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Um dia depois do assassinato do jornalista, ativista e candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, os equatorianos, impactados pelo aumento da violência no país, agora aguardam a chegada de uma equipe da agência federal americana FBI, que promete colaborar na investigação da mais recente morte política na nação sul-americana.

A ajuda do FBI foi anunciada nesta sexta-feira, 11, pelo presidente equatoriano, Guillermo Lasso, que declarou ontem, 10, o estado de exceção durante 60 dias em todo o país após a morte a tiros de Villavicencio, com o objetivo de garantir a realização das eleições gerais antecipadas, que devem ocorrer em 20 de agosto.

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Os agentes enviados pelos Estados Unidos terão a tarefa de investigar, junto com a polícia equatoriana, as causas do assassinato e os atores intelectuais do crime.

Após os acontecimentos da quinta-feira, o governo dos EUA ofereceu ao governo equatoriano "assistência investigativa urgente" por meio de seu embaixador em Quito, Michael J. Fitzpatrick. Nos últimos dois anos, o governo americano e o Equador têm construído laços estreitos de cooperação, fundamentalmente na área da segurança.

Na quinta-feira, 10, o gabinete do promotor anunciou a prisão de seis pessoas de nacionalidade colombiana que supostamente participaram no atentado que matou Villavicencio. O autor direto do atentado, também colombiano, morreu no local do ataque.

"Em várias incursões em Conocoto e no sul da cidade, seis pessoas foram presas: Andrés M., José N., Adey G., Camilo R., Jules C., Jhon R., todos estrangeiros", afirmou o ministro do Interior do Equador, Juan Zapata.

De acordo com o ministro, a polícia havia encontrado um pequeno arsenal que estava na possessão dos suspeitos: um fuzil com dois carregadores, uma submetralhadora, quatro pistolas, três granadas, quatro caixas de munição, duas motocicletas e um veículo roubado.

Os seis suspeitos foram capturados no sul de Quito e, de acordo com as autoridades, eles tinham sido previamente presos no mês anterior, mas não ficaram sob custódia e depois foram declarados fugitivos do sistema judiciário por não comparecerem a uma audiência.

Villavicencio era um dos oito candidatos nas eleições gerais extraordinárias do Equador. Além da sua morte, o ataque a tiros deixou pelo menos nove feridos no local do comício em que o candidato havia participado.

Nesta manhã foi realizado o velório do ex-candidato. Em um dia fúnebre para o país, dezenas de simpatizantes tentaram entrar na capela para prestar suas últimas homenagens e foram freados por policiais, que jogaram spray de pimenta durante o aumento das tensões.

Também foram reportados uma série de desentendimentos entre os parentes de Villavicencio. Alguns culparam a esposa do falecido, Verónica Sarauz, por não permitir o acesso deles à capela. A decisão de Sarauz foi manter o velório privado. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Após o assassinato do candidato a presidência do Equador Fernando Villavicencio, que ocorreu na noite de quarta-feira (9) uma candidata a Assembleia Nacional do Equador foi vítima de um ataque armado na quinta-feira (10).

Estefany Puente estava no El Club de Leones, organização que presta serviços sociais na cidade de Quevedo, quando seu carro foi atingido por dois homens. A informação foi divulgada pelo jornal equatoriano El Universo.

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De acordo com o periódico, Puente estava com seu pai e com um funcionário. A candidata foi atingida de raspão no braço e os homens fugiram em seguida. O para-brisas do carro de Puente ficou destruído. A candidata faz parte da chapa Claro Que Se Puede, do candidato Yaku Pérez.

Assassinato

Um dos candidatos à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, 59 anos, foi assassinado na quarta-feira com três tiros na cabeça enquanto saía de um ato de campanha na capital do país, Quito.

Em recentes pesquisas eleitorais, Fernando Villavicencio aparecia no quinto lugar entre os candidatos às eleições presidenciais do país sul-americano. As eleições do Equador devem ocorrer no dia 20 de agosto deste ano.

De acordo com Diana Atamaint, chefe do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), as eleições gerais antecipadas do Equador estão mantidas para o dia 20 de agosto.

A facção criminosa equatoriana Los Lobos, que assumiu a autoria pelo assassinato do candidato a presidência do Equador Fernando Villavicencio na saída de uma escola em Quito, capital do país, após um compromisso de campanha na quarta-feira, 9, é uma das maiores organizações criminosas do país, com mais de 8 mil membros.

De acordo com a organização InSight Crime, especializada em pesquisa sobre o crime organizado na América Latina e Caribe, o grupo passou a ter mais espaço depois que outra facção, os Los Choneros, teve seu poder reduzido no Equador.

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A organização criminosa Los Lobos possuí forte controle sobre outras facções menores como Los Tiguerones e Chone Killers e possuí forte influencia nos presídios equatorianos, principal via do narcotráfico do Equador e por onde ocorrem os contatos com organizações criminosas do México e da Colômbia. A facção também possuí forte atividade no setor de mineração.

Durante uma gravação, o grupo assumiu a autoria do ataque, alegando que o assassinato ocorreu após Villavivencio ter feito um acordo com a facção, mas sem cumprir as suas promessas.

"Queremos deixar claro para todos que cada vez que políticos corruptos não cumprirem com suas promessas antes estabelecidas, quando receberem nosso dinheiro - que são milhões de dólares -, para financiar suas campanhas, serão executados", diz um porta-voz rodeado de outros criminosos vestidos de preto e com balaclavas cobrindo os rostos enquanto exibem suas armas de fogo.

A facção Los Lobos foi fundada como uma dissidência da organização criminosa Los Choneros. O assassinato do líder da facção Los Choneros Jorge Luis Zambrano, em 2020, deixou um espaço para que a facção Los Lobos ficasse mais forte.

Segundo o InSight Crime, a facção Los Lobos junto com organizações menores como Chone Killers e Los Tiguerones passaram a se chamar de "Nova Geração" por uma suposta ligação com a facção mexicana Cartel de Jalisco Nova Geração.

O grupo de facções chamado de "Nova Geração" lançou diversas ofensivas contra os Los Choneros, o que levou a diversos embates dentro de prisões equatorianas. Em setembro de 2021, um conflito entre os dois grupos levou a morte de 119 pessoas no sul do Equador.

A facção Los Lobos tentou assassinar diversas vezes um dos fundadores da gangue rival, Junior Róldan, que foi morto na Colômbia em março deste ano.

Liderança

Segundo o jornal equatoriano GK, o líder da facção "Los Lobos" era Wilmer Chavarría, mais conhecido como "Pipo", que operava de dentro da prisão de Turi, em Cuenca. A polícia do Equador aponta que Pipo foi morto em um motim na prisão em 2021, no qual 34 presidiários foram assassinados, embora isso nunca tenha sido provado, de acordo com o GK.

Desde a suposta morte de Pipo, Alexander Quesada, conhecido como "Ariel", é considerado o líder da gangue, de acordo com o InSight Crime. O líder do Los Lobos também tem forte influencia nas facções Los Tiguerones e Chone Killers.

Segundo o InSight Crime, a facção Los Lobos opera principalmente nas cidades de Latacunga e Cuenca. A facção também é forte na província de Pastaza. A facção tem o controle total da prisão de Turi, em Cuenca, que abriga cerca de 1.600 pessoas.

A organização criminosa também possuí forte influencia na penitenciária de Guayaquill e em outros presídios menores do Equador.

Atividade

A renda do grupo se baseia na movimentação de cocaína comprada por carteis mexicanos de grupos colombianos. O país sul-americano se transformou em passagem para que a cocaína vinda da Colômbia chegue aos Estados Unidos e o continente europeu. Tanto a facção Los Lobos quando outras facções do Equador tem movimentado o trafico de cocaína.

A organização criminosa equatoriana protege os carregamentos de drogas e também pode cobrar dívidas ou trabalhar como assassinos de aluguel, segundo o site InSight Crime. A facção também participa de atividades de microtráfico em várias cidades como Quito, Guayaquil e Quevedo.

De acordo com o InSight Crime, o grupo conseguiu penetrar no sistema prisional equatoriano por meio de suborno de agentes penitenciários e corrupção.

O retorno de Lula ao cenário político chacoalhou a mente de muita gente, após o ministro do STF, Edson Fachin, anular as condenações do ex-presidente da República. Com isso, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), deve ficar de fora da disputa presidencial de 2022. Segundo informações do Estadão, Doria já sinaliza uma reeleição ao governo paulista.

Para ele, "nada deve ser descartado" em meio ao novo quadro que vem sendo visto na política brasileira. Conhecido por trocar farpas com o presidente Jair Bolsonaro, Doria chegou a dizer no final de 2020 que não estava nos planos se reeleger. "Sou contra a reeleição. Sempre defendi mandato único de cinco anos. Não critico nem condeno os que disputam reeleição, como Bruno Covas. Mas eu, por ser contra a reeleição, vou manter a minha coerência. Não vou disputar a reeleição", disse na ocasião.

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Optando por deixar de lado os rumos do projeto presidencial, o governador de São Paulo deve driblar as prévias do PSDB no Estado, que estão marcadas para setembro. Controlado por João Doria, o diretório pode criar uma medida para anular as prévias, caso ele venha concretizar a ideia de disputar pela segunda vez o mandato.

O apresentador Luciano Huck estaria prestes a deixar a TV Globo, segundo informações da revista 'Contigo!'. De acordo com o veículo, o comunicador pretende anunciar sua saída da emissora ainda este ano, com intuito de se candidatar a presidente da República na eleição de 2022. O marido de Angélica irá se filiar ao Democratas (DEM), partido de Rodrigo Maia, presidente da Câmara.

Ainda de acordo com a publicação, Huck teria escolhido Eduardo Leite, atual governador do Rio Grande do Sul, para ser o seu vice na disputa presidencial do ano que vem. Em 2019, a Globo chegou a se manifestar sobre a ideia de Luciano Huck querer ingressar na carreira política.

