Tópicos | Alunas

Policiais civis do Rio de Janeiro realizaram, nesta segunda-feira (18), a "Operação Adolescência Artificial". Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão nas residências de alunos de duas instituições de ensino particulares da Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital fluminense.

Segundo apurado, foram produzidas imagens com inteligência artificial a partir de fotos delas que mostram as adolescentes como se estivessem nuas.

##RECOMENDA##

Os dispositivos eletrônicos apreendidos serão periciados, e as informações obtidas vão auxiliar nas investigações sobre produção e divulgação de imagens de alunas desses colégios.

"Esta ação de hoje comprova que a lei é para todos. A investigação continua para responsabilizar todos os envolvidos neste crime revoltante", disse o delegado Marcus Vinícius Braga, titular da DPCA. "Esperamos, com a operação, descobrir quem foram os autores das montagens, bem como os alunos que compartilharam o material. As investigações estão sob sigilo."

Mais de 20 alunas de um colégio particular da zona oeste do Rio de Janeiro foram vítimas de produção de fotomontagentes nas quais, devido à alteração nas imagens, elas aparecem nuas. "É o assunto que se só se fala nisso, no recreio você anda só escutando sobre isso, você sai da escola, tem grupos falando sobre isso, então é uma situação que não tem como fugir. Eles nunca vão saber o trauma que eles causaram", disse uma das aulas em entrevista exibida neste domingo no Fantástico, da TV Globo.

Segundo relatos dos pais das vítimas, que procuraram tanto a 16.ª DP na Barra da Tijuca como a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, estudantes do Colégio Santo Agostinho teriam utilizado um aplicativo para produzir imagens falsas de colegas e de outras meninas que não estudam na mesma escola. De acordo com eles, a partir de uma foto da pessoa vestida, a ferramenta analisa suas características e substitui a imagem por um corpo bastante semelhante, só que nu.

##RECOMENDA##

Esse tipo de app é chamado de "deep nude". As fotos alteradas teriam sido divulgadas pelos estudantes em grupos em um aplicativo de mensagens.

"Uma amiga minha me ligou enquanto estava em aula. Ela me contou que tinha nudes falsos nossos rodando pela internet. Não só meu, como dela e de mais umas outras amigas nossas", contou a aluna à TV Globo.

Também ao Fantástico, a mãe relatou que nunca viu a filha em uma situação como aquela. "Era um choro desesperador, um descontrole. Eu tentava acalmar: 'mas meu amor, não são suas as fotos'. 'Mas sou eu nua, mãe, meus amigos estão me vendo nua, e é constrangedor'", contou.

Investigações

A partir desta segunda-feira (6), a polícia começa a ouvir novas vítimas e também alguns dos suspeitos, além de funcionários do Colégio Santo Agostinho para colher novas evidências para as investigações - já foram identificados parte dos adolescentes envolvidos no caso.

Como os suspeitos são menores de idade, eles devem responder por ato infracional previsto no artigo 241-C do Estatuto da Criança e do Adolescente, que pune "simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual". Esse ato infracional prevê pena de um a três anos de reclusão e multa.

O Colégio Santo Agostinho enviou nota aos pais de alunos em que lamenta o episódio e afirma que "serão tomadas as medidas disciplinares aplicadas aos fatos cometidos, em tutela escolar". Mas a instituição pede "a compreensão de todos os envolvidos, pois a condução dos atendimentos demanda tempo e não podemos tomar decisões precipitadas". A nota afirma ainda que "é preciso tranquilizar seus filhos, não permitindo que se propaguem mais situações de conflito e desrespeito".

Em outra nota, ao público em geral, a escola afirma que está apurando o caso e adotando as medidas previstas no regimento da escola.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a divulgação de fotomontagens de alunas da unidade do Colégio Santo Agostinho situada na Barra da Tijuca (zona oeste) nas quais, devido à alteração nas imagens, elas aparecem nuas. Pais de alunas denunciaram o caso nesta semana à 16.ª DP (Barra da Tijuca) e à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, que assumiu a investigação do caso.

Segundo relatos de pais de alunas, alguém usou um programa de computador ou aplicativo de celular que, a partir de uma foto da pessoa vestida, analisa as características dela e substitui por um corpo nu bastante semelhante, capaz de parecer ser mesmo a aluna retratada. A suspeita é de que os responsáveis pela montagem e divulgação das imagens seriam alunos dos 7.º ao 9.º anos do colégio. Pelo menos 20 meninas - a maioria alunas do colégio - teriam sido alvos dessa conduta.

##RECOMENDA##

O autor das montagens pode ser processado pelo crime previsto no art. 241-C do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): "simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual", que prevê pena de prisão de um a três anos, além de multa.

O parágrafo único deste artigo prevê que "incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material produzido". Se o autor ou os autores forem menores de 18 anos, não responderão pelo crime, mas por fato análogo a ele.

