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O parecer sobre a reforma da Previdência, elaborado pelo deputado Arthur Maia (PPS-BA), deve ser lido nesta terça-feira (18) na comissão especial que analisa a proposta na Câmara. Antes, o relator apresentará o teor do relatório ao presidente Michel Temer e parlamentares da base aliada em café da manhã no Palácio da Alvorada.

A previsão é de que Maia protocole o relatório na Câmara no período da manhã e, por volta das 13h, a comissão abra a reunião de apresentação do parecer. A leitura do relatório antecede a etapa de votação da proposta pelos membros da comissão e a apreciação pelo plenário.

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Para garantir a aprovação, o relator obteve o aval de Temer para fazer alterações nos pontos considerados mais polêmicos e que receberam número significativo de emendas e críticas. Os pontos alterados, até o momento, são os que tratam das regras de transição, pensões, trabalhadores rurais, Benefício de Prestação Continuada e aposentadorias especiais para professores e policiais.

Depois de participar de novas reuniões com Temer e parlamentares da bancada governista no fim de semana, o relator fez outros ajustes no texto, ainda não divulgados. Uma mudança na equiparação da idade mínima de 65 anos para a concessão de aposentadoria a homens e mulheres ainda está sendo negociada.

A expectativa é de que o relatório seja votado pela comissão especial na próxima semana, depois de considerado o prazo para apresentação de pedido de vista coletivo. A liderança governista espera que todo o processo de tramitação, com a votação em plenário, se encerre até meados de maio. Já a oposição acredita que a proposta terá dificuldades para prosseguir se não sofrer mudanças mais significativas.

Agenda cheia

Também está prevista para hoje a retomada dos debates sobre o parecer do relator da reforma política, deputado Vicente Cândido (PT-SP). O relatório parcial foi apresentado no início do mês à comissão especial que analisa o tema e ainda pode ser alterado.

A reforma proposta por Cândido inclui dois pontos que instituem mudanças significativas na legislação eleitoral e partidária. Os principais pontos do parecer do relator são as novas regras de financiamento público de campanha e a adoção da chamada lista fechada para as eleições proporcionais.

No plenário, a pauta do dia tem como destaque o projeto de recuperação fiscal dos estados (PL 343/2017). Depois de duas semanas sem acordo e com várias ações de obstrução da bancada oposicionista, os deputados tentam mais uma vez votar a proposta, que prevê a interrupção do pagamento da dívida dos estados à União por até seis anos e a adoção de um plano que traz uma série de contrapartidas aos gestores locais.

Para atenuar as exigências aos estados, o deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ), relator da proposta, apresentou na semana passada o parecer, com algumas alterações no texto encaminhado pelo governo. A medida, contudo, não foi suficiente para garantir a adesão de boa parte dos parlamentares.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu, nesta quinta-feira (30), a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo. Segundo ele, "os trabalhadores se beneficiarão da reforma da previdência, na medida em que a reforma assegura o equilíbrio das contas públicas no futuro e o bom andamento do financiamento da dívida pública". Ele esteve na comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a PEC 287/16.

Em sua apresentação, Meirelles disse que hoje as despesas com a Previdência Social representam a principal razão do aumento do gasto primário do governo, que passou de 11% do Produto Interno Bruto (PIB) em 1991 para mais de 19% em 2015. "Do aumento total de 8,7 pontos percentuais, 5,6 pontos correspondem à elevação das despesas com a Previdência", explicou.

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Segundo ele, a Previdência vai ocupar cada vez mais o Orçamento da União, mesmo com a reforma, tornando o "regime insustentável". Mas a mudança na Constituição diminuiria essa fatia. “A despesa da Previdência vai, cada vez mais, ocupando o Orçamento da União de uma forma avassaladora. Com a reforma, haverá espaço para as despesas como gastos sociais", disse.

Em comparativo com outros países, o ministro sustentou que o Brasil gasta com a Previdência cerca de 13% do Produto Interno Bruto (PIB), percentual bem maior que a de países como França e Alemanha, que têm população com mais idade. “A vida média esperada das pessoas que já atingiram 65 anos é bem mais elevada. A chamada sobrevida após a aposentadoria está crescendo cada vez mais”.

Outro lado

O argumento de Meirelles é contrário ao exposto nessa quarta-feira (29), pelo economista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marcio Pochmann, que já foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ele também foi ouvido pelos deputados.

Na comissão, ele disse que a reforma favorecerá o aumento do desemprego e a consequente diminuição da arrecadação, piorando a situação fiscal do país. “Quando você torna mais difícil a pessoa se aposentar, desestimula o trabalho formal, desestimula a contribuição para a Previdência”, defendeu. Segundo ele, a taxa de desemprego, que no ano passado chegou a 11,5%, poderá chegar a 25% nos próximos anos.

Ele contrapôs a tese do governo, dizendo que a reforma poderá levar o País à estagnação econômica. “Não há saída para o déficit com redução de gastos. Não me parece que a saída será a forma como está sendo encaminhada a reforma da Previdência, pois podemos ter um tiro no pé, na medida em que pode induzir a queda da arrecadação”.

