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A França suspenderá a partir da meia-noite e por 48 horas todos os deslocamentos de pessoas procedentes do Reino Unido, "inclusive as relacionadas ao transporte de mercadorias, por estrada, via aérea, marítima ou ferroviária", informou o governo neste domingo.

"Apenas o transporte de carga desacompanhada será autorizado. Os fluxos de pessoas ou transportes na direção do Reino Unido não serão afetados", disse o governo após um Conselho de Defesa da Saúde realizado por videoconferência presidido pelo presidente Emmanuel Macron, que está em quarentena após ter testado positivo para o coronavírus.

A decisão francesa é anunciada após medidas semelhantes serem tomadas pela Bélgica, Holanda, Itália, Alemanha e Irlanda, devido a uma variante do vírus SARS-CoV-2 detectada no Reino Unido.

"Essa variante genética não parece causar, até onde se sabe, aumento da gravidade ou resistência à vacina" e "não está claro, por enquanto, que a já mencionada 'rápida' disseminação dessa mutação no Reino Unido está ligada a uma propriedade intrínseca deste vírus", explicou o governo, segundo o qual "não foi comprovado até ao momento o fato de esta cepa ser mais contagiosa".

Mas, continuam os serviços do primeiro-ministro francês Jean Castex, "no contexto da aceleração da epidemia há alguns dias no Reino Unido, as autoridades sanitárias britânicas notificaram a Organização Mundial de Saúde que esta mutação poderia, possivelmente, ser mais contagiosa do que as outras variantes do SARS-CoV-2".

O prazo de 48 horas "dará tempo para a coordenação entre os Estados-Membros da União Europeia para definir uma doutrina comum sobre a regulamentação e controle das chegadas do Reino Unido" e "preparar operacionalmente para uma reabertura segura das chegadas do Reino Unido a partir de 22 de dezembro, e que contará com um dispositivo de teste obrigatório na partida" , disse o governo.

O governo da Espanha informou neste domingo (20) que pediu a Bruxelas uma resposta "coordenada" sobre os voos com o Reino Unido, depois que vários países da região anunciaram que suspenderão suas conexões aéreas com este país devido a uma nova cepa do coronavírus.

"O objetivo é proteger os direitos dos cidadãos comunitários a partir da coordenação, evitando a unilateralidade", explicou o governo espanhol em um comunicado.

A Espanha fez o pedido "nesta manhã (domingo) à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e ao presidente do Conselho Charles Michel", afirmou o comunicado.

Caso não haja uma atuação conjunta, Madri tomará medidas "em defesa dos interesses e direitos dos cidadãos espanhóis", acrescentou o governo do socialista Pedro Sánchez.

Ao anunciar o reconfinamento de Londres e partes do sudeste da Inglaterra, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson relacionou o aumento de casos de covid-19 nessas áreas com a nova cepa do coronavírus descoberta.

A Alemanha também estuda a possibilidade de suspender os voos com o Reino Unido e África do Sul, onde também foi detectada essa variante do vírus.

Vários países europeus começaram, neste domingo (20), a proibir voos procedentes do Reino Unido, após a descoberta de uma variante mais contagiosa do coronavírus que circula "fora de controle" nesse país e diante da qual a OMS pediu para "reforçar os controles".

Seguindo os passos da Holanda, onde a suspensão dos voos de passageiros procedentes do Reino Unido entrou em vigor neste domingo e será mantida até 1o de janeiro, Bélgica e Itália anunciaram que também suspenderão suas conexões aéreas britânicas.

O governo alemão estuda "seriamente" fazer o mesmo com os voos procedentes do Reino Unido e África do Sul.

Espanha, por sua vez, pediu uma resposta "coordenada" da Europa sobre esses voos.

Essas medidas acontecem ao mesmo tempo em que um terço da população inglesa inicia um reconfinamento, devido a uma nova cepa do coronavírus que circula "fora de controle", segundo o ministro britânico da Saúde, Matt Hancock.

Diante desta nova cepa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu para "reforçar os controles" na Europa.

Fora do território britânico, foram detectados vários casos na Dinamarca (9), um na Holanda e outro na Austrália, segundo a OMS, que recomendou aos seus membros "aumentar suas [capacidades de] sequenciamento" do vírus, afirmou uma porta-voz da OMS Europa.

- 70% mais contagiosa -

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson já havia explicado no sábado que Londres e o sudeste da Inglaterra voltariam a respeitar um confinamento rigoroso, às vésperas das festas natalinas, porque uma nova variante do vírus circulava muito mais rápido.

Em declarações à Sky News, Hancock disse que a situação era "extremamente séria".

"Será muito difícil controlá-la até que tenhamos distribuído a vacina", afirmou. "Teremos que lidar com isso durante os próximos dois meses".

Os cientistas descobriram esta variante em um paciente em setembro.

Susan Hopkins, de Saúde Pública da Inglaterra (PHE), disse à Sky News que a agência avisou ao governo na sexta-feira, depois que os estudos revelaram a gravidade da nova cepa.

A cientista confirmou os dados divulgados por Johnson, que estabelecem que esta variante pode ser 70% mais contagiosa.

Desde a semana passada, a Europa é a região do mundo com mais mortes pela covid-19, com mais de 514.000 óbitos desde o início da pandemia há quase um ano.