O Colégio Santo Agostinho enviou nota aos pais de alunos em que lamenta o episódio e afirma que "serão tomadas as medidas disciplinares aplicadas aos fatos cometidos, em tutela escolar". Mas a instituição pede "a compreensão de todos os envolvidos, pois a condução dos atendimentos demanda tempo e não podemos tomar decisões precipitadas". A nota afirma ainda que "é preciso tranquilizar seus filhos, não permitindo que o caso se torne ainda mais e se propaguem mais situações de conflito e desrespeito".

Em outra nota, ao público em geral, a escola afirma que está apurando o caso e adotando as medidas previstas no regimento da escola.

A Polícia Civil emitiu nota em que afirma que a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente "instaurou procedimento para apurar os fatos, todos os envolvidos estão sendo chamados para serem ouvidos e diligências seguem para identificar a autoria do crime".

O programa Futuras Cientistas tem 470 vagas em todo o país para alunas do 2º ano do ensino médio da rede pública de ensino e professoras do ensino médio da rede pública estadual. O período de inscrição vai até as 16h do dia 4 de setembro.

As participantes selecionadas recebem um kit de participação e bolsa-auxílio de R$ 483, além de vivenciar a experiência de fazer ciência. São experiências em laboratórios de pesquisa, desenvolvimento de projetos científicos, workshops interativos, entre outras.

##RECOMENDA##

Futuras Cientistas é um programa do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene) que estimula o contato de alunas e professoras da rede pública de ensino com as áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática através de sua aproximação a centros tecnológicos e instituições de pesquisa com o objetivo de contribuir com a equidade de gênero no mercado profissional.

Segundo o Cetene, com o desenvolvimento do pensamento e de atividades científicas transdisciplinares, a ideia é reduzir barreiras para o acesso e permanência de mulheres nos espaços científicos. Em 10 anos, 70% das participantes do programa foram aprovadas no vestibular. Destas, 80% escolheram cursos nas áreas de Ciência e Tecnologia.

O Módulo Imersão Científica 2024 do Programa Futuras Cientistas terá duração de 20 dias úteis no mês de janeiro com carga horária total de 80 horas destinadas ao processo de familiarização da estudante e professora com a dinâmica da pesquisa científica.

O etarismo ou velhofobia corresponde à discriminação por idade contra indivíduos ou grupos etários com base em estereótipos. Na última sexta-feira, 10, viralizou um vídeo em que três calouras de Biomedicina da Universidade Unisagrado, em Bauru, no interior de São Paulo, debocharam de Patrícia Linares, de 44 anos, que também começou a estudar neste ano, por ela ser mais velha. Segundo a universidade, o caso está sendo tratado em âmbito institucional.

A ofensa também é conhecida como idadismo ou ageísmo, ou seja, é o preconceito com relação à idade, definido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) como aquele que "surge quando a idade é usada para categorizar e dividir as pessoas por atributos que causam danos, desvantagens ou injustiças, e minam a solidariedade intergeracional", afirma Leonardo Pantaleão, especialista em Direito e Processo Penal, mestre em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

##RECOMENDA##

Na publicação, uma das jovens pergunta como fazer para "desmatricular" uma colega de classe. A segunda estudante que aparece no vídeo responde: "Ela tem 40 anos já", disse. "Era para estar aposentada", continua uma terceira aluna no vídeo. "Gente, 40 anos não pode mais fazer faculdade", afirmou, com ironia, uma delas.

Após a repercussão do vídeo, a Unisagrado disse, em uma publicação nas redes sociais, que não compactua com qualquer tipo de discriminação. "Defendemos uma causa: A educação. Na verdade, somos a causa. Acreditamos que todos devem ter acesso à educação de qualidade, desde pequenos até quando cada um quiser, porque educação é isso: Autonomia. Isso tudo faz sentido para nós", afirmou.

O que é o etarismo?

O etarismo é a discriminação por idade contra indivíduos ou grupos etários com base em estereótipos. É também conhecido como idadismo ou ageísmo, ou seja, é o preconceito com relação à idade, de acordo com Pantaleão.

Em quais tipos de crimes podem ser enquadradas as estudantes que debocharam da colega? E a universidade?

"Por se tratar de conduta que ofende a honra subjetiva, em especial sua autoestima, ou seja, a visão que ela tem sobre si mesma, pode-se cogitar o delito de injúria, que corresponde a uma das espécies de crime contra a honra tipificados no Código Penal brasileiro", afirma o especialista em Direito e Processo Penal.

Já a universidade não sofre consequências criminais, mas é passível, diz ele, a análise sobre aspectos indenizatórios, como por dano moral, por exemplo.

Como identificar o preconceito relacionado à idade? Como agir nessa situação?

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o idadismo é prevalente, amplamente disseminado e insidioso, porque passa em grande medida despercebido e incontestado. "É uma espécie de preconceito que pode assumir inúmeras formas, das atitudes individuais às políticas e práticas institucionais que perpetuam a discriminação etária, trazendo sérias consequências", disse o especialista.

