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O edital de concurso da Defensoria Pública de São Paulo (DPE-SP) foi divulgado no Diário Oficial da União deste sábado (16). Ao todo, 40 cargos de defensor público para ocupação imediata são oferecidos, assim como formação de cadastro para vagas que abram no prazo de validade do certame, de dois anos.

As inscrições devem ser realizadas entre a segunda-feira (18) e o dia 15 de março no site da Fundação Carlos Chagas (FCC), banca organizadora do certame. A tava custa R$ 260 e pode ser paga até o último dia de inscrições. A solicitação de insenção da taxa pode ser pedida até o dia 22 de fevereiro. O resultado dos pedidos deferidos e indeferidos serão divulgadas no dia 28 e o prazo para recursos inicia no dia 1º de março.

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O processo seletivo será feito por meio de duas provas escritas (uma de multipla escolha e outra aberta); uma prova oral e uma avaliação de títulos. Para concorrer, é necessário que o advogado tenha três anos de prática jurídica confirmada. A primeira prova tem previsão de realização para o dia 14 de abril. Confira edital completo aqui.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), confirmou o nome do 2º subdefensor público-geral Rodrigo Baptista Pacheco para assumir a Defensoria Pública do Estado (DPRJ). Pacheco foi eleito com 886 votos de membros da instituição para um mandato de dois anos. A nomeação foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (1º).

Pacheco atua na defensoria há dezesseis anos. Formando pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, foi titular da 16ª Vara Criminal da Capital, diretor de Assuntos Institucionais da Associação dos Defensores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (2004/2005) e vice-presidente da DPRJ (2008/2009).

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Em 2013, foi eleito membro classista do Conselho Superior da Defensoria Pública, deixando a cadeira para ocupar o cargo de o 2º subdefensor público-geral.

Rodrigo Pacheco assumirá a direção da Defensoria Pública do Rio no lugar de André Castro, que liderou a instituição desde 2015.

Aguardado por muitos concurseiros da área do direito, o edital do concurso para a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPE-RJ) foi divulgado nesta sexta-feira (21). Com 27 vagas de início imediato e formação de cadastro reserva, o certame tem salários que variam entre R$ 3,2 mil e R$ 3,9 mil, além de auxílio-transporte e de R$ 352 e auxílio-alimentação, de R$ 535.

As provas serão realizadas para o cargo de técnico médio, que requere ensino médio completo; técnico superior jurídico, que requere nível superior em direito e técnico superior especializado, voltado para áreas de graduação como engenharia, serviço social e administração de empresas. Confira todas as áreas de graduação no edital do concurso.

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A taxa de inscrição custa R$ 65 para nível médio e R$ 85 para nível superior. Ela deve ser feita pelo site da banca organizadora, Fundação Getúlio Vargas, entre 10 de janeiro e 6 de março.

“O Exército entrou aqui no bar e roubou o X-box do meu filho, comeu nossa mercadoria, levou a bebida, foi mais de 4 mil de prejuízo. A gente trabalha pra ter esse pouco e eles fazem isso”.

“Tive meu portão arrombado diversas vezes. Agora eu coloco só uma correntinha, porque não dá para ficar consertando toda hora”.

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“Entraram na minha casa, ligaram o ar-condicionado, comeram os danones dos meus filhos, levaram mil reais e ainda deixaram tudo revirado”.

Esses são alguns dos 300 relatos anônimos e espontâneos de moradores de 15 comunidades do Rio de Janeiro. Os depoimentos foram coletados pelo projeto Circuitos Favelas por Direitos, com coordenação da Ouvidoria Externa da Defensoria Pública do Estado do Rio (DPRJ). O projeto conta com a participação da Comissão de Direitos Humanos, Defensoria Pública da União (DPU), Secretaria de Direitos Humanos e organizações da sociedade civil.