Polêmica

A PEC divide opiniões na Câmara e o próprio governo está recuando de alguns pontos - como em relações a aposentadoria rural e os benefícios para pessoas portadoras de deficiência -, para suavizar as críticas e conseguir maioria para aprovação - são necessários, ao menos, 308 votos favoráveis para a matéria ser aprovada nos dois turnos.

O presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), disse que a fase de audiência públicas está encerrada, seguindo o plano de trabalho aprovado no início das atividades do colegiado. Na próxima semana, o relator da matéria, o deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), deverá apresentar seu parecer. Ele se comprometeu a conversar com todas as bancadas partidárias antes de entregar o texto.

A comissão especial para analisar o mérito da proposta de reforma da Previdência se reúne nesta terça-feira (14) para definir o roteiro de trabalho. A intenção do relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), é conseguir apresentar o parecer até o fim de março.

O texto com a proposta de emenda à Constituição (PEC) 287/16 foi encaminhado ao Congresso Nacional, pelo Palácio do Planalto, em dezembro passado. A proposta é considerada, ao lado da reforma trabalhista, um dos pontos principais do governo do presidente Michel Temer para enfrentar a crise econômica.

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A comissão terá até 40 sessões plenárias da Câmara para debater a matéria, de modo que ela seja levada à votação, em dois turnos, no plenário da Casa. Maia disse que pretende acelerar as discussões e seguir o calendário desejado pelo governo, que quer votar a proposta na Câmara e no Senado até o fim do primeiro semestre deste ano.

No roteiro, Maia adiantou que planeja fazer oito audiências públicas e um seminário internacional para conhecer os sistemas de outros países. Uma das primeiras audiências será sobre a polêmica do déficit previdenciário.

A proposta de reforma da Previdência encaminhada pelo governo estabelece que o trabalhador precisa atingir a idade mínima de 65 anos e, pelo menos, 25 anos de contribuição para poder se aposentar. Nesse caso, ele receberá 76% do valor da aposentadoria - que corresponderá a 51% da média dos salários de contribuição, acrescidos de um ponto percentual dessa média para cada ano de contribuição.

Todos os trabalhadores ativos entrarão no novo sistema. Aqueles que têm menos de 50 anos (homens) ou 45 anos (mulheres) deverão obedecer às novas regras integralmente. Quem tem 50 anos ou mais será enquadrado com uma regra diferente, com tempo adicional para requerer o benefício. Aposentados e aqueles que completarem os requisitos para pedir o benefício até a aprovação da reforma não serão afetados porque já têm o direito adquirido.

O Plenário da Câmara dos Deputados pode votar, nesta quinta-feira (24), o Projeto de Lei 4850/2016, que estabelece medidas contra a corrupção. A comissão especial criada para analisar o texto aprovou, por 30 votos a zero, o substitutivo apresentado pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), relator da proposta no colegiado. 

A votação foi concluída na madrugada de hoje. A matéria é oriunda do texto encabeçado pelo Ministério Público Federal (MPF), que elenca 10 itens anticorrupção. 

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Após a aprovação do pacote de medidas na comissão especial, líderes de praticamente todos os partidos, com exceção da Rede e do PSOL, deram indícios de que iniciariam articulações para tentar derrubar o texto de Lorenzoni para aprovar um projeto substitutivo no plenário da Casa.

Entre outras medidas, o substitutivo aprovado pela comissão mantém como crime o caixa dois eleitoral, além de medida que não estava prevista no seu relatório anterior: a criminalização do eleitor que vender o voto.

O relator manteve ainda a transformação de corrupção que envolve valores superiores a 10 mil salários mínimos em crime hediondo; o escalonamento de penas de acordo com os valores desviados; a possibilidade de pessoas denunciarem crimes e serem recompensadas por isso; a criminalização do enriquecimento ilícito de funcionários públicos, além de tornar mais fácil o confisco de bens de criminosos.

Teste de integridade

Os deputados rejeitaram, porém, duas das medidas propostas pelo Ministério Público: a previsão de realização de testes de integridade para funcionários públicos e mudanças relativas à concessão de habeas corpus. As duas medidas foram retiradas do projeto por meio de destaques apresentados pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

“O teste de integridade terá repercussões penais. O servidor poderá ser exonerado a bem do serviço público. É um flagrante forjado”, disse Paulo Teixeira. Deputados favoráveis à medida criticaram a retirada. “Retirar esse trecho é um retrocesso”, criticou o deputado Fernando Francischini (SD-PR).

Outras medidas excluídas

Também ficou de fora do projeto, mas por iniciativa do relator, a possibilidade de juízes e promotores serem processados por crime de responsabilidade, o que contrariou muitos deputados da comissão, que cobravam a medida.

Para facilitar a aprovação do projeto, ele retirou ainda outras medidas, a pedido das bancadas dos partidos. Uma delas foi a previsão de cumprimento de pena logo depois da segunda condenação – como já definido pelo Supremo Tribunal Federal.