Segundo Pantaleão, deve-se concentrar na intenção efetiva de constranger alguém em face de seu estágio de vida. Caracterizada tal finalidade, os órgãos públicos devem ser acionados para a imposição das consequências que cada caso exigir.

Como isso pode afetar a vida de uma pessoa mais velha que busca uma oportunidade na faculdade ou no mercado de trabalho?

"Sabemos que não existe idade para que a vida aconteça. Mas, infelizmente, muitas pessoas de mais idade, acima dos 40 anos, desistem de realizar seus sonhos porque acreditam não terem mais tanto valor quanto um jovem. E, infelizmente, as poucas pessoas acima dos 40 anos que tentam realizar seus sonhos correm riscos de enfrentar discriminação, preconceito e injúrias, como no caso da estudante de uma universidade de Bauru", disse Luana Ganzert, psicóloga especialista em emoções.

Segundo ela, os prejuízos do etarismo ou velhofobia são inúmeros, mas as principais consequências são emocionais. "Sentimentos de invalidez, baixa autoestima, tristeza e até mesmo sintomas ansiosos e depressivos dependendo da maneira como a vítima internaliza a ofensa. Não é natural invalidar o outro, mesmo que isso seja uma simples brincadeira. Comentários ofensivos sobre outras pessoas podem trazer sérios prejuízos, inclusive problemas com a Justiça. Afinal, qualquer forma de preconceito é crime", afirma Luana.

Para a psicóloga, há ainda pessoas que desistem de realizar seus sonhos pelas piadinhas preconceituosas. "É importante considerar que nem toda oportunidade chega para nós em momentos comuns. Alguns não têm o privilégio de estudar enquanto são jovens, outros desistem dos seus sonhos para cuidar da família, da casa, e, após um tempo, conseguem voltar a buscar as suas realizações. Então, não julgue a história do outro sem conhecê-la", diz ela.

Homenagem de colegas

Estudantes do quarto ano de Biomedicina se solidarizam com Patrícia. "Nós, do último ano de Biomedicina da USC, fomos até ela e a presenteamos com uma flor e chocolate! A Pati é um amor e só merece coisas boas dessa vida", disse o grupo em publicação nas redes sociais.

A sobrinha de Patrícia, Beatriz Linares, de 23 anos, também agradeceu o apoio recebido pela tia.

O ministério do Interior iraniano anunciou, nesta terça-feira (7), as primeiras prisões como parte da investigação sobre uma série de envenenamentos que afetaram várias estudantes durante três meses.

"Várias pessoas foram presas em cinco províncias e os serviços continuam a investigação", disse o vice-ministro do Interior, Majid Mirahmadi, à televisão pública.

Ele não revelou detalhes sobre as identidades, nem as circunstâncias das detenções ou seu suposto envolvimento.

O misterioso caso de envenenamento gerou indignação e apelos às autoridades para que tomassem providências a respeito. Também despertou preocupação internacional e pedidos de uma investigação independente.

Ao todo, "25 províncias e quase 230 escolas foram afetadas, e mais de 5.000 alunas e alunos foram envenenados", disse Mohammad-Hassan Asafari, membro da comissão parlamentar de investigação, à agência de notícias ISNA na segunda-feira.

"Vários testes estão sendo realizados para identificar o tipo e a causa das intoxicações. Até agora não se obteve nenhuma informação específica sobre o tipo de veneno usado", acrescentou.

Os primeiros casos vieram à tona logo após protestos em todo o país pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos, depois que foi presa por supostamente violar o código de vestimenta feminino.

Muitas escolas foram afetadas. As alunas sofreram náuseas, falta de ar e tonturas após perceberem odores "desagradáveis". Algumas foram hospitalizados.

O líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, chamou os envenenamentos de "crime imperdoável" e deu ordens na segunda-feira para que os responsáveis sejam perseguidos "sem piedade".

Na semana passada, o presidente Ebrahim Raisi encarregou o ministério do Interior de apresentar atualizações contínuas sobre a investigação.

O último caso, relatado pela agência de notícias ISNA, afetou 40 estudantes do sexo feminino da cidade rebelde de Zahedán, no sudeste.

A Casa Branca pediu na segunda-feira uma "investigação independente confiável" sobre esses eventos.

 Professor foi liberado após pagar fiança. (Pixabay)

Na última terça-feira (6), um professor foi preso em flagrante após puxar os cabelos de uma aluna e a orelha de outra em uma escola Municipal de Ponta Grossa, no Paraná. De acordo com a Polícia Civil, houve confusão na escola Aldo Bonde, no residencial Lagoa Dourada, e os envolvidos precisaram ser conduzidos para a delegacia.