Para evitar que o vírus se propague ainda mais durante as festas de Natal e Ano Novo, vários países impuseram novas restrições mais rigorosas.

Na Holanda está em vigor um confinamento de cinco semanas, e as escolas e comércios que não são essenciais permanecerão fechados até meados de janeiro.

Itália, um dos países mais afetados com mais de 68.400 mortes e quase dois milhões de casos, impôs novas medidas para as festas, entre 21 de dezembro e 6 de janeiro: só estará permitida uma saída ao ar livre diária por casa, não estará permitido viajar entre regiões e bares, restaurantes e lojas não essenciais estarão fechados.

- Sem "pressa" no Brasil -

No restante do planeta, o vírus continua se espalhando. No total, o coronavírus cobrou mais de 1,6 milhão de vidas em todo o mundo e infectou mais de 76 milhões de pessoas, de acordo com uma contagem da AFP neste domingo com base em fontes oficiais.

A Rússia superou os 50.000 mortos por Covid-19, segundo as autoridades de saúde, embora os especialistas acreditem que o número real é muito maior. Um ex-funcionário da agência estatística nacional russa, Alexéi Raksha, fala de 250.000 mortos.

No Chile, os novos casos confirmados aumentaram 22% na última semana, despertando preocupação no governo sobre um possível novo pico pandêmico.

E em El Salvador, o governo pediu à população para cumprir com as medidas sanitárias para conter um aumento dos casos.

No Brasil, o segundo país do mundo com mais mortos (186.356) atrás dos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro não parece tão preocupado com o assunto.

"A pandemia realmente está chegando ao fim. Os números têm mostrado isso aí. Estamos com uma pequena ascensão agora, o que se chama de pequeno repique; pode acontecer. Mas pressa para a vacina não se justifica, porque você mexe com a vida das pessoas", disse o presidente em uma entrevista com seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, no YouTube.

A maioria dos países aguardam impacientes o início das campanhas de vacinação, que se apresentam como a única forma de conter o vírus.

Na União Europeia, começarão a partir de 27 de dezembro, seguindo os passos dos Estados Unidos e Reino Unido.

Rússia e China também começaram a administrar vacinas em seu território produzidas em nível nacional.

Centenas de voos foram cancelados nesta terça-feira (24) no aeroporto internacional de Pudong, o principal de Xangai (leste da China), após a detecção de vários casos de Covid-19 em funcionários do serviço de frete aéreo.

Mais de 500 voos que deveriam decolar de Xangai-Pudong foram cancelados e quase 45% dos voos com previsão de pouso para o terminal também foram suspensos, informou o site especializado Variflight.

As autoridades de Xangai, metrópole de 24 milhões de habitantes e capital econômica da China, informaram sete pacientes de Covid-19.

A maioria dos casos foi detectada nos últimos dias no aeroporto de Pudong, o que provocou uma campanha em larga escala de testes e a vacinação dos trabalhadores considerados de maior risco.

Na madrugada de segunda-feira, profissionais da saúde com trajes de proteção levaram muitos funcionários do aeroporto a um estacionamento para organizar os testes de detecção de coronavirus.

Na cidade de Tianjin, de 15 milhões de habitantes, a 100 km de Pequim, foram detectados cinco casos de covid-9 no sábado e um nesta terça-feira, o que provocou o cancelamento de quase metade dos voos previstos para o aeroporto local.

Tianjin também organiza desde sábado uma grande campanha de testes.

A China controlou a epidemia desde a primavera (hemisfério norte), graças a testes, confinamentos ou quarentenas, e a vida retomou o ritmo quase normal, exceto em alguns focos localizados.

O novo aeroporto internacional de Berlim entrou em operação neste sábado (31), com nove anos de atraso e em um contexto em que o setor aéreo atravessa a pior crise de sua história por conta da pandemia do novo coronavírus. Dois aviões, respectivamente, das companhias aéreas Lufthansa e Easyjet pousaram por volta das 14h00, hora local (10h00), marcando assim simbolicamente o batismo do Aeroporto Brandenburg Willy-Brandt (BER), no sudeste da capital da Alemanha.

O primeiro voo comercial, entre Berlim e Londres, está marcado para domingo. Não houve grande pompa na inauguração das instalações, devido à crise sanitária, mas também por todos os contratempos que abalaram este grande projeto criado após a reunificação (fracassos, negligências, suspeitas de corrupção, demissões ...).

Além disso, cem manifestantes de várias associações ambientais se reuniram no local, em meio a fortes medidas de segurança, para protestar contra a sua inauguração, segundo jornalistas da AFP.

"O avião representa um grande fardo para o clima. Não precisamos de um novo grande aeroporto", disse Ludwig Bräutigam, 50, membro do coletivo ambiental "Extinction Rebellion".

A construção do “BER”, com uma área de 360.000 m2 e cujo terminal 1 pode receber 27 milhões de pessoas por ano segundo os operadores, teve início em 2006, e deveria ter sido concluída em 2011.

Seu custo inicial, estimado em 1,7 bilhão de euros (2 bilhões de dólares), aumentou para 6,5 bilhões (7,65 bilhões de dólares). Em 2012, as obras foram interrompidas repentinamente porque os dispositivos de segurança contra incêndio não funcionavam.