O monitoramento identificou 30 tipos de violações de direitos cometidos pelas Forças Armadas e pelas polícias em territórios ocupados ou historicamente atingidos pela violência de agentes públicos. "As violações ficam silenciadas, transformando-se em sofrimentos patrimoniais, físicos e emocionais. São relatos que expõem o cotidiano perverso de medo e invisibilidade em que centenas de milhares de pessoas no Rio de Janeiro se encontram submetidas e demonstram que há um modus operandi no modo com que as comunidades são tratadas pelas forças de segurança", resume o ouvidor-geral da Defensoria, Pedro Strozenberg, que esteve à frente de todas as visitas e coletas de relatos.

Com auxílio de uma rede de apoio composta por cerca de 25 instituições e entidades e com o suporte de lideranças anfitriãs em cada localidade, Strozenberg e defensores públicos de diferentes áreas de atuação dedicaram duas a três horas a cada visita, colhendo relatos. "Nosso objetivo é que o relatório sirva de instrumento de mudança e recomposição da agenda pública do Rio de Janeiro. Dezenas de casos individuais relatados demandam apuração e responsabilização, mas neste primeiro momento optamos apenas por apresentar uma visão geral", complementa Strozenberg.

O relatório aponta que há “um conjunto de violações cotidianas que não ganham estatísticas oficiais, mas contribuem imensamente para gerar sentimentos múltiplos de medo, desesperança e revolta em moradores de favelas e periferias”. Os 30 tipos de violações foram divididos em cinco blocos - violação em domicílio, abordagem, letalidade provocada pelo Estado, operação policial e impactos - e foram definidos a partir de relatos de furto e roubo por parte de agentes de segurança, dano ao patrimônio, violência sexual, extorsão, ameaças, agressões físicas, execuções e disparos a esmo, entre outros.

"É bem provável que algumas dessas violações, mesmo sem estarem formalmente orientadas, passem por uma “validação oficial”, como as práticas de fichamento ou revista a mochilas de crianças, contando com a insuficiente malha de controle das instituições internas e externas das atividades policiais", continua o ouvidor-geral. Além das invasões em domicílio, mulheres também citaram desrespeito na abordagem, como o relato a seguir: “Eles vêm revistar a gente já gritando, chamando a gente de piranha, mulher de bandido, drogada. Vem empurrando e mexendo na gente. Eu sei que só mulher que pode revistar mulher, mas se a gente não deixar, leva tapa na cara”.

Agressões físicas e verbais foram relatadas em todas as 15 comunidades percorridas. Entre as agressões físicas, a mais frequente é o 'tapa na cara'. A prática estaria mais presente contra adolescentes, moradores que questionam ou criticam abusos policiais e com pessoas que estejam utilizando ou portando dose individual de droga ilícita.

A invasão de dados de celulares é outra violação recorrente, segundo os relatos colhidos pela Defensoria Pública. Um dos relatos diz: “Eu acho engraçado que eles proíbem a gente de filmar o que eles fazem, mas eles podem ver os nossos vídeos, nossas fotos. Eles pegam o celular, primeiro olham o Whatsapp e depois vão direto para a galeria de fotos. Revistam nossa vida, nossa intimidade”. Outro relato acrescenta: “Eu já tive dois celulares roubados por eles. Eles mandam tirar a senha. Olham as mensagens, os grupos e dependendo até levam mesmo”.

A Defensoria diz que a revista em celulares e em moradores foram duramente criticadas pelo Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos logo nos primeiros dias da Intervenção Federal. A Defensoria já havia recorrido à Justiça contra outra prática comum entre as forças de segurança nos territórios ocupados: uso de helicópteros para disparos de cima para baixo.

Sobre os helicópteros, o relatório do Circuitos Favelas por Direitos registrou relatos como: "Vocês estão vendo essas marcas? Tudo são tiros vindo do céu. Eles atiram de cima pra baixo e sai da frente. Até os policiais da UPP ficaram no meio do fogo vindo do céu e foi muito tiro. Olha esses buracos” e "Quase todos os dias a gente acorda de manhã com o helicóptero em cima da gente, fazendo aquele barulhão. E eles vão e voltam, a gente fica o dia inteiro na angústia de que a qualquer momento vai acontecer o tiroteio. Às vezes tem e o helicóptero atira. A gente morre de medo porque daquela altura o tiro pode pegar em qualquer lugar”.

