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Mesmo depois da ameaça da Caixa e do Banco do Brasil de deixarem a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a entidade decidiu que não vai retirar a assinatura do manifesto. A assinatura do documento já foi submetida e aprovada pela governança da Febraban após debates internos que ocorreram na semana passada. Relatos colhidos pelo Estadão afirmam que não haverá recuo nesse ponto e que a decisão de adiar o lançamento do manifesto foi da Fiesp.

A decisão da entidade dos bancos de subscrever o documento levou em conta a crise institucional e o ambiente hostil de tensionamento político que tem piorado e contaminado as expectativas do mercado e dos agentes econômicos.

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Para tentar contornar a crise com os bancos públicos, alguns trechos do texto estão sendo novamente revisados. Um deles é o que falava explicitamente da necessidade de se criar empregos, o que irritou BB e Caixa. Uma fonte de um banco público diz que os dados oficiais mostram que o Brasil criou 1,848 milhão de vagas nos sete primeiros meses do ano. Por isso, na nova redação, ficará explícito que está havendo criação de postos de trabalho.

Ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, que soube do manifesto no sábado, culpou a Febraban pelo que classificou como conteúdo político do documento. "Pela democracia, nenhum problema, mas não é o que eles disseram. Eles disseram que era contra o governo e não a favor da democracia", disse. De acordo com o ministro, a própria Febraban teria mudado o teor do manifesto para se posicionar contra o governo de Jair Bolsonaro.

Após as declarações de Guedes, a Febraban negou que tivesse articulado alterações no texto. "Desde sua origem, a Febraban não participou da elaboração de texto que contivesse ataques ao governo ou oposição à atual política econômica. O conteúdo do manifesto pedia serenidade, harmonia e colaboração entre os Poderes da República e alertava para os efeitos do clima institucional nas expectativas dos agentes econômicos e no ritmo da atividade."

Segundo apurou o Estadão, alguns bancos preferiam que o texto fosse divulgado na data inicialmente prevista, hoje. Oficialmente, a Fiesp afirma que o adiamento ocorreu por causa da possibilidade de mais adesões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pedido de prorrogação dos trabalhos da CPI da Covid no Senado já tem as 27 assinaturas necessárias para estender o prazo da comissão por mais 90 dias. A informação foi dada pela assessoria do vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) nesta segunda, 28, que apresentou mais cedo o requerimento pela prorrogação.

Com o prazo inicial de 90 dias, a comissão está programada para encerrar no dia 7 de agosto. Para estender esse prazo, segundo Regimento do Senado, o requerimento tem que ter assinatura de um terço dos membros do Senado, os 27 senadores, ser comunicado por escrito à Mesa Diretora da Casa, lido em plenário e publicado no Diário Oficial do Senado.

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No pedido apresentado mais cedo, Randolfe afirmou que o prazo atual seria insuficiente e afirmou ser "imperativo" prorrogar as atividades. Ele lembrou que o colegiado tem "desvendado esquemas de corrupção e de favorecimento" de determinadas empresas com recursos destinados ao combate à pandemia da covid-19. "Servidores sofreram pressões não republicanas para flexibilizar a importação da Covaxin. Depoentes apontaram que até o Presidente da República foi alertado das irregularidades e, ao invés de apurá-las, as creditou ao próprio líder do Governo da Câmara dos Deputados. É um escândalo que precisa ser apurado com a gravidade correspondente."

Como mostrou o Broadcast Político, a CPI quer investigar a ligação do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), com a compra de outras vacinas pelo Ministério da Saúde, além da Covaxin. Nos três casos, o quadro é parecido: vacinas mais caras compradas de laboratórios internacionais por meio de intermediários no Brasil, com elos com o líder do governo.

A nova linha de apuração é discutida após os depoimentos do deputado Luis Miranda (DEM-DF) e do servidor Luis Ricardo Miranda, irmão do parlamentar, na última sexta-feira, 25. Luis Miranda disse ter ouvido do presidente Jair Bolsonaro o nome de Ricardo Barros quando o alertou sobre um suposto esquema de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin. Barros nega irregularidades.

No requerimento, Randolfe também citou que existem "inúmeras provas" sobre omissões e ações deliberadas em torno de estratégias como da imunidade de rebanho, a promoção de tratamentos ineficazes, e "boicotes" às medidas não farmacológicas de enfrentamento à covid-19, como o uso de máscaras e o distanciamento social.

Assinam o requerimento pela prorrogação dos trabalhos da CPI, além do senador Randolfe Rodrigues, os senadores Jorge Kajuru (Podemos-GO), Izalci Lucas (PSDB-DF), Omar Aziz (PSD-AM), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Fabiano Contarato (REDE-ES), Weverton (PDT-MA), Flávio Arns (PODEMOS-PR), Mara Gabrilli (PSDB-SP), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Zenaide Maia (PROS-RN), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Plínio Valério (PSDB-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Chico Rodrigues (DEM-RR), Oriovisto Guimarães (PODEMOS-PR), Leila Barros (PSB-DF), Jaques Wagner (PT-BA), José Serra (PSDB-SP), Renan Calheiros (MDB-AL), Paulo Paim (PT-RS), Humberto Costa (PT-PE), Paulo Rocha (PT-PA), Rogério Carvalho (PT-SE), Jean Paul (PT-RN), Veneziano (MDB-PB), Simone Tebet (MDB-MS).

Após a criação pelo Senado Federal da chamada CPI da Covid, líderes de partidos da oposição decidiram intensificar esforços para a constituição de outra comissão parlamentar de inquérito, desta vez na Câmara, para investigar a responsabilidade do governo federal no enfrentamento da pandemia.

A informação foi prestada pelo líder do PCdoB, deputado Renildo Calheiros (PE). Ele disse que a decisão foi tomada após reunião com presidentes de vários partidos de oposição e líderes das agremiações.

