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Com milhares de migrantes que chegam diariamente, a fronteira dos Estados Unidos com o México vive momentos de tensão e emoções marcados pela determinação de quem busca viver o sonho americano sem visto.

Na cidade de Eagle Pass, no estado do Texas, o sol mal nascia no domingo (24), quando dezenas de migrantes já lutavam na água para resgatar um bebê de um ano e sua mãe, que foram atingidos por uma correnteza no meio do caminho.

Os migrantes haviam juntado seus cintos para usá-los como corda, mas a corrente de água os rompeu.

O resgate foi feito pelos próprios migrantes, que se mobilizaram enquanto a pequena Olga chorava e os militares na costa americana observavam.

A onda de aplausos e alívio ao chegarem ao solo logo foi sucedida por um último obstáculo: um emaranhado de arame farpado que as autoridades do Texas reforçam diariamente e que impede a passagem em regiões como esta, que não possuem muros, ao longo dos mais de 3.000 quilômetros de fronteira.

Voltar não é uma opção, então os migrantes seguem o caminho.

Mais abaixo, Yonder Urbina, que salvou Olga, e seu primo, Oskeivys González, encontraram uma parede de contêineres que escalaram para chegar aos EUA.

Enquanto a patrulha da fronteira resgatava o restante do grupo preso na água, outros na orla de Piedras Negras começaram a cruzar até o lado americano da costa.

- "Conseguimos" -

Após os momentos de tensão no rio, onde os agentes comumente intervêm com um barco salva-vidas, centenas de pessoas se reuniram em frente à intimidante parede de arame farpado.

Quando a sensação términa ultrapassou os 40ºC, a patrulha da fronteira precisou cortar parte deste arame para resgatar os migrantes da temperatura insuportável.

"Só queremos pegar nossos filhos e seguir em frente", disse a venezuelana Yusmayra Pirel, de 38 anos.

A maioria dos migrantes estava apenas com a roupa do corpo, além de seus celulares danificados pela travessia, documentos e dados de seus familiares nos EUA.

Ana Hernández pediu água para derramar na cabeça de seu bebê de 10 meses.

"Eles queriam roubar nossos bebês de um supermercado [no México], então corremos", disse ela.

Após o meio-dia, quando mais de 300 pessoas já haviam atravessado, outra mãe com três filhos chegou à costa americana. Seus filhos ficaram feridos ao passarem pelo arame farpado à beira do Rio Grande, mas foram resgatados pela patrulha.

"Graças a Deus conseguimos", disse o venezuelano Leonel Fernández.

Enquanto os militares da Operação Lone Star - lançada pelo governador do Texas, Greg Abbott - cobriam os buracos da grade de arame farpado com fios novos, mais migrantes continuavam a entrar no rio.

"Este é um lugar quente. Hoje foi tenso, mas para nós é mais um dia na fronteira", admitiu um dos agentes.

Em relatório divulgado nesta terça-feira (12), a agência de migração da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que a fronteira entre os Estados Unidos e o México é a rota de migração terrestre mais mortal do mundo. O órgão afirma que centenas de pessoas perdem as suas vidas ao tentarem fazer as perigosas travessias no deserto que divide os países.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) relata 686 mortes e desaparecimentos entre migrantes na fronteira em 2022. No entanto, os números de vítimas é provavelmente mais elevado devido à falta de dados tanto dos gabinetes legistas do condado fronteiriço do Texas quanto da agência mexicana de busca e resgate.

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“Os números alarmantes são um lembrete claro da necessidade de uma ação decisiva para criar vias regulares de migração legal”, afirma o segundo porta-voz da OIM, Paulo Dillon, que pontua que os números registados “representam as estimativas mais baixas disponíveis”.

Em uma paisagem de cânions, colinas repletas de cactos e dois grandes desertos, o Chihuahuan e o Sonora, os migrantes são vítimas de hipotermia no inverno e de insolação no verão, segundo as autoridades da fronteira dos Estados Unidos. Alguns corpos jamais são encontrados por conta da dificuldade de acesso ao terreno.

De acordo com Dillon, 350 mortes foram documentadas em 2022, em comparação com 245 em 2021 e menos de 170 registradas em anos anteriores. A maioria das vítimas nas rotas migratórias do Caribe era de pessoas da Cuba, Haiti e República Dominicana.   

Além disso, no Darien Gap, uma passagem de fronteira na selva entre a Colômbia, na América do Sul, e o Panamá, na América Central, foram registradas 141 mortes de migrantes no ano passado.

"A natureza remota e perigosa dessa área e a presença de gangues criminosas ao longo da rota significam que esse número provavelmente não representa o número real de vidas perdidas", disse o segundo porta-voz da OIM.  Na última sexta-feira (8), o governo do Panamá anunciou que irá intensificar a deportação dos migrantes que entrarem no país pela selva inóspita de Darién, a fim de conter a onda migratória para os Estados Unidos.

