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Há 40 anos, no dia 25 de janeiro de 1984, na Praça da Sé, centro da capital paulista, mais de 300 mil pessoas se reuniam durante o comício pelo voto direto para presidente da República. O evento não só deu visibilidade à campanha para a implementação do voto popular para a chefia do Poder Executivo, conhecida como Diretas Já!, como ficou marcado na história como símbolo de grande mobilização dos brasileiros, incluindo políticos, artistas, esportistas e trabalhadores de diversas categorias, contra a continuidade da ditadura civil-militar, que se estendia desde 1964.

Antes do evento da Praça da Sé, os comícios para chamar a atenção dos brasileiros para o tema começaram com pouca participação popular. O volume de participantes só aumentou com o maior apoio político e com o agravamento da situação econômica, no começo de 1984. 

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A campanha Diretas Já! foi iniciada em 1983 a partir da proposta de emenda constitucional apresentada pelo deputado Dante de Oliveira. A proposta alterava o sistema de eleição instituído pelos militares, no qual um colégio eleitoral formado por parlamentares, escolhidos pelo povo, elegia o presidente da República. 

Os primeiros comícios das Diretas Já! ocorreram em março de 1983. Em junho, uma frente suprapartidária reuniu os governadores Leonel Brizola, do Rio de Janeiro, e Franco Montoro, de São Paulo, e o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva. Outros governadores se engajam ao movimento, entre eles Waldir Pires (PMDB), da Bahia; Roberto Magalhães (PDS), de Pernambuco; José Richa (PMDB), do Paraná; e Gerson Camata (PMDB), do Espírito Santo.

A mobilização contou com o apoio de várias instituições, entre elas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Quase todos os setores da sociedade, de todas as classes sociais, participaram. A mobilização popular levou milhares de pessoas aos cerca de 30 comícios organizados em 1983 e 1984.

Bases

Mesmo com a derrota, no dia 25 de abril de 1984, da emenda Dante de Oliveira, as bases para a democracia já estavam formadas. As lideranças capitalizaram a força do movimento para convencer o colégio eleitoral a encerrar a ditadura. Embora a mudança desejada não tenha ocorrido imediatamente, o movimento Diretas Já! sinalizou o início de uma transformação rumo à democracia no Brasil. 

O ex-vereador e ex-deputado estadual de São Paulo Adriano Diogo (PT) era um dos responsáveis pela mobilização e por arrecadar recursos para a realização dos comícios. Ele conta que o movimento começou em 1983 com um pequeno evento na Praça Charles Muller, em frente ao Estádio do Pacaembu. Antes disso, o candidato a governador de São Paulo na época, Luiz Inácio Lula da Silva, havia sido derrotado nas primeiras eleições às quais o PT concorria, em 1982. Eleições essas que ocorreram depois da Lei da Anistia e permitiam que o eleitor escolhesse senadores, deputados federais e estaduais, vereadores e governadores.  

“Quando acabou a eleição, estávamos em uma situação dificílima. Então, o José Dirceu foi procurar o governador Franco Montoro, montou o comitê pelas diretas e o primeiro ato pelas eleições diretas foi esse pequeno comício. Faço questão de dizer que o José Dirceu foi um dos grandes organizadores da campanha pelas Diretas”, ressalta Adriano Diogo, ao citar o ex-ministro-chefe da Casa Civil do primeiro governo Lula.  

Diogo destacou que apesar de o governador liberar os comícios, a organização popular ficava toda por conta do partido e que para chegar à Praça da Sé foi um logo caminho, com muito trabalho e articulação com os outros partidos que aderiram. 

“Era um momento muito bom, porque ao mesmo tempo em que tínhamos medo de que a ditadura voltasse e nós fôssemos reprimidos, porque já tínhamos um passado de perseguição, tínhamos uma esperança muito grande. E quando falávamos de eleições diretas para presidente, a população não acreditava que ia acontecer, mas recebia muito bem. Foi um período muito interessante”, lembrou. 

Democracia Corinthiana

O mesmo orgulho por ter participado de um momento tão intenso da história do Brasil é expressado pelo ex-diretor de futebol do Sport Club Corinthians Paulista, Adilson Monteiro Alves. Ele, que já era ligado à política desde a juventude, ao assumir o cargo quis levar consigo a consciência política aos integrantes e jogadores do time. Foi então que nasceu a Democracia Corinthiana. Com adesão de atletas de peso como Wladimir, Sócrates, Casagrande, Zé Maria, Zenon, entre outros, o futebol serviu como instrumento para engrossar a campanha pelas Diretas Já e pela volta da democracia no Brasil. 

