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Antônio Luiz Neto não é mais presidente do Santa Cruz. O agora ex-mandatário publicou uma carta de renúncia nesta terça-feira (26). ALN assumiu o clube em março de 2022, substituindo Joaquim Bezerra, após um acordo para não haver eleições no Arruda. De lá para cá, a gestão acumulou fracassos, culminando no quinto lugar no Campeonato Pernambucano deste ano e na eliminação da Série D, o que deixou o time sem calendário nacional para a próxima temporada.

“Considerando as diversas divergências políticas e administrativas, travadas no âmbito do clube, notadamente com membros do Conselho Deliberativo, que desbordaram para litígios administrativos e judiciais que, por sua vez, têm inviabilizado a regularidade da atual gestão, venho apresentar a minha renúncia ao citado cargo de presidente que muito honrosamente ocupo”, disse ALN, na carta de renúncia.

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No documento, o ex-presidente diz ainda que sua decisão “se dá primordialmente visando conferir a necessária estabilidade política e administrativa ao processo de reestruturação do clube, que se desenvolve, sobretudo, no âmbito do processo de recuperação judicial”. Com a renúncia, o vice-presidente coral, Jairo Rocha, assume o cargo.

Essa foi a segunda passagem de Antônio Luiz Neto como presidente do executivo do Santa Cruz. Ele esteve à frente do clube tricolor entre 2011 e 2014. Neste período, o time conquistou o tricampeonato pernambucano e a Série C do Brasileiro.

“Vergonha”, foi assim que Wagninho resumiu a derrota do Santa Cruz neste domingo (23) para o Iguatu que virou vexame com a eliminação no Campeonato Brasileiro da Série D.

Na saída do gramado poucos jogadores falaram com a imprensa. Michael saiu aos prantos. Outros não preferiram falar. Marcos Vinicius e Wagninho foram um dos poucos que falaram.

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Wagninho inclusive usou poucas palavras, mas resumiu bem o sentimento do vestiário coral. “O sentimento que eu estou aqui é de vergonha, não tenho nem o que falar, sem cabeça para nada, só vergonha mesmo”, disse.

Já Marcos Vinícius argumentou que os jogadores deram o seu melhor, mas que a “bola parou de entrar” em determinado período da temporada.

“A gente deu nosso melhor todos os dias nos treinos e jogos, mas a bola parou de entrar e começamos a tomar gol. infelizmente aconteceu isso. Não era o que a gente queria, o que mais queríamos era classificar. A gente não merece isso, a torcida não merece isso, queríamos botar o Santa no seu devido lugar, não aconteceu. É o futebol, vida que segue”, completou o lateral, em entrevista à rádios pernambucanas na saída do gramado.

A informação oficial é de que não vai haver coletiva de imprensa do treinador e ninguém da diretoria vai falar neste domingo.

O ano de 2023 acabou para o Santa Cruz. A equipe perdeu para o Iguatu fora de casa neste domingo (23) e está eliminado da Série D. Além da eliminação, o tricolor também corre risco de ficar sem calendário na temporada de 2024. A única esperança do Santa para ter divisão nacional no ano que vem é o Retrô, que passou em primeiro na sua chave, conseguir o acesso.

Primeiro tempo

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O Iguatu foi quem começou cercando mais o gol adversário e aos 7, Otacílio recebeu nas costas da defesa e abriu o placar. O Santa tentou responder com Chiquinho que finalizou dentro da área para defesa do goleiro. Depois do gol os donos da casa baixaram suas linhas e o tricolor tentava o movimento oposto.

Mas apesar de certo equilíbrio no confronto, o tricolor do Arruda mostrava dificuldade na construção de jogadas, enquanto o Iguatu ficava à espreita de um contra-ataque. E aos 35 o time cearense conseguiu chegar pelo lado direito, mas Michael defendeu o chute do Araçoiaba e o jogo foi para o intervalo com a vitória parcial por 1x0.

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Segundo tempo

E nem parecia que era o Santa que precisava marcar. Aos seis do segundo tempo Soares, novamente nas costas da defesa, parou na defesa de Michael. O tricolor continuava sem criatividade e sem incomodar o goleiro adversário. A única forma que o Santa Cruz encontrava era em raras bolas cruzadas na área.

Mas aos 22 a melhor chance coral no jogo. Em lance de bola parada, Ítalo recebeu de Chiquinho e com espaço  desperdiçou. O Iguatu quase fez o 2x0 no lance seguinte, mas Michael fez mais uma defesa. O Santa voltou a chegar em velocidade com Galego que acertou a trave. No abafa aos 33 foi a vez do Marcelinho assustar da entrada da área. A derrota, desenhada desde o primeiro tempo, foi inevitável e de quebra a eliminação da Série D.

Ficha de jogo

Competição: Campeonato Brasileiro - Série D 

Local. Estádio Morenão, Iguatu -CE 

Iguatu: ‪Geferson; Talisson Calcinha, Regineldo, Júlio Nascimento, Max Oliveira, Guidio, Thalisson Silva (Tailson), Dedeco (Daniel); Pedrinho, Araçoiaba (Caxito), Otacílio Marcos (Luís Soares, Zé Lopes). Téc:  Washington Luiz . 

Santa Cruz: Michael; Rhuan, Dudu, Guedes, M. Vinicius (Ítalo Silva); Wagninho (Emerson Galego), Fabrício (Dayvid), Chiquinho (Marcelinho); Maranhão, M. Alessandro e Iago (Italo Henrique). Téc: Evaristo Piza. 