A inauguração, prevista para algumas semanas depois, na presença de Angela Merkel e 10 mil espectadores, teve que ser cancelada às pressas. A crise de saúde, que praticamente paralisou o tráfego aéreo nos últimos meses, agravou ainda mais as preocupações dos administradores aeroportuários.

O helicóptero que caiu na manhã desta quinta (15) no distrito de Passa Três, em Rio Claro, no estado do Rio de Janeiro, não estava apto a realizar vôos, segundo informou a Agência Nacional de Aviação (Anac). Os dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) apontam que o veículo, de matrícula, PR-ESK, estava com o Certificado de Aeronavegabilidade cancelado e com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) vencido. Veja abaixo as informações da aeronave: O acidente deixou duas pessoas mortas.

Ainda segundo a Anac, o proprietário da aeronave de modelo R44, de 2005, da fabricante Robinson, atende por Kaio Genario Ferreira de Melo. Esse tipo de helicóptero é capaz de transportar até três passageiros.

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“É importante ressaltar que a Aeronáutica, por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), é o órgão responsável por apurar ocorrência aéreas”, acrescentou Anac, por meio de nota.

Autoridades dos Estados Unidos e Reino Unido estão negociando uma redução nas restrições de viagens entre Nova York e Londres, com menor tempo de quarentena obrigatória, em meio a um conhecimento maior da covid-19 e também por conta do acesso mais fácil de exames para detecção da doença. Segundo fontes ouvidas pela Dow Jones Newswires, a ideia é chegar um consenso até as festas de fim de ano.

Atualmente, cidadãos americanos viajando para o Reino Unido precisam realizar isolamento de 14 dias e não podem viajar para a maior parte dos países da União Europeia. Já os EUA barram entradas de pessoas vindas do Reino Unido e da Europa a não ser que sejam cidadãos americanos ou tenham visto de residência permanente.

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Uma das exigências para que o plano seja implementado são exames de covid-19 realizados tanto na saída quanto na entrada dos países, em uma tentativa de mostrar que viagens intercontinentais podem ser seguras para retomar o tráfego aéreo internacional, ainda muito afetado pela pandemia.

Apesar de o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca ter aprovado o plano, a dificuldade continua sendo o número ainda elevado de casos do novo coronavírus nos Estados Unidos, causando temores que um maior fluxo de norte-americanos indo para o Reino Unido possa causar um aumento da doença no país.

Popular dentro do governo Bolsonaro, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, rejeitou a ideia de alçar voos mais altos na política, como a disputa por algum governo estadual ou a própria cadeira de presidente da República.

"Não, de jeito nenhum. Quem eu era antes do presidente Bolsonaro? Ninguém. Ele apostou em mim, me deu condição de trabalhar, me proporcionou um time técnico", disse em entrevista concedida a Rádio Jovem Pan.

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Segundo Freitas, concorrer por um cargo público não está nos planos, nem no "futuro".

"Eu gosto é de trabalhar com técnicos, a gente está completamente focado nos nossos projetos", afirmou o ministro.

O impacto devastador da Covid-19 no transporte aéreo teve, pelo menos, o resultado positivo de acelerar as pesquisas para transformar os aviões em bolhas sanitárias, com raios ultravioleta, desinfetantes ou tratamentos térmicos.

Diante da queda do tráfego aéreo e do medo de que os passageiros relutem em entrar no avião devido à disseminação do vírus, Boeing e Airbus rapidamente lançaram células de crise.

O objetivo número 1 de ambos os grupos é ganhar a "confiança" do passageiro, apesar de o vírus continuar assombrando o setor, que prevê uma queda do tráfego aéreo de mais da metade em 2020 em relação ao ano anterior.

A maioria das companhias intensificou as operações de limpeza e desinfecção de aeronaves, e algumas descontaminam regularmente as cabines com um agente virucida, que permanece ativo por vários dias.

Sua associação, IATA, garante que o risco de contrair o vírus a bordo é extremamente baixo.

A Boing, que lançou o programa "Confident travel initiative", acaba de lançar um sistema de raios ultravioleta que permite a desinfecção da cabine, banheiros e cozinhas, em teoria em quinze minutos, entre dois voos. Espera poder comercializá-lo este ano.

- Limite de tempo -

O procedimento responde principalmente ao "limite de tempo" que garante a rotação rápida do avião, disse Kevin Callahan, técnico responsável pelo programa ultravioleta da Boeing.

Além dessa técnica para neutralizar o vírus, as duas empresas estudam outras, como a pulverização em forma de nuvem de produtos químicos, o uso de revestimentos especiais, peróxido de hidrogênio em estado gasoso, desinfecção térmica, aumento da temperatura da cabine para 60ºC ou mesmo a ionização do ar.

Assim como os ataques de 11 de setembro de 2001 impulsionaram uma atualização dos regulamentos de segurança no setor da aviação, a crise da covid-19 pode desempenhar o mesmo papel, mas no campo da saúde.

Embora os critérios de segurança sanitária em aeronaves já sejam "muito altos", esta crise pode levar a um novo padrão, comentou à AFP Jean-Brice Dumont, vice-presidente executivo de engenharia da Airbus.

