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De acordo com um estudo do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas, Nutrição e Saúde da USP, aproximadamente 20% dos brasileiros ganharam pelo menos dois quilos no período pandêmico. Segundo a Associação Brasileira Para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica, a ABESO, em três anos, o Brasil teve um aumento de quase 72% no índice de obesos ou indivíduos com sobrepeso; em 2006 a porcentagem subiu de 11,8 % para 20,3% em 2019. Já o número de pessoas acima do peso saltou de 42,6% para 55,4% na mesma época. 

O cardiologista Dr. Carlos Portela explica que a pandemia do Covid-19 contribuiu para esse aumento exponencial, pois a maioria das pessoas se tornou mais sedentária nesse período. Com a maioria das pessoas trabalhando no formato home office, houve uma mudança de rotina: elas passaram a se locomover menos, aumentaram o consumo de fast-food, delivery e bebidas alcóolicas e passaram a ter o sono e uma alimentação desregulada.

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“Isso devido ao isolamento social, o que elevou o sedentarismo. Portanto, pessoas que antes praticavam atividades físicas, não conseguiram fazer mais com tanta frequência. A alimentação ficou desregulada, desregrada, muitos alimentos industrializados, com maior teor de calorias e o aumento considerável do consumo do álcool” ressalta o médico.

A obesidade geralmente é causada pelo sedentarismo e consumo exagerado de alimentos ricos, principalmente, em açúcar refinado e gordura. E pode levar a outros sérios problemas de saúde, caso não seja levada a sério e tratada da forma adequada.

“A obesidade gera diversos malefícios na vida pessoal, como o desenvolvimento de várias doenças: diabetes, pressão alta, alterações do colesterol, entre outras. Por ser uma doença inflamatória sistêmica, também altera a parte hormonal e cognitiva. Pode estar atrelada ainda à indisposição e à baixa autoestima, o que gera, nesses casos, sérios problemas emocionais” diz Portela.

Além de problemas cardiovasculares, o excesso de peso piora o índice de doenças de quadros emocionais. A obesidade ainda pode causar refluxo, síndrome do intestino irritável (patologia comum de origem psicossomática), quadros de diarreia, dor abdominal e excesso de gases, sendo capaz de “alterar a parte hormonal, levando a quedas de hormônios importantes para o organismo e, consequentemente, mais fadiga, cansaço e queda de libido”, explica o especialista.

O tratamento precisa ser multidisciplinar. É necessário ter força de vontade e dedicação. O médico alerta que, como qualquer doença crônica, o tratamento é a longo prazo e não existem fórmulas ou medicamentos milagrosos

“O uso de medicamentos é necessário em momentos específicos do tratamento. Em muitos casos precisamos utilizá-los para tentar reverter alterações metabólicas importantes e auxiliar na aderência do paciente à jornada do tratamento. O que faz o paciente ter resultados satisfatórios é entender o processo e trilhar o caminho da construção de hábitos. Criar uma dependência medicamentosa ou medidas de padrões alimentares restritivos vão de oposto à construção de hábitos saudáveis. Por isso, nosso papel hoje é proporcionar entendimento e quebrar tabus, simplificando o processo e fazendo o paciente sentir e enxergar o que significa realmente ter saúde”, esclarece.

Ele ressalta a importância de que alguns fatores, vêm desde a infância da pessoa com obesidade. Esses problemas emocionais perduram até a vida adulta. “É preciso olhar o paciente como um todo: emocional, psicológico, orgânico”.

Além da mudança do estilo de vida, é preciso ajustar o planejamento alimentar e as atividades físicas “Também é preciso haver uma melhora da saúde intestinal, acompanhamento do ponto de vista emocional, melhora da qualidade do sono e apoio psicológico" finaliza.

Por Maria Eduarda Veloso

 

O novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Rios Neto, empossado esta semana, afirmou que há um clamor da sociedade para que o Censo Demográfico em 2021 seja realizado ainda este ano, mas que uma possibilidade seria levar o levantamento a campo no primeiro semestre de 2022, o que ainda precisaria ser discutido com a área técnica. "Há um clamor, e há uma possibilidade técnica, muito embora eu não possa aqui dizer que há 100% dessa possibilidade técnica. Fazer em 2022, em condições ideais, pode ser até ideal. Talvez, essas condições ideais, seja fazer no primeiro semestre", disse Rios Neto, acrescentando que caso a coleta ocorresse em 2022, o órgão já teria em agosto os dados da contagem da população para embasar o rateio do fundo de participação de estados e municípios.

Ele alertou que a disputa de verbas no Orçamento de 2022 não será trivial. Ele lembra que o censo é "uma operação complexa, que não permite improvisos", portanto, caso demore muito até uma solução política e orçamentária, não será possível fazer a coleta este ano. "Precisa da integralidade (do Orçamento de R$ 2 bilhões) para esse cenário de a gente pensar em fazer em 2021. Não tem como fazer Censo meia-boca. Esse é um Orçamento no limite", acrescentou.

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Rios Neto declarou que o projeto do Censo está pronto, e que aguarda o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) de uma decisão final até meados de maio sobre a determinação de que o levantamento seja levado a campo ainda em 2021.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou em decisão liminar na última quarta-feira, 28, que o governo federal adote as medidas necessárias para realizar o Censo Demográfico em 2021. Realizado a cada dez anos, o Censo deveria ter ido a campo em 2020, mas acabou adiado para este ano por conta da pandemia do novo coronavírus.