A Mongólia reabriu as fronteiras para os viajantes internacionais com esquema de vacinação completo, acabando com um confinamento que deixou o país isolado durante dois anos.

O governo aprovou uma resolução que reduziu o "estado de alerta" pandêmico de laranja para amarelo, o que suspende as restrições sobre o funcionamento de estabelecimentos comerciais, informou a agência estatal Montsame.

Com a medida, o país de três milhões de habitantes "abre plenamente suas fronteiras às viagens internacionais", afirmou o primeiro-ministro Luvsannamsrai Oyun-Erdene.

A Mongólia aplicou algumas das medidas mais rígidas do planeta contra a covid-19, com o fechamento das fronteiras e confinamentos rígidos.

As medidas afetaram a economia e provocaram o fechamento de negócios, queda das exportações. Centenas de milhares de pessoas ficaram em situação precária de emprego.

O país registrou 885.000 casos de covid-19 e mais de 2.000 mortes durante a pandemia.

Os viajantes aéreos, brasileiros ou estrangeiros, que chegarem ao Brasil em voo internacional terão de apresentar teste de Covid-19 negativo (laboratorial RT-PCR ou de antígeno) e comprovante, impresso ou eletrônico, de vacinação, a partir de sábado (11) conforme portaria publicada nesta quinta-feira (9), no Diário Oficial da União (DOU). Caso não esteja imunizado, o passageiro terá de realizar quarentena de cinco dias no destino final da viagem, brecha criada pelo governo federal.

Em meio a uma queda de braço com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre restrições contra o vírus nas fronteiras, o governo havia anunciado na terça-feira (7) a edição dessa portaria. No anúncio, ministros Marcelo Queiroga (Saúde), Ciro Nogueira (Casa Civil) e Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União), no entanto, evitaram falar sobre "passaporte da vacina" para não esbarrar na resistência do presidente Jair Bolsonaro.

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A maioria dos países exige comprovante de vacinação contra a doença causada pelo novo coronavírus e suas variantes de viajantes. Em algumas nações, os brasileiros ainda não conseguem entrar nem vacinados. É o caso da Itália, Grécia e Hungria, Letônia, Luxemburgo e Suécia.

A portaria desta quinta-feira prevê que o passaporte sanitário precisa indicar que o passageiro recebeu o esquema completo, no mínimo quatorze dias antes do embarque, com algum imunizante aprovado pela Anvisa, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ou pelas autoridades sanitárias do país em que o viajante foi imunizado. Na prática, porém, o viajante não precisará apresentar o comprovante para entrada no País, podendo optar pela quarentena de cinco dias.

Um dia depois de o governo anunciar novas medidas nas fronteiras brasileiras para conter a variante Ômicron do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro reiterou na manhã desta quarta-feira (8) que não pretende exigir o chamado "passaporte da vacina" no Brasil. "Jamais vou exigir passaporte da vacina de vocês. Imaginem se tivesse o Haddad no meu lugar", declarou o chefe do Executivo a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, referindo-se ao adversário do PT na última disputa presidencial.

Os ministros Marcelo Queiroga (Saúde), Ciro Nogueira (Casa Civil) e Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União) informaram ontem um novo protocolo para entrada no País, que deve ser formalizado em portaria a ser publicada ainda nesta quarta-feira.

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Pelas novas regras, quem não se imunizou contra a Covid-19 deverá fazer quarentena de cinco dias e só deixará isolamento após um teste RT-PCR negativo. Quem se vacinou está dispensado do isolamento. Todos os viajantes, porém, devem apresentar um RT-PCR negativo feito 72 horas ou teste de antígeno feito 24 horas para entrar em território nacional.

Não ficou claro, contudo, como será feito o controle dos vacinados e não vacinados. Os ministros se recusaram a responder perguntas dos jornalistas presentes no pronunciamento e evitaram falar em "passaporte da vacina" ao longo da explanação, justamente para evitar um desconforto com Bolsonaro, avesso a medidas restritivas de controle da pandemia.

Ao anunciar as novas medidas adotadas nas fronteiras brasileiras para conter a variante Ômicron do coronavírus, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou nesta terça-feira (7) que o objetivo do presidente Jair Bolsonaro é preservar, ao mesmo tempo, a vida e as liberdades.

Em um pronunciamento repleto de malabarismos retóricos, Nogueira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Bruno Bianco, anunciaram que o governo editará uma portaria para definir novas regras de entrada no País. O governo colocará quem chega ao Brasil sem estar vacinado contra Covid-19 em quarentena de cinco dias. Os imunizados, por sua vez, não precisarão do isolamento. Os viajantes ainda precisarão apresentar um teste RT-PCR negativo feito 72 horas antes de entrar no País.

