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O jornalista paraense Paulo Roberto Ferreira lança nesta quinta-feira (30), em Belém, o livro de crônicas “Roubaram meu Libertango”. A obra será autografada na editora Paka-Tatu, localizada na Rua Bernal do Couto, 785, bairro do Umarizal, das 17h30 às 21h30.

Paulo Roberto reúne 31 textos que recuperam sua trajetória como jornalista profissional e conta pequenas e grandes tragédias que vivenciou. Na crônica que dá nome ao livro, ele narra um episódio do tempo em que era solteiro e dividia uma casa com um amigo. Na ocasião, um ladrão entrou no imóvel e, para a surpresa dos moradores, roubou somente discos, entre os quais o LP em vinil “Libertango”, do compositor argentino Astor Piazzolla. Paulo Roberto Ferreira parte desse fato para uma reflexão sobre perdas e ganhos no aspecto cultural e retrata experiências próprias dos anos no jornalismo.

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“Selecionei 31 textos publicados a partir de 2014, em jornais impressos, site, portal e na minha página no Facebook. O título foi o gancho para falar de perdas e ganhos na área cultural. Um ladrão entrou em minha casa, na década de 1980 e levou somente discos, em formato de LP. O que eu senti mais falta foi do 'Libertango', com várias faixas do genial músico argentino Astor Piazzolla”, contou ele.

Além da experiência do vinil roubado, Paulo destaca outras narrativas no livro. “As crônicas abordam desde a paixão das maiores torcidas de futebol no Pará ('A batalha de urina'), como também sobre o reduzido espaço dedicado aos outros esportes ('Viva a regata'). Tem outra que narra o esforço de um jornalista para realizar uma reportagem a ponto de usar um 'Avião sem banco, cinto e porta'. Outras crônicas discorrem sobre a destruição ambiental: 'Mariana é aqui' e 'As agonias de um rio'", informou.

O livro trata ainda das memórias de um tempo em que o jornalismo usava máquina de escrever manual e os enormes equipamentos de telex e telefotos (“O barulho nas redações dos jornais”). Uma crônica versa sobre o tratamento nacional da mídia e da publicidade, "que ofertam edredom e pautam matérias sobre o inverno sudestino em pleno mês de julho em Belém ('Aqui está fazendo calor')". Em “Avião sem banco, cinto e porta”, Paulo Roberto Ferreira fala da dificuldade das coberturas jornalísticas na Amazônia, devido aos difíceis e precários deslocamentos.

"Roubaram meu Libertango" é o quinto livro de autoria do jornalista. Nascido em Belém, Paulo Roberto Ferreira já trabalhou como repórter, redator e editor em jornais e revistas. Também trabalhou como apresentador e diretor de TV.

Ele já publicou “A censura no Pará - A mordaça a partir de 1964”, “Encurralados na Ponte - O massacre dos garimpeiros de Serra Pelada”, “O apagador de florestas”, “Mosaico Amazônico” e também é coautor do livro “O homem que tentou domar o Amazonas”.

Por Painah Silva (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O jornalista paraense Paulo Roberto Ferreira lança nesta quinta-feira (30), em Belém, o livro de crônicas “Roubaram meu Libertango”. A obra será autografada na editora Paka-Tatu, localizada na Rua Bernal do Couto, 785, bairro do Umarizal, das 17h30 às 21h30.

Paulo Roberto reúne 31 textos que recuperam sua trajetória como jornalista profissional e conta pequenas e grandes tragédias que vivenciou. Na crônica que dá nome ao livro, ele narra um episódio do tempo em que era solteiro e dividia uma casa com um amigo. Na ocasião, um ladrão entrou no imóvel e, para a surpresa dos moradores, roubou somente discos, entre os quais o LP em vinil “Libertango”, do compositor argentino Astor Piazzolla. Paulo Roberto Ferreira parte desse fato para uma reflexão sobre perdas e ganhos no aspecto cultural e retrata experiências próprias dos anos no jornalismo.

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“Selecionei 31 textos publicados a partir de 2014, em jornais impressos, site, portal e na minha página no Facebook. O título foi o gancho para falar de perdas e ganhos na área cultural. Um ladrão entrou em minha casa, na década de 1980 e levou somente discos, em formato de LP. O que eu senti mais falta foi do 'Libertango', com várias faixas do genial músico argentino Astor Piazzolla”, contou ele.

Além da experiência do vinil roubado, Paulo destaca outras narrativas no livro. “As crônicas abordam desde a paixão das maiores torcidas de futebol no Pará ('A batalha de urina'), como também sobre o reduzido espaço dedicado aos outros esportes ('Viva a regata'). Tem outra que narra o esforço de um jornalista para realizar uma reportagem a ponto de usar um 'Avião sem banco, cinto e porta'. Outras crônicas discorrem sobre a destruição ambiental: 'Mariana é aqui' e 'As agonias de um rio'", informou.

O livro trata ainda das memórias de um tempo em que o jornalismo usava máquina de escrever manual e os enormes equipamentos de telex e telefotos (“O barulho nas redações dos jornais”). Uma crônica versa sobre o tratamento nacional da mídia e da publicidade, "que ofertam edredom e pautam matérias sobre o inverno sudestino em pleno mês de julho em Belém ('Aqui está fazendo calor')". Em “Avião sem banco, cinto e porta”, Paulo Roberto Ferreira fala da dificuldade das coberturas jornalísticas na Amazônia, devido aos difíceis e precários deslocamentos.

"Roubaram meu Libertango" é o quinto livro de autoria do jornalista. Nascido em Belém, Paulo Roberto Ferreira já trabalhou como repórter, redator e editor em jornais e revistas. Também trabalhou como apresentador e diretor de TV.

Ele já publicou “A censura no Pará - A mordaça a partir de 1964”, “Encurralados na Ponte - O massacre dos garimpeiros de Serra Pelada”, “O apagador de florestas”, “Mosaico Amazônico” e também é coautor do livro “O homem que tentou domar o Amazonas”.

Por Painah Silva (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

A jornalista e escritora paraense Cristina Serra lançou, na última terça-feira (14), em Belém, seu mais novo livro: “Nós, sobreviventes do ódio – crônicas de uma país vevastado”, obra que reúne 224 crônicas escritas pela autora e publicadas no jornal Folha de S. Paulo entre 2020 e 2023. O livro aborda as crises políticas que marcaram o Brasil nos últimos quatro anos, durante o governo de Jair Bolsonaro.

