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Nesse Dia das Mães, a Agência Brasil ouviu histórias de mães que lutam pela verdade e pela memória de seus filhos, perdidos na guerra velada que ocorre todos os dias nas periferias das grandes cidades brasileiras. São casos emblemáticos que representam um desafio a ser enfrentado e superado, segundo especialistas ouvidos pela nossa reportagem. 

O Dia das Mães deste ano não vai ser comemorado pela pedagoga Ana Paula de Oliveira, de 46 anos, moradora da favela de Manguinhos, no Rio de Janeiro. Ela é mãe de Johnatha de Oliveira Lima, assassinado com um tiro nas costas aos 19 anos de idade. Em 14 de maio, há 9 anos, o jovem não voltou mais para casa. 

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“Meu filho não estava no lugar errado, não estava na hora errada, não tinha feito nada de errado, simplesmente era mais um jovem preto dentro de uma favela.”

E, para ela, foi morto pela polícia por ser negro, pobre e morador da periferia. Essa é a maior ferida de Ana Paula Oliveira. Ela conta que no dia do crime o jovem voltava para casa de sua família, após deixar um pavê na casa de sua avó e levar a namorada em casa. O trajeto era curto, pois todos moravam na mesma comunidade, mas o que aconteceu no caminho mudou a vida deles para sempre.  

Uma discussão entre policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e moradores da comunidade, indignados com a truculência policial, terminou com tiros sendo disparados para o alto e na direção das pessoas que protestavam. O jovem, que apenas passava pelo local, sem sequer estar envolvido no conflito, foi atingido e morreu. 

“E aí quando eu recebo essa notícia eu fico perguntando por quê? Por que que a polícia matou meu filho?”, conta a mãe Ana Paula Oliveira. Aparentemente, não havia uma explicação razoável para uma morte tão banal. Demorou um tempo até que ela conseguisse se reerguer para lutar por justiça pelo seu filho.  

Ao participar dos primeiros atos contra a letalidade policial no estado do Rio de Janeiro, a pedagoga se deu conta de que havia algo em comum entre tantas mães, de tantas comunidades diferentes, não só do Rio, mas de todo o Brasil: mães negras vestindo camisetas com fotos dos filhos negros mortos pela polícia. Não era uma mera coincidência.  

Passados 9 anos do crime, Ana Paula continua aguardando uma resposta da Justiça para o crime. “Desde o assassinato eu encontrei outras mães e impulsionadas por uma mesma luta, que é a busca pela verdade e por justiça, por nossos filhos, a gente acabou formando o movimento das Mães de Manguinhos”, explica a pedagoga. 

Brasília (DF) - Gabriela Ashanti ampara uma mãe Foto: Arquivo Pessoal

Rede de apoio 

A quantidade de coletivos de mães que tiveram os filhos assassinados pelo Estado é um indicador de que existe um preconceito estrutural na sociedade, seja pela truculência policial ou pela conivência do Poder Judiciário com tantas mortes sem punição. É o que afirma a jornalista e doutoranda em Direitos Humanos e Cidadania pela Universidade de Brasília (UnB), Maíra de Deus Brito. 

“Existe um racismo estrutural e uma truculência policial que o Estado permite que aconteça. A partir do momento que a gente não vê investigações sérias, a gente não vê punição. Enquanto sociedade, estamos deixando isso acontecer. Estamos, literalmente, perdendo nosso futuro quando a gente permite que esses jovens partam tão cedo, de maneira tão violenta e abrupta”, conclui Maíra Brito. 

Na Bahia, essa rede de apoio às mães que perderam seus filhos para a letalidade policial também está muito presente. O projeto Minha Mãe Não Dorme, do grupo Odara – Instituto da Mulher Negra, com sede em Salvador, busca sensibilizar a sociedade brasileira e baiana para os danos e impactos causados tanto pela violência policial quanto pelo tráfico de drogas na vida de adolescentes, jovens negros, suas mães e familiares. A ação tem como foco o apoio, articulação, fortalecimento e diálogo com as mães de jovens assassinados em decorrência da violência urbana. 

“É importante que jovens e mães tenham noção da sua realidade porque nós não podemos naturalizar esses níveis e esses tipos de violência que têm sido perpetrados contra a comunidade negra historicamente. Então, não é porque são violências que ocorrem há muito tempo, eu diria até que são violências seculares, que elas devem ser normalizadas, naturalizadas”, afirma Gabriela Ashanti coordenadora do projeto Minha Mãe Não Dorme. 

Quando essas mães encontram outras que perderam filhos em circunstâncias muito parecidas, explica Gabriela Ashanti, elas se dão conta de que não foi um caso isolado, não foi um acidente ou algo aleatório. “Elas começam a se dar conta ou ficar mais atentas a essa violência policial e a essa letalidade como um fenômeno social que precisa de estratégias pra ser combatido”.  

Outro objetivo, segundo a coordenadora do projeto, é de dimensão subjetiva e psicossocial, ao buscarem estratégias para se fortalecerem emocionalmente justamente em um momento em que estão fragilizadas pela perda e, sobretudo, pela forma como elas sofreram essa perda.   

“A forma como esses filhos são tirados delas faz com que emocionalmente fiquem mais fragilizadas, fiquem com um luto que vai sendo acrescido de indignação, de revolta, de uma série de outros sentimentos e sensações e emoções, que faz com que esse luto se agrave, se intensifique, se estenda inclusive. Então, quando elas se encontram vão buscando as estratégias de se fortalecerem e se sustentarem, inclusive emocionalmente, uma vai apoiando a outra e uma vai se espelhando na outra também nas formas de resistir emocionalmente”, detalha Gabriela Ashanti. 

Supressão de direitos 

Uma das mães atendidas pelo Instituto da Mulher Negra é Edineide Barbosa do Carmo. Em 2017, ela e a filha, Mirella do Carmo Barreto, de apenas 6 anos, estavam estendendo roupas em casa, no bairro São Caetano, em Salvador, quando policiais militares supostamente entraram no bairro em busca de criminosos que teriam roubado um celular. Testemunhas, no entanto, alegam que os policiais chegaram atirando, sem nenhum motivo aparente, e que um dos disparos atingiu a pequena Mirella, que morreu horas depois na UPA de San Martin. 

Brasília (DF) - Edineide Barbosa do Carmo com sua filha Mirella do Carmo Barreto. Foto: Arquivo Pessoal/Divulgaçāo

Após 6 anos, o crime permanece sem solução e a Justiça realizou apenas uma audiência de instrução. “O sentimento de passar o Dia das Mães sem a minha filha, nesse ano de 2023, é algo muito doloroso. Ao lembrar do aniversário de 13 anos dela, que estaríamos juntas comemorando o Dia das Mães, igual a todas as mães. E de mim foi tirado esse direito”, afirma Edineide. A primeira audiência de instrução aconteceu em 2018, e, após longos 5 anos, a segunda audiência deve ocorrer no próximo dia 30 de maio. 

A vendedora ambulante Bruna Mozer teve seu filho de 18 anos executado, em 2018, na comunidade do Miquiço, no Rio de Janeiro. Ela conta que o filho tomou um tiro no ombro, mas se entregou para a polícia militar (PM), mas mesmo assim deram outro tiro fatal. No inquérito policial, os PMs alegaram auto de resistência seguido de morte. “Meu filho Marcos Luciano Mozer foi assassinado pelo Estado do Rio de Janeiro. Eles poderiam ter levado meu filho preso. Que auto de resistência é esse que a pessoa leva um tiro nas costas e um na cabeça? Ele não morreu em troca de tiros, morreu deitado no chão, já rendido”, questiona. 

Para piorar, explica Bruna Mozer, o Estado enterrou o filho dela como indigente. Mesmo se apresentando ao Instituto de Medicina Legal (IML) com a certidão de nascimento e CPF, ela não conseguiu a liberação do corpo e nem o atestado de óbito do filho. Por isso, teve que entrar com pedido de retificação com apoio da Defensoria Pública do Rio. “Até hoje, 5 anos e 5 meses depois, ainda não me deram essa retificação e continuo lutando e aguardando”, lamenta Bruna Mozer.  

