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A velocidade com que o solo tem afundado por causa da mina da Braskem, em Maceió (AL) tem diminuído, disse o prefeito da cidade, João Henrique Caldas (PL), ao citar o último boletim da Defesa Civil. A velocidade, que chegou a 5 centímetros por hora em fases mais críticas, agora está em 0,7 cm/h. "Temos uma tendência de diminuição de afundamento naquela região", disse JHC, em vídeo divulgado nas redes sociais.

Segundo ele, apenas um dos doze DPGSs (Differential Global Positioning System) - aparelhos que medem o afundamento do solo e monitoram a região da mina - está em alerta máximo. Antes, seis receptores chegaram a ser acionados. Os tremores de terra também reduziram "consideravelmente", de acordo com o prefeito.

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"Não podemos afirmar que vai estabilizar, mas esse é um caminho para a estabilização. Estamos vencendo um dia de cada vez para podermos juntos sairmos dessa situação", completou JHC.

O último boletim disponível da Defesa Civil de Maceió indica que o deslocamento vertical acumulado na mina é de 1,56 cm e a movimentação nas últimas 24h foi de 13 cm. O órgão ainda registrou um tremor de terra de magnitude de 0,89 a cerca de 300 metros de profundidade na madrugada deste sábado, 2.

A cidade ainda está em alerta máximo por causa do risco iminente de colapso da mina da Braskem, localizada na região do antigo campo do CSA, no bairro Mutange. A região foi desocupada e a recomendação é de que a população não transite na área. O abalo foi causado pelo deslocamento do subsolo pela extração de sal-gema, um cloreto de sódio que é utilizado para produzir soda cáustica e policloreto de vinila (PVC).

A prefeitura decretou estado de emergência, o que foi reconhecido por uma portaria do governo federal, em Diário Oficial.

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, permitiu à Prefeitura de Maceió tomar um empréstimo de US$ 40 milhões junto ao Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata). O recurso servirá para o executivo municipal dar uma resposta ao maior desastre ambiental do Brasil já registrado em área urbana.

O Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian revelou que, em janeiro deste ano, apenas 41% das dívidas de consumidores inadimplentes foram pagas em até 60 dias a partir desse mês de referência. 

Apesar da desaceleração que já vinha acontecendo desde agosto de 2021, quando o indicador marcou 57,5%, esse foi o menor percentual de pagamento em toda a série histórica, iniciada em 2018. 

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A análise por setor mostrou que os Bancos e Cartões continuam com o melhor nível de recuperação de crédito (48,0%), enquanto os segmentos de Securitizadoras e Telefonia têm os menores percentuais de dívidas negativadas pagas, com 2,7% e 8,9%, respectivamente.

De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a situação econômica do país torna o cenário de quitação de dívidas desafiador para os consumidores. Ele aponta que, no início deste ano, a população já precisava lidar com o encarecimento de itens básicos devido a alta da inflação.

"Muitas pessoas, principalmente de rendas menores, buscaram as linhas de crédito como uma forma de suprir suas necessidades e fechar as contas no final do mês. No entanto, também pelo aumento da taxa Selic, ficou mais complexo se apoiar no crédito e não se endividar. Dessa forma, se os consumidores brasileiros já encontram dificuldades para não caírem na inadimplência, quitar dívidas atrasadas e limpar o próprio nome ficou ainda mais complicado”, finaliza.

Ainda em janeiro deste ano, o indicador também destaca a idade das dívidas e mostra um padrão, pois aquelas contraídas mais recentemente tendem a ser mais recuperadas, enquanto as que possuem mais tempo de existência têm o percentual de quitação menor. 

Quando analisados os compromissos vencidos há 30 dias, o percentual de recuperação foi de 59,1%. de 30 a 60 dias, 42,9%; de 60 a 90 dias, 26,2%; de 90 a 180 dias, 16,4%; entre 180 dias e o primeiro ano, 14,5% e 5,7% entre um e mais anos.

*Com informações da assessoria

Com o processo de recuperação concluído após a fase mais aguda da pandemia de covid-19, a atividade econômica brasileira desacelerará em 2022, disse nesta quinta-feira (16) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo ele, a “volta em V” (forte queda seguida de forte crescimento) já foi concluída.

“Agora há previsões de que não vai haver crescimento, que vai haver recessão porque estamos combatendo a inflação. Os economistas sabem que quando se combate a inflação e sobe juros, há desaceleração econômica, um desaquecimento. Isso esvazia essa recuperação cíclica que estávamos desfrutando. Mas nós já estamos em pé, essa é a volta em V, esse episódio se completou”, disse o ministro após reunião do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

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O PPI estuda e avalia as concessões e privatizações, definindo ações e modelagens para as operações. Para o ministro, o investimento privado será importante para evitar uma desaceleração maior da atividade econômica. “Nossa taxa de investimento está chegando ao ponto mais alto desde 2013, a 19,5% do PIB [Produto Interno Bruto]”, declarou Guedes.

Ao apresentar o balanço do PPI neste ano, o ministro destacou que as concessões e privatizações contrataram R$ 822,3 bilhões em investimentos privados desde 2019. “Só neste ano, nós temos investimentos contratados de R$ 334 bilhões e para 2022 são mais 153 ativos, num total de R$ 389,3 bilhões”, afirmou.

nova versão do Relatório de Inflação, divulgada hoje pelo Banco Central, confirmou a desaceleração da economia no próximo ano. A projeção do órgão para o crescimento do PIB em 2021 caiu de 4,7% para 4,4%. Para 2022, a estimativa caiu de 2,1% para 1%.

Segundo divulgado pelo secretário Estadual de Saúde, André Longo, nesta quarta-feira (31), Pernambuco está registrando os primeiros sinais de desaceleração da Covid-19. Longo afirma que nesta semana epidemiológica 12, os indicadores mais sensíveis que fazem pressão sobre o sistema de saúde reduziram. 

As solicitações de internamento nos leitos de UTI, pela primeira vez desde o final de fevereiro, reduziram 4,4% nesta semana epidemiológica 12. Além disso, o secretário de Saúde assegura que Pernambuco registra a menor média móvel de mortes pela Covid-19 por 100 mil habitantes de todo o Brasil.

