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Yudi Tamashiro virou a página do passado e, hoje, vive uma nova vida. Contudo, algumas vezes, eles ainda recorda todas as polêmicas e períodos obscuros. Em entrevista no Podcast das Estrelas, o apresentador confessou que era viciado em casas de swing antes de se tornar evangélico.

"Quem é dos bastidores sabe das loucuras que eu fazia e tal. E hoje sou evangélico. Eu fazia [bastantes loucuras]. Eu fiquei um tempo viciado em casas de swing, e as pessoas acham que não viciam".

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Yudi disse que era até conhecido nos estabelecimentos por ser figurinha tarimbada.

"Eu chegava nas casas de swing em São Paulo e o apresentador anunciava: Com vocês o Yudi Tamashiro, o Yudi do PlayStation chegou na casa de swing".

O artista também entregou que lutava contra sérios problemas por conta de bebidas alcóolicas.

"Bebida para mim sempre foi o problema. Com 21 anos de idade fui parar no hospital, meu fígado já estava zoado".

Victor Bonato, influencer evangélico de 27 anos, foi preso e está sendo investigado por crimes sexuais denunciados por três fiéis do movimento Galpão, de Alphaville, São Paulo. As vítimas afirmam que Victor utilizou de sua influência para forçar relações sexuais com elas.

A prisão preventiva foi determinada a pedido do Ministério Público e da Polícia Civil de São Paulo no dia 20 de setembro, três dias depois do influenciador anunciar que iria dar um tempo das redes sociais. Bonato foi pego em Cesário Lange, no interior paulista.

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Bonato publicou um vídeo pedindo desculpas às vítimas Foto: Reprodução/Instagram

O caso segue em investigação sob sigilo pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Barueri. A advogada Samara Batista Santos, afirma que seu cliente nega todas as alegações e emitiu um pedido de perdão para as partes envolvidas.

O movimento evangélico Galpão anunciou o afastamento do influencer pois “alguns acontecimentos ferem diretamente o que o Galpão acredita e segue, fere a palavra e está em desacordo com o que Jesus nos ensina”.

Nas suas redes sociais, Victor Bonato divulgou um vídeo em que diz ter cometido “alguns pecados” e que caiu em “imoralidades”. Ele se declarou profundamente envergonhado e arrependido por decepcionar sua família e aqueles que os acompanham.

"Eu quero pedir perdão às meninas com quem eu falhei, que eu defraudei, que eu magoei e com quem eu não tive atitude de homem. Quero pedir perdão à família de cada uma pelas falhas que eu cometi. Espero que vocês possam me perdoar. E se vocês não conseguirem, eu também entendo", diz o suspeito.

Ainda no vídeo público, ele retira qualquer culpa do Galpão e declara que irá tirar um tempo para “se curar” e pede perdão por ter “falhado”.

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Faltando menos de dois meses para as eleições, o pastor e deputado estadual Cleiton Collins e a vereadora Michele Collins, ambos do partido Progressistas (PP), declararam apoio ao candidato ao Governo de Pernambuco, Miguel Coelho (União Brasil), nesta terça-feira (9). 

Aumentando a visibilidade de Miguel com o público evangélico, o casal oficializou o apoio a Miguel na presença de apoiadores, lideranças e membros de igrejas evangélicas. “Este caminho que estamos trilhando não é para projetos pessoais. É um caminho para fazer nosso estado voltar a brilhar como o sol de nossa bandeira e para que os pernambucanos possam se orgulhar de novo. Eu peço a união do povo de Deus de Pernambuco para que possamos transformar o nosso estado”, disse o candidato.

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Já Cleiton lembrou da gestão de Miguel à frente da Prefeitura de Petrolina para justificar a adesão. “Conheço a trajetória e a vida dele. Conheço a vida, a obra e a trajetória de todos os candidatos. Para mim, Miguel é o mais preparado. Eu sei que você se preparou e tenho certeza que Deus vai te dar a chance de ser governador."

Por fim, Michele afirmou que a decisão de apoiar Miguel foi bem pensada e madura. “Recentemente tive a honra de conhecer Petrolina. É uma cidade muito estruturada, bem cuidada, organizada. Fiquei impactada com o que vi. Tive mais convicção da minha escolha quando conversei com os pastores de Petrolina e me falaram que ele sempre foi um parceiro das igrejas. Minha decisão foi amadurecida e quando li sua carta ao povo de Deus, não tive mais dúvidas. Miguel, pode contar comigo, estamos juntos com você”, declarou.

A estratégia de partidos da direita em incentivar o conservadorismo cristão se baseia nos moldes da estrutura evangélica no Brasil, criada sob forte influência do protestantismo dos Estados Unidos. Os pastores congressistas da bancada da Bíblia costumam demonizar o "politicamente correto" e reforçam a não aceitação das diferenças para atrair votos, assim como fez o ex-presidente norte-americano Donald Trump.

Exemplo para o presidente Jair Bolsonaro (PL), Trump enxergou nos protestantes um voto fiel e fundamental para se eleger. O modelo foi aprofundado pelo brasileiro, que usa versículos bíblicos como frases de efeito e indicou o pastor Milton Ribeiro ao Ministério da Educação e os ministros André Mendonça e Kássio Nunes ao STF pela devoção religiosa. 

