Marinha, Exército e Aeronáutica nesse caso, mas ressaltou que os militares estarão prontos, se forem chamados, para cumprir a missão.

"Não estamos reivindicando nada. Agora, se for necessário, naturalmente estaremos (prontos). Alguma função seguramente haverá", afirmou Amorim, após assinar, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), protocolo de intenções para a realização de cursos gratuitos de qualificação profissional de jovens durante o serviço militar obrigatório, a serem dados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

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Amorim destacou que quem fará o controle do espaço aéreo, durante os eventos, será a Força Aérea Brasileira, e lembrou que durante a Rio+20, promovido no Rio de Janeiro pela Organização das Nações Unidas, navios da Marinha patrulharam o litoral. Também na defesa cibernética, declarou, poderá haver ajuda da área militar. "Agora, qual papel exatamente vamos ter é a presidenta que vai decidir", repetiu. O ministro ressaltou que as Forças Armadas também têm como atributo atuar na área de segurança pública, de forma "supletiva". Ele repetiu elogios aos militares pelas Operações Ágata, de segurança nas fronteiras, pela tomada do Complexo do Alemão, em 2010, e pelo trabalho no encontro promovido pela ONU.

"A Constituição prevê que (segurança pública) é primordialmente tarefa dos Estados", disse. "Mas evidentemente quando há um envolvimento, seja pela presença de estadistas estrangeiros, seja pela dimensão do próprio evento, o poder público federal também pode ser acionado. Como de fato foi por exemplo no caso da Rio+20. O que vai acontecer exatamente nos eventos futuros eu não sei, porque a presidenta é quem vai decidir. E as Forças Armadas desempenharão o papel que for pedido a elas desempenhar."

Sempre cuidadoso, o ministro não quis falar sobre a possibilidade de os militares substituírem nos eventos a PF, por ela ser instável. "Não posso fazer esse tipo de julgamento. O julgamento quem tem que fazer não sou eu, a presidenta da República que tem a visão de conjunto pode fazer o julgamento."

A possibilidade de militarização da segurança nos grandes eventos se fortaleceu recentemente, por alguns motivos. Um foi a atuação, considerada excelente, das Forças Armadas durante a Rio+20, no Rio de Janeiro, em junho. Outro foi a eclosão do movimento grevista da PF, caracterizado por operações-padrão com revistas em aeroportos consideradas pelo Palácio do Planalto como abusivas e ilegais, com abertura indiscriminada de bagagens e intimidação de cidadãos. O governo não quer correr o risco de, às vésperas ou durante os eventos, ocorreram paralisações ou manifestações de policiais com ações desse tipo.

Os militares egípcios até agora não deram sinais de estarem articulando-se contra a surpreendente decisão do presidente Mohammed Morsi de aposentar o chefe de gabinete e o ministro da Defesa, general Hussein Tantawi, e retomar os poderes que as Forças Armadas retiraram da presidência.

Quase um dia inteiro após a ordem, não foi reportado nenhum movimento militar fora do comum no país. A reestruturação pegou o Egito de surpresa. Transformou a imagem de Morsi de líder enfraquecido para a de político astuto, que esperou cuidadosamente a melhor hora para agir contra os generais que o despojaram de poderes significativos antes de assumir o cargo, em 30 de junho.

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O Exército parece ter acatado as decisões do presidente. A agência de notícias estatal citou um oficial militar anônimo que afirmou não ter ocorrido nenhuma "reação negativa" dentro das Forças Armadas. As informações são da Associated Press.

Os militares dos EUA nesta quinta-feira vão aliviar algumas restrições às mulheres em combate, abrindo milhares de empregos nas Forças Armadas que não eram permitidos ao sexo feminino, disse um funcionário da Defesa dos EUA nesta quarta-feira.

O movimento é um marco para os militares norte-americanos, retirando proibições impostas às mulheres desde 1970. "O departamento planeja abrir amanhã [hoje] 14.000 postos de trabalho, anteriormente restritos aos homens", disse um oficial sênior do departamento de Defesa.

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O funcionário, que falou em condição de anonimato, descreveu a mudança como um primeiro passo, e que, com o passar do tempo, possivelmente, novos postos deverão ser estendidos também à mulheres.