Várias técnicas estão sendo testadas ao mesmo tempo porque as limitações são múltiplas: perigo para o operador ou para o passageiro, que todos os países do mundo aceitem o método, o tempo de aplicação entre dois voos, os riscos de deterioração das superfícies, etc.

Por exemplo, a técnica de descontaminação térmica foi bem recebida pela fabricante europeia, mas leva muito tempo para ser aplicada.

"Outra dimensão é psicológica", enfatizou Bruno Fargeon, que dirige o programa "Keep trust in air travel" da Airbus.

- Lenço, a arma suprema -

"Quanto mais controle, melhor", explicou à AFP. Assim, o passageiro se sentirá mais calmo se puder limpar-se, com um lenço desinfetante, os elementos com os quais estará em contato.

As epidemias de sars (síndrome respiratória aguda grave) em 2002-2003 e de ebola já levaram à aplicação de regras de segurança sanitária.

O sistema de ventilação da cabine foi otimizado após a epidemia de sars. O ar circulante é filtrado e totalmente renovado a cada dois ou três minutos.

Mais recentemente, a proliferação de percevejos, um inseto muito viajante, levou ao desenvolvimento de um procedimento de desinfecção muito completo nas cabines. Mas é bastante difícil de executar, pois requer a remoção de alguns elementos.

Outra pista que está sendo explorada para expulsar vírus ou bactérias das cabines é o uso de revestimentos especiais para neutralizá-los.

Além disso, o "sem contato", que já é utilizado nos dispensadores de sabão, é cada vez mais utilizado nos aeroportos para check-in e embarque, sendo também uma tática para conter a disseminação do vírus.

"Procuramos o melhor método, porque todos têm efeitos colaterais [...] Qualquer método tem seus pontos fortes e fracos", advertiu Dumont.

Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (14) que irão suspender os voos privados fretados para Cuba, endurecendo sua ofensiva para reduzir as fontes de entrada de divisas de Havana e aumentando a pressão sobre a economia da ilha.

O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, informou que pediu ao Departamento de Transporte que suspenda os voos privados fretados para todos os aeroportos de Cuba. "A suspensão dos voos charter irá tirar recursos econômicos do regime cubano", afirmou, no momento em que a economia da ilha sofre o impacto da pandemia do novo coronavírus.

O governo cubano reagiu através de Carlos de Cossio, diretor para os Estados Unidos da chancelaria cubana, criticando a medida e afirmando que a mesma tem "um impacto escasso na prática".

Pompeo informou que o governo do presidente Donald Trump continuará cortando a receita que o governo cubano obtém das taxas de aterrissagem, reservas em hotéis estatais e outros lucros relacionados ao turismo.

O anúncio é feito a menos de três meses das eleições presidenciais americanas, uma disputa em que Trump está atrás nas pesquisas de opinião e onde o resultado na Flórida, reduto de cubanos contrários ao governo de Havana, é fundamental para a sua vitória. Segundo a chancelaria cubana, "a medida busca satisfazer à máquina política eleitoral do sul da Flórida".

A ordem afeta todos os voos privados entre os Estados Unidos e os aeroportos da ilha, exceto aqueles destinados a uso médico, de pesquisa e outros itens considerados de interesse dos Estados Unidos.

Em maio passado, o Departamento de Transportes estabeleceu um limite de 3.600 voos privados por ano, em linha com a bateria de limitações voltada para o setor de turismo, remessas e atividade econômica da ilha. Em outubro, os Estados Unidos anunciaram a proibição de voos para qualquer ponto da ilha que não fosse Havana.

- Nova disputa na ONU -

Os Estados Unidos e Cuba, que se enfrentam há seis décadas, após a Revolução, vivenciaram uma reaproximação diplomática promovida pelo então presidente democrata, Barack Obama. Mas desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca, em 2017, Washington endureceu o bloqueio à ilha que está em vigor desde 1962, alegando violações aos direitos humanos e apoio cubano ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Este anúncio, que coincide com a data de nascimento do falecido líder Fidel Castro, ocorre em um momento em que Washington se envolve em uma nova briga com Havana pela candidatura de Cuba ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.

O principal diplomata dos Estados Unidos para a América Latina, Michael Kozak, destacou que o governo cubano "usa o turismo e fundos de viagens para financiar seus abusos e interferências na Venezuela". Ele argumentou que "não se pode permitir que os ditadores se beneficiem de viagens dos Estados Unidos".

A decisão segue outras sanções, como a suspensão de cruzeiros, a proibição do aluguel de aviões para a companhia área Cubana de Aviación e várias restrições que limitam as remessas.

O presidente do Conselho de Comércio e Economia entre Estados Unidos e Cuba, John S. Kavulich, explicou à AFP que desde que Obama restabeleceu o tráfego aéreo comercial com a ilha, a importância dos voos privados diminuiu.

“Não vai haver um impacto substancial”, previu o especialista, mas ele indicou que serão afetadas as visitas de celebridades ou empresários que utilizam este meio para chegar à Cuba.

American Airlines e United Airlines anunciaram nesta quinta-feira (4) que terão mais voos em julho, para atender ao aumento da demanda, sugerindo que o setor aéreo deixou para trás o pior dos bloqueios causados pela pandemia de Covid-19.