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“Aqui na Câmara, nós, líderes partidários, assumimos o compromisso de nos debruçarmos para completar 171 assinaturas para que a Câmara dos Deputados também cumpra o seu papel e realize uma investigação sobre a responsabilidade do governo no enfrentamento da Covid”, disse Calheiros, referindo-se ao número mínimo de assinaturas exigidas para a criação de uma CPI. “É necessário que se dê ampla divulgação à negligência, descaso e orientações erradas feitas pelo Ministério da Saúde e pelo próprio governo federal”, completou.

Conforme Renildo Calheiros, os líderes da oposição resolveram ainda intensificar a mobilização e a articulação com movimentos da sociedade civil e a participação na tribuna da Câmara para denunciar esses fatos. “Decidimos elaborar nota contundente a ser entregue ao presidente da Câmara mostrando que o Brasil não aceita ser governado dessa maneira, não vamos esperar que todos morram para tomar uma atitude”, acrescentou.

“Estamos convencidos de que o Brasil não pode continuar como está. A pandemia já vitimou mais de 350 mil pessoas, o País bate recorde após recorde em números de mortos, e o presidente continua insensível com disputas laterais em vez de mobilizar o País para enfrentar a pandemia”, criticou.

Visão do governo

O líder do PSL, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), no entanto, acredita que a ação da oposição “é mais uma que não vai dar em nada”.

“Não vejo nada de mais nesse movimento de oposição, é uma reunião para tratar dos seus esforços, até porque o presente momento eles nada fizeram nesta legislatura, neste governo, não contribuíram em nada nas discussões, pelo contrário, apresentaram pedidos de impeachment desconexos da realidade, que não têm qualquer viabilidade jurídica ou política e têm feito discursos vazios no Plenário da Câmara dos Deputados”, avaliou.

“O nosso governo, o governo Bolsonaro, tem feito grandes trabalhos para salvar vidas e preservar empregos dos brasileiros”, disse ainda. Entre essas ações, o deputado citou o pagamento do auxílio emergencial, a ajuda a estados e municípios, a ajuda a empregados e empresas – propostas aprovadas pelo Congresso Nacional. Além disso, Vitor Hugo mencionou a busca por vacinas pelo governo.

“Mais de 500 milhões de vacinas já [foram] contratadas para imunizar a população. Somos o quinto país do mundo em números absolutos que mais vacinou e o nono país em número relativos por 100 mil habitantes, e isso mostra todo o esforço do governo”, afirmou.

Segundo o World In Data, plataforma que monitora as vacinações contra Covid no mundo desenvolvida pela Universidade de Oxford, o Brasil aparece em quinto lugar no ranking global de total de doses aplicadas. Porém, ao se levar em conta o número de doses administradas a cada 100 pessoas, o País cai para a posição 67 no ranking.

*Da Agência Câmara de Notícias

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) conseguiu obter 30 assinaturas para a abertura da CPI da Covid-19, que deve apurar a atuação do Governo Federal à frente da crise da pandemia do novo coronavírus. O documento, que propõe a abertura do procedimento, afirma que a gestão de Jair Bolsonaro foi "omissa" em relação ao colapso da Saúde no Amazonas e destacou a ação do Poder Executivo para impedir que fossem adotadas as medidas de isolamento social nos Estados.

Rodrigues também ressalta no documento o posicionamento controverso do presidente da República em relação à campanha de vacinação. "Enquanto cientistas do Brasil e do mundo se dedicaram na busca por vacinas que nos ajudassem a superar a Covid-19 e a, finalmente, retomar a vida econômica e social, mais uma vez o Governo Federal optou por ser um obstáculo", escreveu. "Com o recrudescimento da Covid-19 em dezembro de 2020 e janeiro de 2021, as omissões e ações erráticas do Governo Federal não podem mais passar incólumes ao devido controle do Poder Legislativo", concluiu.

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Para ser instaurada uma CPI no Senado são necessárias 27 assinaturas, o que corresponde a 1/3 do quórum da Casa. Após isso, o pedido é registrado na Secretaria-Geral da Mesa Diretora e os partidos podem fazer as indicações dos representantes que irão compor a comissão. Os trabalhos devem durar 90 dias e, caso os parlamentares reúnam provas de irregularidades ou ilícitos, o Ministério Público Federal pode ser acionado para que os acusados sejam responsabilizados civil ou criminalmente.

O documento já foi entregue à Secretaria-Geral da Mesa diretora do Senado nesta quinta-feira (4) e seguirá para a aprovação do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM).

Assinaram o documento, os senadores: Randolfe Rodrigues, Jean Paul Prates (PT), Jorge Kajuru (Cidadania), Fabiano Contarato (Rede), Alessandro Vieira (Rede), Rogério Carvalho (PT), Renan Calheiros (MDB), Eduardo Braga (MDB), Rodrigo Cunha (PSDB), Lasier Martins (Podemos), Zenaide Maia (PROS), Paulo Rocha (PT), Leila Barros (PSB), Styvenson Valentin (Podemos), Acir Gurgacz (PDT), Álvaro Dias (Podemos), Mara Gabrilli (PSDB), Plínio Valério (PSDB), José Reguffe (Podemos), Humberto Costa (PT), Cid Gomes (PDT), Eliziane Gama (Cidadania), Major Olímpio (PSL), Omar Aziz (PSD), Paulo Paim (PT), José Serra (PSDB), Tasso Jereissati (PSDB), Weverton (PDT), Simone Tebet (MDB), Rose de Freitas (MDB).

Com o objetivo de apoiar estudantes que não possuem recursos necessários em casa  para manter os estudos em dia para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o professor de matemática Darlan Moutinho promove uma petição. O ato visa o adiamento das provas deste ano. Em todo o Brasil, aulas presenciais foram suspensas devido à pandemia do novo coronavírus.