##RECOMENDA##

O professor, que não teve sua identidade revelada pela polícia, foi detido pelos crimes de maus-tratos e também por submeter as crianças à situação vexatória, conforme artigo do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Apesar disso, ele conseguiu ser liberado após pagar a fiança.

Ao G1, a Secretaria Municipal de Educação não deixou claro se afastou o professor, mas disse que abriu uma investigação interna. A pasta também informou que apura o caso "para verificar a veracidade dos fatos e para que sejam tomadas as devidas providências".

 Um professor de 47 anos, que dava aula em uma escola municipal de Manaus, Amazonas, está sendo investigado por suspeita de abusar e importunar sexualmente 14 alunas. A Polícia Civil do Estado aponta que as garotas têm entre 11 e 13 anos.

Os abusos, denunciados pelas meninas e pela direção da escola, aconteciam em sala de aula, durante dinâmicas em que o suspeito aproveitava para ter contato físico com as vítimas. 

##RECOMENDA##

"Ele começou a introduzir um jogo durante as aulas, com a desculpa de que aquilo ajudaria os alunos a entender melhor a matéria. Então, quando ele mostrava esse jogo para as meninas, aproveitava para tocá-las. Por isso, estamos ouvindo cada uma, pois já identificamos toques que são tipificados como estupro de vulnerável", disse a delegada Joyce Coelho, em entrevista à Rede Amazônica.

A autoridade policial aponta ainda que, até o momento, nove inquéritos policiais por importunação sexual e outros cinco por estupro de vulnerável já foram instaurados.

"Acreditamos que mais vítimas vão nos procurar, porque há relatos de que esse comportamento dele era frequente em salas de aula", assevera a delegada.

A Prefeitura de Manaus publicou uma nota informando que o professor foi afastado da sala de aula e responderá administrativamente pela conduta. Confira o posicionamento na íntegra.

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), informa que é totalmente contra qualquer tipo de violência praticada com crianças e adolescentes intrafamiliar ou no ambiente escolar, seja por servidores ou professores, principalmente a violência sexual.

A escola comunicou o setor jurídico da Semed e o professor foi afastado imediatamente da sala de aula. O mesmo responderá administrativamente pela conduta abusiva e desrespeitosa. A Semed também notificou o fato ao Conselho Tutelar e agora o professor está sob a responsabilidade da Justiça.

A rede municipal de educação ressalta que desenvolve, durante todo o ano letivo, ações de abordagem sobre temas relacionados ao abuso sexual infantil. O assunto é trabalhado desde a educação infantil ao ensino fundamental, de uma forma adequada para cada faixa etária de idade.

Essa ação fez com que as estudantes não se calassem e denunciassem o professor. Quanto às alunas, a Semed dará todo o apoio psicológico necessário, por meio do programa de Prevenção e Enfrentamento às Violações dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes da Semed.

Na manhã desta quarta-feira (4), alunos protestaram em frente à Escola Estadual Maria Ivone de Oliveira, no bairro de Tabuleiro do Martins, em Maceió-AL, contra um professor que teria assediado três alunas. O Conselho Tutelar e o pais de uma das estudantes participaram do ato. 

A Secretaria de Educação (Seduc) informou que as aulas vão seguir normalmente e que apura a denúncia contra o docente suspeito. Ele foi afastado das atividades.

##RECOMENDA##

Uma das vítimas teve uma crise de choro e revelou o ocorrido para outras amigas. Duas meninas do 1º ano do Ensino Médio, entre 14 e 15 anos, compartilharam que o professor também teria tocado em seus seios e nádegas nas dependências da escola, de acordo com o portal Alagoas 24 horas. 

O corpo estudantil se mobilizou na tarde dessa terça-feira (3) e organizou o ato desta manhã para cobrar uma resposta mais efetiva da direção da unidade de ensino.

Três mulheres abriram um processo contra a Universidade de Harvard nesta terça-feira (8) alegando que a prestigiosa instituição americana ignorou as denúncias de assédio sexual contra um professor conhecido.

As denunciantes, todas estudantes de doutorado, afirmam que o professor de antropologia John Comaroff as beijou e apalpou sem seu consentimento, além de ameaçar sabotar suas carreiras caso o denunciassem.

Margaret Czerwienski, Lilia Kilburn e Amulya Mandava apontam que o professor de 77 anos conseguiu escapar das acusações por anos. De acordo com a denúncia, elas recorreram aos funcionários da universidade há cinco anos.

Elas "reclamaram repetidamente com os administradores de Harvard", garantem no processo apresentado ao tribunal federal de Boston. "Mas a universidade as ignorou e optou por proteger seu professor estrela em vez de estudantes vulneráveis", acrescentam.

Comaroff é acusado de beijar Kilburn na boca sem sua permissão, apertar sua coxa em público e dizer que ela poderia ser estuprada ou morta em partes da África por ter uma relação com uma pessoa do mesmo sexo, segundo o processo.