A American Airlines irá operar 55% de seus voos nos Estados Unidos e quase 20% de seu programa internacional, após verificar um crescente interesse dos consumidores nos estados do país que promoveram mais rápido a reabertura, depois da quarentena decretada contra a pandemia.

"Estamos vendo um aumento lento, mas constante, da demanda interna. Após uma revisão cuidadosa dos dados, criamos um calendário de julho que se ajusta" a esta informação, disse Vasu Raja, vice-presidente de planejamento da empresa. "Nosso programa de julho inclui a menor redução da capacidade anual desde março."

Mais tarde, a United Airlines anunciou que iria retomar os voos para mais de 150 destinos nos Estados Unidos e Canadá, aumentando os trajetos diretos de Chicago, Denver, Nova York e seus outros quatro hubs. "Muitos clientes nos disseram que estão considerando voar outra vez", indicou a empresa, assinalando que a capacidade se reduziria para abaixo de 70% em julho, comparado ao mesmo mês do ano passado.

As principais empresas do setor cortaram o serviço e incentivaram suas equipes a tirar férias não remuneradas para tentar economizar dinheiro, após a queda da demanda em até 95% como resultado da pandemia. Mas a American, que tem um nível de dívida mais alto que outras companhias aéreas líderes nos Estados Unidos, indicou que tinha uma média de 110,3 mil clientes no fim de maio, mais do triplo de abril. Seus aviões voavam com 55% de sua capacidade no fim de maio, contra 15% em abril.

O anúncio alavancou as ações das companhias aéreas, incluindo a American, que registrou alta de 26,4%, a 14,97 dólares, esta manhã.

Nesta terça-feira (26), a LATAM anunciou falência, salientando que, contudo, esta decisão não afetará imediatamente seus voos.

A declaração inclui suas afiliadas na Colômbia, Peru e Equador, assim como suas operações nos EUA, mas omite suas afiliadas na Argentina, Brasil e Paraguai.

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Anteriormente, a gigante do setor aéreo anunciou que demitiria 1.400 de seus funcionários na América Latina devido à pandemia do coronavírus, além de diminuir suas operações em 95% em meio ao colapso das viagens internacionais.

Contudo, a LATAM divulgou que gradualmente aumentaria o número de voos começando em junho deste ano, prometendo passagens a valores econômicos e opções mais flexíveis para passageiros. A estratégia busca alcançar 18% de sua capacidade anterior à crise.

Da Sputnik Brasil

Os Estados Unidos podem impor restrições a voos do Brasil ainda neste domingo, disse o conselheiro de Segurança Nacional do país, Robert O'Brien, em entrevista ao programa Face The Nation, da CBS, veiculada nesta manhã. "Acho que hoje teremos uma decisão com relação ao Brasil, assim como fizemos com o Reino Unido, a Europa e China. Esperamos que seja temporário, mas, devido à situação no Brasil, tomaremos todas as medidas necessárias para proteger o povo americano", disse O'Brien. O conselheiro afirmou que os Estados Unidos vão analisar também as restrições para voos de outros países da América do Sul, país por país.

A medida de impedimento de viajantes que chegam do Brasil está sendo aventada pelo governo dos Estados Unidos após o Brasil se tornar o segundo país com maior número de casos do mundo, com 347 mil pessoas infectadas, e liderar o ranking de novos casos por dia. Na última terça-feira, o presidente norte-americano, Donald Trump já havia cogitado essa possibilidade.

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O'Brien também avaliou como "difícil", "corajosa" e "acertada" a decisão de proibir voos entre estados Unidos e China ainda no fim de janeiro. "Centenas de milhares ou milhões de vidas foram salvas porque o Presidente Trump tomou uma decisão que foi totalmente corajosa no momento em que não acreditavam que isso fosse um sério risco à saúde ou mesmo uma pandemia global", observou o conselheiro, citando que os voos entre Estados Unidos e Europa deveriam ter sido interrompidos mais cedo, antes de março.

Ainda sobre o novo coronavírus, O'Brien disse que acredita que os Estados Unidos vão desenvolver uma vacina para a doença antes da China. Ele afirmou também que o governo chinês estaria envolvido em uma "espionagem" sobre a pesquisa e tecnologia norte-americanas utilizadas no desenvolvimento da vacina e no tratamento da doença. "E eu não ficaria surpreso se eles fizessem isso com vacinas. Este foi um vírus que foi desencadeado pela China", argumentou. O'Brien disse que a orientação de Trump é de que caso o país desenvolva a vacina compartilhem com o mundo inteiro.

Quanto à cúpula do G7, prevista para ocorrer em junho, em Washington, O'Brien afirmou que considera que os líderes das principais economias do mundo adorariam discutir e planejar o mundo pós-covid-19 pessoalmente e não por videoconferência. "Se acontecer pessoalmente e achamos que acontecerá, ocorrerá no fim de junho. Acho que estamos chegando muito perto do pico, se ainda não estamos no pico de Washington e se a situação permitir e pensamos que sim, adoraríamos ter o G7 pessoalmente", apontou. O evento estava marcado para ocorrer entre 10 e 12 de junho e Trump cogita realizar encontro como previsto.

