Ao pensar em maneiras de reaproveitar o que se tornou um dos maiores inimgos do meio ambiente, os canudos de plástico, as alunas Mariana Leal e Suely Mekare, ambas de 15 anos, desenvolveram uma sandália diferente para a feira de ciências do Colégio Matriz, instituição em que estudam na cidade de Campo Grande (RJ). Com a base de cortiça (material utilizado para fabricação de rolhas), resíduos têxteis e canudos plásticos, as meninas desenvolveram o calçado e não precisaram do auxílio de um sapateiro, apenas de utensílios que tinham em casa.
A inspiração veio após assistirem o resgate de uma tartaruga marinha que tinha um canudo dentro das narinas em um vídeo postado pelo professor de biologia Guilherme Oliveira, que também orientou o projeto. Mariana e Suely pensaram em substituir a borracha dos chinelos por canudos plásticos. "A primeira ideia que surgiu foi a criação de um chinelo feito com esse material, já que esse calçado é um item popular e que todas as pessoas utilizam. Assim estaríamos substituindo a borracha", conta Mariana. Segundo a Eco-Unifesp, a borracha é um material que não tem tempo determinado para sua decomposição.
##RECOMENDA##O projeto de Mariana e Suely recebeu o nome de "VidaPé" e está entre os finalistas da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que acontece em São Paulo até 21 de março, e também na Expo Milset Brasil, que será 28 a 31 de maio, no Ceará. "A Febrace será nossa primeira feira fora do colégio. E conseguimos logo em uma das maiores do Brasil. Sem dúvida participar dessa feira será um grande diferencial em nossas vidas acadêmicas e nos possibilitará causar um grande impacto na sociedade", fala Suely, afirmando que ela e sua colega querem levar o projeto adiante, e estão trabalhando pra isso. "Já desenvolvemos um modelo de negócio que nos ajuda a especificar os possíveis clientes, o valor do nosso produto, os parceiros e nossa proposta de negócio."
por Daiane Crema