Formada pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Cristina se tornou uma das jornalistas mais respeitadas do Brasil. Trabalhou durante 26 anos na Rede Globo, além de outros veículos como Jornal da Band e Veja. Atualmente, é colunista da Folha de S. Paulo e do ICL Notícias. Em entrevista ao portal LeiaJá Pará, a jornalista falou sobre a relação entre jornalismo e política, a importância de ampliar esse debate e o processo de produção da obra. 

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As crônicas presentes no livro se passam em períodos marcantes da história brasileira. O que lhe levou a reuni-las em sua obra?

Eu recebi a sugestão de escrever o livro a partir de leitores, quando publiquei algumas colunas que deram maior repercussão. Vários leitores na caixa de comentários da Folha de S. Paulo sugeriram, e diziam: “Poxa, você tem escrito sobre assuntos tão importantes e que retratam tanto que a gente está vivendo. Me sinto representado pelo que você está escrevendo. Seria tão importante que você reunisse as colunas em um livro.

E foi assim que nasceu a proposta. Fui amadurecendo a ideia e decidi fazer uma seleção de 224 colunas, que retratam bem esses últimos anos durante o governo Bolsonaro. As colunas oferecem para o leitor um retrato do que foi o Brasil, sobretudo nos três últimos anos do governo Bolsonaro. O livro reúne textos de 2020 até o início de 2023, já com o governo Lula, justamente falando da transição do governo Bolsonaro para o governo Lula.

Como ocorreu o processo de seleção dos artigos no desenvolvimento do livro?

A seleção foi feita a partir de alguns critérios. As colunas refletiam esse momento que a gente viveu no Brasil, mas a partir de quatro temas específicos, que são os ataques de Bolsonaro à democracia, os ataques ao povo durante a pandemia, os ataques aos direitos humanos e ao meio ambiente. Esses foram os assuntos sobre os quais eu mais escrevi. Eu digo que esses quatro temas são a base do livro, a partir de uma reflexão que eu fiz no momento em que desenvolvia o livro, sobre o que estava acontecendo no  Brasil. 

Eu acho que os textos representam muito bem o que foi o governo Bolsonaro. Ele atacou as instituições e a democracia, muito a partir dos assuntos abordados no livro. E sobretudo, claro, quando eu falo de ataques ao povo brasileiro, é o que ele fez e o que ele deixou de fazer durante a pandemia. Eu considero isso ataques ao povo brasileiro, quando ele não se empenhou em comprar vacina, quando ele não recomendou o uso de máscara, quando ele recomendou a cloroquina. E isso resulta nesse número absurdo e trágico de mais de 700 mil brasileiros mortos na pandemia. Aliás, eu dedico o livro a essas vítimas.

Você acredita que o livro pode ser um instrumento de formação de opinião?

Um dos objetivos, eu diria, era sistematizar essas crônicas e fazer um retrato desse momento terrível da história brasileira. Mas o segundo objetivo, que complementa o primeiro, é fazer com que esse livro seja um documento da memória brasileira, de fato, para que não se repita mais nada parecido com o que a gente viveu nesses quatro anos de terror, de horror total. Foi o pior governo da história contemporânea brasileira, do período democrático. O que aconteceu no Brasil precisa ser documentado, lembrado, para que esses crimes não fiquem impunes. Bolsonaro precisa ser investigado, processado e, de preferência, condenado e preso. Eu espero que o livro dê uma contribuição nesse sentido.

De tudo o que é mencionado no livro, há alguma crônica em que houve maior sensibilidade ao escrever, por se tratar de uma assunto mais delicado?

Em alguns momentos foi muito difícil escrever algumas crônicas, sobretudo durante a pandemia. Foi realmente muito difícil para todos nós brasileiros que perdemos algum amigo, algum parente ou mesmo para os que não perderam, mas que vivenciaram o isolamento e a perda de empregos. O impacto disso na nossa saúde mental, emocional, os impactos da pandemia são de caráter prolongado e foram prolongados e aprofundados no Brasil pelas ações e omissões de Bolsonaro, e não precisava ter sido assim. Mas a gente tem que escrever, é o meu trabalho como jornalista e escritora. Isso precisa ficar documentado porque a sociedade brasileira precisa encarar isso para que isso não se repita.

O que você pretende despertar nos leitores com a obra?

Eu espero que o conteúdo presente no livro faça o leitor refletir sobre como a democracia é fundamental, como nós precisamos da democracia e como nós precisamos defendê-la. Democracia não é uma abstração. Nós precisamos refletir sobre a importância da democracia que foi tão atacada durante esses últimos quatro anos.

Tenho certeza que defender a democracia é uma tarefa de cada cidadão. E é o que eu procuro fazer. No jornalismo e na literatura. Você faz isso na universidade, com a sua família, com os seus amigos, conversando, debatendo com respeito, com civilidade. Eu espero que o livro seja uma contribuição nesse sentido. Eu gosto de dizer que é um "tijolinho" nessa construção democrática que todos nós precisamos fazer.

Por Messias Azevedo e Gabriel Pires (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 

 

 

Amigos, família, artistas e vizinhos são a fonte inspiradora de "A Distância", novo livro da escritora e jornalista Laura Vasconcelos. A obra contém 35 crônicas com temas do cotidiano, como experiências pessoais, filmes, músicas, novelas, términos de relacionamento, sentimentos durante a pandemia, entre outros. O lançamento será neste sábado (3), na 25ª Feira do Livro e das Multivozes, no Hangar Centro de Convenções e Feiras, em Belém.

Além de "A Distância", a escritora publicou outro livro de crônicas: "Fugacidade dos dias", lançado em 2020 – o primeiro livro de Laura –, possui uma linguagem mais leve, com doses de comédia. "A Distância" é um livro mais denso e foi escrito quase durante toda a pandemia.

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“O ‘Fugacidade dos dias’ foi um livro que eu escrevi meio que no impulso, escrevi muito rápido e logo publiquei. Esse livro ["A Distância"] demorou mais um pouco. Está pronto desde junho de 2020, mas como tudo estava parado ele levou mais tempo para existir. Além de ser um livro mais melancólico, mais sentimental, o que eu acho que não poderia ser tão diferente percebendo o momento em que ele foi escrito”, conta.

 O fascínio pela escrita começou em 2010, quando Laura tinha 16 anos. Ela relembra que sempre gostou de ler e escrever. “Minha mãe é professora e muitas vezes me levava para a escola quando ia trabalhar e me deixava com acesso livre à biblioteca, aí peguei gosto pela leitura e pela escrita”, relata.