“Quando eu fui convidado para ser diretor de futebol, eu fui com minha experiência política e disse aos jogadores que não era só futebol, que nós estávamos vivendo uma ditadura e tínhamos que participar disso, que eles eram pessoas públicas e o que diziam era ouvido. Aos poucos eles foram entendendo e em 1982 nós participamos da primeira eleição direta para governador e escrevemos na camisa “Dia 15 vote”.  

A estreia do uniforme foi em jogo contra o América, no Campeonato Paulista, transmitido pela televisão em uma quarta-feira à noite. Mais tarde, houve ainda a faixa histórica que estampava a frase “Ganhar ou perder, mas sempre com democracia”, exibida pelo time na final do jogo que definiria o bicampeonato paulista em 1982/1983.  

“A Democracia Corinthiana foi muito importante porque nós fomos a voz do esporte na luta contra o autoritarismo. Rompeu as fronteiras do conservadorismo e por isso enfrentou todo tipo de adversidade. E foi sensacional participar do comício. Tivemos Belchior, Fafá de Belém e quem encerrou foi Geraldo Vandré, cantando Para não dizer que não falei das flores (também conhecida como Caminhando), enquanto todos nós estávamos de mãos dadas no palanque. Foi emocionante”.  

Diversidade

A professora de história Mary Zanin foi ao comício de 25 de janeiro de 1984 com duas amigas e ressaltou que as três só perceberam a grandiosidade do ato ao observarem tantas categorias de trabalhadores, sindicatos e partidos políticos misturados na Praça da Sé. “Eu já participava das greves e assembleias dos metalúrgicos em 1980, 1981, acompanhando meu pai e meu irmão e aí fui começando a entender o movimento que mexia muito comigo, tanto que depois fui estudar ciência sociais”.  

Ela lembrou que o regime militar já estava estremecido e que as eleições anteriores para governador já haviam mostrado que o povo estava começando a se mexer e a se reconhecer como cidadãos com direitos, inclusive de votar. Para Mary, além da questão política havia a questão econômica, já que esse setor também não ia bem. “O trabalhador e as pessoas mais pobres estavam todos descontentes com a economia. Algumas pessoas não entendiam a ditadura e a política, mas percebiam que estavam sem dinheiro, que tinha uma inflação alta e tudo isso levou a essa busca pela democracia”.  

Mary recorda que ao começar a lecionar história ficava emocionada ao abrir os livros didáticos no capítulo que tratava desse período e pensar que estava lá participando e contribuindo para a conquista do direito ao voto para presidente. “É um sentimento bom de ter contribuído e de continuar contribuindo, porque continuei participando e, como professora, sempre esclarecendo. É emocionante ter feito parte disso”. 

Naquele período, a jornalista Rosana Córnea tinha 21 anos, era bancária, estava estudando jornalismo e acompanhou a efervescência do surgimento do movimento sindical e pelas Diretas Já com muita esperança e crença de que as coisas iriam mudar a partir dali. Ela participou do comício de janeiro e do seguinte, em abril. Apesar da frustração pela não aprovação da emenda Dante de Oliveira, ela reconhece o grande avanço político no país, porque apesar de as eleições de 1985 para presidente da República terem sido indiretas, em 1989 ela teve a chance de votar pela primeira vez para presidente. 

“Foi uma época muito interessante e importante de viver, tanto para a formação profissional quanto como cidadã. Não era uma mobilização só da esquerda, era mais amplo, percebíamos o envolvimento até de quem não tinha partido nenhum ou não participava de nenhum movimento específico, mas que foi acreditando no exercício da democracia, da cidadania, por achar importante poder escolher o presidente do país. Era muito bonito ver aquele monte de gente e com bandeiras do que quisessem”, pontuou.   

Ao relembrar e comparar aquele período com os dias atuais, Rosana ressalta que a sensação é a de que nunca podemos perder o desejo de lutar pela democracia, que deve ser um exercício permanente e necessário.

“Basta ver que temos observado a democracia sendo ameaçada constantemente aqui no Brasil, em países da América do Sul, na América do Norte e em outros continentes. Hoje eu vejo que aquilo foi muito importante para eu continuar exercitando tudo isso”.    

 

 

O Corinthians divulgou nesta quarta-feira seu novo terceiro uniforme para a sequência da temporada. Predominantemente amarela, a camisa produzida pela Nike é inspirada nas manifestações pelas Diretas Já, que contou com a presença de ídolos do clube, como Sócrates, Vladimir e Walter Casagrande, líderes da Democracia Corintiana.

"Não tem como contar a história do Corinthians sem relembrar a icônica força da Democracia Corintiana. Com esta camisa, prestamos mais uma linda homenagem àquela equipe que marcou uma época e ajudou a influenciar um debate crucial para o País", afirma Duílio Monteiro Alves, presidente do Corinthians.