Gol: Otacílio Marcos

Arbitragem: Grazianni Maciel Rocha (RJ)

Cartão amarelo: Dudu, Wagninho, Ítalo Henrique, Matheus Alessandro (SAN), Thalisson Silva, Pedrinho, Guidio, Júlio Nascimento  (IGU)

Torcedores se reuniram na frente do Arruda, no início da noite desta sexta-feira (15), para protestar e pedir a saída do presidente executivo do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto. A avenida. Beberibe foi interditada e o trânsito afetado. Com faixas e palavras de ordem, os torcedores chegaram a atear fogo em pneus para interditar a via. O protesto prossegue no local. 

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Na quarta-feira (13), torcedores chegaram a interromper o treino a fim de cobrar os jogadores. O Santa Cruz joga contra o Potiguar neste domingo (16), em confronto decisivo pelo Campeonato Brasileiro da Série D.

Após realizar um pedido de recuperação judicial e ter sua solicitação deferida, o Santa Cruz convocou uma coletiva de imprensa para a manhã desta sexta-feira (23). Estiveram presentes o presidente do clube, Antônio Luiz Neto, e o advogado Eduardo Paurá.

Durante a coletiva, o presidente fez duras críticas às gestões passadas e falou sobre as dificuldades encontradas dentro do clube. ‘’Infelizmente, o Santa Cruz, nos últimos 30 anos, tem sido vítima de gestões temerárias, umas temerárias, outras extremamente amadoras, algumas irresponsáveis’’, afirmou.

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‘’Nós assumimos o clube, buscamos, no futebol, reestruturar um time absolutamente mal formado, e em pouco tempo nós fomos buscar calendário para o Santa Cruz em 2023’’, continuou. ‘’Fomos dar equilíbrio emocional ao vestiário, mas mesmo assim tivemos que enfrentar resquícios que ainda existem daquilo que provocou uma revolução para pior’’, complementou.

Já dando pequenas pistas sobre o futuro do Santa, ALN disse que existem pessoas ‘visionárias’ no batente do clube, mas garantiu que a torcida tricolor continuará sendo a ‘dona’ do time coral.

‘’O Santa Cruz precisará entrar em uma nova jornada. O Santa Cruz nasceu moderno e vai continuar assim. E tem novos visionários tricolores no batente. Mas o clube vai se preservar também, ele não vai ser entregue e deixar sua torcida para trás, ela vai continuar sendo a dona do Santa Cruz’’, pontuou.

‘’E vagabundo vai ter que sair daqui, querendo ou não, já está saindo, porque quem tá no clube hoje tem coragem para enfrentá-los. O Santa Cruz tem coragem de enfrentar a imprensa marrom também’’, completou.

O presidente do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto, falou com exclusividade ao LeiaJá, nesta terça-feira (17), a sua versão em torno da saída de Leston Júnior do comando do time. Segundo ele, a postura de expor questões internas do clube, como treinar com poucas bolas e mais de cinco meses de atrasos dos funcionários, foi uma atitude infeliz.

“Ele foi muito infeliz, tão infeliz que surpreendeu a todos nós. Sempre dirigi o clube com muita transparência, muita clareza, falando a verdade e aquele tipo de manifestação não agradou a direção. Fiquei surpreso, assisti, tive a calma necessária para fazer a reflexão de duas horas e meia e tomei a decisão da modificação”, disse.

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“Levou todo o grupo a se posicionar do lado dele. Não era algo pertinente ao que nós esperamos de alguém do futebol do clube, com a transparência que estamos coordenando com eles e com as verdades que estamos trabalhando”, afirmou. 

ALN contou que, logo depois se decidir por demitir Leston, procurou Marcelo Martelotte, o que justificou o anúncio quase que imediato da sua contratação. Com a situação no passado, ele ainda reforçou a confiança no trabalho do novo treinador.

Após fechar o treinamento na terça-feira (10), quando estava marcada a reapresentação do elenco, o Santa Cruz havia chamado a imprensa para a atividade desta quarta-feira (11). Mas, novamente, os trabalhos foram realizados “em segredo” no Arruda. A crise provocada após o desabafo do ex-técnico Leston Jr ainda parece abalar os bastidores corais.

Marcado para as 8h30 “no gramado do Arruda”, como anunciou a assessoria, o treino não havia nem começado, pelo menos não no campo, até as 10h. A informação não-oficial era de que os jogadores estavam na academia. Mais tarde, por volta das 11h10, a assessoria mandou imagens do treino, realizado com um preparador físico, dentro dos vestiários do Arruda.

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Nas fotos, é possível identificar a participação de Gilberto, o até então capitão coral, um dos pivôs da coletiva bomba de Leston Jr, Elyeser, Edson Ratinho, Matheuzinho, Ítalo Lima e Tarcísio, entre outros. Entre as ausências, pelo menos nas imagens divulgadas, destaque para Rafael Furtado, um dos principais jogadores do time na temporada, além de Marcos Martins, que confirmou sua saída.

Confira:

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LeiaJá também: Torcedor cria pix para ajudar funcionários do Santa Cruz

Antônio Luiz Neto será aclamado presidente do Santa Cruz, na noite desta segunda-feira (14), nas eleições indiretas do clube. A informação foi passada pela própria assessoria de imprensa do time tricolor.