O conselheiro acrescentou que não cogita adiamento das eleições presidenciais, mesmo em um eventual segundo fechamento do país para controle da pandemia. "Queremos garantir que tenhamos uma eleição livre e justa. Que as eleições ocorrerão no dia das eleições, não há dúvida sobre isso. E queremos garantir que os americanos possam ir às urnas com segurança e faremos todo o possível para garantir que isso aconteça", assegurou.

O novo embaixador norte-americano no Brasil, Todd Chapman, afirmou na manhã desta quinta-feira (21) que os voos do País para os Estados Unidos continuarão, sempre respeitando as medidas adotadas desde o início da crise do novo coronavírus, que restringe o número de viagens aéreas para várias partes do globo. Segundo disse em entrevista à rádio CBN, eram 13 voos daqui para os EUA, mas por conta da pandemia, atualmente são nove. "Estamos sempre analisando isso como forma de proteção não só aos EUA, mas também para o Brasil. Por ora, continuam os voos. É uma realidade que já tem impacto em muitos países, mas sempre será uma análise que faremos juntos com o governo do Brasil", afirmou.

Chapman agradeceu o trabalho da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas reclamou da conduta da instituição em relação à China, onde relatos indicam que o novo coronavírus teria começado. "Reclamamos da falta de transparência que não veio da China para controle do vírus. E essa informação falta que está causando danos. É uma atitude pouco responsável para a saúde pública do mundo e todos pagam a conta", lamentou.

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De acordo com Chapman, há três formas adotadas pelos EUA para a recuperação da economia. Segundo ele, além da liberação de recursos para trabalhadores neste momento de crise e de crédito para as empresas, o país também acredita em retorno de algumas empresas norte-americanas da China. Chapman disse que há relatos de interesses de companhias que estariam com intenção de sair do país asiático para outros destinos, não só os EUA.

"Conhecendo a dependência de empresas da indústria chinesa, muitas delas estão planejando sair de lá. Nós também estamos recebendo informações de companhias interessadas em voltar para os EUA, em encontrar outros lugares para os seus bens. E isso ajudará na reativação da economia americana", contou, completando que caso isso venha a ocorrer de fato, também poderá beneficiar o Brasil.

O embaixador disse que a ajuda do governo norte-americano ao Brasil no combate à pandemia de covid-19 está chegando em dinheiro, sendo R$ 17 milhões para a Fiocruz e o Ministério da Saúde, além de "mais ou menos" R$ 14 milhões que serão enviados a pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente da região amazônica. "Estamos muito felizes em podermos oferecer essas doações".

Conforme ele, os EUA e as instituições de lá estão mantendo parcerias também na parte da ciência, no sentido de avanço de vacina para o combate à doença. "Temos uma parceria décadas. O compartilhamento de informações é muito importante."

A pandemia da covid-19 que assolou o mundo inteiro deixará marcas e mudanças na normalidade que conhecemos. Umas dessas mudanças já prevista por especialistas em aviação foi divulgada pela Associação Internacional de Transportes Aéreos. Os vôos podem ter uma série de restrições e cuidados após a pandemia. 

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As possíveis alterações já são debatidas e analisadas por especialistas. "Não existe uma única medida que reduza o risco e permita um reinício totalmente seguro. Porém, protocolos implementados globalmente e reconhecidos pelos governos podem ajudar a alcançar o resultado desejado. Temos pouco tempo para chegarmos a um acordo sobre os padrões iniciais de retomada. Se não dermos esses primeiros passos de maneira harmonizada, passamos muitos anos recuperando um terreno que não deveria ter sido perdido", disse Alexandre de Juniar, CEO da organização.

 A primeira das mudanças é em relação a embarques que não devem acontecer sem que as empresas testem os passageiros, situação que já acontece com a Emirates em alguns destinos. Medição de temperatura também já é realizada por algumas empresas como Frontier Airlines e a Etihad. A medição pode ser feitas com aparelhos especializados e com câmeras térmicas. 

Filas serão evitadas a todo custo e as máscaras, já obrigatórias em diversos países, serão implementadas entre as medidas. Até mudanças nos designs dos aviões como foi apresentada pela italiana Aviointeriors que pode ter cabines e cadeiras viradas para trás pode ser uma das mudanças.

Robôs para limpezas e higienização dos passageiros e também das malas podem ser inseridos como obrigação das companhias além de diversas outras alterações como uso de telefones para avisar da proximidade do passageiro evitando aglomerações nas filas. 

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que continua a avaliar a possibilidade de proibir voos com o Brasil. Durante entrevista a repórteres, ele foi questionado se considerava vetar os voos com o País e com a América Latina. "Nós consideramos isso. Esperamos que não tenhamos um problema", respondeu, lembrando em seguida que o governador da Flórida, um dos Estados americanos mais frequentados por brasileiros, tem reforçado os testes para evitar mais contaminações.

"Eles estão tendo problemas", afirmou Trump, referindo-se aos brasileiros. "O Brasil está tendo alguns problemas, sem dúvida", notou. "Não quero pessoas vindo aqui contaminando nosso povo", disse ele. Além disso, informou que os EUA têm ajudado o País, com o envio de respiradores para tratar pacientes da covid-19.