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Na década de 1980, o Corinthians decidiu submeter ao voto dos jogadores e funcionários todas as decisões do clube. O movimento ficou conhecido como Democracia Corintiana. A cor amarela foi usada pelo jogadores, artistas e jornalistas durante um comício no centro de São Paulo pedindo a volta de eleições diretas no País conforme a Ditadura Militar chegava ao fim no Brasil. A data do evento está escrita na parte interna da nova camisa, na altura da nuca, com a inscrição "Vale do Anhangabaú - São Paulo/SP - 16 abril 1984".

"É a lembrança de um movimento que marcou não apenas um capítulo importante na história do Corinthians, mas também desempenhou um papel fundamental no movimento que buscava a democracia em nosso País. Acreditamos que é vital reconhecer e celebrar o poder de transformação que o esporte pode desempenhar na sociedade", ressalta Gustavo Viana, diretor de marketing da Fisia, distribuidora da Nike no Brasil.

O Vale do Anhangabaú foi escolhido como cenário de divulgação do terceiro uniforme. A sessão de fotos contou com como o goleiro Cássio, Renato Augusto e Yuri Alberto e as jogadoras do Corinthians Gabi Zanotti, Luana Bertolucci e Grazi. Também participaram o funkeiro paulista Mc Hariel, o ídolo Zé Maria e o paraskatista Vinicios Sardi, além dos produtores de conteúdo digital Vinicius Santana e Tati Nefertari.

A estreia do uniforme será na sexta-feira, quando o Corinthians enfrenta o líder Botafogo, às 20h, na Neo Química Arena pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time paulista está na 14ª posição, com 27 pontos, a três da zona de rebaixamento.

Os 40 anos do primeiro ato público em favor das eleições diretas no Brasil, que aconteceu no município de Abreu e Lima, em 1983, serão comemorados nesta sexta-feira (31). O evento será realizado no Memorial da Democracia, localizado no Sítio da Trindade, Estrada do Arraial, às 10h.

Na ocasião, será fixada uma placa em alusão ao ato de Abreu e Lima, apresentações culturais e proferidos discursos dos representantes das instituições envolvidas. São elas: Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Ministério Público, Governo do Estado, Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico de PE, Unicap (Cátedra D. Helder Câmara) e OAB-PE. Participam do evento o ex-deputado federal João Goulart Filho (filho do ex-presidente João Goulart 1961-1964), familiares da jornalista Cristina Tavares (1936-1992) e do ex-deputado federal constituinte Egídio Ferreira Lima (1929-2022), além de estudantes universitários.

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Além do evento no Memorial, a Alepe aprovou, em primeira discussão, o Projeto de Lei Ordinária 395/2023 que inclui o 31 de março no calendário oficial de eventos e datas comemorativas do Estado como o "Dia Estadual das Diretas Já". A proposta é de autoria do deputado João Paulo (PT) e subscrita pelos deputados Doriel Barros (PT), Rosa Amorim (PT), Dani Portela (PSOL), Rodrigo Novaes (PSB) e Waldemar Borges (PSB). O Projeto determina que todo dia 31 de março sejam realizadas atividades, entre instituições públicas e representantes da sociedade civil, com o objetivo de incentivar a reflexão e o debate sobre o tema.

Para o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto, o resgate da primeira manifestação pelas "Diretas Já" é uma forma de reafirmar o "espírito lutador e libertário do povo pernambucano". Já o primeiro secretário da Assembleia, deputado Gustavo Gouveia, reforçou a necessidade de dar visibilidade a movimentos importantes da história, sobretudo daqueles que resgatam direitos democráticos. "Se hoje temos a liberdade de escolher quem nos governa, devemos a quem lutou por isso lá atrás".

Pioneirismo

Organizado pelos então vereadores Reginaldo Silva, Severino Farias, Antônio Amaro Cavalcante e José da Silva Brito (in memoriam), o comício de Abreu e Lima reuniu aproximadamente 100 pessoas e foi o estopim de várias manifestações que eclodiram pelo país, resultando na votação na Câmara dos Deputados da Emenda Dante de Oliveira, que restaurava os direitos eleitorais e civis dos brasileiros. Para Severino Farias, o comício "foi um grito de esperança para que as autoridades reconhecessem que o Brasil não aguentava mais a ditadura".

“O ato na Praça da Bandeira foi um marco pela democratização. Nos entristece ver um símbolo como aquele sem o devido cuidado. Falta empenho do poder público, infelizmente", lamenta. Também à frente do comício de Abreu e Lima, o ex-vereador do MDB Reginaldo Silva conta que eles não imaginavam a dimensão que o evento tomaria, por se tratar de mais uma das ações decorrentes do trabalho que faziam em igrejas, sindicatos e na campanha da Anistia em 1979.