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Em um comunicado ao Uol, a emissora garantiu que o apresentador do 'Caldeirão do Huck' poderia ser desligado. "Diante das especulações de que seria candidato, a Globo o procurou para saber se de fato ele concorreria à Presidência e enfatizar que, se assim fosse, teria de se submeter às regras da emissora, segundo as quais a vida político-partidária é incompatível com a permanência nos quadros da Globo, mesmo depois do processo eleitoral", disse o canal .

Luciano Huck não perde tempo quando o assunto é o Brasil. Nas redes sociais, ele opina com os seguidores a respeito de assuntos que repercutem nos cenários social, político e econômico. No Twitter, por exemplo, ele vem defendendo nos últimos dias a campanha de vacinação em combate ao coronavírus. Alfinetando os apoioadores do presidente Jair Bolsonaro, Huck garantiu que ele e sua família serão imunizados.

Jair Bolsonaro seria reeleito se os cidadãos fossem chamados a votar no final de agosto. É o que aponta a pesquisa Exame/Idea divulgada nesta sexta-feira (4). O atual presidente não conseguiria vencer no primeiro turno, mas o faria em eventuais embates com Lula ou Moro na segunda etapa das eleições.

Bolsonaro ganharia de Lula, com 42% dos votos, ante 31% do oponente petista. O ex-ministro da Justiça teria 31% dos votos e Bolsonaro, 38%. A pesquisa simulou ainda que se João Doria (PSDB) chegasse ao 2º turno, o atual presidente ganharia com 41% contra 17% do governador de São Paulo. Confira:

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1º turno:

Jair Bolsonaro (Sem partido) – 31%

Lula (PT) – 17%

Sergio Moto (Sem partido) – 13%

Ciro Gomes (PDT) – 6%

Luciano Huck – 5%

Luiz Henrique Mandetta (DEM) – 4%

João Amoêdo (Novo) – 3%

João Doria (PSDB) – 3%

Marina Silva (Rede) – 2%

Flávio Dino (PCdoB) – 1%

Outros – 1%

Não sabe - 7%

Branco ou nulo – 7%

Segundo turno:

Bolsonaro x Lula

Jair Bolsonaro (Sem partido) – 42%

Lula (PT) – 31%

Não sabe – 6%

Branco ou nulo – 21%

 

Bolsonaro x Sergio Moro

Jair Bolsonaro (Sem partido) – 38%

Sergio Moro (Sem partido) – 31%

Não sabe – 8%

Branco ou nulo – 23%

Segundo a pesquisa, as famílias com renda superior a cinco salários mínimos são as mais inclinadas a votar em Bolsonaro (35%), assim como os moradores do Sul e Centro-Oeste (35%) e os brasileiros que completaram apenas o ensino fundamental (41%).

A pesquisa Exame/Idea diz ter ouvido 1.235 pessoas, por telefone, em todas as regiões do Brasil, entre 24 e 31 de agosto. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

A votação antecipada começou nesta terça-feira (4) em Belarus para a eleição presidencial de domingo (9), na qual o chefe de Estado Alexander Lukashenko enfrenta uma inesperada concorrência de uma opositora que era desconhecia há alguns meses.

A campanha é marcada por comício com uma participação histórica em apoio a Svetlana Tikhanovskaya, de 37 anos, principal rival de Lukashenko, de 65 anos, que busca o sexto mandato e pretende discursar à nação nesta terça-feira.

De acordo com a Comissão Eleitoral, 5.767 locais de votação foram abertos na ex-república soviética de 9,4 milhões de habitantes para as pessoas que não poderão comparecer às urnas no domingo.

A oposição e muitos analistas independentes temem que a votação antecipada resulte em fraudes. Por este motivo, Svetlana Tikhanovskaya pediu a seus partidários que votem apenas no domingo, de preferência no fim do horário para evitar manipulações.

Também aconselhou os apoiadores a utilizar uma pulseira branca durante a votação para facilitar a recontagem dos votos.

Esta dona de casa de 37 anos entrou na campanha depois que seu marido, Serguei Tikhanosvki, um famoso blogueiro, foi detido em maio após decidir desafiar Lukashenko nas urnas.

A Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) não estará presente para fiscalizar a votação, pela primeira vez em uma eleição nacional em Belarus desde 2001, já que não recebeu o convite oficial a tempo.

Os resultados das últimas quatro eleições não foram reconhecidos como equitativos pelos observadores da OSCE.

Grzegorz Myszak, um agricultor polonês pai de cinco filhos, sabe exatamente o motivo pelo qual votará no chefe de Estado em final de mandato, Andrzej Duda, que enfrentará o prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, no segundo turno das eleições presidenciais no domingo.

Apoiado pelos conservadores nacionalistas do Partido Direito e Justiça (PiS), Duda prometeu defender os benefícios sociais promovidos por essa sigla e fez uma campanha política dura e especialmente violenta contra o que ele chama de "ideologia LGBT".

"Votarei em Duda, é claro. Tenho cinco filhos e recebo 2.500 zlotys (US$ 631). É como se minha esposa trabalhasse fora de casa, mas, com isso, ela pode cuidar da família", explica Myszak à AFP, em sua fazenda no sudeste da Polônia.

Este homem de 41 anos também trabalha na prefeitura e cria porcos para garantir à sua família uma "vida confortável". Faz parte dos eleitores do campo que votam em massa em Duda.

Myszak teme que, se Trzaskowski vencer, haverá uma "convivência agitada" com o governo do PiS e uma possível paralisia legislativa.

Defensor dos valores tradicionais, ele também acredita que a vitória do adversário de Duda pode abrir as portas para a educação sexual nas escolas, ou para uma maior tolerância para casais homossexuais.

Nesta região, muitos compartilham suas opiniões, especialmente na cidade onde Myszak nasceu, em Godziszow. Lá, Duda obteve o melhor resultado em nível nacional, com 86% dos votos a favor, no primeiro turno.

- Eleitores rurais se sentem apreciados -

Segundo as pesquisas, Duda e Trzaskowski, ambos com 48 anos, estão tecnicamente empatados nas intenções de voto.

Mas os analistas acreditam que Duda e seus aliados populistas souberam ganhar o apoio dos eleitores rurais. Eles se beneficiaram bastante dos programas sociais do PiS, que se somam a 16 anos de generosas ajudas agrícolas e ao desenvolvimento na União Europeia.

"Estamos felizes que alguém enfim nos aprecie e se dê conta das nossas conquistas e potencial", diz Magda Ciupak, 33 anos, professora de inglês e mãe de dois filhos, que administra uma fazenda com o marido e é responsável pelo conselho comunal de Godziszow.

"O PiS entendeu isso, quando outros nos consideravam atrasados e ignorantes", acrescenta.

Embora Rafal Trzaskowski tenha se comprometido a manter os benefícios às famílias e as aposentadorias, as pesquisas mostram claramente que Duda ainda é a melhor opção dos eleitores.

Tudo isso neste período de incerteza, devido à pandemia do novo coronavírus, que mergulhou a Polônia em sua primeira recessão após a queda do comunismo, há 30 anos.

Em sua campanha, Duda também se apresentou como um muro de contenção contra o que muitos consideram uma ameaça aos valores familiares dirigida pelas elites que vivem nas cidades.

Estimuladas pelo PiS, as autoridades locais de um terço do país, principalmente as das regiões rurais do sudeste, proclamaram-se em 2019 "zonas livres de LGBT", em reação a uma declaração dos direitos da comunidade LGBT assinada em Varsóvia por Rafal Trzaskowski.

A Anistia Internacional e o Parlamento Europeu, entre outros, condenaram a criação dessas áreas. Segundo ativistas, Duda e os apoiadores do PiS intensificaram sua retórica homofóbica às vésperas das eleições, criando uma tensão que leva algumas pessoas a deixarem o país.

Depois de cinco anos na oposição, Gotabaya Rajapaksa venceu a eleição presidencial no Sri Lanka com 52,25% dos votos, superando com folga o rival rival Sajith Premadasa (41,99%), anunciou neste domingo a Comissão Eleitoral.

Gotabaya Rajapaksa, 70 anos, conhecido como "Terminator" (referência ao filme "O Exterminador do Futuro"), fez uma campanha nacionalista, com foco na segurança, após os atentados jihadistas que mataram 269 pessoas em 21 de abril nesta ilha do sul da Ásia.

Homens-bomba de um grupo extremista local detonaram suas cargas em hotéis de luxo e igrejas cristãs, em plena celebração das missas.

Gotabaya Rajapaksa, que foi ministro da Defesa, comandou o exército cingalês que esmagou a rebelião tâmil em 2009, na última ofensiva em que 40.000 civis morreram, de acordo com organizações de defesa dos direitos humanos.

O banho de sangue acabou com 37 anos de guerra civil, que deixou mais 100.000 mortos, e rendeu a Gotabaya Rajapaksa e a seu irmão Mahinda – que presidiu o país entre 2005 e 2015 – a admiração da maioria étnica cingalesa e o ódio da minoria tâmil, que representa 15% da população.

Gotabaya Rajapaksa foi acusado de comandar durante a presidência do irmão "esquadrões da morte" – algo que ele sempre negou – que sequestraram dezenas de tâmeis, opositores políticos e jornalistas.

O retorno do clã Rajapaksa ao poder preocupa os muçulmanos, particularmente depois dos violentos atentados jihadistas de abril.

O presidente interino do Cazaquistão, Kasym-Jomart Tokayev, convocou eleição presidencial para 9 de junho e citou a necessidade de se "avançar", após a renúncia surpreendente de Nursultan Nazarbayev, que passou três décadas no poder.

A substituição de Nazarbayev constitui um desafio para a ex-república soviética que nunca teve uma transição para a democracia desde sua independência há 30 anos.

Em um discurso exibido na TV, Kasym-Jomart Tokayev afirmou que é "necessário acabar com qualquer incerteza para garantir a concórdia na sociedade, avançar com segurança e assegurar o desenvolvimento do país", rico em combustíveis e que enfrenta uma crise econômica há vários anos.