 Com textos curtos, linguagem simples, abordando temas comuns do dia a dia, a crônica é um gênero textual que tem como principal objetivo provocar a reflexão sobre o assunto abordado. A jornalista fala o porquê da escolha. “A crônica é um universo de infinitas possibilidades. Ela te deixa livre para você escrever o que quiser, do jeito que quiser, quando quiser e tudo pode virar uma crônica”, explica.

 “Meu cronista preferido diz que: ‘A crônica é botar uma lupa num grão de arroz’, ou seja, é transformar algo simples e trivial em algo extraordinário, enxergar alguma coisa em um assunto que outras pessoas não conseguem. Acho que essa liberdade que me encantou e me fez escrever crônicas”, complementa Laura.

 Em seu Instagram, Laura publicou que estava quase desistindo e brincou ao chamar o livro de "teimoso" pela insistência em existir. Ela comenta que foram três anos de produção, escrita, edição e impressão até a publicação. “Já tinha escrito outro porque estava quase sem esperanças. Até que a editora me mandou finalizado; quando reli, eu percebi que ele tinha que existir”, relembra.

 A escritora descreve a sensação de estar publicando sua segunda obra e acredita que teve o seu dever cumprido. “Eu espero que as pessoas se sintam mais próximas das histórias que estão no livro. A principal mensagem do livro é que sempre vai ter alguém que pode estar passando ou pensando igual, e se sentir menos sozinho”, destaca.

Laura conclui aconselhando pessoas que têm vontade de se aventurar na escrita do primeiro livro: “Escreva. O que faz de você um escritor é escrever, mesmo que sejam textos só para desabafar. Viva experiências novas, aventuras e leia muito. Tudo isso ajuda muito”, incentiva.

Por Even Oliveira, Isabella Cordeiro e Matheus Silva (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

Nesta quinta-feira (4), o escritor Samarone Lima lança seu novo livro "o Elefante Azul - Crônicas das coisas mínimas e desnecessárias", no Casbah, localizado no Sítio Histórico de Olinda, no Grande Recife. A obra consiste em uma seleção de textos publicados pelo autor em blogs, revistas, jornais e sites, desde 2005.

O livro é apresentado pela Confraria do Vento, que já publicou dois livros de poesia do autor. “São crônicas que fui escrevendo, publicando e arquivando, e quando fui olhar o acervo, tinha mais de 900 textos publicados. São todos ligados ao cotidiano, aos personagens que encontrei nas ruas, praças, às minhas perambulações cotidianas, já que gosto muito de escutar as histórias alheias. Há também uma geografia envolvida nisso, porque os  primeiros textos surgiram no Poço da Panela, onde morei quase dez anos, depois Rua da Aurora e agora, Olinda, onde vivo”, explica Samarone.

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A obra é produto de um projeto aprovado pelo Funcultura antes da pandemia, mas só agora ficou pront. O livro é encerrado com um texto sobre o nascimento de seu primeiro filho, Samir, em novembro de 2021. A mãe de Samir, Aura Carolina, aliás, atuou como produtora do projeto.

"Tenho um lado muito forte, que é o da poesia, e sou jornalista de formação, com muitos anos de redação. Talvez as crônicas sejam uma mistura dessas duas estradas, porque elas permitem um lirismo, um despojamento, uma espécie de revelação de certos momentos da alma”, diz Samarone.

O escritor também destaca o caráter delicado de alguns textos. "Algumas pessoas mais chegadas me saíram com essa. Era uma história de que eu tinha um menino, lá em casa, ele ficava debaixo da escada espiralada que leva para o primeiro andar. Em alguns momentos, alguns dias específicos, o menino aproveitava que eu estava dormindo, subia, ligava o computador e escrevia em meu lugar. Os melhores textos, portanto, os mais delicados, penso, seriam do tal menino, ou o Menino Tao, se for o caso. Estou começando a achar que é verdade. Nunca o vejo direito, mas penso que ele existe. No fundo, é bom ter alguém para escrever no lugar da gente, quando falta algo para dizer", acrescenta Samarone. 

Sobre o autor:

SAMARONE LIMA é prosador e poeta. Nasceu no Crato, Ceará, morou em oito cidades de diferentes estados e há cinco anos vive em Olinda, onde teve o Sebo Casa Azul. É autor dos livros jornalísticos Zé: José Carlos Novaes da Mata Machado - reportagem biográfica, Mazza, 1998,  Clamor - a vitória de uma conspiração brasileira, Objetiva, 2003, e Viagem ao crepúsculo, Casa das musas, 2009, finalista do Prêmio Jabuti em 2010.

Em 2014, com o livro de poesia O aquário desenterrado, pela Confraria do Vento, ganhou o 2º Prêmio Brasília de Literatura e o Prêmio Alphonsus de Guimaraens, da Fundação Biblioteca Nacional. Lançou, também pela Confraria, em 2016, A invenção do deserto. Em 2019, publicou, pela CEPE, Cemitérios clandestinos.

Serviço: Lançamento de O Elefante Azul - Crônicas das coisas mínimas e desnecessárias

4/08 (Quinta-feira)

A partir das 17h33

Local: Cashbah (Olinda).

Preço: R$ 51,00

Mais informações: 9.99884003/ 997274095

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A professora, pesquisadora e escritora Jeniffer Yara divulgou, na última sexta-feira (25), o lançamento do livro “Crônicas paraenses: novos olhares sobre cenas locais”, fruto de um projeto idealizado por ela e que foi contemplado pela Lei Aldir Blanc, pelo edital Juventude Ativa, do Movimento Emaús. A ideia inicial era trabalhar com crônicas paraenses, fazer a leitura e discutir sobre elas e as temáticas nelas abordadas.

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Segundo a professora, o projeto teve uma oficina on-line, em que os participantes inscritos puderam fazer exercícios a partir de leituras e discussões. O trabalho final era escrever uma crônica para ser publicada no livro.

Jeniffer diz que a proposta do livro é proporcionar o protagonismo da autoria paraense, especificamente da juventude, e trazer à tona novos olhares e novos autores. Segundo ela, o livro apresenta diferentes estilos de escrita e perspectivas sobre a região do Pará. Além de Belém e Ananindeua, também foram abordados temas relacionados a cidades interioranas.

“Além disso, incentivar e valorizar a produção textual por meio dessa publicação. Geralmente, os alunos são pessoas muito jovens, que estão no ensino médio, que terminaram e passaram no vestibular agora, ou pessoas formadas, mas que não acreditam tanto na sua escrita ou acham que não podem ser publicadas, que seria impossível de acontecer. Esse projeto veio para tentar desmistificar isso”, aponta.