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Em relação aos óbitos registrados apenas em 2021, Pernambuco tem a segunda menor proporção de mortes a cada milhão de habitantes, atrás apenas do Maranhão. "Obviamente, esses dados não se comemoram. Não podemos comemorar nada e nem baixar a guarda, muito pelo contrário", assevera Longo. 

O secretário pontua que esses números se quer ainda são reflexos desse último período de quarentena rígida, que se encerra nesta quarta-feira (31), mas de um período anterior. "O comportamento social vai repercutir de 10 a 14 dias após a mudança de comportamento. A nossa expectativa é que a gente passe a colher resultados melhores, frutos deste último período de restrições da circulação das pessoas", disse André Longo.

A partir desta quinta-feira (1º), Pernambuco entra em um novo momento de convivência com a Covid-19, com escalonamento de horários, limitações do quantitativo de pessoas e a necessidade de respeito aos protocolos de cada setor que deve retomar as suas atividades. 

"O governo do estado não vai exitar em tomar novas medidas restritivas caso o comportamento da população não se adeque as medidas que comprovadamente reduzem a transmissão do vírus. Protocolos precisam ser seguidos para que a gente tenha a volta do chamado novo normal", pontua André Longo.

A Itália, atingida duramente pelo coronavírus, agarrava-se nesta segunda-feira à pequena esperança de que a queda no número de mortes registrada no dia anterior seja o prenúncio de uma desaceleração da pandemia.

"Os números anunciados (no domingo) são mais baixos que os do dia anterior. Espero e todos esperamos que esses números possam ser confirmados nos próximos dias. Mas não devemos baixar nossa guarda", disse o chefe da Proteção Civil, Angelo Borrelli.

A Itália registrou no domingo 651 novas mortes ligadas ao coronavírus, 142 a menos que no sábado (793), e 3.957 casos adicionais, número que caiu novamente em mais de 800 em 24 horas.

Também na Lombardia, a região que paga o preço mais alto pela pandemia, os números, também em baixa, foram recebidos com cautela.

"Os dados estão em claro-escuro. Hoje, a clareza prevalece (...) mesmo que não possamos gritar vitória", declarou Giulio Gallera, secretário da Saúde do governo regional.

Esses números são "auspiciosos", mesmo que apenas "a partir de terça-feira poderemos saber se a contenção foi bem-sucedida", duas semanas após a implementação em 10 de março das medidas nacionais de confinamento.

Giovanni Maga, virologista do Instituto de Genética Molecular do Conselho Nacional de Pesquisa de Pavia (Norte), enfatiza que "a evolução de casos positivos é, por vezes, flutuante".

"Teremos que esperar pelo menos de dois a três dias para descobrir se essa é uma tendência real ou não", disse no canal Rai News 24.

- "Muito frouxo" -

Para aumentar as chances do país de sair da pandemia o mais rápido possível, que deixou quase 5.500 mortos em um mês, o governo estendeu nesta segunda-feira (23) por decreto as medidas de confinamento, paralisando todas as indústrias de produção não essencial e proibindo os italianos de se deslocarem de um município para outro, exceto em caso de "emergência absoluta" ou por "motivo de saúde".

O objetivo deste novo texto, o terceiro em duas semanas, é obstruir o máximo possível a circulação de pessoas, principalmente entre o Norte e o Sul, como ocorreu no fim de semana de 7 e 8 de março após o decisão de colocar 15 milhões de nortistas em quarentena.

Milhares de pessoas que trabalham no Norte correram para as estações de trem para se juntar a seus parentes na Campânia (região de Nápoles) ou Apúlia (o "calcanhar" da bota), contribuindo para a disseminação do vírus nessas regiões menos bem equipadas em termos de saúde.

No entanto, comportamentos considerados limitados pela mídia, para quem a grande maioria dos italianos agora parece aceitar e respeitar as medidas restritivas, como mostram as ruas desertas das principais cidades italianas, longe das multidões observadas há duas semanas nas praias ou nos parques.

Como tem feito há vários dias, o governador da Lombardia Attilio Fontana (Liga, extrema direita) considerou nesta segunda-feira o decreto como "muito frouxo", surpreendido, por exemplo, com hotéis e canteiros de obras abertos no resto da Itália, diferentemente de sua região.

Em plena crise de saúde, o apoio à ação do chefe de governo, Giuseppe Conte, atingiu "alturas sem precedentes": 71% de opiniões favoráveis contra 52% em fevereiro, observou o diário La Repubblica no final da semana.

A mesma pesquisa revelou que 94% dos questionados consideram as medidas adotadas pelo executivo como "positivas", até "muito positivas", desde o fechamento das escolas até a cessação das atividades comerciais, inclusive limitando a circulação de pessoas.

Para 46% deles, a Itália está se saindo melhor do que outros países europeus diante dessa crise histórica.

O crescimento desacelerou no segundo trimestre na zona do euro, assim como a inflação em julho, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (31) e que confirmam os maus presságios do Banco Central Europeu (BCE) e reforçam, de acordo com analistas, sua resposta em setembro.

"Os dados econômicos publicados esta manhã reforçam o argumento para que o BCE anuncie um pacote de estímulo em sua próxima reunião em setembro", disse Jack Allen-Reynolds, economista da Capital Economics.

Embora a desaceleração fosse esperada, Allen-Reynolds apontou que "a fraqueza econômica", anteriormente focada na Alemanha e na Itália, se estendeu no segundo trimestre, com um "declínio do crescimento na França, Espanha, Áustria e Bélgica".

Na Espanha, a quarta economia do euro, em uma base ano-a-ano, a expansão foi de 2,3% no segundo trimestre, uma desaceleração em relação aos 2,4% do trimestre anterior e em linha com as previsões do governo, que espera um crescimento de 2,2% para 2019.

No início de julho, a Comissão Europe não alterou suas previsões de expansão para 2019, em 1,2%, após registrar 1,9% em 2018. Mas rebaixou em um décimo as de 2020, para 1,4 %, devido à tensão comercial global e incerteza ligada ao Brexit.

Para Jesus Castillo, da Natixis, "é muito provável que o difícil ambiente externo (guerra comercial, Brexit e tensões no Oriente Médio) tenha dificultado o crescimento", tudo em "um contexto de inflação baixa persistente" e ainda sem saber como o Reino Unido deixará a UE.