*Com informações da Agência Câmara

A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) afirmou, nesta segunda-feira (14), que não pretende fazer uma “busca às bruxas”, mas corrigir o que for preciso nas folhas de pagamentos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A peemedebista é relatora da comissão especial do Senado formada para investigar o pagamento de salários acima do teto permitido pela Constituição a servidores públicos, os chamados "supersalários". 

Abreu garantiu que não pretende “desmoralizar” os poderes com seu diagnóstico. “Sou relatora da comissão que regulamentará a proibição dos supersalários em todos os poderes. Trabalharei com racionalidade e pragmatismo. Não farei busca às bruxas e não concordo em desmoralizar os poderes. São pilares importantes da democracia. Há distorções? Sim. Vamos corrigir”, ponderou, em publicação no seu perfil do Twitter. 

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Instalado na última quinta-feira (10), o colegiado tem gerado polêmicas entre parlamentares, magistrados e servidores públicos. A comissão especial tem o prazo de 20 dias para fazer uma análise nas folhas de pagamentos. O atual teto constitucional é no valor de R$33.763,00, subsídio recebido por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato na 1ª instância, fala nesta quinta-feira, 4, sobre medidas contra corrupção à Câmara. O magistrado participa de reunião da Comissão Especial que analisa o Projeto de Lei 4850/16.

Moro defendeu a introdução de uma "forma privilegiada" de pena em alguns casos de crimes cometidos contra a administração pública.

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Ao analisar projeto que tramita na Casa com medidas de combate à corrupção, Moro sugeriu acrescentar ao artigo terceiro da proposta analisada, que trata sobre crimes contra administração pública, trecho para estabelecer que o juiz poderá diminuir a pena em casos de réu primário e crimes de valor pequeno contra.

Ao comentar o projeto, o magistrado também se posicionou contra a permissão para que o Ministério Público possa ingressar com recurso especial ou extraordinário em processos. Para Moro, o sistema processual brasileiro é "muito generoso em recursos", o que prejudica o andamento dos processos.

O juiz ainda defendeu trecho do projeto que restringe o uso de habeas corpus apenas em casos de prisão. "No Brasil, há cerca de 20 anos, tem havido certa deturpação de habeas corpus para uso em processos em que o acusado sequer está preso ou existia perspectiva de prisão", criticou.

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) tem até esta quarta-feira (27) para entregar as alegações finais em defesa ao processo de impeachment que tramita no Senado Federal. Após o recebimento, o relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), terá cinco dias para apresentar o seu parecer sobre a pertinência da acusação, o que está previsto para o dia 2 de agosto. O relatório será votado pela comissão especial e, em seguida, pelo Plenário, encerrando assim a fase de pronúncia do impeachment.

Caso a decisão seja a favor da continuidade do processo, Dilma será submetida ao julgamento final pelo Senado. Esse rito, se acontecer, será comandado pelo presidente de Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. Para a petista ser condenada, 54 senadores, no mínimo, devem votar alegando que ela cometeu crime de responsabilidade. Caso isso aconteça, ela será afastada do cargo em definitivo e ficará inelegível para mandatos públicos por oito anos.

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As alegações finais da acusação no processo foram apresentadas no dia 12 de julho. O documento de 131 páginas foi entregue pelo advogado João Berchmans Serra, que auxilia a equipe denunciante, e reforça os argumentos apresentados anteriormente. Para a acusação, a presidente cometeu crimes de responsabilidade como parte de um modus operandi de governo para se “perpetuar no poder”.

O texto rebate também a tese da defesa de que o impeachment de Dilma seria um “golpe de Estado”. A acusação lembra que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) chancela o processo porque lançou uma representação posterior contendo, entre outros argumentos, os mesmos decretos orçamentários e “pedaladas fiscais” que integram a denúncia atual.

O documento relativiza os depoimentos das 38 testemunhas de defesa que falaram à comissão nas últimas semanas. Eles foram descritos como “cantilena decorada e repetitiva”. A acusação diz ainda que, em muitos casos, os depoentes falavam “em causa própria”. 

A acusação também menciona a perícia técnica conduzida por servidores do Senado sobre os documentos que integram o processo de impeachment. O laudo concluiu que os decretos suplementares foram incompatíveis com a meta fiscal de 2015 e que os atrasos em repasses a bancos públicos referentes ao Plano Safra — as “pedaladas” — constituíram operações de crédito, mas nega a participação efetiva da presidente na organização deles. 

*Com a Agência Senado

O Projeto de Lei 4.850/16, mais conhecido como projeto anticorrupção, será analisado por uma comissão especial na Câmara dos Deputados. De iniciativa popular e encabeçada pelo Ministério Público Federal (MPF), a matéria estabelece dez medidas contra a corrupção, de combate a crimes contra o patrimônio público e o enriquecimento ilícito de agentes públicos.

O colegiado, criado por determinação do presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA), vai ser instalado na próxima quinta-feira (16) e contará com a participação de 29 membros titulares e o mesmo número de suplentes. Segundo Maranhão, a criação da comissão especial é uma exigência da sociedade, já que a proposta obteve mais de 2,2 milhões de assinaturas de apoio. 

