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Nesta segunda-feira (8), foi divulgado o edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. Nesta edição, os candidatos podem realizar as inscrições entre os dias 5 e 16 de junho, pela Página do Participante. A prova está marcada para os dias 5 e 12 de novembro.

Confira as datas do Enem 2023 abaixo:

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Inscrições: 5 a 16 de junho;

Provas: 5 e 12 de novembro;

Gabaritos: 24 de novembro;

Resultado: 16 de janeiro de 2024

Enem PPL 2023 (prova para pessoas privadas de liberdade)

Inscrições: 9 a 27 de outubro;

Aplicação: 12 e 13 de dezembro;

Gabaritos: 27 de dezembro;

Resultado: 16 de janeiro de 2024

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) convocou a categoria para mais dois dias de paralisação em toda a rede estadual de ensino, nestas segunda e terça-feira, 8 e 9 de maio. O movimento faz parte da Campanha Salarial Educacional 2023 e exige do Governo do Estado o reajuste do Piso Salarial do Magistério - que em 2023 é de 14,95% - em toda a carreira da educação pública estadual.

O Sindicato realiza uma verdadeira Jornada de Lutas nesta semana, com paralisação de toda a rede estadual segunda e terça-feira (8 e 9 de maio). Na mesma segunda (8), haverá a Vigília da Educação, um protesto em frente à SAD (Secretaria de Administração), na Avenida Antonio de Goes, entre às 15h e 18h, para dar apoio à Comissão de Negociação do Sindicato que estará reunida com o Governo. Na terça (9), às 9h, o Sindicato realiza uma Assembleia Geral para discutir os termos da negociação com o Governo. 

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Nas quarta e quinta-feira (10 e 11), o Sintepe participa de um Seminário com demais sindicatos da educação pública para tratar do monitoramento do uso dos recursos do Fundeb. Já na sexta-feira (12), às 14h, no Auditório G2, da Unicap, realizará mais um debate sobre a Antirreforma do Novo Ensino Médio, lançando o Comitê contra a Antirreforma do NEM. A atividade contará com a presença da senadora Teresa Leitão (PT/PE) e do presidente da CNTE, Heleno Araújo. 

HISTÓRICO

Ainda na segunda rodada de negociações entre Sindicato e Governo, ocorrida no dia 14 de abril, a Secretaria de Educação propôs reajustar o Piso Salarial do Magistério apenas para aqueles professores e professoras que estão abaixo do valor (R$ 4.420,55), o que atingiria uma mínima parte dos professores concursados e que estão em sala de aula há mais tempo. Mesmo assim, o reajuste só viria em parcelas a partir de outubro. Aposentados e funcionários da Secretaria de Educação ficaram de fora. A proposta do Governo foi rechaçada em assembleia da categoria no mesmo dia.

O Sindicato também tem feito uma intensa campanha nas redes sociais, nas escolas e com um outdoor móvel cujas frases de impacto são "Governadora, já passou da hora! Pague o reajuste do Piso na Carreira da Educação". A mídia ambulante está percorrendo as principais avenidas das cidades na Região Metropolitana do Recife. 

REPOSIÇÃO DAS AULAS

O Sindicato esclarece que a reposição das aulas dos dias de paralisação "é um direito do estudante que deve ser garantido pelo governo e só acontecerá se não houver o desconto das faltas". O Sintepe também afirma que o calendário de reposição das aulas faz parte das discussões da Mesa de Negociação, o que geralmente entra no acordo final firmado entre Sindicato e Governo. 

AGENDA DE MOBILIZAÇÕES

8 e 9 de Maio - PARALISAÇÃO DA REDE ESTADUAL

8 de Maio das 15h às 18h, em frente à SAD - VIGÍLIA DA EDUCAÇÃO

9 de Maio, às 9h, no Teatro Boa Vista (Recife) - ASSEMBLEIA GERAL

10 e 11 de Maio, auditório do Sindserpe -  II SEMINÁRIO DO FÓRUM DOS SINDICATOS DA EDUCAÇÃO SOBRE FISCALIZAÇÃO DO FUNDEB

12 de Maio, às 14h, auditório G2 da Unicap (Recife) - DEBATE SOBRE A REVOGAÇÃO DA ANTIRREFORMA DO ENSINO MÉDIO

12 de Maio, às 14h, auditório G2 da Unicap (Recife) - LANÇAMENTO DO COMITÊ PELA REVOGAÇÃO DA ANTIRREFORMA DO ENSINO MÉDIO

Da assessoria

Pesquisadores do Laboratório do Futuro do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), que participaram do Projeto Millennium, para elaboração de um estudo sobre o futuro do trabalho e da tecnologia para 2050, projetam três cenários. A análise considerou a evolução tecnológica atual e o que poderá vir como provável consequência.

Além de apresentar projeções, o relatório aborda a visão das nações mais avançadas economicamente e dos demais países. De forma geral, o primeiro cenário mostra o que se vê hoje em dia: alguns países adotam tecnologias de forma mais rápida e outros, de forma mais lenta. “O Brasil se enquadra no segundo grupo, que tende a demorar mais para colocar as tecnologias em prática”, disse à Agência Brasil o pesquisador Yuri Lima, coordenador da linha de pesquisa Futuro do Trabalho, do Laboratório do Futuro da Coppe/UFRJ.

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“O cenário 1, chamado É Complicado – Uma Mistura, é projeção da realidade atual. A gente continua com dificuldades para lidar com novas tecnologias, não cria estratégias de longo prazo. Em consequência, há um certo impacto tecnológico, que não chega a ser desemprego tecnológico, Aí, existe a questão do emprego em que os governos não foram capazes de criar estratégias de longo prazo, cenário que já se vê no Brasil, com dificuldades de planejamento de longo prazo. Esse cenário é caracterizado também pelo aumento do poder de grandes empresas , que superam inclusive o controle do governo”.

Lima destacou que isso já acontece com algumas multinacionais que se tornam até mais fortes do que alguns países, chegando a ter receita maior que alguns produtos internos brutos (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos pelos países). Segundo o pesquisador, é um cenário que acaba exacerbando a visão de como as coisas estarão em 2050.

