Pelo menos duas mulheres denunciam terem sido propositalmente infectadas com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) em Macapá, no Amapá. O principal suspeito é um personal trainer de 28 anos, que utilizava da função em uma academia local para criar aproximação com as vítimas. O homem foi detido durante o horário de trabalho, no centro da capital amapaense, nessa quarta-feira (15).
O caso foi registrado na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DCCM), após as duas vítimas registrarem boletim de ocorrência contra o mesmo acusado. À Polícia Civil, elas informaram que tinham testado positivo para HIV após terem relações sexuais com o profissional. Ele não as havia informado sobre o vírus e não fazia questão do uso de preservativo. A possibilidade do crime se repetir foi o que motivou as mulheres a buscarem as autoridades.
##RECOMENDA##"Isso pra mim era uma aflição muito grande sabendo que ele estava por aí livre podendo contaminar outras pessoas e então eu realmente estava muito aflita pensando no meu caso. Eu sei que para muitas pessoas pode ser muito difícil assim como foi pra mim, mas eu consigo ver isso, a atitude de denunciar, como uma prudência pra mim para que ele possa ser preso e pague pelo que fez", disse uma das vítimas ao g1 Amapá.
Segundo a delegada Marina Guimarães, as investigações começaram no mês de janeiro após as vítimas relatarem que ele usava da função de personal trainer para se aproximar delas.
"Em torno dos fatos, as vítimas registraram a ocorrência na delegacia relatando que tinham contraído a doença sexualmente transmissível e a partir de então começamos as diligências e as apurações. As vítimas apresentaram os laudos de que elas realmente contraíram a doença e a partir de então tentamos localizá-lo" contou.
Em um primeiro momento não foi possível encontrá-lo porque ele estava numa cidade no Nordeste, mas, recentemente, a polícia recebeu a informação de que ele estava em Macapá trabalhando numa academia e conseguiu cumprir o mandado de prisão.
O acusado foi preso e está à disposição da Justiça. A DCCM orienta outras possíveis vítimas a também procurarem a delegacia.