A iniciativa foi lançada na terça-feira (05) e com apenas dois dias no ar, já totaliza mais de 21 mil assinaturas; uma das metas é chegar a 100 mil. “Alunos começaram a entrar em contato comigo pedindo ajuda, pois não conseguem ter uma rotina em casa, nunca foram adaptados a educação a distância”, comentou Darlan Moutinho. “Nesse momento, existe uma incerteza desde aquele aluno que tem uma situação financeira privilegiada até aquele que não tem a mesma igualdade socioeconômica. Eles não conseguem seguir o planejamento pedagógico e se sentem literalmente perdidos e abandonados. O aluno que não tem condição, ele não tem internet”, acrescentou.

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O professor de matemática acredita que, se o Enem for mantido, será um dos piores momentos da vida desses estudantes que não possuem recursos suficientes para se preparar em casa. “A única coisa que queremos é respeito e mostrar que em um momento como esse, é preciso olhar para o próximo”, finaliza o docente.

O Ministério da Educação (MEC) mantém, até o momento, o cronograma do Enem 2020. As provas impressas estão previstas para 1º e 8 de novembro, quanto a versão digital deverá ser aplicada nos dias 22 e 29 do mesmo mês. Confira aulas e dicas gratuitas para o Exame.

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O presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), atribuíram ontem a um erro de registro o fato de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter identificado ao menos sete assinaturas de pessoas mortas na lista de apoio para a criação do Aliança pelo Brasil - informação revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo. "São sete mortes. Um, o cara lá assinou a ficha e, na semana seguinte, teve uma acidente de motocicleta. Morreu. Os outros meia dúzia... Só sete, né? De não sei quantos mil, 50 mil. Sete apenas. Era CPF errado, a numeração errada, só isso aí", afirmou Bolsonaro em frente ao Palácio da Alvorada.

Em nota, Flávio disse se tratar de um "erro no preenchimento dos dados". "Após revisão dos dados inseridos no sistema do TSE, foram identificados que dos sete casos listados em relatório como 'eleitor falecido', seis foram preenchidos com o número errado do título de eleitor do apoiador, ou alguma outra falha técnica similar", diz o texto.

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A jornalistas, Bolsonaro admitiu ontem, pela primeira vez, que o Aliança pelo Brasil não deve obter registro do TSE a tempo de participar das eleições municipais deste ano. "Pelo que tudo indica, não dá tempo de sair", disse.

Para ter o registro aprovado e poder disputar as eleições municipais de 2020, o partido em formação precisa apresentar, até abril, 491,9 mil assinaturas consideradas válidas pelo TSE. Até ontem, o Aliança tinha 7.746 assinaturas consideradas válidas, conforme dados fornecidos pelo tribunal.

Segundo Flávio, mais de 91 mil fichas com assinaturas já foram enviadas ao TSE e 16% foram consideradas inaptas. "Em grande parte pelo fato de o apoiador constar para a Justiça Eleitoral como filiado a algum outro partido", diz nota divulgada pela assessoria do senador.

Uma regra criada na reforma eleitoral de 2015 exige que, para apoiar a criação de uma nova sigla, o eleitor não pode estar filiado a nenhuma outra legenda. Em julgamento de uma ação proposta pelo PROS, na quarta-feira passada, o Supremo Tribunal Federal (STF), por 9 votos a 1, reafirmou o entendimento.

Eleições

Diante da dificuldade de criar seu próprio partido, Bolsonaro disse ontem que não deve apoiar candidatos a prefeito no primeiro turno nas eleições municipais deste ano. "Pretendo não participar no primeiro turno de qualquer candidatura entre os quase 6 mil municípios do Brasil", afirmou.

O presidente afirmou que poderá, contudo, apoiar candidatos a vereador. "No tocante a vereador, eu tenho um amigo ou outro por aí, vou dar uma força para eles nisso aí", disse.

O primeiro turno das eleições municipais ocorre em 4 de outubro. O segundo está marcado para o dia 25 do mesmo mês.

Um julgamento marcado para esta quarta-feira (4), no Supremo Tribunal Federal (STF) pode atingir os planos do presidente Jair Bolsonaro de tirar do papel o partido Aliança pelo Brasil, que ainda patina na coleta de assinaturas. O plenário vai decidir se uma pessoa filiada a um partido político pode ou não assinar a ficha de apoio de criação de uma nova sigla.

Não se trata de permitir a filiação a dois partidos simultaneamente, e sim de decidir se alguém pode apoiar a criação de uma nova sigla mesmo já sendo filiado a outra.

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Para a advogada e tesoureira do Aliança, Karina Kufa, a proibição deve ser derrubada pelo Supremo. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até esta segunda-feira, 5.499 assinaturas em favor da criação da nova sigla foram consideradas válidas, 51.765 estão em fase de impugnação (contestação), 2.827 ainda em análise por cartórios e outras 13.419 já foram descartadas por uma série de motivos, entre eles a questão da filiação e o fornecimento de informações incompletas.

Uma das barreiras identificadas por Kufa é justamente a proibição de que filiados a partidos apoiem a criação de novas siglas. Os dirigentes do Aliança receberam relatos de eleitores sobre dificuldades burocráticas para se desfiliar das atuais siglas e embarcar no novo projeto de Bolsonaro.

"Isso inviabiliza a criação de partidos e traz um transtorno enorme para o cidadão. O ato de apoiamento é do cidadão, não do partido. Não podemos cercear umas das formas de exercício direto da democracia", afirmou Kufa.

Para sair do papel, o Aliança precisa coletar até março as 491,9 mil assinaturas. O partido já jogou a toalha e dirigentes admitem não ser possível viabilizar seu registro na Justiça Eleitoral até o início de abril, prazo necessário para disputar as eleições municipais deste ano.

Liberdade de manifestação

A ação chegou ao Supremo em 2015, em uma ação movida pelos Pros, que contestou a restrição imposta por uma lei que proibiu a contabilização, no processo de criação de novos partidos, da assinatura de eleitores filiados a outras agremiações. Para a sigla, a barreira viola os princípios das liberdades de manifestação e convicção política, criando duas classes de cidadãos (uns com e outros sem filiação partidária).