Pedro Strozenberg analisa que a escalada da letalidade policial decorre de uma política de segurança pública ancorada na lógica da guerra, fomentada por um significativo investimento de recursos em aparatos bélicos. "A ausência ou inobservância de protocolos e a reduzida oferta de canais de acolhimento emocional e apuração das violações relega a população, já castigada pela precariedade dos serviços públicos, à esdrúxula condição de subcidadania", complementa.

Números

Dados do Instituto de Segurança Pública indicam que 736 pessoas foram mortas pela polícia no Estado do Rio de Janeiro entre fevereiro e julho deste ano. Alguns dos relatos colhidos sugerem que os números podem ser ainda maiores.

“Na última operação que teve aqui, eles mataram quase 20 pessoas. Disseram que foi 8, mas é mentira. Sempre morre mais gente do que divulgam. Mataram os traficantes a facada depois de eles ter se rendido, por que não levam preso?", diz uma pessoa ouvida. “Os corpos daqui são levados para Nova Iguaçu, Mesquita e sei lá para que lugar. Aqui não tem essa coisa de perícia não”, conta mais outra pessoa. O relatório na íntegra pode ser visto aqui

Com informações da assessoria

Entre os anos de 2005 e 2017, 42 mulheres foram processadas e respondem criminalmente pela prática de aborto no estado do Rio de Janeiro. Algumas delas se utilizaram de clinicas clandestinas e todas as rés não possuem antecedentes criminais. Por essa razão, poderão responder em liberdade às acusações. Os dados são parte de um levantamento feito pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro e divulgada no fim de semana por ocasião da Campanha dos 16 Dias de Ativismo Contra a Violência de Gênero.

O Código Penal prevê pena de um a três anos de detenção para mulheres que fazem aborto. Os únicos casos em que a prática é permitida são aqueles em que há risco para a gestante, estupro ou se o feto for anencéfalo, esse último passou a ser autorizado por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2012. O documento elaborado pela Defensoria também traçou o perfil das mulheres processadas e mostra que a maioria é negra, têm entre 22 e 25 anos, possuem outros filhos e vivem na capital.

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Outro ponto ressaltado pelo levantamento é o dano psicológico a que essas mulheres são submetidas. Muitas abortaram sozinhas, em casa, com a ajuda de medicamentos ou chás, situações que levam a complicações e necessitam de cuidados médicos. Em 2008, um policial militar se passou por assistente social para obter a confissão de uma das acusadas e em seguida deu voz de prisão à mulher.

A Praça do Arsenal, no centro do Recife, é palco de um mutirão de serviços para a população em situação de rua, das 8h às 13h deste sábado (25). A ação é realizada pela Defensoria Pública de Pernambuco em parceria com a associação beneficente Samaritanos. 

Entre os serviços oferecidos estão atendimento jurídico, testes rápidos de HIV e sífilis – contando com a presença de médicos, enfermeiros e dentistas voluntários para atendimentos, cuidados e orientações -, além de veterinários para cuidar dos animais de estimação desta população.

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O evento conta ainda com café da manhã, lanche, banho, entrega de roupas e cuidados de estética com cabeleireiros, também voluntários. A ONG Samaritanos entrega comida a pessoas em situação de rua todas as quartas-feiras, atendendo cerca de 260 pessoas por semana. 

Foram reabertas nesta quarta-feira (25) as inscrições para o concurso da Defensoria Pública do Estado de Pernambuco (DP-PE). Ao todo, são oferecidas 50 vagas para o cargo de defensor público com remuneração mensal de R$ 21.649,48. De acordo com o DPE, a abertura do novo prazo foi devido a um problema técnico no site da banca organizadora que impediu alguns candidatos de emitir o boleto de pagamento da taxa de participação.  