Pessimismo

O estudo Future Work/Technology 2050 projeta um segundo cenário ainda mais pessimista, com piora do quadro atual. Chamado de Agitação Político-Econômica, é um cenário muito parecido com o que já se vive no Brasil, com desemprego alto e o governo tendo dificuldade de prever o impacto de tecnologias na política e de levar em conta a visão da ciência, disse Yuri Lima. Apesar de ser uma projeção para 2050, o cenário mostra a dificuldade de lidar com o avanço tecnológico, que acaba causando automação muito além do que o previsto, desemprego em diversas partes do mundo, além de governos e empresários querendo lucro rápido.

A perspectiva é que a automação provoque desemprego em massa, como ocorreu na Revolução Industrial, em que a máquina substituiu a mão de obra. De acordo com Lima, nessa projeção mais pessimista, a automatização do trabalho é mais rápida do que se poderia imaginar para um mundo que não foi capaz de se preparar. Conforme o relatório, nesse cenário, dos 6 bilhões de pessoas hoje trabalhando no mundo, 2 bilhões seriam desempregados, 2 bilhões estariam na economia informal e os 2 bilhões restantes estariam divididos meio a meio entre empregados e autônomos.

Novas profissões

Yuri Lima destacou que o primeiro e o terceiro cenários não têm perspectiva tão negativa. A ideia, no cenário 1, é que as coisas deverão permanecer como estão e, no cenário 3, mais positivo, que a tecnologia criará tantos empregos quantos destruir, ou criará até mais empregos do que os que serão destruídos. O pesquisador lembrou que, nas revoluções industriais, quem vivia aquele momento tinha dificuldade de imaginar que trabalho poderia existir para ele a partir dali. “Agora, a gente vê um trabalho criativo também sendo automatizado e fica um pouco perdido sobre o que pode vir a acontecer."

Uma das ideias no terceiro cenário é que a tecnologia crie novas profissões e mais demanda em áreas que não eram imaginadas. Citou, como exemplo, a economia do cuidado, com a profissionalização das pessoas que cuidam de idosos ou de crianças, por exemplo, e das que trabalham como a saúde, como enfermeiros, médicos, profissionais de educação física. Pode haver também aumento de profissões vinculadas às artes, na própria área de tecnologia. “Há várias possibilidades. Tem áreas já conhecidas que podem crescer, outras que nem se sabe que existem e as que vão ser criadas no futuro. Esta é a perspectiva que se coloca: que a automação deve criar mais empregos do que destruir.”

No terceiro cenário, denominado Se os Humanos Fossem Livres – A Economia da Autorrealização, a ideia é que os governos tentem se antecipar em termos da inteligência artificial (IA), principalmente a geral, e não a restrita que se vê hoje em dia. A IA geral é capaz de resolver o que for preciso, em termos de inteligência.

Segundo Lima, o governo que se antecipar a isso e promover a renda básica universal, o autoemprego como possibilidade de autorrealização do indivíduo, com capacidade de sobreviver sem se preocupar com suas necessidades básicas, terá mais vantagens. A pessoa não precisará se preocupar com seu trabalho e poderá agir de maneira mais autônoma, com liberdade no que quer fazer. Este cenário sinaliza para a digitalização, a automação, ajudando a produzir com menos custos. Porém, os pesquisadores não estão seguros de que tal quadro poderá ser realidade para todo mundo.

Iniciativas

O relatório apresenta 100 iniciativas divididas entre governo, empresas, ciência, educação e cultura que podem ser feitas para endereçar desafios futuros. “Vai além da questão de cenários para ações que podem ser tomadas”, afirmou Yuri Lima.

Em termos de governo, o estudo sugere a criação de uma agência nacional de prospecção e avaliação tecnológica, que seria capaz de identificar as próximas tecnologias e pensar sobre o impacto que terão na sociedade. Isso serve para a discussão legislativa ou do Poder Executivo para a criação de políticas públicas, para incentivar a discussão com outros setores.

Já no sentido da educação, Yuri Lima propôs o ensino do futuro como disciplina. “Assim como a história ensina [sobre] o passado, é importante a começar a aprender também a refletir sobre o futuro, desde criança, na escola”. Segundo o relatório, outra iniciativa interessante nessa área seria o uso de robôs e de inteligência artificial para promover e melhorar a educação ao longo do tempo.

De acordo com Lima, o estudo sugere que se abracem essas tecnologias como novas possibilidades.

O município de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, divulgou, nesta sexta-feira (05), que as inscrições para o concurso público da prefeitura foram prorrogadas até a próxima quarta-feira, dia 10 de maio. A taxa de inscrição também foi prorrogada e, agora, é possível realizar o pagamento de R$ 120,00 até o dia 12 de maio.

O edital oferece 203 vagas na rede municipal de educação de Ipojuca e o salário pode variar de R$ 3,6 mil a R$ 4,4 mil. Para saber mais, basta acessar a matéria completa do concurso.

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Na próxima segunda-feira (8), começam as inscrições para o programa “Mais Futuro” em Guarulhos, que disponibiliza várias modalidades de cursos gratuitos nos CEUs e espaços educacionais do município. São cerca de 30 mil vagas em 16 locais da cidade.

As aulas e atividades oferecidas são: teatro, balé para crianças a partir de quatro anos, judô, capoeira, pilates, inglês, atletismo, inclusão digital para pessoas com mais de 50 anos, desenho e pintura, breaking, corrida e caminhada, ginástica, slackline, construção de jogos e brinquedos, violão, funcional, card game, culinária infantil, futsal, tricô, crochê, danças urbanas, entre outros. 

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Os interessados devem comparecer à unidade do curso escolhido entre 8h e 17h - levando RG, CPF e comprovante de endereço. Veja a lista completa no link: https://bit.ly/maisfuturo_2023_vagas.

O programa Mais Futuro é uma iniciativa da Secretaria de Educação, que atende alunos da rede municipal de ensino e a população de Guarulhos. Além dos CEUs, os espaços educacionais incluem o Cemear, Parque Julio Fracalanza, Adamastor e o Cemea Parque Chico Mendes.

 

A professora de redação Fernanda Pessoa está organizando uma nova edição do aulão 'Operação Redação Nota 1000', que visa passar os principais ensinamentos na construção dos textos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O aulão será totalmente gratuito e aberto ao público pelo formato online, com transmissão no Youtube.

O evento acontecerá nos dias 15 e 16 de maio, a partir das 19h. Para assistir com o material completo, é necessário se inscrever na 'Operação Redação Nota 1000', através da página do aulão.

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A docente pretende ensinar as estruturas mais adequadas para conquistar bons resultados nas redações e abordar temas que enriquecem o repertório sociocultural dos alunos e que possam ser cobrados no exame. 