Meu filho tem nome 

O ponto comum entre tantas histórias de violência policial contra jovens negros é a tentativa de desumanizar e criminalizar as vítimas, retirando direitos básicos fundamentais, na tentativa de justificar essas práticas violentas do braço armado do estado, afirma Ana Paula Oliveira. 

Ela lembra que o filho dela tem nome e tem sobrenome. “Ele tem uma mãe, ele continua sendo meu filho, e vou lutar por ele até o fim. Nós, mães pretas, já educamos nossos filhos a ter que sair com a identidade, a ter que o tempo todo que se identificar, e ter que comprovar que são produtivos, que estudam, que trabalham. Olha meu filho, olha, mostra a carteirinha da escola, mostra que é você, né? E mesmo assim eles não têm a vida garantida”. 

Fórum Brasileiro de Segurança

Dados da 16ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados em 2022, mostram que ao menos 43.171 pessoas foram vítimas de ações de policiais civis ou militares de todo o país, desde 2013, ano em que esse monitoramento começou a ser feito. Os números não incluem as mortes por intervenções de policiais Federais e Rodoviários Federais. 

O relatório aponta que a letalidade policial diminuiu 6,5%, em 2021, mas a mortalidade de negros se acentuou. Enquanto a taxa de mortalidade entre vítimas brancas retraiu 30,9%, a taxa de vítimas negras cresceu em 5,8%. Segundo o documento, oito em cada 10 vítimas são pessoas negras e a metade delas, jovens entre 12 e 29 anos - mais de 90% são homens. “O percentual de pretos e pardos vítimas de intervenções policiais é ainda mais elevado do que supúnhamos, chegando a 84,1% de todas as vítimas com raça/cor identificados”, aponta a 16ª edição do Anuário. 

“Essa política de segurança pública é genocida e tem um alvo. Então, comecei a ter esse entendimento, e isso vai causando uma revolta ainda maior, uma vontade de seguir na luta, de continuar denunciando toda essa violência do estado”, afirma Ana Paula Oliveira, ao relembrar que o policial que matou seu filho já respondia por triplo homicídio e duas tentativas de homicídio na Baixada Fluminense. A vítima não tinha antecedentes criminais e estava apenas caminhando pela rua. 

Com a finalidade de reduzir mortes e a violência contra a juventude negra, além de enfrentar o racismo estrutural, o Governo Federal, por meio do Decreto Presidencial nº 11.444/2023, publicado em 21 de março, instituiu um grupo de trabalho para a elaboração do Plano Juventude Negra Viva. O prazo para conclusão dos trabalhos é de 7 meses.

A produção do filme ‘O impossível não existe”, que conta a história do grupo Mamonas Assassinas, tem vivido momentos de arrepios durante as gravações. Em entrevista, a atriz Fefe Schneider revelou algumas situações próximas ao sobrenatural no set. O projeto, que também será exibido como série, é uma homenagem aos músicos que faleceram há 27 anos.

Baseado em fatos reais, o filme vai mostrar a trajetória meteórica de sucesso dos Mamonas até o trágico acidente que vitimou fatalmente os cinco integrantes do grupo e outras quatro pessoas, no dia 2 de março de 1996. Em entrevista ao UOL, a atriz Fefe Schneider contou que momentos de arrepios estão acontecendo nas filmagens. “Dentro do set, várias coisas bizarras aconteceram. Esses momentos eram de arrepiar e você sentia a presença deles. Eu entrei na brasília amarela original, fiquei dois segundos dentro e comecei a sentir calafrios, a ficar arrepiada, pelo amor de Deus”.

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A atriz relatou ainda um momento em que quase toda a equipe ficou atônita. “No dia que gravamos o último show, estava um sol absurdo e, do nada, o tempo fechou faltando dez minutos para começar a gravação, todo mundo maquiado, começou uma chuva de cair o mundo em Guarulhos. Todas as luzes acabaram. 'A gente vai cancelar a gravação?' A gente ficou esperando o que a prefeitura ia fazer porque deu um breu total. E só uma luz acendeu, uma luz em cima da brasília amarela. O estacionamento inteiro apagado e a luz piscando em cima da brasília amarela."

O filme/série é uma produção da Record em coprodução com Sony Channel e Total Filmes. Na produção, os fãs vão poder ver a brasília amarela original em cena, assim como figurinos — roupas e chapéus — originais usadas pelos Mamonas, além da bateria do Sergio.

O jornalista paraense Paulo Roberto Ferreira lança nesta quinta-feira (30), em Belém, o livro de crônicas “Roubaram meu Libertango”. A obra será autografada na editora Paka-Tatu, localizada na Rua Bernal do Couto, 785, bairro do Umarizal, das 17h30 às 21h30.

Paulo Roberto reúne 31 textos que recuperam sua trajetória como jornalista profissional e conta pequenas e grandes tragédias que vivenciou. Na crônica que dá nome ao livro, ele narra um episódio do tempo em que era solteiro e dividia uma casa com um amigo. Na ocasião, um ladrão entrou no imóvel e, para a surpresa dos moradores, roubou somente discos, entre os quais o LP em vinil “Libertango”, do compositor argentino Astor Piazzolla. Paulo Roberto Ferreira parte desse fato para uma reflexão sobre perdas e ganhos no aspecto cultural e retrata experiências próprias dos anos no jornalismo.

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“Selecionei 31 textos publicados a partir de 2014, em jornais impressos, site, portal e na minha página no Facebook. O título foi o gancho para falar de perdas e ganhos na área cultural. Um ladrão entrou em minha casa, na década de 1980 e levou somente discos, em formato de LP. O que eu senti mais falta foi do 'Libertango', com várias faixas do genial músico argentino Astor Piazzolla”, contou ele.

Além da experiência do vinil roubado, Paulo destaca outras narrativas no livro. “As crônicas abordam desde a paixão das maiores torcidas de futebol no Pará ('A batalha de urina'), como também sobre o reduzido espaço dedicado aos outros esportes ('Viva a regata'). Tem outra que narra o esforço de um jornalista para realizar uma reportagem a ponto de usar um 'Avião sem banco, cinto e porta'. Outras crônicas discorrem sobre a destruição ambiental: 'Mariana é aqui' e 'As agonias de um rio'", informou.

O livro trata ainda das memórias de um tempo em que o jornalismo usava máquina de escrever manual e os enormes equipamentos de telex e telefotos (“O barulho nas redações dos jornais”). Uma crônica versa sobre o tratamento nacional da mídia e da publicidade, "que ofertam edredom e pautam matérias sobre o inverno sudestino em pleno mês de julho em Belém ('Aqui está fazendo calor')". Em “Avião sem banco, cinto e porta”, Paulo Roberto Ferreira fala da dificuldade das coberturas jornalísticas na Amazônia, devido aos difíceis e precários deslocamentos.

"Roubaram meu Libertango" é o quinto livro de autoria do jornalista. Nascido em Belém, Paulo Roberto Ferreira já trabalhou como repórter, redator e editor em jornais e revistas. Também trabalhou como apresentador e diretor de TV.

Ele já publicou “A censura no Pará - A mordaça a partir de 1964”, “Encurralados na Ponte - O massacre dos garimpeiros de Serra Pelada”, “O apagador de florestas”, “Mosaico Amazônico” e também é coautor do livro “O homem que tentou domar o Amazonas”.

Por Painah Silva (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O jornalista paraense Paulo Roberto Ferreira lança nesta quinta-feira (30), em Belém, o livro de crônicas “Roubaram meu Libertango”. A obra será autografada na editora Paka-Tatu, localizada na Rua Bernal do Couto, 785, bairro do Umarizal, das 17h30 às 21h30.

Paulo Roberto reúne 31 textos que recuperam sua trajetória como jornalista profissional e conta pequenas e grandes tragédias que vivenciou. Na crônica que dá nome ao livro, ele narra um episódio do tempo em que era solteiro e dividia uma casa com um amigo. Na ocasião, um ladrão entrou no imóvel e, para a surpresa dos moradores, roubou somente discos, entre os quais o LP em vinil “Libertango”, do compositor argentino Astor Piazzolla. Paulo Roberto Ferreira parte desse fato para uma reflexão sobre perdas e ganhos no aspecto cultural e retrata experiências próprias dos anos no jornalismo.

