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Além da reação de partidos, entidades da sociedade civil também se mobilizam contra o decreto do presidente Jair Bolsonaro (PL) que beneficiou o deputado Daniel Silveira (PTB) - condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ataques à democracia e instituições. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) encaminhou um "informe urgente sobre violação de Direitos Humanos" à Organização das Nações Unidas (ONU).

O texto afirma que o perdão concedido por Bolsonaro ao parlamentar "afronta a democracia, a separação de Poderes, a independência do Judiciário e a administração da Justiça". O documento, elaborado pelo advogado Carlos Nicodemos, foi enviado ao relator especial da ONU sobre Independência de Juízes e Advogados, Diego García-Sayán.

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Uma reunião com o relator da ONU e outras entidades da sociedade civil também foi solicitada, afirmou o presidente da associação, Paulo Jeronimo. A ABI afirma esperar que o órgão internacional se "posicione sobre as violações ocorridas com uma nota pública".

Após a grande repercussão da nota em tom de crítica ao senador Omar Aziz (PSD-AM), assinada por comandantes das Forças Armadas, foram divulgadas imagens de uma reunião realizada no Palácio do Planalto na terça-feira (6), um dia antes do episódio. Na ocasião, os mesmos comandantes estiveram com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para definir o alinhamento político dos militares com o governo. As informações foram publicadas no Correio Braziliense.

Além de nomes como Braga Netto, ministro da Defesa; André Mendonça, advogado-geral da União; e Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional; estavam presentes o comandante do Exército, general Paulo Sérgio; da Marinha, Almir Santos; e da Força Aérea, Carlos Baptista Júnior. Ademais, integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também estiveram no encontro, que, supostamente, tinha como pauta um balanço dos 30 meses de governo.

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No entanto, de acordo com o Correio, a conversa tratou dos protestos contra Bolsonaro, registrados em inúmeras cidades do país no último mês. As imagens reproduzidas na reunião ressaltaram a presença de símbolos comunistas nos atos e o texto descrito pelo narrador fez referência a uma suposta tentativa de um golpe comunista no Brasil, similar a alegações usadas para instaurar a ditadura militar em 1964.

Em um dos vídeos reproduzidos na reunião, ouve-se a voz de um militante bolsonarista infiltrado nas manifestações que ocorreram na Avenida Paulista. O homem, que se diz ex-militante da União da Juventude Socialista (UJS), filmou bandeiras de partidos políticos e acusou os participantes de vestirem verde e amarelo como forma de “esconder” o vermelho do comunismo.

No Flickr (aplicativo de fotos) do Planalto ainda é possível visualizar a foto do momento em que os ministros olham fixamente para o telão enquanto o vídeo era reproduzido. As fontes do Correio Braziliense informaram também que o encontro foi precedido de pequenas conversas particulares com o presidente.

CPI da Pandemia e as Forças Armadas

Após o agravamento da chamada “militarização” do Executivo, com a presença ferrenha de militares da ativa e reserva em cargos centrais do governo, tudo indica que os posicionamentos pró-bolsonarismo das Forças Armadas tendem a se acentuar. A nota endereçada ao ministro e presidente da CPI da Covid-19 no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), publicada na quarta-feira (7), um dia após a reunião “obscura”, é uma importante sinalização do movimento.

Durante a sessão da CPI, Omar Aziz criticou o suposto envolvimento de militares com fraudes na compra de vacinas. Até agora, de acordo com as investigações conduzidas na Comissão, cerca de 10 integrantes e ex-integrantes das Forças Armadas aparecem ligados às denúncias de corrupção envolvendo a pandemia.

"Fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo. Eu não tenho nem notícias disso na época da exceção. O Figueiredo morreu pobre, o Geisel morreu pobre. Agora a Força Aérea Brasileira, o coronel Guerra, coronel Pazuello... Membros militares das Forças Armadas", disse Aziz.

Em seguida, uma nota assinada pelo ministro da Defesa, general Braga Netto, pelo comandante do Exército, general Paulo Sérgio, da Marinha, Almir Santos, e pelo da Força Aérea, Carlos Baptista Júnior, afirmou que os militares “repudiam veementemente as declarações do presidente da CPI da covid". No texto, eles dizem ainda que "não aceitarão qualquer ataque levado às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro".

Depois do episódio, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, chegou a afirmar que a Casa preza pela “harmonia e estabilidade”, e ressaltou que o parlamento não tentou ofender as Forças Armadas. Aziz reagiu, no plenário do Senado, e disse que esperava uma posição firme de Pacheco contra a nota de "intimidação" dos militares.