Na época, pelo placar elástico de 10 a 1, o STF manteve em vigor a restrição, frustrando o Pros e defendendo o maior rigor previsto na legislação para o surgimento de mais siglas. O caso voltará a ser discutido em meio à ofensiva de Bolsonaro para viabilizar o Aliança pelo Brasil.

Integrantes do STF ouvidos reservadamente pelo jornal O Estado de S. Paulo, no entanto, acreditam ser difícil que o tribunal mude o entendimento, ao examinar desta vez o mérito da ação. O único ministro que não participou do primeiro julgamento foi Alexandre de Moraes, que chegou à Corte em 2017, após a morte de Teori Zavascki em um acidente aéreo.

Anunciada pelo Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro quer criar, a estratégia de autenticar assinaturas de apoiadores antes de enviá-las para a Justiça Eleitoral está esbarrando em normas que regulam o funcionamento dos cartórios e no receio entre tabeliães de ficarem associados a uma corrente política. O ritmo lento da coleta de assinaturas já faz lideranças do grupo admitirem que é possível que a sigla não fique pronta a tempo de disputar as eleições de 2020.

No Piauí e em Pernambuco, as corregedorias dos tribunais de Justiça proibiram os cartórios de notas, responsáveis pelas autenticações, de realizar o serviço fora de suas dependências ou do horário de expediente. Nos dois Estados, os juízes corregedores argumentaram que não existem elementos que comprovem a necessidade do atendimento especial. No caso de Pernambuco, porém, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acolheu um recurso dos aliados do presidente.

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Na última semana, o Estado visitou alguns dos principais cartórios de notas de São Paulo e constatou que, na capital paulista, há pouca adesão.

Os organizadores do Aliança têm até o final de março para recolher as 491,9 mil assinaturas necessárias para que o partido possa participar das eleições municipais deste ano. Para agilizar o processo, o partido optou por autenticar as fichas de apoiamento antes de enviá-las ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Assim, os técnicos do TSE ficam desobrigados de conferir as assinaturas, trabalho considerado o mais demorado na criação de um partido. Além disso não há a necessidade de recolher mais assinaturas do que o necessário para compensar as fichas que eventualmente possam ser recusadas pelo TSE.

A advogada Karina Kufa, tesoureira nacional do Aliança, admite a dificuldade para formalizar a criação do novo partido. "Vou ser honesta: 100% de certeza não posso garantir", disse ela. "Se a gente tivesse grana para investir no projeto, seria rápido. Mas essa não é realidade." Segundo Karina, não é possível dizer qual o número de assinaturas (autenticadas ou não) recolhidas até agora.

Números do Colégio Notarial do Brasil (CNB) mostram que a estratégia adotada pelo Aliança, ao menos por enquanto, não fez diferença no movimento dos cartórios. Em janeiro, os cartórios de notas de São Paulo imprimiram 3,7 milhões de selos para autenticação de assinaturas. No mesmo mês de 2018 foram 3,8 milhões de unidades (2019 não serve como comparação por ser um ano de troca do modelo dos selos).

O 24º Tabelionato de Notas, na região central, recebeu apenas 26 fichas desde o dia 20 de dezembro - média de menos de uma por dia. A média diária do cartório é de mais de 400 autenticações.

No 21º Tabelionato, também no centro, foram pouco mais de 40 fichas de apoiamento desde o dia 20 de dezembro. No dia 17, os responsáveis pelo cartório proibiram uma ação de coleta de assinaturas dos partidários do Aliança na frente do local. "Pedi educadamente para saírem da porta do cartório, e eles atenderam", disse o preposto substituto Hilton Barbosa dos Santos.

Exemplos

Segundo a legislação, cabe à corregedoria do Tribunal de Justiça de cada Estado normatizar o funcionamento dos cartórios. Na última semana, dois casos chamaram a atenção. O primeiro foi em Belém (PA), onde apoiadores do Aliança vestidos com camisetas do partido fizeram uma ação dentro de um cartório. O caso está sendo apurado pela corregedoria do TJ-PA.

O segundo caso ocorreu em Londrina (PR). No domingo passado, o reverendo Emerson Patriota, da Igreja Presbiteriana do Brasil, usou o púlpito para conclamar os fiéis a assinar fichas de apoio ao Aliança. Havia um escrivão para as autenticações, à disposição na igreja e fora do horário de expediente.

Pernambuco

O corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, concedeu ontem, 1, liminar autorizando a participação de cartórios no II Encontro Pernambucano de Apoiadores do Partido Aliança pelo Brasil.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco não havia autorizado o funcionamento de cartórios de Recife e Olinda no evento, fora do horário regulamentar e em caráter excepcional.

Aliados do presidente Bolsonaro recorreram, e Martins acolheu o pedido. O evento ocorreu ontem, em Olinda. Na avaliação do corregedor nacional de Justiça, a participação, limitada à prática de atos próprios dos notários, não possui caráter político. "O que deve ficar claro é que os notários não podem, no exercício das suas atribuições, se posicionar com uma conotação político-partidária", apontou.

Na semana passada, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) havia negado pedido de cinco partidos de oposição para barrar a atuação dos cartórios na autenticação das fichas de apoio ao Aliança pelo Brasil. Eles alegavam que os cartórios são delegações públicas e, portanto, não podem ter atividade partidária.

Preocupados com a repercussão que o caso tomou, dirigentes do Colégio Notarial do Brasil (CNB) tentam explicar que não houve acordo ou parceria entre a entidade - que congrega mais de 9 mil cartórios em todo o País - e o Aliança.

Segundo o presidente da seção São Paulo do CNB, Andrey Guimarães Duarte, o Colégio foi consultado pelos organizadores do partido sobre a viabilidade da estratégia. "O Colégio não presta serviço para o Aliança e não tem hierarquia sobre os notários", disse ele.