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Os ministros evitaram falar em "passaporte da vacina", estratégia criticada pelo presidente Jair Bolsonaro, e não quiseram responder às dúvidas da imprensa.

Queiroga seguiu Ciro e disse que é necessário defender as liberdades individuais e respeitar os direitos dos brasileiros. "Países que identificam variantes não podem ser punidos com restrições", declarou o ministro.

A Anvisa defendia a ampliação da lista de fechamento da fronteira aérea com o Brasil, o que o governo não deve acatar, como sinalizou Queiroga. "Essa temática envolve relações exteriores do Brasil. Posicionamento da Anvisa pode ser acatado ou não na sua totalidade pelo governo", acrescentou.

De acordo com Queiroga, mais de 80% da população acima de 14 anos já foi imunizada com duas doses e a adesão à vacinação tem dado certo porque o Brasil "respeita as liberdades individuais". "Queremos ser paraíso do turismo mundial", declarou. "Todo mundo ficou preocupado com a nova variante, mas elas podem acontecer", minimizou.

Bianco afirmou que a AGU tem acompanhado e chancelado todas as medidas tomadas pelo governo sobre as fronteiras.

Fiji manterá os planos de reabrir na quarta-feira (1) suas fronteiras aos visitantes internacionais apesar da ameaça da variante ômicron da Covid-19, anunciou o primeiro-ministro do arquipélago, Frank Bainimarama.

Fiji tinha fixado o 1º de dezembro como o dia em que voltaria a receber visitantes estrangeiros para levantar sua economia, dependente do turismo e devastada desde que a pandemia obrigou o território a fechar as fronteiras, em março do ano passado.

Bainimarama disse ao Parlamento que a variante ômicron não alteraria os planos e que ele pessoalmente receberia o primeiro voo da Fiji Airways, procedente da Austrália, na manhã de quarta-feira.

"Continuamos saindo desta terrível pandemia que temos sofrido e apenas começamos a nos recuperar da devastação econômica", declarou ao Parlamento nesta segunda-feira (29).

A variante ômicron sacudiu os mercados mundiais e levou alguns países a endurecerem seus controles fronteiriços, como Israel e Japão, que fecharam as portas a viajantes internacionais.

Fiji endureceu as restrições às chegadas da África do Sul, mas não alterou as regras para os países que costumam enviar turistas ao paradisíaco país do Pacífico.

Entre eles estão Japão, Nova Zelândia, Estados Unidos e França, assim como outros países onde a variante já foi detectada, como Austrália, Canadá e Reino Unido.

Bainimarama disse confiar que com 90% da população adulta vacinada, Fiji poderá conter qualquer surto do coronavírus desde que se respeitem estritos protocolos sanitários.

Os visitantes devem estar com esquema vacinal completo e apresentar exame negativo de covid-19.

Assim que chegam a Fiji, devem permanecer em áreas designadas, onde os operadores turísticos terão que estar vacinados.

Fiji passou um ano livre da covid-19 antes de uma segunda onda devastadora causada pela variante delta deixar quase 700 mortos em sua população de um milhão de habitantes.

O Japão anunciou nesta segunda-feira (29) o fechamento de suas fronteiras a todos os visitantes estrangeiros para frear a variante ômicron da Covid-19 e, durante o dia, os ministros da Saúdo do G7 se reunirão em caráter de urgência para tentar estabelecer uma estratégia comum diante do avanço da pandemia.

Três semanas após flexibilizar algumas restrições, o Japão decidiu implantar controles rígidos de fronteira, algo que muitos consideram coisa do passado.

"Vamos proibir a entrada de estrangeiros de todo o mundo partir de 30 de novembro", afirmou o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida.

A variante ômicron, detectada inicialmente no sul da África, já está presente em vários países.

Nesta segunda-feira, os ministros da Saúde do G7 (França, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido) se reunirão "para discutir a evolução da situação sobre a ômicron", em um encontro organizado em caráter de urgência em Londres, que tem a presidência temporária do G7.

Com mais de cinco milhões de mortes em todo o mundo desde que a pandemia foi declarada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou a ômicron como uma variante de "preocupação".

"Sabemos que estamos em uma corrida contra o tempo", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, antes de destacar que os fabricantes de vacinas precisam de "duas a três semanas" para avaliar se as vacinas existentes continuam sendo eficazes contra a nova variante.

Vários países adotaram restrições para viajantes procedentes do sul da África, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Indonésia, Arábia Saudita, Kuwait e Holanda.

- Dano econômico -

O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, pediu no domingo aos países que suspendam as restrições "antes que provoquem mais danos a nossas economias".