As mudanças aplicam-se principalmente ao Exército, bem como à Marinha norte-americana, acrescentou o oficial. A Força Aérea e a Marinha já têm poucas restrições ao sexo feminino, após uma decisão de 2010, que abriu as portas para que mulheres prestassem serviços em submarinos.

O Pentágono deve comunicar formalmente a mudança ao Congresso nesta quinta-feira, dando aos legisladores um breve período para atrasar ou bloquear a medida antes que ela entre em vigor. As informações são da Dow Jones.

O ministro interino da Defesa e comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, disse que o contingente de militares das Forças Armadas atuando na Bahia, para garantir a segurança em meio à greve de policiais militares, deverá chegar próximo a 3,5 mil homens, até o final do dia, segundo informações da Agência Brasil.

Por determinação do governo federal, 40 homens do Comando de Operações Táticas, a "tropa de elite", da Polícia Federal (PF) chegaram hoje a Salvador. Eles terão a missão de executar os mandados de prisão expedidos contra integrantes do movimento grevista da Polícia Militar. Os policiais federais também serão responsáveis pela remoção dos detidos para presídios federais.

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A presidente Dilma Rousseff defendeu hoje modernizar as Forças Armadas e diminuir as vulnerabilidades na área de defesa, em solenidade de apresentação de oficiais-generais recém-promovidos no Palácio do Planalto. "Avançamos muito na área de Defesa nos últimos anos mas, sem dúvida, muito ainda precisa ser feito. É imprescindível diminuir nossas vulnerabilidades, modernizar os meios operativos, integrar cada vez mais as três Forças,  e aprimorar a capacidade institucional do Ministério da Defesa. Por isso prosseguiremos com os projetos prioritários de aparelhamento das Forças, sem deixar de valorizar os homens e as mulheres que tornam esses projetos possíveis", disse Dilma.

A presidente defendeu uma "visão cada vez mais integrada das Forças Armadas" e afirmou que uma política de defesa "assertiva" é necessária ao desenvolvimento econômico e à soberania da política externa. "O Brasil de hoje conta com Forças Armadas capacitadas profissionalmente, voltadas ao cumprimento de suas obrigações constitucionais, demonstrando maturidade institucional que foi alcançada ao longo da nossa história pelo nosso País", afirmou a presidente.

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"Nossos soldados reconhecem seu papel com partícipes de uma política de Estado, a política de defesa que deve guardar perfeita coerência com as aspirações do povo brasileiro, traduzidas por seus representantes democraticamente eleitos", ressaltou.

Documento sigiloso produzido pelos comandos militares sobre a situação da defesa nacional repassado ao Palácio do Planalto nos últimos dias mostra um sucateamento dos equipamentos das três Forças. Segundo os militares, os dados esvaziam as pretensões brasileiras de obter uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, além de inibir a participação do País em missões especiais da ONU.

De acordo com a planilha obtida pela reportagem, a Marinha, que em março mantinha em operação apenas dois de seus 23 jatos A-4, não tem hoje condições de fazer decolar um avião sequer do porta-aviões São Paulo. Com boa parte do material nas mãos de mecânicos, a situação da Marinha se distancia do discurso oficial, cuja missão seria zelar pela área do pré-sal, apelidada de Amazônia Azul.

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Segundo o balanço, que mostrou uma piora em relação ao último levantamento, realizado em março, a situação da flotilha também não é confortável. Apenas metade dos navios chamados de guerra está em operação. Das 100 embarcações, incluídas corvetas, fragatas e patrulhas, apenas 53 estão navegando. Dos cinco submarinos, apenas dois ainda operam. Das viaturas sobre lagartas (com esteiras), como as usadas pelos Fuzileiros Navais para subir os morros do Rio de Janeiro, apenas 28 de 74 estão em operação.

O Ministério da Defesa mantém os dados sob sigilo. A presidente Dilma Rousseff já foi informada das dificuldade que as Forças estão enfrentando e a expectativa, pelo menos da Aeronáutica, é de que a partir do ano que vem o governo retome as discussões em relação à compra dos novos 36 caças brasileiros já que os atuais deixam de voar em 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um vírus de computador infectou o cockpits dos aviões não-tripulados MQ-9 Predator e MQ-9 Reaper, da Força Aérea do Estados Unidos (USAF), registrando todos os comandos enviados para essas naves, usadas em missões de combate no Afeganistão, Iraque e outros lugares.