*Da assessoria de imprensa

Acontecerá nesta sexta-feira (21) um ato pelas Diretas Já no Ponto de Cem Reis, às 14h. O comício deve ser liderado pela presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, e pelo governador Ricardo Coutinho (PSB). Contará com a presença de Partidos de Esquerda, Centrais Sindicais, Movimentos Sociais e Federações de Trabalhadores Rurais e Urbanos, juntamente com entidades religiosas, artísticas e intelectuais.

João Pessoa será a primeira de todas as capitais do país a promover o comício pelas Diretas Já, de acordo com a senadora e presidente do PT da Paraíba, Gleisi Hoffmann. Idealizado pela Frente Ampla Nacional por Diretas Já, o evento reivindica eleições diretas no Brasil. “Esse é um momento de crise, com um governo e um congresso desmoralizados, sem condições de continuar à frente de seus cargos. Por isso defendemos eleições diretas ainda esse ano”, destaca Gleisi Hoffmann.

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Outras presenças também foram confirmadas, como a presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, a senadora Fátima Bezerra (PT/RN), os senadores Lindenberg Farias (PT/RJ), João Capiberibe (PSB/AP), Humberto Costa (PT/PE), e Roberto Requião (PMDB/PR), assim como deputados estaduais do PT e PSB. Diversas atrações culturais também estão previstas para o ato, como Seu Pereira, Chico Limeira, Pau de dar em doido, Banda Munbaia, Banda Meu Quintal, Falange Nordestina, João Muniz, Alamirê, Deborah Vieira entre outros artistas Paraibanos que apoiam as eleições diretas no país.  

O Sindicato dos Bancários de Pernambuco realizará assembleia extraordinária nesta terça-feira (27) para definir a deliberação de paralisação das atividades na próxima sexta-feira (30), dia da Greve Geral. A orientação do sindicato é que a categoria cruze os braços por 24 horas.

A assembleia está marcada para as 19h30 na sede do sindicato, no bairro da Boa Vista, área central da capital. “Desde a semana passada, nós demos o indicativo. Já estamos em estado de greve para sexta-feira”, comentou a presidente da categoria Suzineide Rodrigues. 

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A Greve Geral está marcada para a próxima sexta-feira. Mais uma vez, os manifestantes protestarão contra o governo de Michel Temer e a favor das Diretas Já. 

Na próxima semana os brasileiros devem se preparar para enfrentar uma nova greve geral, mais precisamente no dia 30, que promete parar o Brasil novamente reivindicando mais uma vez o “Fora Temer” e “Diretas Já”. A alerta foi feita pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras, em entrevista ao LeiaJá, nesta quinta-feira (22). 

A notícia vai especialmente, de acordo com o dirigente, para os que não acreditam em uma grande nova mobilização. “São os mesmos que não acreditaram que a gente conseguiria fazer uma grande greve geral no dia 28, os mesmos que nos criminalizam todos os dias e que vão continuar a arrumar uma forma de criminalizar, de tentar descredenciar os movimentos sindicais perante a população, mas se foi possível dia 28, será possível no dia 30 também. Se preparem que vai ser uma grande greve”, enfatizou. 

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Carlos Veras reiterou que somente o povo na rua é possível “derrubar” o presidente Michel Temer (PMDB). “Por isso, nós vamos fazer greve geral no dia 30 de junho. Nós vamos fazer pelo Fora Temer, pelas Diretas Já, por nenhum direito a menos, contra a reforma trabalhista e previdenciária, só o povo na rua é que vai pressionar aqueles deputados e senadores a tirar o Temer e aprovar a PEC Diretas Já”. 

Ele ainda disse que os trabalhadores estão cientes que os protestos são a única solução diante do atual cenário. “Ou os trabalhadores param, fazem greve ou vão retirar todos os direitos sem dó e sem piedade”, concluiu.

O ato do dia 28 de abril, que foi convocado pelas principais sindicais, paralisou o transporte público fazendo com que boa tarde da população não conseguissem chegar em seus locais de trabalhos. Outros serviços nas principais capitais do país também foram paralisados. O pouco movimento nas ruas também espalhou uma onda de insegurança. 

 

Artistas se manifestaram contra Michel Temer durante shows gratuitos na capital pernambucana. O 'Recife Pelas Diretas Já' levou centenas de pessoas para o Cais da alfândega, no centro da capital, para pedir a saída do atual presidente da república.

Durante seu show, o artista Canibal cobrou a saída de Temer, porém pediu mais consciência do eleitor. "A gente tem que parar de votar pensando só na gente, em um emprego ou uma troca. A gente tem que pensar no social".