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"Tomamos uma decisão que vai ao encontro da sociedade. Combate à corrupção é tudo aquilo que a sociedade cobra de cada um de nós. Entregamos para os parlamentares a possibilidade real de nós termos esse movimento consolidado e o Brasil, a partir dessa crise, e a partir dessa decisão que tomamos, no futuro, será um outro País. Estamos apostando no futuro", ressaltou.

O projeto prevê a criminalização do enriquecimento ilícito de agentes políticos, aumento das penas de crimes hediondos para corrupção de altos valores, aumento da eficiência e da justiça dos recursos no processo penal, celeridade nas ações de improbidade administrativa, entre outras. 

Além da proposta do MPF, a comissão também vai analisar os 20 anteprojetos em tramitação na Casa que tratam de iniciativas similares e que foram incluídos no texto.

A comissão especial do impeachment no Senado inicia, nesta quarta-feira (25), a discussão sobre o calendário de trabalhos da segunda etapa do processo contra a presidente afastada Dilma Rousseff (PT). A proposta foi apresentada pelo relator Antônio Anastasia (PSDB-MG) e, após vista coletiva concedida pelo presidente Raimundo Lira (PMDB-PB), a votação foi adiada para o próximo dia 2 de junho. O pedido de vistas foi apresentado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT). 

O cronograma estipulado pelo tucano reduz de pela metade – de 180 para 90 dias – o período para a análise das provas contra a petista, as diligências e debates entre a acusação e a defesa, além da audiência de testemunhas e da exposição final da defesa.  E a votação do relatório seria em 27 de julho.

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Com a admissibilidade do processo, aprovada no último dia 12, o colegiado se transforma numa "comissão processante" e apesar de continuar sendo presidido pelo senador Raimundo Lira caberá ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, coordenar as atividades.

Com o calendário mais flexível e o tempo máximo de 180 dias - para o fim do afastamento - , a celeridade dos trabalhos foi condenada, inclusive, por senadores a favor do impeachment da petista. “Não devemos ter pressa. Temos até 17 de novembro para votar o final do afastamento da presidente da República e com isso a sociedade vai poder se inteirar mais. Vamos poder mostrar todos os esqueletos que o PT produziu todos esses anos e o quanto lapidaram a área da saúde, vamos poder buscar um quadro real do desemprego... Não queremos que isso tenha celeridade, mas um prazo bem alongado para discutir o assunto. Precisamos trazer a realidade”, defendeu o senador Ronaldo Caiado (DEM). 

Já no início da sessão o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentou questão de ordem pedindo que o calendário da Comissão do Impeachment seja fixado após o recebimento da defesa prévia da presidente Dilma Rousseff, até 1º de junho. “Todos nós temos que estar imbuídos de assegurar o direito de defesa da presidente”, concordou o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB).

Veja o cronograma:

A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) fez duras críticas ao relatório apresentado por Antônio Anastasia (PDBS-MG), em favor do impedimento da presidente Dilma Rousseff e a Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Durante sessão na tarde desta quinta-feira (5), a senadora petista disse que o documento preparado pelo relator da comissão especial de impeachment da Casa, trata-se de um “prejulgamento”.

Ao iniciar sua fala na comissão especial do Senado, ela comentou o fato do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha ter seu pedido de afastamento do mandato parlamentar, bem como da presidência daquela Casa solicitado pelo ministro Teori Zavascki do Supremo Tribunal Federal (STF). A senadora usou o mesmo argumento que vem sendo usado pelos seus correligionários, inclusive a própria presidente Dilma Rousseff (PT), de que o processo de impeachment por chantagem do peemedebista para que o PT não votasse pelo afastamento dele no Conselho de Ética. 

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“Ele (Eduardo Cunhas) foi o principal maestro dessa farsa do processo de impeachment de Dilma por chantagem”, disse Bezerra. A parlamentar emendou o discurso dizendo que: “Aqueles e aquelas que decidirem colocar suas digitais em favor desse processo (de impeachment no Senado) vai entrar para a história como aliados de Cunha”. 

Em seguida, a parlamentar avaliou o trabalho realizado pelo senado Antônio Anastasia como relator do processo no Senado. “Desde o dia que o senador Anastasia foi escolhido como relator já havia um prejulgamento do caso (impeachment). Já era sabido que ao relatar o caso, o parecer seria favorável ao afastamento da presidente, porque Anastasia pertence ao partido que até hoje não se convenceu de ter perdido as eleições (de presidente da República em 2014)”. “Este jogo já tinha as cartas marcadas”, avaliou. 

“A senhor (Anastasia) elaborou seu parecer a partir de uma leitura restritiva e conivente da lei de responsabilidade fiscal para punir a presidente da República. Mas apesar de seu brilhante esforço, o senhor não conseguiu provar que há crime de responsabilidade cometidos por parte da presidente. Por causa de suplementação financeira? que é previsto e usado. Por conta de contingenciamento que também é previsto”, contestou a senadora.  O relator está abusando da criatividade para incriminar a presidente. Digo e repito, impeachment sem crime de responsabilidade fiscal é golpe mesmo”, discursou. 