"A nota é muito desproporcional. Façam mil notas contra mim, mas não me intimidem. Se me intimidam, intimidam essa Casa aqui", declarou Aziz. "Muitos que estão aqui hoje, na década de 1970, 1980, estavam lutando para a gente estar aqui falando o que quer. Então, senhor presidente [Rodrigo Pacheco], o Senado somos nós", completou o parlamentar.

Nesta quinta-feira (8), a Associação Brasileira de Imprensa manifestou apoio ao presidente da CPI. Em nota, a ABI afirmou ser “lamentável” a manifestação dos comandantes e a entendeu como “uma tentativa de intimidar a CPI da pandemia”. No Twitter, o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, ressaltou que “descabida é toda a tentativa de intimidar o Senado por estar cumprindo seu papel constitucional”.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) formalizou, nessa quarta-feira (6), um pedido de impeachment do Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, junto à Câmara dos Deputados.

No documento de dez páginas, assinado pelo presidente da associação, Paulo Jeronimo de Sousa, a entidade argumenta que o general cometeu crimes de responsabilidade e improbidade administrativa na condução da pandemia de Covid-19 ao descumprir recomendações das autoridades sanitárias e, em ultima instância, agir contra o direito à Saúde. Por isso, defende a ABI, Pazuello deve ser retirado do cargo.

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"O ministro Eduardo Pazuello dá repetidas demonstrações de incompetência, ineficiência e incapacidade para desempenhar as tarefas de seu cargo", diz o pedido.

A ABI afirma que o ministro desrespeitou as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a obrigatoriedade do uso de máscara de proteção facial, a importância do isolamento social e contra o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para tratar pacientes infectados pelo novo coronavírus, como a hidroxicloroquina, a cloroquina, a ivermectina e a azitromicina.

A associação também criticou a ausência de um cronograma para iniciar a imunização contra a doença e a suspensão da compra de seringas, anunciada mais cedo pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) - a medida rendeu ao governo uma ação popular pedindo que o Ministério da Saúde seja obrigado a adquirir os insumos para iniciar a vacinação da população.

O pedido de impeachment lembrou ainda a demora na elaboração de um plano de medidas de contenção ao contágio e a mortandade pelo novo coronavírus entre a população indígena, como determinou o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na avaliação da ABI, o ministro precisa ser responsabilizado pela 'negligência' em cumprir suas obrigações. Em comunicado à imprensa, a ABI ainda argumenta que a postura de Bolsonaro, que minimiza a gravidade da pandemia, não pode servir como escudo a Pazuello. "Ainda que seu superior hierárquico, o presidente da República, inegavelmente tenha enorme responsabilidade nos desmandos, o ministro não pode escudar-se nesse fato para se abster de tomar as providências básicas que a função requer", diz a associação.

"É inaceitável a justificativa apresentada por Pazuello para não cumprir obrigações básicas. Ao declarar que "um manda, o outro obedece", o ministro lava as mãos e abdica de suas obrigações", acrescenta em referência à declaração dada em outubro pelo ministro após ter sido desautorizado pelo presidente e orientado a cancelar o protocolo de intenções para a compra da Coronavac. A vacina é desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, do governador paulista João Doria (PSDB), adversário político de Bolsonaro. Para a ABI, o episódio deixou clara a imposição de obstáculos 'por motivos ideológicos' para a compra do imunizante.

O pedido de impeachment foi encaminhado ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), a quem cabe admitir ou não o processo. Não há prazo definido para a apreciação e eventual envio a uma Comissão Especial.

Antes de ser empossado como ministro, em meados de setembro do ano passado, Pazuello passou mais de cem dias na condição de interino após a saída de Nelson Teich, que ficou menos de um mês à frente da pasta, e da demissão de Luiz Henrique Mandetta. Ambos deixaram o governo por divergências com o Planalto. Desde a sua efetivação, o general tem agido alinhado às diretrizes da Presidência.

A Associação Brasileira de Imprensa soltou nota neste sábado, 5, para repudiar a decisão da juíza Cristina Serra Feijó, da 33ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, que proibiu a TV Globo de veicular documentos da investigação contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). O filho '01' do presidente Jair Bolsonaro está prestes a ser denunciado no âmbito do processo sobre as chamadas 'rachadinhas' de quando era deputado estadual.