A crônica foi o gênero escolhido porque ela se relaciona muito ao contemporâneo e ao que está acontecendo ao nosso redor, observa Jeniffer. Ela destaca o dinamismo e a acessibilidade do gênero em relação à linguagem.

Segundo a pesquisadora, o edital não proporcionava tanto tempo para serem trabalhados outros gêneros. “Não que escrever crônica seja fácil, mas é um gênero mais acessível pela leitura, pelas discussões que teríamos sobre ela, e pela escrita também, pelo tempo de escrita e publicação. Além disso, ela dá essa liberdade do participante, do autor falar sobre si, falar sobre o que está ao seu redor, sobre o seu cotidiano, sua cultura, seus atos. A partir disso, o que eu pretendia era evidenciar tudo isso no contexto regional, no contexto paraense”, complementa.

A professora relata que a experiência de unir diversas produções em um só livro, com temáticas diferentes, foi interessante e surpreendente.  “A única questão que amarra muito as temáticas é a identidade. O que você pensa, o que você lê, o que você gosta, o que você ama, que é característico daqui ou que pertence a você enquanto autor, escritor paraense, que quer escrever, quer ser lido e se expressar por meio da escrita”, afirma.

A também escritora aborda a importância do incentivo à leitura de autores paraenses e destaca que a população tem o costume de ler o que vem de fora, livros estrangeiros e autores de outras regiões. “A gente conhece muito a literatura de fora, nem que seja por ouvir falar, mas falta essa leitura de autores paraenses”, observa.

As pesquisas da professora são dirigidas para autores regionais. Ao iniciar esse projeto literário, Jeniffer destaca que deparou com a diversidade da autoria paraense, das histórias, das narrativas e das publicações.

"Temos uma rica produção literária que é desconhecida por muitos, principalmente pelos jovens", assinala. Além disso, ela ressalta a ausência da literatura paraense como disciplina nas escolas. “Às vezes é preciso realmente fazer um trabalho de investigação para conhecer alguns autores, porque eles existem. Eles estão por aí, em várias cidades do Estado, e que precisam ser lidos”, reitera.

Jeniffer dá destaque para os autores que estão publicando obras nas plataformas digitais, mas que também não são lidas. “A gente precisa falar sobre eles porque é uma literatura rica, diversa e muito bem feita, muito bem escrita, que fala sobre nós, sobre a nossa história, sobre as nossas memórias e que também se relaciona aos temas universais. Então por que não levar a nossa literatura pra fora daqui também?”, questiona.

A professora acredita que esses novos autores vão continuar escrevendo com o desejo de serem publicados. “Outros autores podem se inspirar neles também e outros projetos podem surgir a partir desse projeto, do conhecimento dele, do que ele foi. Uma nova cadeia, uma nova circulação de ideias e textos podem ser feitas a partir disso. Acredito que é nisso que ele se relaciona, que contribui para essa importância, para esse incentivo à leitura de autores paraenses”, acrescenta.

Para apoiar esses novos escritores, Jeniffer afirma que é possível fazer isso por meio da leitura. Ela ressalta que existem diversos suportes em que os textos podem circular de maneira gratuita, para o autor e para o leitor.

Além da leitura, ela destaca outras formas de apoio para os que estão iniciando a jornada de escritores, como divulgá-los, valorizar e consumir o que é produzido por essas pessoas. “Quando eu falo em consumo, é no geral. Consumir lendo, consumir falando, consumir divulgando, compartilhando, e comprando também as obras porque os autores precisam sobreviver”, afirma.

Jeniffer ressalta ainda o suporte das editoras, dos professores e o papel deles nesse processo, por meio da publicação e do incentivo da escrita desses autores. “Eu acho que a sociedade pode fazer muito para apoiar esses autores iniciantes e também os autores que já estão no mercado, mas que perduram e que continuam tentando alcançar cada vez mais leitores”, conclui.

Serviço

Livro disponível no site: https://www.jenifferyara.com/projetos

Booktrailer – “Crônicas paraenses: novos olhares sobre cenas locais: 

https://www.youtube.com/watch?v=K9bJX4-wYyE&t=52s

Por Isabella Cordeiro.

 

 

O cronista Joca Souza Leão lança, nesta terça-feira, dia 12 de novembro, seu novo livro: A Primeira Vez. Crônicas e 101 Diálogos (Im)prováveis, sua quarta publicação editada pela Cepe - Companhia Editora de Pernambuco. O evento de lançamento, aberto ao público, acontece no Bar Real, em Casa Forte, a partir das 19h. O livro é dividido em duas partes, com dois prefácios.

Na primeira, 70 crônicas, prefaciadas por Everardo Maciel, que põe de lado seu saber tributário para discorrer, com coloquialidade e fluidez, como numa crônica, sobre a obra e o autor. Na segunda parte, os 101 diálogos têm prefácio do jornalista, escritor e compositor Aluízio Falcão.

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 As crônicas de Joca, tanto neste livro quanto nos anteriores, traduzem o que se pode chamar de ethos pernambucano: gostos, costumes e valores de personagens anônimos e famosos. Quando não pernambucanos, vistos com um olhar pernambucano ou, pelo menos, a partir de Pernambuco. Ao narrar suas crônicas, Joca faz um registro de sua época, apresentando, mais que episódios bem-humorados, preciosos testemunhos da micro história cotidiana. 

O repertório das crônicas é variado: política - "assunto incontornável nesses tempos de cóleras e abismos", diz o autor; a cidade em si - questões urbanas sobre as quais o cronista se permite sugestões concretas que estão a merecer atenção de prefeitos sensíveis; pequenos dramas e comédias do cotidiano; reminiscências pessoais para além do meramente nostálgico, como futebol e cultura; entre outros temas.

Sobre os diálogos contidos no livro serem prováveis ou improváveis, Joca diz que são as duas coisas. "Alguns são literais, ipsis litteris. Outros, metzzo a metzzo. E em alguns, os personagens talvez não tenham falado exatamente o que anotei; mas que pensaram, pensaram. No livro, eu explico tudo direitinho", afirma. O livro tem o projeto gráfico assinado por Ricardo Melo.

*Da assessoria

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Parentes, amigos, colegas de trabalho e admiradores do jornalista Euclides Farias, que morreu em agosto do ano passado, têm encontro marcado na quarta-feira, 8 de maio, na Casa da Linguagem, em Belém. Na ocasião, o governo do Pará, por meio da Imprensa Oficial do Estado, fará o lançamento de um livro póstumo do jornalista, “Rir é o melhor corretivo” (Ioepa, 133 pág., R$ 30,00), que reúne 45 crônicas de sua autoria. A sessão de autógrafos, sob a responsabilidade de Daniele Almeida, viúva do autor, vai começar às 18h30.