Rios Neto alertou que o início da coleta previsto para 1º de agosto "é impossível", devido ao atraso no cronograma provocado pelo corte orçamentário do levantamento. O presidente do instituto lembrou ainda que a viabilidade do levantamento necessita do apoio das unidades estaduais.

"Houve relativa desmotivação de ibegeanos (trabalhadores do órgão), parte por causa do temor da pandemia e parte por causa do corte (de Orçamento). A gente tem que tratar separado, se o dinheiro volta e a avaliação da pandemia. No que tange a protocolo (de segurança anticovid) estou muito seguro", afirmou Rios Neto em entrevista à imprensa.

O novo presidente reconheceu que não sabe como estará a crise sanitária em outubro, mas garantiu que avaliará as condições da pandemia à época da coleta e que a área técnica será consultada sobre a decisão.

"Eu tenho que pedir um Censo em 2021 com a pandemia. O Brasil não pode ser diferente de outros lugares. E, claro, há expectativa de não termos uma terceira onda. Eu estou reconhecendo aqui que há riscos. Não é uma decisão fácil de ser tomada", afirmou Rios Neto. "Tenho que honrar a expectativa de que a sociedade tem de que o IBGE cumpra sua missão. Vou honrar isso", completou.

Questionado sobre uma data limite que permita o IBGE fazer o Censo ainda em 2021, Rios Neto evitou cravar um prazo. O órgão também aguardará a decisão final do STF e do Orçamento para definir sobre o concurso de trabalhadores temporários atualmente em aberto."Depende muito de quando a gente terá certeza de que vai ter Orçamento ou não", disse.

O Instituto de Pesquisas UNINASSAU divulgou, nesta quarta (31), uma pesquisa sobre como a população recifense enxerga a pandemia do novo coronavírus na cidade. A pesquisa revelou que 92% dos entrevistados conhecem alguém que já foi infectado pelo Coronavírus e 76% da população na capital pernambucana afirma ter medo de ser contaminada pelo vírus.

Os dados revelam ainda que 69% dos participantes nunca foi testado para saber se tem ou já teve a doença. O número é ainda maior quando avaliado a faixa etária acima de 60 anos, em que apenas 20% dos entrevistados já realizaram o exame. Já quando questionados sobre conhecer alguém que morreu em decorrência da doença, os números atingem o percentual de 74%, e 7% deles relataram que a morte foi de um familiar.

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"Impressionam os números relacionados ao contágio pela doença, 92% da população conhecer alguém que já foi contaminado e 74% conhecer alguém que faleceu de decorrência da COVID-19 nos traz o alerta do quanto estamos vulneráveis nesse momento”, comenta Adriano Oliveira, Cientista Político e Coordenador da pesquisa.

Saúde deixada de lado

Outro dado relevante é a comprovação de que a pandemia e o número de pacientes em hospitais e consultórios fez com que a população deixasse de lado as consultas de rotina. No total, 66% dos entrevistados relatou que deixou de procurar ajuda médica para cuidar da saúde como um todo e os efeitos da pandemia refletem, também, nos dados relacionados a tristeza e ansiedade com o futuro, que atingem 60% do total.

Amostragem

As entrevistas foram realizadas no período de 23 a 27 de março, por telefone, com 600 participantes.. Os entrevistados tinham acima dos 18 anos e resultado final oferece 95% de confiabilidade, com margem de erro estimada em quatro pontos percentuais.

Com informações da assessoria

No Pará, em 2019 o número médio de anos de estudos entre as mulheres continua maior que o dos homens. Enquanto homens com 15 anos ou mais costumam estudar em média oito anos e meio, as mulheres na mesma faixa etária estudam aproximadamente nove anos e meio. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O nível de instrução dos moradores do Pará também tem aumentado: em 2016, a porcentagem de pessoas com 25 anos ou mais e ensino superior completo era de 9% e em 2019 pulou para 11%. Os dados presumem que o acesso ao ensino superior tem sido cada vez maior, no entanto, não se distribuem igualmente pela população: 20% da população branca tem superior completo, em contrapartida 9% da população preta ou parda possui o mesmo nível de instrução.

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A taxa de analfabetismo diminuiu gradativamente no Estado. Entre pessoas de 15 ou mais anos de idade, no ano de 2019 a taxa caiu para 8,8%, redução significativa quando comparada ao ano de 2016, em que a taxa era de 9,2%. No entanto, entre os idosos (60 anos ou mais), o analfabetismo ainda é uma realidade comum, com taxa de 26,7%.

No que diz respeito aos Estados da Região Norte, o Pará ainda ocupa a terceira posição entre as maiores taxas de analfabetismo (8,8%), ficando abaixo apenas do Acre (11,1%) e do Tocantins (9,7%). As menores taxas de analfabetismo estão em Roraima (5%), no Amazonas (5,4%) e no Amapá (5,5%).

Ouça entrevista com a coordenadora estadual da PNDA, Ângela Gemaque, e com o doutor em educação e professor titular do Núcleo de Educação Básica da UFPA, Ronaldo Araújo.

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A 13ª edição do Anuário da Violência, divulgada nesta terça (10), traz dados alarmantes sobre o racismo estrutural engedrado no Estado. De acordo com o documento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 75,4% das vítimas fatais da polícia brasileira foram pessoas negras.

“Ao comparar a distribuição destas mortes à distribuição demográfica destes segmentos populacionais, é possível evidenciar a seletividade da letalidade policial em relação a determinados grupos”, explicaram os pesquisadores. “A violência letal, e não apenas a letalidade produzida pelas polícias, é historicamente marcada pela prevalência de negros entre as vítimas”, asseguram. 