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Em um evento no Palácio da Alvorada, em março deste ano, o presidente disse a líderes religiosos que dirigia a nação "para o lado que os senhores desejarem". Nessa quarta (15), Bolsonaro supôs que Jesus andaria armado ao concluir que ele “não comprou uma pistola porque não tinha naquela época”.

Desinformação e indução

Derrotado em todas as projeções eleitorais até o momento, para reduzir os danos da alta rejeição e se reforçar com seu eleitorado consolidado, o presidente costuma se apoiar na agenda de costumes para encobrir as críticas à gestão. "Isso ocorre porque houve um sequestro em relação a certas pautas. É como se certas pautas, que são importantes para os evangélicos, virassem um monopólio da direita e aí por falta de informação política, eles acabam achando que teologicamente precisam votar na direita", avaliou o doutor em Ciência Política Jorge Oliveira Gomes.

Com o aumento de fiéis nas últimas décadas em paralelo ao enriquecimento dos donos de igrejas como Edir Macêdo, Silas Malafaia e RR Soares, a pesquisa de 2020 do Datafolha apontou que 31% da população brasileira é evangélica, o que representa cerca de 27% do eleitorado religioso. Essa parcela, em sua maioria, é afetada por uma visão de mundo mais reacionária incutida na cultura gospel, que se concebeu no Brasil de forma afastada de teologias mais ligadas a questões sociais.       

O doutor em Ciência Política Gustavo Rocha frisou que os partidos de direita também se aproveitam da fragilidade socioeconômica dos fiéis que são motivados pela teologia da prosperidade. "A principal razão, ao meu ver, está atrelada ao projeto político de lideranças religiosas no segmento neopentecostal. Os fiéis desses grupos tendem a ser de extratos sociais mais baixos, com menos formação e menor grau de informação. Os líderes religiosos desse grupo se aproveitam muito disso para incutir determinadas posições", explicou.

Refúgio para as religiões de matriz africana

Essa estrutura político-religiosa empurra ainda mais as religiões de matriz africana ao preconceito. Como refúgio, seus adeptos veem na esquerda uma saída para receber apoio e respeito. "Na esquerda existe uma maior aceitação por conta da aproximação natural da esquerda com pautas progressistas e de minoria. No Brasil, geralmente as coisas caminham juntas", pontuou Oliveira Gomes.

Rocha acrescenta que a ideologia de esquerda tende a ser mais sensível a questões enfrentadas pelo candomblé e outras vertentes. "Eles são um misto de exclusões. São aqueles que tem sua prática religiosa atrelada à resistência, à imposição do Estado e da sociedade ao longo da história. Sofrem racismo, além de terem sua religião demonizada. Com o aumento da participação evangélica através desse movimento neopentecostais, eles sofrem ainda mais pressão", resumiu.

Mau desempenho da Economia pode virar votos

A fidelidade evangélica nas últimas eleições indica que esses eleitores devem manter a convicção política. Contudo, desde 2018, Rocha percebe que a esquerda passou a tentar se aproximar desses grupos para dialogar. 

Outros fatores que podem mudar o voto evangélico são a divergência decorrente da pluralidade dos grupos evangélicos e a atual situação econômica. “Eles são parte de extratos sociais muito afetados pelo cenário econômico. Há uma tendência que essas duas dimensões entrem em conflito. Então pode haver uma "quebra" nessa fidelidade”, analisou o cientista.

Nesta terça-feira (10), a Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou a sua 152ª pesquisa. De acordo com o levantamento, 78,6% das pessoas entrevistadas não concordam com manifestações políticas de líderes religiosos que sugerem aos fiéis em quem votar.

Apenas 18,3% concordam com essa indicação. 3,1% não souberam ou não quiseram responder sobre o tema. 

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Os evangélicos são considerados um dos pilares de sustentação política do presidente Jair Bolsonaro (PL) e podem garantir uma votação expressiva para ele. 

De acordo com pesquisa da XP/Ipespe divulgada no mês de abril deste ano, 40% das intenções de voto dessa denominação religiosa afirmaram que votariam no atual mandatário. O ex-presidente Lula (PT) é preferido por 33% dos evangélicos ouvidos.

Sem líder no Senado há dois meses, o Planalto estuda indicar o senador Carlos Viana (MDB-MG), integrante da bancada evangélica, para comandar a base governista. O cargo foi entregue pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) após ele ser abandonado pelos aliados na disputa ao Tribunal de Contas da União (TCU). As informações são do colunista Guilherme Amado.

O interesse em torno de Viana pode ser explicado como um aceno aos representantes da bancada evangélica no Congresso, que também articulam a nomeação de um de seus integrantes para Ministro de Estado.