Na mesma linha, o diretor da OMS para a África fez um apelo para que os países priorizem a ciência, em vez de impor restrições de voo para conter a nova variante.

"Com a variante ômicron detectada em várias regiões do mundo, a aplicação de restrições de viagens para a África é um ataque à solidariedade global", declarou diretor regional da OMS, Matshidiso Moeti.

Poucos dias depois do anúncio por cientistas da África do Sul sobre a descoberta da nova variante, que tem mais mutações que as anteriores detectadas do coronavírus, o hospital Bambino Gesu de Roma conseguiu a primeira "imagem" da ômicron e confirmou que efetivamente tem mas mutações que a delta, mas isto não significa que é mais perigosa, de acordo com os pesquisadores.

As autoridades holandesas afirmaram que identificaram ao menos 13 casos de ômicron entre 61 passageiros que testaram positivo para covid-19 depois que desembarcaram da África do Sul no sábado.

A polícia de fronteira da Holanda anunciou a detenção de um casal em um avião com destino a Espanha, depois que os dois fugiram de um hotel em que estavam em quarentena.

O casal, um espanhol de 30 anos e uma portuguesa de 28, retornou à quarentena e pode ser acusado de "ataque à segurança pública".

Apesar da nova ameaça, dezenas de milhares de pessoas protestaram na Áustria contra a vacinação obrigatória no país, o primeiro da UE a aplicar a medida.

O chanceler Alexander Schallenberg considerou o protesto uma "interferência menor" para o país com uma das menores taxas de vacinação na Europa ocidental.

No Reino Unido, o ministro da Saúde, Sajid Javid, anunciou que na terça-feira entrarão em vigor novas regras sanitárias, incluindo o uso de máscaras em estabelecimentos comerciais e nos transportes públicos, assim como restrições para os passageiros procedentes do exterior.

- Sintomas leves -

E enquanto os cientistas tentam determinar o nível de ameaça da nova variante, uma médica sul-africana destacou que dezenas de pacientes suspeitos de portar a variante ômicron mostraram sintomas leves, como fadiga.

Angelique Coetzee, presidente da Associação Médica Sul-Africana declarou à AFP que observou 30 pacientes nos últimos 10 dias que testaram positivo para covid-19 e se recuperaram sem a necessidade de hospitalização.

O conselheiro do governo dos Estados Unidos para a pandemia, Anthony Fauci, afirmou que continua "acreditando que as vacinas existentes devem fornecer um grau de proteção contra casos severos de covid".

Diante do que considera um risco crescente, Israel anunciou algumas restrições mais severas, incluindo o fechamento das fronteiras a todos os estrangeiros, quatro semanas depois da reabertura para os turistas.

"Estamos levantando a bandeira vermelha", disse o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett.

O Japão anunciou que facilitará os controles de fronteiras a partir desta segunda-feira (8) para viajantes totalmente vacinados, exceto turistas, respondendo a pedidos da comunidade empresarial após um rápido declínio nas infecções. Todos os que entrarem no Japão devem estar totalmente imunizados com vacinas reconhecidas pelas autoridades japonesas.

As categorias de pessoas que podem entrar no país incluem viajantes em visitas de negócios de curto prazo de menos de três meses, bem como visitantes de longo prazo, incluindo estudantes estrangeiros e trabalhadores nos chamados programas de estágio técnico, com uma exigência de quarentena de 14 dias.

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Escolas e empresas patrocinadoras devem apresentar documentos detalhando suas atividades e como serão monitoradas. O auto-isolamento de dez dias para cidadãos japoneses e estrangeiros com permissão de reentrada será reduzido para três dias.

O Japão fechou suas fronteiras para praticamente todos os visitantes estrangeiros em janeiro, exceto para aqueles com permissões especiais e para fins humanitários.

Os casos diários caíram drasticamente desde setembro, em uma tendência geralmente atribuída a vacinações e uso extensivo de máscaras.

Cerca de 73% da população foi totalmente vacinada. Tóquio relatou 25 casos na sexta-feira, 5, abaixo de 30 pelo nono dia consecutivo. Em todo o país, o Japão teve 158 casos confirmados na quinta-feira, totalizando o acumulado de 1,72 milhão, com cerca de 18.300 mortes. Fonte: Associated Press.

Os Estados Unidos reabriram nesta segunda-feira (8) suas fronteiras para turistas internacionais que já estejam completamente vacinados contra a Covid-19, incluindo do Brasil.

Além de comprovar imunização, os viajantes precisarão mostrar resultado negativo de exame contra o novo coronavírus realizado até três dias antes do embarque, enquanto as companhias aéreas terão de estabelecer um sistema de rastreio de contatos.

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No caso das fronteiras terrestres, viajantes por motivos de trabalho, como caminhoneiros, ficarão isentos do comprovante de vacinação até janeiro de 2022.