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Feminicídios e estupros

Em relação às estatísticas referentes a feminicídios, o perfil racial das vítimas mostra que as mulheres negras são as mais vulneráveis. Enquanto as mulheres negras representam 61% das vítimas, as brancas ficam com 38,5%, depois as indígenas, 0,3%, e as amarelas, 0,2%.

O Fórum ainda faz uma ressalva: o número de morte entre as negras pode ser maior, já que o Estado da Bahia não enviou os dados necessários. A região concentra o maior percentual da população negra no país.

Em relação ao recorte racial das vítimas de estupro, as mulheres negras correspondem a 50,9% das vítimas e as brancas 48,5%.

Com informações do portal Alma Preta

O primeiro semestre deste ano registrou estagnação na indústria brasileira, de acordo com levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado hoje (1º). A pesquisa confirma o fraco desempenho da atividade industrial no país.

"O faturamento do setor teve queda de 1% na comparação com o mesmo semestre de 2018, as horas trabalhadas na produção ficaram estáveis, o emprego teve leve queda de 0,1%, a massa real de salários recuou 1,9% e o rendimento médio real do trabalhador diminuiu 1,8% na comparação com o primeiro semestre de 2018. A utilização média da capacidade instalada no primeiro semestre é 0,1 ponto percentual inferior ao mesmo período de 2018", disse a CNI.

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Os dados de junho mostram que de todos os indicadores industriais, apenas o faturamento registrou um índice positivo, os demais índices recuaram. De acordo com a CNI, depois da queda de 2,2% registrada em maio, o faturamento da indústria aumentou 0,3% em junho frente a maio na série livre de influências sazonais. A utilização da capacidade instalada caiu 0,7% frente e maio.

Já a massa real de salários diminuiu 0,7%, mesmo recuo apresentado pelo indicador de rendimento médio dos trabalhadores, que também recuou 0,7% em junho na relação com maio, na série dessazonalizada. Com a queda de junho, a massa real de salários reverteu o crescimento verificado nos dois meses anteriores e é 0,8% menor do que a de junho do ano passado.

As horas trabalhadas na produção tiveram uma leve queda de 0,1% em junho frente a maio na série dessazonalizada. O levantamento mostra ainda que o emprego ficou estável em junho. Os dados mostram que, nos últimos 12 meses, o indicador do emprego teve sete meses de estabilidade, quatro meses de queda e apenas um de crescimento.

“A indústria encerra o semestre sem avanços em termos de atividade e emprego. Fica evidente que, além das medidas estruturantes, de longo prazo, necessárias para um novo ciclo de crescimento, também são urgentes e críticas medidas de curto prazo para estimular a economia. A redução de 0,5 ponto percentual na taxa Selic foi um fundamental primeiro passo nesse sentido. Há espaço para novas quedas. Adicionalmente, medidas que facilitem e reduzam o custo do financiamento também seriam muito importantes”, disse o economista da CNI Marcelo Azevedo.

Quase 90% dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes ocorrem dentro de casa, de acordo com dados da Ouvidoria Nacional do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) divulgados nesta semana.

De janeiro a abril deste ano, o órgão recebeu, por meio do Disque 100, 4.736 denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes no país. O número representa uma queda de 19% na comparação com o mesmo período de 2018, quando houve o registro de 5.827 casos.

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No decorrer do ano passado, o ministério registrou 17.093 denúncias de violência sexual contra essa parcela da população. Desse total, 13.418 denúncias eram sobre abuso, enquanto 3.675 eram referentes a casos de exploração sexual. As meninas são as maiores vítimas de abuso (73,44%) e o pai, padrasto ou mãe da criança são os agressores em 70% dos casos.

Neste sábado (18) é Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil. O Instituto Childhood Brasil listou 10 sinais que ajudam a identificar possíveis crimes desse tipo:

1. Mudanças de comportamento

O primeiro sinal é uma possível mudança no padrão de comportamento da criança, como alterações de humor entre retraimento e extroversão, agressividade repentina, vergonha excessiva, medo ou pânico. Essa alteração costuma ocorrer de maneira imediata e inesperada. Em algumas situações a mudança de comportamento é em relação a uma pessoa ou a uma atividade em específico.

2. Proximidades excessivas

A violência costuma ser praticada por pessoas da família ou próximas da família na maioria dos casos. O abusador muitas vezes manipula emocionalmente a criança, que não percebe estar sendo vítima e, com isso, costuma ganhar a confiança fazendo com que ela se cale.

3. Comportamentos infantis repentinos

É importante observar as características de relacionamento social da criança. Se o jovem voltar a ter comportamentos infantis, os quais já abandonou anteriormente, é um indicativo de que algo esteja errado. A criança e o adolescente sempre avisam, mas na maioria das vezes não de forma verbal.

4. Silêncio predominante

Para manter a vítima em silêncio, o abusador costuma fazer ameaças de violência física e mental, além de chantagens. É normal também que usem presentes, dinheiro ou outro tipo de material para construir uma boa relação com a vítima. É essencial explicar à criança que nenhum adulto ou criança mais velha deve manter segredos com ela que não possam ser compartilhados com pessoas de confiança, como o pai e a mãe, por exemplo.

5. Mudanças de hábito súbitas

Uma criança vítima de violência, abuso ou exploração também apresenta alterações de hábito repentinas. O sono, falta de concentração, aparência descuidada, entre outros, são indicativos de que algo está errado.