Kilburn foi alvo de um "pesadelo contínuo que incluiu mais beijos forçados, constantes convites para socializar com ele sozinho fora do campus e um controle coercitivo", acrescenta o texto.

Inicialmente, as alegações contra Comaroff vieram a público ao saírem no jornal da universidade, The Harvard Crimson, há mais de um ano, segundo o The New York Times.

Comaroff está sob licença administrativa depois que uma investigação concluiu no mês passado que ele violou a política sobre assédio de Harvard, observa o jornal nova-iorquino, embora ele não tenha sido considerado culpado de contato sexual não consensual.

O processo, que busca indenizações não especificadas, descreve as sanções como "limitadas e temporárias".

A Universidade de Harvard não respondeu ao pedido de comentário da AFP.

A partir desta terça-feira (4), escolas públicas e privadas do Distrito Federal são obrigadas a notificarem gravidez de alunas de até 14 anos. A regra foi estabelecida após a Lei nº 7.049 ser publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), cuja autoria é do deputado Ionaldo Almeida (PSC).

A nova legislação obriga as instituições de ensino a comunicar casos de gravidez para, além do Ministério Público e Polícia Civil, a Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, a Secretaria de Educação e o Conselho Tutelar. De acordo com a Lei, a notificação deve ser realizada "de forma que não exponha a aluna a situações vexatórias ou constrangedoras, sendo assegurado o sigilo dos seus dados perante terceiros”.

##RECOMENDA##

Ainda de acordo com a norma, as escolas particulares que descuprirem a ordem serão apenas advertidas. Já nas instituições públicas, os responsáveis administrativos serão penalizados.

O ator americano James Franco admitiu que se arrepende de ter mantido relações sexuais com alunas de sua escola de atuação para o cinema, quebrando o silêncio sobre as alegações de conduta sexual inapropriada em uma entrevista veiculada nesta quinta-feira (23).

O artista, indicado ao Oscar em 2011 pelo filme "127 Horas", foi acusado publicamente por cinco mulheres, em 2018, de comportamento abusivo, inclusive durante cenas sem roupa em sua escola de atuação, a Studio 4, no bairro de North Hollywood, em Los Angeles.

##RECOMENDA##

"Olha, eu admito, eu dormi com estudantes", disse Franco em sua primeira grande entrevista sobre o assunto no The Jess Cagle Show, da emissora SiriusXM.

"Ao longo do período em que lecionei, eu dormi com algumas alunas, e isso foi errado. Mas, como eu já disse, não foi para isso que montei a escola", acrescentou.

Anteriormente, Franco e seus advogados haviam negado as alegações de que ele teria simulado sexo oral em diversas atrizes, e removido a proteção de plástico que cobria suas vaginas.

De acordo com as denunciantes, o artista também foi acusado de usar sua escola como uma espécie de fachada para atrair mulheres sexualmente disponíveis, pedindo que as alunas dançassem em torno dele de 'topless' em uma cena improvisada, e fazendo "todo mundo pensar que haveria papéis disponíveis caso realizássemos atos sexuais ou ficássemos seminuas".

Na entrevista com Cagle, Franco negou ter mantido relações sexuais com as alunas durante as aulas de "cenas de sexo" e assinalou que este título era simplesmente "provocativo", pois as aulas não apresentavam especificamente instruções sobre cenas íntimas.

"Não se tratava de uma estratégia", disse, ao admitir que "houve certos momentos em que me envolvi com uma estudante de forma consensual, o que não deveria ter acontecido".

Questionado pelo entrevistador se não tinha noção da disparidade de poder existente entre uma estrela de Hollywood e sua aluna, Franco contou que tinha substituído seu alcoolismo da adolescência pelo vício em sexo e pela sua própria fama.

"Eu suponho que, naquele momento, meu pensamento era: 'se é consensual, então está tudo bem'", declarou o ator. "Claro, eu sabia... conversei com outras pessoas, outros professores... que provavelmente não era algo bom", acrescentou.

"Como eu disse, eu não estava pensando direito naquele momento. Então, tudo se resumia a: 'se é consensual, acho que tudo bem. Somos todos adultos'", sentenciou.

O projeto de distribuição de absorventes às alunas de escolas públicas em todo o Brasil será votado nesta quarta-feira (25). Em seu perfil, a deputada federal Marília Arraes (PT) comemorou a aprovação, por unanimidade na sessão da Câmara dessa terça (24), do caráter de urgência para a tramitação da proposta.

Apresentado em 2019, a autora explicou que o Projeto de Lei (PL) 4968/21 visa diminuir a desigualdade de gênero no sistema educacional, já que meninas em período menstrual muitas vezes faltam aulas por não tem acesso ao artigo de higiene.

##RECOMENDA##

O PL prevê financiamento do Ministério da Saúde para repassar uma cota mensal de absorventes às meninas do ensino médio e no fim do fundamental.