- Desemprego dos jovens, uma "prioridade" -

A inflação, por sua vez, desacelerou em julho, a 1,1%, dois décimos a menos que no mês anterior, segundo a Eurostat.

A estimativa deste órgão da Comissão Europeia coincide com a projeção dos analistas consultados pelo prestador de serviços financeiros Factset.

A zona do euro afasta-se assim do objetivo do Banco Central Europeu (BCE), que considera que a inflação abaixo mais próxima de 2% é um sinal de boa saúde econômica.

A inflação subjacente, que não leva em conta os preços voláteis de energia, alimentos, álcool e tabaco, caiu dois décimos, para 0,9%, segundo o Eurostat.

Enquanto isso, o desemprego na zona do euro em junho, a 7,5%, seu nível mais baixo desde julho de 2008, informou nesta quarta-feira o Eurostat, que situou o número de desempregados em cerca de 12,4 milhões.

A primeira estimativa para junho do escritório de estatísticas europeu, que revisou em um décimo o dado de maio para 7,6%, coincide com as projeções do provedor de serviços financeiros Factset.

A Alemanha, a primeira economia da zona do euro, registrou o menor nível dos 19 países do mundo, com 3,1%, estável em relação ao mês anterior, seguida pela Holanda (3,4%, +0,1 pontos) e Malta (3,4%, -0,1 pontos).

Os grandes países do sul da Europa continuam com números acima da média. A Grécia, que até meados de 2018 estava submetida a uma série de programas de resgate desde 2010, registra a maior taxa, 17,6%, segundo dados de abril.

Na Espanha, a porcentagem de desempregados caiu um décimo em junho, para 14%. A Itália registrou uma queda semelhante, a 9,7%, enquanto na França, segunda economia da zona do euro, aumentou um décimo, para 8,7%.

A porcentagem de desempregados atingiu 12,1% no pico da crise da dívida entre abril e junho de 2013. Desde então, a situação melhorou até voltar à média anterior à crise financeira global de 2008 (7,5 %).

O desemprego entre as pessoas com menos de 25 anos caiu dois décimos em junho, a 15,4%, com a Grécia na liderança (39,6%, de acordo com dados de março), seguida pela Espanha, onde diminuiu três décimos no sexto mês do ano para 32,4%, e Itália (28,1%).

Por sexo, a porcentagem de desempregados na zona do euro permaneceu estável em junho entre os homens, 7,2%, e entre as mulheres, 7,9%.

Em todos os 28 países da União Europeia, o desemprego permaneceu estável em 6,3%, em quase 15,7 milhões de desempregados. A porcentagem de jovens caiu dois décimos em todo o bloco, para 14,1%.

A indústria automobilística brasileira prevê uma desaceleração do crescimento do mercado de automóveis e comerciais leves em 2019. Neste ano, as vendas devem crescer 13%, para 2,46 milhões de unidades. No próximo, a alta deve ficar entre 5% e 10%.

Ainda assim, essa melhora vai depender da manutenção de fatores econômicos como continuidade da redução de juros, da inadimplência, da retomada da confiança de consumidores e da queda no nível de desemprego, além da aprovação do Programa Rota 2030, a nova política industrial do setor, cuja publicação continua parada no governo.

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Também há incertezas na área política, como sobre a capacidade de governabilidade e de obter apoio do Congresso para aprovação de medidas do próximo presidente da República - independente de quem for eleito.

"É muito difícil prever o ano que vem sem ter um horizonte de política econômica", disse o vice-presidente da Ford, Rogelio Golfarb. Segundo ele, ainda há pouca clareza sobre como os dois candidatos pretendem recuperar a economia e lidar com a indústria.

"A questão não é se será A ou B, mas o que A ou B vai fazer quando sentar na cadeira. O setor produtivo espera essa definição", disse Golfarb. Ele e vários executivos do setor participaram ontem, em São Paulo, de seminário para debater as previsões para 2019, promovido pela editora AutoData.

Para o presidente da Volkswagen, Pablo Di Si, "o ritmo de crescimento vai desacelerar, mas não é desprezível". Ele ressaltou que as fábricas de carros no ABC paulista, em Taubaté (SP) e no Paraná, além da unidade de motores em São Carlos (SP) operam com baixa ociosidade e fizeram contratações recentes.

Apesar disso, mais de 3 mil trabalhadores do grupo, segundo sindicatos de metalúrgicos, estão em férias coletivas. O motivo, explicou o executivo, é a queda de exportações para a Argentina, principal cliente da marca.

No início do próximo ano, a empresa deve anunciar novo investimento extra para a produção de um carro compacto que está sendo desenvolvido no País. Hoje, a montadora segue um plano de R$ 7 bilhões a serem aplicados até 2020, montante que inclui 20 lançamentos, dos quais 11 foram lançados nos últimos 12 meses.

Aval da matriz

O presidente da FCA Fiat Chryler, Antonio Filosa, estará nesta terça-feira, 16, em Londres, na Inglaterra, para discutir com acionistas da empresa aportes para um novo automóvel a ser produzido no Brasil (na fábrica da Jeep, em Pernambuco, ou da Fiat, em Minas Gerais).

O novo carro está inserido no plano de R$ 14 bilhões anunciado recentemente pelo grupo até 2023 - que inclui 25 lançamentos no Brasil e na Argentina, entre modernização de modelos e carros inéditos, sendo que dois deles já foram aprovados.

Apesar do plano já aprovado, a filial brasileira "não tem cheque em branco com liberdade total de gastar", por isso precisa falar com os acionistas para aprovar cada projeto.

Filosa disse que levará todas as projeções positivas que a companhia tem sobre a economia brasileira para o próximo ano. "Não é fácil explicar sobre o Brasil, ma nosso acionista não vai desistir pois tem confiança no País", afirmou, ressaltando que, na maior crise local o grupo investiu em uma fábrica nova (a unidade da marca Jeep, em Pernambuco, inaugurada em 2015), e que opera em três turnos.

Apesar dos números apresentados pelo setor automotivo neste ano, de crescimento de 14% das vendas totais até setembro, num total de 1,846 milhão de unidades, Golfarb, da Ford, ressaltou que a maior parte dessa alta vem das chamadas vendas diretas.