6. Comportamentos sexuais

Crianças que apresentam um interesse por questões sexuais ou que façam brincadeiras de cunho sexual e usam palavras ou desenhos que se referem às partes íntimas podem estar indicando uma situação de abuso.

7. Traumatismos físicos

Os vestígios mais óbvios de violência sexual em menores de idade são questões físicas como marcas de agressão, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. Essas são as principais manifestações que podem ser usadas como provas à Justiça.

8. Enfermidades psicossomáticas

Unidas aos traumatismos físicos, enfermidades psicossomáticas também podem ser sinais de abuso. São problemas de saúde, sem aparente causa clínica, como dor de cabeça, erupções na pele, vômitos e dificuldades digestivas, que na realidade têm fundo psicológico e emocional.

9. Negligência

Muitas vezes, o abuso sexual vem acompanhado de outros tipos de maus tratos que a vítima sofre em casa, como a negligência. Uma criança que passa horas sem supervisão ou que não tem o apoio emocional da família estará em situação de maior vulnerabilidade.

10. Frequência escolar

Observar queda injustificada na frequência escolar ou baixo rendimento causado por dificuldade de concentração e aprendizagem. Outro ponto a estar atento é a pouca participação em atividades escolares e a tendência de isolamento social.

Os casos de feminicídio aumentaram 76% no primeiro trimestre desde ano em todo o estado de São Paulo na comparação com o mesmo período de 2018, conforme mostram dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Entre janeiro e março, 37 mulheres foram vítimas de feminicídio, contra 21 no mesmo intervalo do ano passado.

No mesmo período, o número de homicídios de mulheres caiu 18% no estado, passando de 119 para 97. Os dados também revelam que oito em cada dez casos de feminicídio registrados nos primeiros três meses do ano ocorreram dentro de casa e 26 dos 37 casos tinham autoria conhecida. Do total, segundo a SSP, 19 criminosos já foram presos.

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Para o especialista em Direito e Processo Penal, Ricardo Dias, da Fadisp, a lei do feminicídio ter pouco mais de quatro anos de existência explica a razão das estatísticas apontarem aumento na taxa de feminicídio ao mesmo tempo em que indicam queda no índice de homicídio de mulheres.

“Como a lei do feminicídio é relativamente nova, pode ser que esteja havendo uma adequação à nova classificação, e casos que antes eram tratados como homicídio agora estejam sendo classificados como feminicídio, o que pode refletir nos dados de apuração”, explica.

Outros crimes violentos ocorridos de janeiro a março deste ano também apresentaram queda se comparados com o mesmo intervalo de 2018. O número de latrocínios, roubo seguido de morte, foi o que mais caiu (-42%), de 66 para 38. Seguido por roubos (-7,9%), de 67.755 para 62.373; homicídios (-7%), de 766 para 712; e estupros (-5%), de 3.218 para 3.044.

Dias acrescenta que o estado possui, de modo geral, um baixo índice de elucidação dos homicídios, o que contribui para o aumento de crimes dessa natureza. “Nossas polícias possuem poucos recursos e baixa estrutura investigativa, e isso ocorre porque a crença em leis penais mais severas é uma solução que vende bem e tem custo imediato baixo para o governo, mas tem pouca efetividade. Seria muito mais eficaz a aplicação das leis atuais dentro de um sistema que privilegiasse uma investigação mais efetiva”, avalia.

A SSP afirmou, por sua vez, que as polícias Civil e Militar atuam para combater tanto os casos de feminicídio quanto as demais ocorrências de violência no estado. "O atendimento 24 horas nas Delegacias da Mulher (DDMs) foi ampliado, a fim de oferecer mais opções de acolhimento às vítimas. Nove novas unidades inauguraram o atendimento ininterrupto desde o início do ano. Hoje são 10 DDMs 24 horas no estado e, até o fim da atual gestão, outras 30 também funcionarão neste modelo. São Paulo conta com 133 DDMs, sendo nove na Capital, 16 na Grande São Paulo e 108 no Interior”, diz a secretaria.

Ainda segundo Dias, somente a aplicação de leis como a do feminicídio não pode evitar as mortes das mulheres. “O aumento da lei penal vem se mostrando insuficiente no combate à violência como um todo, e no combate da violência contra a mulher, em especial. Políticas públicas específicas e campanhas educativas, assim como o acompanhamento dos envolvidos em casos de violência doméstica (tanto da vítima quanto do agressor) não podem ser desprezadas. A lei penal, por si só, não altera comportamentos”, pondera.

A cidade de São Paulo registrou no primeiro trimestre deste ano 16 mortes de ciclistas em acidentes de trânsito, de acordo com o levantamento do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga), banco de dados do Governo do Estado.

O número representa um aumento de 220% em relação ao mesmo período de 2018, quando houve o registro de cinco óbitos, e é o maior desde o início do levantamento histórica, em 2015.

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Os óbitos de ciclistas puxaram para cima o total de mortes registradas em acidentes de trânsito na capital paulista. Entre janeiro e março de 2019, foram contabilizados 208 casos, contra 202 no mesmo período do ano passado. Uma alta de 2,9%.

A Prefeitura de SP informou em comunicado que realiza análise constante dos acidentes e que a população precisa se conscientizar sobre a necessidade de respeita as leis de trânsito.

Segundo a gestão municipal, São Paulo possui 498,3 quilômetros de malha cicloviária permanente e 122,2 quilômetros de ciclofaixas de lazer, que são abertas aos domingos e feriados. Um levantamento da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), divulgado em dezembro de 2018, no entanto, mostra que 40% das ciclovias e ciclofaixas da capital apresentavam problemas de manutenção.