Desde o dia 20 de dezembro, o Colégio enviou oito circulares aos tabelionatos orientando como proceder nos casos de apoio ao Aliança. Entre as recomendações listadas estavam evitar o uso de símbolos políticos por parte dos funcionários e proibir faixas e cartazes do partido nas dependências dos cartórios.

A preocupação inicial do Colégio, afirma Duarte, foi preparar os cartórios para a possibilidade de uma grande demanda por autenticações, o que acabou não acontecendo até agora. "Nós temíamos não dar conta da demanda", disse ele.

No ano passado, o ex-presidente do CNB Paulo Gaiger foi nomeado por Bolsonaro para o Comitê Gestor da Infraestrutura das Chaves Públicas, órgão federal que define as políticas de certificação digital.

Restrições

Segundo o CNB, em 12 Estados é necessária autorização judicial para o cartório atender fora de suas dependências e horário. Geralmente, em caráter excepcional. Em três Estados, a prática é liberada, e em outros dez não há disposição legal sobre o tema. No Distrito Federal, os cartórios atendem em esquema de plantão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os criadores do Aliança pelo Brasil, partido político que o presidente Jair Bolsonaro quer tirar do papel, acreditam que será possível ter todas as assinaturas necessárias a favor da criação da legenda já no início do próximo mês. São necessários 492 mil apoiamentos distribuídos proporcionalmente pelo Brasil para que o registro possa ser feito ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"A meta era a do Distrito Federal, cumprir em fevereiro, daqui a duas semanas. Acho que até fevereiro a gente resolve o Brasil. Vamos trabalhar para isso. Receber os apoiamentos eu garanto. Se tudo vai estar processado, vai depender", comentou o advogado Luís Felipe Belmonte, segundo vice-presidente e um dos principais articuladores da agremiação.

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Ele liderou neste sábado, 18, um evento com apoiadores que contou com a presença de Jair Bolsonaro. Na ocasião, Belmonte voltou a criticar o Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões sancionado pelo presidente - embora tenha dito compreender as razões do chefe do Executivo para a sanção.

"Dentro do limite que o próprio TSE encaminhou e Congresso aprovou, ele correria risco de questionamentos severos. Ele está cumprindo a lei. Mas ele e o partido trabalharemos (sic) pela extinção do Fundão", comentou.

Belmonte também anunciou que os comandos regionais do Aliança, quando criados, serão submetidos a uma "peneira" pela cúpula. Simpatizantes têm reivindicado nas redes sociais o controle do partido, sem qualquer respaldo dos líderes.

"O presidente já deixou claro que não tem lugar garantido pra ninguém. Tudo será analisado na hora certa. E tudo vai passar na peneira. Teve gente que foi no lançamento do partido, tirou foto e saiu de lá dizendo que ele é o responsável pelo partido no local. Isso é conversa furada", afirmou.

Depois de apostar - e desistir - da coleta digital de apoio para a criação do Aliança pelo Brasil, aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) agora se articulam com igrejas evangélicas, entidades de classe de policiais militares, Exército e bombeiros para reunir as cerca de 492 mil assinaturas exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a homologação de nova agremiação. E dizem apostar em um método mais rápido de coleta física de apoios.

O advogado Luiz Felipe Belmonte, segundo-vice presidente da Aliança, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que a aposta agora é levar o eleitor a reconhecer firma, para que a ficha física de apoio à criação do partido seja reconhecida com mais agilidade pelos cartórios eleitorais. A conferência de assinaturas é atualmente uma das fases mais demoradas do processo de homologação de uma legenda - e discrepâncias entre a rubrica dada na ficha de apoio e aquela que consta no título de eleitor leva à anulação de vários apoios coletados.

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Foi essa dificuldade que impediu a Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva, de participar das eleições de 2014. A Aliança precisa ser homologada até 4 de abril para poder concorrer nas eleições municipais de 2020. "A ideia é levar o eleitor para reconhecer firma após o preenchimento da ficha, o que agilizaria o processo no TSE", disse a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP).

"Temos entidades ligadas a grupos militares que envolvem 900 mil pessoas, sendo que estrutura militar é muito hierarquizada e capilarizada. É um comando e as coisas são atendidas. O Corpo de Bombeiros está em todos os municípios", afirmou Belmonte. Ele salienta que a maioria dos militares não tem filiação partidária, o que faz deles um público-alvo desejado, já que não é necessária a desfiliação para que o TSE compute o apoio deles à criação da Aliança.

"Contamos com apoio de igrejas evangélicas, católicas e vamos atuar em áreas mais econômicas, com a região da Bolsa de Valores. O mercado financeiro está empolgado com o Bolsonaro", disse Zambelli.

De acordo com a advogada Karina Kufa, uma das responsáveis pela criação do Aliança, o TSE ainda estuda a possibilidade de implementar algum tipo de coleta digital, mas ainda não há definição sobre um mecanismo que garanta segurança, que pode atrasar o processo. Se houver necessidade de contratar uma empresa privada, por exemplo, seria preciso fazer licitação. "Vamos começar no dia 20 a coletar (assinaturas) no meio físico. Não dá para ficar esperando a regulamentação do TSE", afirmou. O tribunal entra em recesso na Quinta-feira.

Doação

Representantes da Aliança dizem ter conseguido uma doação do custo de 1 milhão de assinaturas eletrônicas - cada uma custa cerca de R$ 200 - para viabilizar a legenda, mas a frente de coleta digital é hoje a possibilidade mais remota. Embora o TSE tenha dito, no início do mês, que é possível registrar apoio dessa maneira, esse método não foi regulamentado.