“Universalizar e democratizar o conhecimento é um dos meus principais objetivos. A ideia de oferecer dois dias de aulas gratuitas é justamente atingir cada vez mais pessoas. Na primeira edição, conseguimos alcançar e ajudar milhares de alunos, o que deixa muito realizada”, afirma Fernanda Pessoa.

A 'Operação Redação Nota 1000' se diferencia pelo método próprio de ensino da professora, com aulas sobre a história da arte para aumentar e fortalecer o repertório dos vestibulandos para prepará-los para qualquer tema que seja exigido no exame.

Levantamento feito pelo Instituto Casagrande com 5 mil docentes de todo o país apurou que 61,2% dos professores consultados acreditam que a educação pública vai piorar no Brasil na próxima década. Já 25,6% creem em melhoras, enquanto 9,2% afirmam que não haverá nenhuma mudança significativa no período. Os demais 4% não souberam responder ou não concluíram a pesquisa. Os professores responderam por meio do canal do instituto no Whatsapp.

O presidente do instituto, Renato Casagrande, disse que em um mundo como o atual, com tantas mudanças, é muito pequeno o percentual dos docentes que acreditam em alguma alteração na educação pública no Brasil. “É sinal de que nós vivemos hoje uma crise de otimismo, de identidade, de perspectivas na educação brasileira. Isso nos entristece muito e nos preocupa”.

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O tema será debatido no 4º Congresso Internacional Um Novo Tempo na Educação, que será realizado em Curitiba, de 31 de maio a 2 de junho, com a participação dos maiores estudiosos e especialistas em educação do Brasil, psicólogos e agentes públicos ligados à área.

A pesquisa qualitativa foi feita, inclusive, para subsidiar os palestrantes do congresso. “Os dados vão contribuir para que os grandes educadores possam fazer uma análise, principalmente de alguns temas que preocupam os professores e até justificam esse desânimo por parte dos nossos docentes”.

Pós-pandemia

No retorno às aulas presenciais, no pós-pandemia da covid-19, os docentes esperavam, a princípio, estar mais otimistas, porque tinham experimentado novas práticas no ensino remoto, tinham feito experiências novas, mas a escola não tinha mudado, disse Casagrande.

“Eles voltaram para o mesmo prédio, a mesma estrutura física, que entrou em choque um pouco com a cabeça dos estudantes e professores, porque eles viveram outra metodologia, com mais liberdade e mais autonomia, e quando retornaram, encontraram a velha escola”, explicou.

Ele lembra que se falou muito durante a pandemia em nova legislação, “mas nada mudou”. Os professores citaram na pesquisa que tiveram esse primeiro impacto da volta às escolas associado a um abalo emocional. Eles observaram os alunos mais angustiados, menos interessados pelas aulas. E confessaram que também voltaram menos empolgados.

“Disseram que sentiram uma apatia, uma indisciplina por parte dos alunos e não se sentiram motivados ou mobilizados para lidar com esse sentimento de retorno”, disse Casagrande. Por isso, segundo o diretor, consideram que a escola, que já não estava boa, piorou.

Outra questão sentida pelos docentes é que os novos professores não são mais vocacionados como os antigos e escolhem o magistério não por vocação, mas por uma oportunidade e por ser um curso mais barato. Para os docentes mais antigos, não há critério na seleção dos professores pelas escolas. E isso contamina o meio, disse Renato Casagrande.

“Eles veem os novos professores entrando sem o preparo devido e sem, pelo menos, a motivação inicial”. Para os professores consultados, o sistema está contaminado, a escola está mais triste e despreparada para os novos tempos.

Tecnologia

O presidente do Instituto Casagrande acredita que as escolas não estão preparadas para uma mudança e têm muita dificuldade para lidar com as tecnologias básicas e ainda mais com as novas tecnologias, que incluem a inteligência artificial (IA) e o ChatGPT (assistente virtual inteligente).

Os professores, ainda segundo Casagrande, acreditam que haverá um distanciamento maior entre os alunos de maior e menor renda ou das escolas privadas em relação aos alunos das escolas públicas. “Isso também desestimula os professores de ter uma visão mais otimista com relação ao futuro”.

Esta semana, está sendo efetuada a segunda parte da pesquisa, quantitativa, que vai mensurar esse quadro de apatia demonstrado pelos professores brasileiros no pós-pandemia da covid-19 e o quanto os professores se sentem despreparados para lidar com as novas tecnologias.

Na avaliação do ex-ministro da Educação Cristovam Buarque, o resultado do levantamento reflete as incertezas sobre os desafios atuais e a velocidade cada vez maior das mudanças nas áreas educacional e pedagógica. “Nos contatos que tenho com educadores, estamos percebendo a necessidade de captar as mudanças adiante, de acordo com a evolução da sociedade e as curvas que a história está fazendo. Para intervir sobre o futuro, é preciso primeiro compreendê-lo”, ressalta Cristovam Buarque.

O ex-ministro é um dos conferencistas confirmados no 4º Congresso Internacional Um Novo Tempo na Educação. Ao final do congresso, será elaborada uma carta a ser encaminhada ao ministro da Educação, Camilo Santana.

O Ministério da Educação (MEC) está em negociação com a Casa Civil para obter recursos para um programa de incentivo ao tempo integral nas escolas públicas em toda a educação básica (ensino infantil, fundamental e médio). A intenção é de que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oferte R$ 2 bilhões este ano e outros R$ 2 bilhões em 2024 para a ampliação das crianças atendidas nas redes estaduais e municipais. Segundo a apresentação do MEC, a que o Estadão teve acesso, a pasta pretende aumentar em 3,2 milhões o número de matrículas nesse modelo.

Atualmente, menos de 20% dos estudantes do País (cerca de 6 milhões) estudam em tempo integral, com prevalência no ensino médio. Pesquisas mostram que o modelo reduz o abandono escolar e a repetência, ao mesmo tempo que aumenta a empregabilidade e a conexão do professor e do aluno com a escola. Há resultados que indicam até redução de homicídios entre homens jovens.

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A meta do ministro da Educação, Camilo Santana, era de anunciar o programa nos primeiros 100 dias de governo Lula, que se completaram em 10 de abril. Na semana passada, a pasta começou a apresentar o programa "Educação o tempo todo" a secretários estaduais e municipais, mas ainda aguarda aval da Casa Civil para recursos. O documento do MEC diz que "todas as etapas" e "todas as redes de ensino" poderão receber ajuda financeira para abrir vagas em tempo integral.