Os EUA aceitarão turistas vacinados com qualquer uma das fórmulas homologadas para uso emergencial pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que já autorizou os imunizantes de AstraZeneca, Bharat Biotech (Covaxin), Biontech/Pfizer, Janssen, Moderna, Sinopharm e Sinovac (Coronavac).

As fronteiras americanas ficaram fechadas para turistas internacionais por cerca de 20 meses, enquanto o país se tornava o mais atingido pela pandemia em todo o mundo em números absolutos, com quase 46,5 milhões de casos e mais de 754,4 mil mortes até o momento.

Os EUA chegaram a registrar aumentos nos contágios e óbitos entre agosto e setembro, sobretudo por causa da resistência de parte da população às vacinas, mas os números voltaram a cair a partir de outubro. 

Da Ansa

Os Estados Unidos se preparam para reabrir suas fronteiras terrestres e aéreas aos viajantes vacinados contra covid-19 nesta segunda-feira(8), encerrando 20 meses de severas restrições criticadas pela Europa e pelos vizinhos México e Canadá.

Famílias separadas, relações comerciais interrompidas, ambições de carreira frustradas: a "proibição de viagens" imposta pelo então presidente Donald Trump no início de 2020, mais tarde confirmada por seu sucessor Joe agravou as turbulências provocadas pela pandemia.

Para se proteger dos países mais atingidos pela covid-19, Trump impôs rapidamente restrições de viagens da China em fevereiro de 2020. Depois, no dia 13 de março, foi a vez dos países da Europa pertencentes ao espaço Schengen.

Reino Unido e Irlanda foram restringidos alguns dias depois, enquanto as fronteiras terrestres já estavam praticamente fechadas com o México e o Canadá.

Com todos esses países, a densidade das trocas humanas e econômicas é extremamente intensa.

"Foi muito difícil, só quero ver meu filho", disse à AFP Alison Henry, uma britânica de 63 anos que viajará na segunda-feira para encontrar seu filho em Nova York após 20 meses de separação.

Desde o verão passado era possível viajar dos Estados Unidos para a Europa, mas os estrangeiros que se estabeleceram nos Estados Unidos e possuíam certos vistos não tinham garantia de poder voltar para casa.

Para atender ao previsível aumento da demanda, as companhias aéreas aumentaram o número de voos transatlânticos e o tamanho dos aviões.

O levantamento das restrições também representa um respiro para o setor de aviação em crise pela pandemia.

Também ao longo da imensa fronteira mexicana, inúmeras cidades americanas, no Texas ou na Califórnia, sofreram um forte choque econômico e aguardam ansiosamente o retorno à normalidade.

Os ricos aposentados canadenses, por exemplo, podem agora, sem medo, na época da primeira geada, iniciar sua jornada anual de carro para a Flórida e suas delícias climáticas.

- Vacinação e testes -

Mais de trinta países serão incluídos no levantamento desta "proibição de viagens".

Para os viajantes que chegam de avião, os Estados Unidos solicitarão a partir de segunda-feira, além do certificado de vacinação e do teste negativo para covid feito nos três dias anteriores à partida, o estabelecimento pelas companhias aéreas de um sistema de rastreamento de contatos.

Para a rota terrestre, as restrições serão suspensas em duas etapas.

A partir de segunda-feira, as pessoas que chegarem ao país por motivos considerados não essenciais, como família ou turismo, poderão cruzar a fronteira do Canadá ou do México, desde que estejam vacinadas.

Aqueles que o fazem por motivos imperiosos, por exemplo, os motoristas de caminhão, estarão isentos deste requisito.

Mas a partir de janeiro a obrigação de vacinação se aplicará a todos que cruzarem as fronteiras terrestres, independentemente do motivo da viagem.

As autoridades de saúde dos EUA também indicaram que todas as vacinas aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) serão aceitas.

Por outro lado, a OMS está mais uma vez alarmada com a taxa de transmissão "muito preocupante" da covid-19 na Europa, que pode causar mais meio milhão de mortes no continente até fevereiro.

Esta quarta onda atinge principalmente a Alemanha, com a qual o governo Biden é especialmente cuidadoso em suas negociações.

O governo da Nova Zelândia, que virou uma fortaleza durante a pandemia, revelou nesta quinta-feira (28) o plano de reabertura das fronteiras, em um momento de pressão de seus cidadãos retidos no exterior.

O ministro responsável pela resposta contra a Covid-19, Chris Hipkins, afirmou que os viajantes de alguns microestados insulares do Pacífico poderão entrar na Nova Zelândia sem a necessidade de cumprir quarentena a partir de novembro.

Para outros países classificados como de risco baixo a mesma medida será considerada a partir do início do próximo ano.