A eleição estava prevista para abril de 2020. Nazarbayev, de 78 anos, anunciou sua renúncia em 19 de março. "Pai da Nação" cazaque, de acordo com seu título oficial, o ex-presidente continuará ocupado funções importantes no país.

Kasym-Jomart Tokayev, 65 anos, até então presidente do Senado, se tornou presidente interino. É considerado um possível sucessor de Nazarbayev, mas até o momento não informou se será candidato.

Tokayev nasceu em 1953 em uma família de elite soviética. Diplomata, foi duas vezes ministro das Relações Exteriores e primeiro-ministro de 1999 a 2002.

Sua primeira decisão como presidente foi rebatizar a capital do país, Astana, uma cidade futurista de um milhão de habitantes que agora tem o nome "Nur-Sultan", em homenagem a seu antecessor.

Em sua primeira viagem ao exterior, Tokayev visitou a Rússia e prometeu ao presidente Vladimir Putin "reforçar ainda mais a amizade" entre os dois países.

Nazarbayev assumiu o poder em 1989, quando o Cazaquistão era uma república soviética. Ele foi o primeiro secretário do Partido Comunista e depois, com a independência de 1991, permaneceu no poder.

Foi reeleito diversas vezes por maioria absoluta.

Apesar da renúncia, Nazarbayev terá amplas prerrogativas. Conserva a presidência do partido governista e do Conselho de Segurança, entidade dotada de estatuto constitucional por uma lei aprovada em 2018, além do título de "Pai da Nação" que garante imunidade jurídica.

Outro sinal de sua influência foi a escolha de sua filha, Dariga Nazabayeva, 55 anos, como presidente do Senado.

Os ucranianos votam, neste domingo (31), no primeiro turno de uma eleição presidencial imprevisível, com um ator sem experiência política como favorito de acordo com as pesquisas, e desafios consideráveis para este país às portas da União Europeia e devastado por um conflito armado.

O levante de Maidan seguido pela anexação da Crimeia pela Rússia e a eclosão de um conflito com os separatistas pró-russos provocaram há cinco anos uma escalada entre Moscou e os Ocidentais.

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Eleito em meio a esta crise e valendo-se das aspirações pró-ocidentais dos ucranianos, o presidente Petro Poroshenko corre o risco de ser eliminado já neste primeiro turno. Ele é precedido nas pesquisas por Volodymyr Zelensky, de 41 anos, cuja única experiência de governança se resume à interpretação de um professor de história que de repente se torna presidente em uma série de televisão.

O ator aparece à frente de seus rivais com mais de 25% das intenções de voto, de acordo com as últimas pesquisas. Atrás, Petro Poroshenko aparece emparelhado a uma outra veterana da política ucraniana, a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko.

No total, 39 candidatos disputam a votação que se encerra às 17h00 GMT (14h00 de Brasília), um recorde em 28 anos de independência desta ex-república soviética.

"Eu votei em Zelensky, talvez ele tenha sucesso", disse à AFP Roman, de 52 anos, morador de Lviv, um reduto nacionalista do oeste. "Os outros tiveram sua chance, mas não fizeram nada".

- Voto pela paz -

Irina, uma funcionária de 48 anos, optou por Petro Poroshenko. "Eu conheço bem os seus defeitos, mas Tymoshenko e Zelensky me agradam ainda menos", disse ela. "Votei para que a guerra acabe, eu quero (...) tranquilidade para a Ucrânia".

Em Mariupol, um porto industrial localizado a cerca de 20 quilômetros da linha de frente, Sergei, de 22 anos, votou em uma grande tenda, na esperança de progresso em direção à paz.

"O país está cansado, as pessoas também", disse o soldado ucraniano à AFP, recusando-se a revelar o nome de seu candidato.

A ascensão meteórica de Zelensky foi favorecida pelo desencanto dos eleitores ucranianos com suas elites salpicadas por escândalos de corrupção.

Os críticos de Zelensky questionam sua capacidade de governar o país, apelidando-o de "Zero", enquanto seus defensores o vEem como um novo rosto.

Ele também é acusado por alguns de ser um fantoche do oligarca Igor Kolomoisky, um inimigo de Poroshenko, o que ele nega.

"Sim, eu não tenho experiência", mas "tenho força e energia suficientes", disse Zelensky no início de março, em entrevista à AFP.

Poroshenko, de 53 anos, que iniciou uma série de reformas fundamentais, particularmente no exército e setor de energia, bem como na saúde pública e educação, é, contudo, amplamente criticado por esforços insuficientes na luta contra a corrupção.

"Ainda é preciso um mandato presidencial para que as reformas se tornem irreversíveis", pediu no sábado.

A incansável Tymoshenko, de 58 anos, acusada de populismo, prometeu, por sua vez, reduzir pela metade os preços da gasolina para a população, sob o risco de irritar os credores da Ucrânia.

Os três favoritos são a favor de continuar a aproximação com o Ocidente.

- Sem voto na Rússia -

País de 45 milhões de pessoas às portas da União Europeia, a Ucrânia é hoje um dos Estados mais pobres da Europa.

Enquanto embarcou numa queda de braço com a Rússia e voltou sua atenção para o Ocidente, experimenta atualmente a pior crise desde a sua independência em 1991.

A chegada dos pró-ocidentais ao poder em 2014 foi seguida pela anexação da península da Crimeia pela Rússia e por um conflito com separatistas no leste, que deixou mais de 13.000 mortos.

No sábado, o Exército ucraniano informou a morte de um soldado nessas regiões, a décima sexta baixa desde o início do ano em confrontos vistos na Ucrânia como uma "guerra pela independência" contra os rebeldes pró-russos apoiados militarmente pela Rússia, de acordo com Kiev e os ocidentais.

Mais de 2.300 observadores internacionais devem monitorar o processo de votação.

Decisão inédita, Kiev proibiu a presença de observadores russos nesta eleição e fechou as suas assembleias de voto na Rússia. Pelo menos 2,5 milhões de ucranianos vivem na Rússia, mas poucos devem voltar para votar.

O atual presidente Emmerson Mnangagwa venceu a eleição nesta quinta-feira, 2, com pouco mais de 50 por cento dos votos, na primeira votação desde a queda do ditador Robert Mugabe.

Do partido União Nacional Africana do Zimbábue - Frente Patriótica (ZANU-PF), Mnangagwa recebeu 50,8 por cento dos votos, enquanto o principal opositor, Nelson Chamisa, 44,3 por cento.

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Violência

m meio a uma eleição que deveria restaurar a confiança no Zimbábue após 37 anos de governo de Robert Mugabe, afastado do poder pelos militares em 2017, o número de mortos nos confrontos de quarta-feira, 1º, subiu para seis. 14 pessoas ficaram feridas e 18 foram presas.

OS relatos sobre quem foi o responsável pelo derramamento de sangue na capital de Harare são conflitantes. Manifestantes da oposição protestavam contra uma possível fraude na eleição quando a polícia jogou gás lacrimogêneo, canhões de água e depois disparou tiros contra a multidão.

A porta-voz da polícia, Charity Charamba, culpou os manifestantes pela agitação, dizendo que alguns estavam bêbados e que destruíram carros e lojas. Cerca de 4.000 oposicionistas, alguns carregando barras de ferro e pedras, "sitiaram" o centro de Harare, segundo ela.

O atual presidente Emmerson Mnangagwa e o partido União Nacional Africana do Zimbábue - Frente Patriótica (ZANU-PF, acusaram a oposição de incitar à violência. Já a oposição, ativistas de direitos humanos e observadores internacionais condenaram a força "excessiva" usada para conter os protestos e apelaram a todos os lados para que exercessem a moderação.

Nos primeiros três dias de convenções nacionais, quatro candidatos a presidente da República foram confirmados pelos partidos políticos: Ciro Gomes (PDT), Paulo Rabello de Castro (PSC), Guilherme Boulos (PSol) e Vera Lúcia (PSTU). Enquanto o PSol e o PSTU lançaram a chapa completa, o PDT e o PSC ainda vão escolher os candidatos a vice-presidente.

Os convencionais do PDT aprovaram uma resolução autorizando a Executiva Nacional a negociar as alianças para o primeiro turno das eleições e o vice de Ciro Gomes. O PSC também vai articular um vice que agregue apoios, mas o candidato demonstrou disposição de ter uma mulher na sua chapa.

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O PSol formou uma chapa puro sangue: Sônia Guajajara será a candidata a vice de Boulos. O partido, no entanto, disputará as eleições de outubro coligado com o PCB, que realizou convenção na última sexta-feira e aprovou a aliança. O PSTU optou por não fazer coligações. O vice de Vera Lúcia será Hertz Dias.

O PMN e o Avante realizaram nesse sábado (21) convenções nacionais e decidiram não lançar candidatos a presidente da República. Na convenção, o Avante decidiu dar prioridade à eleição de deputados federais: terá uma chapa com cerca de 80 nomes e pretende eleger pelo menos cinco. 

O Avante não definiu se apoiará algum candidato a presidente no primeiro turno. Já o PMN decidiu que não dará apoio a nenhuma chapa nas eleições presidenciais.

Os partidos têm até o dias 5 de agosto para realizarem suas convenções nacionais. As candidaturas podem ser registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 15 de agosto. No próximo sábado devem se reunir SD, PTB, PV, PSD e DC.

A exatos seis meses da eleição presidencial deste ano, pelo menos 16 nomes já se colocaram publicamente na disputa. Os partidos devem anunciar seus pré-candidatos até o início de agosto, quando termina o prazo para cada legenda definir as candidaturas nas convenções.

Dentre os concorrentes ao pleito, há ex-presidentes, senadores, deputados, ex-ministros e até um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal. 