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Outro fator se refere à longa estada que Viana ainda terá na Casa Alta em seus quatro anos finais de mandato. Caso assuma a liderança da bancada governista, o senador também assume a missão de atuar para melhorar a imagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) e fazer frente à atividade da oposição, que se intensificou pelos desdobramentos da CPI da Pandemia.
Ele assumiu ter sido convidado no fim do ano passado e pediu tempo para avaliar a proposta. "Fui sondado, por exemplo, sobre se aceitaria ser líder do governo. Pedi tempo para responder. Ainda não parei para pensar em profundidade sobre isso [ser líder do governo]. Vai ser um ano muito difícil para o governo", afirmou ao Estado de Minas em dezembro.
Atualmente, Viana divide a vice-liderança do Governo com Eduardo Gomes (MDB-TO), Elmano Férrer (PP-PI) e Jorginho Mello (PL-SC).

Na expectativa pelas eleições deste ano, mesmo sem participar como candidato, o mineiro vai precisar reverter a alta rejeição de Bolsonaro com sua participação no Senado.
Pelo cálculo eleitoral, alguns parlamentares ventilados para ser o novo líder governista recusaram o convite para focar em suas campanhas e se distanciaram do presidente, como o caso do senador Alexandre Silveira que deve disputar o Governo de Minas Gerais. 

  

A pesquisa Moldamais/Futura foi divulgada nessa quarta-feira (26) e colocou o ex-presidente Lula (PT) como o candidato com maior aceitação do eleitorado católico e o presidente Jair Bolsonaro (PL) como o preferido pelos evangélicos.

O levantamento destacou o recorte religioso com a intenção de voto de católicos, espíritas, evangélicos e pessoas sem religião.

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Bolsonaro foi mais citado por evangélicos (41,6%), por pessoas que não sabem ou não responderam (33,8%) e por pessoas de nenhuma das religiões citadas (35,4%).

A pesquisa mostrou que Lula é mais consolidado no voto dos católicos (40,8%) e pessoas sem religião (47,3%).

O empate técnico em relação ao voto espírita chama atenção. Bolsonaro assume a liderança mínima com 31,4% do público, enquanto Lula fica atrás com 30,5%.

Fora da polarização, Sergio Moro (Podemos) teve seu melhor desempenho entre os espíritas (13,5%) e Ciro Gomes (PDT) entre pessoas de religiões não citadas no estudo (8,2%).

Fotos: (1) Alan Santos/PR - (2) Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Após o lobby de meses da bancada da Bíblia, a confirmação do "terrivelmente evangélico", o pastor André Mendonça, ao Supremo Tribunal Federal (STF) foi comemorada no Planalto com culto e louvores. Este foi o segundo nome que o presidente Jair Bolsonaro (PL) emplacou na Suprema Corte, que pode receber mais dois ministros conservadores, como promessa de reeleição. Ao LeiaJá, cientistas políticos analisaram a ida do ex-ministro da Justiça ao Judiciário e a participação de religiosos nos Três Poderes. 

A presença de religiosos no processo político brasileiro não é novidade. Nos últimos 20 anos, evangélicos conquistaram cargos eletivos nas Câmaras municipais, e hoje já são gestores executivos e assumem cadeiras no Congresso. Cerca de 30% dos brasileiros cultuam uma de suas vertentes e, apesar do público heterogêneo, a pauta de costumes é o principal ponto de convergência.

Representatividade

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"É compreensível que essa expansão seja acompanhada de um empoderamento desse seguimento. Então não é surpreendente", apontou o doutor em Ciência Política, Arthur Leandro.

Ele destacou que o processo de transição religiosa no Brasil contempla o crescimento evangélico ao mesmo tempo que a participação de cristãos se retrai. Tal movimento abre espaço para cultos de matrizes africanas e para o ateísmo. "O estado é laico, não é ateu. É um processo que está dentro das regras do jogo", comentou. 

Aceno habitual às bases eleitorais

Além de ser uma porção relevante da sociedade, do ponto de vista eleitoral, o voto evangélico é uma das bases de apoio mais concretas do presidente, que mantém a prática dos seus antecessores de contemplar seguimentos que possuam identificação para conferir representatividade política no STF. 

"A gente passou por processo semelhante quando houve a representação de outras minorias, como no caso do ingresso das mulheres na Suprema Corte e da preocupação da decisão política do ex-presidente Lula de indicar um ministro negro, que foi o caso de Joaquim Barbosa", descreveu.

Cedo para mensurar possíveis danos ao processo judicial

Em meio à polêmica sobre a inconstitucionalidade com uma eventual quebra do Estado laico, o mestre e apresentador do podcast Política é Massa, Caio Santos, pregou cautela para confirmar se Mendonça vai seguir à risca a agenda fundamentalista levantada por Bolsonaro e pelos 'pastores-celebridade' que pressionaram por sua indicação.

"Alexandre de Moraes, por exemplo, entrou com tendências conservadoras, mas em alguns momentos toma decisões que não são tão conservadoras assim", entendeu ao acrescentar que também existem políticos religiosos que respeitam as liberdades individuais e mantém o princípio da laicidade.

"No caso do envolvimento político, geralmente as lideranças são além de religiosos, empresários e poderosos. E aí toda essa relação se misturando com o Poder e o Estado, a coisa tende a ficar complicada", alertou.