Hipkins também informou que o período obrigatório de 14 dias de isolamento em um hotel para todas as pessoas procedentes do exterior será reduzido para sete em novembro e, eventualmente, pode ser substituído por um isolamento em casa.

O país adotou severas restrições como forma de proteção contra a pandemia. A estratégia foi efetiva: apenas 28 mortes em uma população de cinco milhões de habitantes.

Mas a pressão é cada vez maior entre a população expatriada, que não consegue retornar ao país devido à saturação das vagas nos hotéis destinados ao isolamento.

A imprensa local informa com relativa frequência casos de pessoas que, devido a esta quarentena, não conseguem visitar parentes à beira da morte.

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (15) que permitirá a entrada no país de visitantes estrangeiros que estejam completamente vacinados contra a Covid-19 a partir de 8 de novembro.

"A nova política de viagens dos EUA, que exige vacinação para viajantes estrangeiros nos Estados Unidos, começará em 8 de novembro", anunciou no Twitter Kevin Muñoz, subsecretário de imprensa da Casa Branca, ao anunciar a data de uma iniciativa já antecipada no mês passado.

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"Este anúncio e esta data se aplicam a viagens aéreas internacionais e terrestres", escreveu. "Esta política é pautada pela saúde pública, rigorosa e consistente", completou.

Em março de 2020, para frear a propagação do coronavírus, Washington fechou as fronteiras aos viajantes procedentes da União Europeia, Reino Unido e China, e mais tarde adicionou a lista às pessoas procedentes da Índia e Brasil. Também proibiu a entrada por terra a partir do México e Canadá.

Estas restrições provocaram transtornos pessoais e econômicos.

Para os viajantes que que chegam de avião, o governo dos Estados Unidos solicitará às companhias aéreas que estabeleçam um sistema de rastreamento de contatos e exigirá um teste de detecção do vírus três dias antes da partida.

Para a entrada por terra, a Casa Branca anunciou nesta semana que a suspensão das restrições acontecerá em duas etapas.

A partir de 8 de novembro, poderão atravessar a fronteira do Canadá ou México as pessoas que viajam por motivos considerados "não essenciais", por exemplo familiares ou turísticos, desde que estejam vacinadas.

As pessoas que entram no país por motivos "essenciais", por exemplo, os caminhoneiros, estarão isentas.

Mas a partir de janeiro, a obrigação da vacina anticovid será aplicada a todos os visitantes que atravessarem as fronteiras terrestres, independente do motivo de entrada nos Estados Unidos.

O governo da Argentina anunciou nesta terça-feira (21) a reabertura das fronteiras para turistas brasileiros vacinados e de outros países vizinhos a partir de 1º de outubro. A medida faz parte de uma série de flexibilizações sanitárias para o combate à Covid-19.

Para entrar no país, os brasileiros precisarão ter a vacinação contra a doença completa, fazer um teste RT-PCR antes da viagem e apresentá-lo no embarque, um teste rápido com antígenos no desembarque e um outro RT-PCR entre 5 e 7 dias após a chegada ao território argentino. Assim, o isolamento não será mais obrigatório.

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A ministra da Saúde, Carla Vizzotti, ainda informou que essa medida também entrará em vigor a partir de novembro para todos os demais países do mundo. "As medidas foram possíveis graças a forte diminuição dos casos de coronavírus nas últimas semanas, com o retardamento da entrada da variante Delta e pelo forte avanço do plano vacinal", ressaltou Vizzotti.

Além disso, foi revogada a obrigatoriedade do uso de máscaras "em área aberta, quando se caminha e sem a presença de outras pessoas ao redor" e será permitida a reunião de pessoas "ao ar livre, sem um número máximo, assim como viagens em grupo e das escolas".

Vizzotti ainda informou que, a partir de 1º de outubro, será permitida a participação do público de "eventos em massa ao ar livre com 50% da capacidade", isso inclui eventos esportivos e culturais em estádios e parques.

Conforme dados da Universidade Johns Hopkins, a Argentina soma 5,2 milhões de casos confirmados de Covid-19 e 101.428 mortes pela doença desde o início da crise sanitária. Ainda são cerca de 49,3 milhões de cidadãos vacinados contra o coronavírus Sars-CoV-2.

Da Ansa

O Uruguai vai começar a abrir suas fronteiras aos estrangeiros que tenham propriedades no país a partir do dia 1.º. Dois meses depois, em novembro, o governo uruguaio pretende abrir o país para o restante dos visitantes.

Até lá, a expectativa do governo é de que cerca de 75% da população local esteja completamente imunizada, sendo que quem recebeu a Coronavac terá uma terceira dose de Pfizer. No anúncio, o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, deixou claro que, em ambos os casos, os que entrarem no Uruguai deverão estar completamente imunizados e devem apresentar um teste PCR negativo para Covid-19.

