Equilíbrio. Características diferentes. Dificuldades. Para Leston Júnior, a série D não será um mar de tranquilidade para o Santa Cruz. O técnico do tricolor pernambucano acredita que o peso da camisa coral traz mais pressão, mas não significa que seu elenco é superior aos adversários. Ele aposta que o time tem condição de conseguir o acesso, mas precisará muito da sua fiel torcida para isso.
Leston diz ter feito, junto com sua comissão técnica, um levantamento prévio dos seus adversários no grupo do Brasileiro, o que foi repassado aos seus atletas. Segundo ele, a primeira toda confirmou “algumas coisas” do dossiê e deu um sinal do que o time precisa para ir bem na competição.
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“É um grupo que tem 4 finalistas de estadual. Dois clubes que foram campeões. É importante fazer a primeira fase pontuando com frequência, por conta do equilíbrio, para ficar sempre os quatro primeiros classificados, o que gera confiança e aumenta a nossa possibilidade de classificação”, analisou.
Apesar do peso e tradição da camisa tricolor no cenário nacional, Leston não acredita que haja uma diferença no patamar entre clubes da série D.
“A camisa só traz pressão, porque nós não temos melhor condições que os adversários. Vai ser uma competição dura e não vamos conseguir ser o melhor time do início ao fim da competição, porque não temos condições para isso”, afirmou Leston.
Mesmo diante do cenário desafiador, Leston, que em outras oportunidades já afirmou que aceitou o cargo no Santa sabendo de todas as dificuldades, aposta que seus comandados tem amplas condições de competir.
“Temos um elenco com condições de brigar pelo acesso, dentro da realidade financeira e, acima de tudo, comprometido com a causa de retomada deste clube. Até porque isso acontecendo, todos nós teremos os benefícios e, por consequência, marcar a história do clube”, disse.
Torcida
Se dentro do campo as condições entre adversários são iguais, fora dele Leston Júnior sabe que tem uma arma a seu favor, dependendo da atitude de seus atletas. Contra o ASA-AL, neste sábado (23), o técnico quer o Arruda jogando com o seu time.
“A torcida do Santa Cruz é uma das poucas no Brasil que consegue transformar o estádio de futebol num ambiente extremamente pulsante. Transformar a atmosfera de forma positiva. Mas reage com o que tá vendo no campo. Quando a torcida enxerga entrega dos jogadores, ela vem junto”, relatou.
O comandante Coral sabe, no entanto, que seu time precisa fazer o filtro do que deve ser aproveitado com o fervor das arquibancadas.
“Precisamos ser um time agressivo, que consegue trazer o torcedor para dentro do campo, mas, ao mesmo tempo, equilibrado e concentrado, uma mescla. Teremos momentos de dificuldade durante o jogo e neste momentos precisamos do torcedor para gerar uma confiança melhor pra equipe, para que os jogadores respondam em campo. Respeitamos o adversário, mas dentro de casa precisamos fazer valer nossa condição”, ensinou Leston Júnior.
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