“O Santa Cruz Futebol Clube informa que recebeu, na tarde desta segunda-feira, 14, o pedido de retirada das Chapas 01 e 03 do processo de eleição para os cargos vacantes de presidente e vice-presidente executivo do Clube”, diz o comunicado.

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“Desta forma, informamos que, por aclamação, fica eleita a Chapa 02, composta por Antônio Luiz da Silva Neto e Jairo Cavalcanti Rocha, para os cargos de presidente e vice-presidente, respectivamente. Informamos ainda que, na reunião desta noite, será realizado o anúncio oficial e a posse da chapa vencedora”, finaliza a nota.

Antônio Luiz Neto comandará o Santa Cruz até o fim de 2023. Esse será seu terceiro mandato como presidente. Ele já exerceu o cargo em duas gestões, de 2011 a 2014, quando conquistou três títulos pernambucanos e dois acessos (Série D e Série C).

Membro do novo conselho gestor do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto, ex-presidente do clube, falou durante a coletiva de imprensa nesta sexta-feira (19), em que Joaquim Bezerra anunciou o novo colegiado.

--> Joaquim Bezerra volta e anuncia conselho de ex-presidentes

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Na longa fala que fez, ALN discorreu sobre a história do clube, reforçou que está a disposição de Joaquim para ajudar o clube com a sua experiência e ainda declarou que o estádio do Santa Cruz é melhor do que qualquer Arena. 

“Não temos uma Arena, mas temos mais que uma Arena, melhor que uma Arena, temos um estádio, que tem sido modernizado com nosso sangue, nosso suor, nosso sacrifício”, disse.

Atualmente o Arruda não tem o glamour e nem o aparelhamento de uma Arena, como citado por ALN. Pelo contrário. Imagens que têm circulado nas redes sociais mostram uma completa deterioração do patrimônio do clube. 

Mas segundo o ex-presidente, a gestão de Joaquim Bezerra já trabalha pensando em uma revitalização. "Agora mesmo na gestão de Joaquim está sendo feito um novo sacrifício para buscar restauração desse estádio que é orgulho de todos os pernambucanos, o estádio do Arruda é patrimônio de Pernambuco, temos muito orgulho dele”, declarou.

Depois do afastamento temporário, Joaquim Bezerra está de volta à cadeira de presidente do Santa Cruz e com novidades anunciadas em coletiva no Arruda. nesta sexta-feira (19). "Há 30 dias, eu me reuni com Marino, Abdias, Diego, onde tomei a decisão de fazer um afastamento temporário do clube porque achava que a gente precisava buscar uma unidade para o clube", disse.

Afastando qualquer possibilidade de renúncia, Joaquim Bezerra afirmou que durante o tempo que passou longe costurou apoio e alianças e decidiu que o clube vai passar a ter um conselho gestor com a presença de vários ex-dirigentes, No quadro estão Antônio Luiz Neto,  Mirinda, João Caixeiro e Paulo Borba.

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"Quando fui perguntado sobre conversar com Antônio Luiz Neto eu disse, vamos marcar,  até porque nós tivemos, em 2008, uma gestão exitosa. Existia toda uma história que foi construída" afirmou Joaquim.

"A partir de agora o clube vai ser gerido não por Joaquim Bezerra, mas por um conselho gestor de ex presidentes que conhecem o clube a fundo. E esse conhecimento, essa estrada percorrida vai ajudar a reconstruir o Santa Cruz", continuou. Joaquim ainda disse que o clube vai ter 'co-presidentes' e pregou de forma repetitiva a união do clube. "Esse é o melhor caminho", concluiu.

Não será mais nesta quarta (10) que o sócio do Santa Cruz poderá escolher quem comandará o clube nos próximos anos. A eleição foi suspensa por ordem estadual, uma vez que atualmente Pernambuco não permite “eventos corporativos”.

Já é a segunda vez que as eleições no clube são adiadas, prorrogando o tempo dos atuais dirigentes no comando do clube. O mandato destes deveria ter sido encerrado em dezembro de 2020, quando seriam realizadas a eleições, originalmente.

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Integrantes da chapa Pró-Santa, de oposição à atual gestão, reclamam de má fé dos atuais cartolas do tricolor. Em uma rede social, foram expostas mensagens que mostram que Paulo Roberto Borba, atual presidente do conselho deliberativo do clube, negava qualquer tipo de adiamento e confirmava a realização das eleições nesta quarta (10).

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Contactada pelo LeiaJá, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) disse que não vinha acompanhando a movimentação para as eleições – já que tem assuntos mais importantes para tratar – e que não precisaria ficar lembrando sobre o atual decreto de cunho sanitário. Além disso, a SES esclareceu que só foi procurada por Paulo Roberto Borba na última quinta (4), à tarde, quando foi protocolado o pedido de realização das eleições.

A briga interna no Santa Cruz, sobre a reforma do estatuto do clube, teve um fator novo e de certa forma inesperado. O substitutivo apresentado por Antônio Luiz Neto, a 24 horas da votação do texto da reforma no Conselho Deliberativo, revoltou torcedores e alguns conselheiros. Nesta quarta-feira (18), ALN, que é presidente do Conselho de Administração coral, falou sobre o assunto na Rádio Clube.

“Nós já havíamos tentado modificar esse encaminhamento da comissão que considerávamos uma comissão limitada, formada por poucas pessoas, a maioria inexperiente dentro do clube que não conhece a história e não fomos aceitos para compor”, revelou.