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Aldo Rebelo - Solidariedade

O partido Solidariedade lançou nesta segunda-feira (16), na capital paulista, a pré-candidatura do ex-ministro e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, à Presidência da República. “O Solidariedade é uma legenda que tem identidade com meu pensamento, minha trajetória, meus valores e com as perspectivas que eu tenho”, disse Aldo Rebelo.

Segundo ele, sua candidatura pretende buscar a união nacional em torno dos grandes interesses do país. Aldo destacou que vê como necessária a junção das forças políticas da direita e esquerda em prol do Brasil.  “Desde que os objetivos sejam comuns: a retomada do crescimento da economia, o desenvolvimento do país, a redução das desigualdades e a valorização da democracia, pois sem isso não há solução para nenhum dos impasses que o Brasil vive no momento”, disse.

Alagoano, Aldo Rebelo iniciou sua trajetória política em movimentos contra a ditadura militar e no movimento estudantil dos anos 80. Foi deputado federal por seis mandatos consecutivos, chegando a presidir a Câmara dos Deputados entre 2005 e 2007. Foi também ministro nas áreas de Ciência e Tecnologia, Esporte e Defesa.

Álvaro Dias - Podemos

O senador Álvaro Dias será o candidato do Podemos. Eleito senador em 2014, pelo PSDB, Álvaro Dias migrou para o PV e, em julho do ano passado, buscou o Podemos, antigo PTN. Com a candidatura do senador, a legenda quer imprimir a bandeira da renovação da política e da participação direta do povo nas decisões do país por meio de plataformas digitais.

“Nós temos que rediscutir a representação parlamentar. Não somos senadores demais, deputados e vereadores demais? Está na hora de reduzirmos o tamanho do Legislativo no país, tornando-o mais enxuto, econômico, ágil e competente”, afirmou Dias, em entrevista concedida esta semana no Congresso Nacional.

O político, de 73 anos, está no quarto mandato de senador. De 1987 a 1991, foi governador do Paraná, à época pelo PMDB. Na década de 1970, foi deputado federal por três legislaturas e, antes, foi vereador de Londrina (PR) e deputado estadual no Paraná. Álvaro Dias é formado em História.

Ciro Gomes - PDT

Pela terceira vez concorrendo ao posto mais alto do Executivo, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes vai representar o PDT na disputa presidencial. Ao anunciar o seu nome como pré-candidato na última quinta-feira (8), o pedetista adotou um discurso contra as desigualdades e propondo um “projeto de desenvolvimento” para o país.

“Não dá para falar sério em educação que emancipe, não dá para falar sério em segurança que proteja e restaure a paz da família brasileira sem ter compromisso sério para dizer de onde vem o dinheiro”, disse, no ato de lançamento da pré-candidatura.

Ciro Ferreira Gomes tem 60 anos e é formado em Direito. Ele foi governador do Ceará por dois mandatos, ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco e da Integração Nacional no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes, ocupou a prefeitura de Fortaleza e o cargo de deputado estadual. Em 1998 e 2002, ele foi candidato à Presidência, tendo ficado em terceiro e quarto colocado, respectivamente.

Fernando Collor - PTC

O senador e ex-presidente da República Fernando Collor vai concorrer pelo PTC. Ele foi presidente da República entre 1990 e 1992, quando sofreu impeachment e foi substituído pelo então vice-presidente Itamar Franco. Foi o primeiro presidente a ser eleito pelo voto direto após o regime militar (1964-1985).

Depois de ter os direitos políticos cassados, ele se candidatou ao Senado em 2006, tendo sido eleito, e reconduzido ao cargo em 2014. Antes de ocupar a Presidência, o jornalista e bacharel em Ciências Econômicas, formado pela Universidade Federal de Alagoas, foi governador de Alagoas (1986) e deputado federal (1982).

Em discurso em fevereiro na tribuna do Senado, Fernando Collor de Mello disse que sua pré-candidatura é a retomada de uma missão pelo país. E afirmou que pretende alavancar novamente o país, mediante um novo acordo com a sociedade. “Isso só será possível com planejamento e com sólido programa social que seja tecnicamente recomendável, politicamente viável e socialmente aceito”, destacou.

Flávio Rocha - PRB

O empresário Flávio Rocha é o pré-candidato pelo PRB, legenda ao qual se filiou em março. 

Pernambucano, Flávio Gurgel Rocha exerce atualmente a função de CEO do Grupo Guararapes, um dos maiores grupos empresariais do país. “Nós temos sim a responsabilidade de colocar o Brasil nos trilhos da prosperidade. Essa prosperidade é resultado de liberdade econômica e política. É para isso que estou de casa nova, no PRB", disse Rocha no dia do lançamento da pré-candidatura.

Já foi eleito deputado federal por duas vezes (1987-1990/1991-1994) e membro da Assembleia Nacional Constituinte. Foi um dos fundadores do IDV (Instituto de Desenvolvimento do Varejo). Ele é casado e pai de quatro filhos.

Geraldo Alckmin - PSDB

Após a desistência de outros quadros da sigla, o PSDB oficializou, no último dia 20, a pré-candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Esta será a segunda vez que ele disputará a vaga. Em dezembro do ano passado, em uma movimentação para unir os demais quadros tucanos em torno de sua candidatura, Alckmin foi eleito presidente nacional do PSDB.

Na entrevista coletiva em que anunciou a pré-candidatura, Alckmin afirmou que irá destravar a economia e colocou como prioridades a desburocratização, uma reforma tributária, retomar a agenda da reforma da Previdência e reduzir os juros.

Geraldo Alckmin tem 65 anos, é formado em medicina e é um quadro histórico do PSDB em São Paulo. Ele começou a carreira como vereador em Pindamonhangaba, no interior do estado. Foi prefeito da cidade, deputado estadual e deputado federal na Assembleia Nacional Constituinte. Vice-governador de 1995 a 2001, ele assumiu a administração paulista após a morte de Mário Covas, sendo reeleito em 2002. Disputou o Planalto em 2006, quando foi derrotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no 2º turno. Eleito em 2010 para mais um mandato à frente do governo de São Paulo, Alckmin foi reeleito em 2014.

Guilherme Boulos - PSOL

Depois de uma consulta interna que contou com outros três nomes, o PSOL decidiu lançar a pré-candidatura de Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), após ele se filiar à sigla no início do mês de março. Repetindo a estratégia das últimas eleições de apresentar uma opção mais à esquerda que os demais partidos, o PSOL participará com candidato próprio à corrida presidencial, que em 2010 e 2014 teve os nomes de Plínio de Arruda Sampaio e Luciana Genro na disputa.

Segundo Boulos, é preciso levar a indignação dos cidadãos para dentro da política. Como bandeiras de campanha, ele elencou o combate aos privilégios do “andar de cima” da economia e a promoção de plebiscitos e referendos de consulta à população sobre temas fundamentais. “Nós queremos disputar o projeto de país. Não teremos uma candidatura apenas para demarcar espaço dentro da esquerda brasileira. Vamos apresentar uma alternativa real de projeto para o Brasil”, afirmou.

Um dos líderes do movimento pelo direito à moradia no Brasil, Boulos ficou conhecido nacionalmente após as mobilizações contra a realização da Copa do Mundo no país, em 2014. Como liderança do MTST, ele organizou a ocupação de áreas urbanas, em especial no estado de São Paulo. Formado em Filosofia e Psicologia, Boulos tem 35 anos.

Jair Bolsonaro - PSL

Deputado federal na sétima legislatura, Bolsonaro se filiou ao PSL na última quarta-feira (7). Considerado polêmico por suas bandeiras, Jair Bolsonaro defende a ampliação do acesso a armas e um Estado cristão, além de criticar modelos de família, segundo ele, "não tradicionais”, como casamento homossexual.

“Nós temos propósitos, projeto e tudo para começar a mudar o Brasil. Nós somos de direita, respeitamos a família brasileira. Está na Constituição que o casamento é entre homem e mulher e ponto final.  Esse pessoal é o atraso, uma comprovação de que eles não têm propostas e que a igualdade que eles pregam é na miséria”, afirmou, durante o ato de filiação ao PSL. De acordo com o partido, ainda não há uma data de lançamento oficial da pré-candidatura.

Nascido em Campinas, Jair Messias Bolsonaro tem 62 anos. Ele é formado em Educação Física e militar de carreira. Ele foi para a reserva das Forças Armadas em 1988, após se envolver em atos de indisciplina e ser eleito vereador pelo Rio de Janeiro. Desde 1991, assumiu uma cadeira na Câmara dos Deputados. Foi eleito deputado em 2014 pelo PP, mas migrou para o PSC.

João Amoêdo - Novo

Com 55 anos, João Amoêdo é o candidato pelo partido Novo, que ajudou a fundar. Formado em engenharia e administração de empresas, fez carreira como executivo do mercado financeiro.

Amoêdo foi um dos fundadores do Partido Novo, que teve seu registro homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2015. A disputa presidencial em 2018 será a primeira experiência política dele.

Entre as principais bandeiras de Amoêdo, assim como do Partido Novo, estão a maior autonomia e liberdade do indivíduo, a redução das áreas de atuação do Estado, a diminuição da carga tributária e a melhoria na qualidade dos serviços essenciais, como saúde, segurança e educação. "É fácil acabar com a desigualdade, basta tornar todo mundo pobre. Ao combater a desigualdade você não está preocupado em criar riqueza e crescer, você só está preocupado em tornar todo mundo igual. O importante é acabar com a pobreza e concentrar na educação básica de qualidade para todos", diz o candidato em sua página oficial na internet.

José Maria Eymael - PSDC

Já o PSDC confirmou no último dia 15 de março a pré-candidatura do seu presidente nacional, José Maria Eymael, que vai concorrer pela quinta vez.

Além de fundador do PSDC, José Maria Eymael é advogado e nasceu em Porto Alegre. Sua trajetória política começou na capital gaúcha, onde foi um dos líderes da Juventude Operária Católica. Em 1962, filiou-se ao Partido Democrata Cristão (PDC) e atuou como líder jovem do partido.

Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo. Em 1990, conquistou o segundo mandato na Câmara dos Deputados. Como parlamentar federal, Eymael defendeu a manutenção da palavra Deus no preâmbulo da atual Constituição Federal durante a Assembleia Constituinte, considerado um marco em sua trajetória política.

Levy Fidelix - PRTB

Outro candidato recorrente ao pleito é o jornalista e publicitário Levy Fidelix, representando o partido do qual é fundador: PRTB. Abordando temas em defesa da família e dos “bons costumes”, ele buscará aproveitar o momento de insatisfação dos brasileiros com a corrupção para se dizer um candidato “ficha limpa”.

Fidelix concorreu ao cargo nas eleições de 2014, 2010 e de 1994. 

Antes de criar o PRTB, Fidelix participou da fundação do Partido Liberal (PL), em 1986, quando se lançou na carreira política e disputou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo estado de São Paulo. Depois, migrou para o Partido Trabalhista Renovador (PTR), quando também concorreu a um mandato de deputado federal, no início dos anos 90. Apresentador de televisão, professor universitário e publicitário, Fidelix já concorreu três vezes à prefeitura da capital paulista e duas vezes ao governo do estado.

Manuela D’Ávila - PCdoB

A deputada estadual do Rio Grande do Sul, Manuela D'Ávila, será a candidata pelo PCdoB. A ex-deputada federal, por dois mandatos, teve a pré-candidatura lançada pelo partido comunista em novembro do ano passado. Esta é a primeira vez que o PCdoB lançará candidato próprio desde a redemocratização de 1988. Um dos motes da campanha será o combate à crise e à “ruptura democrática” que, segundo a legenda, o país vive.

“Trata-se de uma pré-candidatura que tem como algumas de suas linhas programáticas mais gerais a retomada do crescimento econômico e da industrialização; a defesa e ampliação dos direitos do povo, tão atacados pelo atual governo; a reforma do Estado, de forma a torná-lo mais democrático e capaz de induzir o desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho”, escreveu a presidente nacional do partido, Luciana Santos, ao lançar a candidatura de Manuela D'Ávila.

Manuela D'Ávila tem 37 anos e é formada em jornalismo. Ela é filiada ao PCdoB desde 2001, quando ainda era do movimento estudantil. Em 2004, foi eleita a vereadora mais jovem de Porto Alegre. Dois anos depois, se candidatou ao cargo de deputada federal pelo Rio Grande do Sul e se tornou a mais votada do estado. Em 2008 e 2012, disputou a prefeitura da capital gaúcha, mas ficou em terceiro e segundo lugar, respectivamente. Desde 2015, ocupa uma vaga na Assembleia Legislativa do estado.

Marina Silva – Rede Sustentabilidade

A ex-senadora Marina Silva vai disputar a Presidência pela terceira vez consecutiva. Integrante da sigla Rede Sustentabilidade, Marina tem como plataforma a defesa da ética, do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável.

Ela é crítica do mecanismo da reeleição, que, segundo ela, se tornou um “atraso” no país. “Sou pré-candidata à Presidência para unir os brasileiros a favor do Brasil. Os governantes precisam fazer o que é melhor para o país e não o que é melhor para se perpetuar no poder. Chega de pensar apenas em interesses pessoais e partidários”, escreveu recentemente em seu perfil do Facebook.

Marina Silva militou ao lado do líder ambientalista Chico Mendes na década de 1980. Filiada ao PT, ela foi eleita vereadora de Rio Branco e deputada estadual, antes de ocupar dois mandatos de senadora representando o Acre. Por cinco anos, foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula e se desfiliou do PT um ano após deixar o cargo. Ela foi candidata ao Planalto em 2010 pelo PV e, em 2014, assumiu a candidatura do PSB à Presidência após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Paulo Rabello de Castro - PSC

Até a semana passada no comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o economista Paulo Rabello de Castro deixou o cargo para confirmar a disposição de disputar à Presidência. Segundo o PSC, embora não tenha promovido um ato de lançamento, a legenda já trabalha com a pré-candidatura como oficial. Desde fevereiro, ele participa de eventos partidários pelo país junto ao presidente da sigla cristã, Pastor Everaldo, que concorreu à Presidência no pleito de 2014.

As principais bandeiras do PSC são contra a descriminalização das drogas e a legalização do aborto. “Temos uma sociedade cujos valores morais estão completamente invertidos. Onde a arma na mão do bandido é uma arma livre, mas a arma na sua mão é proibida. E eventualmente você vai preso por portá-la. Quando o bom comportamento da família é zombado pelas novelas pornográficas e toda pornografia é enaltecida, como preservar a família nacional", disse, durante recente ato.

Doutor em economia pela Universidade de Chicago, Paulo Rabello de Castro foi fundador da primeira empresa brasileira de classificação de riscos de crédito, a SR Rating, criada em 1993. Autor de livros sobre a economia e a agricultura brasileiras, o pré-candidato foi presidente do Lide Economia, grupo de empresários que têm em comum a defesa da livre iniciativa. Ele também coordenou o movimento Brasil Eficiente. Em 2016, foi indicado para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e comandou a instituição de pesquisa por onze meses, até assumir a presidência do BNDES, em maio do ano passado.

Rodrigo Maia - DEM

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ) é o pré-candidato pelo DEM. Maia tem buscado ser uma alternativa de centro e, em suas próprias palavras, “sem radicalismos”. Ele assumiu o comando da Câmara após a queda de Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso pela Operação Lava Jato, e ganhou mais protagonismo político pelo cargo que ocupa, já que é o responsável por definir a pauta de projetos importantes, como a reforma da Previdência.

Segundo ele, a pauta da Câmara não será prejudicada devido à sua candidatura ao Planalto. “A gente tem responsabilidade com o Brasil, já deu demonstrações disso. O projeto político do DEM é legítimo e é feito em outro momento e local, não tem problema nenhum disso”, afirmou.

Filho do ex-prefeito do Rio, César Maia, o político está no quinto mandato como deputado federal. Em 2007, assumiu a presidência nacional do DEM, após a reformulação do antigo PFL. Rodrigo Maia ingressou, mas não chegou a concluir o curso de Economia. Foi secretário de Governo do município do Rio de Janeiro no final da década de 1990, na gestão de Luiz Paulo Conde, que à época era aliado de César Maia.

Vera Lúcia - PSTU

O PSTU, que nas últimas vezes concorreu com o candidato José Maria de Almeida (Zé Maria), lançará uma chapa tendo a sindicalista Vera Lúcia como candidata à Presidência. 

Vera Lúcia, 50 anos, foi militante no PT e integrante do grupo fundador do PSTU.

O vice na chapa é Hertz Dias, 47 anos, militante do movimento negro.

MDB

Com a promessa de, pela primeira vez depois de 24 anos, apresentar ao país um candidato à Presidência da República, o MDB ainda não definiu oficialmente como formará a chapa para a disputa. Nesta semana, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles se filiou à sigla.

No entanto, ao deixar o comando do Ministério da Fazenda na sexta-feira (6), Meirelles não informou a qual cargo pretende concorrer. Mas é cogitado como opção ao lado do presidente Michel Temer.

O presidente Michel Temer não descartou a possibilidade de concorrer à reeleição. Nos últimos meses, o partido tem feito movimentos de resgate à história da legenda, que tem mais de 50 anos. Foi com esse intuito que mudou a sigla de PMDB para MDB. A decisão sobre a candidatura, porém, ainda não está tomada.

PSB

Após a morte do ex-ministro e então presidente nacional do partido, Eduardo Campos, em plena campanha eleitoral de 2014, o PSB passou por dificuldades de identificação e falta de lideranças nos últimos anos. Nessa sexta-feira (6), porém, a sigla recebeu a filiação do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, e tem nele a grande aposta de participar do pleito deste ano.

Como membro da Suprema Corte de 2003 a 2014, Joaquim Barbosa ganhou notoriedade durante o período em que foi relator do processo do mensalão, que condenou políticos de diversos partidos pela compra de apoio parlamentar nos primeiros anos de governo do PT. Antes, foi membro do Ministério Público Federal, funcionário do Ministério da Saúde e do Itamaraty.

De acordo com o líder do PSB na Câmara, deputado Júlio Delgado (MG), que tem participado das conversas com Barbosa, o nome dele fica eleitoralmente viabilizado, embora ainda seja necessário construir sua candidatura por todo o Brasil. “Ao se filiar, até pela viabilidade que já mostra, eu acho que o nome dele já fica irreversível. Acho que ele é o candidato capaz de unir o Brasil, tranquilizar, trazer a decência necessária contra essa divisão de lados [que o país vive]”, disse à Agência Brasil.

PT

Depois de ganhar as últimas quatro eleições, o PT anunciou a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas dificilmente conseguirá lançá-lo à disputa. Lula foi preso nesse sábado (7) para cumprimento da pena de 12 anos e 1 mês de prisão.

Ele foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Embora o cenário seja desfavorável, aliados defendem que Lula recorra ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em busca de uma autorização para se candidatar, já que a Lei da Ficha Limpa prevê a impugnação das candidaturas de políticos condenados em segundo grau da Justiça.

Outros nomes cotados dentro do partido são do ex-governador da Bahia Jaques Wagner e o do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, além de optar por apoiar a candidatura de outro partido da esquerda.

Prazos

De acordo com a legislação, os partidos políticos devem promover convenções nacionais com seus filiados entre 20 de julho e 5 de agosto para que oficializem as candidaturas. A data final para registro das candidaturas pelos partidos políticos na  Justiça Eleitoral é 15 de agosto.

A exatos seis meses da eleição presidencial deste ano, pelo menos 14 nomes já se colocaram publicamente na disputa. Mais uma pré-candidatura deve ser oficializada nas próximas semanas, a do PSB, e outros dois grandes partidos, PT e MDB, ainda não definiram seus quadros, apesar de prometerem apresentar um candidato nos próximos meses aos eleitores. A decisão final deve ser tomada até o início de agosto, quando termina o prazo para cada partido definir as candidaturas nas convenções.