Até 2020, de acordo com a prefeitura, R$ 325,7 milhões serão investidos na construção de 173,3 quilômetros de ciclovias e na reforma de outros 310,6 quilômetros.

O número de mortos confirmados em decorrência da tragédia do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) subiu para 142. Destes, 122 foram identificados e 20 estão sem reconhecimento. As informações foram atualizadas pela Defesa Civil de Minas Gerais no fim da tarde de hoje (5).

Segundo o boletim do órgão, ainda há 194 desaparecidos, sendo 61 da listagem da Vale e 133 de trabalhadores terceirizados ou pessoas da comunidade. Já os localizados totalizam 392, sendo 223 da lista da mineradora e 169 terceirizados ou da comunidade.

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No balanço divulgado ontem (4), haviam sido registrados 134 pessoas mortas na tragédia, 199 desaparecidas e 394 localizadas.

Os dados da Defesa Civil atualizam também desabrigados e hospitalizados. No primeiro grupo encontram-se 103 pessoas, que foram deslocadas para alojamentos temporários, como hoteis. Entre as pessoas em tratamento em hospitais restam três vítimas.

Soltura de presos

Hoje o Superior Tribunal de Justiça decidiu pela soltura de cinco pessoas presas no dia 29 de janeiro acusadas de envolvimento na tragédia. Entre elas estavam engenheiros, geólogos e outros técnicos da Vale e da empresa que assinou laudo assegurando as condições de segurança da barragem.

A cada dez feminicídios cometidos em 23 países da América Latina e Caribe em 2017, quatro ocorreram no Brasil. Segundo informações da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), ao menos 2.795 mulheres foram assassinadas na região, no ano passado, em razão de sua identidade de gênero. Desse total, 1.133 foram registrados no Brasil. 

O levantamento também ranqueia os países a partir de um cálculo de proporção. Nessa perspectiva, quem lidera a lista é El Salvador, que apresenta uma taxa de 10,2 ocorrências a cada 100 mil mulheres, destacada pela Cepal como "sem paralelo" na comparação com o índice dos demais países da região. 

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Em seguida aparecem Honduras (5,8), Guatemala (2,6) e República Dominicana (2,2) e, nas últimas posições, exibindo as melhores taxas, Panamá (0,9), Venezuela (0,8) - também com uma base de 2016, e Peru (0,7). Colômbia (0,6) e Chile (0,5) também apresentam índices baixos, mas têm uma peculiaridade, que é o fato de contabilizarem somente os casos de feminicídio perpetrado por parceiros ou ex-parceiros das vítimas, chamado de feminicídio íntimo. 

Totalizando um índice de 1,1 feminicídios a cada 100 mil mulheres, o Brasil encontra-se empatado com a Argentina e a Costa Rica. 

Adequação das leis

Ao divulgar relatório ontem (15), a Cepal ressaltou que a gravidade do feminicídio já fez com que 18 países latino-americanos tenham modificado suas leis para que o crime seja assim tipificado, o que implica no agravamento da pena.

Os países que já promoveram essa alteração em sua legislação foram os seguintes: Costa Rica (2007), Guatemala (2008), Chile (2010), El Salvador (2010), Argentina, México (2012), Nicarágua (2012), Bolívia (2013), Honduras (2013), Panamá (2013), Peru (2013), Equador (2014), República Dominicana (2014), Venezuela (2014), Paraguay (2016) e Uruguai (2017). No Brasil, a caracterização desse tipo de crime foi detalhada em 2015, com a lei 13.104, que classificou o feminicídio como crime hediondo. 

Veiculado a poucos dias do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, o comunicado da Cepal também assinala como um dos principais desafios para se abordar corretamente o tema a compreensão de que todas as formas de violência que afetam as mulheres estão determinadas, para além de sua condição sexual e de gênero, por diferenças econômicas, etárias, raciais, culturais, de religião e de outros tipos.

Na avaliação da comissão, esse discernimento permitiria que as políticas públicas considerassem a diversidade das mulheres e as diversas formas de violência direcionada a essa parcela da população. 

Segundo o Instituto Patrícia Galvão, as diretrizes que norteiam as classificações aplicadas na América Latina para se tratar de feminicídio abarcam a diversidade de contextos dessas mortes. Embora distintas, as 13 linhas revelam que o desprezo ou a discriminação da vítima devido à sua "condição de mulher" são componentes constantes em todas ocorrências.

São relacionados, por exemplo, além do feminicídio íntimo, o feminicídio sexual sistêmico, em que a vítima também é sequestrada e estuprada, e o feminicídio lesbofóbico ou bifóbico, configurado quando a vítima é bissexual ou lésbica e é assassinada porque o agressor entende que deve puni-la por sua orientação sexual. 

No mês de outubro, o Grande Recife teve ao menos 100 mortes causadas por arma de fogo. É o que aponta o relatório do aplicativo Fogo Cruzado. Os números mostram, ainda, que durante o período foram registrados cerca de 131 disparos de arma de fogo, o que corresponde a quatro tiroteios por dia. Ao todo, 40 pessoas ficaram feridas. Os números são maiores em relação a setembro, quando  foram contabilizadas 87 mortes e 122 disparos. 

Segundo os dados, Recife foi a cidade onde foi registrado o maior número de homícidos, com 61. Em seguida, vem Jaboatão dos Guararapes, com 22, o Cabo de Santo Agostinho, com 15, Igarassu e São Lourenço da Mata com seis. Os dados mostram, também, que 14 assassinatos ocorreram dentro de casa. Das vítimas, 94% eram homens e 6% mulheres.