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 “Tratamos de reunir o conselho de administração e foi combinado que buscaríamos notórios tricolores da área jurídica. Analisaram a proposta, elaboraram um anteprojeto onde há o aproveitamento de algumas propostas da reforma, mas mantém a estrutura que deu ao Santa Cruz a condição de um grande clube”, afirmou, sobre o substitutivo apresentado.

A pressão da torcida em relação ao texto liderado por ALN é a discordância nos números de conselheiros, considerado alto pelos reformistas e também sobre o item a respeito do direto a voto. Nesse caso a minuta apresentada segue o atual estatuto do clube que prevê apenas algumas categorias de sócios votantes.

“Nós estamos mantendo o processo eleitoral. O Santa Cruz tem o seu modelo de eleição consagrado, que é adotado na maioria dos grandes clubes do Brasil, se um ou outro adota outro tipo não é obrigado o Santa Cruz estar copiando ninguém”, disse.

“O Santa Cruz tem personalidade própria, escreveu sua história com sua imensa torcida, construiu seu patrimônio com sua imensa torcida. Querer fazer com que todos os torcedores, os sócios mais baratos também participem, isso é demagogia, isso não é uma maneira de encarar com seriedade uma sociedade como o Santa Cruz”, conclui.

ALN ainda ressalta que o atual estatuto do clube passa por mudanças em um período de 10 anos o que para ele é suficiente para considerar o estatuto moderno: “O estatuto do Santa Cruz já foi copiado por muitas instituições do Brasil inteiro por sua modernidade. Não podemos pegar o Santa Cruz e transformar em um clube que vai fazer 'assembleismo'”, salientou.

O ex-presidente do clube terminou seu comentário afirmando que o estatuto não é um problema no clube: “Democrático esse clube já nasceu. O problema da gente é no futebol, a gente tem que buscar um time que não temos hoje”, finalizou.

No próximo dia 5 de dezembro, os sócios corais vão às urnas para escolher o novo presidente que irá comandar o clube nos próximos três anos. Pela situação, Antônio Luiz Neto precisou deixar a disputa por ordem médica e, em seu lugar, Constantino Júnior assumiu a disputa. Atual vice do executivo, o dirigente sequer planejava permanecer na direção no triênio 2018/2019/2020, porém foi convencido pelos membros da Chapa Construindo com a Força da União.

A reportagem do LeiaJá visitou o cartola, mais conhecido por Tininho nas bandas do Arruda, e conversou sobre os planos para o clube, caso seja eleito presidente. Desde os salários atrasados, de jogadores e funcionários, passando pelos famigerados bloqueios judiciais, que tanto complicaram o Santa nos últimos dois anos, até a relação com as torcidas organizadas foi esclarecida por Constantino. Confira a entrevista completa do candidato para nossa equipe:

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Oficializado como candidato à presidência do Santa Cruz, nesta terça-feira (28), Constantino Júnior diz que a cúpula da chapa 'Construindo com a Força da União' já tem definidos os projetos de arrecadação e os investimentos de estrutura para o Arruda e o CT coral. Além de pensar o futebol do tricolor não só para o próximo triênio, mas também em um futuro mais distante. Confira alguns dos pontos abordados por ele em coletiva:

Grafite jogador ou diretor?

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"O Grafite é um cara de extrema importância para o clube. Estivemos conversando com ele, teremos uma resposta em breve e sei que ele vai abraçar o projeto. Ele tem essa capacidade física de jogar em 2018. O atleta já disse que nos quer ajudar. Em breve ele dirá como irá nos ajudar".

Recuperação do Arruda

"Temos uma patrimonial ativa. Profissionais qualificados que se dedicam ao clube. Já temos o cronograma, faltam os recursos. Vamos incentivar projetos de incentivo ao esporte com a lei. Confio muito nessas cabeças e vamos buscar as condições de realizar essas recuperações dentro do clube".

Elenco profissional para 2018

"Não vamos sair prometendo títulos. Vamos brigar de forna responsável, sem desrespeitar orçamento. Buscando pessoas com capacidade para trabalhar de forma inteligente e aguerrida dentro da nossa realidade. É melhor uma folha mais enxuta com tranquilidade para o trabalho. Temos consultoria, agora é sentar e consolidar as situações para ter um projeto mais organizado".

Arrecadação x dívidas

"Temos que buscar parcerias. Vamos criar uma diretoria de transparência que vai entender o projeto. Vamos jogar aberto, ter humildade para pedir ajuda, mas usando essa marca forte que é o clube. Nossos sócios, marca própria, isso vai nos propiciar aumentar as receitas. Não é fácil se programar todo e mudar de última hora por dívida antiga. Não será fácil lidar, mas vamos conseguir".

Programa de sócios

"A gente pode entender o nosso torcedor e oferecer mais. Se você fortalece a equipe com sócios, ele se sente convocado. Vamos ter metas pés no chão para buscar esse sócio. Sei que todos estão feridos, mas vai recuperar esse orgulho fazer o seu papel. Temos que aumentar esse contato para que ele se sinta inserido. Será uma campanha agressiva para conquistar, porém tudo pensado. Temos que entender a lógica de mercado e aplicar o que funciona para nossa realidade".