"Parece estar se tornando praxe no país a censura à imprensa, tal como existia no tempo da ditadura militar e do AI-5", diz a ABI. "É mais um atropelo à liberdade de expressão. É urgente que o STF restabeleça o império de lei."

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A associação, cuja sede é no Rio, aproveitou para endossar a pergunta que viralizou nas redes sociais depois que Bolsonaro atacou um repórter que lhe perguntou sobre os cheques de Fabrício Queiroz, suposto operador do esquema de Flávio. A nota é assinada pelo presidente da ABI, Paulo Jeronimo.

"A propósito, sabe-se que os recursos da chamada 'rachadinha' alimentaram vultosos depósitos na conta da primeira-dama. Por isso, cabe mais uma vez a pergunta, ainda não respondida pelo presidente da República: Afinal, por que Fabrício Queiroz depositou R$ 89 mil na conta bancária de Michele Bolsonaro?"

A decisão já havia sido criticada pela Associação Nacional de Jornais (ANJ) na noite de ontem. "Qualquer tipo de censura é terminantemente vedada pela Constituição e, além de atentar contra a liberdade de imprensa, cerceia o direito da sociedade de ser livremente informada. Isso é ainda mais grave quando se tratam de informações de evidente interesse público", apontou a entidade.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) entrou com ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida provisória que isenta de responsabilidade agentes públicos que cometerem erros durante o enfrentamento da pandemia de coronavírus ou de seus efeitos na economia do País. Segundo a entidade, uma MP com esse teor dá a impressão de que o presidente Jair Bolsonaro deseja conseguir um "excludente de ilicitude".

"Considerando que o presidente vem desrespeitando, de forma reiterada e deliberada, as recomendações das autoridades da área de saúde, tanto nacionais como estrangeiras, de isolamento físico das pessoas para conter a propagação do vírus, uma MP com este teor dá a nítida impressão de ser uma tentativa de conseguir um 'excludente de ilicitude' para manter um comportamento irresponsável e nocivo à coletividade, concedendo-se uma autoanistia", diz a nota assinada pelo presidente da entidade, Paulo Jeronimo de Sousa.

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A medida provisória publicada na madrugada desta quinta-feira, 14, restringe o "salvo-conduto" às esferas civil e administrativa e diz que só haverá punição no caso de "agirem ou se omitirem com dolo ou erro grosseiro", ou seja, quando há intenção clara de dano. Advogados ouvidos pelo 'Estado' apontam que a medida apenas reforça pontos que já existiam na legislação.

Impeachment

Na quarta-feira da semana passada, 6, a ABI encaminhou pedido de impeachment de Bolsonaro ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. O texto alega prática de crimes de responsabilidade e atentados à saúde pública no combate ao novo coronavírus.

A CPI das Fake News ouviu, em reunião na tarde desta terça-feira (3), as experiências de cinco jornalistas convidados. Eles apontaram a educação e o fortalecimento da democracia como formas de combater a desinformação.   

Para o jornalista Arnaldo Cesar Ricci Jacob, representante da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), as fake news corroem a democracia, pois confundem a formação da opinião pública e desestabilizam o estado democrático de direito. Ele afirmou que a ABI tem 111 anos de fundação e sempre teve um papel importante na trajetória democrática do país. Assim, disse Jacob, o fenômeno das notícias falsas também tem sido estudado pela ABI. Ele considerou que as fake news hoje em dia deixaram de ser amadoras e alertou para o risco do deep fake, quando vídeos são adulterados para a inserção de rostos em uma situação alheia.

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Segundo Arnaldo Jacob, a ABI desenvolve ferramentas para captar as informações nocivas que estão dentro da rede. Depois, uma equipe faz a pesquisa para conferir a veracidade da notícia e reinjeta nas redes sociais uma “vacina”, que é um aviso sobre a suspeição de uma informação. Ele acrescentou que uma grande questão para a ABI hoje é: como combater fake news em um país em que o grande mandatário produz fake news?

Jacob ainda sugeriu aos Congresso a criação de mecanismos que apoiem e financiem instituições que pesquisam informação digital e podem ajudar a combater a disseminação de notícias falsas.

“A ABI percebeu que é preciso combater as fake news no campo em que as fake news se manifestam: as redes sociais”, declarou.