Nesta terça, 2, Camilo esteve no Senado e mencionou a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) que diz que o Brasil precisaria ter, no mínimo, 50% das escolas em tempo integral e, pelo menos, 25% dos alunos nesse modelo. "Essa é outra realidade que vamos enfrentar", afirmou.

Segundo o modelo que será anunciado, os Estados e municípios precisam indicar a quantidade de vagas que pretendem criar e o governo federal ajudará a custear a ampliação. No início da implementação, o valor por aluno de tempo integral é de 60% a 100% mais alto que o da escola regular, indicam estudos. Mas depois, afirmam especialistas, há ganhos de eficiência nas redes, com melhor alocação de professores, redução de evasão e de repetência, entre outros, o que reduz o impacto no orçamento.

Mesmo assim, a preocupação de secretários ouvidos pelo Estadão é saber por quanto tempo o MEC poderá ajudar financeiramente as redes a manter os alunos em tempo integral. Nos 13 anos de gestões anteriores do PT, houve o programa Mais Educação, de ensino integral, mas que perdeu recursos na segunda gestão de Dilma Rousseff (PT). Em 2017, durante o governo de Michel Temer, um projeto de fomento ao modelo passou a garantir recursos federais para escolas em tempo integral por dez anos. Durante a gestão Jair Bolsonaro (PL), no entanto, não houve incentivo para abertura de novas vagas e só foram repassadas verbas para as que já existiam.

Infraestrutura

A apresentação feita aos secretários fala ainda em melhoria da infraestrutura escolar, da formação de professores e da reorientação de currículos para a escola em tempo integral. Afirma que é preciso "criar e sustentar projetos comunitários" e "financiar projetos inovadores nas escolas". Especialistas sustentam que só aumentar o tempo na escola, sem um projeto inovador de educação integral, não é suficiente para a melhoria da qualidade do ensino.

Segundo o Estadão apurou, um dos objetivos do MEC é apoiar Estados e municípios que estão mais distantes da meta de 25% de matrículas no integral, como os da Região Norte. Atualmente mais de 80% dos cerca dos 40 milhões de alunos do País estão em escolas com cerca de 4 horas de duração. Em países desenvolvidos, os estudantes chegam a ficar até 10 horas na escola, incluindo atividades extracurriculares.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Crianças que frequentaram o segundo ano da pré-escola em 2020, com nove meses de atividades remotas devido à pandemia de Covid-19, tiveram perda de 6 a 7 meses de aprendizagem em linguagem e matemática se comparadas àquelas que vivenciaram o mesmo período da pré-escola em 2019, com ensino presencial.

O dado sobre o ritmo de aprendizagem das crianças antes, durante e depois da pandemia mostra ainda que aquelas que frequentaram o segundo ano da pré-escola em 2022, com a volta das atividades presenciais, tiveram ganho de 1 a 2 meses, na comparação com os alunos do mesmo período letivo em 2019.

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As informações são do estudo Recomposição das aprendizagens e desigualdades educacionais após a pandemia Covid-19: um estudo em Sobral/CE, produzido por pesquisadores do Laboratório de Pesquisa em Oportunidades Educacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LaPOpE).

Embora os dois grupos de crianças (2020 e 2022) tenham vivido ao menos parte da pré-escola com ensino remoto, os resultados sugerem que as ações realizadas pela rede de ensino para mitigar os impactos da pandemia surtiram efeito nas crianças que concluíram a etapa em 2022.

Apoiada pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, a pesquisa estimou os efeitos da pandemia no curto e médio prazo e traz evidências inéditas sobre a recuperação do aprendizado, com destaque para a qualidade da educação ofertada.

Para chegar aos resultados, o estudo acompanhou o desenvolvimento de 1.364 crianças matriculadas na rede pública municipal de Sobral (CE), que frequentaram o segundo ano da pré-escola entre 2019 e 2022.

A pesquisa observou que o grupo de crianças que vivenciou o segundo ano da pré-escola em 2020 – com maior período remotamente – aprendeu o equivalente a 39% em linguagem e 48% em matemática, se comparado àquele que frequentou esta etapa em 2019, de modo presencial. Já o grupo que terminou a pré-escola em 2022 aprendeu o equivalente a 111% em linguagem e 115% em matemática, na comparação com o grupo que frequentou o segundo ano da etapa em 2019.

De acordo com os pesquisadores, os resultados mostram os efeitos da reabertura das escolas sobre os ritmos de aprendizagem. As crianças do grupo de 2020, por exemplo, que vivenciaram o primeiro ano da pré-escola presencialmente, sofreram com a interrupção das atividades presenciais e a oferta remota na conclusão da etapa educacional.

Segundo Mariane Koslinski, pesquisadora do LaPOpE e uma das responsáveis pelo estudo, as incertezas da pandemia, as interrupções nas atividades, presenciais ou não, e todo o período de adaptação ao modelo remoto impactaram diretamente no ritmo de aprendizagem dessas crianças, que tiveram aprendizagem aquém daquelas que concluíram a etapa em 2019.

A pesquisadora destacou, no entanto, que a recuperação do ritmo de aprendizagem das crianças que concluíram a educação infantil em 2022 chama ainda mais atenção. “É curioso porque, como as crianças do grupo de 2020, as do ano passado também viveram parte da etapa no regime remoto”, disse Mariane, em nota.

“O que os resultados indicam é que, provavelmente, as ações da rede de educação de Sobral foram importantes para mitigar os efeitos da pandemia e acelerar o ritmo de desenvolvimento dessas crianças”, completou.

Entre as ações, a pesquisadora destacou programas de busca ativa, ampliação da oferta de tempo integral e a implementação de novo currículo para a Educação Infantil alinhado àBase Nacional Comum Curricular (BNCC).

Os pesquisadores reforçam ainda que os resultados do estudo não devem ser interpretados como um retrato do que aconteceu no resto do país. “A ausência de coordenação nacional nos anos de pandemia gerou um cenário extremamente desafiador para os gestores municipais e as respostas para os desafios da pandemia foram muito desiguais e inconsistentes quando comparamos estados e municípios pelo país”.

Para a gerente de Conhecimento Aplicado e especialista em educação infantil da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Beatriz Abuchaim, o desafio neste momento ultrapassa as esferas educacionais. “Diversas evidências mostram que a pandemia afetou desigualmente as famílias em questão de renda, acesso a serviços e a redes de apoio. Tudo isso trouxe impactos para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças”, afirmou Beatriz, em nota.