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O livro vinha sendo planejado por Euclides Farias para marcar os 60 anos que completaria em novembro último. Três meses antes do aniversário, porém, Euclides perdeu a batalha contra a leucemia.

Para viabilizar a publicação, um verdadeiro mutirão de amigos do jornalista responsabilizou-se pela produção editorial antes que o livro entrasse no prelo da Ioepa. A pesquisa de conteúdo foi feita por Daniele Almeida, no arquivo pessoal do autor; o prefácio é do professor e doutor em literatura Paulo Nunes; a edição de texto e o posfácio são do jornalista Iran de Souza; as ilustrações – 12 ao todo –,  do cartunista JBosco Azevedo; e a capa é do também cartunista Biratan Porto.

No evento na Casa da Linguagem, haverá ainda exposição das ilustrações de JBosco e de fotografias que Euclides produzia, por hobby, nas horas vagas. O percussionista Paulinho Assumpção comandará uma sessão de chorinho em homenagem a ele, cujas paixões maiores foram a MPB, o jornalismo, a pesca e a literatura, com predileção pela poesia e pela crônica. 

“Euclides era uma daquelas figuras de quem era impossível não gostar. Trabalhou no principais jornais do Estado, tinha relação com pessoas dos mais variados segmentos da política, da academia, da cultura paraense. Lançar seu livro póstumo é uma forma de homenageá-lo e de preservar sua memória”, diz Jorge Panzera, presidente da Ioepa.

Euclides Farias foi jornalista por quase 40 anos. Trabalhou nos jornais Marco Zero (AP); A Província do Pará, O Liberal e Diário do Pará (PA); Folha de S. Paulo e Jornal da Tarde (SP); e também em agências de notícias, emissoras de tevê e de rádio. Além do zelo pela profissão, era conhecido pelo bom humor, pela fidelidade aos amigos, pelo gosto de viver e pelo prazer com que contava causos de pescadores e de caboclos da Amazônia, imitando-lhes o sotaque e os trejeitos.

Não por acaso, “Rir é o melhor corretivo”, embora traga também muitas histórias urbanas, tem seu ponto alto justamente nas narrativas rurais e ribeirinhas que o autor escreveu com muito estilo. “O livro é delicioso. Parece o próprio Euclides falando. Eu só posso dizer que foi uma grande alegria, uma satisfação editar suas crônicas, que aliás me deram pouco trabalho porque o Euclides escrevia muitíssimo bem”, comenta Iran de Souza.

Segundo a viúva Daniele Almeida, os amigos e a família de Euclides Farias estão mobilizados para a homenagem da próxima quarta-feira. Alguns de seus parentes virão de Macapá (AP), onde ele nasceu – e onde ainda vive a maioria dos Farias – especialmente para a ocasião. “Vai ser um momento muito especial para todos nós – para mim, para os filhos, para os colegas de trabalho. Desde já, estou muito emocionada e muito feliz de realizar um sonho do Euclides que se tornou meu também, e gostaria de agradecer a todos que colaboraram para que o livro fosse publicado”, diz Daniele.

Leia uma das crônicas do livro:

O comprador de queijo cuia

Um pescador freava a canoa todas as vezes que passava em frente ao comércio mais sortido da ilha. O comerciante espichava o olho lá do trapiche de sua empresa.

– Seu Raimundo, tem queijo cuia?!!

– Não!!

Um ritual. Era o pescador passar por lá e perguntava se havia queijo cuia.

Certo dia, o regatão encostou no comércio e seu Raimundo lembrou.

– Vosmecê tem queijo cuia? Tenho um freguês certo para o produto.

Tinha. E era caro, preveniu o regatão.

Os olhos do seu Raimundo brilharam.

No dia seguinte, o pescador fez maresia no rio, reduzindo as remadas.

– Seu Raimundo, tem queijo cuia?

– Hoje eu tenho – respondeu, todo felizão, o comerciante.

Pus’ quando o senhor vender, guarde a cuia pra mim tirar água da canoa.

E tacou remo no estirão, sumindo na curva do rio.

Da assessoria do evento.

 A jornalista recifense Malu Silveira lança nesta quarta-feira (16) uma obra que trata suas próprias experiências amorosas. Crônicas postadas no blog "O amor que guardei para mim", conduzido por Malu durante dois anos, serão apreciadas no livro "Tudo passa, esse amor vai passar também". 

Depois de passar por uma decepção amorosa, em 2015, a jornalista resolveu escrever sobre suas dores. Compartilhou as experiências com amigos e familiares; posteriormente, os textos também foram publicados na coluna "O amor que guardei para mim", do NE10.

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Além das experiências negativas em relação ao amor, a obra traz vivências do cotidiano da jornalista. Resiliência, doença, fé, amadurecimento e um caminho que leva ao autoconhecimento também aparecerem nos textos de Malu.

O lançamento está marcado para 19h, no Recife Antigo Hostel. O endereço é Rua da Guia, 117, Bairro do Recife.   

Lançamento livro Tudo passa, esse amor vai passar também: 

Data: 16 de maio (quarta-feira)

Horário: a partir das 19h

Local: Recife Antigo Hostel | Rua da Guia, 117, bairro do Recife

Concluir a graduação e receber o título de Melhor Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) já é uma grande realização. Agora imagine ter esse trabalho publicado e lançado em um grande evento? Essa é a realidade de Juliana Dias, jornalista formada pela Universidade da Amazônia (Unama) em 2015. “A Belém das Mulheres”, projeto experimental defendido por ela no final do curso e transformado em livro, será lançado na XXI Feira-Pan Amazônica do Livro, nesta terça-feira (30), às 19 horas, no Hangar, em Belém.

“A Belém das Mulheres” reúne 15 crônicas sobre características da capital paraense por meio de depoimentos relatados por mulheres que vivem na cidade. Juliana fez entrevistas com 16 mulheres durante quatro meses e escreveu as narrações buscando valorizar a linguagem, cultura e memórias regionais. O trabalho foi orientado pelo professor Antônio Carlos Pimentel Jr., do curso de Jornalismo da Unama, e será lançado pela editora da Imprensa Oficial do Estado do Pará.