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Na manhã desta terça-feira (28), a diretoria do Santa Cruz realizou uma coletiva para esclarecer quem será o candidato à presidência do clube pela chapa 'Construindo com a Força da União', que é a situação. Por questões de saúde, Antônio Luiz Neto não será mais o representante. Com isso, Constantino Júnior assume a disputa contra Fábio Melo e Albertino dos Anjos.

"Não era o que queríamos. Era consenso que Antônio seria o nosso candidato. Porém precisávamos de alguém à estatura. Por isso estamos aqui hoje para anunciar que Tininho será o nosso candidato", afirmou o atual presidente, Alírio Moraes.

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Fora do pleito, ALN lamentou sua situação, mas reforçou sua confiança no novo candidato. "Ficamos internados a semana inteira em São Paulo e o diretor médico do HCOR me disse para ficar tranquilo com as medicações, mas eu deveria evitar estar em uma situação de fortes emoções. Decidimos que não vale o risco, porque eu quero continuar servindo o clube. Saio triste, mas feliz por quem fica", disse, emocionado, o presidente da patrimonial.

Agora, novo candidato à presidência, Tininho diz que o Santa precisa de estabilidade no atual momento. "Nosso objetivo principal é combater as dívidas, ter sustentação. Essas conquistas nos dão sabores bons, mas é na derrota que aprendemos. Vamos trazer o que há de bom para o clube, trabalhar com união e transparência", garantiu.

Com o fim do mandato de Alírio Moraes, já estão definidas as chapas que irão disputar a presidência do Santa Cruz para o triênio 2018/2019/2020. Três grupos confirmaram presença na corrida, sendo a situação encabeçada por Antônio Luiz Neto, que foi presidente do clube entre 2011 e 2014. O administrador, Albertino dos Anjos, da chapa 'Muda Santa Cruz' e o economista Fábio Melo, do 'Santa Cruz do Povo', serão os candidatos da oposição. A votação será no dia 5 de dezembro.

São cerca de 18 mil associados no tricolor atualmente, porém apenas poderão votar os maiores de 18 anos, em dia com as mensalidades nos últimos 12 meses, e que façam parte dos planos Tri Super, Patrimonial e Fita Azul. A lista de sócios divulgada pelo clube é questionada pelos candidatos de oposição, porém a diretoria atual garante que os registros irregulares serão impedidos de participar do pleito.

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Confira os principais nomes das chapas inscritas para as eleições presidenciais do Santa Cruz:

Chapa da Situação

Presidente: Antônio Luiz Neto*

Vice-presidente: Tonico Araújo

Conselho deliberativo: Alírio Moraes

Comissão Patrimonial: Roberto Freyre

Chapa Santa Cruz do Povo

Presidente: Fábio Melo

Vice-presidente: Gláucio Frazão

Conselho deliberativo: Allan Araújo

Comissão Patrimonial: Florêncio Absalão

Chapa Muda Santa Cruz

Presidente: Albertino dos anjos

Vice-presidente: Joaquim Bezerra

Conselho deliberativo: Bartolomeu Bueno

Comissão Patrimonial: João Carlos Mendonça

* Caso tenha problemas de saúde, a situação, por meio de ofício, pode mudar o presidente durante o mandato.

Futebol e Política. Já diriam os mais precavidos que ambos não se misturam. Porém a história tem se mostrado bem diferente. O esporte mais tradicional do Brasil já entrou de vez no meio eleitoral e atualmente ex-jogadores, dirigentes e até ilustres torcedores já tem ocupado diversos cargos na vida pública. Em 2016 essa ligação é evidente em vários estados do Brasil. Somente de ex-boleiros, nomes tradicionais como Marcelo Ramos, Marcelinho Carioca, Eduardo Ramos são candidatos. Em Pernambuco, o cenário não é diferente. Várias personalidades do futebol local concorrem nas urnas neste ano: Nildo, Zé do Carmo, Araújo, Cabuloso, Jesus Tricolor, Mister N, entre outros disputam por pleitos.

A ligação entre política e futebol dentro do Brasil tem origem durante o período da Ditadura Militar, quando o governo se apropriou da imagem da Seleção Brasileira durante a campanha da Copa do Mundo de 1970. O craque do time, Pelé, por muitas vezes serviu até como garoto propaganda de programas governamentais. O primeiro candidato a cargos políticos dentro do futebol só viria anos depois em 1990 quando o conhecido centroavante Reinaldo, ex-Atlético/MG, foi candidato a vereador de Belo Horizonte e teve expressivas marcas chegando a Câmara Municipal e, em seguida, a Assembléia Legislativa. Outros seguiram o mesmo caminho como Roberto Dinamite, Raul Plasmann e Mazzaropi no início dessa trajetória. Porém, a maior vitória, que estabeleceu de vez a chegada do futebol no meio político, foi a do ex-atacante Romário, ao chegar em 2014 ao senado federal.

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Dois anos depois com o início das eleições municipais, ex-jogadores almejam o início na carreira política e os partidos buscam por personalidades do esporte para conseguir expressivas votações. Assim, nomes que antes só eram vistos no gramado ou nas arquibancadas, são acompanhados, a partir de agora, no guia eleitoral e no dia 2 de outubro na tela de uma urna.