Marília se mostrou motivada para aprovação do programa após o aceite dos parlamentares para antecipar o debate. Ela ressaltou que a medida vai proporcionar dignidade e pretende ampliar a entrega do item para todas as mulheres.

 "A gente precisa, sem dúvida nenhuma, levar igualdade de condições em todas as áreas e a gente vai começar pela Educação", afirmou a deputada.

[@#video#@]

Aprovado com unanimidade pela Câmara Municipal do Recife no último dia 22, o programa de distribuição gratuita de absorventes nas escolas públicas será lançado nesta quinta-feira (8). A iniciativa "Ciclo de Cuidado" prevê garantir o item de higiene íntima para 17 mil estudantes, a partir dos 10 anos, da rede municipal de ensino.

O Projeto de Lei Ordinária (PLO) 311/2019 foi proposto pelo vereador Hélio Guabiraba (PSB) com intuito de garantir dignidade menstrual às alunas em vulnerabilidade social do Recife. O programa tem a finalidade de evitar perdas pedagógicas causadas pela ausência das alunas nas aulas e reduzir os casos de infecção causadas pelo uso de material higiênico inadequado.

##RECOMENDA##

A gestão anunciou que o programa 'Ciclo de Cuidado' será lançado oficialmente às 11h pelo prefeito João Campos (PSB), em um evento na sede da gestão, na área Central da capital.

LeiaJá também:

---> Olinda promete absorventes sem custo para estudantes

---> Deputada de PE propõe distribuição gratuita de absorventes

Quatro alunas da rede estadual de ensino de Pernambuco foram selecionadas para participar de um intercâmbio virtual e estudar alemão por duas semanas em um projeto de imersão on-line. Elas são estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Ginásio Pernambucano Aurora, no Recife, e foram escolhidas pela iniciativa 'Escolas: parceiras para o futuro (PASCH) do Brasil', ligada ao Ministério de Relações Exteriores e o Goethe-Institut.

Júlia Andrade, Maria Carolina Souza, Maria Eduarda Silva e Mariana dos Anjos estão no segundo ano do ensino médio e iniciaram o curso de alemão na própria escola. Se fosse em um cenário “normal”, as alunas iriam embarcar para alguma cidade da Alemanha para estudar a cultura e o idioma por três semanas. No entanto, devido à pandemia do novo coronavírus, e ao fechamento de fronteiras, o curso que elas farão será on-line.

##RECOMENDA##

Mas isso não impedirá as estudantes de praticar e desenvolver o aprendizado no idioma. Uma das alunas selecionadas, Mariana dos Anjos, 15 anos, vê o intercâmbio como uma forma de conhecer pessoas de diferentes países. “Ter essa oportunidade de participar do projeto Pasch é algo incrível, pois nos prepara bastante em relação ao alemão, que não é uma língua fácil de encontrar cursos, e que irá acrescentar ao meu currículo. Essa classificação é muito importante para mim, pois desde o primeiro contato com o alemão no Ginásio Pernambucano, me apaixonei pela língua e sempre tive a vontade de ir mais além, e veio essa oportunidade”, relata, conforme informações da Secretaria de Educação e Esportes do Estado.

Maria Eduarda, também selecionada para o programa, enxerga as oportunidades que ela poderá ter após o curso. “Desde que comecei a estudar alemão, sempre ouvi muito sobre as oportunidades que eu poderia ter. Essa classificação com certeza é muito importante para minha vida, primeiro porque eu sempre fui fascinada em aprender novos idiomas, e gostei muito do alemão, e também porque sei que vai agregar muito ao meu currículo. A experiência da seleção também foi muito boa e aprendi muito com isso. Tenho certeza que é só o começo, pois ainda irei aprender muito com o curso nos próximos meses”, declara.

A iniciativa PASCH do Brasil tem aproximadamente 20 escolas parceiras no país, sendo a EREM Ginásio Pernambucano Aurora a única escola pública de Pernambuco.

O Programa Futuras Cientistas, organizado pelo Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), está com inscrições abertas para sua 7ª edição. O objetivo é aumentar o interesse e a participação das mulheres em áreas de ciência e tecnologia auxiliando alunas e professoras no desenvolvimento de projetos junto a centros de pesquisa. 

Para participar, é necessário preencher o formulário de inscrição disponível no site do programa até o dia 12 de março. Ao todo, 30 participantes serão selecionadas, sendo 10 alunas de escolas regulares, 10 estudantes de ensino integral, semi-integral e técnico e 10  professoras, com um auxílio de R$ 400 para cada uma.

##RECOMENDA##

As alunas também precisam enviar um currículo resumido no modelo Lattes/CNPq; anexar documento com carimbo da direção da escola informando as médias do ano letivo anterior (2020) das disciplinas de química, física, matemática, biologia e português, ou cópia do boletim escolar do ano de 2020; documento de identidade (frente e verso) e CPF; termo de adesão assinado pelo representante legal; e comprovante de residência. 