Dentre os concorrentes ao pleito, há ex-presidentes, senadores, deputados, ex-ministros e até um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal. 

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Álvaro Dias - Podemos

O senador Álvaro Dias será o candidato do Podemos. Eleito senador em 2014, pelo PSDB, Álvaro Dias migrou para o PV e, em julho do ano passado, buscou o Podemos, antigo PTN. Com a candidatura do senador, a legenda quer imprimir a bandeira da renovação da política e da participação direta do povo nas decisões do país por meio de plataformas digitais.

“Nós temos que rediscutir a representação parlamentar. Não somos senadores demais, deputados e vereadores demais? Está na hora de reduzirmos o tamanho do Legislativo no país, tornando-o mais enxuto, econômico, ágil e competente”, afirmou Dias, em entrevista concedida esta semana no Congresso Nacional.

O político, de 73 anos, está no quarto mandato de senador. De 1987 a 1991, foi governador do Paraná, à época pelo PMDB. Na década de 1970, foi deputado federal por três legislaturas e, antes, foi vereador de Londrina (PR) e deputado estadual no Paraná. Álvaro Dias é formado em História.

Ciro Gomes - PDT

Pela terceira vez concorrendo ao posto mais alto do Executivo, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes vai representar o PDT na disputa presidencial. Ao anunciar o seu nome como pré-candidato na última quinta-feira (8), o pedetista adotou um discurso contra as desigualdades e propondo um “projeto de desenvolvimento” para o país.

“Não dá para falar sério em educação que emancipe, não dá para falar sério em segurança que proteja e restaure a paz da família brasileira sem ter compromisso sério para dizer de onde vem o dinheiro”, disse, no ato de lançamento da pré-candidatura.

Ciro Ferreira Gomes tem 60 anos e é formado em Direito. Ele foi governador do Ceará por dois mandatos, ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco e da Integração Nacional no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes, ocupou a prefeitura de Fortaleza e o cargo de deputado estadual. Em 1998 e 2002, ele foi candidato à Presidência, tendo ficado em terceiro e quarto colocado, respectivamente.

Fernando Collor - PTC

O senador e ex-presidente da República Fernando Collor vai concorrer pelo PTC. Ele foi presidente da República entre 1990 e 1992, quando sofreu impeachment e foi substituído pelo então vice-presidente Itamar Franco. Foi o primeiro presidente a ser eleito pelo voto direto após o regime militar (1964-1985).

Depois de ter os direitos políticos cassados, ele se candidatou ao Senado em 2006, tendo sido eleito, e reconduzido ao cargo em 2014. Antes de ocupar a Presidência, o jornalista e bacharel em Ciências Econômicas, formado pela Universidade Federal de Alagoas, foi governador de Alagoas (1986) e deputado federal (1982).

Em discurso em fevereiro na tribuna do Senado, Fernando Collor de Mello disse que sua pré-candidatura é a retomada de uma missão pelo país. E afirmou que pretende alavancar novamente o país, mediante um novo acordo com a sociedade. “Isso só será possível com planejamento e com sólido programa social que seja tecnicamente recomendável, politicamente viável e socialmente aceito”, destacou.

Geraldo Alckmin - PSDB

Após a desistência de outros quadros da sigla, o PSDB oficializou, no último dia 20, a pré-candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Esta será a segunda vez que ele disputará a vaga. Em dezembro do ano passado, em uma movimentação para unir os demais quadros tucanos em torno de sua candidatura, Alckmin foi eleito presidente nacional do PSDB.

Na entrevista coletiva em que anunciou a pré-candidatura, Alckmin afirmou que irá destravar a economia e colocou como prioridades a desburocratização, uma reforma tributária, retomar a agenda da reforma da Previdência e reduzir os juros.

Geraldo Alckmin tem 65 anos, é formado em medicina e é um quadro histórico do PSDB em São Paulo. Ele começou a carreira como vereador em Pindamonhangaba, no interior do estado. Foi prefeito da cidade, deputado estadual e deputado federal na Assembleia Nacional Constituinte. Vice-governador de 1995 a 2001, ele assumiu a administração paulista após a morte de Mário Covas, sendo reeleito em 2002. Disputou o Planalto em 2006, quando foi derrotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no 2º turno. Eleito em 2010 para mais um mandato à frente do governo de São Paulo, Alckmin foi reeleito em 2014.

Guilherme Boulos - PSOL

Depois de uma consulta interna que contou com outros três nomes, o PSOL decidiu lançar a pré-candidatura de Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), após ele se filiar à sigla no início do mês de março. Repetindo a estratégia das últimas eleições de apresentar uma opção mais à esquerda que os demais partidos, o PSOL participará com candidato próprio à corrida presidencial, que em 2010 e 2014 teve os nomes de Plínio de Arruda Sampaio e Luciana Genro na disputa.

Segundo Boulos, é preciso levar a indignação dos cidadãos para dentro da política. Como bandeiras de campanha, ele elencou o combate aos privilégios do “andar de cima” da economia e a promoção de plebiscitos e referendos de consulta à população sobre temas fundamentais. “Nós queremos disputar o projeto de país. Não teremos uma candidatura apenas para demarcar espaço dentro da esquerda brasileira. Vamos apresentar uma alternativa real de projeto para o Brasil”, afirmou.

Um dos líderes do movimento pelo direito à moradia no Brasil, Boulos ficou conhecido nacionalmente após as mobilizações contra a realização da Copa do Mundo no país, em 2014. Como liderança do MTST, ele organizou a ocupação de áreas urbanas, em especial no estado de São Paulo. Formado em Filosofia e Psicologia, Boulos tem 35 anos.

Jair Bolsonaro - PSL

Deputado federal na sétima legislatura, Bolsonaro se filiou ao PSL na última quarta-feira (7). Considerado polêmico por suas bandeiras, Jair Bolsonaro defende a ampliação do acesso a armas e um Estado cristão, além de criticar modelos de família, segundo ele, "não tradicionais”, como casamento homossexual.

“Nós temos propósitos, projeto e tudo para começar a mudar o Brasil. Nós somos de direita, respeitamos a família brasileira. Está na Constituição que o casamento é entre homem e mulher e ponto final.  Esse pessoal é o atraso, uma comprovação de que eles não têm propostas e que a igualdade que eles pregam é na miséria”, afirmou, durante o ato de filiação ao PSL. De acordo com o partido, ainda não há uma data de lançamento oficial da pré-candidatura.

Nascido em Campinas, Jair Messias Bolsonaro tem 62 anos. Ele é formado em Educação Física e militar de carreira. Ele foi para a reserva das Forças Armadas em 1988, após se envolver em atos de indisciplina e ser eleito vereador pelo Rio de Janeiro. Desde 1991, assumiu uma cadeira na Câmara dos Deputados. Foi eleito deputado em 2014 pelo PP, mas migrou para o PSC.

João Amoêdo - Novo

Com 55 anos, João Amoêdo é o candidato pelo partido Novo, que ajudou a fundar. Formado em engenharia e administração de empresas, fez carreira como executivo do mercado financeiro.

Amoêdo foi um dos fundadores do Partido Novo, que teve seu registro homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2015. A disputa presidencial em 2018 será a primeira experiência política dele.

Entre as principais bandeiras de Amoêdo, assim como do Partido Novo, estão a maior autonomia e liberdade do indivíduo, a redução das áreas de atuação do Estado, a diminuição da carga tributária e a melhoria na qualidade dos serviços essenciais, como saúde, segurança e educação. "É fácil acabar com a desigualdade, basta tornar todo mundo pobre. Ao combater a desigualdade você não está preocupado em criar riqueza e crescer, você só está preocupado em tornar todo mundo igual. O importante é acabar com a pobreza e concentrar na educação básica de qualidade para todos", diz o candidato em sua página oficial na internet.

José Maria Eymael - PSDC

Já o PSDC confirmou no último dia 15 de março a pré-candidatura do seu presidente nacional, José Maria Eymael, que vai concorrer pela quinta vez.

Além de fundador do PSDC, José Maria Eymael é advogado e nasceu em Porto Alegre. Sua trajetória política começou na capital gaúcha, onde foi um dos líderes da Juventude Operária Católica. Em 1962, filiou-se ao Partido Democrata Cristão (PDC) e atuou como líder jovem do partido.

Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo. Em 1990, conquistou o segundo mandato na Câmara dos Deputados. Como parlamentar federal, Eymael defendeu a manutenção da palavra Deus no preâmbulo da atual Constituição Federal durante a Assembleia Constituinte, considerado um marco em sua trajetória política.

Levy Fidelix - PRTB

Outro candidato recorrente ao pleito é o jornalista e publicitário Levy Fidelix, representando o partido do qual é fundador: PRTB. Abordando temas em defesa da família e dos “bons costumes”, ele buscará aproveitar o momento de insatisfação dos brasileiros com a corrupção para se dizer um candidato “ficha limpa”.

Fidelix concorreu ao cargo nas eleições de 2014, 2010 e de 1994. 

Antes de criar o PRTB, Fidelix participou da fundação do Partido Liberal (PL), em 1986, quando se lançou na carreira política e disputou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo estado de São Paulo. Depois, migrou para o Partido Trabalhista Renovador (PTR), quando também concorreu a um mandato de deputado federal, no início dos anos 90. Apresentador de televisão, professor universitário e publicitário, Fidelix já concorreu três vezes à prefeitura da capital paulista e duas vezes ao governo do estado.

Manuela D’Ávila - PCdoB

A deputada estadual do Rio Grande do Sul, Manuela D'Ávila, será a candidata pelo PCdoB. A ex-deputada federal, por dois mandatos, teve a pré-candidatura lançada pelo partido comunista em novembro do ano passado. Esta é a primeira vez que o PCdoB lançará candidato próprio desde a redemocratização de 1988. Um dos motes da campanha será o combate à crise e à “ruptura democrática” que, segundo a legenda, o país vive.