São negócios fechados diretamente pelas fábricas com clientes como locadoras e frotistas, feitas com elevados descontos. Em outubro, 42% das vendas foram nessas condições, ação considerada não saudável para os resultados financeiros das empresas. Em 2013, por exemplo, essa participação era de 24%.

Exportação

Outra preocupação para 2019 é a continuidade da queda de exportações para a Argentina, que devem ficar igual ou inferior às previstas para este ano, que já serão 8% menores que os números de 2017, segundo informou Antonio Megale, presidente da Anfavea, a associação dos fabricantes de veículos no País.

O setor de veículos pesados, que deve crescer 35% neste ano, com vendas de 86 mil unidades e produção de 120 mil, mantém ociosidade de 75%. "Em 2019 deveremos ter crescimento de dois dígitos, porém baixos", disse Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus. "É difícil ter rentabilidade mínima nessas condições." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil foi um dos países onde houve maior desaceleração em entrada de capital no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses do ano, de acordo com o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês). De acordo com os dados da organização, o Brasil registrou entrada de US$ 600 milhões no segundo trimestre, enquanto no período de janeiro a março houve entrada de US$ 11 bilhões, totalizando US$ 11,6 bilhões no primeiro semestre de 2018. O resultado mostra um avanço na comparação com os primeiros seis meses de 2017, quando a entrada de capital estrangeiro no Brasil foi de US$ 8,1 bilhões.

Considerando os números do segundo trimestre, o IIF apontou que Índia, Polônia, Brasil, Argentina e Turquia registraram "a maior desaceleração entre os mercados emergentes na comparação com o primeiro trimestre". Nos cálculos do instituto referentes ao primeiro semestre, outros cinco países emergentes superaram o Brasil em termos de entrada de capital estrangeiro: China (US$ 73,7 bilhões), Índia (US$ 32 bilhões), Turquia (US$ 24 bilhões), México (US$ 22 bilhões) e Argentina (US$ 21,7 bilhões).

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O IIF apontou, ainda, que os mercados emergentes como um todo registraram entrada de US$ 11,9 bilhões em julho, acelerando em relação aos resultados de junho, quando houve entrada de US$ 10,6 bilhões. "Após dois meses de saída, a carteira líquida de não-residentes se abriu para mercados emergentes e houve fluxo positivo para essas economias em julho", apontaram os economistas Emre Tiftik e Scott Farnham, do IIF. De acordo com eles, a América Latina atraiu o maior número de entradas de capital (US$ 7,2 bilhões).

Dólar

O IIF afirma ainda que o dólar está próximo de patamares recordes ante moedas de países emergentes por causa do estresse nesses mercados e pela recente fraqueza do yuan. Além disso, a entidade aponta que as tensões na área comercial colaboram para o movimento.

Na opinião do IIF, o dólar deve se fortalecer mais diante de divisas emergentes, no quadro atual. O instituto lembra que a moeda reage também às variações dos preços das commodities, como o petróleo.

O IIF aponta ainda que o dólar está mais fraco em relação a moedas de economias fortes. Nesse caso, o dólar está mais fraco graças a diferenciais nas taxas de juros, nota o instituto em breve relatório.

Nessa quinta-feira, 2, no Brasil, o dólar fechou estável, valendo R$ 3,75. No exterior, a moeda americana registrou valorização. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A exemplo do vem ocorrendo com outros índices de variação de preços, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) continua em processo de desaceleração e voltou a subir menos no segundo decêndio (período de dez dias) de abril, fechando com variação de 0,3% - resultado 0,13 ponto percentual inferior a alta do indicador no primeiro período de dez dias (0,43%).

O resultado do IGP-M - índice que regula alguns dos principais preços do mercado, como os aluguéis - foi divulgado hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).

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O segundo decêndio do IGP-M compreende o intervalo entre os dias 21 de março e 10 de abril e teve forte influência da queda nos preços ao produtor e ao consumidor.

No caso dos preços ao produtor, analisados pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), a alta foi de 0,29%, no segundo decêndio de abril, desaceleração de 0,1 ponto percentual em relação a 0,39% do segundo decêndio do mês anterior. O IPA tem peso de 60% na composição do IGP-M.

Retração

Os dados divulgados pela FGV apontam retrações de preços na taxa de variação dos Bens Finais, que passou de 1,38% para 0,23%. A maior contribuição para este movimento teve origem no subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 8,32% para 1,77%; e na do grupo bens intermediários (de -0,9%, em março, para -0,84%, em abril). Neste caso, o destaque coube ao subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção (passou de -2,07% para -0,38%).

O índice referente a matérias-primas brutas teve variação de 1,73%. No mês anterior, a taxa foi de 0,76%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram: soja (em grão) (-5,39% para -2,25%), minério de ferro (2,76% para 8,18%) e milho (em grão) (2,62% para 6,84%).

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), ao registrar variação de 0,34%, no segundo decêndio de abril, fechou com resultado 0,19 ponto percentual inferior aos 0,53%, no mesmo período do mês anterior. Seis das oito classes de despesa componentes do IPC acusaram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Despesas Diversas (2,03% para 0,10%).

O item transportes desacelerou de 0,65% para 0,38%, comunicação (de 1,04% para 0,1%), habitação (de 0,02% para uma inflação negativa de 0,15%), alimentação (de 0,81% para 0,68%) e vestuário (de 0,62% para 0,12%).

Em contrapartida, registraram acréscimo em suas taxas de variação no IPC, os grupos saúde e cuidados pessoais (0,69% para 1,03%) e educação, leitura e recreação (-0,14% para 0,03%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também apresentou variação menor ao desacelerar de 0,5% para 0,26%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços teve variação de 0,2%, contra 0,3% no segundo decêndio do mês anterior, enquanto o custo da mão de obra acusou taxa de variação de 0,31%, contra 0,67% de igual período do mês passado.

A desaceleração registrada pelo Brasil é maior que o esperado, afirmou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em um discurso na Alemanha nesta terça-feira (5), no qual ressaltou que os riscos para a economia mundial aumentaram em meio à expansão de vulnerabilidades nos países emergentes.