"Recebemos algumas mensagens nas redes sociais de candidatos reclamando da falha no sistema e para não prejudicar ninguém, decidimos reabrir as inscrições", explicou o Defensor Público Geral do Estado Manoel Gerônimo, em entrevista ao LeiaJá

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Agora, os interessados têm até as 18h do dia 1° de novembro para se candidatar, por meio do site da Cespe que está responsável pelo processo seletivo. Ainda segundo o defensor, no último levantamento realizado já havia 7 mil inscritos no concurso, sendo 3,5 mil com o pagamento da taxa de participação efetuado. 

A estimativa do DPE-PE é que o número de inscritos nesta seleção seja maior que o da última realizada em 2014, quando houve 3,5 mil candidaturas. Para participar deste concurso, os interessados precisam ter diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior (bacharelado) em direito, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e três anos de atividade jurídica. 

A confirmação da candidatura só poderá ser confirmada após o pagamento da taxa de inscrição no valor de R$ 270, que deverá ser efetuado até o dia 24 de novembro. Segundo o edital, a seleção será realizada em cinco fases, sendo a primeira uma prova objetiva, seguida de prova escrita. Os candidatos realizarão, então, a inscrição definitiva, a prova oral e, por fim, a avaliação de títulos. A previsão é que a primeira etapa de seleção seja realizada no dia 18 de janeiro de 2018.  

Estará isento do pagamento da taxa de inscrição o candidato que estiver inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e for membro de família de baixa renda. A isenção deverá ser solicitada por meio de requerimento disponível no site do Cespe, a ser preenchido no ato da inscrição. Neste documento deve conter a indicação do Número de Identificação Social (NIS), atribuído pelo CadÚnico, e declaração eletrônica de que atende as demais condições exigidas. 

Ainda de acordo com o certame, os aprovados terão direito a auxílio alimentação e gratificações, além do salário já previsto. Para saber mais, acesse o site da banca organizadoraConfira o edital de reabertura. 

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Duas pessoas ficaram feridas após desabamento no estacionamento do prédio da Defensoria Pública do Estado de Pernambuco, no bairro da Boa Vista, centro do Recife, na tarde desta terça-feira (3). Uma vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e a outra pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

A Defensoria Pública se manifestou por nota, mas não explicou o que teria causado o desabamento. O órgão lamentou o incidente, destacou que não houve vítimas fatais e reiterou que os dois feridos foram socorridos e estão sendo atendidos em unidades hospitalares da cidade. A defensoria diz estar prestando toda a assistência aos feridos e familiares.

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Ainda não há informações do estado de saúde dos feridos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos uma das vítimas é do sexo feminino. 

Um homem ficou preso 16 dias por não pagar pensão para si mesmo. O equívoco chamou a atenção da Defensoria Pública do Distrito Federal durante visitas aos presos cíveis. 

Segundo a Defensoria, enquanto o processo de execução de alimentos tramitava, a mãe da criança faleceu, o pai conseguiu a guarda da criança há dois anos, mas foi preso mesmo assim. 

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O detido tem 34 anos. Com a autora do processo, ele teve um filho, hoje com 15 anos. Quando a criança completou cerca de um ano e meio, a mãe teria decidido se mudar para Minas Gerais com a criança. Segundo o homem, eles não mantiveram contato durante os 13 primeiros anos de vida do filho. Em  2015, a mulher foi à Justiça requerer pensão alimentícia. 

Há dois anos, antes de localizarem o réu e sem ele saber do processo, a mãe da criança faleceu. Quem descobriu a morte da mulher foi a atual esposa do homem, por meio de redes sociais. A família, então, conseguiu resgatar o filho em Minas Gerais.

Porém, o processo aberto pela mãe continuou tramitando e o pai foi localizado e preso no último mês de agosto. 