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“Selecionei 31 textos publicados a partir de 2014, em jornais impressos, site, portal e na minha página no Facebook. O título foi o gancho para falar de perdas e ganhos na área cultural. Um ladrão entrou em minha casa, na década de 1980 e levou somente discos, em formato de LP. O que eu senti mais falta foi do 'Libertango', com várias faixas do genial músico argentino Astor Piazzolla”, contou ele.

Além da experiência do vinil roubado, Paulo destaca outras narrativas no livro. “As crônicas abordam desde a paixão das maiores torcidas de futebol no Pará ('A batalha de urina'), como também sobre o reduzido espaço dedicado aos outros esportes ('Viva a regata'). Tem outra que narra o esforço de um jornalista para realizar uma reportagem a ponto de usar um 'Avião sem banco, cinto e porta'. Outras crônicas discorrem sobre a destruição ambiental: 'Mariana é aqui' e 'As agonias de um rio'", informou.

O livro trata ainda das memórias de um tempo em que o jornalismo usava máquina de escrever manual e os enormes equipamentos de telex e telefotos (“O barulho nas redações dos jornais”). Uma crônica versa sobre o tratamento nacional da mídia e da publicidade, "que ofertam edredom e pautam matérias sobre o inverno sudestino em pleno mês de julho em Belém ('Aqui está fazendo calor')". Em “Avião sem banco, cinto e porta”, Paulo Roberto Ferreira fala da dificuldade das coberturas jornalísticas na Amazônia, devido aos difíceis e precários deslocamentos.

"Roubaram meu Libertango" é o quinto livro de autoria do jornalista. Nascido em Belém, Paulo Roberto Ferreira já trabalhou como repórter, redator e editor em jornais e revistas. Também trabalhou como apresentador e diretor de TV.

Ele já publicou “A censura no Pará - A mordaça a partir de 1964”, “Encurralados na Ponte - O massacre dos garimpeiros de Serra Pelada”, “O apagador de florestas”, “Mosaico Amazônico” e também é coautor do livro “O homem que tentou domar o Amazonas”.

Por Painah Silva (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Hoje (27) é celebrado o Dia Internacional em Memórias às Vítimas do Holocausto, conforme a Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, aprovada em 2005. A data escolhida marca a libertação dos prisioneiros do maior campo de concentração nazista, Auschwitz, na Polônia. Porta-vozes da ONG destacaram que a data é observada no contexto de um “aumento alarmante de antissemitismo” e consideram que o mundo assiste à tentativa de reescrever a história e de distorcer os fatos do Holocausto.

Alguns filmes retratam sobre a perseguição aos judeus, que viviam em condições de vida deploráveis, escravizados até a morte nos campos de extermínio ou em constante fuga, como “A lista de Schindler” (1993), “O Menino do Pijama Listrado” (2008) e “O Diário de Anne Frank” (1959), que retraram esses horrores. Mas há outros longas que também abordam o tema. Confira:

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A amarga sinfonia de Auschwitz (1980) - Capturada pelos nazistas e enviada para Auschwitz, uma musicista é responsável pela tarefa terrível de amenizar a caminhada dos condenados à câmara de gás. O drama ganhou o Prêmio Emmy do Primetime de Melhor Atriz Coadjuvante em Filme, Melhor Roteiro em Filme ou Especial Dramático e Melhor Especial de Drama. Disponível no YouTube. 

A Vida é Bela (1997) - Durante a Segunda Guerra Mundial na Itália, o judeu Guido e seu filho Giosué são levados para um campo de concentração nazista. Afastado da mulher, ele precisa usar sua imaginação para fazer o menino acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê-lo do terror e da violência ao redor. O drama recebeu indicações ao Oscar de Melhor Ator, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Filme Internacional, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Montagem. Disponível no YouTube e Apple TV. 

Noite e Neblina (1955) - Dez anos após o Holocausto, Alain Resnais (1922-2014) documenta os locais abandonados de Auschwitz enquanto reflete sobre a ascensão da ideologia nazista e as vidas angustiantes dos prisioneiros do campo usando imagens assustadoras de guerra. Disponível na Amazon Prime Video.  

O Fotógrafo de Mauthausen (2018) - Um prisioneiro em campo de concentração, o fotógrafo espanhol Francisco Boix (1920-1951), que conseguiu guardar, esconder e depois mostrar ao mundo uma imensa série de negativos de fotos das atrocidades cometidas no campo de concentração de Mauthausen, na Áustria. O filme recebeu indicações ao Prêmio Goya de Melhor Direção de Produção, Melhor Figurino, Melhor Maquiagem e Cabelo e Melhor Direção Artística. Disponível na Netflix. 

O Pianista (2002) - Um pianista judeu polonês vê Varsóvia mudar gradualmente à medida que a Segunda Guerra Mundial começa. Szpilman (1911-2000) é forçado a ir para o Gueto de Varsóvia, mas depois é separado de sua família durante a operação Reinhard. A partir desse momento, até que os prisioneiros dos campos de concentração sejam liberados, Szpilman se esconde em vários locais entre as ruínas de Varsóvia. O drama recebeu indicações ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Direção, Melhor Fotografia, Melhor Figurino e Melhor Montagem. Disponível no YouTube. 

 

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, não discutiu a política monetária ou o quadro econômico atual, em discurso no qual lembrou o Holocausto. Ela comentou que o prédio principal do BCE, em Frankfurt, Alemanha, fica em uma área "ligada às atrocidades do Holocausto" durante a Segunda Guerra e ressaltou a importância de se buscar a unidade europeia, a fim de garantir que "a tirania e a injustiça estatal nunca prevaleçam de novo". Nesta sexta-feira (27), celebra-se o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

Lagarde lembrou que o local do prédio principal do BC "é um dos milhares de locais na Alemanha e pela Europa nos quais o regime nazista alemão pôs em ação o assassinato de milhares de membros da comunidade judaica e de outras minorias". O prédio atual da instituição fica num terreno que abrigava um mercado atacadista de Frankfurt, no qual judeus acabaram presos e depois foram deportados.

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Para lembrar as deportações e as mortes subsequentes, o BCE inaugura um memorial, em cooperação com a cidade e seu Museu Judaico de Frankfurt. A inauguração ocorre no 78º aniversário da libertação do campo de Auschwitz e há uma placa para lembrar a história, comentou ela em sua fala.

Lagarde ainda destacou o projeto da União Europeia como uma resposta à Segunda Guerra e ao Holocausto. Segundo ela, o compromisso de nunca permitir que algo do tipo volte a ocorrer dá expressão concreta aos esforços para construir uma Europa ainda mais unida, "que garanta nossa estabilidade política e econômica", com o euro como parte crucial disso.

A Samsung investiu em memória para desenvolver o novo Galaxy S23. A linha que vai concorrer com os modelos do iPhone 14 promete otimizar a rotina dos usuários com mais velocidade de transferência e armazenamento de dados.

A expectativa é que os smartphones sejam apresentados no dia 1º de fevereiro, no evento Unpacked, em San Francisco, nos Estados Unidos. Porém, rumores já adiantam que eles serão equipados com memória RAM LPDDR5X e armazenamento UFS 4.0.

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Enquanto a nova RAM deve oferecer uma velocidade de transferência de dados cerca de 33% mais veloz que a versão anterior, com menos consumo de energia, a UFS 4.0 propõe mais capacidade de instalar programas, arquivos e aplicativos com mais agilidade nos processos.

Três versões do Galaxy S23 devem ser lançadas no Unpacked. O modelo mais completo terá armazenamento máximo de 1 TB e RAM de 12 GB. 

Confira como o novo Galaxy deve ser apresentado ao mercado:

Galaxy S23: armazenamento de 128 GB ou 256 GB, e RAM de 8 GB

Galaxy S23 Plus: armazenamento de 256 GB ou 512 GB, e RAM de 8 GB

Galaxy S23 Ultra: armazenamento de 256 GB, 512 GB ou 1 TB, e RAM de 8 ou 12 GB

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O Museu Memória de Nazaré completa 10 anos e recebe novas instalações imersivas e interativas com experiências sensoriais. A revitalização foi patrocinada pela Diretoria da Festa de Nazaré – DFN, com uma equipe de especialistas e consultores de Belém e de outras cidades brasileiras.