Lagarde ressaltou que os países emergentes formam um grupo muito diverso, mas no geral tem predominado a tendência de enfraquecimento da economia. A transição de modelo de crescimento da China é saudável e bem-vinda, mas o país terá que lidar com taxas menores de expansão.

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Rússia e Brasil estão em recessão e o petróleo barato tem afetado as perspectivas de vários países, incluindo o Oriente Médio e a África. A principal exceção nesse quadro continua sendo a Índia. A expansão no país segue "forte" e a renda também tem crescido.

Lagarde não falou de projeções de crescimento nesta terça-feira. Os números serão divulgados na próxima semana, dia 12, quando começa a reunião de Primavera do FMI em Washington.

O Brasil pode ter as projeções rebaixadas mais uma vez, como vem acontecendo a cada novo relatório do FMI desde 2012. Na última atualização de estimativas do Fundo, divulgada em janeiro, a previsão era de que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil fosse encolher 3,5% este ano e ficar estável em 2017.

Riscos

Entre os riscos que têm contribuído para elevar a vulnerabilidade nos países emergentes, Lagarde citou o aumento do endividamento de empresas, volatilidade maior nos fluxos internacionais de capital e, em alguns mercados, os bancos mais cautelosos em liberar crédito. Muitos destes riscos podem provocar contágios de um país para outro, ressaltou a dirigente.

Na segunda-feira, o FMI publicou um estudo em que mostra que as repercussões financeiras de eventos em países emergentes aumentaram nos últimos anos.

Economia mundial

De acordo com Lagarde, o crescimento da economia mundial teve enfraquecimento adicional nos últimos meses, enquanto os riscos de piora da atividade aumentaram. "A economia global enfrenta um tempo de crescente risco e incerteza", afirmou.

No discurso na Alemanha, Lagarde cobra "ações decisivas" dos governos para restaurar a trajetória de crescimento das economias e pede maior cooperação internacional para combater não apenas a fraqueza econômica, mas também a corrupção e as mudanças climáticas. "Podemos fazer melhor, temos que fazer melhor, mas para isso as políticas precisam ir além", disse a dirigente. "Estamos em alerta, não alarmados."

A boa notícia, afirmou Lagarde, é que a recuperação da economia mundial continua. "Temos crescimento, não estamos em uma crise." A notícia nem tão boa, disse ela, é que essa recuperação permanece "muito fraca, muito frágil, e os riscos para sua durabilidade estão aumentando".

Os riscos de piora da economia permanecem e alguns aumentaram, disse a dirigente do FMI, citando vulnerabilidades em mercados emergentes, um legado da crise nos países desenvolvidos, com enfraquecimento do comércio mundial e aumento da volatilidade nos mercados e dos riscos para a estabilidade do sistema financeiro.

Para lidar com essa situação, Lagarde afirma que todos os países precisam de medidas contingenciais no caso do o cenário piorar. Além disso, são necessárias medidas estruturais, maior cooperação internacional e o uso de uma política fiscal "amigável ao crescimento", onde possível. "Alguns países têm espaço para expansão fiscal e deveriam usá-lo", disse ela, ressaltando que o mundo precisa também de estímulos monetários, mas eles sozinhos já não são mais suficientes.

Juros negativos

Lagarde disse que as taxas de juros negativos adotadas pelo Banco Central Europeu (BCE) e no Japão são bem-vindas, mas podem ter efeitos colaterais que precisam ser monitorados. "Enquanto a acomodação deve continuar na maioria das economias avançadas, é evidente que a política monetária não pode mais ser o alfa e ômega para a recuperação", disse ela, mencionando a necessidade de suporte fiscal e de reformas estruturais.

A representante do FMI frisou ainda que o risco de a economia mundial ficar presa em um nível de crescimento definido por ela como "novo medíocre" aumentou. A esperada aceleração da expansão dos países desenvolvidos não ocorreu no ritmo previsto, ao mesmo tempo em que emergentes, com a China e Brasil, perderam fôlego.

Nos mercados desenvolvidos, os EUA estão sendo afetados pela valorização do dólar, que prejudica as exportações do país e as empresas multinacionais. A zona do euro tem registrado baixo investimento e, no Japão, tanto a expansão do PIB como a inflação estão abaixo do esperado.

Na passagem de outubro para novembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), desacelerou de alta de 2,63% para 1,93%, com forte contribuição do grupo Matérias-Primas Brutas, que passou de alta de 4,47% para avanço de 0,96% no período.

No estágio inicial da produção, os principais responsáveis pela desaceleração foram soja em grão (de 7,11% para -1,06%), minério de ferro (de 4,53% para -2,63%) e milho em grão (de 12,92% para 2,65%). Contudo, foi registrada aceleração em itens como mandioca (de -1,49% para 13,52%), cana-de-açúcar (de 1,35% para 3,51%) e bovinos (de 1,65% para 2,07%).

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O índice referente a Bens Intermediários dentro do IPA também apresentou desaceleração, embora em menor intensidade, ao sair de alta de 2,07% em outubro para 1,74% em novembro. O principal responsável pelo movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura (de 2,97% para 2,00%). O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, avançou 1,78% em novembro, contra alta de 2,24%, em outubro.

Já o índice relativo aos Bens Finais registrou aceleração, ao passar de 1,69% no décimo mês do ano para 2,96% neste mês. Influenciou no resultado o comportamento do subgrupo alimentos in natura (de -1,70% para 12,29%). O índice de Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, teve avanço de 1,80%, ante alta de 1,71% em novembro.

Principais influências

De acordo com a FGV, a lista de maiores influências de baixa no IPA de novembro estão minério de ferro (de 4,53% para -2,63%), soja em grão (de 7,11% para -1,06%), leite in natura (mesmo reduzindo o ritmo de queda, de -1,90% para -1,77%), suínos (de 13,52% para -3,74%) e adubos e fertilizantes compostos (apesar do abrandamento da deflação, de -1,61% para -1,40%).

Já na lista de maiores influências alta estão gasolina (de 2,77% para 3,49%), tomate (de -6,34% para 37,12%), etanol (de 5,90% para 8,02%), tarifa de eletricidade residencial (de 0,76% para 1,68%) e batata-inglesa (de -8,04% para 19,99%).