Zé do Carmo, ex-volante conhecido pelas suas passagens no Santa Cruz e no Vasco é um dos exemplos ao ser convidado para ter sua primeira experiência eleitoral neste ano. Filiado ao PRB tem no seu histórico dentro do campo sua grande esperança de uma expressiva votação. “Acredito num bom desempenho pelo número de pessoas que conheço e por elas saberem da minha seriedade. Vou aproveitar esses 37 anos dentro do futebol, o nome que eu fiz, respeitado, para as pessoas conciliarem isso, saber que o Zé do Carmo traz respeito e seriedade”, destacou o ex-atleta.

No entanto, mesmo tendo neste ano sua primeira candidatura a um cargo público, se engana quem pensa que Zé não tem um histórico no meio político. Segundo ele, desde seus tempos de jogador já tinha interesse pela área e sempre recebeu propostas para se candidatar. Nunca teve tempo. Mas, neste ano, achou espaço para concorrer ao posto de vereador. “Sempre gostei de política, de ler jornais. A primeira coisa que fazia era ver a página de esportes e depois política. Então, para mim, nunca foi um absurdo falar de política, mas era só acompanhando por notícias, vendo a situação do país. De quatro em quatro anos, as pessoas sempre me chamavam, mas eu estava sempre trabalhando em clubes, com contrato no futebol. Como esse ano eu estava livre, resolvi aceitar”, conta o volante que atuou durante dez anos no Santa Cruz. “Um dia encontrei com o Silvio Costa que me perguntou se eu não tinha vontade de ser vereador. Respondi que tinha, e mediante a isso começamos a conversar. Depois disso comecei a me interessar ainda mais, ler tudo, acompanhar tudo, noticias de Brasília, do Senado, da Câmara e também fazendo projetos”, relata sobre esse seu início na área.

Seguindo o passos de diversos ex-profissionais do mundo da bola, ele não vê muita diferença entre os meios e relaciona com isso o grande aumento de jogadores com candidaturas pelo Brasil. “Em Belo Horizonte é muito forte isso, são vários ex-jogadores na política, tanto que hoje o João Leite (ex-goleiro do Atlético-MG) é candidato a prefeito. No Rio e em São Paulo também existem ex-jogadores que gostam e vão tendo contato com as pessoas, tendo ajuda de políticos experientes. Você acaba entrando e gostando tanto da política como do futebol. Você está lidando com gente, com o povão, não tem muito de diferente, não”, observou.

Quanto às propostas de projetos de lei que pensa em colocar em pauta na Câmara, ele garante que não pensa apenas no futebol, mas em outras áreas de interesse da população. Contudo, garante que não vai fugir das raízes. “Trabalho com o esporte e tenho alguns projetos. Tenho que dar mais ênfase a eles, o caminho para saúde é o esporte”, concluiu.

Política e Futebol nas raízes


Se assim como o número de atletas tem aumentado consideravelmente na política, dirigentes de futebol tem histórico grande no meio. Tenha como exemplo a candidatura de Alexandre Kalil, presidente Campeão da Libertadores pelo Atlético-MG, à prefeito de Belo Horizonte. São vários que já tiveram experiência em ambos os lados ou até conciliando atividades, como Antônio Luiz Neto, ex-presidente do Santa Cruz que desenvolveu paralelamente as atividades no clube e na câmara dos vereadores. Para isso, ele também, tem um exemplo dentro da sua família. Seu tio, Aristófanes de Andrade, também foi vereador do Recife e presidente do time Coral ao mesmo tempo. 

A partir desse exemplo que ALN, como é mais conhecido, buscou referências para fazer um bom trabalho em ambas as áreas. “Quando cheguei a presidência do Santa Cruz, já havia sido vereador por cinco mandatos. Para assumir a presidência, fui convidado por vários conselheiros e lideranças. Cresci dentro do Santa Cruz, sou sobrinho de Aristófanes de Andrade, que também era vereador e presidente do clube, e trouxe ele para o Arruda. Sendo um homem público, tive ele como espelho para fazer um bom trabalho. Meu tio nunca usou o clube para fazer política, pelo contrário, ele ajudou muito e foi o que eu tratei de fazer, usei da mesma receita formando um time com parte da base e outros com jogadores emergentes da região, querendo crescer, e alguns atletas experientes”, relembrou.

O vereador ainda destaca que mesmo já tendo experiência na parte administrativa, comandar um clube de futebol foi bem diferente do que já tinha vivenciado. “A administração de um clube de futebol é completamente diferente da administração de uma empresa privada comum. Tenho experiência administrativa, mas dirigir um clube e, principalmente na situação que o Santa Cruz estava, era um desafio muito grande. Não existiam recursos, a concorrência eram clubes muito mais preparados financeiramente, as dificuldades por conta da torcida que já vinha machucada durante anos, as dívidas, era uma série de problemas que foi necessário que o clube ficasse com pés no chão e praticasse sua receita popular, respeitar do mais frágil até os mais ricos”, comentou.

A experiência no futebol, inclusive fez com que politicamente ALN se tornasse mais ativo dentro do meio quanto a elaboração de leis. Para ele, o futebol brasileiro precisa de uma reestruturação e a política deve ter grande parte nisso ajudando-os a diminuir as dívidas. “O meio político pode e deve ajudar o esporte, fazendo leis de incentivo, permitindo a aproximação maior dos clubes para programas sociais que criem isenções porque futebol é uma coisa muito cara. A diferença entre o futebol brasileiro e europeu é um abismo. É necessário que os políticos brasileiros criem leis para proteger os clubes dos impostos. Do jeito que está hoje é muito encargo, é muito difícil, a empresa futebol não é igual a outra, ela não tem lucro”, reclama o ex-dirigente.