"Quando foram executar a ação, não tinha conta para depósito do valor, pois quem ajuizou havia falecido. Não tinha como pagar em juízo porque seria pago para ele mesmo. Ele era o único com responsabilidade sob a criança", explica Werner Rech, defensor público que atuou no caso.

O defensor considera que os valores poderiam ser cobrados sem necessidade de prisão. "Isso é o mais absurdo. Mandar prender uma pessoa por um processo de pensão, sendo que ele tinha emprego com carteira assinada. Prender uma pessoa empregada por dever pensão alimentícia é querer usar a cadeia como remédio para qualquer situação", diz.

A ação havia sido impulsionada de forma independente pelos órgãos, sem a atuação da mãe da criança, que já havia falecido - o que não constava nos autos.  Com a certidão de óbito e o comprovante de escolaridade do menor, o defensor solicitou o alvará de soltura, conseguindo a liberação do réu.

* Com informações da assessoria

Uma mãe e seis filhos foram resgatados de situação de cárcere privado na manhã desta sexta-feira (25), em um apartamento em Fortaleza-CE. O pai foi conduzido à delegacia por suspeita de manter a família sem contato externo.

O caso foi descoberto após denúncias anônimas ao Conselho Tutelar. Os filhos dos suspeitos têm idade entre quatro e 19 anos.

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A Defensoria Pública do Estado do Ceará, por meio do Núcleo de Atendimento da Defensoria da Infância e da Juventude (Nadij), ingressou com ação urgente de medida protetiva para acolhimento institucional dos irmãos. O caso corre em segredo de justiça, mas segundo o órgão, a família vivia em situação de cárcere privado há 19 anos. 

De acordo com nota da defensoria, os irmãos não frequentavam escola, nem médico e não tem convivência com amigos ou outros familiares. Eles também não saíam do apartamento e não praticavam esporte, lazer ou qualquer prática de convivência social. "A alegativa para o isolamento da família corrobora para o entendimento de problemas psíquicos sofridos pelo genitor", conta a Defensoria Pública.

A situação foi constatada ainda na última sexta-feira (18) por membros do Conselho Tutelar e representantes da Delegacia de Combate a Exploração da Criança e Adolescente. "É preciso aplicar a medida protetiva de acolhimento institucional às crianças e adolescentes em uma unidade de acordo com suas características individuais, mantendo, dentro do possível, os irmãos na mesma unidade, de forma a assegurar a proteção integral de seus direitos", conclui Ana Cristina Barreto, titular do Nadij.

Com base em pedido de Habeas Corpus da Defensoria Pública, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que um réu não pode ficar preso antes de ser julgado por não ter condições financeiras de arcar com a fiança. A decisão da Primeira Turma do STF, liderada pelo relator ministro Marco Aurélio, foi unânime em favor do argumento da Defensoria. O magistrado fez apenas uma observação de que essa premissa não deve ser aplicada em casos de pensão alimentícia.

O pedido de liberação do pagamento de fiança foi motivado pela decretação de prisão preventiva de um homem acusado de ameaça e injúria em 2015. Sem dinheiro para pagar a fiança, continuou preso até que a Defensoria recorreu ao STF para que fosse reconhecido o direito de responder em liberdade. O defensor público responsável pelo caso, Thiago Pagliuca, argumentou que os artigos 327 e 328 do Código Penal garantem que “nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a situação econômica do preso, poderá conceder-lhe liberdade provisória”.

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Em outro caso, ocorrido no ano passado, um homem que furtou quatro desodorantes de um supermercado ficou preso por quatro meses porque não tinha como pagar a fiança no valor de um salário mínimo (R$ 937). Por conta desses fatos, a Defensoria quer que o Supremo Tribunal de Justiça crie uma recomendação para que os magistrados do país evitem manter presas pessoas que não tem meios de pagar fiança.