"Já recebemos a doação de 1 milhão de assinaturas eletrônicas gratuitas e já tem outro grupo oferecendo 500 mil. O custo para nós será zero. O eleitor teria que fazer apenas o registro da assinatura eletrônica e já no mesmo ato o apoiamento. Empresas da área de certificação eletrônica têm interesse em fazer a divulgação do trabalho deles. Mas não estamos contando com isso", disse Belmonte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quarta-feira (18), que "pelo jeito" a coleta de assinaturas necessárias para criação do Aliança pelo Brasil terá de ser feita manualmente. Segundo Bolsonaro, por este método será muito difícil concluir o processo de criação da sigla até o final de março, ou seja, a tempo de lançar candidatos para as eleições municipais de 2020.

"Pelo jeito vai ter de recolher assinatura no braço. Se for no braço, vai ser difícil de fazer para março o partido. Muito difícil", disse Bolsonaro a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

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A vontade do presidente era realizar uma coleta de assinaturas digitais para a criação de seu partido. Mas o método ainda não é permitido e regulamentado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente se desfiliou em novembro do PSL, partido pelo qual foi eleito, em meio a disputas internas na legenda.

São necessárias cerca de 500 mil assinaturas válidas para tirar do papel o "Aliança", sigla conservadora, que defende Deus, armas e oposição a movimentos de esquerda, presidida por Bolsonaro e com forte presença de seus filhos.

O presidente disse ainda que, por limites legais, não pode usar canais oficiais para impulsionar a coleta de assinaturas. "Vocês acham que posso usar cadeia de rádio e televisão para o que eu quero. Não posso. Tem uma lei. Não posso ir além do que estou fazendo", declarou.

Dinheiro para campanha

Ao falar sobre uso de recursos para campanha eleitoral, Bolsonaro perguntou a seus apoiadores se deve sancionar ou vetar "os R$ 2 bilhões do fundo partidário". Ele ouviu, em coro, que deveria vetar o valor.

Não ficou claro, porém, se Bolsonaro se confundiu e queria, na verdade, tratar do "fundo eleitoral" de R$ 2,034 bilhões aprovado na terça-feira pelo Congresso. O valor é distribuído entre partidos para financiar campanhas eleitorais.

"Vamos supor que seja aprovado. O PT vai ganhar R$ 200 milhões para fazer campanha no ano que vem. Aquele pessoal do PSL lá, que mudou de lado, também vai pegar R$ 200 milhões", disse Bolsonaro.

Líderes do Centrão chegaram a articular para tentar aumentar o montante para R$ 3,8 bilhões, mas recuaram diante de sinalizações de que o presidente vetaria um valor maior.

Bolsonaro ainda afirmou aos apoiadores que foi injustamente acusado de abuso de poder econômico pela campanha eleitoral de 2018. "O fundo eleitoral foi no ano retrasado de R$ 1,7 bilhão. Meu partido, PSL, pegou R$ 10 milhões disso aí. Não usei nada, fiz uma vaquinha. E eu estou sendo acusado de abuso de poder econômico", disse.

Mais de 10 milhões de assinaturas foram recolhidas para um documento solicitando que países façam parte de um acordo da Organização das Nações Unidas que proíbe o desenvolvimento e posse de armas nucleares.

Um grupo, que inclui o Nihon Hidankyo — a Confederação do Japão das Organizações de Vítimas das Bombas Atômica e de Hidrogênio —, vem recolhendo as assinaturas com o objetivo de convencer as nações a se juntarem ao Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares, que foi adotado em 2017.

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Durante uma coletiva de imprensa realizada ontem (30), o grupo informou que o número de assinaturas tanto do Japão quanto internacionais chegaram a 10,5 milhões. O grupo também divulgou que, ainda no início de outubro, uma delegação será enviada em visita à sede das Nações Unidas em Nova York para apresentar a lista ao presidente do comitê responsável por discutir questões que incluem o desarmamento.

Até o momento, 32 países ratificaram o pacto, fazendo com que sejam necessárias outras 18 ratificações para que ele entre em efeito. O Japão não assinou o tratado, argumentando que ele não apresenta um método realístico para se alcançar o desarmamento nuclear. Nenhum dos países com capacidade nuclear faz parte do acordo.

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) está coletando assinaturas para revogar a 'PEC da Bengala', proposta de emenda à Constituição que elevou de 70 para 75 anos a idade da aposentadoria compulsória de magistrados, em 2015. Um efeito prático da revogação da medida seria ampliar de dois para quatro o número de integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) que deixariam a Corte durante o mandato presidencial de Jair Bolsonaro. Além de Celso de Mello e Marco Aurélio Mello, que vão completar, respectivamente, 75 anos em novembro de 2020 e julho de 2021, se aposentariam também os ministros Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.

Questionada pelo jornal O Estado de S. Paulo se não seria um favorecimento à atual gestão, a deputada Bia Kicis respondeu que não houve nenhuma ingerência no Executivo e nem conversas com o presidente sobre o assunto. "É uma iniciativa minha", disse ela, que já foi procuradora no Distrito Federal. "É um pedido recorrente porque essa PEC gerou uma grande paralisação e falta de oxigenação dentro das carreiras jurídicas". A PEC deu origem à Emenda Constitucional 88/2015 e postergou a aposentadoria de ministros do Supremo Tribunal Federal, dos demais Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União.

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No âmbito do Supremo, a parlamentar afirma que a revogação da PEC da Bengala poderia trazer um "começo de equilíbrio à Corte". Segundo ela, os ministros atuais são "alinhados a pautas adversas à maioria da vontade que o povo demonstrou nas urnas". "(Com as novas indicações) Teria um tribunal mais liberal em questões econômicas e mais conservador em questão de costumes. O mais importante é deixar de ter ativismo judicial. Não queremos juízes para julgar de acordo com suas consciências, mas sim juízes para julgar de acordo com a lei e a Constituição."

Bia Kicis afirma, ainda, que a Corte sempre foi respeitada, mas nos últimos anos tem agido "de forma a perder sua credibilidade". "Se eles tiverem sua função precisa que é julgar e não legislar, vai perder a importância de qual presidente indicou. Mas, hoje, as pessoas que estão lá estão praticando ativismo".