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Juliana é apaixonada por jornalismo literário e afirma que temas voltados a mulheres na região são pouco explorados dentro da academia. “O meu objetivo ao idealizá-lo era (e ainda é) mostrar a importância da produção da literatura regional produzida por mulheres para registrar e valorizar a memória e a cultura de Belém. Temos autoras da terra incríveis e pouco conhecidas. Por isso, quando me deparei com a oportunidade de contribuir para o enriquecimento da literatura daqui, não puder deixar passar”, afirmou.

A jornalista conta que a inspiração do trabalho surgiu do livro "Rio de Janeiro: um retrato (a cidade contada pelos seus habitantes)", de Fausto Wolff, que apresenta crônicas inteiramente narradas pelos moradores. A ideia de entrevistar mulheres surgiu com o orientador. “Como Belém é tratada no gênero feminino, descrita por autores da terra como mulher e eu sou mulher, ele achou que seria interessante. Agarrei a ideia e fui desenvolvendo. A composição como um todo foi uma experiência marcante na minha vida e, sem dúvida, coletiva. Devo muito aos meus pais, meus amigos, professores e escritoras como Eneida de Moraes e Amarílis Tupiassú, inspirações fundamentais durante todo o projeto”, concluiu.  

Serviço

Lançamento do livro “A Belém das Mulheres”.

Data: 30 de maio de 2017.

Horário: 19h.

Local: Estande da IOE / XXI FEIRA PAN-AMAZÔNICA DO LIVRO.

Por Vanessa van Rooijen.

 

Lady Gaga usou seu Instagram para fazer um desabafo e compartilhar com seus fãs que sofre de dores crônicas. A cantora, que estrelará um musical, postou uma imagem em que aparece com os ombros sendo massageados, e na legenda, escreveu:

- Tive um dia frustrante com as minhas dores crônicas. Sou abençoada por contar com médicas tão inteligentes. Também penso na Joanne e isso me ajuda a ter um dia mais tranquilo, escreveu ela, lembrando da tia, que morreu aos 19 anos.

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Depois de receber diversos comentários de seus fãs, relatando que também sofrem com dores e enviando mensagens de apoio à cantora, Gaga, que recentemente participou do Carpool Karaoke, fez mais uma publicação revelando o que tem feito para melhorar seus espasmos.

Em um trecho da legenda da foto em que ela aparece enrolada em um coberto de primeiros socorros, escreveu: Quando os espasmos começam, eu descobri que ajuda bastante entrar na sauna. Tem me ajudado bastante.

Depois de quase dois anos de – muito – trabalho e pesquisa, o livro “Crônica Histórica e Sentimental de Belém do Pará”, escrito pelo jornalista Iran de Souza, terá lançamento no dia 8 de setembro, no belo casarão do Centro Cultural da Justiça Eleitoral do Pará, no bairro da Cidade Velha. A entrada é gratuita.

O livro, com ilustrações do artista plástico e designer gráfico Sergio Bastos, foi editado pela Empíreo (SP), com 256 páginas, tem capa dura, e é dividido em 10 seções temáticas, ao longo das quais ele traça uma espécie de linha do tempo da capital paraense, desde a fundação até os dias atuais. “É muita pretensão da minha parte, talvez, repassar 400 anos de história em pouco mais de 200 páginas. Mas alguém já disse, e eu creio nisso, que ninguém escreve nada sem alguma pretensão”, observa o autor.

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As crônicas do livro ora têm um pé no ensaio histórico, ora no texto jornalístico, aqui e acolá flertam com a prosa de ficção. São híbridas mesmo, na concepção do autor, o que deu a ele a liberdade de expressar, sem receio, sentimentos e percepções próprias, isto é, de interferir subjetivamente nas narrativas que alinhavou sobre a cidade. “Eu tanto gosto de Belém, onde cresci - sou pernambucano -, como tenho críticas à cidade. Porque Belém é uma cidade simpática, atraente, sedutora e comovente que perdeu todas as chances de ser bela e de ser justa com seus próprios habitantes. Embora já tenha 400 anos, para mim Belém continua no rascunho”, comenta Iran.

O melhor de tudo no processo de produção do livro, revela o autor, foi fazer a pesquisa, as leituras, os recortes temáticos. Cerca de 200 trabalhos e fontes históricas foram consultados por ele, incluindo artigos, dissertações, teses, ensaios, relatos de viagem, relatórios de governo, volumes de poesia e prosa, além de crônicas de autores do passado como Leandro Tocantins, Eneida de Moraes, De Campos Ribeiro e Murilo Menezes. Escrever já foi mais trabalhoso. Entre fazer e refazer textos até o tratamento final, passaram-se praticamente doze meses de trabalho árduo. “Uma suadeira”, ele diz.

Com revisão temática e prefácio do historiador Geraldo Mártires Coelho, “Crônica Histórica e Sentimental de Belém do Pará” começa pelo caráter da capital e de sua gente. Depois passa para a geografia, a formação histórica, as percepções de viajantes, naturalistas, exploradores e literatos. Repassa a Cabanagem. Fala dos lugares emblemáticos de Belém, as praças, os prédios mais importantes, os parques zoobotânicos, Mosqueiro, Icoaraci. Por fim, dá uma vista d’olhos nas ruas, na tentativa de captar a cena contemporânea, com seus personagens às vezes estranhos, às vezes engraçados, inúmeras vezes tragicômicos. “Sou suspeito para falar, mas acho que o livro está bem bonito. As ilustrações do Sergio Bastos garantem um belo efeito visual. Também espero que tenha ficado gostoso de ler. Escrevi textos não muito grandes, alguns bem curtos até, divididos em blocos de três, quatro, cinco parágrafos. Tentei evitar o tom de discurso, o cacoete erudito, a grandiloquência, que são armadilhas para quem escreve. Busquei a simplicidade, o coloquial, o toque cômico. Reconheço que não há grandes momentos líricos, poéticos, já que o livro é calcado na história, mas aqui e acolá também me arrisco a poetizar um pouco”, observa o autor.

“Crônica Histórica e Sentimental de Belém do Pará” terá distribuição nacional. Foi viabilizado por meio de patrocínio da Guascor do Brasil e também tem apoio cultural da DC3 Comunicação, Sila Investments, Escola do Conhecimento, Milton Kanashiro, Dinemir Pimenta Oliveira e da própria editora Empíreo. Durante dois meses, uma campanha de financiamento coletivo na internet (crowdfunding) também levantou parte dos recursos necessários para a publicação.