“Nesse sentido, as ações devem ser integradas e contemplar diversas esferas e níveis de governo. A responsabilidade por montar essa estratégia não pode ser só da área de educação”, acrescentou.

Recomendações

Os pesquisadores apresentam uma série de recomendações para os gestores de diferentes níveis a fim de mitigar os problemas apontados. Para o Ministério da Educação é recomendado que haja um protagonismo na elaboração de um plano nacional de recuperação de aprendizagem com aporte de recursos e apoio técnico para guiar as ações das secretarias estaduais e municipais de educação.

Já as secretarias estaduais de educação devem, entre outros pontos, oferecer apoio técnico e financeiro para que os municípios elaborem e implementem suas estratégias. As secretarias municipais de educação, por sua vez, devem implementar programas de busca ativa de crianças com foco na educação infantil e elaborar diagnósticos sobre os efeitos da pandemia no desenvolvimento das crianças e nas taxas de abandono e evasão escolar.

Os diretores e professores podem promover maior integração entre famílias e escolas incorporando estratégias bem-sucedidas de comunicação com famílias utilizadas durante a pandemia.

O Instituto iungo está disponibilizando dois cursos formadores voltados para professores e gestores escolares. O projeto Cartografias iungo conta com o ensino de teoria e prática para educadores dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

Os 100 primeiros inscritos terão o direito de participar de encontros virtuais e exclusivos com a equipe do Instituto iungo para tirar dúvidas e dividir experiências. Esta é a segunda edição do projeto, a primeira contou com mais de 8 mil educadores inscritos.

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As aulas oferecidas são “Cartografias: Mapas de projetos de vida”, para desenvolver os conhecimentos sobre projetos de vida e sua importância para os estudantes, assim como o aprendizado sobre mapa pessoas e organização do planejamento de aulas. O curso tem duração de quatro horas.

Já as aulas de “Cartografias: Planejando Aulas de Projetos de Vida”, com 12 horas de duração, oferecem aos educadores a oportunidade de aprimorar seu conhecimento já existente sobre planejamento de aula desde o componente curricular.

O curso é livre para ser feito em qualquer horário e está com as inscrições abertas até o dia 15 de maio, através do site do Instituto iungo.

A governadora Raquel Lyra e a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, assinaram um memorando de entendimento, nesta segunda-feira (24), no Palácio do Campo das Princesas.

O acordo consolida a intenção de expandir parcerias em diversas áreas, como educação, segurança e meio ambiente. Também participaram do evento a vice-governadora de Pernambuco, Priscila Krause, e a cônsul-geral dos Estados Unidos no Recife, Jessica Simon.

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"A assinatura deste memorando com o Consulado dos Estados Unidos é um importante marco na ampliação da cooperação internacional e na atração de investimentos para Pernambuco. O Governo de Pernambuco tem intensificado o trabalho de relações internacionais. Nestes primeiros quatro meses, nos reunimos com as maiores economias do mundo, buscando acordos de cooperação como este que estamos assinando hoje, trazendo mais conhecimento e experiências para o nosso Estado. Estamos confiantes que este memorando atrairá recursos para que possamos enfrentar os desafios de Pernambuco", afirmou Raquel Lyra.

Esta foi a primeira visita da embaixadora ao Nordeste. Durante o evento, Bagley afirmou que uma das prioridades do acordo é o fortalecimento do aprendizado da língua inglesa.

"A assinatura do Memorando de Entendimento demonstra como a cooperação pode levar a resultados que beneficiem os Estados Unidos e o Brasil, não apenas em nível nacional, mas também no âmbito regional. Acho importante destacar nossa parceria nas áreas de meio ambiente, uma prioridade para a administração do presidente Biden; e na segurança, que será colocada em prática através de treinamento para combater o crime transnacional. A educação também é um elemento sempre presente: queremos fortalecer o aprendizado de inglês e fomentar carreiras de STEM para meninas e mulheres", disse Frawley Bagley.

O memorando reafirma uma relação de cooperação entre o Consulado Geral dos Estados Unidos no Recife e Pernambuco nas áreas de: educação, saúde, ciência e tecnologia, meio ambiente e mudanças climáticas, segurança pública, migração, comércio e investimento, agricultura e turismo. O acordo prevê intercâmbio de melhores práticas e de visitas técnicas de ambos os participantes.

Desde que a embaixadora Elizabeth Frawley Bagley chegou ao Brasil, em fevereiro deste ano, este é o primeiro memorando de entendimento assinado com um estado do Nordeste.

Estiveram presentes durante a cerimônia os secretários estaduais Túlio Vilaça (Casa Civil), Carla Patrícia (Defesa Social), Guilherme Cavalcanti (Desenvolvimento Econômico), Daniel Coelho (Turismo e Lazer), Simone Nunes (Desenvolvimento Urbano e Habitação), Mauricélia Vidal (Ciência, Tecnologia e Inovação), Ana Luiza Ferreira (Meio Ambiente e Sustentabilidade), Diogo Bezerra (Projetos Estratégicos), Fernando Holanda (Assessoria Especial), Rodolfo Costa Pinto (Comunicação), Carolina Cabral (Desenvolvimento Social, Criança, Juventude e Prevenção às Drogas), Regina Célia (Mulher), Hercílio Mamede (Casa Militar), além da procuradora-geral do Estado, Bianca Teixeira. A deputada federal Iza Arruda também participou do encontro.  *STEM (Science, Technology, Engineering & Mathematics) é uma metodologia que conduz a aprendizagem de maneira interdisciplinar baseada na experimentação científica.

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O governo do presidente Lula anunciou o aumento de investimentos na área de pesquisas científicas com o reajuste das bolsas destinadas às fundações estaduais. Ainda no ano de 2022, as FAPs (Fundações de Amparo à Pesquisa) aderiram a propostas de ações que possibilitaram que um grupo maior de pessoas possa iniciar ou continuar com seus projetos de pesquisas.

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Para a professora Ivana Oliveira, docente do PPGCLC (Programa de Pós-graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura) da UNAMA - Universidade da Amazônia, doutora em Ciências do Desenvolvimento Socioambiental pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (PPGDSTU), pode-se verificar uma diferença no cenário atual em relação ao governo anterior. A professora afirma que houve um maior reconhecimento do papel da educação dentro das políticas públicas. “Mudou tudo, principalmente a importância da educação. O que temos aí é um cenário de valorização da educação e deste aluno que de alguma maneira está contribuindo para esse crescimento, não só profissional, mas das discussões que vão ampliar esses conhecimentos em torno do objeto de pesquisa dele”, disse Ivana.