Para revogar a PEC, são necessárias 171 assinaturas, o equivalente a um terço da Câmara dos Deputados. Bia Kicis acredita que terá esse número em pelo menos dez dias.

Veja abaixo a composição atual do Supremo Tribunal Federal e as datas de indicações de cada integrante da Corte.

Indicado por Michel Temer

- Alexandre de Moraes - 2017

Indicados por Dilma Rousseff

- Edson Fachin - 2015

- Luis Roberto Barroso - 2013

- Luiz Fux - 2011

- Rosa Weber - 2011

Indicados por Luiz Inácio Lula da Silva

- Dias Toffolli - 2009

- Ricardo Lewandowski - 2006

- Cármen Lúcia - 2006

Indicado por Fernando Henrique Cardoso

- Gilmar Mendes - 2002

Indicado por Fernando Collor de Mello

- Marco Aurélio Mello - 1990

Indicado por José Sarney

- Celso de Mello - 1989

Defensores de pautas conservadoras, 42 deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) criaram uma frente parlamentar com o objetivo de ser contra o aborto e tratar, entre outros assuntos, a legalização das drogas no Estado e as questões de gêneros. 

Para se ter uma ideia da adesão, dos 49 parlamentares da Casa Joaquim Nabuco, 42 assinaram o documento para a criação da frente. No entanto, apenas seriam necessários 17 votos.  O deputado estadual Cleiton Collins (PP), que será o coordenador, começou a colher a assinatura no dia da posse, que aconteceu no último dia 1° de fevereiro. 

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O parlamentar já causou ao dizer, certa vez, que quem gosta de drogas defende a legalização. "Esse negócio de liberar drogas é muito tomado à frente por pessoas que gostam de usar drogas, que acha bom usar maconha", disparou. 

A Netflix está aumentando os valores de suas assinaturas de 13% a 18% nos EUA. Este é o maior aumento de preço nos 12 anos de história da empresa. O plano mais barato do serviço de streaming, que atualmente custa US$ 8 por mês, agora custará US$ 9 mensais.

Já o plano mais caro da Netflix aumentará de US$ 14 para US $ 16 por mês. Esta será a quarta vez que a Netflix eleva os preços de suas assinaturas nos EUA. Novos clientes serão afetados imediatamente, enquanto antigos usuários sofrerão as mudanças nos três próximos meses.

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O dinheiro adicional obtido com o aumento do preço das assinaturas ajudará a empresa de mídia a pagar para produzir mais conteúdo mais original, bem como a reembolsar parte da dívida que é devida a outros estúdios. Em setembro, a Netflix registrou 58 milhões de assinantes nos EUA.

Os clientes de América Latina onde a Netflix cobra suas assinaturas em dólar também serão afetados, exceto nos principais mercados internacionais, como o México e o Brasil. "Alteramos os preços de tempos em tempos, à medida que continuamos investindo em entretenimento e melhorando a experiência geral da Netflix", disse a empresa em comunicado à Associated Press (AP).

Os debates eleitorais na televisão iniciam nesta quinta-feira (9), com a realização do primeiro embate entre os presidenciáveis na TV Bandeirantes. Ausente da lista dos candidatos à Presidência da República convidados para a discussão, o postulante pelo Partido Novo, João Amoêdo, tem se mobilizado nas redes sociais e já afirmou que avalia ingressar na Justiça para garantir sua participação nos debates. Para endossar o pedido, também foi criado um abaixo-assinado online

A petição, que tem o objetivo de coletar 200 mil apoios, conquistou, até a manhã desta quarta (8), 180 mil assinaturas.  A lei determina que somente os presidenciáveis dos partidos que têm ao menos cinco deputados na Câmara sejam convidados para os debates na TV. Criado em 2016, o Partido Novo ainda não tem parlamentares. 

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“Todo candidato deveria ter o mesmo espaço nos veículos de imprensa. Só assim o cidadão poderá escolher o melhor candidato”, argumenta João Amoêdo, em publicação no Twitter. “Se você quer que eu participe do debate da Band, pressione nas redes sociais com #JoãonaBand. Se todo mundo pedir, fica mais difícil para a Band dizer não”, completa, apelando. 

Nessa terça, após participar do evento GovTech em São Paulo, João disse que poderia levar a questão para à Justiça. "Estamos avaliando (judicializar). A gente gostaria de já participar desse debate nesta quinta", disse o candidato. "Basicamente porque nós entendemos que tem uma proposta diferente e o primeiro colocado nas pesquisas hoje é os 60% da população que não sabem em quem votar. Nada mais justo, entendo, que essas pessoas tenham a oportunidade de ver uma coisa diferente", concluiu.

A criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de venda de proteção em delações premiadas uniu partidos governistas, da oposição e adversários históricos. O requerimento para a criação da CPI foi protocolado nesta quarta-feira, 30, com 191 assinaturas, entre elas as dos líderes do PT, MDB, PP, PSB, PDT, PR, PSOL e PCdoB.

O requerimento se baseia nas delações feitas pelos doleiros Vinícius Claret, o Juca Bala, e Cláudio de Souza, integrantes do esquema comandado pelo "doleiro de todos os doleiros" Dario Messer, revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo. Eles disseram ao Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro que Enrico Machado, peça chave no esquema, cobrava US$ 50 mil mensais (R$ 185 mil) entre 2005 e 2013 como taxa de proteção em relação à Polícia Federal e ao MPF.

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Segundo eles, o dinheiro era entregue ao advogado Antonio Figueiredo Basto, responsável por dezenas de delações na Lava Jato, e a um sócio dele. Pessoas com acesso ao processo dizem que a proteção era contra possíveis futuras delações. Figueiredo Basto nega as acusações.