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O músico Clayton Barros também cobra mais manifestações. "Ou as coisas vão mudar de forma organizada ou pelo fogo. Nunca vi revolução sem sangue. Temer, essa galera, já era. Tinha que estar todos eles presos", avalia.

O produtor cultural Roger de Renor foi outro que cobrou a prisão do presidente. "Se Dilma saiu por causa de governabilidade, Temer tem que sair por motivos criminoso. Isso está claro, ele é bandido", opinou.

Presente no ato pelas Diretas Já no Recife, o senador Humberto Costa (PT) avalia que o país precisa se mobilizar mais contra o presidente Michel Temer. O petista afirma que ainda não identificaram o mote que faria o país ir às ruas.

"Só vai haver ação para apressar a saída de Temer se houver povo na rua. As eleições diretas são possíveis, mas precisa ter muito mais pressão do que existe até agora", comentou Humberto, em entrevista ao LeiaJá.

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De acordo com o político, o Senado vive dias de turbulência em meio a julgamentos e tentativas de aprovação de reformas. "Apesar de tentarem vender um clima de normalidade para votar reformas, a verdade é que vivemos uma instabilidade que só tende a se agravar. Todas as informações apontam que virão novas delações muito pesadas contra ele [Temer], acho que a saída dele é questão de tempo", complementou. 

TSE - O senador avaliou como justo o julgamento do TSE que inocentou a chapa Dilma-Temer. "Não tinha como ser diferente. A campanha de Dilma não cometeu irregularidade ou crime. Se fosse um julgamento só das ações de Temer, aí seria outra história", concluiu.

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Acontece na tarde deste domingo (11) no Cais da Alfândega, centro da capital pernambucana, o ato Recife Pelas Diretas Já. Ao longo do evento, diversos artistas se apresentam em shows gratuitos contra o governo de Michel Temer.

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Segundo Carla Francine, coordenadora do evento, a arte é uma importante ferramenta de protesto. "A arte sempre foi revolucionária. As grandes mudanças começaram com arte. Nosso movimento é urgente, porque estamos em uma crise democrática imensa", analisa.

Para Alessandra Nilo, da Ong Gestos, que também participa da organização, a agenda aplicada pelo governo é contrária às necessidades da população. "A questão é que depois do julgamento [da chapa no TSE], ficou muito mais difícil as vozes das pessoas serem ouvidas. Não tem outra forma da gente protestar se as pessoas não irem às ruas", afirma.

Entre os artistas que participam do evento estão Cannibal, Fábio Trummer, Catarina Dee Jah, Josildo Sá e Juvenil Silva.

O deputado federal Tadeu Alencar (PSB) é um dos parlamentares que irá participar, nesta quarta-feira (7), do lançamento da Frente Parlamentar Mista Suprapartidária pelas eleições “Diretas Já”. O evento acontece, a partir das 16h, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília. 

O pessebista disse que defende a causa argumentando que 85% dos brasileiros apoiam as eleições diretas, com base em dados de pesquisa recente da Datafolha. “Há hoje um consenso no Brasil, nos segmentos sociais, na sociedade civil organizada e nos meios de comunicação, de que o presidente perdeu as condições para continuar a conduzir a nação”, cravou. 

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Ele também declarou que, apesar da Constituição Federal prever eleições indiretas, é possível “um processo de alteração” na própria legislação. “E se este processo se dá para garantir à sociedade o direito de escolha do seu presidente da República. Seria esquisito fazer um movimento ou tentar fazer um movimento que limitasse a participação popular e a soberania popular na escolha de seus representantes. Garantindo esta participação damos, ao invés de contraria-la, plenitude à nossa Constituição que diz que todo poder emana do povo”, justificou. 

O parlamentar pernambucano ainda ressaltou esperar que a luta pelas Diretas Já “seja vitoriosa” e que essa é uma “luta de muitos partidos”. A Frente Parlamentar Mista Suprapartidária irá reunir membros do PSB, PT, PDT, PCdoB e PSOL e está aberta para receber apoio de outras siglas. 

O PSB, PSOL, PT, PDT e PCdoB irão lançar, na próxima quarta-feira (7), a Frente Parlamentar Suprapartidária para reivindicar por eleições diretas. O evento será realizado na Câmara dos Deputados, no Salão Nobre da Casa, às 16h. 

A finalidade da Frente é unir parlamentares de todos os campos políticos de forma a “somar-se ao protagonismo de artistas, intelectuais e sociedade civil organizada pelas Diretas Já”. Segundo os idealizadores, o objetivo também é pressionar o Congresso Nacional para aprovar a Proposta de Emenda 227/16, conhecida como PEC das eleições diretas.