A Defensoria Pública de São Paulo conseguiu uma liminar hoje (24) que proíbe a remoção compulsória de pessoas da região conhecida como Cracolândia e a demolição ou interdição de prédios na área. De acordo com a entidade, esses procedimentos só poderão ser adotados quando houver atendimento social e psicológico, no caso de pessoas em situação de rua, e estudo prévio e alternativas de moradia, no caso das demolições e interdições.

A liminar foi obtida a partir de ação cautelar da Defensoria, que ressaltou a necessidade de processo legal para efetuar as remoções. Caso a liminar seja desrespeitada, a prefeitura terá que pagar R$ 10 mil de multa diária. De acordo com o relatório apresentado à Justiça pela Defensoria, a prefeitura regional da Sé recolheu documentos, cobertores e outros pertences das pessoas em situação de rua e jogaram em caminhões de lixo.

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A ação determina que nenhuma atitude seja tomada com relação às pessoas e as propriedades que estejam na região compreendida entre as alamedas Nothmann e Cleveland, e entre as avenidas Rio Branco e Duque de Caxias, região central da cidade.

Em comemoração ao Dia Nacional da Defensoria Pública, a regional de São Paulo vai promover atendimento jurídico gratuito amanhã (19) na capital. Entre as 9h e 17h, o escritório móvel da Defensoria estará no Pateo do Colégio, onde foi fundada a cidade e atual localização da Secretaria de Segurança de São Paulo. O tema deste ano é voltado às famílias adotivas e a população receberá aconselhamento sobre questões envolvendo esses direitos.

De acordo com informações da Associação Nacional de Defensores Públicos, a Defensoria Pública atende mais de 6 milhões de famílias anualmente, o que representa 60% de todos os atendimentos do órgão. Os casos que mais demandam esforço judicial são os que envolvem questões referentes à paternidade socioafetiva, como a alteração do nome em documentos de identidade.

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O evento também tem caráter instrutivo, demonstrando aos visitantes que a família socioafetiva tem as mesmas garantias legais das famílias biológicas. O evento é promovido em conjunto pela Defensoria e pela Associação Paulista dos Defensores Públicos (ANADEP).

Atividade de orientação jurídica, com foco em direito de família

Data: sexta-feira (19/5)

Horário: Entre 9h e 17h

Local: Pateo do Colégio, no Centro da Capital

A Defensoria Pública de São Paulo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a sentença de uma detenta fosse convertida em prisão domiciliar, processo semelhante ao da ex-primeira dama do Rio de Janeiro. A mulher, que aguarda julgamento, é mãe de duas crianças, uma de 3 e outra de 6 anos de idade. Ela foi presa em janeiro deste ano e é ré primária, acusada de tráfico de drogas.

O pedido da Defensoria foi baseado no Marco Legal da Primeira Infância, que prevê a substituição da prisão preventiva pela domiciliar em caso de mulheres que tenham filhos de até 12 anos de idade. O ministro Gilmar Mendes também utilizou as Regras de Bangkok para Tratamento de Mulheres Presas e Medidas Não Privativas de Liberdade para Mulheres Infratoras em seu discurso para defender a substituição da pena. As regras foram criadas pela ONU para coibir abusos contra as presidiárias.

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“É comum a Defensoria Pública de SP ter que recorrer até o STJ ou ao STF para reconhecer o direito à prisão domiciliar previsto a mães ou gestantes pelo Código de Processo Penal. Infelizmente, ainda há muita resistência por parte do Judiciário em substituir a prisão preventiva em casos assim, sem se dar o devido peso às consequências de um encarceramento desnecessário para a maternidade ou para o núcleo familiar”, afirma a defensora pública Maíra Coraci Diniz, coordenadora de Políticas para “Mães no Cárcere” da Defensoria.

A Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR) divulgou um edital de concurso público para selecionar 13 pessoas para o cargo de Defensor(a) Público(a), com salário de R$ 14.294, mais auxílios. 

Podem se inscrever pessoas que tenham bacharelado em Direito com inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e no mínimo três anos de prática jurídica na data da posse no cargo. As inscrições estão abertas até o dia 7 de março através do site da Fundação Getúlio Vargas. A taxa de participação é de R$ 250. 