Por ter sido o presidente que tirou o Santa Cruz da Série D e levou até a Série B, claro que ele conta com grande apoio de torcedores corais, porém nem por isso ele vê uma má relação com torcedores de Sport e Náutico, e acredita que pode receber votos de ambas torcidas. “Uma das coisas que me deixa feliz é que hoje, depois da minha passagem pela presidência do Santa Cruz, sou alvo de torcedores de outros clubes no restaurante, na farmácia ou onde quer que eu esteja e que vem me dar as congratulações, dizer que queriam que eu fosse presidente do clube deles. Isso é sinal que não agredi ninguém enquanto presidente do Santa Cruz”, encerrou.

A voz da torcidas


Aproveitando o meio futebol, não apenas os ex jogadores e dirigentes procuram a vaga na política. Torcedores ilustres também têm objetivo de chegar a um cargo público. Em Pernambuco, grandes personalidades das arquibancadas saíram candidatos à vaga de vereador como Cabuloso, pelo Sport, Jesus Tricolor, pelo Santa Cruz, e Mister N, pelo Náutico. Se fazendo valer dos personagens famosos, nenhum deles se candidatou por seu nome de batismo e sim como são conhecidos pelas torcidas.

Se chamado por Cristiano Henrique, talvez poucos soubessem quem é ele. Mas se chamado de Mister N, todas as torcidas já sabem quem é o candidato do PHS. E foi por isso que ele optou pelo personagem na hora da candidatura. “Estou saindo por Mister N, porque sou conhecido tanto em Pernambuco como no Brasil assim, é um personagem famoso, tem uma marca muito forte”, pontuou o alvirrubro.

Sem uma candidatura com grandes verbas, ele se faz valer principalmente dos jogos do Náutico para divulgar sua campanha. “Aproveito todos os jogos do Náutico para fazer campanha, além disso, vou estar em todos os bairros que conheço gente e empresários. Desde o ano passado já estava me preparando e divulgando minha candidatura”, ressaltou.

Mister N também acredita que sua campanha terá boa recepção por outros times, não apenas a torcida do Náutico. “O grafiteiro que me pinta é rubro-negro e está me apoiando, puxando votos para mim e tenho outros conhecidos rubro-negros e tricolores que estão me apoiando. Tenho relação com várias outras pessoas que votam pela pessoa e não pelo time”, diz o torcedor.

Seu caminho na política é recente, mas o alvirrubro revela que sua relação com a área tem um vasto histórico e se espelha em dois ex-governadores de Pernambuco para iniciar sua trajetória política. “Meu caminho na política começou quando eu era moleque, o primeiro comitê de Miguel Arraes foi na Várzea, onde eu moro, então sempre estive próximo da política, sempre trabalhei como militante de políticos. Já tive parentes meus na política também como o Pedro Eurico, mas não me baseio em nada dele. Entrei no meio porque o pessoal pediu. Se fosse para ter alguém como exemplo seria o Miguel Arraes e o Eduardo Campos”, citou.

E, mesmo que não seja eleito, revela que já tem projetos relacionados ao futebol em andamento. “Se for eleito ou não for eleito, já estou com projetos para acertar com o pessoal da Federação Pernambucana para modificar a relação de Clássicos em termos de violência. Vou lutar pela torcida única, se for mando de campo do Sport, só torcedor do sport, do Náuticio, só torcedor do Náutico, porque hoje em dia não se tem mais torcedor tem muitos vândalos no meio”, finalizou.

Recentes críticas colocaram a qualidade do gramado do Arruda em cheque, os técnicos Milton Mendes e Alexandre Gallo criticaram na última semana o estado em que o campo de jogo se encontra. O comandante coral reclamou após a vitória contra o Figueirense para justificar a alta quantidade de erros de passes do time do Santa Cruz. “A bola vem quicando e isso dificulta porque nossa equipe é de toque de bola”, destacou ele. Já o treinador alvirrubro foi mais incisivo nas críticas depois do empate com o Bragantino no último sábado (18) e qualificou o gramado como ‘péssimo’

Com a possibilidade do Náutico começar a atuar com mais frequência no Arruda devido ao impasse com a Arena, a futura melhora da qualidade do campo não parece tão animadora. Mas o presidente da comissão patrimonial do tricolor, Antônio Luiz Neto, destaca que um projeto para recuperação do campo já está em andamento. “Iniciamos uma restauração paulatina do gramado com preenchimento de terra e adubação para podermos requalificar. Realmente estamos passando por um período grande de jogos, mas temos plenas condições de recuperar o gramado”, pontuou ao Portal LeiaJá. A restauração, no entanto, não tem uma data para ser concluída. “É uma requalificação aos poucos, então se tiver que demorar um, dois, três ou quatro meses vai ser feita nesse tempo”, complementou.

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Antônio Luiz Neto se mostra solicito ao Náutico e não vê os jogos do alvirrubro no Arruda como empecilho para recuperação do campo. “Nos colocamos à disposição do Náutico, sabemos que da necessidade deles, é um co-irmão nosso. Temos um plano de recuperação e não vejo problemas, nosso gramado resistiu bem aos jogos de pernambucano e nordestão”, lembrou.

