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Após fechar o treinamento na terça-feira (10), quando estava marcada a reapresentação do elenco, o Santa Cruz havia chamado a imprensa para a atividade desta quarta-feira (11). Mas, novamente, os trabalhos foram realizados “em segredo” no Arruda. A crise provocada após o desabafo do ex-técnico Leston Jr ainda parece abalar os bastidores corais.

Marcado para as 8h30 “no gramado do Arruda”, como anunciou a assessoria, o treino não havia nem começado, pelo menos não no campo, até as 10h. A informação não-oficial era de que os jogadores estavam na academia. Mais tarde, por volta das 11h10, a assessoria mandou imagens do treino, realizado com um preparador físico, dentro dos vestiários do Arruda.

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Nas fotos, é possível identificar a participação de Gilberto, o até então capitão coral, um dos pivôs da coletiva bomba de Leston Jr, Elyeser, Edson Ratinho, Matheuzinho, Ítalo Lima e Tarcísio, entre outros. Entre as ausências, pelo menos nas imagens divulgadas, destaque para Rafael Furtado, um dos principais jogadores do time na temporada, além de Marcos Martins, que confirmou sua saída.

Confira:

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Equilíbrio. Características diferentes. Dificuldades. Para Leston Júnior, a série D não será um mar de tranquilidade para o Santa Cruz. O técnico do tricolor pernambucano acredita que o peso da camisa coral traz mais pressão, mas não significa que seu elenco é superior aos adversários. Ele aposta que o time tem condição de conseguir o acesso, mas precisará muito da sua fiel torcida para isso.

Leston diz ter feito, junto com sua comissão técnica, um levantamento prévio dos seus adversários no grupo do Brasileiro, o que foi repassado aos seus atletas. Segundo ele, a primeira toda confirmou “algumas coisas” do dossiê e deu um sinal do que o time precisa para ir bem na competição.

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“É um grupo que tem 4 finalistas de estadual. Dois clubes que foram campeões. É importante fazer a primeira fase pontuando com frequência, por conta do equilíbrio, para ficar sempre os quatro primeiros classificados, o que gera confiança e aumenta a nossa possibilidade de classificação”, analisou.

Apesar do peso e tradição da camisa tricolor no cenário nacional, Leston não acredita que haja uma diferença no patamar entre clubes da série D.

“A camisa só traz pressão, porque nós não temos melhor condições que os adversários. Vai ser uma competição dura e não vamos conseguir ser o melhor time do início ao fim da competição, porque não temos condições para isso”, afirmou Leston.

Mesmo diante do cenário desafiador, Leston, que em outras oportunidades já afirmou que aceitou o cargo no Santa sabendo de todas as dificuldades, aposta que seus comandados tem amplas condições de competir.

“Temos um elenco com condições de brigar pelo acesso, dentro da realidade financeira e, acima de tudo, comprometido com a causa de retomada deste clube. Até porque isso acontecendo, todos nós teremos os benefícios e, por consequência, marcar a história do clube”, disse.

Torcida

Se dentro do campo as condições entre adversários são iguais, fora dele Leston Júnior sabe que tem uma arma a seu favor, dependendo da atitude de seus atletas. Contra o ASA-AL, neste sábado (23), o técnico quer o Arruda jogando com o seu time.

“A torcida do Santa Cruz é uma das poucas no Brasil que consegue transformar o estádio de futebol num ambiente extremamente pulsante. Transformar a atmosfera de forma positiva. Mas reage com o que tá vendo no campo. Quando a torcida enxerga entrega dos jogadores, ela vem junto”, relatou.

O comandante Coral sabe, no entanto, que seu time precisa fazer o filtro do que deve ser aproveitado com o fervor das arquibancadas.

“Precisamos ser um time agressivo, que consegue trazer o torcedor para dentro do campo, mas, ao mesmo tempo, equilibrado e concentrado, uma mescla. Teremos momentos de dificuldade durante o jogo e neste momentos precisamos do torcedor para gerar uma confiança melhor pra equipe, para que os jogadores respondam em campo. Respeitamos o adversário, mas dentro de casa precisamos fazer valer nossa condição”, ensinou Leston Júnior.