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O concurso é composto por prova objetiva, dissertativa e oral, além de uma etapa de avaliação de títulos, de caráter classificatório. Esta seleção terá validade de um ano, podendo ser prorrogado por igual período a critério do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado do Paraná. Para mais informações, acesse o edital.

A Defensoria Pública de São Paulo conseguiu um habeas corpus para uma mulher grávida de trigêmeos que foi presa durante o recesso de fim de ano do Judiciário. Ré primária, a mulher foi acusada de tentar furtar pares de chinelo, barras de chocolate e uma mamadeira, na cidade de Tatuí, interior paulista.

Após ser presa em flagrante, o delegado determinou que a mulher deveria pagar uma fiança de R$ 1 mil. Sem condições financeiras para arcar com o valor, foi mantida presa até a manhã dessa sexta-feira (13). O Ministério Público de São Paulo (MPSP) chegou a determinar que a ré fosse solta, porém, o juiz da comarca de Tatuí converteu o flagrante em prisão preventiva.

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O defensor Carlos Roberto Isa pediu a soltura da acusada com base em sua situação médica. "Não seria só a higidez da saúde das crianças que estaria em jogo, mas a da própria paciente, que por uma série de motivos poderá vir a ter complicações maiores acaso continue custodiada. Inequívoca, assim, potencial violação à dignidade da pessoa humana, da gestante e dos nascituros, durante o período em que permanecer custodiada”, disse o juiz. O magistrado também afirmou que, caso condenada, a pena máxima seria a restrição de direitos em regime aberto. Depois da intervenção da Defensoria, a mulher foi solta e responderá ao crime em liberdade.

O Senado aprovou nesta terça-feira (13) aumento de salário para os funcionários da Defensoria Pública da União. O texto, de relatoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), ainda terá que ser analisado pela Câmara. A proposta fixa os vencimentos do Defensor Público-Geral Federal em R$ 33.763,00 a partir de 1 de janeiro. O valor terá efeito cascata nos demais cargos. No parecer, Jucá não diz qual será o impacto do reajuste no Orçamento.

O peemedebista destacou a importância do trabalho dos defensores públicos e disse que o aumento inicial pretendido pela categoria era justo, porém não era viável para o momento econômico do país. A Defensoria pedia que o teto fosse fixado em R$ 35.919,05. A expectativa é que o projeto seja votado ainda nesta quarta-feira na Câmara e sancionado pela Presidência da República até o final do ano.

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O presidente Michel Temer decidiu vetar integralmente o projeto de lei 32/2016, sobre o subsídio do defensor público-geral federal, depois de ter anunciado mais cedo que o veto seria parcial. De acordo com a informação divulgada no fim da noite desta quinta-feira pela assessoria de imprensa do Planalto, "não há anuência do governo federal ao aumento dos vencimentos da categoria".

A explicação para a mudança de decisão do presidente é que "inicialmente se pensou em veto parcial, mas se decidiu pelo veto total em consonância com a política fiscal que o governo está adotando", informou a assessoria.

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Mais cedo, ao anunciar o veto parcial, o governo tinha aprovado reajuste de 7% em uma única parcela. a categoria reivindicava 60% de aumento em quatro parcelas. A medida deve sair no Diário Oficial da União de amanhã.

O governo recebeu diversos pareceres de ministérios com argumentos contrários ao aumento, que foi aprovado no fim de agosto no Senado.

A suspensão da reorganização escolar anunciada ontem pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) não anula a ação movida na Justiça nesta semana pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pela Defensoria Pública contra a medida. Para promotores e defensores, além da revogação do decreto que instituía a política, o governo paulista deve definir para 2016 uma agenda oficial de discussão com a sociedade de propostas para a melhoria da qualidade da Educação em São Paulo.