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A plataforma Fogo Cruzado é coordenada pelo Núcleo de Estudo e Pesquisa em Políticas de Segurança Pública (ENPS) da Universidade Federal de Pernambuco e contabiliza disparos utilizando armas de fogo. O aplicativo foi implantado no Estado em abril deste ano. O projeto recebe informações sobre tiroteios tanto pelo próprio app quanto pelo Facebook, WhatsApp e Twitter.

Por Jessika Tenorio

A agência de desastres da Indonésia afirmou nesta quinta-feira, 4, que o número de mortes causadas pelo terremoto e tsunami na ilha de Sulawesi, na semana passada, já ultrapassa os 1,5 mil. Pelo Twitter, o órgão afirmou que 1.558 vítimas já foram confirmadas.

O porta-voz da agência, Sutopo Nugroho, afirmou que o corpo de um sul-coreano que estava desaparecido desde sexta-feira, 28, foi encontrado. Segundo um canal de TV local, as equipes de resgate retiraram os corpos de um sul-coreano e um indonésio dos escombros do hotel Roa Roa, na cidade de Palu, que foi a região mais afetada. Praticantes de parapente, os dois participavam de um evento esportivo na área.

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Nugroho afirmou que o sul-coreano é o único estrangeiro vítima dos desastres até o momento. Anteriormente, o porta-voz havia afirmado que 120 estrangeiros estavam na região de Sulawesi, mas 119 deles foram resgatados e saíram do local.

A quantidade de resíduos enviadas para lixões teve um aumento pelo segundo ano consecutivo. Segundo o levantamento divulgado hoje (14) pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em 2017 foram enviados para depósitos de lixo, sem nenhum preparo, 12,9 milhões de toneladas de resíduos urbanos, um aumento de 4,2% em relação ao volume verificado em 2016.

A quantidade representa que 18% de todos os resíduos produzidos no país e estão sendo depositados sem nenhum tipo de cuidado. Cresceu também, ligeiramente, o número de municípios que encaminham o lixo para esses locais. Eram 1.559 em 2016 e em 2017 passaram para 1.610.

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Para o presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho, o fenômeno é preocupante. Ele lembrou que esse tipo de destinação do lixo é proibida desde 1981 e foi transformada em crime ambiental em 1998. “A pior forma de destinação ainda sobrevive e recebe mais lixo de um ano para o outro”, alertou.

Em junho, o prefeito de Murutinga do Sul, no interior paulista, Gilson Pimentel, chegou a ser preso por utilizar uma área interditada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) como depósito de resíduos da cidade. Após o episódio, o prefeito decretou emergência sanitária no município por falta de local para depositar o lixo.

Falta de dinheiro

De acordo com Silva Filho, o levantamento analisou as razões dos municípios para recorrerem aos lixões. “Falta de dinheiro no cofre municipal. A hora que o município deixou de ter esse recurso, para não cortar outros serviços que supostamente são mais perceptíveis para a população, cortou o custo com a destinação final”, explicou.

Proporcionalmente, os depósitos de lixo existem em maior quantidade nas regiões Norte, onde representa 56% dos locais de destinação, presente em 252 municípios, e Nordeste, onde 48% das cidades, um total de 861 enviam os resíduos para lixões. No Norte, 35,6% do volume de resíduos, 4,5 mil toneladas por dia vão para lixões. No Nordeste, o percentual é de 31,9%, que representa 14 mil toneladas por dia.

A destinação correta do lixo, segundo a legislação vigente, só atinge 59,1% dos resíduos urbanos no Brasil. Os aterros controlados, que apesar de terem algum cuidado na disposição, ainda são irregulares, recebem 22,9% dos resíduos.

Mais lixo

O estudo também constatou um aumento na quantidade de lixo produzida. Em 2017, foram geradas 214,8 mil toneladas de resíduos urbanos por dia, um crescimento de 1% sobre 2016 e um aumento de 0,48% no volume de lixo per capita.

Sobre a coleta seletiva, o levantamento indicou que cerca de um terço dos municípios brasileiros, 1,6 mil cidades, ainda não tem nenhum tipo de inciativa para separar os resíduos de forma a permitir o reaproveitamento.

Um homem em cada cinco e uma mulher em cada seis no mundo terá câncer, enquanto um em cada oito homens e uma em cada 11 mulheres morrerão devido à doença, de acordo com dados apresentados nesta quarta-feira pela OMS.

O câncer continua a progredir de maneira "alarmante" no mundo, com 18,1 milhões de novos casos e 9,6 milhões de óbitos esperados para 2018, segundo dados publicados pelo Centro Internacional para Pesquisa do Câncer (IARC), subordinado à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em comparação, em 2012, quando os cânceres cutâneos, exceto o melanoma, não foram levados em consideração, foram detectados 14 milhões de novos casos (17 milhões em 2018, se esses tipos também forem excluídos).

O câncer de pulmão é de longe o mais mortífero, com 1,8 milhão de mortes estimadas para este ano no mundo (18,4% do total), à frente do câncer colorretal (881.000 mortes, 9,2% do total), de estômago (783.000) e fígado (782.000), de acordo com dados estabelecidos para 36 tipos de câncer em 185 países.

