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A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, não discutiu a política monetária ou o quadro econômico atual, em discurso no qual lembrou o Holocausto. Ela comentou que o prédio principal do BCE, em Frankfurt, Alemanha, fica em uma área "ligada às atrocidades do Holocausto" durante a Segunda Guerra e ressaltou a importância de se buscar a unidade europeia, a fim de garantir que "a tirania e a injustiça estatal nunca prevaleçam de novo". Nesta sexta-feira (27), celebra-se o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

Lagarde lembrou que o local do prédio principal do BC "é um dos milhares de locais na Alemanha e pela Europa nos quais o regime nazista alemão pôs em ação o assassinato de milhares de membros da comunidade judaica e de outras minorias". O prédio atual da instituição fica num terreno que abrigava um mercado atacadista de Frankfurt, no qual judeus acabaram presos e depois foram deportados.

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Para lembrar as deportações e as mortes subsequentes, o BCE inaugura um memorial, em cooperação com a cidade e seu Museu Judaico de Frankfurt. A inauguração ocorre no 78º aniversário da libertação do campo de Auschwitz e há uma placa para lembrar a história, comentou ela em sua fala.

Lagarde ainda destacou o projeto da União Europeia como uma resposta à Segunda Guerra e ao Holocausto. Segundo ela, o compromisso de nunca permitir que algo do tipo volte a ocorrer dá expressão concreta aos esforços para construir uma Europa ainda mais unida, "que garanta nossa estabilidade política e econômica", com o euro como parte crucial disso.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, foi considera culpada pelo Tribunal de Justiça da República francesa, em um caso de negligência enquanto era ministra de Finanças da França.

Segundo o tribunal, Lagarde cometeu negligência por ter permitido a apropriação indevida de fundos por outras pessoas. Outros envolvidos no caso ainda não foram julgados.

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Mesmo considerando Lagarde culpada, o tribunal optou por dispensar a diretora-gerente do FMI de alguma punição. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, sinalizou hoje que o relatório sobre as perspectivas econômicas globais, que será publicado na semana que vem, de trazer um rebaixamento do crescimento mundial. "Eu tenho pouquíssima esperança de que ele será revisado para cima, e bastante receio de que a revisão seja para baixo", afirmou a dirigente nesta quinta-feira.

Em abril, o fundo estimou que o crescimento global seria algo como 3,2%. Mas a surpresa com a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia, levando a volatilidades no câmbio e incertezas no mercado financeiro, pode prejudicar ainda mais um cenário já frágil.

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Os comentários de Largarde indicam uma redução da perspectiva de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial de 3,2% para algo como 3,1% ou até 3,0%. Fonte: Dow Jones Newswires.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, alertou na noite de ontem para mais volatilidade e incertezas nos mercados se as autoridades europeias não fornecerem rapidamente aos investidores certezas e direcionamento sobre o novo estado de seu relacionamento com o Reino Unido, após o país decidir por sair da União Europeia (UE).

A extensão do impacto econômico e de mercado "vai depender do nível de certeza ou incerteza" que as autoridades podem negociar no setor político, comércio e relações econômicas. Lagarde disse que ela tem encorajado autoridades "para prosseguirem da forma mais eficiente e produtiva, a fim de reduzir a incerteza".

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Na sexta-feira, os mercados globais enfrentaram uma forte onda vendedora depois da decisão de o Reino Unido deixar a UE ter surpreendido os investidores. A decisão abre a porta para a primeira saída de um país da UE na sua história. As bolsas mundiais continuam amargando perdas nesta segunda-feira. Lagarde disse que provavelmente haverá mais volatilidade do mercado e turbulência econômica à frente.

"A onda de vendas, em particular na libra, foi o movimento mais brutal imediato, maciço e violento, mas não houve pânico", disse Lagarde. Isso foi em parte devido à forma como os os bancos centrais responderam, disse ela. Esta onda de vendas do mercado não é como uma crise financeira, acrescentou.

"Os bancos centrais fizeram o seu trabalho e colocaram um monte de liquidez no mercado", disse a chefe do FMI. Fonte: Dow Jones Newswires.

A desaceleração registrada pelo Brasil é maior que o esperado, afirmou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em um discurso na Alemanha nesta terça-feira (5), no qual ressaltou que os riscos para a economia mundial aumentaram em meio à expansão de vulnerabilidades nos países emergentes.

Lagarde ressaltou que os países emergentes formam um grupo muito diverso, mas no geral tem predominado a tendência de enfraquecimento da economia. A transição de modelo de crescimento da China é saudável e bem-vinda, mas o país terá que lidar com taxas menores de expansão.

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Rússia e Brasil estão em recessão e o petróleo barato tem afetado as perspectivas de vários países, incluindo o Oriente Médio e a África. A principal exceção nesse quadro continua sendo a Índia. A expansão no país segue "forte" e a renda também tem crescido.

Lagarde não falou de projeções de crescimento nesta terça-feira. Os números serão divulgados na próxima semana, dia 12, quando começa a reunião de Primavera do FMI em Washington.