Decisões passam pelo crivo dos colegas da Corte

Pastor André, como se apresenta nos templos, atendeu aos critérios de idade e notório saber jurídico no entendimento do Senado, que carrega como regra a aprovação das indicações dos presidentes. 

Caso as decisões do caçula do STF sejam distantes da Constituição Federal e do entendimento dos 11 ministros, elas poderão ser revisadas pelo próprio pleno antes dos seus efeitos.

Pauta enfraquecida para 2022 

Embora se mostre ainda bastante presente no debate político, para Santos, a discussão sobre costumes que foi protagonista em 2018 deve perder força para as próximas eleições.

"A tendência da eleição do ano que vem é de um debate pautado em econômica e questões sociais. Vai ser difícil o povo gastar tempo discutindo costumes quando o Brasil tem inflação, fome, desemprego cada vez maior", complementou.

Apesar de preservar a laicidade do Estado durante sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), nessa quarta-feira (1º)o pastor presbiteriano André Mendonça reuniu parlamentares da bancada da Bíblia em oração para comemorar sua futura nomeação ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Após defender o presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto advogado-geral da União (AGU), Mendonça foi promovido ao Ministério da Justiça no ano passado. Ele foi a escolha "terrivelmente evangélica" do chefe para assumir a cadeira vaga há cinco meses pela aposentadoria do ex-ministro Marco Aurélio. Antes, Bolsonaro já havia emplacado Kássio Nunes à Corte.

LeiaJá também: Fux estuda marcar posse de Mendonça para 16 de dezembro

Festa com a presença da primeira-dama

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Horas após ser aceito no STF pelo plenário do Senado, o futuro ministro lotou um gabinete com parlamentares religiosos e representantes do Executivo, como a ministra da Família e também pastora, Damares Alves.

Durante meses, os convidados se articularam em Brasília para que a indicação do presidente passasse na CCJ. Vale destacar, que os deputados e senadores que estiveram na comemoração serão julgados em última instância pelo pastor no STF caso sejam processados. 

A primeira-dama Michelle Bolsonaro também esteve presente na roda de orações e parabenizou a aprovação do aliado do Governo nas redes sociais.

"André Mendonça, nosso irmão em Cristo e, agora, Ministro do Superior Tribunal Federal. O nosso Deus é justo e fiel, cumpriu o que prometeu. Deus faz da forma dEle e ninguém pode impedir. Foi Deus quem te escolheu, meu irmão. Seja forte e corajoso", escreveu a esposa do presidente.

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A pesquisa Exame/Ideia, divulgada nesta sexta-feira (12), mostrou que a aprovação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) caiu entre os evangélicos. Por outro lado, os fiéis do seguimento representam o perfil do eleitorado com maior rejeição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com o levantamento, 28% dos evangélicos mantém o apoio ao atual presidente. O índice expõe a queda de 11% em relação ao estudo publicado no dia 22 de outubro.

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Contudo, os evangélicos também são 49% dos contrários ao ex-presidente Lula (PT) no perfil de eleitores que não votaria no candidato. Além do traço religioso, o perfil é composto por pessoas entre 40 e 49 anos (47%), moradoras do sudeste (43%) e que pertencem às classes A e B (41%).

Metodologia- O resultado da pesquisa foi formulado através da opinião de 1.200 entrevistados por telefone entre terça (9) e quinta-feira (11). A margem de erro é de 3 pontos percentuais.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (DEM-AP), declarou a aliados que pretende segurar a análise do nome de André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), até 2023. Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, o senador Alcolumbre é o único que tem o poder de marcar a sessão. As informações são da CNN.

Na última segunda-feira (11), o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, já havia negado uma ação em que senadores pediam que o tribunal obrigasse o senador Alcolumbre (DEM-AP) a agendar a sabatina do ex-advogado-geral da União e indicado de Bolsonaro.  A indicação de Mendonça completa 90 dias nesta quarta-feira (13).

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André Mendonça, que é pastor evangélico, foi indicado pelo chefe do Executivo em julho, no contexto de reforçar a presença religiosa na Corte máxima do país após a aposentadoria do atual ministro Marco Aurélio de Mello. A oposição construída por Alcolumbre, no entanto, tem barrado o planejamento governista.

Na prática, o presidente da CCJ age para que o nome de Mendonça perca a validade e a cadeira na Corte seja ocupada por outra pessoa, já no próximo mandato presidencial. Esse tipo de movimentação é inspirada em um caso norte-americano de 2016, quando o então presidente Barack Obama, em seu último ano na presidência dos Estados Unidos, indicou Merrick Garland para a Suprema Corte.

Sem sabatina, a indicação expirou em janeiro de 2017, 3 dias após Donald Trump assumir a presidência.

 

Na tarde desta segunda-feira (16), um protesto que leva o nome de “Ato-xirê contra o racismo religioso” está marcado para acontecer no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife (PE). Os manifestantes farão uma caminhada ao longo do Túnel da Abolição, onde um mural pintado pelos artistas negros Adelson Boris, Emerson Crazy e Nathê Ferreira foi alvo intolerância religiosa praticada por um pastor evangélico.