“O importante de se estar em uma pós-graduação é buscar uma formação que irá contribuir, principalmente, para o desenvolvimento tanto de habilidades quanto de competências”, afirmou a professora Ivana. Segundo ela, a pós-graduação não é só um diferencial competitivo no mercado que está cada vez mais disputado. “Essa formação vai trazer oportunidades para esse mercado de trabalho, mas proporciona também um aprofundamento de conhecimentos na área de formação”, disse a professora Ivana.

De acordo com o professor João Claudio Arroyo, os “entulhos” recebidos pelo novo governo são grandes e graves, tanto no setor econômico e político quanto no educacional. “Se a sociedade, inclusive seus representantes, passar a entender a importância da qualificação da mão de obra, teremos condições de agregar valor e ganhar muito mais, além de elevar o padrão de remuneração e consumo, portanto da qualidade de vida dos trabalhadores, incluídos os de nível superior, que com a pós-graduação poderão contribuir muito mais para este novo padrão de desenvolvimento social que jamais será conquista individual, mas coletiva”, explicou.

“Logo, com a retomada dos investimentos em pós-graduação, é fundamental que os profissionais busquem esta possibilidade desde já, porque este é o principal caminho para o desenvolvimento pessoal e nacional”, afirmou o professor João Claudio Arroyo.

Segundo o professor Hans Costa, doutorando em Ciências da Comunicação, quando se fala em pós-graduação deve-se pensar no engrandecimento pessoal e profissional proporcionado. O professor explicou que a procura por uma qualificação e um aprimoramento de habilidades tem se mostrado importante para aqueles que desejam uma maior colocação profissional ou ainda estão buscando por um espaço na profissão. “Também passa por essa ideia de enriquecimento acadêmico, importante para todos os profissionais. Um conselho que eu dou: se todo mundo pudesse fazer mestrado e doutorado, faça porque é uma experiência edificante”, afirmou.

Por Emilly Lopes, Hellen Rocha e Júlia Marques (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O cenário educacional brasileiro vive um momento de alerta. Os ataques escolares, presenciados nos últimos meses, evidenciam o aumento da violência no país, e como as instituições de ensino, que possuem o dever de proporcionar aprendizado e crescimento, se tornaram alvos de grandes tragédias.

Segundo o psicólogo João Vidal, muitos fatores podem ocasionar esse problema. Para ele, a situação está diretamente relacionada à falta de acolhimento e cuidado nas comunidades familiares, educacionais ou sociais. “Por trás de cada pessoa que comete um crime dessa magnitude, existe uma ferida emocional ocasionada por um processo de opressão vivido por esta pessoa. Muitas vezes em forma de exclusão, preconceito e bullying”, afirma.

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Embora acredite que não exista justificativa para cometer atrocidades, João reforça como a falta de apoio durante o sofrimento emocional permite o desenvolvimento de desejos de vingança, os quais “encontram legitimidade nos grupos e ideologias de ódio”, facilmente disseminados nas redes sociais. O especialista explica que o aumento das crises familiares também gera o distanciamento entre as pessoas, e transforma um ambiente seguro em um local hostil e conflituoso.

Aula de teatro na escola Eleanor Roosevelt, no Recife

Planos de ação

Até o final do mês de abril, a Secretaria de Educação e Esportes (SEE) de Pernambuco, em parceria com a Secretaria de Defesa Social (SDS), está promovendo a campanha “Propague a Paz”, pela qual são intensificadas as ações pedagógicas existentes nas escolas da rede estadual. Ao todo, mais de 100 colégios foram contemplados com projetos práticos de combate ao bullying e outras formas de violência, através de palestras, escuta com os envolvidos e apoio à instalação de núcleos permanentes de mediação dos conflitos dentro das unidades escolares.

Uma das instituições participantes é a Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Eleanor Roosevelt, localizada no bairro do Ipsep, zona sul do Recife. Nesta quarta-feira (19), a escola realizou mais uma edição do “Cultura de Paz: diga não ao bullying”, iniciativa que reúne uma série de atividades desenvolvidas pelos estudantes com o auxílio dos educadores. Dentre elas, estão apresentações de música e teatro, além da exibição de cartazes, vídeos e campanhas de abraço.

Alunos da escola Eleanor Roosevelt, no bairro do Ipsep

De acordo com a gestora Andrezza Ferreira, a ideia surgiu em 2021, conforme a necessidade de orientar a comunidade sobre o que é o bullying, e como isso pode afetar os outros. O projeto acontece anualmente em abril devido ao Dia Nacional de Combate ao Bullying, instituído no dia 7.

O professor José Carvalho, que atua na escola há 10 anos, conta que o registro dos casos de brigas entre os alunos diminuiu após a implementação da ação. Como estratégia, as datas comemorativas são utilizadas como ferramentas para propagar a paz entre eles, e as famílias também são fundamentais nesse processo. “A gente tá desenvolvendo através desse projeto a cultura da paz. Paz no trânsito, paz na rua, paz na família, paz no trabalho. Então quando a criança é bem tratada, ela vai conseguir produzir de forma mais eficiente o seu estudo, e no futuro vai ser um profissional que vai ter um melhor desempenho”, declara.

Professor José Carvalho

Investimento na educação

Nesta terça-feira (18), foi realizada uma reunião entre o presidente Lula (PT), governadores, ministros, prefeitos e autoridades dos poderes legislativo e judiciário com o objetivo de criar políticas públicas para proporcionar a segurança no ambiente escolar.

No total, o Governo Federal irá conceder R$ 3,1 bilhões para estados e municípios. Cerca de R$ 1,097 bilhão será destinado ao Programa Dinheiro Direito na Escola (PDDE), e mais 200 milhões serão direcionados para a criação de núcleos psicossociais, municipais, regionais ou estaduais.

Durante o encontro, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou várias medidas para prevenir e combater ataques nas escolas. São eles: curso de formação continuada, para professores saberem como enfrentar a violência escolar; parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para construção de paz nas escolas; investimento de R$ 150 milhões no Programa Nacional de Segurança nas Escolas, para apoio às rondas escolares, e a criação de canais virtuais de denúncia, através do portal do Governo Federal ou do WhatsApp, no número (61) 99611-0100.