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Em matéria publicada, no site do PSB, é utilizados o dado de uma pesquisa para reforçar a importância de convocar as Diretas Já. “Segundo pesquisa do Instituto Paraná, 90,6% dos brasileiros querem uma nova eleição para presidente do Brasil. O voto do povo é o único caminho para a reconciliação dos brasileiros”, diz uma parte da reportagem. 

Neste domingo (11), o Recife irá sediar mais uma manifestação solicitando eleições diretas. O protesto será realizado no Cais da Alfândega, no Recife Antigo, a partir das 14h.

Na semana em que começa o julgamento da chapa Dilma-Temer, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mais um ato está marcado para o próximo domingo (11) reivindicando eleições diretas para a presidência da República. O protesto será realizado no Cais da Alfândega, no Recife Antigo, a partir das 14h. 

Na página do evento, no Facebook, é destacado que o presidente Michel Temer (PMDB) provou que não possui “condições éticas e de governabilidade para conduzir o país. “Cada dia dele no poder representa não apenas ameaças às políticas públicas, mas um insulto a cada brasileiro contrário a essa cultura de privilégios, de apropriação dos bens públicos e corrupção, de exploração e devastação, que tem caracterizado o Brasil”, diz uma parte do texto. 

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Os organizadores enfatizaram que, por esses motivos, é necessário “agir”. “Tal realidade nos convoca a agir. Nós, artistas, cidadãs e cidadãos pernambucanos, não vamos nos calar ou deixar que nos calem e, por isso, nos manifestamos pelas Diretas Já”. 

Ontem, mais um ato contra o governo Temer foi realizado, dessa vez, em Olinda, na Praça do Carmo. O evento denominado “Não me Venha com Indiretas” foi idealizado por produtores culturais e artistas e contou com apresentações de cantores como Lia de Itamaracá e Cannibal, além de apresentações de Djs e artistas de rua. 

A conjuntura política nacional e internacional têm pautado discussões em diversos setores e no cenário musical não tem sido diferente. Em um show no Recife, na noite dessa sexta-feira (2), o cantor Alceu Valença levantou um protesto contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pediu a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permita eleições diretas no Brasil caso o presidente Michel Temer (PMDB) tenha o mandato cassado.

No caso de Trump, logo no início do show, Alceu disse que o presidente americano havia "traído" o mundo após decretar a saída dos EUA do Acordo de Paris. Em reação a medida, o cantor pediu uma vaia ao republicano. "Vamos agora dar uma vaia em Trump, que saiu de um tratado e traiu o mundo agredindo o meio ambiente. Vá para p... que te pariu, Trump", esbravejou Alceu Valença, ao dividir o palco com Elba Ramalho e Geraldo Azevedo, na edição de comemoração aos 20 anos do Grande Encontro. 

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Já quanto ao contexto nacional, o público instigou o cantor. Ao iniciar a parte solo do show, um coro de "fora Temer" foi entoado pelos presentes e Alceu, depois de incentivar a manifestação, explicou que a saída do presidente brasileiro resultaria em eleições indiretas. Sob a ótica dele, a possibilidade de ter uma indicação vinda do Congresso para assumir o Executivo é perigosa com a quantidade de políticos corruptos que o Legislativo tem.

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No rastro da manifestação que reuniu milhares de pessoas na Praia de Copacabana, no Rio, no domingo passado, artistas, produtores, ativistas e blocos de carnaval de São Paulo marcaram para domingo, 4, um ato pela saída do presidente Michel Temer e pela realização de eleições diretas. Ao contrário de eventos anteriores, o ato dos artistas não terá a participação de partidos políticos e sindicatos na organização.

Segundo os organizadores, a ideia é fazer um movimento independente de partidos para ampliar o leque de apoio.

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"Não temos a intenção de excluir ninguém. Temos o máximo respeito pelas lutas históricas de cada segmento, mas achamos importante termos também a chance de fazer um evento com todos que queiram participar, puxado pelas diversas expressões culturais. Achamos que é uma forma de agregar, ampliar e mostrar a quantidade de gente que quer diretas-já", diz o produtor cultural Alexandre Youssef, presidente do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta.

O ato está marcado, em princípio, para acontecer na esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta, corredor cultural da cidade, para reforçar a identidade com o caráter artístico da manifestação.

Além de aproximadamente 40 blocos de carnaval, estão previstas apresentações de Mano Brown, Criolo, Emicida, Tulipa Ruiz, Otto, Maria Gadú, entre outros. Artistas das áreas do cinema, teatro e literatura também serão convidados.

"Mas não é uma micareta, não. É um ato político", avisa o produtor musical Daniel Ganjaman, que também participa da organização do evento.

Aparelhamento

Além de abrir o leque de participantes para a parcela da população que rejeita partidos de esquerda, a decisão de fazer o ato de forma independente tem o objetivo de evitar o aparelhamento do protesto. "A manifestação não pode ser apropriada por partido nenhum. A música quer esse papel", diz o empresário da noite Facundo Guerra.

No ato do Rio, na semana passada, organizado pelas Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, sindicatos e partidos tiveram de tirar suas bandeiras e balões da frente do palco. Até então, as frentes haviam organizado todas as grandes manifestações de rua contra Temer, mas os artistas independentes tiveram papel importante no #OcupaMinc.

"Acho legítimo que os artistas tomem iniciativa. Atraem um público que não é necessariamente o dos movimentos. Vamos tentar dialogar para fazer com o máximo de unidade possível", diz Guilherme Boulos, da Frente Povo Sem Medo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado votará, na próxima quarta-feira (31), o substitutivo do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) à proposta de emenda à Constituição 67/2016, que prevê a realização de eleição direta para presidente e vice-presidente da República em caso de vacância desses cargos nos três primeiros anos do mandato.

Atualmente, a Constituição estabelece a eleição direta para esses dois cargos se a vacância acontecer nos dois primeiros anos de mandato. Se eles ficarem vagos nos dois últimos anos do mandato presidencial, o texto constitucional determina a convocação de eleição indireta, em 30 dias. Dessa forma, o Congresso Nacional é quem escolhe os novos presidente e vice-presidente da República, que deverão concluir o mandato em curso.

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A PEC, de autoria do senador Reguffe (sem partido–DF), ganhou mais atenção dos parlamentares diante da crise política no governo do presidente Michel Temer, após a divulgação da delação do empresário Joesley Batista, da JBS. “Vivemos uma crise tão grave que eu tenho a convicção de que só um presidente legitimado pelo povo vai ter força para tirar o país da crise”, defendeu Lindbergh.

O substitutivo da PEC 67/2016 admite eleição indireta também caso os cargos de presidente e vice-presidente da República fiquem vagos no último ano do mandato presidencial.

Uma mudança inserida pelo substitutivo determina que a posse do presidente e vice-presidente eleitos diretamente – em caso de vacância - deverá acontecer no prazo máximo de dez dias após a proclamação do resultado. Já na hipótese de eleição indireta, a posse poderia se dar no mesmo dia ou no dia seguinte.

Com informações da Agência Senado.

Centenas de militantes e sindicalistas de diversos estados brasileiros já se concentram em frente ao Estádio Mané Garrincha, em Brasília, para uma manifestação contra a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária, pedindo a renúncia do presidente Michel Temer (PMDB) e a favor do adiantamento das eleições gerais, caso o presidente  deixe o governo. 

O ato é organizado pelas Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, juntamente com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical e partidos como o PSOL e PT. O movimento pela saída de Temer do comando do país tomou fôlego após a delação dos donos e executivos da JBS. Em uma conversa com o dono da empresa, Joesley Batista, o presidente aparece dando o aval para que seja mantida uma mesada que é paga para que o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), fique em silêncio diante da investigação da Lava Jato. 

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A concentração do ato intitulado “Ocupa Brasília”, iniciou por volta das 11h, a expectativa é de que às 16h o grupo esteja em frente ao Congresso Nacional para reivindicar as pautas. 

Na manhã de hoje, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, defendeu que é necessário eleições diretas ainda este ano. "Para nós, 'Fora, Temer' virou passado. Não adianta sair Temer e entrar Meirelles, Carmem Lúcia ou Rodrigo Maia. O que interessa são Diretas Já", afirmou.

Por outro lado, o deputado Paulinho da Força afirmou que "está todo mundo esperando o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral)" para saber se eleições diretas seriam viáveis. Paulinho acha que a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição prevendo eleições diretas é "muito difícil" e "impeachment inviável".

"Sou especialista em impeachment, são oito ou nove meses duração. Não dá para imaginar que terá impeachment (de Temer)", afirmou Paulinho. "Independente se governo saia ou fique, governo tem que levar em conta o povo", completou. 

*Com a Agência Estado

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE) afirmou, nesta terça-feira (23), que o PT, as centrais sindicais e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo vão iniciar uma campanha para pedir a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite eleições diretas em caso de vacância do cargo de presidente da República nos dois últimos anos de mandato. O texto será apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa Alta nesta quarta-feira (24). 

De acordo com Humberto, a intenção é repetir os moldes da campanha que aconteceu em 1984, quando o regime militar chegou ao fim, e realizar atos unificados em diversas cidades do país. 