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Trump já havia mencionado anteriormente a possibilidade de vetar voos com o Brasil, para conter a disseminação na doença dos EUA. Em suas declarações, ele também disse considerar "por um lado positivo" o fato de que os EUA registram muitos casos, pois isso significa que o país tem realizado muitos testes e que estes são "muito bons".

Após quase dois meses, o governo espanhol revogou nesta terça-feira (19) a proibição da chegada de voos e de barcos da Itália. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado e mantém apenas a proibição para os navios de cruzeiro de qualquer nacionalidade.

Em 25 de março, como uma das primeiras medidas de combate à propagação do novo coronavírus (Sars-CoV-2), o governo da Espanha anunciou a medida - já que os italianos estavam enfrentando a crise sanitária de maneira mais intensa.

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"Está revogada a Ordem TMA/330/2020, de 8 de abril, que havia prorrogado a proibição da entrada de navios de passageiros procedentes da República Italiana e de cruzeiros de qualquer origem com destino aos portos espanhóis para limitar a propagação e o contágio pela Covid-19, assim como seus antecedentes, em particular a Ordem TMA/286/2020, de 25 de março", diz uma parte do texto oficial.

Pouco mais abaixo na decisão, há o reforço da medida e a manutenção das "proibições de entrada nos portos espanhóis de navios de passageiro do tipo cruzeiro procedentes de quaisquer portos, restrição que se mantém".

Tanto Itália como Espanha conseguiram controlar o nível e a rapidez da transmissão do novo coronavírus e estão fazendo reaberturas em diversos setores para a retomada da "nova normalidade".

Da Ansa

As recentes declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, de que o Brasil tem alto número de mortes, sinalizaram a empresários e autoridades americanas ligadas à comunidade brasileira que o avanço da pandemia no Brasil preocupa.

Na semana passada, ao receber na Casa Branca o governador da Flórida, Ron De Santis, Trump perguntou se seria necessário suspender os voos do Brasil. A hipótese já tinha sido levada ao presidente antes, por um outro republicano, o prefeito de Miami, Francis Suarez. "O Brasil é obviamente um dos locais com grande número de infectados", disse Suarez, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

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"Eu disse há um tempo que deveríamos suspender os voos de todos os lugares que têm alta concentração de infectados, e isso inclui os voos que saem de Miami também. Se restringirmos os voos dos lugares com muitos casos de covid-19, diminuímos as chances de trazer o problema de fora."

O Brasil diz que há poucos passageiros que partem do País para os EUA e as rotas em operação servem, em sua maioria, para repatriar brasileiros que estão fora do país. Há hoje 13 voos, segundo a embaixada dos EUA no Brasil, que operam em 4 rotas entre os dois países.

O único voo com viagens diárias vai para Houston, no Texas. As outras rotas são para o Estado da Flórida: Miami, Orlando e Fort Lauderdale. A Casa Branca, assim como o governador da Flórida, evita fazer críticas à estratégia adotada pelo Brasil, mas há diplomatas brasileiros que admitem, nos bastidores, que a restrição de voos será adotada se o número de casos no Brasil continuar a crescer.

Trump falou sobre o Brasil em outras três ocasiões recentes. Em todas, chamou a atenção para o número "muito alto" de mortes. A preocupação, porém, não está restrita às autoridades dos EUA. Nas últimas semanas, exportadores brasileiros receberam contatos de importadores que desejavam saber se a produção seria mantida em meio à piora da pandemia - as sondagens vieram também de empresas americanas.

Algumas consultas foram relatadas ao Ministério da Agricultura do Brasil, que tem concentrado as respostas sobre os protocolos de segurança e saúde adotados no País para tranquilizar o mercado externo. "Nós amamos os brasileiros, da mesma forma que amamos os nova-iorquinos. Mas há cidades com alta concentração de pessoas - Nova York, São Paulo, Rio -, o que torna o controle da doença mais difícil", disse o prefeito de Miami.

"Nosso presidente é próximo ao presidente do Brasil e ao governador De Santis. Não acho que essas sejam discussões ofensivas, mas sim para proteção da saúde."

Suarez foi um dos que tiveram o teste positivo confirmado para covid-19 após se encontrar com a comitiva presidencial brasileira, que esteve em Miami no início de março. Mais de 20 pessoas que acompanharam o presidente Jair Bolsonaro na Flórida, ou estiveram em reuniões com ele, foram infectados.

"Eu não os culpo", disse Suarez, que decidiu se isolar quando soube que o secretário de Comunicação de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, havia sido infectado. Depois, o prefeito de Miami confirmou que também estava com covid-19.