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Com mantos da Imagem Peregrina, pedidos e promessas de devotos, fotos de romarias e cartazes de edições anteriores do Círio de Nazaré, o Memória de Nazaré proporciona aos visitantes uma viagem no tempo. A exposição apresenta a maior festividade católica do mundo desde o seu início até a sua atual formatação.

Julia Libânio, membro da Coordenação Pastoral de Turismo, afirma que o espaço é importante para peregrinos visitantes e viajantes, visto que é possível demonstrar devoção durante todo o ano, principalmente aqueles que não puderem estar no Círio ou desejam matar a saudade.

O Memória de Nazaré, após a revitalização, possui sete espaços, nos quais está apresentada a trajetória do Círio, de acordo com Julia. “Temos agora novos setores com tecnologia sensoriais, onde as pessoas podem ter essa sensação de como é a missa de descida da imagem. É o momento mais imersivo, podemos dizer assim”, revela.

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O apresentador de TV Zeca Camargo esteve no local e relata que, nessa prévia, já é possível sentir a força do Círio. Hoje à frente de um programa na Rede Bandeirantes de Televisão, Zeca participou da festividade pela primeira vez em 2015 e, desde então, tornou-se frequentador ativo.

“Eu falo para as pessoas sempre que basta você vir uma vez. Você entende a força do Círio, a cada vez essa força se renova. Acho que as pessoas estavam querendo viver isso de novo e, claro, para quem é de fora como eu, acho que a procura é muito grande. Mas o paraense sabe que vai ser uma festa especial”, destaca.

Sinthia Lima, pedagoga, mora em Macapá, mas isso não a impede de acompanhar o Círio. A pedagoga menciona que quem já viveu a festividade de perto consegue viver a real emoção passada. Sinthia também fala que viver esse momento é indescritível.

“Esse memorial vem mostrando exatamente o que é o Círio de Nazaré. Desde a entrada, quando passamos pelo histórico do Círio, de como iniciou o contraste da primeira imagem achada e como foi o esforço da população daquela época para preservar essa imagem até a construção da Basílica e até os dias atuais”, conclui.

Serviço

Museu Memória de Nazaré.

Local: Ao lado da Casa de Plácido, no Centro Social de Nazaré, em Belém.

Horário de atendimento: 9h – 20h (durante a semana) | 15h – 21h (domingos). Horário sujeito a modificações.

Valor da entrada: R$ 10,00 (inteira) | R$ 5,00 (meia).

Proibida a entrada com alimentos.

Permitido fotografar.

Horário de atendimento para grupos: 9h30 | 11h | 15h | 17h.

Informações: seatur@santuariodenazare.com.br | (91) 4009-8400.

Por Amanda Martins, Lívia Ximenes, Sergio Manoel e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

“Patrimônio edificado: presente vivido, passado lembrado” foi o primeiro assunto abordado na roda de conversa realizada no espaço das Vozes da Cultura Popular, na 25ª Feira do Livro e das Multivozes, em Belém. O encontro contou com a presença da arquiteta Paula Caluff Rodrigues, da psicóloga Andréa Mártyres e teve mediação da Karyna Moriya, do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (DPHAC).

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A preservação do patrimônio percorre todo o conjunto que faz parte do bem material como referência, importância e significado para as pessoas e regiões. O Cemitério da Soledade, assunto de estudo da arquiteta Paula Rodrigues no livro "Duas faces da morte: corpo e alma do cemitério Soledade", reúne todos esses elementos a partir das devoções populares existentes no espaço. Paula falou do processo de tombamento do cemitério e de suas referências culturais e históricas.

“Eu comecei a conversar com os frequentadores do Cemitério Soledade, com as pessoas que fazem as devoções às almas, que sempre vão às segundas-feiras. Ficou um banco de dados que ajudou imensamente a entender como era esse processo do mesmo bem ser apropriado de diversas maneiras, tanto pela riqueza imaterial, que são as devoções populares, quanto pela riqueza material, que é um cemitério do século XIX, com uma arte característica da época, que retrata muito dessa sociedade”, observou Paula Caluff.

 Atenta ao amor pela conservação e perpetuação da memória, Andréa Mártyres  colocou no papel a história do Hotel Farol, localizado em Mosqueiro. Ela destaca que ouvir relatos sobre o espaço foi seu incentivo para escrever sobre suas memórias e memórias de sua família que, até hoje, cuida do Hotel. “A ideia é de que a gente pudesse juntar os relatos dessas pessoas, assim como os relatos deixados pela minha avó, que viveu 100 anos, e poder registrar no livro. Além disso, a ideia é que o livro pudesse servir como fonte de pesquisa, sobre Mosqueiro, sobre a Ponta do Farol, e que pudesse estar compartilhando todas essas histórias e essas memórias”, relatou.

 Andréa Martyres falou sobre a experiência da construção da obra "Hotel Farol: história e memórias". “O projeto do livro durou oito anos. Foi uma coisa que levou bastante tempo, com muita dedicação, muito trabalho e muita superação também. E foi também um processo de autoconhecimento pra mim como neta, de entrar em contato com a história da minha família”, concluiu.

 Por Amanda Martins, Clóvis de Senna, Giovanna Cunha e Igor Oliveira (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Um estudo britânico publicado na revista científica Journal of Experimental Psychology: General - publicação da American Psychological Association - mostrou que usar dispositivos externos, como smartphones, para armazenar informações, não apenas ajuda a lembrar delas, como também a recordar de outras colocadas em segundo plano pelas pessoas. Pesquisadores sugerem que o uso de tecnologias pode aprimorar as habilidades de memória, no sentido de as pessoas conseguirem lembrar de tarefas que provavelmente esqueceriam ou que não seriam priorizadas.

O estudo vai na contramão de uma corrente de neurocientistas que teme que o uso de tecnologias afete as habilidades cognitivas de memória, e usa termos como "demência digital" e "amnésia digital" para descrever possíveis efeitos de smartphones e outros dispositivos. "Pudemos concluir que, quando as pessoas armazenam alguma informação em um dispositivo externo, elas ‘reutilizam’ a própria capacidade de memória interna para outros fins", afirma o neurocientista Sam Gilbert, autor sênior da pesquisa e professor da University College London (UCL), ao Estadão.

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Gilbert conta que o interesse principal do estudo era entender o que acontece com a memória quando pessoas decidem armazenar informações externamente, além de compreender como a importância da tarefa influencia a escolha de definir os lembretes. Para isso, envolveram 158 voluntários, de 18 a 71 anos, em um jogo de memória que desenvolveram em um computador com tela sensível ao toque, em três experimentos.

O jogo funcionava assim: os participantes viam até 12 círculos na tela e tinham de se lembrar de arrastar alguns para a esquerda e outros para a direita. Um dos lados era considerado de "alto valor" e outro de "baixo valor".

Entre as rodadas, os voluntários enfrentaram situações que poderiam escolher quais informações armazenar (no próprio computador) e algumas em que só podiam preparar lembretes para as de alto valor, além de testes surpresas, nos quais não podiam "colar".

DESCOBERTA

A primeira descoberta não foi chocante, mas, segundo Gilbert, ninguém havia feito um estudo do tipo para comprová-la: as pessoas tendem a usar lembretes externos para informações com alto valor associado.

"Um dispositivo de memória como um smartphone será mais confiável que nossa própria memória, pelo menos para certos tipos de informação", explica. "Faz sentido que, para as coisas mais importantes, usemos um dispositivo como um smartphone, que provavelmente será mais eficaz do que apenas confiar na própria memória."

COGNIÇÃO

Ao fazer lembretes no dispositivo digital para os círculos de alto valor, a memória melhorou para lembrar deles (18%). Algo que surpreendeu foi observar que a memória para os de baixo valor também aumentou (27%) - mesmo considerando quem não definiu lembrete para a tarefa com recompensa menor.

A principal hipótese para isso foi chamada de "transbordamento cognitivo": quando o conteúdo de alto valor é armazenado, a memória interna é realocada para o conteúdo de baixo valor.