Serviço:

Lançamento do Livro "Crônica Histórica e Sentimental de Belém do Pará", de Iran de Souza, dia 8 de setembro, a partir das 19 horas, no Centro Cultural da Justiça Eleitoral do Pará (rua João Diogo, 254, entre o prédio do TRE e o Quartel do Corpo de Bombeiros, na Cidade Velha). Durante o lançamento, o estacionamento do TRE estará aberto aos convidados, com segurança reforçada na área. A entrada é franca.

Por Dedé Mesquita, especial para o LeiaJá.

A jornalista Iara Lima lança o seu primeiro livro de poesias. A publicação intitulada "Caos Telúrico – Contos, Crônicas, Cartas de Lua e Silêncio" é inspirada em sentimentos, histórias de carnavais, amizade e pela paixão da autora pela literatura e música. “Sentimentos não são coisas simples de explicar, sempre os senti de forma muito caótica, apesar de estarem relacionados às nossas experiências no mundo real, daí o nome do livro”,  ressaltou a jornalista.

De  acordo com a autora, a obra também apresenta textos que parafraseiam nomes importantes da literatura mundial, como britânico Oscar Wilde e o romancista Russo Alexandre Pushkin. “A escrita de Wilde sempre me inspirou, acredito que pela realidade caótica retratada em textos como O Retrato de Dorian Gray, que ainda soam muito atuais, já que vivemos em um mundo marcado pela vaidade exacerbada e o individualismo”, comentou.

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O lançamento do livro será realizado na próxima quinta-feira (30), na Galeria Castro Alves, em Santo Amaro, Centro do Recife. O evento será embalado por apresentações musicais, com apresentações de chorinho e discotecagem.

Com informações da assessoria

Serviço

Lançamento do livro Caos Telúrico

Quinta (30) | 20h

Galeria Castro Alves ( Rua Capitão Lima, 280-  Santo Amaro)

(81) 3032 1023

Na próxima sexta-feira (3), será lançado em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, o livro "O Carapuceiro - crônicas de um website sempre moral e só per accidens político". O evento ocorrerá a partir das 19h30, no Espaço Cultural Asces no Quintal da Academia.

Com organização de Adriana Vaz e Roberto Azoubel, a obra reúne 100 textos publicados no site “O Carapuceiro”, que esteve no ar entre 1998 e 2005, mantido por H.D. Mabuse, Adriana Vaz e Xico Sá.

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Para o lançamento, confirmaram presença o jornalista e escritor Xico Sá, e o antropólogo Roberto Azourbel, que estudou o site na sua tese de doutorado pela PUC-Rio, com o título "A reinvenção do Nordeste nas crônicas d'O Carapuceiro".

O Quintal da Academia fica na Rua XV de Novembro, 215, Centro. A entrada é gratuita para todo o público.

 

 

Foto: futebolnostalgico.blogspot.com.br

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A rivalidade entre Uruguai e Argentina é enorme, gigante comparado ao tamanho dos países. Começou em 1901 e teve na Copa do Mundo de 1930 um de seus principais capítulos. Os dois países decidiram a competição, realizada no Uruguai, no entanto, uma polêmica quase fez com que a final não acontecesse. Tudo por causa da bola. As duas seleções discordavam sobre quem deveria fornecer a bola da partida.

Foi preciso a Fifa intervir e buscar uma solução democrática, e sobretudo, curiosa. No primeiro tempo, no Estádio Centenário, em Montevidéu, a partida foi disputada com a bola da Argentina, que venceu por 2x1. Na etapa complementar, já com a bola uruguaia, a Celeste virou para 4x2 e tornou-se a primeira seleção campeão mundial de futebol.

Na história, o clássico sul-americano aconteceu 180 vezes: com 83 vitórias da Argentina, 54 do Uruguai e 43 empates. Contudo, nenhum dos outros 179 confrontos passou pela situação de ser disputada com duas bolas diferentes. Sinal dos tempos.

Os membros do Conselho Curador do 55º Prêmio Jabuti decidiram desclassificar o livro Páginas sem Glória, de Sérgio Sant’Anna, publicado pela editora Companhia das Letras. A obra, que não atende ao critério de ineditismo, concorreu na categoria Contos e Crônicas e havia se classificado em primeiro lugar na apuração da segunda fase do prêmio, que aconteceu na quinta (17), na sede da Câmara Brasileira do Livro (CBL).

O Conselho Curador considerou o item 2.1 do capítulo relativo às Inscrições. Neste tópico, diz que somente poderão concorrer as antologias compostas integralmente por textos inéditos publicados no Brasil. No caso em questão, o conto Entre as linhas já havia sido publico na antologia A literatura latino-americana do século XXI, organizada por Beatriz Resende (Rio de Janeiro: Aeroplano, 2005).

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Além de jornalista e apresentadora, Rosana Jatobá já atuou por 3 anos como Advogada do Ministério Público Federal e agora estreia no cenário literário com sua primeira obra, Questão de Pele. São 49 crônicas que tratam sobre temas ambientais e sociais – como desmatamento, poluição, consumismo, preconceito, desigualdade e violência – que foram escritas nos últimos dois anos.

Jatobá sempre levantou a bandeira da sustentabilidade nas suas reportagens e como colunista do G1, o Portal de noticias da Globo, mas decidiu estudar o tema de forma aprofundada, tornando-se Mestre em Gestão e Tecnologias Ambientais pela Universidade de São Paulo (USP). 

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Com intuito de sensibilizar as pessoas quanto ao processo destrutivo do planeta Terra e conscientizar sobre os problemas da sociedade, a obra tem interações dos leitores do site ao final de cada capítulo. O prefácio é assinado por Izabella Teixeira, Ministra do Meio Ambiente, e a fotografia de capa é do fotógrafo Evandro Teixeira, que também disponibiliza um clique seu ao final de cada crônica.

Baiana, Rosana Jatobá iniciou sua carreira como Advogada do Ministério Público Federal, formou-se em Jornalismo e começou na televisão como repórter e apresentadora da TV Bandeirantes, nos programas Dia a Dia News, Dia a Dia Revista e Jornal da Band, por 4 anos. Atuou por 12 anos como repórter e apresentadora da TV Globo, nos telejornais Jornal Nacional, Jornal da Globo, Jornal Hoje, Bom Dia Brasil, Bom Dia São Paulo, SPTV, Globo Rural Diário, Globo Rural Semanal e Antena Paulista. Atualmente, a jornalista integra o quadro de apresentadores da Rádio Globo com três programas sobre Sustentabilidade. 