"Tive sintomas leves. O pior foi ficar 18 dias longe da minha mulher e das minhas duas crianças. Mas sou grato pela comitiva brasileira ter tratado a questão com transparência. Senão, eu poderia ter espalhado o vírus para minha família e meus assessores", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo brasileiro fez movimentos de bastidores na quarta-feira (29) para desfazer dentro do governo dos Estados Unidos uma possível má impressão sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil. Um dia depois de o presidente americano, Donald Trump, falar sobre o "surto" do vírus no País, a Embaixada do Brasil em Washington enviou uma carta ao governo da Flórida e fez contatos com a Casa Branca e com o Conselho de Segurança Nacional.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, também conversaram pelo telefone. Antes da ligação, Pompeo falou em conversa com jornalistas que os EUA querem restaurar o fluxo de viagens comerciais entre os dois países quando possível, como uma forma de recuperar as economias. "Estamos trabalhando em conjunto com nossos colegas no Brasil para definir as condições para que possamos não apenas fazer a aeronave voar novamente, mas fazê-lo de maneira que restaure a confiança, para que as pessoas viajem, desfrutem de lugares bonitos no Brasil, e os brasileiros desfrutem de lugares bonitos nos EUA, e de negócios e comércio", disse Pompeo.

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A fala do secretário esfria a temperatura um dia após Trump ter perguntado ao governador da Flórida, Ron DeSantis, se ele desejava "cortar" os voos vindos do Brasil para ajudar a conter o coronavírus. "Não necessariamente", disse o governador. "Se você precisar, nos deixe saber", disse Trump ao governador, sugerindo que pode interromper voos vindos da América Latina se for o caso. Atualmente, os EUA, e não o Brasil, são epicentro mundial da pandemia, com 1 milhão de casos e 60 mil mortes.

Segundo o governo americano, há apenas nove voos semanais operando entre Brasil e EUA, com três rotas aéreas. Duas delas tem a Flórida como destino e a terceira, o Texas. Os americanos disseram ao governo brasileiro que não há, no momento, uma medida concreta para restringir os voos do Brasil que esteja sendo avaliada internamente. Mas as possíveis restrições são reavaliadas diariamente.

O encarregado de negócios do Brasil em Washington, embaixador Nestor Forster, enviou uma carta ao governador da Flórida na qual se colocou à disposição para prestar informações e esclarecer dúvidas sobre políticas de saúde implementadas no Brasil. A ideia é tentar garantir que uma eventual medida de restrição seja feita de maneira coordenada com o Brasil.

Ao governador da Flórida, a Embaixada do Brasil nos EUA também passou informações sobre a importância das rotas áreas que ainda estão em operação para transporte de cargas e repatriação de brasileiros que estão no exterior. Os voos, diz a embaixada, têm voltado do Brasil aos EUA com poucos passageiros. Também foram incluídas na mensagem as medidas já tomadas no Brasil para conter a pandemia.

O governo Trump tem evitado criticar políticas adotadas pelo governo Bolsonaro, de quem o governo americano se declara um aliado. Fontes do governo americano afirmam que é preciso ler a mensagem de Trump como um sinal de apoio à Flórida - Estado importante nas eleições presidenciais - e não de ameaça ao Brasil.

"Parece-me um composto da própria personalidade de Trump, de dizer as coisas de forma irrefletida, associado a um populismo de que em está de olho na eleição e um componente ainda de que alguém deve ter dito algo de orelha sobre a situação do Brasil", afirmou Hussein Kalout, cientista político e pesquisador da Universidade Harvard. "Agora, isso mostra que o governo Bolsonaro não é uma prioridade estratégica. Se o Brasil fosse de fato um país que fosse parte da primeira página das prioridades americanas, Trump não teria dito isso. A dimensão do olhar dele para o Brasil não opera na mesma frequência que o Brasil olha para o norte do hemisfério norte", afirmou Kalout.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo brasileiro decidiu estender por mais 30 dias as restrições para ingresso de estrangeiros no Brasil por voos internacionais, independentemente da nacionalidade, como medida para tentar conter o avanço do novo coronavírus no País.

A decisão consta de Portaria Interministerial da Casa Civil, ministérios da Justiça, Infraestrutura e Saúde, publicada em edição extra do Diário Oficial da União que circula nesta tarde. A medida restritiva tinha sido adotada em 27 de março pelo prazo de 30 dias, o que agora é prorrogado por igual período.

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Segundo o texto, a medida atende à recomendação técnica e fundamentada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A restrição não se aplica a brasileiro, nato ou naturalizado; imigrante com residência de caráter definitivo, por prazo determinado ou indeterminado, no território brasileiro; profissional estrangeiro em missão a serviço de organismo internacional, desde que devidamente identificado; funcionário estrangeiro acreditado junto ao Governo brasileiro; estrangeiro que seja cônjuge, companheiro, filho, pai ou curador de brasileiro; cujo ingresso seja autorizado especificamente pelo Governo brasileiro em vista do interesse público; e portador de Registro Nacional Migratório; ao transporte de cargas; passageiro em trânsito internacional, desde que não saia da área internacional do aeroporto e que o país de destino admita o seu ingresso; e pouso técnico para reabastecer, quando não houver necessidade de desembarque de passageiros das nacionalidades com restrição.

O veto não impede ainda o ingresso e permanência da tripulação e dos funcionários de empresas aéreas no País para fins operacionais, ainda que estrangeira.

O descumprimento das medidas restritivas implicará ao agente infrator: responsabilização civil, administrativa e penal; repatriação ou deportação imediata; e inabilitação de pedido de refúgio.

A portaria abre exceção ao estrangeiro que estiver em um dos países de fronteira terrestre e precisar atravessá-la para embarcar em voo de retorno a seu país de residência, desde que seja dada autorização da Polícia Federal.

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