Movimentos sociais e partidos que integram as frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular realizam, nesta terça-feira (5), em diversas cidades do país, manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seus filhos. Com o mote "Basta de Bolsonaro", os atos vão cobrar um desfecho das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, além de defender a manutenção da democracia.
De acordo com um levantamento do PSOL, os protestos devem acontecer em pelo menos 30 cidades brasileiras. No Recife, o ato está marcado para às 16h, em frente à Faculdade de Direito, ao lado do Parque 13 de Maio, no bairro de Santo Amaro.
##RECOMENDA##Nesta terça, completam-se 600 dias da morte da psolista, alvejada a tiros no Rio de Janeiro em 14 de março de 2018. Na semana passada, uma reportagem do Jornal Nacional revelou uma menção ao presidente nas investigações, como a pessoa que teria autorizado a entrada de Élcio Queiroz, acusado de participar do crime, no Condomínio Vivendas da Barra na noite do assassinato.
Bolsonaro tem duas casas no local e o outro acusado, já preso juntamente com Élcio, Ronie Lessa também. Inclusive, a mesma reportagem aponta que Élcio não foi para casa de Bolsonaro, mas para a de Ronie. Jair Bolsonaro nega qualquer ligação com o crime. A menção ao presidente, contudo, tem gerado especulações e os movimentos vão às ruas para pedir que as investigações sigam e deem resultados sem a interferência de Bolsonaro.
Além do caso Marielle, os protestos vão abordar ainda uma fala recente do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), que defendeu a edição de um "novo AI-5", considerado o Ato Institucional mais rígido da época da ditadura militar, caso a esquerda "radicalize" e incentive no Brasil protestos iguais aos que acontecem atualmente no Chile. Declaração de Eduardo causou reação de diversos setores da sociedade e ele chegou a pedir desculpas pela fala.