A petista também frisou que o partido não se deixará abater. “Não vamos dar um minuto de sossego a quem tenta violar a constituição Brasileira”, concluiu.  

A comissão especial do impeachment no Senado começa a ouvir nesta quinta-feira (28) a acusação e a defesa da presidente Dilma Rousseff (PT). Hoje, às 16h, o colegiado vai receber os juristas Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior, dois dos três autores da denúncia que endossa o processo contra a petista já admitida pela Câmara dos Deputados. 

Nesta sexta (29) será a vez o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Ele é responsável pela apresentação dos argumentos em defesa de Dilma. Também participam da explanação em prol da petista os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e da Agricultura, Kátia Abreu. Além de um representante do Banco do Brasil. 

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As oitivas continuam na próxima semana. Na segunda (2) o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Velloso; o procurador do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira; e o professor do Departamento de Direito Econômico-Financeiro e Tributário da Universidade de São Paulo (USP), Maurício Conti, falam em favor da denúncia. Júlio Marcelo Oliveira foi o procurador que identificou o atraso no repasse de recursos para bancos públicos, o que originou as chamadas pedaladas fiscais. 

Já na terça-feira (3), outro grupo discursa contra o andamento do processo de impeachment. Falarão o professor de direito processual penal da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Geraldo Prado, o diretor da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Ricardo Lodi Ribeiro, além de Marcelo Lavenère, ex-presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

 

O bloco de apoio ao governo no Senado anunciou, nesta sexta-feira (22), os indicados para integrar a comissão especial que analisará o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Casa. Os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), José Pimentel (PT-CE), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Telmário Mota (PDT-RR) são os titulares. Com a indicação do bloco composto pelo PT e PDT a lista de membros do colegiado fica completa. 

Com a maioria dos integrantes da comissão, o PMDB indicou os senadores Raimundo Lira (PB), Rose de Freitas (ES), Simone Tebet (MS), José Maranhão (PB) e Waldemir Moka (MS). O bloco da oposição – do PSDB, DEM e PV - tem como titulares os deputados  Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Antonio Anastasia (PDSB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Ronaldo Caiado (DEM-GO). 

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Já bloco parlamentar socialismo e democracia - do PSB, PPS, PCdoB e Rede – tem duas vagas. Os titulares são Romário (PSB-RJ) e Fernando Bezerra Coelho (PSB). O quantitativo é igual para o bloco parlamentar democracia progressista (PP e PSD) que terá a representação feita pelos senadores José Medeiros (PSD-MT), Ana Amélia (PP-RS) e Gladson Camelli (PP-AC). 

Para o bloco moderador (PTB, PR, PSC, PRB e PTC) foram indicados Wellington Fagundes (PR-MT) e Zezé Perrela (PTB-MG). Outras duas vagas restantes serão sorteadas entre os três últimos blocos, no plenário.

Com a instalação prevista para a próxima segunda-feira (25), a composição da Comissão Especial que vai analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado já começou a ser definida. A indicação das bancadas deve acontecer até a sexta-feira (22). 

Com a maioria dos membros na Casa, o PMDB tem cinco vagas que ainda não foram definidas. O bloco de apoio ao governo, composto pelo PT e o PDT, mais quatro indicações também não alinhadas. O mesmo número de membros tem o bloco da oposição – do PSDB, DEM e PV. 

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Os titulares do colegiado são os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Antonio Anastasia (PDSB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Ronaldo Caiado (DEM-GO). Já os suplentes Tasso Jereissati (PSDB-CE), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Paulo Bauer (PSDB-SC) e Davi Alcolumbre (DEM-AP). 

Também já com os nomes indicados, o bloco parlamentar socialismo e democracia - do PSB, PPS, PCdoB e Rede – tem duas vagas. Os titulares são Romário (PSB-RJ) e Fernando Bezerra Coelho (PSB) e os suplentes Roberto Rocha (PSB-MA) e Cristovam Buarque (PPS-DF).

O quantitativo é igual para o bloco parlamentar democracia progressista (PP e PSD) ainda não indicados e para o bloco moderador (PTB, PR, PSC, PRB e PTC) que tem como titulares os senadores Wellington Fagundes (PR-MT) e Zezé Perrela (PTB-MG)  e na suplência Eduardo Amorim (PSC-SE) e Magno Malta (PR-ES). Outras duas vagas restantes serão sorteadas entre os três últimos blocos, no plenário.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMD-AL), informou, nesta terça-feira (19), que a Comissão Especial que analisará o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Casa será instalada na próxima terça (26). A leitura do texto encaminhado pela Câmara dos Deputados vai acontecer na sessão de hoje, a partir da exposição do texto, os líderes partidários têm o prazo de 48 horas para que as bancadas indiquem seus representantes para o colegiado.

“A prudência recomenda que se os líderes não indicarem [hoje], será dado o prazo regimental de 48 horas. Ao final das 48 horas, se os líderes não indicarem, o presidente do Senado fará a indicação”, afirmou o presidente. Considerando o feriado desta quinta-feira (21), o prazo regulamentar fica para sexta-feira (22).