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Um treinador satisfeito com o que viu. Foi o que deixou transparecer Leston Júnior em coletiva de imprensa realizada após o empate entre Santa Cruz e Lagarto, na estreia do time pernambucano na Série D. Ele não esperava por uma partida técnica, por todas as condições do jogo, mas valorizou a entrega e dedicação dos seus comandados para se adaptar e sair do interior de Sergipe com um ponto na bagagem.

“É uma competição atípica, no sentido das adversidades. Sabíamos das dificuldades, da característica do jogo. É uma disputa completamente diferente do que vínhamos tendo no Campeonato Pernambucano. Um jogo muito vivo, de muito contato e de muta briga, mas a equipe em momento algum se furtou de fazer o jogo como ter que ser feito. Tivemos um controle emocional e tático muito grande”, analisou Leston.

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O técnico do Santa Cruz espera um jogo diferente contra o Asa-AL, no próximo sábado (23), já que o tricolor atuará em seus domínios, sem a necessidade de deslocamento ou adaptação ao campo de jogo e espera o apoio do torcedor nas arquibancadas.

“O protagonismo é responsabilidade do Santa Cruz, que é talvez a equipe mais tradicional desta série, onde nem deveria estar. Esperamos 20 mil no Arruda, um campo onde a gente se sente bem. Vamos trabalhar muito para chegar em condição de fazer um grande jogo, dentro das nossas características”, projetou.

Com passagem pelo clube em 2019, Leston já dirigiu o time em um Arruda cheio e quer que a torcida seja o diferencial do Santa Cruz dentro de casa.

“Tenho pedido que a torcida abrace esse time. Só existe time e treinador por conta dela. Só existe clube por ela. O clube precisa mais uma vez dessa torcida, que já respondeu positivamente tantas vezes. Precisamos mais uma vez dela. Precisamos dessa paixão, que é apaixonante. Essa paixão que essa torcida tem por esse clube, que poucos clubes no Brasil tem”, convocou Leston Júnior.

Após vitória tranquila do Santa Cruz sobre o Afogados de Ingazeira por 5 a 2 no Arruda, Leston Jr. elogiou o desempenho da equipe, mas chamou a atenção para uma sequência pesada de 5 jogos em 15 dias e um futuro “pijama training” que a equipe terá que fazer durante o estadual.

Após vencer o Caruaru City no último sábado (29) e o Afogados na noite dessa quinta-feira, o Santa Cruz enfrentará o Íbis no dia 6, o Salgueiro no dia 9, Sport no dia 12, Retrô no dia seguinte 13 e o Vera Cruz no dia 19. Caso não haja novos adiamentos nos jogos do tricolor, serão 5 jogos no intervalo de apenas 13 dias.

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Vantagem sobre os adversários

Leston reclamou e chamou a atenção dos que acreditam que o Santa Cruz leva vantagem sobre os rivais por só estar disputando o pernambucano.

“A vantagem de jogar uma competição só não existe e eu gostaria de entender o porquê disso. Nós vamos fazer cinco jogos em 15 dias e lá na frente depois do carnaval, ficar 17 dias sem jogar. Então eu não entendo bem como é isso e gostaria que alguém pudesse me responder”, afirmou.

O treinador taxou o calendário como inapropriado.

“É desumano, estamos montando o elenco do zero, com novos jogadores, alguns deles chegaram e estavam a mais de 70 dias sem jogar e a gente não tem lastro de jogo. Vamos sofrer muito nessa sequência”, desabafou Leston.

Pijama Training

Leston salientou que por conta do calendário apertado seu clube irá fazer uma sequência de jogos sem treinamento suficiente para evoluir e correrá muitos riscos de perder jogadores por desgaste físicos.

“Muito ruim para quem está montando, porque você não vai treinar, só joga, joga e joga. Além de desgastar demais, você fica sem condições de treinar e melhorar a equipe. Até o jogo contra o Sport no dia 12 a gente vai só jogar, então nós vamos vestir o “pijama training” nos jogadores, que é descansar, descansar e descansar para continuar jogando e evoluindo. Tomara que continuemos evoluindo e vencendo”, concluiu.

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