Porém, isso tem um custo. Quando o dispositivo externo foi removido, os participantes tinham memória superior para conteúdo de baixo valor. Por isso, Gilbert destaca a importância de fazer backups. O neurocientista acredita que os benefícios de usar os dispositivos digitais, no entanto, superam esse risco. "As pessoas não devem se alarmar com o uso da tecnologia, devemos pensar na melhor forma de usar a tecnologia para capacitar as pessoas e melhorar vidas."

LIMITAÇÕES

Gilbert afirma, no entanto, que o estudo tem limitações e requer pesquisas posteriores para melhor embasar os resultados. Uma dessas limitações é que o foco do estudo foi entender os princípios gerais da memória.

Além disso, os pesquisadores usaram computadores com tela sensível para tocar os testes. Embora esperem que as descobertas se apliquem a qualquer outro dispositivo de memória, como smartphones, avaliam que o tema exige mais pesquisas.

Além disso, o estudo foi feito dentro de laboratórios. Entender a relação entre o uso de lembretes externos e a memória no dia a dia, portanto, carece de investigações.

Para ele, o uso de smartphones pode até ajudar na memória. "Pode melhorar a memória no sentido de que, ao armazenar algumas informações em um dispositivo externo, isso dá às pessoas a capacidade de lembrar informações adicionais com a própria memória, o que, de outra forma, não seriam capazes de fazer. Essa é uma maneira que o uso desses dispositivos pode melhorar a memória", argumenta. Para o especialista, o temor de cientistas de ocorrência de "demência digital" ou "amnésia digital" é "exagerado".

Quem nunca passou pela situação de ao entrar em outro ambiente esquecer o que ia fazer ali? Esse lapso de memória é chamado de “efeito porta”, termo criado pelo professor de psicologia e ciências cognitivas da Universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha, Tom Stafford. Ele considera que a memória falha, literalmente, ao se cruzar uma porta.

De acordo com a psiquiatra Danielle H. Admoni, a memória recente está ligada à atenção. “Se a gente está focado em muitas coisas, a nossa atenção diminui e, consequentemente, a nossa memória recente também”, explica a professora da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp).

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Segundo Danielle, o simples fato de a pessoa sair de um ambiente e pensar em outros assuntos vai fazendo com que ela tenha vários focos de atenção. Com isso, acaba esquecendo o foco de atenção primária. Para ter esses lapsos de memória, não é necessário que a pessoa esteja em um estado cognitivo vulnerável, com a mente muito sobrecarregada, mas que haja uma interposição de focos de atenção.

Situações de estresse ou quando a pessoa está com muitos problemas na cabeça para resolver, entretanto, aumentam as chances do “efeito porta”. “A gente está com a cabeça em mil outras coisas, tirando a nossa energia, e aquilo diminui a atenção para o que a gente está fazendo, com mil problemas, e não consegue focar no que está fazendo ali, naquele momento”.

Estudos feitos na Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, e na Bond University, na Austrália, comprovaram que quando passamos por uma porta, podemos ter lapsos de memória em relação a objetos, a coisas materiais. Um exemplo típico é aquele em que a pessoa está na cozinha lavando louça e pensa em ir ao quarto pegar um fone para ouvir música. Ao chegar no quarto, contudo, ela esquece por completo o que ia pegar naquele ambiente. Desiste e volta para a cozinha, onde continua a lavar a louça, sem ouvir a música que desejava.

“O simples ato de entrar ou sair por uma porta representa uma espécie de limite de evento na mente. Quando você muda de ambiente, muda também o foco de atenção, compartimenta a memória e a lembrança se torna mais difícil”, explica  o psiquiatria pela Unifesp, Adiel Rios, pesquisador no Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Mantendo o foco

Segundo a psiquiatra e professora da Unifesp, há maneiras indiretas de se manter a atenção naquilo que era primário.

“Um bom jeito é anotar, seja em uma agenda virtual ou de papel, colocar um alarme, por lembretes de cores diferentes para os compromissos. Porque, ao bater o olho, a gente lembra que tem que pagar a conta xis, levar o filho a tal hora na escola. A nossa cabeça já não dá mais conta de guardar tanta informação. Então, a gente tem que ter um recurso externo para isso, para justamente lembrar. Na hora que você olha aquilo, você lembra de alguma coisa que esqueceu, porque teve outros focos de atenção”.

De maneira geral, para manter a saúde mental em dia, é preciso procurar diminuir o estresse e ter tempo para coisas prazerosas. “Quando a gente está só pensando em trabalho, problemas que não consegue resolver, isso vai tirando a nossa energia. A gente tem que ter focos de distração também, como hobbies”, enfatizou Danielle.

A melhora da atenção e da memória também está fortemente ligada à atividade física e a uma boa noite de sono. “Ter um estilo de vida saudável, tentar não se sobrecarregar e recorrer a recursos externos. Tudo isso acaba ajudando a gente a não esquecer as coisas no dia a dia”.

Ainda segundo Danielle, a forma de ver o mundo e de responder aos conflitos tem grande influência na saúde mental. Quanto mais foco a pessoa dá a um determinado problema, mais o corpo responde com sintomas de estresse. Portanto, uma maneira de amenizar os problemas é desenvolver formas saudáveis de lidar com as próprias emoções. “Nesse sentido, a psicoterapia surge como uma aliada para o autoconhecimento, o autocontrole e a inteligência emocional”, destacou.

Técnicas

Para trabalhar tanto a atenção como a memória recente, especialistas indicam várias técnicas para evitar os lapsos de memória. Fazer uma lista do que deseja lembrar ou ainda agrupar informações importantes em uma sequência temporal, com começo, meio e fim. É importante evitar que outro pensamento ocupe sua mente enquanto você estiver realizando uma tarefa. Jogos como xadrez, quebra-cabeça e atividades como palavras-cruzadas proporcionam uma melhora perceptível à memória.

Outra técnica interessante é assistir a um episódio de uma série ou um filme e anotar em seguida o maior número de detalhes que lembrar ou ouvir uma história e contar a alguém da forma mais fiel possível.

Ler também é uma atividade importante, já que a leitura proporciona exercitar a imaginação, o raciocínio e a memorização. Também é possível resumir em texto o que foi lido ou estudado.

“A meditação também desempenha um papel importante no equilíbrio pessoal e contribui para o relaxamento e o descanso em um nível mais profundo, podendo ser praticada em casa, inclusive numa pausa do trabalho”, afirmou Adiel Rios.

Doença mental

Para a professora da Unifesp, os lapsos de memória, ou “efeito porta”, não significam que a pessoa tenha uma doença mental. “Mas é algo para ficar de olho, porque é incômodo quando você não consegue lembrar as coisas. Isso traz ansiedade e angústia”, completa.

No dia a dia, as pessoas costumam ficar expostas a uma grande quantidade de estímulos, o que leva a realizar várias tarefas simultaneamente. Entretanto, segundo Danielle, o cérebro não está acostumado a receber tantos estímulos e a processar inúmeras informações de uma vez só.

“O resultado é o esgotamento mental, podendo saturar o córtex cerebral, gerando uma mente hiper pensante, agitada, impaciente, com bloqueio criativo, baixo nível de tolerância e, claro, prejuízos na memória”.

Quando se tem uma situação de sobrecarga recorrente, é preciso pensar em novas estratégias e procurar um profissional de saúde mental. Terapeutas e psicólogos podem ajudar em casos mais brandos. Em casos mais graves, como o de pessoas com idade avançada, isso pode ser um sinal inicial de demência, e é necessário o auxílio de um psiquiatra.

Nesta sexta-feira, 17 de junho de 2022, o Brasil comemora os 60 anos da conquista do bicampeonato mundial. A copa de 1962 foi realizada no Chile e teve como principal destaque as atuações de Mané Garrincha, que na época defendia o Botafogo.

Na fase de grupos, o Brasil venceu o México por 2 a 0, empatou sem gols com a Tchecoslováquia – jogo que ficou marcado pela contusão que afastou Pelé do restante da competição – e travou um duro duelo contra a Espanha, vencendo por 2 a 1. 

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A seleção se classificou em primeiro do seu grupo e, nas quartas de final, conquistou vitória por 3 a 1 sobre a Inglaterra. Na semifinal, eliminou o anfitrião Chile por 4 a 2. 