“Trata-se de uma pré-candidatura que tem como algumas de suas linhas programáticas mais gerais a retomada do crescimento econômico e da industrialização; a defesa e ampliação dos direitos do povo, tão atacados pelo atual governo; a reforma do Estado, de forma a torná-lo mais democrático e capaz de induzir o desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho”, escreveu a presidente nacional do partido, Luciana Santos, ao lançar a candidatura de Manuela D'Ávila.

Manuela D'Ávila tem 37 anos e é formada em jornalismo. Ela é filiada ao PCdoB desde 2001, quando ainda era do movimento estudantil. Em 2004, foi eleita a vereadora mais jovem de Porto Alegre. Dois anos depois, se candidatou ao cargo de deputada federal pelo Rio Grande do Sul e se tornou a mais votada do estado. Em 2008 e 2012, disputou a prefeitura da capital gaúcha, mas ficou em terceiro e segundo lugar, respectivamente. Desde 2015, ocupa uma vaga na Assembleia Legislativa do estado.

Marina Silva – Rede Sustentabilidade

A ex-senadora Marina Silva vai disputar a Presidência pela terceira vez consecutiva. Integrante da sigla Rede Sustentabilidade, Marina tem como plataforma a defesa da ética, do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável.

Ela é crítica do mecanismo da reeleição, que, segundo ela, se tornou um “atraso” no país. “Sou pré-candidata à Presidência para unir os brasileiros a favor do Brasil. Os governantes precisam fazer o que é melhor para o país e não o que é melhor para se perpetuar no poder. Chega de pensar apenas em interesses pessoais e partidários”, escreveu recentemente em seu perfil do Facebook.

Marina Silva militou ao lado do líder ambientalista Chico Mendes na década de 1980. Filiada ao PT, ela foi eleita vereadora de Rio Branco e deputada estadual, antes de ocupar dois mandatos de senadora representando o Acre. Por cinco anos, foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula e se desfiliou do PT um ano após deixar o cargo. Ela foi candidata ao Planalto em 2010 pelo PV e, em 2014, assumiu a candidatura do PSB à Presidência após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Paulo Rabello de Castro - PSC

Até a semana passada no comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o economista Paulo Rabello de Castro deixou o cargo para confirmar a disposição de disputar à Presidência. Segundo o PSC, embora não tenha promovido um ato de lançamento, a legenda já trabalha com a pré-candidatura como oficial. Desde fevereiro, ele participa de eventos partidários pelo país junto ao presidente da sigla cristã, Pastor Everaldo, que concorreu à Presidência no pleito de 2014.

As principais bandeiras do PSC são contra a descriminalização das drogas e a legalização do aborto. “Temos uma sociedade cujos valores morais estão completamente invertidos. Onde a arma na mão do bandido é uma arma livre, mas a arma na sua mão é proibida. E eventualmente você vai preso por portá-la. Quando o bom comportamento da família é zombado pelas novelas pornográficas e toda pornografia é enaltecida, como preservar a família nacional", disse, durante recente ato.

Doutor em economia pela Universidade de Chicago, Paulo Rabello de Castro foi fundador da primeira empresa brasileira de classificação de riscos de crédito, a SR Rating, criada em 1993. Autor de livros sobre a economia e a agricultura brasileiras, o pré-candidato foi presidente do Lide Economia, grupo de empresários que têm em comum a defesa da livre iniciativa. Ele também coordenou o movimento Brasil Eficiente. Em 2016, foi indicado para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e comandou a instituição de pesquisa por onze meses, até assumir a presidência do BNDES, em maio do ano passado.

Rodrigo Maia - DEM

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ) é o pré-candidato pelo DEM. Maia tem buscado ser uma alternativa de centro e, em suas próprias palavras, “sem radicalismos”. Ele assumiu o comando da Câmara após a queda de Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso pela Operação Lava Jato, e ganhou mais protagonismo político pelo cargo que ocupa, já que é o responsável por definir a pauta de projetos importantes, como a reforma da Previdência.

Segundo ele, a pauta da Câmara não será prejudicada devido à sua candidatura ao Planalto. “A gente tem responsabilidade com o Brasil, já deu demonstrações disso. O projeto político do DEM é legítimo e é feito em outro momento e local, não tem problema nenhum disso”, afirmou.

Filho do ex-prefeito do Rio, César Maia, o político está no quinto mandato como deputado federal. Em 2007, assumiu a presidência nacional do DEM, após a reformulação do antigo PFL. Rodrigo Maia ingressou, mas não chegou a concluir o curso de Economia. Foi secretário de Governo do município do Rio de Janeiro no final da década de 1990, na gestão de Luiz Paulo Conde, que à época era aliado de César Maia.

Vera Lúcia - PSTU

O PSTU, que nas últimas vezes concorreu com o candidato José Maria de Almeida (Zé Maria), lançará uma chapa tendo a sindicalista Vera Lúcia como candidata à Presidência. 

Vera Lúcia, 50 anos, foi militante no PT e integrante do grupo fundador do PSTU.

O vice na chapa é Hertz Dias, 47 anos, militante do movimento negro.

MDB

Com a promessa de, pela primeira vez depois de 24 anos, apresentar ao país um candidato à Presidência da República, o MDB ainda não definiu oficialmente como formará a chapa para a disputa. Nesta semana, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles se filiou à sigla.

No entanto, ao deixar o comando do Ministério da Fazenda na sexta-feira (6), Meirelles não informou a qual cargo pretende concorrer. Mas é cogitado como opção ao lado do presidente Michel Temer.

O presidente Michel Temer não descartou a possibilidade de concorrer à reeleição. Nos últimos meses, o partido tem feito movimentos de resgate à história da legenda, que tem mais de 50 anos. Foi com esse intuito que mudou a sigla de PMDB para MDB. A decisão sobre a candidatura, porém, ainda não está tomada.

PSB

Após a morte do ex-ministro e então presidente nacional do partido, Eduardo Campos, em plena campanha eleitoral de 2014, o PSB passou por dificuldades de identificação e falta de lideranças nos últimos anos. Nessa sexta-feira (6), porém, a sigla recebeu a filiação do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, e tem nele a grande aposta de participar do pleito deste ano.

Como membro da Suprema Corte de 2003 a 2014, Joaquim Barbosa ganhou notoriedade durante o período em que foi relator do processo do mensalão, que condenou políticos de diversos partidos pela compra de apoio parlamentar nos primeiros anos de governo do PT. Antes, foi membro do Ministério Público Federal, funcionário do Ministério da Saúde e do Itamaraty.

De acordo com o líder do PSB na Câmara, deputado Júlio Delgado (MG), que tem participado das conversas com Barbosa, o nome dele fica eleitoralmente viabilizado, embora ainda seja necessário construir sua candidatura por todo o Brasil. “Ao se filiar, até pela viabilidade que já mostra, eu acho que o nome dele já fica irreversível. Acho que ele é o candidato capaz de unir o Brasil, tranquilizar, trazer a decência necessária contra essa divisão de lados [que o país vive]”, disse à Agência Brasil.

PT

Depois de ganhar as últimas quatro eleições, o PT anunciou a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas dificilmente conseguirá lançá-lo à disputa. Lula foi preso nesse sábado (7) para cumprimento da pena de 12 anos e 1 mês de prisão.

Ele foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Embora o cenário seja desfavorável, aliados defendem que Lula recorra ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em busca de uma autorização para se candidatar, já que a Lei da Ficha Limpa prevê a impugnação das candidaturas de políticos condenados em segundo grau da Justiça.

Outros nomes cotados dentro do partido são do ex-governador da Bahia Jaques Wagner e o do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, além de optar por apoiar a candidatura de outro partido da esquerda.

Prazos

De acordo com a legislação, os partidos políticos devem promover convenções nacionais com seus filiados entre 20 de julho e 5 de agosto para que oficializem as candidaturas. A data final para registro das candidaturas pelos partidos políticos na  Justiça Eleitoral é 15 de agosto.

A pouco mais de um ano para o primeiro turno da eleição presidencial de 2018, o PMDB governa o País com as maiores bancadas do Congresso Nacional, mas assiste como coadjuvante às movimentações de aliados e adversários para a próxima campanha. É a primeira vez desde a redemocratização que a legenda que comanda o Executivo federal não tem nomes com potencial para disputar um novo mandato no Palácio do Planalto a essa altura do calendário.

Com o presidente Michel Temer - que tem 3% de aprovação popular, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada na semana passada - acusado na Lava Jato e com alguns de seus principais auxiliares e correligionários investigados ou presos, o partido deverá abrir mão de encabeçar uma chapa.

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A prioridade é tentar se "reinventar" para manter o que as lideranças ainda consideram ser um patrimônio: a capilaridade política nos Estados. Se antes das denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Temer o partido acreditava que a melhora da economia poderia cacifar uma eventual reeleição do presidente, agora ninguém mais cogita esse cenário.

"O PMDB não deve ter candidato à Presidência da República em 2018. Temos de refletir sobre o fracasso das candidaturas de (Orestes) Quércia e Ulysses Guimarães. O partido deve apoiar um candidato da base que se comprometa com a agenda reformista", disse o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), aliado próximo de Temer.

Quando questionado sobre os cenários com os quais o PMDB trabalha para 2018, o presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), apresenta um leque amplo. "No nosso campo, existem vários nomes com condição (de disputar o Palácio do Planalto): Henrique Meirelles, João Doria, Geraldo Alckmin", disse ele em recente entrevista à TV Estadão. O primeiro é filiado ao PSD e os dois últimos são do PSDB.

Um dos mais próximos conselheiros políticos de Temer, o consultor político Gaudêncio Torquato reconhece que os efeitos da Lava Jato serão sentidos em 2018. "Pode haver uma composição em torno de uma candidatura de centro. O PMDB é um partido pragmático. Pode apoiar o Meirelles, por exemplo."