Fotos: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

O Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Educação do Município de Jaboatão dos Guararapes (Sinproja) anunciou que, após a deflagração de estado de greve, a categoria irá paralisar todas as atividades da rede municipal de ensino nesta quinta-feira (20).  

A ação tem como objetivo pressionar a gestão do prefeito Mano Medeiros (PL) a pagar o reajuste de 14,95% do piso salarial, que atingirá todos os profissionais da educação. A decisão foi aprovada por unanimidade durante a Assembleia Geral realizada na última semana.  

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"A Educação precisa de investimentos e os profissionais da Educação precisam de respeito e de valorização. Salário digno e condições de trabalho são fundamentais para uma Educação de qualidade, para as filhas e os filhos de Jaboatão dos Guararapes", declarou a presidente do SINPROJA, Séphora Freitas. 

 

A Comissão de Ética Pública puniu o ex-ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro (PL), Abraham Weintraub, por declarações difamatórias sobre as universidades federais do país. As informações são da coluna de Andréia Sadi, do site G1, e foram divulgadas nesta quinta-feira (13). A Comissão é vinculada ao Governo Federal e pode exercer sanções sobre figuras públicas e essas ações, por consequência, limitam os acessos do servidor em virtude da punição. 

Além de Weintraub, também foi punido o deputado federal e ex-secretário Mário Frias (PL); e um processo contra o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, está em andamento. O caso do ex-ministro da Educação é de 2019, quando ele ainda ocupava o cargo. Weintraub foi demitido em 2020 após acumular polêmicas e atritos com ministros do Supremo.  

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À época, o ex-chefe da pasta declarou, sem apresentar provas, que as universidades plantavam maconha e utilizavam laboratórios para produzir drogas sintéticas. A declaração foi dada em entrevista ao Jornal da Cidade Online. Em 2021, Weintraub foi condenado pelo juiz João Batista Ribeiro, da 5ª Vara da Justiça Federal em Minas Gerais, a pagar R$ 40 mil por danos morais coletivos a professores representados pelo Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco, pelas declarações.  

Já Mário Frias foi punido por violar normas éticas em publicações feitas em redes sociais. Ele fez um comentário racista sobre o historiador e professor popular Jones Manoel, dizendo que ele "precisa de um bom banho", em 2021. O post foi depois apagado pelo Twitter por violação de regras. 

A comissão instaurou, ainda, um processo disciplinar contra o ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, Gilson Machado, e irá investigar se ele agiu de maneira antiética e feriu o Código de Ética da Presidência da República após promover declarações ofensivas a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em maio de 2021.  

 

O Instagram da governadora Raquel Lyra tem sido bombardeado de cobrança dos estudante da Rede Estadual de Ensino. Circula, nas redes sociais, vídeos de alunos que reclamam do não recebimento do kit de material escolar que anualmente é fornecido pelo Governo do Estado.

“Eu votei em você, mas me arrependi, porque você não quer entregar a nossa merenda. Eu estudo integral, o dia todo, isso sem falar no kit escolar que também não entregou. Eu não tenho R$ 60,00 reais para dar em um caderno", disse um dos alunos em um áudio enviado à governadora através do Instagram.

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“O povo falava mal de Paulo Câmara, mas nessas alturas, ano passado, ele já tinha dado todo nosso material, e esse ano você não nos deu nem farda, nem merenda tem para gente”, reclamou outra estudante.

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Além do kit escolar, os alunos também reclamam da falta de merenda. Em um dos vídeos, de forma inusitada e com tom irônico, um dos estudantes reclama do alimento recebido. “Bolacha seca, Raquel? Nem uma água para acompanhar aqui?”, disse.

A falta de kit escolar vem complementar a gama de reclamações e denúncias sobre a gestão de Raquel Lyra desde que assumiu o Poder Executivo pernambucano. Atraso no salário das merendeiras e falta de merenda nas escolas são casos já acontecidos ainda nos primeiros 100 dias de Lyra à frente do Governo.

Procurada pelo LeiaJá, a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE), até o momento do fechamento desta matéria, não se pronuniciou.

Estudo do British Council - organização internacional do Reino Unido para relações culturais e oportunidades educacionais - mostra que a formação docente é um dos mais graves empecilhos ao uso de tecnologia em laboratórios ou em sala de aula. Paralelamente a essa questão, as escolas brasileiras enfrentam problemas de infraestrutura.

Os dados constam do estudo O ensino de ciências da natureza e suas tecnologias na educação básica brasileira – um panorama entre os anos de 2010 e 2020, feito em parceria com a Fundação Carlos Chagas e lançado nesta quarta-feira (12). A pesquisa bibliográfica e documental tem o objetivo de inventariar e descrever aspectos fundamentais para o desenvolvimento da educação STEM (ciências, tecnologia, engenharia e matemática, na sigla em inglês).

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Segundo o levantamento, o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb) traz em seu site uma autoavaliação feita por mais de 100 mil professores brasileiros de educação básica, mostrando que não se sentem aptos a utilizar a tecnologia para nada além daquilo que fazem em sua vida pessoal.

“Há outro entrave de formação a ser superado o quanto antes: a maioria dos professores diz que não sabe utilizar a tecnologia para o seu próprio desenvolvimento profissional, ou seja, para fazer cursos online ou autoavaliação online. É uma competência a ser desenvolvida para que as ações de gestão deem mais resultados”, diz a pesquisa.

Em relação à infraestrutura, dois tipos principais de carências atrapalham as escolas: a baixa conectividade, desafio de porte para um país com a extensão territorial do Brasil, e a dificuldade de acesso a computadores, tablets e outros suportes. “Para se ter uma ideia, os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) têm uma média de cinco alunos por computador, enquanto no Brasil esse número sobe para 35 ou mais”, aponta o documento.

A pesquisa destaca que uma “questão crucial para o bom ensino de ciências é a formação continuada, que deveria complementar e atualizar conceitos num mundo sempre em mutação, com novas descobertas”.

“A forma de ensinar ciências tem mudado com celeridade, e o British Council busca compartilhar boas práticas do Reino Unido em ensino de STEM, incentivando trocas e parcerias com o Brasil”, disse, em nota, a diretora de Engajamento Cultural do British Council Brasil, Diana Daste. “Essa pesquisa tem o papel de fomentar reflexões e conversas que possam contribuir com os profissionais e pesquisadores no diálogo sobre as políticas públicas para ensino de ciências e tecnologia”.