A mobilização é capitaneada pela Articulação Negra de Pernambuco (ANEPE), em conjunto com outros grupos do movimento negro, e visa cobrar posicionamento dos órgãos públicos frente ao episódio classificado como um exemplo de racismo religioso.

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O painel “Do Orum ao Aiye: Afrika Elementar” foi feito com incentivo da Secretaria-Executiva de Inovação Urbana, que através do projeto “Colorindo o Recife” passou a criar galerias de arte a céu aberto com a participação de artistas. A obra, inaugurada em julho, reflete elementos da cultura e religiosidade afro-brasileiras, funcionando como uma espécie de memória ancestral cartografada na cidade.

“É muito triste essa impunidade”

Ainda durante o mês de julho, o pastor Aijalon Berto, que atua na área de Igarassu (PE), na Região Metropolitana do Recife (RMR), usou as redes sociais para divulgar um vídeo, em tom impositivo, no qual proferiu ofensas aos artistas que compuseram a obra no Túnel da Abolição.

Apoiado no pressuposto da laicidade religiosa e da liberdade de expressão, Berto fala em “bruxaria” e “portal demoníaco” ao citar a obra, além de associar os orixás - divindades cultuadas nas religiões de matriz africana e afro indígena - à “feitiçaria”. O pastor usa ainda imagens dos autores do mural para incitar o discurso de ódio.

Para Nathê Ferreira, grafiteira e uma das artistas atacadas pela fala do líder religioso, além da violência presente no vídeo, há também o desejo de autopromover-se através da propagação de notícias falsas. A fala da artista reforça que “ele [Aijalon Berto] insistiu para que o argumento dele chegasse onde queria, e, inclusive ele inventou coisas que não existem”.

Embora o objetivo do mural seja ilustrar os elementos ar, terra, ar e água, o modus operandi do pastor foi apresentar informações inverídicas sobre as pinturas, associando todo o trabalho às representações de matriz africana. No vídeo, Berto chegou a inventar uma entidade inexistente.

“Por que isso não dá em nada? Por que ele não é preso? Por que ele não paga indenização a nenhuma das vítimas? É muito triste essa impunidade”, desabafou Nathê, que durante a fala também compartilhou o medo que o episódio de racismo trouxe. Os artistas estão recebendo apoio jurídico para levar o caso adiante.

Injúria racial ou racismo?

Segundo Priscila Rocha, integrante do setor jurídico da Articulação Negra de Pernambuco, que está acompanhando o caso, a intenção dos advogados à frente do processo é tipificar as declarações do pastor Aijalon Berto como racismo. Os profissionais estão atuando de maneira voluntária.

“O que acontece na maioria dos casos é que todo esse racismo contra uma pessoa ou contra uma religião de matriz africana e toda sua cosmologia é reduzido a injúria racial, que é um crime de competência privativa e exclusiva a um afeto próprio, um afeto particular. Quanto ao crime de racismo, ele é voltado a uma coletividade”, explicou Rocha.

O objetivo da assessoria jurídica das vítimas é apresentar uma "notitia criminis”, ou “notícia crime” para embasar a denúncia. “A partir dessa notícia crime, que vai reunir todas as representações sobre o caso, dos movimentos sociais, dos partidos políticos, dos movimentos negros, vai acontecer a apresentação à delegacia responsável pelo caso e para Ministério Público [MPPE], solicitando que uma investigação seja aberta e também que se faça a oitiva, ou seja, a ouvida das pessoas que foram ofendidas e do ofensor”.

Além disso, também haverá uma representação na esfera cível solicitando a retirada do conteúdo publicado pelo pastor das redes sociais, sob pena de multa, já que veiculam as imagens dos artistas de maneira não autorizada pelos mesmos. A advogada ressalta ainda que o grupo jurídico solicitará indenização por danos morais e materiais aos representados.

“Não vimos nos Evangelhos Jesus perseguir pessoas de outra religião”

Em nota, o Movimento Negro Evangélico (MNE) em Pernambuco afirmou que “repudia veementemente a publicação e postura de propagação ao racismo, ódio e desrespeito às tradições de matriz africanas à profissionais negras e negros da área do grafite, perpetrada pelo dito então pastor Aijalon Berto na sua página pública no Instagram”.

“O Evangelho vivido e ensinado pelo Mestre Jesus Cristo aponta para o caminho do respeito à dignidade e liberdade humana: A 1ª Carta de João 4.12-21 diz que aquele que diz que ama a Deus, mas odeia seu irmão é mentiroso. Não vimos nos Evangelhos Jesus perseguir pessoas de outra religião. Pelo contrário, Jesus admoestava e denunciava as condutas hipócritas dos da sua própria religião. Jesus não falava contra outras religiões ou profissões de fé”, continua a nota.

Para Jackson Augusto, Integrante da coordenação nacional do MNE, a importância do posicionamento diante do mais recente episódio é “dizer que existe uma outra forma de construir a experiência da fé evangélica que não seja baseada no racismo, que vai construindo a lógica em toda a sociedade, inclusive na religão, e que olha para tudo que pertence ao povo negro, que tem o protagonismo negro, como ruim, como feio, como profano, como diabólico”.