Serviço

Lançamento do livro Questão de Pele, Rosana Jatobá 

São Paulo

Dia 29 de agosto l 18h30

Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Avenida Paulista, 2073 – Bela Vista)

Gratuito

Rio de Janeiro

Dia 07 de setembro

Bienal do Rio de Janeiro (Stand da Editora Novo Século)

Quinze anos de experiência como magistrada à frente de varas de família deram à juíza Andréa Pachá assunto de sobra para ela se aventurar no mundo das letras. No livro de crônicas A vida não é justa, Andréa transforma sua vivência mediando conflitos familiares em literatura e expõe sua visão das mudanças de costmes pela qual a sociedade brasileira está passando.

A autora vem ao Recife no próximo dia 19 de fevereiro lançar a obra na Livraria Cultura do Paço Alfândega. A festa contará com a presença do advogado e escritor José Paulo Cavalcanti Filho, recentemente vencedor do Prêmio Jabuti pelo livro Fernando Pessoa, uma quase biografia, que fará a apresentação do livro. A orelha, assinada por Zuenir Ventura, reflete que “com o material recolhido, Andréa poderia ter escrito um tratado de direito, um manual de psicologia ou um guia de autoajuda comportamental. Ainda bem que preferiu escrever um livro de crônicas".

Respeito é bom! E tenho realmente muito, por todas as culturas. Gostar, porém, é outra coisa. Como disse bêbado na Rua do Hospício, “Gostar sobe frio que a gente sente pelo avesso, que bole com tudo”. Por isso, sob risco de morte, tenho que admitir: não gosto de maracatu.

Menino de interior, que teve parte da infância em engenho, sem energia elétrica, de fogo-morto mas gente bem viva, assisti a vários lanceiros atravessando a cancela, subindo ladeira, apresentando-se debaixo de sol de rachar. Só de carregarem aquela roupa toda e enfrentarem o calor, já assaltaram minha verde admiração.

Depois, morador novo do Recife, em tempos de Chico Science, ficou impossível ignorar os maracatus, os amigos não paravam de comentar, ainda que soubessem quase nada sobre. Sem falar que Arraes chegaria ao Governo do Estado pela terceira vez, ou seja, era Ariano Suassuna com mais força ainda para tudo “armorializar”, principalmente o maracatu. Resumindo: virou moda entre jovens e política cultural entre adultos.

Na faculdade, fiquei chegado em muita gente de maracatu, que tocava, estudava, acompanhava. Quando assumi programa de TV, então, pautei o assunto trocentas vezes, levei de guardiões a pesquisadores, de cineastas a produtores que ganhavam dinheiro em cima da manifestação cultural. Era nada mais do que minha obrigação.

Até namorada de Maracatu eu tive. E que sempre buscava entender porque eu não era apaixonado pelo ritmo: “Gosta nem de baque solto nem de baque virado”?

– Ô, minha linda, não é questão de baque, mas de queda mesmo. Não tenho mínima quedinha pelo Maracatu.

Era exagero meu, óbvio. Porque curiosidade sobre o maracatu veio e partiu diversas vezes, até por causa de tópicos correlatos sobre os quais escrevi ou apenas estudei. Não deixaram de ser quedinhas, simpatias, mimos. Nada, contudo, parecido com aquele frio bulindo pelo avesso.

– Isso com certeza é preconceito, não gosta de coisa de pobre – acusou amigo dessa minha ex-namorada (bem rico, diga-se). Ao que respondi com toda franqueza e nenhuma paciência.

– Hum rum. Deve ser por isso também que não gosto de balé. Se não sei a diferença entre um sissone e uma tesoura no frevo, explicação é porque não gosto de pobre, né?

Dia desses, um paspalho foi à minha rede social dizer que sou preconceituoso, porque não gosto de cordelistas – grupo no qual ele se inclui, claro. Sem me conhecer em nada, ele acertou... E errou feio: nunca fui fascinado por literatura de cordel, mesmo pelo bom trigo que existe no gênero, perdido entre incontável joio (porque, como se sabe, existem mais pernambucanos cordelistas do que pagadores de IPTU); isso não impediu, no entanto, que eu realizasse semana especial em homenagem ao cordel, na TV Universitária, além de prestar uma assessoria de imprensa gratuita durante evento dedicado ao tema. Portanto, tenho nada contra, mas também não preciso morrer de amor.

Policiamento ideológico geralmente não consegue dar dois passos se não puder acusar você de pelo menos um dos três clichês: elitismo, ignorância e oportunismo. Como nunca fui conhecido por atitudes políticas conservadoras, nem por burrice ou por me vender em troca de cargos, lembro de um ritmista de maracatu que bolou outra coisa: “Deve ser trauma de infância”! Aí, colega de trabalho que dividia a mesa conosco, e que pensou ser com ele, esbravejou:

– Gosto de Maracatu não, visse? Apesar de, na minha meninice, a senhora sua mãe ter pego minha lança e enfiado na...

Corri dali, sem pestanejar meia vez. Até porque duas outras discussões de bar (tão imbecis quanto) tinham gasto minha cota do semestre. Fui andando pela Rua da Aurora, lembrando os versos de Bandeira: “Em brigas não tomo parte, / A morros não subo não: / Que se nunca tive enfarte, / Só tenho meio pulmão”.

De dois pulmões bons, mas com coração de segunda, tenho convivido menos nessas rodas de institucionalização dos gostos. Senão minha arriscosa sinceridade arranjará faca no bucho ou tiro nas bandas. Melhor ficar em casa, escrever colunas e ser xingado à distância. Como repetia meu querido Titico-Peito-de-Aço, “Coragem pode ser muita, só não pode ser maior que as pernas”.

O que são crônicas? “É difícil dizer o que é a crônica. Ela aceita quase tudo”, responde o autor Luis Fernando Veríssimo, grande mestre da narrativa curta. “Em algum lugar do paraíso” (Objetiva) é o seu mais novo livro, onde o escritor reúne 41 textos abrigando uma variedade de temas, característica nata dele, sem, todavia, deixar de lado a unidade literária da obra.

Dentro da seleção de crônicas, “Em algum lugar do paraíso”, mesmo título do volume, medita poeticamente sobre o tempo e, ao final, uma piada sobre Adão e Eva dá mais conteúdo ao texto, pincelando questões como sexualidade e mortalidade. Muitas das outras 40 também adquirem marcas de Veríssimo, como as crônicas em formas de diálogos, os aforismos irônicos e os flertes com o nonsense. Narrativas curtas que, com apenas poucos parágrafos, faz o leitor perpassar por um leque de assuntos presentes em suas magníficas percepções da literatura.        

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