"O pedido inicial, de que a reorganização não fosse implementada e de que qualquer mudança seja discutida na sociedade, foi atendido. Ainda precisamos aguardar a revogação do decreto que promoveu as transferências. Mas a ação tem um objetivo mais abrangente, que é a retomada da discussão não apenas desse projeto, mas do Plano Estadual de Educação, que está na Assembleia Legislativa", afirma o promotor João Paulo Faustinone Silva, do Grupo de Atuação Especial de Educação.

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Por isso, os autores da ação civil pública, impetrada na última quinta-feira, pedem que os estudantes do movimento que até ontem ocupava 196 escolas estaduais contra o projeto de reorganização da rede, que previa o fechamento de 93 unidades no Estado, continuem organizados e pressionando o governo por melhorias na Educação por meio dos mecanismos já existentes, como grêmios estudantis e associações.

"A população tem de se empoderar dos mecanismos de participação democrática, como os grêmios de escola, e pressionar, no sentido legítimo da palavra, a Assembleia Legislativa a discutir e aprovar um bom plano, que vai nortear a Educação de São Paulo pelos próximos dez anos. Existe muito espaço para canalização da massa crítica construtiva. A questão agora é ocupá-los", afirma a defensora pública Daniela Skromov.

Expectativa

Após a suspensão da reforma até 2016, a preocupação de especialistas é sobre como será feito o diálogo com a rede, com 5,1 mil escolas e 3,8 milhões de alunos. "Esperamos agora que o governo cumpra o que promete, ao realizar um diálogo de fato. Com um processo democrático, participativo", afirma a professora

Carmen Sylvia Vidigal, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Ela participou da redação do texto da nota de repúdio que a faculdade divulgou sobre o projeto.

Outro alvo de críticas é a fragilidade da base pedagógica que guiou o projeto. "Fechar escolas é um contrassenso. O governo precisa mostrar as informações, ser transparente com a população agora", diz Carmen.

Para Luiz Carlos Freitas, diretor da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), faltam provas empíricas de que separar os alunos por ciclos vai trazer resultados positivos. "É uma ideia simplória achar que uma reforma administrativa e burocrática será a saída para resolver os problemas educacionais", critica.

A Secretaria Estadual da Educação tem afirmado que escolas com ciclo único têm Idesp, principal indicador de qualidade da Educação paulista, 22% maior do que as outras. Segundo a pasta, outras variáveis pedagógicas e estruturais foram levadas em conta, como o número de alunos, espaços ociosos, situação dos prédios e otimização dos professores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Defensoria Pública da União (DPU) em Belém moveu uma ação de R$ 3,5 bilhões contra a hidrelétrica de Belo Monte, que está em construção no Rio Xingu, no Pará.

A Ação Civil Pública foi ajuizada na Justiça Federal de Altamira. Uma série de compensações e indenizações é pleiteada em favor de indígenas, barqueiros, carroceiros, ribeirinhos, pescadores e a população urbana atingida pelo empreendimento.

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No processo, a DPU aponta como responsáveis a União, a concessionária Norte Energia, o Ibama, a Fundação Nacional do Índio (Funai), o BNDES e a Agência Nacional de Águas (ANA). A ação judicial foi subscrita pelos defensores públicos federais Anginaldo Vieira, Cláudio Santos e Elzano Braun, da DPU em Belém.

Os defensores requerem ainda medida cautelar para que a concessionária Norte Energia, dona da usina, não dê início ao processo de enchimento do reservatório da usina, mesmo que o Ibama venha a conceder a licença de operação que autoriza essa operação.

A DPU afirma que duas resoluções da ANA (740/2009 e 48/2011) vedam expressamente o início do enchimento do reservatório nos meses de vazão reduzida do Rio Xingu, no período de julho a dezembro.

Reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" demonstrou que, em dezembro do ano passado, uma nova resolução da ANA (2046) alterou os termos da resolução publicada em 2011. Segundo a DPU, porém, nada foi alterado em relação à primeira resolução de 2009, que já determinava em quais meses o reservatório poderia ser enchido pela concessionária.

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