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Os proprietários poderão entrar com seus respectivos cônjuges e filhos. No caso das crianças e dos menores, não será exigida a vacinação completa, já que muitos países ainda não estão vacinando pessoas com menos de 18 anos.

Lacalle Pou afirmou também que há a possibilidade de que esses jovens e crianças sejam vacinados de forma gratuita no Uruguai, mas ele esclareceu que essa é uma decisão que ainda não foi tomada. Os detalhes do protocolo de entrada no país, que indica se haverá necessidade de um segundo PCR ou uma quarentena, serão apresentados pelo Ministério de Saúde Pública do Uruguai nos próximos dias.

O presidente uruguaio afirmou ainda que as novas medidas foram tomadas à luz da favorável situação do país. O Uruguai, com uma população de 3,5 milhões, tem 73% de vacinados com pelo menos uma dose do imunizante contra a covid-19 e 65% totalmente vacinados. Segundo o governo, alta taxa de imunização está ligada a uma forte queda nas infecções, mortes e hospitalizações desde junho. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Israel flexibilizou nesta terça-feira (1) um pouco mais as restrições sanitárias impostas para lutar contra a Covid-19, mas mantém condições rígidas para a chegada de viajantes, anunciou o ministério da Saúde.

O país, que aplica uma campanha de vacinação em larga escala, permanece fechado a cidadãos de outros países, com exceção para aqueles com isenções por motivos profissionais ou familiares imperativos.

Todos os viajantes que chegam ao país devem respeitar uma quarentena de 14 dias, que só termina após um teste sorológico que comprove a vacinação ou imunidade suficiente.

As outras restrições na vida cotidiana foram suprimidas.

Nesta terça-feira foi cancelada a necessidade de apresentação do "passaporte de vacina" para entrar, por exemplo, em um restaurante ou hotel, assim como o limite de capacidade para estabelecimentos abertos ao público.

O ministro da Saúde, Yuli Edelstein, afirmou que o uso de máscara, ainda obrigatório nos locais fechados e nos transportes públicos, pode ser suprimido "em duas semanas".

As crianças, que não foram vacinadas, devem continuar usando a máscara na escola.

Dos 9,3 milhões de habitantes de Israel, mais de cinco milhões (55% da população) já receberam as duas doses da vacina.

Israel iniciou uma grande campanha de vacinação em dezembro graças a um acordo com o grupo farmacêutico Pfizer, que entregou milhões de doses ao país em troca de dados sobre os efeitos da imunização a partir das bases de dados do sistema de saúde israelense.

Nesta terça-feira, Israel anunciou quatro casos de covid-19 nas últimas 24 horas, contra mais de 10.000 no pior momento da epidemia.

O crescente atrito com a China e como reabrir as fronteiras após a pandemia provavelmente estará entre os tópicos discutidos pelos líderes da Austrália e da Nova Zelândia, em sua primeira reunião presencial desde que o surto de coronavírus provocou o fechamento de fronteiras entre os países.

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, chegou ao resort turístico de Queenstown para uma visita noturna neste domingo (30). Ele cumprimentou sua contraparte neozelandesa, Jacinda Ardern, com um tradicional hongi maori, saudação na qual os dois pressionaram os narizes.

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Morrison é o primeiro grande líder mundial a visitar a Nova Zelândia desde que os dois países fecharam suas fronteiras no ano passado para conter o vírus. Os vizinhos abriram uma bolha de viagens sem quarentena no mês passado, embora um recente surto do vírus em Melbourne tenha levado a Nova Zelândia a suspender o acordo com o Estado de Victoria.

A escolha de Queenstown para a reunião foi deliberada, enquanto a Nova Zelândia tentava reviver sua desgastada indústria de turismo. Queenstown foi particularmente afetada pela pandemia, embora as operadoras de turismo digam que esperam um impulso dos turistas australianos durante a próxima temporada de esqui, agora que a bolha das viagens começou.

Atritos com a China

A mudança na dinâmica com a China tem sido um grande tópico em ambos os países, pois o país bloqueou algumas exportações australianas depois que a Austrália excluiu a empresa de telecomunicações chinesa Huawei de sua rede telefônica 5G e pediu uma investigação independente sobre as origens do coronavírus.

A Nova Zelândia também foi mais aberta contra a China em algumas questões nos últimos meses, embora até agora tenha mantido melhores relações com a superpotência do que a Austrália.

Ardern disse que conversaria com Morrison sobre a recuperação da pandemia, bem como sobre os principais desafios regionais e questões de segurança. "Nosso relacionamento com a Austrália é o mais próximo e importante, e isso nunca foi mais evidente do que nestes tempos difíceis para o mundo", disse Ardern aos repórteres.