Segundo reportagem da Wired, o vírus, detectado há quase duas semanas pelos militares, não impediu as operações no exterior. Também parece não ter havido vazamento de dados. No entanto, o malware tem resistido ao esforço para limpá-lo do computadores da base da Força Aérea Creech, em Nevada (EUA).

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"A gente o remove, mas ele continua voltando", disse uma fonte familiarizada com a infecção à revista. "Achamos que é benigno, mas simplesmente não sabemos."

Especialistas em segurança de redes militares não têm certeza se o vírus foi introduzido intencionalmente ou por acidente — pode tratar-se de um malware comum que se infiltrou pela rede. Eles também não sabem o quão longe a praga se espalhou. Mas é certo que a infecção atingiu máquinas que guardam dados comuns e outras com informações secretas. Logo, em tese, pode ser que segredos militares tenham sido enviados para o exterior.

Os aviões chamados "drones" são controlados à distância, e permitem atacar e espionar inimigos sem arriscar soldados. Desde que Obama assumiu a presidência dos EUA, uma frota com cerca de 30 aviões destes, dirigida pela CIA, atacou alvos no Paquistão mais de 230 vezes; ao todo, mataram mais de 2.000 supostos militantes e civis, de acordo com o jornal Washington Post.

Mais de 150 unidades do Predator e do Reaper, sob controle da Força Aérea, voam no Afeganistão e no Iraque. Drones foram usados em 92 ataques na Líbia, entre meados de abril e final de agosto.

Mas, apesar dessa importância estratégica, os sistemas dos drones são conhecidos por falhas de segurança. Muitos não codificam o vídeo enviado para as tropas em terra. Em 2009, os EUA descobriram "dias e dias e horas e horas" de filmagens em laptops de insurgentes iraquianos. Um software de US$ 26 permitiu a eles gravar as transmissões.

Abaixo, você confere um vídeo de divulgação (áudio em inglês) sobre os MQ-9 Reaper, produzido pela USAF.

Drives externos

A maioria das missões dos drones são comandadas na base de Creech, no deserto de Nevada, a partir de salas chamadas GCS (Sigla em Inglês para Estação de Controle em Terra).

Teoricamente, nenhuma das naves está conectada à Internet pública, portanto, imune às ameaças da rede.

No entanto, o uso de drives removíveis acabou resultando na infecção de redes militares por vírus. Em 2008, por exemplo, milhares de máquinas do Departamento de Defesa foram contaminadas com o worm agent.btz, introduzido por um pendrive contaminado. Três anos depois, o Pentágono ainda está limpando o malware.

As equipes dos drones usam HDs externos para fazer updates nas naves e transportar os vídeos. Ao que tudo indica, foi por aí que o vírus entrou. Agora, estão todos proibidos de usar esses drives removíveis.

Técnicos estão tentando se livrar do vírus, mas não tem sido fácil, diz a reportagem. No início, seguiram instruções de remoção publicadas no site da Kaspersky. "Mas sempre volta", disse uma fonte à revista. O jeito foi usar uma ferramenta para formatar os HDs dos controladores, e recomeçar tudo do zero.

A Força Aérea dos EUA não quis comentar o assunto. "Está dando muita atenção a ele", disse a fonte. "Mas ninguém está em pânico. Ainda. "

O embaixador Celso Amorim toma posse nesta segunda-feira à frente do Ministério da Defesa em meio a uma insatisfação das Forças Armadas com o orçamento destinado à área. Hoje, em Brasília, um grupo de esposas de militares e integrantes da reserva protestou durante solenidade da troca da bandeira nacional na praça dos Três Poderes. Eles pediram melhores salários e criticaram o que chamam de sucateamento das Forças.

Os problemas orçamentários da Defesa, que sofreu pesado corte no início do ano por ordem da presidente Dilma Rousseff, foram apontados como motivo de insatisfação de Nelson Jobim, que acabou deixando o cargo depois de uma sequência de declarações polêmicas.

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As reivindicações salariais são mais fortes na base da carreira. Taifeiros, soldados, cabos e sargentos, segundo os familiares, recebem soldo incompatível com o trabalho que exercem quando se leva em comparação os rendimentos de profissionais da polícia militar e bombeiros do Distrito Federal. "O salário nosso é terrível", resume Genilvaldo da Silva, presidente da Associação dos Militares da Ativa, da Reserva e Pensionistas (Amarp).

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