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A definição do prazo gerou tumultos entre as bancadas de oposição e do governo. Os oposicionistas defenderam indicação imediata. “No momento da leitura, os líderes devem indicar os membros em Plenário. Aí sim, existem 48 horas para instalação da comissão e eleição do presidente. Por isso apresentei questão de ordem ao presidente Renan Calheiros, que vai levar o caso ao Plenário para responder”, explicou o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Já os governistas alegam que há uma tentativa da oposição de atropelar o processo, pulando prazos. O PT alega que pode indicar os nomes na sexta.  “Vamos indicar os nomes às 18h de sexta-feira. Na segunda-feira (25), tem a eleição da comissão no plenário e na terça-feira se instala a comissão. Vamos exercer nosso direito até o último momento”, afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

A comissão será eleita na sessão deliberativa do Plenário na terça, quando então começará o prazo de 10 dias para aprovação de parecer sobre a admissibilidade do processo de impeachment. Após isso os senadores têm 48 horas para votar o parecer por maioria simples.

Indagado por jornalistas se o Senado não deveria reduzir os prazos, Renan Calheiros afirmou que os procedimentos estão sendo definidos conforme a Constituição, passando por acórdão do STF sobre o assunto, a Lei Especial 10.079/1950 e o Regimento Interno do Senado Federal. 

“Os senadores, ao final e ao cabo, serão os julgadores. O papel constitucional do Senado Federal é decidir se há ou se não há crime de responsabilidade da presidente Dilma. Nós não estamos aqui produzindo o noticiário de cada dia, estamos fazendo a história do Brasil”, observou o presidente.

*Com informações da Agência Senado

O presidente da comissão especial encarregada de analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), decidiu não incluir, no objeto de análise do colegiado, o conteúdo da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Com a definição, segundo ele, não poderá haver menção às informações de Delcídio no parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator da comissão, e os requerimentos para oitivas no colegiado não devem ser norteados pelas revelações do senador.

Assim, a comissão decidirá sobre a aceitação ou não do pedido de impeachment com base na denúncia original contra Dilma aceita pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, em dezembro de 2015, que trata das chamadas pedaladas fiscais. Já a delação de Delcídio refere-se às denúncias sobre corrupção na Petrobras investigadas no âmbito da Operação Lava Jato.

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Após conversar com consultores da Câmara e com o relator Jovair Arantes, e levando em consideração entendimentos do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o processo de impeachment, Rosso ressaltou que à Câmara compete apenas autorizar ou não a instauração do processo. A produção de provas e o julgamento caberão ao Senado.

"A atuação da Câmara deve ser entendida como parte de um momento pré-processual, isso é, anterior à instauração do processo pelo Senado. A Câmara apenas autoriza a instauração do processo, não o instaura por si própria", esclareceu o presidente. "Em suma, esta comissão deve se limitar aos termos da denúncia admitida e aos seus documentos iniciais. No relatório, não deve constar menção a esse ou a quaisquer documentos novos encaminhados."

Porém, Rogério Rosso observou que, como as informações sobre a delação premiada de Delcídio do Amaral são públicas, ninguém poderá impedir os deputados de falarem sobre elas ou de levá-las em consideração ao formarem seu juízo.

*Com informações da Agência Câmara

 

Começou pouco depois das 19h desta quinta-feira (17) a reunião em que foi instalada a comissão especial destinada a analisar o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e a eleger os dirigentes do colegiado. A reunião da comissão está sendo presidida pelo deputado Juthay Junior (PSDB-BA). 

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse que o Planalto vai defender os nomes dos deputados Rogério Rosso (PSD-DF) e Jovair Arantes (PTB-GO) para a presidência e para a relatoria da comissão especial, respectivamente.

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“Fizemos uma reunião longa de todos os líderes da base e vamos apresentar na comissão especial os dois nomes, que já haviam sido comentados, mas agora serão apresentados como sugestão nossa: Rogério Rosso para presidente e Jovair Arantes para relator”, informou Guimarães

Segundo Guimarães, os nomes foram definidos após entendimento com os partidos que integram a base. “Acredito que eles farão trabalho sério, não serão instrumento de ninguém, mas importantes para a estabilidade”, acrescentou o líder do governo.

Os nomes de Rosso e Arantes também são consensuais entre os partidos. Além deles, compõem a chapa oficial os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP), como primeiro vice-presidente, Maurício Quintella (PR-AL), segundo vice, e Fernando Coelho Filho (PSB-PE), terceiro vice. Os maiores partidos, PMDB e PT, não indicaram representantes para compor a chapa.

Enquanto a comissão debate o processo de eleição dos novos dirigentes, o gramado em frente ao Congresso Nacional está parcialmente ocupado por manifestantes com faixas.

Os 24 líderes partidários da Câmara dos Deputados devem indicar, até o início da tarde desta quinta-feira (17), os parlamentares que vão integrar a comissão especial que analisará o processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), na Casa. Às 14h, se houver quórum, o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deve dar início a Ordem do Dia, com a eleição da comissão especial como único item da pauta. 