Professoras interessadas devem, além de preencher o formulário, anexar uma cópia do currículo resumido no modelo Lattes/CNPq, do diploma do curso de graduação, documento de identidade (frente e verso), CPF e comprovante de residência.  

 O resultado final das participantes será divulgado no dia 21 de abril e as atividades estão previstas para acontecer entre os dias 05 e 16 de julho. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (81) 3334-7267/3334-7224/3334-7201, pelo e-mail futurascientistas@cetene.gov.br e através do edital do Programa Futuras Cientistas.

O projeto de um aplicativo de celular para alfabetização, desenvolvido por quatro alunas da Universidade de São Paulo (USP), conquistou o primeiro lugar em uma competição internacional promovida pela Arizona State University, nos Estados Unidos. O programa, criado pelas estudantes do curso de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, foi premiado na categoria Comunicação de Impacto.

##RECOMENDA##

O projeto do aplicativo é direcionado para pessoas que podem ler sentenças curtas, escrever o próprio nome, mas são incapazes de ler livros – conhecidos como analfabetos funcionais. A solução também poderá ser útil para os que são completamente analfabetos, ou seja, não conseguem ler ou escrever nem uma palavra. Nesse caso, eles precisarão de apoio – de familiares ou de professores.

“Quem aprendeu a ler e escrever desde pequeno não consegue enxergar que esse processo de aprendizagem se torna um grande desafio quando você é adulto”, destaca Luiza Machado, uma das alunas que desenvolveu o aplicativo.

Segundo as alunas, o primeiro desafio encontrado foi saber se os analfabetos funcionais poderiam utilizar o celular. Mas as estudantes encontraram diversas pesquisas sobre o assunto que mostraram, por exemplo, que mais de 80% deles usam o WhatsApp, especialmente porque têm a opção de enviar mensagens de voz.

Com isso em mente, o projeto, chamado de ABC, foi moldado de forma a ajudar na alfabetização por meio de vídeos e dicas. Será possível também avaliar o progresso do aprendizado respondendo a questões e realizando exercícios. “A proposta é que os usuários possam aprender escolhendo as lições segundo seus temas de interesse”, conta Luiza.

 

O novo desafio das quatro alunas – Luísa Moura, Ana Laura Chioca Vieira, Marina Machado e Luiza Machado – é, em 2021, colocar o projeto em prática . Para isso, as estudantes estão buscando trocar experiências com quem já desenvolveu aplicativos e com especialistas na área de educação. Para entrar em contato, o interessado pode enviar e-mail aplicativoabc@gmail.com.

 

 

Para manter o complemento da renda proveniente aulas de striptease, a publicitária Ingrid Astasio, de 25 anos, adaptou-se à rotina imposta pela Covid-19 e começou a ensinar as práticas sensuais em um aplicativo de videoconferência. Quando não é professora, a jovem trabalha como estrategista de conteúdo em uma multinacional.

Antes da pandemia, Ingrid já dava aulas presenciais em um dos principais estúdios de pole dance de São Paulo. Porém o avanço da doença e as medidas restritivas, moldara o curso para a plataforma digital e fez com que ela trocasse a barra pelo sofá.

##RECOMENDA##

"Foi aí que eu pensei, por que não striptease no sofá? Também tinha a possibilidade de ser chairdance, uma dança sensual na cadeira, mas no sofá eu teria mais espaço para explorar e é algo que quase todo mundo tem em casa. Faz parte da residência das pessoas. Por que não usar de outra maneira e tornar a quarentena uma experiência diferente?", explicou ao G1.

Os encontros ocorrem às noites de sexta-feira e reúne cerca de 20 participantes. Ingrid conta que é comum surgirem rostos novos, pois oferece aulas avulsas por R$ 35 e também a aquisição de um pacote. A professora orienta a turma sobre elementos eróticos e imersão em sensualidade, e falou descreveu a preparação, "eu estudo música, movimento e anatomia para passar um aquecimento qualificado".

“Sempre começo com exercícios que trabalhem o amor próprio. É preciso explorar a própria sensualidade, antes de querer seduzir alguém. A sedução exige isso. Você nunca vai seduzir alguém se não se sentir sedutora, ou sedutor", acrescenta.

 De olho em novidades, ela planeja introduzir o curso de pompoarismo, voltado para o fortalecimento da musculatura vaginal, para as alunas do Brasil e de outros países como nos Estados Unidos, Alemanha e França.

A publicitária lamenta a falta de homens nas turmas, mas garante que o conteúdo é voltado para todos os interessados. “Todos são bem-vindos na aula. Heteros, trans e homossexuais que não se importem de performar a feminilidade, já que não trago movimentos masculinizados", pontuou.