O presidente da comissão patrimonial, no entanto, deixa a cordialidade com o Náutico de lado ao comentar as críticas de Alexandre Gallo. “O Gallo devia tratar do time dele, ao invés de falar do gramado. O Santa Cruz joga uma Série A e nenhum outro treinador adversário reclamou do nosso campo. O Gallo está jogando uma Série B, de onde nós viemos no ano passado jogando nesse mesmo gramado. Conhecemos todos os gramados da Série B e sabemos que existem diversos em estado precário”, conclui ALN, sem comentar as críticas que foram feitas por Milton Mendes. 

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A notícia de que o Santa Cruz teria que trocar o Arruda pela Arena Pernambuco pelos próximos meses deixou em alerta muitos tricolores, já que o time tem um retrospecto vitorioso em casa e os torcedores são bem adaptados ao José do Rêgo Maciel, além da distância da Arena. Porém, segundo o presidente da comissão patrimonial do clube, Antônio Luiz Neto, essa mudança para São Lourenço da Mata não será necessária.

ALN confirmou que reformas estão sendo, sim, feitas no Arruda, contudo, elas não vêm de agora e fazem parte de um longo planejamento do clube. Essas melhorias, de acordo com ele, em nada irão interferir nos mandos de campo da Cobra Coral. “Não há essa necessidade de irmos jogar na Arena Pernambuco. Isso foi uma notícia equivocada repassada para Alírio. Já entrei em contato com ele e informei que o time pode sim continuar jogando no Arruda, assim como fizemos no ano passado”, afirmou ao LeiaJá, em entrevista por telefone.

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O presidente da Comissão Patrimonial também nega qualquer relação que essas obras têm com a recente avaliação que a CBF fez do Arruda por meio do Sistema Brasileiro de Classificação de Estádios (SISBRACE). “Não tem relação nenhuma com essa avaliação. Essa é uma reforma que já está sendo feita desde o início de 2015. São reformas baseadas em laudos que nós mesmos fizemos em busca de melhorias e manutenção dos equipamentos do estádio para atendermos novos requisitos”, pontuou.

A maioria das melhorias que vêm sendo realizadas no estádio visam a aprimorar o acesso dos torcedores. Novas entradas vêm sendo construídas para dentro do estádio, assim como acessos para dentro do gramado em casos de urgência. “O Arruda já tem um bom histórico nessas questões de acesso. É um estádio que esvazia entre oito e nove minutos, mas queremos melhorar isso ainda mais. Estamos fazendo novos portões de acesso. Teremos um na Rua do Canal, outro na Petronilha Botelho, assim como acessos para dentro de campo. Isso ocorrerá para casos como o que houve recentemente na França (Parc des Princes), se o torcedor precisar entrar em campo para manter segurança. Serão nove pontes que passarão por cima do fosso do estádio. Elas também servirão em caso de shows no estádio, como já foram utilizadas aqui no show do Paul McCartney”, diz ALN.

Também estão sendo feitas melhorias na parte elétrica e hidráulica do estádio, nos bares, banheiros, no acesso as cadeiras com a aquisição de novas catracas, entre outros. A finalização dessas obras, contudo ainda não têm uma data certa. “Nós estamos fazendo reformas por ordem de prioridade. Como é muita coisa ainda deve demorar mais um ano. É um trabalho muito caro e está sendo todo feito com recursos do clube”, finalizou.

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O Mundão do Arruda é alvo de uma avaliação que não agradou nem um pouco a torcida do Santa Cruz. O famoso estádio foi colocado entre os piores estádios da Série A do Brasileirão e foi considerado o pior do Nordeste entre os participantes da Primeira Divisão. O arquiteto do clube pernambucano, Cesar Augusto, e o presidente da Comissão Patrimonial, Antônio Luiz Neto, lamentaram o resultado divulgado pelo Sistema Brasileiro de Classificação de Estádios, do Ministério dos Esportes.

“Quem fez essa avaliação nunca deve ter vindo ao Arruda”, disse o arquiteto. Já Antônio Luiz Neto garantiu ao LeiaJá que o Mundão não merece ser taxado como ruim porque vem recebendo grandes eventos, como os shows do cantor Roberto Carlos e Paul McCartney. O presidente da Comissão Patrimonial do Santa Cruz ainda enfatizou que o Tricolor vem investindo pesado para reparar vários setores do estádio.

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“É muito difícil entender por que o estádio do Santa Cruz é o pior do Nordeste na Série A se temos apenas três clubes jogando a competição. O Arruda vem sendo cogitado, inclusive, para receber jogos da seleção brasileira. Se ele não prestasse, Roberto Carlos e Paul McCartney não viriam fazer shows aqui. Conseguimos esvaziar o estádio em somente dez minutos e estamos acostumados a receber grandes públicos. É lamentável esse resultado”, disse Antônio Luiz Neto. “Em 2015, realizamos durante o ano todo vários reparos na estrutura do Arruda. Posso afirmar que o investimento passou de R$ 600 mil”, completou o diretor patrimonial.

Questionado sobre o fato do Arruda ter ficado abaixo da Ilha do Retiro na avaliação – o estádio do Sport alcançou pontuação 3 de 5, enquanto o estádio tricolor ficou com 2 -, o diretor patrimonial disse não entender como foi feita a análise. Ele também afirmou que o resultado não possui relação com o trágico crime cometido do estádio do Arruda em 2014, quando torcedores atiraram uma privada sanitária e mataram cruelmente um torcedor do Sport. “Não tem nada a ver. Bandido tem em todo lugar”, completou.

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