Alguns partidos já anunciaram os nomes dos indicados. No total são 64. Até agora, integram a lista como titulares os pernambucanos Mendonça Filho (DEM), Tadeu Alencar e Fernando Filho - ambos do PSB. João Fernando Coutinho é suplente do PSB. 

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Veja um balanço preliminar:

Os titulares do PT serão Zé Geraldo (PA), Pepe Vargas (RS), Arlindo Chinaglia (SP), Henrique Fontana (RS), José Mentor (SP), Paulo Teixeira (SP), Wadih Damous (RJ) e Vicente Cândido (SP). Os suplentes Padre João (MG), Benedita da Silva (RJ), Carlos Zarattini (SP), Luiz Sérgio (RJ), Bohn Gass (RS), Paulo Pimenta (RS), Assis Carvalho (PI) e Valmir Assunção (BA).

Outro partido governista a apresentar a lista de representantes nesta manhã foi o PSD. Com quatro vagas, os titulares da bancada serão o líder Rogério Rosso (DF), Júlio César (PI), Paulo Magalhães (BA) e Marcos Montes (MG).  Os suplentes do PSD serão os deputados Irajá Abreu (TO), Goulart (SP), Evandro Roman (PR) e Fernando Torres (BA).

A bancada do PSB indicou para a titularidade os deputados Bebeto (BA), Danilo Forte (CE), Tadeu Alencar (PE) e Fernando Coelho (PE), líder do partido na Câmara. Já na suplência estão João Fernando Coutinho (PE), JHC (AL), Paulo Foletto (ES) e Jose Stédile (RS).

O Solidariedade indicou os deputados Paulinho da Força (SP), presidente da legenda, e o ex-secretário de Segurança do Paraná, Fernando Franscichini (PR) como titulares e na suplência o líder da bancada, Genecias Noronha (CE), e o ex-peemedebista Laudívio Carvalho (MG). 

O PMDB indicou para titular os deputados Leonardo Picciani (RJ), José Priante (PA), João Marcelo Souza (MA), Washington Reis (PMDB-RJ), Valtenir Pereira (MT), Lúcio Vieira Lima (BA), Osmar Terra (RS) e Mauro Mariani (SC). Já na suplência estão Elcione Barbalho (PA), Alberto Filho (MA), Hildo Rocha (MA), Marx Beltrão (AL), Vitor Valim (CE), Manoel Junior (PB) e Lelo Coimbra (ES).

O PSDB ocupou as 6 vagas de titulares com os deputados Bruno Covas (SP), Carlos Sampaio (SP), Jutahy Junior (BA), Nilson Leitão (MT), Paulo Abi-Ackel (MG) e Shéridan (RR). São suplentes Izalci (DF), Fábio Sousa (GO), Mariana Carvalho (RO), Nilson Pinto (PA), Rocha (AC) e Rogério Marinho (RN).

Com 4 vagas, o PR indicou Maurício Quintella Lessa (AL), Édio Lopes (RR), Aelton Freitas (MG)  e Zenaide Maia (RN). Na suplência estão Gorete Pereira (CE), José Rocha (BA), João Carlos Bacelar (BA) e Wellington Roberto (PB).

O Democratas colocou na titularidade os deputados Mendonça Filho, Rodrigo Maia (RJ) e Elmar Nascimento (BA). Na suplência estão Mandetta (MS) e Moroni Torgan (CE).

A instalação da comissão está prevista para as 17 horas. A eleição do presidente e do relator da comissão poderá ocorrer hoje ou amanhã (18).

A análise do projeto de lei sobre acordos de leniência ficou para 2016. É que a reunião prevista para esta terça-feira (22) da comissão especial que analisa a matéria foi cancelada. Na ocasião, seria feita a apresentação, discussão e votação do parecer do relator, deputado André Moura (PSC-SE).

O acordo de leniência é semelhante à delação premiada, no entanto é celebrado por empresas com o objetivo de garantir isenção ou atenuação das sanções. A condição é que as companhias colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo. A proposta em análise permite que o Ministério Público e a advocacia pública celebrem acordo de leniência, de forma isolada ou em conjunto.

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O relator André Moura é favorável ao projeto, já que as empresas terão que cumprir as penalidades, mas continuarão funcionando, sem prejudicar o emprego dos trabalhadores. "Hoje, no Brasil, são mais de três mil pessoas desempregadas, em média, por dia. O acordo de leniência permite exatamente que essas empresas não sofram as sanções e as penalidades previstas na lei, inclusive na Lei 8.666, da Licitação, que impede que elas possam conveniar, contratar com o poder público, seja municipal, estadual ou federal, e faça com que essas empresas tenham que demitir e passar por maiores dificuldades", explicou.

O Congresso Nacional entra em recesso nesta quarta-feira (23) e só retoma as atividades em 1º de fevereiro.

* Com informações da Agência Câmara.