Os três grandes setores da economia (agropecuária, indústria e serviços) desaceleraram ainda mais entre junho e julho, o que provocou queda maior no Produto Interno Bruto (PIB). Nos três meses até julho, o recuo foi de 2,9% em relação a igual período de 2014, estima o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por meio do Monitor do PIB.

O resultado é pior do que a redução de 2,6% observada no segundo trimestre deste ano, no mesmo tipo de confronto, como divulgado pelo IBGE no fim de agosto. A FGV tem procurado antecipar os resultados por meio de estimativas que utilizam as mesmas fontes de dados e a mesma metodologia empregada pelo IBGE, responsável pelo cálculo oficial.

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Em 12 meses, o PIB brasileiro já encolhe 1,5% até julho, segundo os dados obtidos com exclusividade pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Esse indicador é o que tem tido maior aderência aos dados efetivamente anunciados pelo IBGE.

Nos serviços, responsáveis por mais de dois terços da economia brasileira, a queda do PIB ficou em 1,7% no trimestre encerrado em julho ante igual período do ano passado. A piora é mais sensível nos outros serviços e nos transportes, enquanto o comércio mantém o desempenho negativo.

Segundo o economista Claudio Considera, que já chefiou a Coordenação de Contas Nacionais do IBGE e hoje é responsável pelo Monitor do PIB, os indicadores têm se deteriorado à medida que o consumo das famílias encolhe. No trimestre até julho, o consumo das famílias brasileiras diminuiu 3,0% na comparação com igual período do ano passado, estima o Ibre/FGV.

"Isso ocorre por conta do desemprego, da queda na renda e da paralisação no crédito. As famílias estão consumindo menos daqueles bens que podem prescindir", afirmou Considera. "O consumo continua se deteriorando, e isso chegou aos bens não duráveis, tidos como mais essenciais."

O IBGE não costuma divulgar dados desagregados para o consumo das famílias, mas o Ibre/FGV estima que o consumo de produtos não duráveis caiu 1,5% no trimestre até julho ante igual período de 2015. Com isso, essa categoria entra para a mesma zona negativa em que já estavam há mais tempo os bens semiduráveis e os duráveis.

Com as famílias cada vez mais seletivas, a indústria não tem demanda para produzir. O PIB da atividade encolheu 5,6% no trimestre até julho em relação a igual período do ano passado, segundo o Monitor do PIB. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A desaceleração do crédito na Caixa deve ser ainda maior neste ano, como consequência da provável retração na economia. O Estado apurou que a área técnica do banco trabalha na revisão da projeção de crescimento dos empréstimos e financiamentos em 2015 para menos do que o intervalo de 14% a 18% previstos até agora.

Apesar de ainda ter o maior ritmo de crescimento do setor, o crédito na Caixa passa por brusca desaceleração: em 2014, a expansão foi de 22,4%, ritmo bem menor do que os 36,8% em 2013. Nos dois anos anteriores, o crescimento chegou a 42%.

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Neste ano, a expectativa é de retração da economia de 0,66%, de acordo com previsões de analistas consultados pelo Banco Central. O crédito também sofre os impactos da Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobrás.

A crise paralisa os negócios em toda a cadeia do setor e emperra investimentos até em outras áreas. No banco estatal, já é certo que a retração será maior do que a prevista atualmente pelos analistas, com grande impacto nos desembolsos.

Sem novos aportes do Tesouro para 2015 e 2016, a Caixa não deve repetir a estratégia de 2008, quando aproveitou o vácuo deixado pelos bancos privados - que restringiram a oferta de empréstimos após a quebra do americano Lehman Brothers - para ampliar participação no mercado. A ideia do governo foi irrigar a economia usando o papel "estratégico" dos bancos oficiais em fomentar o desenvolvimento do País.

Alívio

Internamente, a retração da atividade econômica está sendo encarada até como "alívio" por favorecer a necessária desaceleração no ritmo de empréstimos e financiamentos enquanto não há sinal de novas capitalizações.

O freio na locomotiva do crédito da Caixa pode trazer como consequência perda de espaço em algumas linhas, como o consignado e o crédito imobiliário, este último carro-chefe da instituição. O ex-presidente Jorge Hereda disse na apresentação do resultado de 2014 que para alcançar 22% da fatia de mercado até 2022, objetivo do banco, é preciso manter um crescimento da carteira em torno de 17%.

Sem novos aportes do Tesouro, a direção da Caixa também espera que o governo cumpra a lei que libera a instituição de entregar todo o lucro ao Tesouro. O banco estatal repassou R$ 3,9 bilhões de dividendos ao governo em 2014, pouco mais da metade do lucro líquido do ano passado (R$ 7,1 bilhões).

O banco conseguiu vencer a queda de braço com o Tesouro para ficar com parte dos dividendos por ter bancado o programa Minha Casa Melhor, que financia móveis e eletrodomésticos para beneficiários do Minha Casa, Minha Vida. A retenção de até 75% do lucro pela Caixa foi a forma como o Tesouro cobriu o risco de crédito e operacional do programa, que tem inadimplência de 30%, bastante elevada. O Minha Casa Melhor foi suspenso não só por causa do alto número de calotes mas porque os recursos ao programa acabaram.

A decisão sobre quanto em dividendos a Caixa pode reter, no entanto, cabe ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Como a União é dona da Caixa, os lucros do banco são devolvidos ao Tesouro na forma de dividendos ou juros sobre capital próprio. Essas receitas ajudam o governo a compor o superávit primário - economia para pagar os juros da dívida. Na gestão do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, os dividendos das estatais foram muito importantes para aumentar o esforço fiscal do governo. Apesar disso, o governo está há três anos seguidos sem cumprir a meta.

A fragilidade do atual cenário econômico do País, com Produto Interno Bruto (PIB) em desaceleração e incertezas em relação ao futuro, mudou a agenda das empresas. Voltado para o crescimento nos últimos anos, o ciclo se alterou. Em vez de investimentos em ampliação de capacidade, a prioridade agora é cortar custos.

Antes um hábito rotineiro para ganhar competitividade, o corte de gastos passou a ser estratégia de defesa do caixa de empresas de todos os segmentos. Com base nos balanços de cerca de 3 mil empresas, todas com faturamento acima de US$ 100 milhões, o banco Itaú BBA avalia que 100% delas têm preocupação com cortes de custos.

