A V Conferência sobre Relações Exteriores (V CORE), que tem como tema “O Brasil e as tendências do cenário internacional”, foi aberta na tarde desta quarta-feira (9), no auditório I do campus BR da Universidade da Amazônia (Unama), em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. A Conferência, que ocorre pela primeira vez na Amazônia, marca os 10 anos do curso de Relações Internacionais da Unama e os 400 anos da capital paraense.
Estiveram presentes na abertura da sessão, além de alunos e diplomatas convidados, a professora Maria Betânia Fidalgo Arroyo, vice-reitora da Unama, o professor Mário Tito Barros Almeida, diretor do Centro de Ciências Humanas e Sociais da Unama, e o professor Willian Monteiro Rocha, coordenador do curso de Relações Internacionais da Unama. O professor Mário Tito destacou a importância da realização de um evento de porte internacional na região amazônica. “Essas três efemérides marcam a importância desta conferência para um curso que já nasceu grande. A Unama é a única universidade particular que tem o curso de Relações Internacionais, o qual está formando analistas internacionais a partir da Amazônia. O grande diferencial é perceber o quanto isso traz de benefício para os nossos alunos. Aquilo o que eles aprendem em sala de aula eles praticam, claramente, observando os diplomatas e todas as pessoas que estão aqui presentes”, afirmou.
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O coordenador do curso de Relações Internacionais da Unama, William Monteiro Rocha, disse que a conferência, além de coroar os 10 anos do curso, celebra os 45 anos da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag). “É um evento que vem para traçar as tendências do mercado internacional e, sobretudo, a ênfase do Brasil nesse cenário”, disse. O professor tem a expectativa da participação da sociedade e dos alunos por meio de um diálogo com a diplomacia que estará presente.
Os trabalhos foram abertos com a Palestra Magna, com o tema “A política externa no Brasil”, proferida pelo embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima, presidente da Fundação Alexandre de Gusmão. A Funag é uma fundação pública vinculada ao Ministério das Relações Exteriores que tem por finalidade realizar e promover atividades culturais e pedagógicas no campo das relações internacionais e da história diplomática do Brasil; realizar e promover estudos e pesquisas sobre problemas atinentes às relações internacionais; divulgar a política externa brasileira em seus aspectos gerais; contribuir para a formação no País de uma opinião pública sensível aos problemas de convivência internacional, bem como apoiar a preservação da memória diplomática do Brasil.
O embaixador Sérgio Eduardo informou que todo o ano a Funag realiza uma conferência sobre relações internacionais. Este ano, o parceiro escolhido foi a Universidade da Amazônia. Para ele, sediar o evento na Amazônia tem um significado muito importante. “É uma homenagem que nós prestamos, não só a Alexandre de Gusmão, este grande desbravador do rio Amazonas, mas também à concepção diplomática que foi inspirada pelo feito dele, que foi o Tratado de Madrid, o qual incorpora a Amazônia ao território brasileiro, época em que o Brasil ainda era colônia de Portugal”, disse o embaixador. Recentemente, assinalou, também como parte do resgate histórico promovido pela diplomacia brasileira, foi editado um livro sobre o navegador português Pedro Teixeira, outro explorador da região, para consulta gratuita na internet.
Sobre a conferência, o presidente da Funag disse que serão tratados temas relacionados com as grandes tendências do cenário internacional, como questões ligadas à América do Sul, a Comércio e Investimento, Segurança e Multilateralismo. “Vamos comemorar, aqui em Belém, os 45 anos da Funag. Teremos um Painel que irá discutir o que foi feito ao longo desses 45 anos. Estarão presentes grandes personalidades do cenário das relações internacionais, como o embaixador Baena Soares, filho desta terra e que estará aqui nos honrando com sua presença”, afirmou. “Esperamos sair daqui com uma visão amadurecida que vai decorrer do contato entre a diplomacia e a academia. Haverá o encontro de professores, coordenadores de relação internacional de todo o Brasil, com o propósito de debater esses temas relacionados com a política externa brasileira”, finalizou.
Com informações de Carol Boralli.
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