Para fechar o torneio, nesta data, há 60 anos, o Brasil vencia a Tchecoslováquia  na final por 3 a 1. Aos 15 minutos, o meio-campista Josef Masopust abriu o placar para os tchecos. Porém os brasileiros não se abalaram e, logo aos 17, Amarildo, substituto de Pelé, empatou. 

A partida foi para o intervalo empatada em 1 a 1. O gol da virada só aconteceu aos 69 minutos, na reta final do confronto, quando Zito marcou para o Brasil. Vavá ampliou nove minutos depois, aos 78. Com o apito final, a seleção brasileira se sagrou bicampeã da Copa do Mundo.

O Brasil terminou a Copa com cinco vitórias em seis jogos. Foram 14 gols marcados e apenas cinco sofridos. Garrincha e Vavá foram os artilheiros, com quatro gols cada.

Para alguns, ela é a matriarca do samba em São Paulo. Outros, carinhosamente, chamam-na de "vovó do samba". Baluarte do ritmo na capital, Deolinda Madre, mais conhecida pelo apelido Madrinha Eunice, agora está imortalizada, em bronze, na Praça da Liberdade. Com 1,7 metros de altura por 60 centímetros de largura, a sambista de saia rodada, turbante, colares e pulseiras, é retratada de uma das maneiras que mais gostava de estar: dançando.

A obra da artista Lídia Lisboa é a segunda do projeto que vai homenagear, no total, cinco personalidades negras da cultura paulista, promovido pelo Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) da Prefeitura. O tributo é um passo importante no reconhecimento da ancestralidade africana na capital, destacam especialistas e ativistas.

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Madrinha Eunice fundou, em 1937, a Sociedade Recreativa Beneficente Esportiva da Escola de Samba Lavapés Pirata Negro. Mais antiga escola de samba ainda em operação na cidade, em 2022, completa 85 anos. Até os 87 anos, quando morreu, a paulista esteve à frente da escola e também do clube de futebol associado a ela. "(Era) de uma liderança formidável", conta a neta Rosemeire Marcondes, de 55 anos.

Conforme lembra a neta, que é presidente de honra da Lavapés, uma das principais lutas da avó foi pela oficialização e pelo reconhecimento do carnaval. "Ela foi um dos baluartes do samba, a primeira mulher negra, independente, avante do seu tempo, naquela época de 30, época de Getúlio Vargas, da ditadura, ela lutou, lutou e conseguiu."

A Lavapés, conforme artigo "Madrinha Eunice e Geraldo Filme: memórias do carnaval e do samba paulistas", do antropólogo Vagner Gonçalves da Silva, foi inovadora e ousada. Em uma terra de "cordões" se denominava "escola de samba" e desfilava ao som desse ritmo, fazendo referência aos grupos do Rio.

Comerciante, Madrinha Eunice era economicamente independente e inspirou gerações de mulheres a buscarem pelo mesmo. "Ela ensinou muito para as mulheres que se pode viver sem precisar de ninguém, cuidando de seus filhos, cuidando de sua família, com bastante luta e tranquilidade", destaca a neta.

Pesquisadora do Instituto de Artes da Unesp e uma das idealizadores do documentário "Lavapés: Ancestralidade e Permanência", Carminda Mendes André diz que a vivência mostra um "feminismo muito forte em solo nacional", e faz pensar sobre as origens do movimento.

"Normalmente, quando a gente começa a falar sobre o movimento feminista, vamos muito nos anos 60, nos Estados Unidos, com as mulheres brancas", fala. "Quando a gente se depara com a história da Madrinha Eunice… ela foi uma mulher que não se submeteu, por exemplo, a se manter com o marido, porque tinha a sua própria história. Era uma mulher de espírito independente."

Desde a morte da avó, Rosemeire luta pelo reconhecimento da importância dela para a cultura paulistana. "Foi muito honroso não só para o samba de São Paulo, mas para o povo negro, essa estátua ser instalada no bairro da Liberdade." Ela afirma que, desde a imigração japonesa, as origens pretas do bairro estavam sendo apagadas e esquecidas.

Carminda vê a estátua como parte de um movimento de reconhecimento das raízes africanas da Cidade. "É um modo de começar a recontar a história São Paulo sobre o ponto de vista dos negros", diz. "É uma maneira de trazer à tona uma memória ancestral."

'Se fez' na Liberdade

Filha de escravos alforriados, nasceu em 1909, na cidade de Piracicaba, no interior paulista. Veio à capital aos 11 anos. Sempre viveu nas imediações do bairro da Liberdade, na área central de São Paulo, onde, nas palavras da neta Rosemeire, "se criou e se fez".

Estudou até o quarto ano do primário e, ainda nova, largou os estudos para vender limões em uma banquinha. Independente e a frente de seu tempo, chegou a ter quatro grandes bancas de venda de frutas, que sustentavam os três cômodos que alugava em uma casa na Rua da Glória.

Era frequentadora assídua de festas religiosas, como a de Bom Jesus de Pirapora, e festejos carnavalescos, como o do Brás. Em 1936, conheceu o carnaval da Praça Onze, no Rio. Queria ver o festejo que presenciou na capital fluminense em São Paulo. Assim, junto a amigos e familiares, fundou a Lavapé.

Quando tinha 20 e poucos anos, a neta não lembra bem, conheceu Francisco Papa, o Chico Pinga, com quem se casou. Algumas décadas depois, separou-se dele, quando o marido pediu para que escolhesse entre ele e a escola. Ela escolheu o samba.

Mesmo sem poder ter filhos biológicos, teve 41 afilhados, pelas contas da neta. Daí veio o apelido de Madrinha Eunice. Os três cômodos da Madrinha tinham sempre entre oito e dez hóspedes, aos quais ela oferecia fartura.

Religiosa, era da quimbanda, mas, segundo a neta, frequentava também a Igreja Católica. O Exu dela era Veludo, patrono da escola. Carminda avalia que para a Madrinha, o carnaval ia muito além da folia. "A gente aprende, com Madrinha Eunice, que fazer carnaval, não é só a brincadeira, mas é também o louvor a suas entidades, que são afrobrasileiras."

Presidiu a escola até seus últimos dias. Artística, foi "embora cantando", como lembra a neta. Faleceu devido a complicações da diabetes aos 87 anos.

Projeto

A primeira estátua do projeto do DPH teve a primeira escultura inaugurada em dezembro do ano passado. Foi um tributo ao cantor Itamar Assumpção e está localizada no Centro Cultural da Penha (zona leste). Além de homenagear personalidades negras, os artistas também são pretos.

Ainda no dia 21 de abril, está prevista a inauguração da obra em homenagem ao músico e sambista Geraldo Filme, na Praça David Raw, na Barra Funda (zona oeste). Em maio, o atleta Adhemar Ferreira da Silva será imortalizado em escultura.

Lançado em setembro, o projeto tinha previsão de finalização em 180 dias a partir do lançamento. Porém, "especificidades técnicas dos procedimentos de construtivos das esculturas" demandaram o adiamento da conclusão. O prazo de 180 dias, então, passou a ser contado da instalação da primeira estátua, em dezembro.

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Em homenagem aos 406 anos da capital paraense, a exposição “Belém Viva Belém” destaca as “Memórias do Nosso Jornalismo Impresso” ao longo de 200 anos. Com curadoria da professora de História da Arte Rosa Arraes, a exposição está aberta no  2º e 3º pisos do Castanheira Shopping, com programação paralela de debates.

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No 2º piso, a mostra apresenta a primeira edição de vinte dos mais duradouros jornais impressos de Belém, a começar pelo O Paraense, de 1822 - primeiro jornal impresso no Pará. “A partir dele, proliferaram jornais de diferentes órgãos, escolas, religiões, sociedades secretas. Alguns com periodicidade regular, outros circularam em apenas um número, em homenagem a uma pessoa ou a alguma data histórica.”, conta Rosa Arraes.

A exposição elenca notícias que foram de grande importância ao longo de 200 anos, nas áreas de educação, ciência, política, arte, meio ambiente, cidade, sociedade, economia etc. 

Duas das maiores referências estão sendo homenageadas nesta mostra. O jornalista e empresário Romulo Maiorana, que faria 100 anos em 2022, e Paulo Maranhão, que completaria 150 anos. Os dois estiveram à frente dos jornais O LIBERAL e Folha do Norte, respectivamente.