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Numa mostra de 250 clientes desse universo, o banco constatou que 20% reduziram significativamente o volume de investimentos em 2014 em relação ao ano anterior. Quase a totalidade era de projetos de aumento da produção.

Em contrapartida, os aportes para projetos que visam a redução de custos se mantiveram ou cresceram, segundo João Carlos Genova, diretor de crédito do Itaú BBA. Por enquanto, diz ele, essas ações são, em grande parte, para cortar custos de operação. No entanto, se a demanda em geral não reagir, o próximo passo será a redução da produção. "O grande perigo é que ela venha associada ao corte de empregos."

Genova ressalta que as empresas relutam em demitir porque o custo para qualificar um trabalhador é alto e demanda tempo. "Mas chega um momento em que é impossível não cortar", diz. "Hoje, muitos clientes admitem a hipótese de que vai ser difícil manter o nível de funcionários."

Ele ressalta que esforços para reduzir custos são constantes, mas quando o mercado está aquecido o empresário deixa de pensar nisso e foca mais em ações de crescimento.

Hoje, o que se sobrepõe é o corte de custos para se ajustar à realidade. As iniciativas são variadas e passam por ações como focar a produção em linhas mais rentáveis, transferir instalações de um bairro mais caro para outro mais barato e trocar equipamentos menos produtivos por máquinas com maior nível tecnológico.

Mudança. Há oito anos ocupando dois andares alugados no Centro Empresarial Nações Unidas, área com um dos metros quadrados mais caros de São Paulo, a fabricante de automóveis Toyota vai transferir, em fevereiro, sua sede administrativa para São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde está localizada sua unidade de componentes.

Além de reduzir custos, a transferência atende a um projeto de renascimento da fábrica de São Bernardo, a primeira do grupo fora do Japão, instalada na cidade há mais de 50 anos. Ao todo, 180 pessoas vão passar a trabalhar no ABC, incluindo o presidente do grupo, Koji Kondo.

O gerente-geral da Toyota, Ricardo Bastos, diz que a centralização dos setores administrativos trará ganhos de eficiência e redução de custos com aluguel, deslocamentos de pessoal e estacionamento.

Atualmente a empresa subsidia parte dos gastos dos funcionários e executivos com estacionamentos no Centro Empresarial. "Não dá ainda para medir as vantagens, até porque fizemos investimentos na fábrica para receber as áreas corporativa e comercial, mas certamente haverá ganhos futuros", afirma Bastos.

A Toyota produz em São Bernardo do Campo componentes para os modelos Corolla e Etios, fabricados respectivamente nas unidades de Indaiatuba e Sorocaba, no interior de São Paulo.

Projetos de cortes. Flávio Boan, sócio-diretor da consultoria de gestão Falconi, diz que a empresa vem registrando significativa alta na demanda de clientes por projetos de corte de custos para melhorar a rentabilidade.

As principais demandas, de acordo com Boan, são para programas de redução de desperdícios, processos administrativos mais simples, eliminação de atividades que não agreguem valor e mudanças de tecnologias defasadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os consumidores de todo país gastaram menos dinheiro no mês passado. Dados do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio mostram que houve queda de 3,3% em comparação ao mês de fevereiro. Em relação a março de 2013, a desaceleração foi de 1,6%. Em contrapartida, o movimento dos compradores nas lojas fechou o primeiro trimestre do ano com alta de 3,3%, comparado ao mesmo período do ano passado. 

De acordo com economistas da Serasa, as atividades comerciais de março deste ano foram diretamente afetadas por conta do feriadão de Carnaval, período que o fluxo de clientes diminuiu nas lojas. Ainda segundo os especialistas, outros fatores explicam o enfraquecimento no varejo, como o encarecimento do crédito, a alta da inflação e a preocupação dos consumidores em não acumular dívidas. 

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Entre os segmentos comerciais, as maiores quedas foram registradas nas lojas de material de construção, com -11% comparado a fevereiro de 2014, seguido do ramo de veículos, motos e peças (-5,7%) e móveis, eletrodomésticos e informática (-5%). Também acusaram retração no mês passado os segmentos de combustíveis e lubrificantes (-3,5%), supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-2,7%) e tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-1,7%).

No acumulado do primeiro trimestre de 2014, a atividade varejista cresceu 3,3% liderada pelo setor de combustíveis e lubrificantes (avanço de 4,0%), supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (expansão de 3,3%) e material de construção (alta de 2,8%). 

Com informações da assessoria 

Pré-candidato ao governo de Pernambuco, o senador Armando Monteiro (PTB), durante uma conversa nesta segunda-feira (9) com os jornalistas frisou que o estado tem sofrido uma “desaceleração do crescimento”. De acordo com ele o governo não soube manter nem ampliar o nível de investimento local em 2013. 

“Tem uma certa explicação, por exemplo, as exportações de Pernambuco foram mal e outra questão também, que os economistas chamam de hiato de produção, é o fim de obras como a Refinaria. A obra está terminando e, portanto, não afeta mais economicamente e o produto daquela obra ainda não entrou em curso”, analisou Monteiro, elencando ainda as possíveis soluções.

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“Precisamos manter o nível dos investimentos privados, do Governo Federal e do Governo Estadual. Primeiro manter os investimentos, segundo para o investimento privado chegar precisa ter uma política industrial, um clima de negócio bom no estado, oferecer e manter para crescer no futuro. Tivemos um bom clima, tanto é que os investimentos chegaram. O desafio é manter e ampliar”, completou. 

Questionado se com o fim da aliança do PSB, liderado pelo governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), a imersão de recursos federais no estado iria reduzir, o senador frisou que “o governo federal não discrimina Pernambuco”.  “As obras federais precisam ser concluídas em qualquer hipótese, mas para ampliar a infraestrutura vamos precisar de mais do Governo Federal”, disse. 

 

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 0,5% em setembro, na comparação com agosto, e 1,1% em relação a setembro do ano passado, informou a Eurostat. A alta anual foi a menor em três anos e meio. Os resultados vieram exatamente em linha com as previsões dos economistas consultados pela Dow Jones.

