Candidato governista vence no 1º turno no Zimbábue
Do partido União Nacional Africana do Zimbábue - Frente Patriótica (ZANU-PF), Mnangagwa recebeu 50,8 por cento dos votos, enquanto o principal opositor, Nelson Chamisa, 44,3 por cento
O atual presidente Emmerson Mnangagwa venceu a eleição nesta quinta-feira, 2, com pouco mais de 50 por cento dos votos, na primeira votação desde a queda do ditador Robert Mugabe.
Do partido União Nacional Africana do Zimbábue - Frente Patriótica (ZANU-PF), Mnangagwa recebeu 50,8 por cento dos votos, enquanto o principal opositor, Nelson Chamisa, 44,3 por cento.
Violência
m meio a uma eleição que deveria restaurar a confiança no Zimbábue após 37 anos de governo de Robert Mugabe, afastado do poder pelos militares em 2017, o número de mortos nos confrontos de quarta-feira, 1º, subiu para seis. 14 pessoas ficaram feridas e 18 foram presas.
OS relatos sobre quem foi o responsável pelo derramamento de sangue na capital de Harare são conflitantes. Manifestantes da oposição protestavam contra uma possível fraude na eleição quando a polícia jogou gás lacrimogêneo, canhões de água e depois disparou tiros contra a multidão.
A porta-voz da polícia, Charity Charamba, culpou os manifestantes pela agitação, dizendo que alguns estavam bêbados e que destruíram carros e lojas. Cerca de 4.000 oposicionistas, alguns carregando barras de ferro e pedras, "sitiaram" o centro de Harare, segundo ela.
O atual presidente Emmerson Mnangagwa e o partido União Nacional Africana do Zimbábue - Frente Patriótica (ZANU-PF, acusaram a oposição de incitar à violência. Já a oposição, ativistas de direitos humanos e observadores internacionais condenaram a força "excessiva" usada para conter os protestos e apelaram a todos os lados para que exercessem a moderação.