Na segunda parte da mostra, no 3º piso, está uma parte da hitória de três jornais que são referência para o jornalismo impresso e para o estudo da Belém que guardamos na memória: O Paraense, A Província do Pará e  Folha do Norte. Todos encerraram suas atividades, mas continuam vivos nos arquivos das instituições da cidade.

O humor também conta a história do jornalismo impresso de Belém. Na virada do século passado, multiplicaram-se os jornais humorísticos literários, que defendiam principalmente o divertimento e o riso com seus desenhos e charges. A exposição apresenta a biografia de seis chargistas, e algumas célebres charges que divertiram os leitores e os ajudaram a entender os importantes contextos da cidade. Estarão presentes na mostra os seguintes chargistas:Manuel do Amaral (séc. XIX); Theodoro Braga e Nicephoro Moreira (virada do séc. XIX para o XX); Angelus (década de 30); Andrelino Cotta (década de 50) e Biratan Porto (séc XXI).

Programação paralela

O Castanheira Shopping, em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e o Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP), oferecerá ao público uma rodada de debates com historiadores e jornalistas, que abordarão a importância que os impressos tiveram na construção da democracia e dos direitos à cidadania em Belém.

Confira a programação que será realizada no Espaço Cultural do Castanheira Shopping (3º piso):

Mesa 01 - Dia 14/01 - às 17h.

Tema1: “O Uso dos Jornais para o Pesquisador” - com Profa. Dra. Magda Ricci (Diretora do Centro de Memória da Amazônia-UFPA).

Tema2: “O papel do jornalismo nos processos políticos” – com a jornalista Franssinete Florenzano (sócia efetiva do Instituto Histórico e Geográfico do Pará - IHGP)

Mediadora: Profa. Dra. Regina Lima - Vice-diretora da Faculdade de Comunicação da UFPA

Mesa 02 - Dia 21/01 - às 17h,

-Tema1: “ O Paraense” (1º Jornal no Norte do Brasil 1822) – com a Profa. Ms. Michele Barros (Profa. de História da Escola de Aplicação UFPA e Sócia efetiva do Instituto Histórico e Geográfico do Pará - IHGP).

-Tema2: “Imprensa alternativa no Estado do Pará” – com o jornalista e Escritor Paulo Roberto Ferreira.

Mediador: Hilbert Nascimento -Presidente da FUNTELPA.

Mesa 03 - Dia 28/01 - às 17h.

Tema1: “Jornais e Revistas no Modernismo Paraense” – com o Prof. Dr. Aldrin Moura de Figueiredo (Prof. do Programa de Pós-Graduação de História da UFPA e sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Pará´- IHGP).

Tema: “A charge na imprensa paraense” – com o jornalista e Prof. de História Ms. Walter Pinto (ASCOM /UFPA).

Mediador: Prof. Rodrigo Vieira - Diretor de Marketing TV Liberal.

Serviço

A exposição “Belém Viva Belém - Memórias do Nosso Jornalismo Impresso” fica aberta para visitação até 31 de janeiro, no Castanheira Shopping (BR-316 – Km 01 -S/N). De segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos, das 14h às 22h.

Da assessoria do evento.

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“Memorabilia” dá nome à primeira exposição individual do artista Felipe Ferreira, que pode ser vista gratuitamente na galeria Itaoca, localizado no Espaço Cultura Rebujo de 25 de novembro a 28 de dezembro. Formado em Arquitetura pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Felipe busca em elementos domésticos pontos em comum que ativem a memória afetiva do público paraense.

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“O processo de criação das obras foi uma pesquisa/imersão em álbuns de fotos antigas da minha família e umas boas horas de conversa com meus parentes mais próximos, foi algo bem espontâneo que aos poucos ia me mostrando os caminhos que eu deveria seguir. E acabei esbarrando em memórias que estavam adormecidas e outras que foram ressignificadas, fazendo com que toda essa experiência se tornasse em uma viagem de autoconhecimento”, declara Felipe sobre Memorabilia.

A obra de Felipe Ferreira se assemelha aos objetivos do Rebujo, espaço cultural que já promoveu o retorno de grandes artistas paraenses aos palcos, e após aprovação do público lança oficialmente a casa no circuito cultural de Belém. A vontade de abrir um espaço que unisse arte, gastronomia, literatura, poesia, moda, audiovisual, música, educação e eventos surgiu em 2018, quando Yasmin Almeida ainda morava em São Paulo. 

“Eu frequentava um bar em São Paulo que tinha uma veia artística muito forte. Ali vivi um pouco dos meus melhores dias e, ao retornar a Belém, percebi que fazia falta um lugar agregador e acolhedor”, lembra a sócia-proprietária. 

Ao sair do hospital que trabalhava no início da pandemia, Yasmin aproveitou para mergulhar de cabeça no sonho, e junto com ela o sócio e produtor audiovisual, Paulo Favacho.

“Tirar Rebujo do papel em meio a uma pandemia foi uma construção orgânica e desafiadora. Realizada por nós, familiares e amigos, arregaçamos as mangas e com passo de formiguinha fomos pintando, emassando paredes, decorando, arrumando, e após 1 ano e 8 meses, finalmente, estamos conseguindo inaugurar esse projeto tão sonhado, que é esta casa, que quer agregar, acolher e misturar, com a exposição do Felipe, artista que assina as artes já existentes na casa”, conta o sócio, Paulo Favacho. 

O Espaço Cultural Rebujo abre as portas oficialmente ao público nesta quinta-feira, 25, com a abertura da exposição “Memoriabilia”na galeria Itaoca, dentro do espaço. Rebujo fica na Rua São Boa Ventura, 171, no bairro da Cidade Velha.

Na galeria de fotos, veja alguns trabalhos de Felipe Ferreira.

Serviço

Aabertura da exposição “Memoriabilia”, de Felipe Ferreira.

Data da abertura: quinta-feira, 25 de novembro de 2021.

Período de visitação: 26 de novembro até 28 de dezembro.

Hora: a partir das 18h.

A partir do dia 1º de dezembro, a Casa abrirá a partir das 14h.

Local: Galeria Itaoca - Espaço Cultural Rebujo (Rua São Boa Ventura, 171, no bairro da Cidade Velha).

Da assessoria do evento.

 

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), localizada na Zona Norte do Recife, promove, nesta quarta-feira (11), palestra virtual em comemoração ao Dia do Estudante. A formação será ministrada pelo diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundaj, Mario Helio, a partir das 16h, no canal do YouTube da Fundaj Oficial.

Na ocasião, a coordenadora de Ações Educativas e Comunitárias do Museu, Edna Silva, fará a abertura da palestra ‘Corações de estudante: a Bahia de todos os Anísios’. “Nós adotamos as diretrizes e os pensamentos de Anísio nesse Dia do Estudante através das falas de Mario e Ciema junto ao Educativo. É um prazer celebrarmos a data apontando possibilidades de reflexões e exaltando ações que já têm o conceito do pensamento de Anísio”, explica a coordenadora através da assessoria.

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Serviço

Palestra virtual ‘Corações de estudante: a Bahia de todos os Anísios’

Quarta-feira (11), às 16 h

Canal do YouTube Fundaj Oficial

Gratuito

Presente este ano na competição de Cannes, a América Latina ganha destaque nesta quinta-feira (15) com "Memória", um filme símbolo do paradigma do cinema mais atual: gravado na Colômbia, produzido também pelo México, protagonizado pela britânica Tilda Swinton e dirigido por um tailandês premiado.

O filme de Apichatpong Weerasethakul, Palma de Ouro em 2010 por "Tio Boonmee, que pode recordar suas vidas passadas", estreia na reta final da competição, cujo júri anunciará no sábado os premiados.

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Junto com Swinton, participam a francesa Jeanne Balibar, os colombianos Juan Pablo Urrego e Elkin Díaz e o mexicano de origem espanhola Daniel Giménez.

"Tem um toque de melancolia e uma espécie de suspense", disse à AFP o diretor, sobre seu primeiro filme gravado fora da Tailândia, em inglês e espanhol.

A história se concentra em uma cultivadora de orquídeas que visita sua irmã doente em Bogotá. Alguns sons estranhos, como estrondos, que apenas ela escuta, impedem-na de descansar.

Começa, então, uma busca para encontrar a origem do fenômeno misterioso, em uma viagem sensorial e contemplativa que a levará para a floresta.

"Para mim, a realização de um filme, a experiência de assistir a um filme, é como um sonho, como uma imersão", declarou o cineasta, de 50 anos.

Ele foi para a Colômbia em 2017, para um festival de cinema, e ficou quatro meses por lá, como contou ao jornal francês Le Monde na semana passada.

"Me interessa muito a cultura latino-americana e, obviamente, a floresta amazônica", afirmou.

Ao longo destes meses, viajou muito. "Minha primeira intenção era ir para a Amazônia, mas me sentia tão fascinado pelas cidades e pelas pessoas que, até o momento, esse sonho ainda não foi realizado", acrescentou.

À margem de outras duas coproduções mexicanas, o musical "Annette" e "Bergman Island", com Tim Roth, "Memória" é o único selo latino-americano de longa-metragem.

Entre os curtas, dois brasileiros competem pela Palma de Ouro.

Em "Sideral", Carlos Segundo narra, com ironia e uma certa ternura, a fuga de uma faxineira... para o espaço. Ela foge em um foguete que decola do Brasil e, quando seu esposo e as autoridades se dão conta, já é tarde demais. Terão de esperar dois anos pelo seu retorno.

"Céu de Agosto" é uma "reflexão sobre o que significa ser brasileiro agora" e um "questionamento sobre o futuro", disse sua diretora Jasmin Tenucci.

Esta exploração se dá pela história de uma jovem grávida e angustiada com a saúde de seu bebê, em meados de agosto de 2019, quando uma imensa nuvem de fumaça escureceu, de repente, a cidade de São Paulo. Sua origem: os incêndios da Amazônia, que ardiam há mais de uma semana.

Concebido por meio de uma lembrança de infância do diretor da desenvolvedora TFL Studios, Leonard Menchiari, “The Eternal Castle [REMASTERED]” foi lançado em 24 de junho para Playstation 4 e Playstation 5 e homenageia clássicos do computador MS-DOS, entre eles “Prince of Persia” (1989) e “Another World” (1991), tanto em quesitos gráficos, como de jogabilidade.

No começo dos anos 1990, Menchiari encontrava um disquete no escritório de seu pai, onde continha um game que se tornaria inesquecível na memória do futuro desenvolvedor. Ao executar o jogo, o jovem foi surpreendido com cenários de cores ciano e magenta, mas em níveis exagerados, a ponto de acreditar que o software estava defeituoso.

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Apesar dos problemas, o garoto aos poucos se envolveu naquela aventura virtual, mas aquela foi a primeira e última vez que ele teria contato com o misterioso jogo, ao qual nunca soube do nome, pois o disquete foi danificado após ser removido do computador 486. “The Eternal Castle” surge em tempos atuais para tentar resgatar essas lembranças, por conta disso, também foi adicionado o “[REMASTERED]” no título, já que se trata da repaginação de um clássico que nunca existiu.

O game é ambientado em um cenário cyberpunk, já os gráficos exageram nos tons de ciano e magenta, assim como é descrito por Menchiari em suas lembranças. A escolha visual remete a um estilo retrô e minimalista, mas que não peca na hora de utilizar os poucos recursos para construir cenários variados.

Embora seja visualmente bonito, o estilo artístico pode impactar de maneira negativa na jogabilidade, uma vez que os personagens são representados por silhuetas e, em momentos de ação, pode confundir o jogador sobre quem é o protagonista e quem são os inimigos, já que em diversos momentos seus modelos são semelhantes. Além disso, o gráfico também camufla algumas armadilhas, como minas explosivas ou terrenos falsos, que podem causar certa frustração no decorrer da jornada.

Usuários do computador MS-DOS se sentirão homenageados, pois ao executar o game, a inicialização é idêntica a clássica tela preta de boot, com várias linhas de códigos, aos quais precisavam ser colocadas manualmente. Após uma apresentação nostálgica e uma rápida passagem pelos simples menus do jogo, será necessário escolher entre os personagens Adam ou Eve e, sem grandes apresentações, a jornada se inicia.

Na história, o herói recebe a missão de recuperar uma inteligência artificial, mas antes, precisa coletar itens para consertar sua nave que foi abatida pelo inimigo. A aventura levará o protagonista para diferentes fases, com temáticas e inimigos diferentes. O personagem não é dotado de nenhuma super-habilidade, mas dispõe de movimentos simples, como andar, correr, pular, executar socos ou chutes e se utilizar de armas brancas ou de fogo.

As fases são variadas de momentos de ação e resoluções de quebra-cabeças, com desafios moderados. “The Eternal Castle [REMASTERED]” não é um game repleto de dificuldades, apenas os momentos finais exigirão um pouco mais de atenção por parte dos jogadores, o que pode afastar aqueles que buscam por um grande confronto, mas também pode aproximar os mais casuais. Assim como em jogos antigos, o título não é muito extenso, e pode ser concluído em cerca de duas ou três horas.

“The Eternal Castle [REMASTERED]” é a representação de uma lembrança dos anos 1990 que, por si só, pode atrair diversos jogadores desta época, mas, o visual retrô também pode distanciar os que iniciaram no universo dos games com aparelhos mais avançados, como Playstation 2 ou até mesmo Xbox 360. O título pode ser considerado obrigatório para os que jogaram “Prince of Persia” em seu lançamento e se apaixonaram pela jogabilidade, embora também seja uma boa oportunidade para conhecer um pouco sobre o que eram os videogames há algumas décadas.

A caatinga é um bioma totalmente nacional que representa cerca de 11% do território brasileiro e está presente no Nordeste e no norte de Minas Gerais. Em uma das plantas nativas desse bioma, um grupo de cientistas identificou substâncias medicinais que podem ser boas para a memória.

O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Kirley Canuto, que coordena os estudos, conta que foi selecionada uma variedade de açucena [planta herbácea] encontrada em solo cearense, benéfica para várias doenças crônicas. 

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O nome científico dessa espécie de planta com flor é Hippeastrum elegans. Na linguagem popular, além de açucena, também é conhecida como lírio, cebola-do-mato, cebola-berrante e flor-da-imperatriz. As mudas de açucena foram colhidas nas cidades de Pacatuba, que faz parte da Grande Fortaleza, e em Moraújo, a cerca de trezentos quilômetros da capital cearense.

Depois disso, foram cultivadas em canteiros da Embrapa. O pesquisador Kirley Canuto disse que estão sendo realizados testes farmacológicos e testes pré-clínicos.

O grupo pretende seguir com as análises para avaliar o desenvolvimento de novos fármacos que podem custar menos para o consumidor.

A pesquisa teve início em 2016 e contou com uma equipe multidisciplinar de 20 profissionais da Embrapa Agroindústria Tropical e das universidades Estadual e Federal do Ceará, além de estudantes universitários. 

Kirley Canuto disse, ainda, que "mudas de açucena estão sendo analisadas em testes pré-clínicos em roedores para avaliar os efeitos sobre a perda de memória."

O jornalista Erick Bang foi até o seu Twitter para explicar o motivo de estar longe da telinha. Ele disse que o seu sumiço da GloboNews se deu por conta de um acidente que sofreu em maio. Na rede social, o âncora do canal de notícias disse que chegou a ficar um certo momento sem memória.

"Povo, após um tempinho longe, estou voltando. Há quase 3 semanas, sofri um acidente de trânsito e perdi a memória momentaneamente. Levei 12 pontos na cabeça, fiquei com o olho do Rocky no 10° round, mas já estou bem, e o que ficou foi uma cicatriz e essa não memória", explicou Bang no microblog.

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Interagindo com os seguidores, Erick Bang contou que o seu retorno ao trabalho está marcado para este final de semana: "A partir de sábado, 12h30 (hora de Brasília), estou de volta à tela da GloboNews. E na segunda, 00h (hora de Brasília), de volta à #Edicao0. Então, já, já, a gente volta a se encontrar pela TV. Até lá!". Erick apresenta na GloboNews o Jornal da Meia-Noite desde 2011.

Confira:

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