"Estas não são as únicas notícias de irregularidade na condução das colaborações premiadas. Há diversas denúncias de que tais acordos vêm sendo realizados à margem da legalidade. Durante os trabalhos desenvolvidos pela CPMI da JBS, após oitiva de diversos depoentes, evidenciou-se que em muitos acordos foram cometidos abusos, com o oferecimento de benefícios que não possuem embasamento legal ou constitucional, além da questionável atuação de procuradores da república que oferecem e cobram por influência para facilitação do fechamento de tais acordos em sede de grandes operações", diz o requerimento.

O mínimo de assinaturas necessárias para instauração de uma CPI são 171. A abertura da comissão depende de autorização do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Não satisfeitos com os resultados do Sport dentro e fora de campo, um grupo de torcedores rubro-negros organizou um abaixo-assinado pedindo a saída do presidente Arnaldo Barros. Para o dirigente, a atitude é "compreensível". Ainda segundo ele, as pessoas que estão participando deste movimento são as mesmas que viram seus candidatos serem derrotados na última eleição.

"Já houve aqui uma assembleia para derrubar Fernando Pessoa, mas não houve êxito. Lembro do 'fora Dubeux', 'fora Bivar', 'fora Martorelli', e o Sport é isso, um caldeirão de torcedores apaixonados querendo o melhor para o clube. Eu não sou menos apaixonado pelo o Sport que eles não, mas é preciso obedecer o rito e o estatuto", disse.

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"Não tenho nada contra a manifestação dos sócios, mas é claro que a maioria são da chapa 2, da eleição passada. Muitos estão incoformados com a atuação no futebol. Eu não temo isso e defendo, acho legítimo, desde que aja respeito. já aconteceu isso antes. É um dos recursos. Preocupação eu não tenho, porque eu tenho a consciência tranquila", completou.

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Inconformados com os resultados ruins e os problemas financeiros do Sport, torcedores rubro-negros realizam, na Ilha do Retiro, um abaixo assinado que pede a saída do presidente Arnaldo Barros. Na noite desta segunda-feira (27), próximo a entradas das sociais, organizadores do ato recebem, em uma mesa, outros leoninos contrários à gestão do clube. 

De acordo com a enfermeira Lorena Campos, sócia do Sport desde 2010, a ideia partiu de uma amiga dela, quando o Sport perdeu por 3x0 para o América Mineiro, na estreia do Campeonato Brasileiro. O abaixo assinado foi divulgado nas redes sociais e, desde a última sexta-feira (20), as assinaturas começaram a ser recolhidas em alguns pontos da sede do Leão. “Só quem pode assinar são os sócios titulares há mais de um ano em dia com o clube”, disse Lorena.

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Segundo a torcedora, antes desta segunda-feira, 400 assinaturas foram recolhidas. Os responsáveis pelo abaixo assinado esperam chegar a 500 ainda hoje e, posteriormente, almejam uma realização de assembleia com os sócios do clube para discutir uma possível saída de Arnaldo. 

“Estou indignada com tudo que está acontecendo. Como é que um clube, bem estruturado nacionalmente e que todos os jogadores queriam vir, uma pessoa só conseguiu manchar tudo isso”, desabafou Lorena, ao comentar a situação do Sport e a gestão do presidente Arnaldo Barros.

O empresário Márcio André Cassiano, sócio do Sport desde 1989, é um dos torcedores que assinaram o abaixo assinado. “Estou assinando principalmente por causa da falta da transparência. Votei nesta chapa e ela tinha encabeçada a transparência. Hoje você não pode acreditar em nada, não pode dizer o que é verdade e o que é mentira. A gente vê coisas na internet e há omissão da diretoria do Sport”, justificou o torcedor.

Sport e Botafogo se enfrentam às 20h. É o primeiro jogo do Leão em casa pela edição 2018 do Campeonato Brasileiro da Série A.

Senadores de oposição conseguiram reunir, na manhã desta terça-feira (27) as cinco assinaturas necessárias para protocolar um recurso contra a decisão do presidente do Conselho de Ética, João Alberto Souza (PMDB-MA), de arquivar o pedido de cassação do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

O recurso foi assinado pelos senadores Lasier Martins (PSD-RS), José Pimentel (PT-CE), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), João Capiberibe (PSB-AP) e Pedro Chaves (PSC-MS), que são membros titulares do Conselho de Ética. Também subscreveram o documento as senadoras Regina Sousa (PT-PI), Angela Portela (PDT-RR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que são suplentes.

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O recurso foi organizado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que também é membro suplente do Conselho.

De acordo com sua assessoria, a peça será protocolada nesta terça-feira às 15 horas.

O recurso alega que a decisão preliminar do presidente do Conselho, pela admissibilidade ou arquivamento do processo, deve levar em consideração apenas três questões técnicas formais: se falta legitimidade ao autor do pedido de cassação, se a representação identifica o senador e os fatos que lhe são imputados e se os fatos relatados são procedentes e referentes ao período do mandato do senador.

O texto afirma que o pedido de cassação cumpre com todas as regras. O recurso argumenta que o pedido foi protocolado por partidos políticos com representação no Congresso Nacional, no caso a Rede Sustentabilidade e o PSOL.

Os autores do recurso também argumentam que os fatos imputados ao senador Aécio são referentes ao período de seu mandato, já que se referem às gravações feitas pelo dono da JBS, Joesley Batista, que teriam sido feitas em março deste ano.

Por fim, o recurso defende a procedência de quebra de decoro ao trazer anexadas as mídias com a gravação do diálogo entre Aécio e Joesley, o termo de depoimento de Joesley Batista prestado ao Ministério Público, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, que determina o afastamento do senador, além do pedido de prisão e a denúncia contra Aécio assinados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O pedido de cassação de Aécio foi protocolado pela Rede e pelo PSOL com base nas gravações do senador com o dono da JBS, Joesley Batista. De acordo com João Alberto, o pedido foi arquivado por falta de provas.

O prazo para apresentação de recurso se encerra na tarde desta terça. Caso o recurso seja deferido, a decisão sobre abertura do processo de cassação de Aécio terá de ser deliberada por votação no Conselho de Ética, que possui 15 membros.

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