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“Vamos fazer uma campanha nacional, suprapartidária e mais ampla possível. Vocês sabem que este Congresso aqui só responde a pressão das ruas, caso contrário vai sempre fazer a vontade das elites. Resolvemos fazer uma campanha nos moldes da que aconteceu em 1984. Com grandes concentrações em cidades específicas e não em diversas cidades ao mesmo tempo como estamos fazendo. Isso vai permitir a concentração das lideranças”, detalhou, em um vídeo publicado no Facebook. 

“Não há nenhuma saída à crise que não seja pelo povo escolhendo seu caminho. Muitos vão dizer que isso vai demorar muito, mas a eleição indireta não tem nenhum tipo de regulamentação e ela terá que ser feita, se a eleição for indireta, e ao final levando tanto tempo quanto a tempo para aprovação da PEC garantindo as eleições diretas”, acrescentou o senador. Lideranças do partido e dos movimentos se reuniram nessa segunda (22). 

Ponderando que “estamos vivendo dias muito difíceis no nosso país”, Humberto Costa também disse que a eleição indireta, em caso de impeachment do presidente Michel Temer ou se a chapa Dilma-Temer for cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), vai resultar na escolha de “um presidente biônico que não terá nenhuma legitimidade para tirar o nosso país da crise”. Segundo o petista, a proposta será apresentada durante uma reunião marcada para hoje com os partidos de esquerda.

A discussão sobre eleições diretas tomou fôlego após o Michel Temer virar alvo de um inquérito instaurado pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça.  

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As centrais sindicais e militantes contra o governo Temer decidiram se reunir no Marco Zero, neste domingo (21), para realizar mais um ato pedindo a saída do governo Temer. Boa parte das últimas manifestações foi realizada na Praça do Derby, como a que ocorreu na quinta-feira (18).

Apesar de o ato ter sido marcado para iniciar às 13h, a movimentação ainda é pequena no local. No entanto, placas e cartazes chamam a atenção como a que traz a imagem do presidente Michel Temer (PMDB) com a frase "Xô, Satanás".

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Em outra faixa, os militantes falam sobre a omissão de uma parte da população, que prefere não aderir a nenhum ato. "Quem se omite de lutar por seus direitos torna-se cúmplice na destruição das conquistas sociais".

A militante Rosana Nascimento disse que a omissão é um grave problema diante do cenário político atual. "É importante que o povo venha para a rua e se mostre. Não se pode aceitar um governo deste. É necessário que a população entenda isso", declarou.

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O vereador paulistano Eduardo Suplicy (PT-SP) entrou na campanha por eleições diretas num cenário de renúncia do presidente Michel Temer. O petista divulgou em suas redes sociais os endereços de e-mails dos integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados e pediu aos seus eleitores para que pressionem os deputados a votarem a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nesse sentido.

A tendência no Congresso, contudo, caso Temer decida pela renúncia, é partir para a eleição indireta, como determina a Constituição. Nesse caso, o novo presidente será indicado pelo próprio Parlamento.

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A PEC das Diretas é de autoria do deputado Miro Teixeira (REDE-RJ). A medida prevê eleição direta no caso de vacância da presidência da República, exceto nos últimos seis meses de mandato.

A deputada estadual Teresa Leitão (PT-PE) divulgou uma nota em seu Facebook na manhã desta quinta-feira (18) se posicionando sobre o cenário político após a divulgação de acusações contra o presidente Michel Temer, os senadores Aécio Neves e Zeze Perrella. 

A deputada afirmou que diante dos acontecimentos o país se coloca em uma situação de “extrema gravidade e de muita instabilidade política” e que “de implementação aprofundando a crise econômica, elevando as taxas de desemprego e impondo ao país uma agenda conservadora de reformas que retiram direitos dos trabalhadores e submetem o Brasil aos interesses do capital financeiro internacional”.

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Teresa afirma também que “Esta nova fase do golpe coloca seus articuladores em processo de decomposição, chegou ao fundo do poço”, referindo-se a Temer e Aécio Neves, que teve seu mandato suspenso e foi alvo de mandados de busca e apreensão que resultaram na prisão de sua irmã, Andrea Neves, e de seu primo Frederico Pacheco de Medeiros, citado em delações da JBS como ‘Fred’. Teresa completou a afirmação dizendo que “Temer perdeu totalmente as condições de permanecer no cargo e Aécio Neves precisa ser investigado de uma vez por todas”. 

A deputada também defendeu a realização de eleições diretas para presidente diante dos fatos denunciados na noite desta quarta-feira (17). “A mobilização do povo de luta precisa continuar e crescer. Para retomar a democracia no Brasil só há um caminho: Fora Temer! Diretas Já!”, completou Teresa. 

Confira a nota na íntegra:

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