Democracia

O vice-presidente regional Centro-Oeste da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Gésio Passos, ressaltou que a estratégia da desinformação não é nova. Ele apontou, porém, que a ampliação do acesso à internet favoreceu a disseminação das notícias falsas. Na visão de Passos, a desinformação é uma aliada da estratégia de grupos políticos extremistas. Ele lamentou a grande concentração das empresas de comunicação e afirmou que o presidente da República é “um dos principais promotores” da desinformação no país.  Segundo levantamento da Fenaj, Jair Bolsonaro realizou 111 ataques à imprensa desde que assumiu a Presidência.

Gésio Passos também criticou a desregulamentação da profissão de jornalista, prevista na Medida Provisória (MP) 905/2019, em análise no Congresso. Para Passos, com a falta de regulamentação, a qualidade profissional do jornalista pode cair e a falta de cuidado ético com a veracidade da notícia pode prosperar. Ele disse que a solução para o problema passa pelo fortalecimento da democracia, inclusive nos meios de comunicação.       

“Temos hoje um problema estruturante. A falta de diversidade das mídias compromete o acesso à informação. Assim, a população fica refém da espetacularização da notícia e fica mais fácil a disseminação das fake News”, alertou Passos.

 Saúde

Diretora executiva do portal Aos Fatos, a jornalista Tai Nalon disse que o fenômeno da desinformação deve se prolongar e que não existem receitas prontas para vencer essa cultura. Ela apresentou ferramentas tecnológicas do Aos Fatos que podem auxiliar o leitor a conferir a veracidade de uma informação. Há, inclusive, uma ferramenta dedicada ao presidente Bolsonaro. Segundo a jornalista, o presidente tem falado, com bastante frequência, frases com informações fora de contexto ou claramente falsas. Ela alertou para o perigo da polarização e para a divulgação de falsas notícias relacionadas à saúde e registrou que o brasileiro se informa hoje, principalmente, pelas redes sociais.

“Desinformação pode fazer mal [à saúde] e pode gerar histeria coletiva. A checagem importa, o jornalismo profissional importa”, declarou.   

Educação

A repórter da Agência Lupa Natália Levien Leal apresentou as principais rotinas de checagem da agência. Ela informou que a Lupa checa cerca de 40 notícias por mês. Na visão de Natália, quanto mais informação, mais transparência e mais poder de decisão. Ela disse que a solução para a questão das fake news passa muito mais pela educação do que pela criminalização. Na mesma linha, o jornalista Thiago Reis, do serviço Fato ou Fake, do Portal G1, informou que 70 jornalistas trabalham hoje no processo de checagem dentro do Fato ou Fake.

“Reforço aqui que a educação é muito importante nessa questão. Acredito que a criminalização pode ser prejudicial para a liberdade de expressão”,  disse Reis.

A relatora da comissão, deputada Lídice da Mata (PSB-BA), cobrou mais responsabilidade das plataformas divulgadoras de notícia. Ela disse que defende a liberdade de imprensa e a privacidade do cidadão. A deputada Luizianne Lins (PT-CE) afirmou que a disseminação de notícias falsas é uma epidemia mundial. Ela, que é jornalista, apontou que as redações hoje precisam de jornalistas especialistas em checagem de fatos.

O deputado Delegado Éder Mauro (PSD-PA) reclamou do viés político da CPI que, para ele, "tem só um norte, que é o Palácio do Planalto". Ele também criticou o Facebook, que estaria tirando "páginas de direita" do ar. 

O deputado Túlio Gadelha (PDT-PE) manifestou preocupação com uma possível criminalização das fake news, mas admitiu que é preciso encontrar uma forma de conter a disseminação das notícias falsas. Já o deputado Marcos Feliciano (Podemos-SP) disse que, na verdade, o PT é o “pai e a mãe” das fake news no Brasil e criticou jornalistas que seriam contrários ao governo Bolsonaro. 

A reunião foi coordenada pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA), presidente da CPI, que tem o deputado Ricardo Barros (PP-PR) como vice-presidente. Coronel anunciou que a próxima reunião da CPI será nesta quarta-feira (4), às 13h, com a presença da deputada Joyce Hasselmann (PSL-SP). 

 A CPI

A CPI foi criada para investigar os ataques cibernéticos que atentam contra a democracia e a utilização de perfis falsos para influenciar os resultados das eleições 2018. A prática de cyberbullying sobre os usuários mais vulneráveis da rede de computadores e sobre agentes públicos, o aliciamento e a orientação de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio também estão entre os objetos de investigação da CPI, que tem até o dia 13 de abril de 2020 para concluir seus trabalhos.

*Da Agência Senado

 

A Polícia Reservada, popularmente conhecida como “P2”, da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, acompanhou e monitorou o jornalista Glenn Greenwald no ato realizado na terça-feira (30), na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio de Janeiro.