Em conversas reservadas, integrantes da cúpula peemedebista dizem que o partido poderá liderar uma chapa se conseguir levar para a legenda um dos nomes do PSDB cotados para o Planalto: o prefeito de São Paulo, João Doria, ou o senador José Serra (SP), são citados reservadamente. Ambos receberam sinais de que as portas estão abertas para o projeto nacional.

Em caráter oficial, o partido ainda insiste que tem quadros para entrar na campanha. Jucá, por exemplo, tem um nome na ponta da língua: Paulo Hartung, governador do Espírito Santo. O problema é que Hartung está conversando com outros siglas e deve deixar o PMDB.

Voo curto

Os políticos que compõem o núcleo duro do partido e do Planalto também não devem tentar voos políticos ousados em 2018. Apesar de ter a máquina partidária e federal nas mãos, dificilmente tentarão algo maior do que uma vaga na Câmara dos Deputados.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, alvo de investigações, tem dito a interlocutores que não tem pretensões de se candidatar no próximo ano. Sua expectativa é em um eventual governo do PMDB ou de algum aliado da base tentar continuar exercendo um cargo na Esplanada dos Ministérios, como já fez nos governos petistas.

Caso não haja espaço no próximo governo, Padilha tem afirmado que pretende voltar para a vida orgânica do partido.

Já o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, que foi governador do Rio, tem intensificado as agendas em seu Estado natal, dando sinais de que pode concorrer para a manutenção do foro privilegiado - ele também é alvo de investigação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Numa eleição presidencial que fosse realizada neste momento, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) venceria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo a pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira (21).

No primeiro cenário apresentado pela pesquisa, o primeiro turno teria Aécio à frente, com 35,1%, e Lula em segundo lugar, em 22,8%. Em seguida, 15,6% votariam em Marina Silva e 4,6% em Jair Bolsonaro. Brancos e nulos somariam 14,8%, não souberam ou não responderam, 7,1%. No segundo turno, 49,5% dos entrevistados votariam em Aécio e 28,5% em Lula.

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A segunda possibilidade, com o tucano Geraldo Alckmin no lugar de Aécio, Lula ficaria com 24,9%, seguido de Marina Silva, com 23,1%, Alckmin, com 21,5% e Jair Bolsonaro com 5,1%. Brancos e nulos somam 17,5% e não souberam ou não responderam, 7,9%. No segundo turno, entretanto, a pesquisa coloca apenas candidatos do PT e PSDB, com Alckmin tomando a dianteira, com 39,9%, e vencendo Lula, que teria 32,3%.

No terceiro cenário, onde o candidato do PSDB é José Serra, o ex-presidente Lula teria no primeiro turno 25%, contra 23,3% de Marina Silva, 21,2% de Serra e 5,5% de Bolsonaro. Brancos e nulos somam 17,8%, não souberam ou não responderam, 7,2%. Nesse caso, num segundo turno entre PT e PSDB, Serra ficaria com 40,3% e Lula com 31,8%

Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 unidades federativas entre os dias 12 e 16 de julho de 2015. A margem de confiança é de 2,2 pontos porcentuais para cima ou para baixo.

Cerca de 1.000 pessoas fogem diariamente do Burundi, palco, desde abril, de intensos distúrbios, para se refugiarem na Tanzânia, informou nesta segunda-feira (20), em um comunicado, a organização Médicos sem Fronteiras (MSF).

"Todos os dias até 1.000 pessoas cruzam a fronteira, pela floresta, entre o Burundi e a Tanzânia, muitos viajam no escuro, a pé e sem mantimentos", indica MSF, sem especificar há quanto tempo registra os fluxos de refugiados.

Na terça-feira (21) deve ocorrer no Burundi uma eleição presidencial que se anuncia tensa. O presidente Pierre Nkurunziza busca um terceiro mandato que seus adversários consideram inconstitucional. A oposição boicotará a votação.

A candidatura de Nkurunziza mergulhou o país em uma grave crise política, marcada pela violência que deixou mais de 80 mortos.      Um total de 150.000 refugiados fugiram para países vizinhos.

Na Tanzânia, o campo de refugiado de Nyarugusu "atingiu o seu ponto de ruptura", segundo Sita Cacioppe, coordenador de emergência de MSF. Atualmente, a MSF estima que 78.000 burundineses se refugiaram no campo de Nyarugusu, juntando-se a outros 64.000 refugiados congoleses.

Um deputado de um pequeno partido de direita afirmou nesta sexta-feira que alguém, que ele não identificou, tentou suborná-lo para que ele votasse a favor do candidato do governo à presidência do país.

A Grécia está no meio de uma eleição presidencial que pode resultar em eleições parlamentares antecipadas, caso o Parlamento, composto por 300 cadeiras, não consiga eleger o presidente nos três turnos previstos em lei, até 29 de dezembro. O único candidato, indicado pelo governo, não conquistou os 200 votos necessários para ser eleito na primeira rodada, realizada na quarta-feira.

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O ator Pavlos Haikali, do nacionalista Partido Gregos Independentes, afirmou, durante entrevista por telefone a um programa de televisão, que alguém ofereceu a ele 700 mil euros em dinheiro, o reembolso de um empréstimo e contratos de publicidade, algo em torno de 2 milhões e 3 milhões de euros, para que ele votasse no candidato.

O deputado disse ter informado a procuradoria a respeito do fato duas semanas atrás, além de ter entregue material em áudio e vídeo sobre a tentativa de suborno.

Trata-se da segunda vez em que um integrante do Gregos Independentes faz uma acusação deste tipo. No mês passado, uma deputada da legenda afirmou que alguém se aproximou dela com a intenção de suborná-la.

A porta-voz do governo Sofia Voultepsi disse que as acusações são "teatro mal feito" e pediu que as provas sejam apresentadas publicamente.

"É óbvia a razão pela qual essa ridícula performance foi montada: para que o presidente não seja eleito e o país tenha de realizar eleições antecipadas", disse Voultepsi em comunicado. "Por razões de interesse público, as provas devem ser apresentadas publicamente. Se não houver provas, procedimentos legais devem ser iniciados imediatamente contra os que armaram esse episódio infeliz."

A popularidade do Gregos Independentes tem caído. Pesquisas indicam que o partido teria dificuldades para eleger um representante no caso de eleições parlamentares antecipadas. Fonte: Associated Press.

As eleições presidenciais deste ano foram acirradas no voto, mas menos disputadas na Justiça. É a avaliação do Ministério Público Eleitoral, que considera que a litigiosidade se manteve "em patamar inferior" a outras campanhas. No total, a Procuradoria-Geral Eleitoral elaborou 245 pareceres nas eleições presidenciais deste ano e entrou com 12 representações.

"Pelos números e pelos julgamentos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a propaganda em si foi ao limite, mas não foi exagerada", afirmou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em entrevista ao Broadcast Político. Nas eleições de 2010, foram recebidas no TSE 433 casos que aguardavam manifestação da Procuradoria e ajuizadas 78 representações pelo próprio Ministério Público.

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Na maioria dos casos em 2014 (147 pareceres), o Ministério Público Eleitoral opinou pela improcedência do pedido feito pelos partidos. Só em 13 casos o TSE atendeu a requisição das coligações. "Se deixou que os candidatos estabelecessem a disputa entre eles mesmos. Só naquilo que houve o limite do crime, o limite do abuso, é que entramos, em 12 representações", afirmou Janot. Em 116 processos, o tribunal negou o pedido dos partidos.

O tom mais agressivo ficou nas redes sociais. "Teve de tudo", aponta o procurador-geral. Para ele, é preciso avaliar formas de apurar as postagens eleitorais na internet. "O 'pode tudo' não dá, é ruim. Na rede social tem muito anonimato, pessoas que se escondem atrás de perfis", apontou Janot.

No primeiro turno e no segundo turno, a coligação da presidente reeleita Dilma Rousseff foi a que mais provocou a Justiça eleitoral, com 91 representações, nas quais em 40 o MPE opinou pela improcedência. O TSE considerou procedentes apenas dez casos.

A coligação de Marina Silva (PSB) levou 51 representações à Justiça e apenas um pedido foi considerado procedente. Já a coligação de Aécio Neves (PSDB) provocou o TSE 48 vezes, com apenas um caso julgado procedente. Os dados consideram levantamento da Procuradoria-Geral Eleitoral até o dia 31 de outubro.

Ataques

Entre as representações oferecidas pelos partidos no primeiro turno, a coligação encabeçada pelo PT foi a mais atacada. No total, foram levadas ao TSE 71 representações contra a coligação da petista, sendo 42 apresentadas pela coligação do PSB e 29 propostas pela coligação do PSDB. Já contra Aécio foram apresentadas 30 representações - 25 pela coligação de Dilma e cinco pelo grupo de Marina.

Praticamente só o PT levou representações contra Marina: foram 19 casos levados ao TSE no total, sendo 18 apresentadas pela coligação de Dilma e apenas uma apresentada pela coligação de Aécio.

Nos três períodos, foram apresentadas 90 representações contra a coligação de Dilma, 54 contra Aécio e 29 contra Marina.

Regras do jogo

A análise dos dados do segundo turno é prejudicada pelo acordo firmado entre as campanhas de Dilma e Aécio para desistir de todas as representações propostas ao TSE. A decisão das duas equipes foi um efeito à reação mais dura do tribunal contra propagandas que continham "ataques pessoais". Após o primeiro turno, a Corte eleitoral decidiu barrar propagandas que não fossem propositivas, o que gerou uma enxurrada de recursos ao TSE.

Foram 18 representações contra o PT e 23 contra o PSDB, mas a maioria foi extinta sem análise do mérito, em razão do acordo entre as campanhas. Janot foi contrário à mudança de posição do TSE no segundo turno: "Não se muda a regra do jogo no meio do jogo".

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