O Brasil pode ter as projeções rebaixadas mais uma vez, como vem acontecendo a cada novo relatório do FMI desde 2012. Na última atualização de estimativas do Fundo, divulgada em janeiro, a previsão era de que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil fosse encolher 3,5% este ano e ficar estável em 2017.

Riscos

Entre os riscos que têm contribuído para elevar a vulnerabilidade nos países emergentes, Lagarde citou o aumento do endividamento de empresas, volatilidade maior nos fluxos internacionais de capital e, em alguns mercados, os bancos mais cautelosos em liberar crédito. Muitos destes riscos podem provocar contágios de um país para outro, ressaltou a dirigente.

Na segunda-feira, o FMI publicou um estudo em que mostra que as repercussões financeiras de eventos em países emergentes aumentaram nos últimos anos.

Economia mundial

De acordo com Lagarde, o crescimento da economia mundial teve enfraquecimento adicional nos últimos meses, enquanto os riscos de piora da atividade aumentaram. "A economia global enfrenta um tempo de crescente risco e incerteza", afirmou.

No discurso na Alemanha, Lagarde cobra "ações decisivas" dos governos para restaurar a trajetória de crescimento das economias e pede maior cooperação internacional para combater não apenas a fraqueza econômica, mas também a corrupção e as mudanças climáticas. "Podemos fazer melhor, temos que fazer melhor, mas para isso as políticas precisam ir além", disse a dirigente. "Estamos em alerta, não alarmados."

A boa notícia, afirmou Lagarde, é que a recuperação da economia mundial continua. "Temos crescimento, não estamos em uma crise." A notícia nem tão boa, disse ela, é que essa recuperação permanece "muito fraca, muito frágil, e os riscos para sua durabilidade estão aumentando".

Os riscos de piora da economia permanecem e alguns aumentaram, disse a dirigente do FMI, citando vulnerabilidades em mercados emergentes, um legado da crise nos países desenvolvidos, com enfraquecimento do comércio mundial e aumento da volatilidade nos mercados e dos riscos para a estabilidade do sistema financeiro.

Para lidar com essa situação, Lagarde afirma que todos os países precisam de medidas contingenciais no caso do o cenário piorar. Além disso, são necessárias medidas estruturais, maior cooperação internacional e o uso de uma política fiscal "amigável ao crescimento", onde possível. "Alguns países têm espaço para expansão fiscal e deveriam usá-lo", disse ela, ressaltando que o mundo precisa também de estímulos monetários, mas eles sozinhos já não são mais suficientes.

Juros negativos

Lagarde disse que as taxas de juros negativos adotadas pelo Banco Central Europeu (BCE) e no Japão são bem-vindas, mas podem ter efeitos colaterais que precisam ser monitorados. "Enquanto a acomodação deve continuar na maioria das economias avançadas, é evidente que a política monetária não pode mais ser o alfa e ômega para a recuperação", disse ela, mencionando a necessidade de suporte fiscal e de reformas estruturais.

A representante do FMI frisou ainda que o risco de a economia mundial ficar presa em um nível de crescimento definido por ela como "novo medíocre" aumentou. A esperada aceleração da expansão dos países desenvolvidos não ocorreu no ritmo previsto, ao mesmo tempo em que emergentes, com a China e Brasil, perderam fôlego.

Nos mercados desenvolvidos, os EUA estão sendo afetados pela valorização do dólar, que prejudica as exportações do país e as empresas multinacionais. A zona do euro tem registrado baixo investimento e, no Japão, tanto a expansão do PIB como a inflação estão abaixo do esperado.

O Brasil e a Rússia estão apresentado grande desaceleração econômica entre os países emergentes, afirmou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em uma entrevista à imprensa nesta quinta-feira, 9, ao comentar que o crescimento mundial tem sido marcado por desempenhos desiguais, decepcionantes e comportamentos cada vez mais específicos de cada país.

Um grupo de países está à frente na recuperação econômica e outros têm tido dificuldade de engatar uma expansão maior do Produto Interno Bruto (PIB), afirmou Lagarde. Entre os desenvolvidos, os Estados Unidos e o Reino Unido estão puxando a recuperação. Já a zona do euro e o Japão estão com números decepcionantes e desempenho fraco.

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Nos mercados emergentes, a China segue em ritmo forte, apesar da recente perda de fôlego, e a Índia tem apresentando números melhores que o esperado e "há claramente uma grande desaceleração no Brasil e na Rússia". Na terça-feira, o FMI cortou as projeções para a expansão do PIB brasileiro em 2014 e 2015.

Nesse cenário, para se evitar que o mundo entre em um ritmo "medíocre" de expansão, Lagarde voltou a afirmar da necessidade de que os governos busquem formas de estimular a atividade econômica.

Ebola

A dirigente falou na entrevista também do ebola, que pode pôr em risco o crescimento econômico dos países de baixa renda onde a doença se dissemina em ritmo mais forte. Por isso, Lagarde ressaltou que nos países da África afetados pelo vírus não há problemas em os governos aumentarem o déficit público para lidar com a doença.

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