(Fonte: Associated Press)

A União Europeia (UE) chegou a um acordo para reabertura das fronteiras do bloco a viajantes estrangeiros que já estejam totalmente vacinados contra a Covid-19. De acordo com fontes ouvidas por agências internacionais, embaixadores dos 27 Estados-membros concordaram com uma proposta apresentada pela Comissão Europeia no dia 3 de maio. Para ter validade, a medida ainda precisa ser aprovada em nível ministerial.

O texto, que deve ser posto para votação na sexta-feira, 21, de acordo com a agência AFP, tanto prevê a permissão de entrada de turistas procedentes de qualquer país, desde que já imunizados contra o novo coronavírus com vacinas utilizadas na UE, quanto estabelece critérios mais flexíveis para determinar a lista de países "seguros", cujos cidadãos podem entrar no bloco sem vacinação, mediante protocolos de prevenção.

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Pelo patamar atual, um país pode registrar até 25 novos casos de covid-19 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Com o novo texto, a quantidade seria ampliada para 75 casos por 100 mil habitantes. Apesar do novo critério, um diplomata da UE ouvido pela agência Reuters defendeu que seja adicionado um mecanismo de segurança para países que registraram a variante indiana do novo coronavírus.

Especula-se que a nova lista de países seguros será definida nas próximas semanas. Com base em dados do Centro Europeu para Controle e Prevenção de Doenças, o Reino Unido, que deixou o bloco, atenderia aos novos critérios, enquanto Brasil e EUA ficariam de fora - apesar de seus cidadãos poderem se beneficiar com a regra de vacinação.

Atualmente, as viagens não essenciais para o espaço da UE são proibidas, à exceção de um pequeno grupo de países considerados seguros por seu baixo número de casos de covid-19. Até o momento, esta lista inclui Austrália, Israel, Nova Zelândia, Ruanda, Cingapura, Coreia do Sul, Tailândia e China, embora, no caso chinês, seja exigida reciprocidade. (Com agências internacionais).

O Diário Oficial da União publica, nesta quinta-feira (13), portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que autoriza o emprego da Força Nacional de Segurança Pública, em apoio à Polícia Federal (PF), nas atividades de prevenção e repressão aos delitos nas fronteiras nacionais, em caráter episódico e planejado, por 15 dias, a contar de hoje.

A operação terá o apoio logístico da PF, que deverá dispor da infraestrutura necessária à Força Nacional de Segurança Pública.

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O contingente de militares a ser disponibilizado obedecerá ao planejamento definido pela Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O prazo do apoio prestado pela Força Nacional poderá ser prorrogado, no caso de necessidade.

Um estudo feito pelos pesquisadores do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz) aponta que a busca por atendimento de pacientes de Covid-19 ignora limites entre municípios dando-se de acordo com critérios de proximidade e disponibilidade de unidades de saúde. Sendo assim, na prática, esse movimento se dá à revelia das fronteiras das Macrorregiões de Saúde desenhadas e previstas no planejamento dos 26 estados e do Distrito Federal, demandando maior integração das políticas de combate à doença entre cidades que compartilham da mesma rede de atendimento.

Publicadas na nota técnica “Redes de Atenção à Saúde para Covid-19 e os desafios das esferas governamentais: Macrorregiões de Saúde e a curva que devemos ‘achatar”, as conclusões do estudo mostram que políticas decididas unilateralmente por um município não consideram a migração de pacientes de outros locais que podem acionar sua rede. Além disso, segundo a Fiocruz, apenas 741 (13%) dos 5.570 municípios brasileiros possuem capacidade de atendimento em UTI para pacientes com Covid-19.

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“Esses números apontam que decisões isoladas em alguns municípios podem, além de trazer o aumento de casos localmente, provocar a ocupação dos leitos compartilhados dentro dessa rede de atenção à saúde, deixando toda a população dessa rede sem atendimento e, consequentemente, demandando atendimento para as redes vizinhas. Fica demonstrada nessa abordagem a importância de decisões compartilhadas e coordenadas entre as diferentes esferas governamentais”, diz trecho do estudo.

Ainda segundo a pesquisa, menos de um quinto (1.029) dos municípios foi capaz de receber mais de 10% dos casos de residentes que precisaram de Terapia Intensiva. “O deslocamento intermunicipal de pessoas para a utilização de serviços públicos ou conveniados ao SUS precisa ser levado em conta na configuração das Regiões de Saúde. Nesse estudo, usamos a teoria dos grafos e algoritmos de classificação que consideram modularidade, de forma a identificar a conformidade das Regiões de Saúde atuais com o uso efetivo dos serviços hospitalares em nível nacional. É uma metodologia que os municípios podem utilizar”, comenta Diego Xavier, epidemiologista do Icict e um dos autores do estudo.

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