Apesar de registra uma queda em relação ao percentual do mês anterior, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) pernambucana mostrou que o número de endividados no estado é de 61,8%. O percentual é inferior aos registrados em junho de 2018 e julho de 2017, quando a taxa era de 62,8% e 67,6%, respectivamente, mas ainda é maior que a média nacional.

De acordo com a PEIC nacional, divulgada pela Conferência Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias endividadas no país cresceu de 56,4% em junho para 57,1% em julho deste ano. Especialistas afirmam que o mês de julho, período de recesso escolar, tradicionalmente apresenta um maior consumo das famílias nos serviços de alimentação e lazer.

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Em Pernambuco, o alto número de pessoas com algum tipo de débito pode ser reflexo de uma taxa de desemprego também muito alta, com mais de 700 mil pessoas no primeiro trimestre do ano. Em números concretos, o percentual de 61,8% equivale a 314.039 mil famílias que informaram ter algum tipo de dívida. O grande "vilão" das dívidas continua sendo o cartão de crédito, com 92,2% das dívidas, seguido pelo endividamento com carnês e crédito pessoal.

Jovens

Outro recorte importante é a quantidade de jovens brasileiros - entre 25 e 29 anos -com o nome "sujo na praça". Segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), quase metade (46%) deste público está inadimplente. Entre os de 18 a 24 anos, a proporção é de 19%. Somados, os dois grupos representam cerca de 12,5 milhões de pessoas.

Economistas e especialistas em finanças são concordantes: para evitar ficar no vermelho, é preciso se organizar. Criar uma planilha, usar aplicativos de planejamentos financeiros no celular e renegociar as pendências atuais são pontos fundamentais para o reequilíbrio financeiro. A partir disso, a dica é criar o hábito de poupar. Se possível, por volta de 15% do seu orçamento mensal.  

As mortes por overdose de drogas nos Estados Unidos aumentaram para quase 72.000 no ano passado, em um momento em que os mais viciados recorrem ao potente opioide sintético fentanil pelas dificuldades para acessar os cada vez mais controlados analgésicos de receita.

Novas estimativas do órgão estatal de saúde pública para o controle de doenças CDC mostraram nesta quinta-feira (16) que as mortes por overdose aumentaram em 2017 quase 7%, para um recorde de 71.568, muito mais que os óbitos por acidentes de trânsito, relacionados a armas de fogo ou suicídios.

As mortes por overdose nos Estados Unidos somaram 67.114 em 2016 e um pouco mais de 54.207 no ano anterior, segundo o CDC.

Esses falecimentos aumentaram em 38 dos 50 estados do país. A maioria das mortes aconteceram na Flórida (sudeste), Califórnia (oeste), Pensilvânia e Ohio (meio-oeste).

Os aumentos maiores, em termos percentuais, aconteceram na Carolina do Norte (sudeste), com um aumento de 22,5%, e em Nebraska (meio-oeste), com uma alta de 33,3%.

A epidemia de overdose por drogas nos Estados Unidos começou no início da década de 2010, principalmente vinculada à prescrição excessiva de Oxycontin e outros analgésicos legais, fazendo com que mais de dois milhões de pessoas se viciassem.

Nos últimos três anos, as autoridades tomaram medidas enérgicas contra a venda de analgésicos receitados e os usuários se viram obrigados a recorrer a heroína e fentanil, mais barato e muito mais potente.

As estatísticas mostram que os opioides sintéticos como o fentanil estão implicados em quase metade das mortes por overdose, em comparação a aproximadamente um terço há apenas um ano.

O presidente Donald Trump declarou o problema como uma emergência nacional de saúde pública no ano passado.

O Estado do Pará contribui de maneira expressiva para o alarmante índice brasileiro de homicídios de jovens de 15 a 29 anos. O número de jovens mortos no Brasil entre os anos de 2006 e 2016 aumentou 23%. No Pará, municípios como Altamira, Belém e Parauapebas estão entre os mais violentos do país. O Estado é o 7º mais violento para o jovem no Brasil.

Segundo dados do Atlas da Violência, publicado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a taxa de homicídio por 100 mil habitantes no Pará aumentou de 29,2 em 2006, para 50,8 em 2016.  

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O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) discutiu na última terça-feira (7), durante o Seminário Estadual “Violência Contra a Infância e Juventude e a Luta pela Garantia de Direitos”, juntamente com profissionais e pesquisadores, ideias e medidas para a qualificação dos profissionais que atuam na área da infância e juventude, com o objetivo de garantir o enfrentamento da violência contra a criança e o jovem paraense.

O presidente do Instituto Brasileiro de Direito da Crianças e do Adolescente (Ibdcria), João Batista Saraiva, explicou o cenário de violência. Segundo ele, o jovem é protagonista, e o quadro só pode ser mudado se houver transformações em diversos âmbitos, como a educação. Saraiva enfatizou que a Justiça é a última medida de autoridade e punição que deve ser prescrita ao jovem. “Devemos trabalhar com processo de justiça restaurativa, empoderar os atores da comunidade como capazes e combater o crime organizado. Temos um apelo muito grande para que jovens se engajem nessas organizações criminais, na expectativa de um espaço de reconhecimento e remuneração. Temos que ser capazes de oferecer a eles esse mesmo espaço em uma sociedade livre e igualitária”, destacou.

A advogada e pesquisadora Vitória Monteiro abordou, durante o seminário, o papel das instituições como praticantes de racismo e preconceito institucional, que também culmina em assassinato de jovens. “Como eu faço parte de um grupo de criminologia relacionado aos estudos sobre as instituições primitivas, eu pretendo trazer e relacionar esses dados de assassinato e extermínio de uma juventude periférica negra, ou seja, eu pretendo discutir os marcadores sociais, entendendo que há uma clientela e um índice de vulnerabilidade desses índices de assassinato e extermínio”, explicou a advogada.