A desaceleração da inflação anual na zona do euro, em boa parte causada pela fraqueza da demanda, deixou a taxa bem abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE), que é de pouco menos de 2,0%. As menores taxas de inflação foram verificadas nos países do bloco mais afetados por problemas fiscais e econômicos, como Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha.

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O núcleo do CPI da zona do euro subiu 0,7% em setembro ante agosto e 1,0% ante setembro de 2012.

Fonte: Dow Jones Newswires.

O impacto da desaceleração da economia brasileira já atravessou o Oceano Atlântico. Ao longo das últimas semanas, diversas multinacionais europeias publicaram balanços que revelaram o efeito negativo do quadro macroeconômico no Brasil. Aos analistas e investidores, executivos explicam que a atividade mais lenta diminuiu as vendas e afetou o resultado. Para piorar, a desvalorização do real reduz ainda mais o lucro quando o valor é convertido para o euro. Resultado: filiais brasileiras decepcionaram.

Anos atrás, o Brasil era motivo de satisfação para multinacionais instaladas no País. Com o boom das commodities e o forte crescimento da demanda interna, resultados vistosos chamaram a atenção do mundo. O quadro, porém, parece que mudou: agora, balanços mostram deterioração do desempenho das filiais brasileiras e executivos precisam se explicar aos acionistas. O fenômeno foi visto em diversas companhias europeias, de fabricantes de produtos químicos a montadoras, passando por bancos, operadoras de telefonia e fabricantes de máquinas e equipamentos.

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“O Brasil teve um resultado mais fraco que o esperado diante de uma surpresa com as dificuldades na economia”, disse o presidente da suíça ABB, Joe Hogan, em teleconferência com investidores no fim de julho. No balanço, o motivo da frustração era evidente: as receitas da filial caíram 44% no segundo trimestre na comparação com igual período de 2012. Com isso, o Brasil derrubou o resultado da ABB nas Américas, que caiu 6% no período.

Enquanto o Brasil frustrou expectativas, as demais filiais da região avançaram: a unidade da ABB nos Estados Unidos registrou pequena alta de 1% nas vendas e o México teve um salto de 73% no faturamento - o maior aumento entre todas as filiais. "Temos boas oportunidades no setor da construção e na distribuição de energia nos EUA”, disse Hogan, ao mostrar que a multinacional aposta mais fichas no norte do continente.

Na Alemanha, a fabricante de matérias-primas químicas Basf não detalha números por país, mas mostrou que, entre as filiais das Américas, há duas tendências: desaceleração no Brasil e aceleração nos EUA. “Devido à fraqueza do comércio exterior e da pequena alta no gasto dos consumidores, o crescimento do Brasil foi restrito no primeiro semestre”, informou o balanço, que também mostra uma desaceleração da China. Por outro lado, há sinais positivos em economias centrais. “Apesar da política fiscal, os Estados Unidos apresentaram crescimento moderado”, informou a companhia, que destaca a reação do Japão.

Montadoras

Apesar de manter certo fôlego, balanços mostram que o mercado de automóveis também dá sinais de cansaço no Brasil. Na Volkswagen, a venda de veículos somou 370 mil unidades de janeiro a julho de 2013, 1,9% menor há um ano. Na francesa PSA Peugeot Citroën, o número de carros produzidos no País caiu em 2%, para 61 mil unidades. Para a Renault, a desaceleração de mercados emergentes, entre eles o Brasil, é uma das principais ameaças. “Há risco na demanda de curto prazo em mercados-chave: Brasil, Rússia e Turquia”, disse o diretor de operações , Carlos Tavares.

Bancos

Longe do chão de fábrica, bancos também perderam. A filial brasileira do britânico HSBC teve lucro 70% menor no semestre em comparação com 2012. “O Brasil está crescendo menos e o consumo está crescendo menos”, disse o diretor executivo do HSBC, Stuart Gulliver, na apresentação do resultado em Londres. Na Espanha, o resultado gerado pelo Santander Brasil caiu 15,8% no segundo trimestre na comparação com os três primeiros meses do ano devido ao “menor crescimento do mercado de crédito”, que afetou a casa.

Não foi só a desaceleração da economia que prejudicou balanços. A desvalorização do real diminuiu o resultado das filiais quando o valor é convertido em euros ou libras para ser declarado no balanço das sedes. A Telefónica, por exemplo, registrou queda de 3,9% no faturamento trimestral da subsidiária brasileira que é dona da Vivo. Esse foi o pior desempenho entre as dez filiais na América Latina. A operadora explicou a piora especialmente pelo enfraquecimento da moeda brasileira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Motorola Solutions cortou sua expectativa de resultados pela segunda vez, enquanto sofre com uma desaceleração nas vendas corporativas. Apesar disso, o lucro líquido da empresa continua subindo para US$ 258 milhões. A Motorola Solutions domina o mercado de rádios de comunicação e o maior cliente da empresa é o governo dos Estados Unidos.

A companhia espera agora que a receita fique estável ou suba apenas 1 por cento, ante a expectativa anterior de crescimento de 3% a 4%. As vendas corporativas, que responderam por um terço da receita da empresa no ano passado, caíram 5%, para US$ 656 milhões.

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O risco de a economia chinesa ter um pouso forçado não foi considerado neste encontro ministerial do G-20 em Moscou, apesar de o país estar com uma pressão cada vez maior para baixo no crescimento, disse o ministro das Finanças da China, Lou Jiwei, à agência de notícias Xinhua no sábado. "O tema não entrou na agenda do encontro uma vez que nenhum participante acredita na existência desse risco", afirmou Jiwei.

Embora o Produto Interno Bruto (PIB) da China não esteja tão alto como no ano passado, o país registrou maior criação de empregos e mais investimentos diretos na indústria de serviços, o que mostra melhora na vitalidade da economia, segundo explicou o ministro.

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Jiwei não fez nenhuma menção à expectativa de crescimento da economia este ano. No início do mês, ele criou confusão a respeito da expansão para 2013 quando foi citado pela Xinhua dizendo que esperava que o crescimento do país em 2013 ficasse em 7%. A agência corrigiu depois dizendo que a projeção era de 7,5%, que é a meta oficial estabelecida no início do ano. Fonte: Dow Jones Newswires.

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