Quatro agentes à paisana da Polícia Militar do estado, governado por Wilson Witzel, aliado de Jair Bolsonaro, permaneceram ao longo do evento na parte externa. A reportagem não tem a confirmação de presença de agentes no interior do auditório onde ocorreu a cerimônia que contou com a presença de representantes de diversos setores da sociedade civil.

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Ás 22h01, Glenn Greenwald, desceu o elevador da instituição e dirigiu-se para a garagem da ABI, onde o marido, o deputado federal David Miranda e os dois filhos do casal já aguardavam, depois de também participarem do ato. Em seguida, às 22h04, acompanhado de seguranças e seguido por um outro carro da também com seguranças, o jornalista deixou o prédio.

Os agentes acompanharam e monitoram a saída do jornalista e ato contínuo dirigiram-se ao carro, um Fiat sem identificação da Polícia Militar, placa K**- 3*1* (aqui preservada em respeito a segurança dos agentes públicos da PM) e final de chassi 40*4*.

O carro estava estacionado do lado direito da quadra seguinte, na rua Araújo Porto Alegre esquina com Avenida Rio Branco e partiu com os quatro agentes após a passagem de Glenn Greenwald.

Carro usado pela “P2” pertenceu ao MPF-RJ

Foi possível pela reportagem comprovar que o carro sem identificação da Polícia Militar é da frota da instituição porque documentos públicos mostram que o Fiat pertenceu ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) desde 2011, tendo sido doado para a Polícia Militar no ano passado, 2018, como consta em relatório público da Procuradoria Regional da República da 2ª Região.

A participação de policiais militares em atividades de investigação, reunidos na chamada “Polícia Reservada” ou popularmente conhecida como “P2”, é objeto de controvérsia jurídica e questionamento sobre as atribuições constitucionais.

De acordo com a Constituição Federal de 1988, a segurança pública é de responsabilidade atribuída a diferentes órgãos: Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Ferroviária Federal (PFF), Polícia Civil (PC), Polícia Militar (PM) e Corpo de Bombeiros Militar (CBM).

A função de cada um está claramente delimitada na partilha de competências:

A PF, entre outas funções, exerce com exclusividade a Polícia Judiciária da União. A PRF cuida do patrulhamento ostensivo das rodovias federais. A PFF ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. Já a Polícia Civil tem as funções de Polícia Judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. Por fim, a PM é a polícia ostensiva com função da “preservação da ordem pública” e o CBM responde pela execução de atividades de defesa civil.

Mesmo com as atribuições claramente delimitadas na carta de 1988 como polícia ostensiva, a Polícia Militar (em todos os estados) criou setores de inteligência, e esses setores, de uma polícia que deveria ser apenas a polícia ostensiva, muitas vezes atua na investigação, papel reservado constitucionalmente para a Polícia Civil.

Assim, os chamados “P2” são exatamente policiais militares realizando atividades de inteligência e muitas vezes atuando em investigações.

O tema segue sendo objeto de amplo debate jurídico. Não obstante, em todos os estados do país, independente do debate, a chamada “P2” segue realizando trabalho de investigação. E curiosamente, um carro doado por um órgão como o Ministério Público Federal é o veículo dessa atuação no caso da ABI na noite de 30 de julho.

Outro lado:

A reportagem enviou questões para a Polícia Militar do Rio de Janeiro sobre a atuação de “polícia reservada” no ato de ontem, já enviando os dados do carro e detalhes da atuação.

Em resposta, através da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS), da instituição, a PM respondeu que “a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que medidas preventivas foram adotadas, na modalidade ostensiva e reservada, para resguardar a integridade física dos participantes do evento. Ressaltamos ainda que a corporação está presente em todos os eventos que possam gerar aglomeração de pessoas”.

POR LÚCIO DE CASTRO

* Da "Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo"

 

Após o presidente Jair Bolsonaro declarar que Glenn Greenwald “pode pegar uma cana” no Brasil, Fernando Haddad reagiu em suas redes sociais nesse sábado (27). O líder petista disse que “um fascista precisa ser contido enquanto houver tempo”.

“Um fascista intelectualmente limitado continua sendo um fascista e precisa ser contido enquanto houver tempo. A escalada autoritária dos últimos dias não tem precedente no período democrático e conta com apoio numeroso de zumbis robotizados. A liberdade vai vencer sempre”, disparou Haddad em seu twitter.