Tecnologia e ciências

Segundo o levantamento, a computação pode colaborar fortemente com o aprendizado em outras áreas, como ciências da natureza. Além disso, é área estratégica para a sociedade contemporânea e uma das mais atrativas do mercado de trabalho.

No entanto, o estudo mostra que essa realidade ainda não foi transposta, como poderia, para o universo da educação. A pesquisa indica variação levemente declinante no número de matrículas para licenciaturas de ciências da computação entre 2015 e 2019. Pelos dados do Censo da Educação Superior, as maiores quedas se deram nas universidades estaduais e privadas, com decréscimo de 14,5% e 21,9% respectivamente, enquanto as federais tiveram crescimento de 104,8%.

De acordo com a análise, a explicação para esse quadro envolve algumas variantes, como a baixa atratividade financeira para a carreira docente. Existe, porém, a expectativa de que a implementação da Política Nacional de Educação Digital, aprovada em dezembro de 2022 e sancionada em janeiro de 2023, torne mais atrativa a carreira docente na área de ciências e tecnologia. O PL 4.513/2020 estabelece ações para ampliar o acesso à tecnologia em cinco frentes: inclusão digital, educação digital, capacitação, especialização digital e pesquisa digital.

Outro dado que chama a atenção é o aumento da presença do Ensino a Distância (EAD). Entre as licenciaturas selecionadas para o estudo, entre 2010 e 2019, os maiores crescimentos na EAD foram nas áreas de matemática (46,5%) e computação (46%).

As autoras da pesquisa levantam a possibilidade de a mobilização para abertura de cursos na área de matemática, além de necessária pela importância da disciplina e pela demanda por esse profissional, ser mais simples em termos de infraestrutura para as instituições de ensino superior. “Afinal, esse crescimento não foi acompanhado por disciplinas que, idealmente, demandam a montagem de laboratórios, como física, química e biologia, que exigem maior aporte financeiro para sua oferta”.

Modernização do ensino

A necessidade da modernização do ensino de ciências no país é um dado recorrente na pesquisa. Os pontos de atenção levantados incluem, por exemplo, o acesso reduzido a materiais de laboratório e os desafios enfrentados pelos docentes no processo de inserção e desenvolvimento do letramento científico na rotina da escola básica.

Outro cenário apontado é a necessidade de ambiente propício para a ampliação do currículo de ciências e tecnologias com assuntos interdisciplinares, que envolvam temas como gênero e raça.

Entre as recomendações que o estudo propõe, destaca-se como fundamental a ampliação da formação continuada e troca de experiências docentes.

Nesta terça-feira (11), imagens que circulam nas redes sociais mostram mensagens de um possível atentado na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), localizada na área central do Recife. No entanto, ao LeiaJá, a instituição confirmou que apenas uma é de um espaço da universidade. 

Em um cartaz, fixado no banheiro da Unicap, há informação de que o suposto ataque está previsto para o dia 20 de abril. "Atentado. Dia 20/04", diz a mensagem. À reportagem, a universidade, através de nota, ressalta que tem "acompanhado o amplo monitoramento realizado no âmbito federal, estadual e municipal" sobre os atentados ocorridos em entidades educacionais nas últimas semanas.

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Além disso, a Unicap salienta o compromisso com "a paz" e recomenda que não sejam compartilhados conteúdos falsos ou "notícias falsas que incluam informações ou motivações relacionadas a atos extremos de violência, a fim de não repercutir qualquer valorização do terror". 

Sobre a ameaça, a universidade afirma que identificou as pessoas que podem ser as responsáveis pela propagação dos conteúdos e solicitou às autoridades a adoção de medidas, "sem prejuízo do que compete a esta IES adotar". No comunicado, a Unicap também pede que seja comunicado às instâncias administrativas e de gestão qualquer situação de risco para evitar a disseminação do medo.

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Adolescentes são flagrados portando facas em escolas no Recife nesta terça-feira (11). Em vídeo que circula nas redes sociais, a Escola Jornalista Costa Porto, no Bairro do Jordão, Zona Sul do Recife, foi ocupada por policiais após denúncias. Os agentes apreenderam três alunos, que confessaram a tentativa de atos de violência em ambiente escolar.

Na última segunda-feira (10), um menino de 12 anos da Escola Luis de Camões, no bairro do Pina, também na zona sul da cidade, foi encaminhado para a delegacia após simular um ataque na instituição de ensino. Segundo relatos, ele não portava nenhuma arma nem feriu ninguém, mas houve ameaças de morte nas redes sociais. 

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Em entrevista ao LeiaJa, o líder comunitário do bairro da Brasília Teimosa que vem acompanhando os casos, Wilson Lapa, disse que está com medo do que pode acontecer diante às ondas de ameaças que circulam por todo o país.

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"O que me assusta e minha preocupação é esse dia 20, que eles [criminosos] estão colocando a nível nacional que vão fazer massacres nas escolas. Isso me preocupa. As escolas pensam em fazer no dia 20, às aulas de maneira virtual ou uma grande caminhada com os estudantes nas ruas das comunidades pedindo segurança e paz", disse Wilson.

Ele ainda afirmou que é contra a essa possível caminhada pois poderia colocar a vida dos estudantes em risco. "Nesse momento eu não concordo com isso, pois poderia expor a vida das crianças nesse momento de insegurança. Não é o momento, poderia ser em outra data, mas agora não".

Com colaboração de Rachel Andrade

 

Em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Academia Assaí, organização social do Assaí Atacadista, está lançando o curso on-line “Empreendedorismo como opção de carreira: entenda como é administrar um pequeno negócio”.  O treinamento é gratuito e destinado para quem quer abrir um negócio ou para pequenos empreendedores iniciantes que querem deslanchar a sua empresa.

O conteúdo tem duração de duas horas e acontecerá no dia 25 de abril, a partir das 18h. Os interessados devem se inscrever até o dia 24 de abril no site do programa.

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Os participantes aprenderão sobre os aspectos positivos e negativos de uma carreira empreendedora e um panorama do cenário empreendedor no Brasil, além de saberem mais como construir e dar asas aos sonhos, características do comportamento empreendedor e como mensurar uma boa ideia.

A aula será ministrada pela Alessandra Fittipaldi, especialista em pequenos negócios com foco em gestão, mercado e inovação com 30 anos de experiência profissional. 

Ao concluírem o curso, os participantes receberão um certificado de participação e aprendizagem do conteúdo.

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