“Existem sim formas de olhar para a fé evangélica e de construir a fé evangélica de uma maneira não só que tolere o diferente, o outro, mas que também promova e valorize a importância das religiões de matriz africana para a construção da negritude brasileira”, completou.

O que diz a Secretaria-Executiva de Inovação Urbana

A equipe do LeiaJá questionou a Secretaria de Inovação Urbana sobre o futuro do projeto “Colorindo o Recife”, já que no dia 2 de agosto, de acordo com o Diário Oficial, o secretário da pasta, Tullio Ponzi, foi exonerado do cargo.

Nós também perguntamos se a saída de Ponzi da pasta tem alguma relação com a polêmica gerada em torno do caso de intolerância religiosa. Confira a resposta da secretaria:

A Secretaria Executiva de Inovação Urbana do Recife informa que o painel do Túnel da Abolição, no bairro da Madalena, é mais uma das intervenções do programa Colorindo o Recife, que está ressignificando áreas e equipamentos públicos da cidade por meio da arte urbana.

A proposta do programa é fazer da capital pernambucana uma grande galeria de arte a céu aberto, trazendo mais cores e vida para a cidade e promovendo o protagonismo dos artistas urbanos. A Secretaria destaca ainda que os painéis do Túnel da Abolição foram criados pelos artistas Adelson Boris, Nathê Ferreira e Emerson Crazy, que escolheram a cultura afrobrasileira como inspiração. Os temas abordados em cada painel são frutos de uma construção colaborativa entre a Prefeitura e os artistas.

Todos os artistas do Colorindo o Recife são selecionados a partir de cadastro realizado através de chamamento público e terão sua liberdade de expressão asseguradas pela gestão.  A administração municipal reafirma sua posição contra a intolerância religiosa e em defesa da diversidade.

O programa Colorindo o Recife foi criado em 2013 e, desde 2017 se tornou política pública da cidade, fomentando a arte urbana e promovendo interação com os espaços públicos, reinventando o olhar de turistas e moradores da capital pernambucana. Criado sob a gestão da então Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer (Seturel), atualmente a iniciativa está sendo desenvolvida pela Secretaria Executiva de Inovação Urbana e já conta com intervenções artísticas em mais de 200 espaços urbanos da cidade desde sua criação.

A Secretaria Executiva de Inovação Urbana esclarece ainda que o Colorindo o Recife segue com suas atividades normais e que o ex-secretário foi exonerado, a pedido, conforme publicado no D.O, sem qualquer relação com o episódio citado.

 

O ator Arthur Aguiar se converteu recentemente ao evangelho, após procurar o retiro espiritual Estância Paraíso, localizado em Minas Gerais. O espaço oferece ajuda para pessoas com problemas e para conexão com Deus.

Nas últimas semanas, muitos internautas especularam que Mayra e Arthur estariam juntos novamente. Essa busca pela mudança deu fôlego às teorias na web de um possível retorno do casal, apesar da ex-BBB ter negado uma reconciliação.

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Em seu perfil nas redes sociais, Mayra comentou a atitude do ex: "Eu sempre vou acreditar na transformação do ser humano, pois se eu parar de acreditar eu terei que mudar de profissão, falo sobre transformação, perdão, errar e ser sua melhor versão todos os dias nas minhas redes e nos meus cursos". 

"Sou a primeira pessoa a levantar a cada tombo que tomo, e dar a outra face para bater na esperança de ganhar um beijo, não porque sou cega e sim porque tenho esperança de um amanhã melhor para todos nós, se eu não fosse assim eu seria uma grande farsa e então não deveria propagar e trabalhar com pessoas e sim com móveis que não exigem sentimentos, empatia, amor, perdão e exercício diário para todos sermos melhores! Todos erram uns mais uns menos, querer mudar é o primeiro passo para o novo, ainda não significa vitória, claro, mas significa um novo começo, agora deixe o tempo agir, só ele poderá responder por todos nós", disse Mayra, que apagou a postagem depois.

 

O líder evangélico americano Jerry Falwell Jr., um fervoroso apoiador do presidente Donald Trump, renunciou à Presidência de uma renomada universidade cristã após revelações sobre sua vida sexual - informou a imprensa americana.

Falwell, de 58 anos, foi temporariamente suspenso, a partir de 7 de agosto, pela Liberty University, fundada por seu pai, Jerry Falwell, após a publicação no Instagram de fotos onde aparece com uma mulher, com as calças ligeiramente abaixadas.

Depois, veio à tona o depoimento de um ex-funcionário de piscina, que alegou ter tido relações sexuais com a esposa do religioso, Becki. Jerry Falwell Jr. assistia aos encontros.

Em nota, a Liberty University afirmou que, desde a suspensão temporária de seu reitor, "surgiram outros elementos que mostravam que não seria bom para a universidade que retomasse seu posto" à frente da instituição.

Na segunda-feira (24) à noite, Falwell disse à ABC News e ao Wall Street Journal que havia renunciado.