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Ato - Neste domingo (28), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) lançou convite aos associados, jornalistas e a sociedade para um ato em solidariedade a Glenn Greenwald. Para a ABI, o jornalista “vem sofrendo uma autoritária campanha de perseguição, por parte do governo Bolsonaro”.

 O evento será na terça (30), às 18h30, no auditório do 9º andar da ABI, localizada na Rua Araújo Porto Alegre, 71, no Centro do Rio de Janeiro.

Os candidatos à Presidência Jair Bolsonaro, do PSL, e Fernando Haddad, do PT, assinaram nesta quarta-feira, 17, uma carta de compromissos proposta pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Eles reiteraram que, caso eleitos, respeitarão a Constituição Federal e não promoverão alterações que afetem o direito à informação, a liberdade de expressão e de imprensa, bem como cláusulas pétreas como o direito à propriedade, à vida, à segurança e à igualdade.

Segundo a ABI, a proposição foi feita aos candidatos depois de ambas as campanhas considerarem alterações na Carta Magna. "É de suma importância que a sociedade brasileira tenha tranquilidade e confiança de que o texto constitucional em vigor não sofrerá alterações", diz a ABI na carta de compromissos.

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Garantias

Os três pontos acatados pelas candidaturas preveem que nenhum deles desobedecerá direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição, além de não compactuar com qualquer manobra para mudar a Carta. A intenção é garantir o livre exercício do direito de opinião e de liberdade de imprensa. A carta-compromisso (abaixo) foi registrada em cartório.

O plano de governo do PT previa uma nova Constituinte - o que foi descartado por Haddad. O vice de Bolsonaro, general Mourão, também defendeu a realização de uma nova Constituinte, mas que fosse elaborada por notáveis, não necessariamente eleitos via voto popular, e foi desautorizado pelo candidato. A Constituição de 1988 completou 30 anos neste mês. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, repetiu nesta quarta-feira, 24, a posição da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), em relação ao esquema de corrupção investigado na Petrobras. Ele falou durante o ato promovido em defesa da estatal no centro do Rio de Janeiro.

Assim como Dilma, Freitas afirma que pessoas e não a empresa devem ser punidas pelo desvio de recursos. Ao ser questionado sobre o suposto envolvimento do PT (partido ao qual a CUT é ligada) no esquema, ele acrescentou que "não importa quais sejam os implicados, qualquer partido que seja, tem que se investigar, não discutimos inviabilizar a CPI ou qualquer outra investigação", afirmou.

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O presidente da CUT não deixou de estender as responsabilidades sobre a corrupção na Petrobras ao período em que a presidência da República era ocupada pelo tucano Fernando Henrique Cardoso. "A corrupção de todos os governos, se houver, tem que ser punida", afirmou.

O líder do Movimento dos Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile, pediu nesta quarta-feira, 24, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva volte às ruas ao lado dos militantes e dos sindicalistas. O pedido foi feito durante ato da Central Única de Trabalhadores (CUT) e da Federação Única dos Petroleiros (FUP) em defesa da Petrobras, no Rio.

"Lula é o principal líder popular que produzimos nos últimos 20 anos. Lula, esquece o Instituto. Vem para as ruas. O povo brasileiro está pedindo que você recupere o velho Lula de São Bernardo", clamou Stédile, dirigindo-se ao ex-presidente petista, que sorriu e o cumprimentou.

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"Precisamos defender a Petrobras não só porque é empresa pública, mas porque é zeladora constitucional da maior riqueza natural que o povo brasileiro tem, que é o petróleo e o gás", disse Stédile. "Ganhamos as eleições nas urnas, nos derrotaram no Congresso e na mídia. Só temos uma forma de derrotá-los agora: é nas ruas."

O líder do MST ainda defendeu a realização de uma reforma política imediata e de um plebiscito para nova Assembleia Constituinte. "Se não formos para a rua, a burguesia virá contra nós. É o que estão fazendo na Venezuela. Queremos apresentar nossa solidariedade ao povo na Venezuela", disse Stédile.

O clima é tenso na frente da prédio-sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no centro do Rio de Janeiro, onde desde as 18 horas desta terça-feira, 24, está ocorrendo um ato em defesa da Petrobras. A manifestação, que deve ter a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já conta com a participação de aproximadamente 200 pessoas, que estão concentradas na frente do imóvel.

Alguns manifestantes vestindo camisas do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) entraram em confronto com pessoas que passavam pela rua e se manifestaram a favor do impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT).

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Seguranças do próprio evento contiveram os manifestantes, mas não conseguiram impedir que alguns deles agredissem um homem que defendeu o impeachment. Após o início da agressão, ele correu em direção a um carro da PM e a briga foi encerrada.

A manifestação acontece na rua, mas a expectativa é que a participação do ex-presidente Lula só ocorra no auditório da ABI, mais tarde. Além dele, são esperados o líder do Movimento dos Sem-Terra (MST) João Pedro Stédile e da filósofa e fundadora do PT Marilena Chauí.

Os manifestantes carregam faixas com dizeres como "Para defender a Petrobras é preciso Constituinte" e "Defender a Petrobras é defender o Brasil". Os cartazes são assinados pela Federação Única dos Petroleiros e pela CUT.

O jornalista e advogado Maurício Azêdo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), morreu às 18 horas desta sexta-feira, 25, no Rio, aos 79 anos, vítima de parada cardíaca. Ele estava internado havia duas semanas no Hospital Samaritano, em Botafogo (zona sul), por razão não divulgada pela instituição.

Carioca nascido em Laranjeiras (zona sul), Oscar Maurício de Lima Azêdo formou-se em Direito em 1960 pela Faculdade de Direito do Catete, mas continuou se dedicando ao jornalismo, que exercia desde 1958. Foi repórter, redator, cronista, editor, chefe de reportagem, editor-chefe e diretor de redação de veículos como "Jornal do Commercio", "Diário Carioca", "Jornal do Brasil", "Diário de Notícias", "Jornal dos Sports", "Última Hora", "O Dia", "O Estado de São Paulo" e "Folha de S. Paulo". Também atuou em revistas como "Manchete", "Fatos & Fotos", "Pais & Filhos", "Realidade" e "Placar", cuja criação foi baseada em projeto de sua autoria e da qual foi o primeiro editor-chefe.

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Em parceria com o jornalista Fausto Neto, foi autor de biografia do jogador de futebol Almir Albuquerque, o Almir Pernambuquinho, publicada originalmente como uma série de reportagens da revista Placar, em 1975.

Nos anos 1970, Azêdo foi o principal editor do "Boletim ABI", um dos mais importantes jornais de contestação do regime militar. Azêdo também foi um dos fundadores e diretores do Cineclube Macunaíma, que realizou sessões e atividades culturais na ABI de 1973 a 1985.

Militante da União da Juventude Comunista, integrou o PCB e depois o PDT. Em 1982 Azêdo passou a se dedicar à vida pública, elegendo-se vereador no Rio em três legislaturas (1983-88, 1989-1992, 1993-1996). Também foi presidente da Câmara Municipal no biênio 1983-85, secretário municipal de Desenvolvimento Social (1986-1987) e conselheiro do Tribunal de Contas do Município do Rio entre 1999 e 2004.

"Maurício foi não só um jornalista, mas essencialmente um homem de jornal, que deu uma contribuição notável para o jornalismo brasileiro, e foi uma pessoa coerente com suas ideias ao longo de toda a vida", disse Ricardo Pedreira, diretor executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ).

A posse da chapa eleita em 26 de abril para dirigir a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) entre 2013 e 2016 ocorreria nesta segunda-feira (13) à tarde, mas foi suspensa por uma decisão liminar (provisória) da Justiça do Rio.

A ordem judicial foi obtida por integrantes da chapa impedida de concorrer. A eleição ocorreu sub judice, porque o grupo de oposição, liderado por Domingos Meirelles, não conseguiu registrar sua chapa. Assim, a chapa comandada pelo atual presidente, Maurício Azêdo, foi candidata única e obteve 188 dos 201 votos.

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Alegando irregularidades no processo eleitoral, a chapa de oposição conseguiu que o resultado da eleição ficasse submetido à aprovação da Justiça. Ainda não houve decisão judicial sobre o resultado. Mesmo assim, cumprindo uma regra do estatuto, Azêdo agendou a posse, que foi suspensa pelo juiz da 8ª Vara Cível do Rio. A entidade deve continuar sendo administrada pela diretoria antiga, até que a Justiça decida sobre a validade da eleição.

Representantes da chapa Vladimir Herzog, de oposição à atual diretoria da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), vão à Justiça para tentar impugnar a chapa adversária, Prudente de Morais, encabeçada pelo atual presidente e candidato à reeleição pela terceira vez, Maurício Azêdo. Diretor financeiro da chapa oposicionista, Paulo Jerônimo de Sousa, mais conhecido como "Pagê" acusa Azêdo de ter usado um cheque pessoal para quitar débitos de 17 sócios que integram a Prudente de Morais, entre eles Arcanjo Antônio Lopes do Nascimento, mais conhecido como Tim Lopes, jornalista da Rede Globo de Televisão assassinado em 2002 por traficantes do Complexo do Alemão, zona norte do Rio.

O Regulamento Eleitoral da ABI prevê que todos os integrantes das chapas devem estar quites com as mensalidades. O cheque, no valor de 595 reais, é datado de 11 de março. O prazo final para inscrições era o dia 20 do mesmo mês. A relação dos sócios que tiveram os débitos pagos foi manuscrita por Azêdo no verso do cheque.

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"A intenção do Azêdo era, na verdade, quitar os débitos de Miro Lopes, irmão de Tim, que integra a chapa dele. Mas na pressa, acabou escrevendo o nome do falecido Tim. Desta forma, Miro continua inadimplente, e a Prudente de Morais tem de ser impugnada pelo mesmo motivo que a Vladimir Herzog foi impedida de concorrer. É o caso do malandro que se perde na própria malandragem", afirmou "Pagê".

Procurado pela reportagem, Azêdo disse que o Regimento Eleitoral permite a substituição de membros das chapas. Azêdo também prometeu que denunciará "Pagê" e Domingos Meirelles, presidente da Vladimir Herzog, à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil do Rio, na quinta-feira (25). "Os senhores Pagê e Domingos Meirelles estão cometendo um crime porque pegaram um cheque meu, de maneira irregular e com a conivência de funcionários da ABI, e puseram na internet com objetivos escusos", disse Azêdo, que preside a entidade desde 2004.

O pleito para presidência da ABI, marcado para sexta-feira (26), está sub judice: a 8.ª Vara Cível do Rio negou na semana passada pedido da Vladimir Herzog para adiar liminarmente a eleição por suspeitas de irregularidades, mas estabeleceu que o resultado só será homologado após a análise do mérito da questão. A ação foi interposta após a "Vladimir Herzog" ter sido impugnada pela comissão eleitoral por ter, entre os membros, sócios inadimplentes com a ABI.

Memória

A briga de chapas na ABI contrasta com um passado de envolvimento em lutas pela democracia no Brasil praticamente desde a fundação, em 1908. Durante a ditadura militar (1964-1985), essa postura transformou a entidade em alvo de grupos anticomunistas. Em 1976, uma bomba, supostamente detonada por agentes da repressão política, explodiu em sua sede. Até a redemocratização, a ABI liderou movimentos como a campanha das Diretas-Já, em 1984, que exigiu eleições diretas para presidente da República. Com a democracia, porém, seu peso político foi diminuindo, enquanto outras entidades, como partidos políticos e centrais sindicais, surgiam e se fortaleciam no campo político. A ABI viveu um de seus derradeiros momentos de destaque em 1992, quando seu então presidente, Barbosa Lima Sobrinho, assinou, com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcelo Lavenère Machado, o pedido de impeachment do presidente Fernando Collor.

A Associação Baiana de Imprensa (ABI) homenageará o poeta, jornalista, advogado e abolicionista Luiz Gama,  nesta quinta-feira (21), dia do nascimento dele. Um depósito de flores será feito no monumento de Luiz Gama localizado no centro do Largo do Tanque, em Salvador.

Nascido em 1830, Luiz Gama foi filho de um fidalgo português, com uma negra africana liberta, Luiza Mahin, líder da Revolta dos Malês - rebelião contra o sistema escravocrata, acontecida na Bahia, datada do início do século XIX. Ainda assim, seu pai o vendeu como escravo em 1840, para um fazendo paulista.

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Em São Paulo, o poeta conquistou a liberdade, estudou, e até 24 de agosto de 1882, quando faleceu, edificou-se como um dos brasileiros que merecem a lembrança eterna e a gratidão pela defesa da liberdade no Brasil.

Em 24 de agosto deste ano, mais uma vez a ABI reverenciará a memória de Luiz Gama pela passagem do 130º aniversário de sua morte, com palestra a respeito da vida e da obra daquele que atuou na imprensa e na Justiça contra a escravidão e o arbítrio.

A ABI convidou a professora da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Elciene Azevedo, para falar a respeito dele. Ela é autora de "Orfeu de Carapinha: a trajetória de Luiz Gama na imperial cidade de São Paulo", e antes da publicação do livro, estudou o tema na pós-graduação da Unicamp.

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