 

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira, 9, que não houve intervenção da Corte sobre a Câmara dos Deputados na decisão de ontem do ministro Edson Fachin que suspendeu o trâmite do impeachment da presidente Dilma Rousseff até a semana que vem. "A premissa é de que não estariam respeitando o figurino legal na votação para a escolha da comissão. É tempo de observar-se o império da lei", afirmou o ministro.

Marco Aurélio disse que o Supremo é "a última trincheira" do cidadão, e que a Corte tem a palavra final "sobre a alegada violência a um direito". "Tenho que presumir a correção do ato do colegiado." Questionado se houve prejuízo para alguém com a decisão de Fachin, Mello perguntou: "Para quem? Para a titular ou para quem busca o impeachment?"

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Procedimento

Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), a decisão de Fachin foi correta. "É uma decisão sensata para garantir que esse processo aconteça totalmente de acordo com a Constituição, com o regimento interno da Câmara e sem qualquer tipo de abuso de poder por parte do presidente da Casa (Eduardo Cunha, PMDB-RJ)."

Costa defende que, a exemplo do que aconteceu no impeachment do ex-presidente Collor em 1992, o STF determine o procedimento do processo. "Esperamos agora que o Supremo estabeleça um rito, desde a aceitação do pedido de impeachment até sua votação definitiva, para que isso não seja feito por alguém que não tem a menor legitimidade para comandar esse processo", defendeu.

Para o petista, o presidente da Câmara já possui uma decisão prévia favorável ao afastamento de Dilma Rousseff e tenta conduzir a comissão especial para o mesmo entendimento. "Isso não é admissível, é preciso que as regras sejam estabelecidas e decididas de forma clara."

O senador também minimizou o resultado da votação da noite desta terça-feira, que elegeu chapa alternativa de oposição para complementar a comissão especial de impeachment. "A votação não foi tão ruim, tivemos quase 200 votos. Os que querem o impeachment precisarão ter 342 em votação aberta. Há muita gente que não foi votar e a dificuldade maior continua para a oposição", argumentou.

Na mesma linha, o senador defende que o governo não deve recuar da decisão de suspender o recesso parlamentar e dar seguimento rápido ao processo de impeachment.

O governo atribuiu a derrota no primeiro teste do impeachment à atuação do vice Michel Temer, que comanda o PMDB. Na avaliação do Palácio do Planalto, o clima de rebelião na Câmara dos Deputados piorou com o vazamento da carta escrita por Temer à presidente Dilma Rousseff. A presidente e o vice vão conversar hoje à noite, mas assessores dos dois lados afirmam que a oficialização do "divórcio" é apenas uma questão de tempo.

Nos bastidores, ministros culparam Temer pelo agravamento da crise política e disseram que o gesto dele, rompendo com o governo, funcionou como um gatilho para que alas do PMDB e de outros partidos da base aliada se rebelassem contra Dilma. Menos de 24 horas após a divulgação da carta, o Planalto sofreu um revés na Câmara, quando o plenário aprovou uma chapa majoritariamente contrária a Dilma para a Comissão Especial que analisará o impeachment. À noite, porém, uma liminar do Supremo Tribunal Federal suspendeu essa decisão.

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"Eu não estou rompendo com o governo, mesmo porque sou o vice-presidente. Fiz apenas um desabafo, que já deveria ter feito há muito tempo", afirmou Temer a amigos com quem se reuniu ontem, no Palácio do Jaburu. "Fiquei indignado com o vazamento de uma carta que era dirigida à presidente e a mais ninguém." Na correspondência, Temer se queixou de "menosprezo" e afirmou ter passado os quatro primeiros anos de governo como "vice decorativo".

Após se dizer "perplexa", Dilma enviou dois emissários para conversar com Temer e saber o que poderia ser feito para recompor o relacionamento institucional. O primeiro foi o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, recebido pelo vice após a meia-noite de segunda-feira. Depois foi a vez do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner.

No diagnóstico do Planalto, o vice não apenas não vai mover uma palha para ajudar Dilma a enfrentar o impeachment como deixou claro que pretende se juntar ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao dizer que o pedido para o afastamento dela tem "lastro jurídico".

"Quem apertou o botão do impeachment foi o PT, e não o Temer", reagiu Cunha. Depois de muitas idas e vindas, os três deputados do partido no Conselho de Ética decidiram votar contra o presidente da Câmara, acusado de manter contas secretas na Suíça com dinheiro desviado da Petrobrás. Cunha nega as acusações e aponta "perseguição" do Planalto.

Latim

O tom duro da carta de Temer provocou tanta tensão no governo que, ao longo do dia, auxiliares da presidente e do vice se acusaram mutuamente pelo vazamento. "Jamais eu ou o PMDB fomos chamados para discutir formulações econômicas ou políticas do país; éramos meros acessórios, secundários, subsidários", escreveu Temer. Ele iniciou a carta com uma expressão em latim ("Verba volant, scripta manent"), que significa "a palavra voa, o escrito permanece".

A ordem no Planalto foi não reagir, mas o governo passou o dia medindo a temperatura da nova crise, com monitoramento das redes sociais. A conclusão foi a de que tanto Dilma quanto Temer saíram perdendo com o episódio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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