Ainda de acordo com o Atlas da Violência de 2018, devido à desigualdade racial no Brasil, a população negra no país possui uma grande concentração de homicídios, principalmente entre homens jovens. No período de uma década (2006-2016), a taxa de homicídios de negros (40,2) foi duas vezes e meia maior que a de não negros (16,0) no Brasil.

De acordo com Vitória, é necessário criar um meio de comunicação com as instituições responsáveis, como o Ministério Público, para que seja feita uma autocritica.  “É um desafio conversar com profissionais que lidam diretamente com esses jovens, porque essas pessoas fazem parte dessas instituições”, contou.

Outro dado alarmante se refere às intervenções policiais. Dados registrados em categoria “Intervenções legais e operações de guerra”, do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), mostram subnotificação quando comparados aos dados policiais. De acordo com o Atlas, as maiores distorções verificadas ocorreram no Pará, onde os registros policiais indicam 282 vítimas e apenas três no sistema de saúde.

A promotora e coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude, Leane Barros, afirma que uma das maiores preocupações do Ministério é com a violência institucional. “Hoje a gente se preocupa muito com a violência institucional, aquela que é praticada pelos agentes públicos, porque como esse agente representa o Estado ele tem a obrigação de cumprir a lei e quando essa lei é violada, aí se estabelece a desorganização total”, afirmou.

Segundo a promotora, medidas e planejamentos fazem parte dos objetivos do Ministério Público para combater essa violência. “As medidas preventivas vão desde do planejamento estratégico, de estruturação de ações, metas e estratégias que os membros do Ministério Público vão adotar como forma de mobilização social, no sentindo de discutir com diversos setores os mecanismos para que se possa avançar”, enfatizou.

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Mesmo sem conquistar a sexta estrela, a seleção brasileira se sagrou campeã em um quesito: foi a equipe que mais interagiu no Facebook durante a Copa do Mundo de futebol 2018 - informou a rede social.

Segundo dados do gigante americano, entre compartilhamentos, curtidas e comentários, o Brasil liderou as interações, à frente de argentinos e franceses.

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Na sequência, vêm Rússia, México, Inglaterra, Croácia, Portugal, Alemanha e Itália.

Por jogadores, o argentino Messi bateu o brasileiro Neymar e o português Cristiano Ronaldo, um ranking que confirma a tendência registrada durante as duas primeiras semanas do Mundial. Nenhum francês aparece entre os dez jogadores que mais suscitaram interações.

Messi também foi o que teve mais "curtidas", à frente de Neymar e Cristiano Ronaldo.

Ainda de acordo com o Facebook, por país, os brasileiros foram os que mais discutiram a Copa, à frente de americanos, mexicanos, indianos e vietnamitas.

Os momentos que geraram picos de interação no Mundial são todos ligados à final: a vitória da França, o gol de Pogba e o gol contra do croata Mandzukic no início da partida.

A Secretaria de Defesa Social divulgou na tarde desta quarta-feira (14) dados relativos à segurança durante o Carnaval. O secretário Antônio de Pádua classificou a folia de momo deste ano como um “dos carnavais mais seguros que já tivemos”. “Visitei vários focos de folia em todo o estado e era nítida a sensação de segurança. Tivemos um ótimo desempenho mesmo com o recorde de público no Recife, que recebeu 300mil pessoas a mais que o ano passado”, afirmou Pádua. De acordo com a SDS, todos os crimes apresentaram redução em relação a 2017. 59 crimes violentos letais intencionais (CVLIs) - que englobam homicídios, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios - foram registrados entre 0h do sábado (10) e 23h59 da terça (13), uma redução de 25,3% em relação ao ano passado, que teve 79 casos. Apenas um homicídio foi registrado este ano nos focos de folia, segundo a SDS. O crime aconteceu no bairro de Comporta, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, após uma briga de ambulantes no bloco Telecana. A vítima, identificada como Mayara Maria Assis, de 23 anos, foi morta após receber vários golpes de faca. Uma suspeita está presa e outra foi identificada. As ocorrências de estupros e atos obscenos também tiveram queda no número. Foram 4 registros neste Carnaval - 1 estupro e 3 atos obscenos -, enquanto em 2017 os mesmos crimes foram registrados 7 vezes. De acordo com a Polícia Militar, dos quatro delitos, três foram registrados no Recife Antigo e um em Olinda. A PM disse, ainda, que duas prisões em flagrantes relacionadas aos casos foram registradas.  Já os crimes violentos contra o patrimônio tiveram uma redução de 50,4% se comparado ao carnaval de 2017. Foram 783 registros neste ano contra 1580 no ano anterior. Entre esses tipos de infração, a de maior queda foi o roubo a ônibus. Foram 9 coletivos roubados, 18 a menos em relação ao Carnaval do ano passado. 617 pessoas registraram que foram roubadas ou furtadas nos focos de folia, 19,8% a menos que as folias de momo do último ano, que havia registrado 769 casos.Os roubos e furtos de celulares também diminuíram, de acordo com a SDS. 1019 aparelhos foram roubados na folia deste ano, já em 2017 o número foi de 1280. Ainda segundo a SDS, os postos de atendimento do Alerta Celular cadastraram 3.695 aparelhos móveis no Sítio Histórico de Olinda e no Recife Antigo.

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