A menina de dez anos está bem após o primeiro dia do procedimento de aborto, informou o Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros da Universidade de Pernambuco (Cisam-UPE), no Recife, nesta segunda-feira (17). A criança engravidou do tio, que a violentava sexualmente desde que ela tinha seis anos.

Segundo a unidade de saúde, a criança começou a apresentar contrações uterinas nesta manhã. A equipe médica espera encerrar todo o procedimento ainda nesta segunda, com a expulsão dos vestígios do feto. 

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A data da alta vai depender do andamento do procedimento, segundo a unidade. O processo de expulsão dura de 12 a 24 horas.

O aborto da menina foi marcado por muita confusão em frente ao Cisam-UPE no domingo (16). Ela foi transferida de Vitória-ES para o Recife após ter o atendimento negado em seu estado natal. 

Apesar do caso seguir sob sigilo, o paradeiro da menina foi revelado. Uma das pessoas responsáveis por isso foi a ativista bolsonarista Sara Giromini, a Sara Winter, que divulgou o nome da criança e o endereço do centro de saúde.

Grupos católicos e evangélicos se concentraram em frente ao Cisam-UPE para protestar contra o aborto legal. Estiveram no local para apoiar a manifestação os deputados estaduais Clarissa Tércio (PSC), Joel da Harpa (PP), Cleiton Collins (PP) e Alberto Feitosa (PSC), os vereadores Renato Antunes (PSC) e Michelle Collins (PP) e a ex-deputada Terezinha Nunes (MDB). Os manifestantes chamaram de assassino o obstetra responsável pelo procedimento.

Pessoas contrárias ao protesto estiveram no local e houve discussão e bate-boca. O hospital solicitou reforço policial para impedir uma invasão da unidade.

A gravidez da criança foi descoberta após ela dar entrada no Hospital Estadual Roberto Silvares, em São Mateus-ES, em 8 de agosto, se sentindo mal. O tio acusado por ela fugiu após a descoberta da gestação.

Com a repercussão do protesto de religiosos para impedir a interrupção da gravidez de uma vítima de estupro, de 10 anos, a Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito criticou a posição do grupo e condenou o que classificou como "oportunismo" da ala política envolvida. "Em nenhum momento os gritos se voltaram contra o estuprador", condena.

Aos gritos de "assassina" contra a criança estuprada, dezenas de religiosos se aglomeraram nesse domingo (16), em frente ao Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM), no Recife, para intimidar a equipe médica e orar para que o procedimento fosse cancelado. "[...] Os que escolheram jogar pedras estão indo contra a palavra de Deus, pois atacam uma criança ao invés de acolher como fez nosso Mestre", publicou a Frente de Evangélicos.

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Contrária a generalização da vertente religiosa, a Frente também repreendeu o silêncio das igrejas em relação à cultura do estupro. "Com seus gritos também perturbaram mulheres grávidas em um momento de alta fragilidade e culparam uma criança, sem maturidade fisiológica e emocional e que vinha sendo estuprada nos últimos 4 anos. Em nenhum momento os gritos se voltaram contra o estuprador. Em nenhum momento se apiedaram dessa criança, há tanto tempo violentada no corpo e na alma", complementou.

As críticas ainda se estenderam a os deputados Clarissa Tércio (PSC) e Joel da Harpa (PP), que participaram do protesto para hostilizar a menor. "Condenamos também que políticos, em especial os ligados às bancadas religiosas, e influenciadores digitais usem o episódio para disseminar o ódio, colocando culpa e mais dor sobre a vítima", avaliou, ao classificá-los como oportunistas e cobrar pela investigação, e punição em caso de crime.

O traficante evangélico Álvaro Malaquias Santa Rosa, 34 anos, conhecido como 'Peixão', tem se aproveitado da pandemia da covid-19 para expandir o tráfico em comunidades que ele não dominava antes no Rio de Janeiro. Sendo assim, ele conseguiu criar um novo complexo de favelas - o "Complexo de Israel".

Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas e Pica-pau são as cinco comunidades que compõe o "Complexo de Israel". Somando o número de moradores, são mais de 134 mil pessoas sob o domínio de Peixão, que também é chamado de Arão - que, segundo a Bíblia, era irmão do profeta Moisés. 

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Nessa expansão, o criminoso tenta impor a sua religião, destruindo imagens de santos católicos e terreiros de umbanda. Em uma dessas ações, o evangélico escreveu "Jesus é o dono desse lugar".

Segundo publicado pelo portal G1, as ações dos criminosos chamam a atenção da polícia porque em cada área dominada ele exibe símbolos do Estado de Israel como a bandeira do país e a Estrela de Davi, demarcando o seu território.

Para afastar a polícia e mostrar o seu comando nas comunidades, Arão instala barreiras juntamente com símbolo do amor e a palavra paz. O traficante tem como seu braço direito um criminoso por ele chamado de Jeremias e a sua quadrilha é chamada de "Tropa do Arão", o que mostra a fé dos criminosos - mas isso não impede que eles pratiquem os crimes.

Segundo a polícia confirmou ao G1, desde 2015 que pessoas estão desaparecendo nas comunidades dominadas por Arão. Nem todos os corpos aparecem e há indícios de subnotificação dos casos, já que não há registros feitos na delegacia. 

O chefe do tráfico e 10 pessoas de sua quadrilha foram indiciadas pela Polícia Civil por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Quatro criminosos foram presos pela polícia e os outros continuam foragidos.

O pregador evangélico Deive Leonardo, influente nas redes sociais, abriu nessa sexta-feira (3) as inscrições para o primeiro ato gospel dele em drive-in, no Allianz Parque, estádio do Palmeiras, em São Paulo. Com o valor dos ingressos a R$ 120 por carro, o evento esgotou as 285 entradas em apenas 40 segundos, segundo o colunista Leo Dias.

Com a grande procura, Deive - que tem 6,5 milhões de seguidores no Instagram - anunciou uma sessão extra, que abriu inscrições neste sábado (4) ao meio dia. Porém, quem tentou se inscrever dois minutos depois, não conseguiu. As novas 285 inscrições se esgotaram em apenas um minuto. As duas apresentações serão realizadas no dia 8 de julho, às 18h e às 21h30.

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Mesmo autorizados pelo governador Paulo Câmara a retomar as celebrações presenciais desde a última segunda-feira (22), a maioria dos templos religiosos de Pernambuco preferiu adiar o reencontro e adaptar-se à nova realidade imposta pela Covid-19. Preocupados com a segurança dos fiéis, católicos e evangélicos adequaram ritos tradicionais, ajustaram a estrutura das paróquias e compreenderam que a modernização é um processo necessário para o futuro da fé cristã.

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Máscaras já abafam os cânticos, a hóstia não é mais oferecida na boca e as orações já não são feitas de mãos dadas. Ao mesmo tempo que é comemorado, o 'novo normal' evidencia o distanciamento entre as paróquias e os seguidores, que ainda se habituam a sentar afastados uns dos outros. Tapetes higienizadores e totens de álcool gel, também foram inseridos ao cenário, junto aos termômetros, que controlam o acesso na entrada.

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Com a primeira missa presencial da Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no bairro do Ipsep, Zona Sul do Recife, ocorrida nesse sábado (27), o padre João Carlos explica que o reinício foi levemente adiado para que as igrejas se reestruturassem e atendessem ao protocolo necessário. Com a permissão de apenas 30% da ocupação, o templo que cabe 1.200 fiéis optou em abrir as portas para receber 280 pessoas durante a liturgia.

Com informativos e sinalizações por todo ambiente, o religioso conta que a Arquidiocese de Recife e Olinda autorizou excepcionalmente a entrega 'delivery' da comunhão aos incapacitados ou àqueles que estão inseridos no grupo de risco. O ofertório também foi alterado e deve ser feito com a cálice tampado. Já as doações deixam de ser coletadas e passam a ser entregues em envelopes ao término das missas, em um esquema de saída controlada.

O padre João Carlos ainda destaca que a aproximação entre a igreja e a internet ficou mais acentuada pela proposta de lives e através do contato nas redes sociais. Para o controle da lotação, a paróquia criou uma plataforma de cadastro online e acompanha o acesso ao espaço. Após a inscrição, um QR code é gerado, junto com o número do assento que o fiel vai ocupar.

Quando o altar se estende até sua casa

Já habituada com a 'internetização', a Paróquia Betesda, integrante da Episcopal Carismática do Brasil, em Olinda, voltou aos cultos presenciais na última quarta-feira (24) e se preparou para contornar os obstáculos da comunicação a distância. Com câmeras, equipamentos de captação e um estúdio de transmissão, o reverendo Rubem Marcel comemora o sucesso da interação com o público evangélico

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Há 11 anos promovendo celebrações online, o pastor conta que um ministério específico foi designado para planejar e desenvolver todo conteúdo audiovisual, seja online ou produzido. Muito dessa antecipação ao atual cenário é fruto da relação próxima que mantém com paróquias da França, Espanha e Portugal, locais que sofreram com a Covid-19 antes do Brasil e já tinham experiência para contornar as adversidades da pandemia.

Para continuar recebendo os fiéis, uma igreja evangélica de Campina Grande, na Paraíba, promoveu seu primeiro culto 'drive in' pelo fim da pandemia. Apresentações musicais, programação infantil e muita oração fizeram parte do evento realizado na tarde desse domingo (5), no estacionamento da sede do Ministério Verbo da Vida.

Com transmissão simultânea via Youtube e rádio FM, a igreja estima que aproximadamente 300 carros participaram do Culto da Santa Ceia. “Tarde histórica em nossa igreja com o nosso primeiro culto Drive in! No estacionamento, no pôr do sol, as famílias em seus carros e uma atmosfera de muita alegria e paz. Estamos separados momentaneamente, mas inabaláveis em nossa fé e unidade. O corpo de Cristo não vai parar”, descreveu a página oficial.

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A modernidade também foi utilizada para adaptar a venda dos produtos religiosos. Por meio do “drive thru Verboshop”, os fiéis que quisessem adquirir livros produzidos pela igreja, nem precisaram sair do veículo. Bastava enviar uma mensagem para o WhatsApp disponibilizado e as edições eram entregues.

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