A busca pela autoestima e sensualidade fez com que Ingrid conquistasse alunas fieis. Uma delas é a gerente administrativa Yasmyn Lopes, de 32 anos, que garante se sentir um “mulherão” com as vídeoconferências. Moradora de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, ela conta que as práticas estão sendo fundamentais para seu relacionamento. "Resolvi filmar uma das aulas e mandar para o boy, que está em São Paulo. Ele ia mudar para cá no fim de março, mas o voo foi cancelado e a data, adiada. Então, eu o seduzo por vídeos mesmo. É o que resta", avalia.

Já a psicóloga paulistana Juliana Siracuza, de 35, conta que a intenção era reaproximar-se do próprio corpo, mas "a sedução é um caminho sem volta". "A Ingrid tem um jeitinho único de nos ajudar a resgatar a relação saudável que precisamos ter com nosso corpo real, com o corpo que temos. Isso é fundamental, já que sofremos demais com todos os padrões, papéis e expectativas que depositam em nós mulheres", concluiu.

Três alunas da rede municipal de ensino da cidade do Recife embarcaram, no último domingo (16), com destino à cidade de Nova York, nos Estados Unidos. A missão que Thays Coelho, de 13 anos, Rayane de Freitas, de 15 anos, e Jessica de Santana, também de 15 anos, possuem é de apresentar o trabalho “A Questão da Fome: de Josué de Castro à Segurança Alimentar e Nutricional” no GENIUS Olympiad, evento voltado ao desenvolvimento das ciências nas escolas, que é realizado na cidade norte-americana.

As alunas do 9º ano da Escola Municipal Octávio de Meira Lins, localizada no Vasco da Gama, bairro da Zona Norte da capítal pernambucana, estão nos Estados Unidos para apresentar uma pesquisa que trata da questão da fome e da carência alimentar e nutricional na comunidade do Alto Nossa Senhora de Fátima, onde as garotas residem, também na zona norte do Recife.

##RECOMENDA##

O esforço das alunas já rendeu o segundo lugar na XI Mostra Científica Latino-Americana, que foi realizada no Peru, em novembro de 2018. “Quando a professora nos mostrou o livro Geografia da Fome, de Josué de Castro, vi que convivíamos em sala de aula com muitas das características que ele falava no livro, como sonolência e anemia. Foi aí que decidi, junto com minhas amigas, fazer um trabalho a respeito da qualidade da alimentação no bairro que vivemos”, contou Thays Coelho.

O evento será realizado até o dia 22 de junho e terá uma cerimônia de premiação dos vencedores será realizada no dia 21.

A Justiça de Mato Grosso do Sul condenou um professor a uma pena de 40 anos de reclusão, em regime fechado, por estupro, assédio, corrupção de menores, importunação e constrangimento contra alunas da Escola Estadual Odete Ignez, em Nioaque, a 180 km de Campo Grande.

Segundo o processo judicial, os casos ocorreram em 2017, quando as vítimas tinham de 12 a 14 anos. Na sentença, a juíza Larissa Luiz Ribeiro determinou também o pagamento de uma indenização por danos morais no valor de R$ 5 mil a cada vítima, bem como a perda do cargo público.

##RECOMENDA##

O processo correu em segredo de Justiça. De acordo com o Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul, uma vítima narrou que o professor "a acariciou quando estava voltando do intervalo das aulas". Uma colega de escola confirmou tal situação e disse que "o professor começou a conversar com a vítima como se tivessem algum relacionamento".

De acordo com os autos, o acusado sempre "sondou a aluna para que ela fosse à casa dele tomar tereré, uma bebida típica de Mato Grosso do Sul".

A vítima disse que o professor "a beijava e abraçava de modo muito diferente do normal e que (durante) um desses abraços sentiu a mão dele abaixando em seu corpo até pegar em sua nádega".

Outra vítima, de 12 anos, disse que os fatos ocorreram depois das férias de inverno. Narrou que ele começou com "umas brincadeiras sem graça e perguntava se o tinha traído nos fins de semana de descanso".

A adolescente contou que "teve um dia em que estavam fazendo trabalho escolar no pátio da escola e que, ao tentar tirar uma dúvida com ele, (o professor) tentou beijá-la". "Ele chegou perto de mim e eu virei o rosto e saí", disse a aluna.

Ela afirmou também que o acusado tinha "a mania de puxar as meninas pela cintura para chegar mais perto". Contou que, "normalmente, o professor fazia isso dentro da sala, onde estava a turma inteira presenciando os fatos".

Em sua defesa, o denunciado negou os crimes. Ele pediu a absolvição, por "ausência de provas robustas".

Para a juíza Larissa Luiz Ribeiro, os documentos juntados nos autos, bem como os depoimentos individuais de vítimas e testemunhas, "comprovam absolutamente os crimes cometidos pelo professor".

A magistrada esclareceu que o delito de estupro de vulnerável "foi perfeitamente demonstrado, já que o réu colocou a mão na cintura da vítima, desceu e apalpou sua nádega, com vítima menor de 14 anos, com intuito de satisfazer sua lascívia, e não apenas importunar a vítima".

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando