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O Reino Unido vai proibir os cigarros eletrônicos descartáveis, muito apreciados entre os jovens por seu sabor frutado, mas que preocupam médicos e autoridades de saúde, anunciou o governo conservador britânico nesta segunda-feira (29).

Essa medida faz parte de um plano mais ambicioso concebido em outubro pelo Executivo do primeiro-ministro Rishi Sunak para combater o tabagismo.

"Uma das tendências mais preocupantes neste momento é o aumento do 'vaping' entre os jovens e, portanto, devemos agir antes que isso se torne endêmico", declarou Sunak em um comunicado.

"Ainda não sabemos as consequências do 'vaping' para a saúde, por isso é normal que tomemos medidas contundentes para erradicar esse fenômeno", acrescentou o primeiro-ministro durante sua visita a uma escola no nordeste da Inglaterra.

Após o anúncio, a ministra da Saúde, Victoria Atkins, disse à BBC que a proibição poderá entrar em vigor no início do próximo ano.

Além da proibição dos cigarros eletrônicos descartáveis, o Reino Unido também vai reduzir o número de sabores autorizados para os cigarros eletrônicos clássicos, tornar suas embalagens menos atrativas e regular a forma como estes produtos são apresentados nas lojas, de modo que sejam menos visíveis para os consumidores jovens.

Segundo dados oficiais, entre os jovens dos 11 aos 17 anos que fumam vape, a proporção dos que consomem cigarros eletrônicos descartáveis se multiplicou por nove em dois anos.

O governo "quer ajudar as crianças a evitar serem atraídas pelo vício da nicotina, para o qual o 'vaping' costuma ser uma porta de entrada", disse a ministra da Saúde, Victoria Atkins, à BBC.

O tabagismo é a principal causa de morte evitável no Reino Unido, lembrou o governo britânico nesta segunda-feira, sendo a causa de aproximadamente uma em cada quatro mortes por câncer.

Em outubro passado, o primeiro-ministro anunciou, ainda, que pretende ampliar a proibição da venda de cigarros para que o Reino Unido se torne, progressivamente, um país livre do tabaco. Hoje, a idade legal para comprar cigarros no país é 18 anos, e o governo pretende aumentá-la de forma progressiva.

A informação de que animais enxergam o mundo de forma diferente dos humanos é antiga, mas visualizar essas diferenças sempre foi um desafio para a ciência. No entanto, um grupo de cientistas da Universidade de Essex, no, Reino Unido, e da Universidade George Mason, nos Estados Unidos desenvolveu um sistema de câmeras que seria capaz de registrar, com precisão, fotos e vídeos através da percepção dos animais. O estudo foi publicado com atualizações na última terça-feira (23), na revista científica PLOS Biology. 

“Cada animal possui um conjunto único de fotorreceptores, com sensibilidades que vão do ultravioleta ao infravermelho, adaptados às suas necessidades ecológicas”, explicam os cientistas responsáveis pelo estudo recentemente publicado. Alguns animais são até capazes de detectar luz polarizada. O resultado é que cada animal percebe a cor de maneira única. No entanto, nossos olhos e câmeras comerciais não conseguem captar essas variações de luz. 

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Três borboletas-alfafa (ou “enxofre alaranjado” macho em cores falsas aviárias RNL. Vídeo: Divulgação/PLOS Biology 

O lado dorsal das asas das borboletas apresenta forte iridescência UV dependente do ângulo. A iridescência UV está ligada ao sexo: os machos a exibem como um importante sinal de acasalamento. As porções iridescentes UV ficam ocultas quando as borboletas estão em posição de repouso, tornando-se visíveis durante o voo e quando a borboleta está em exibição. A representação de cores falsas das aves é baseada nas coordenadas do espaço oponente do receptor limitado por ruído (RNL). 

As coordenadas neste espaço representam diferenças nas respostas dos fotorreceptores de um animal, e as distâncias entre as coordenadas aproximam-se das distâncias perceptivas entre as cores. Nesta representação (vídeo acima), as porções iridescentes de UV aparecem em roxo, porque refletem mais fortemente no ultravioleta e na parte vermelha do espectro. A parte ventral das asas apresenta coloração marrom-acinzentada, assim como as folhas, indicando que sua cor está mais próxima do ponto acromático. 

Mais informações sobre o estudo 

Até agora, os cientistas confiaram na fotografia multiespectral para visualizar o espectro de luz. Este processo envolve tirar uma série de fotografias em faixas de comprimento de onda além das fotos visíveis pelo homem, normalmente usando uma câmera sensível à luz de banda larga e através de uma sucessão de filtros passa-banda estreita. Embora isso forneça resultados de cores bastante precisos, as imagens multiespectrais funcionam apenas em objetos estáticos e não permitem a visualização de sinais temporais de animais. 

“A ideia de gravar em UV já existe há muito tempo, mas houve relativamente poucas tentativas devido às dificuldades técnicas envolvidas. Curiosamente, o primeiro vídeo UV publicado é de 1969!”, explicam os pesquisadores. “Nossa nova abordagem fornece um grau valioso de precisão científica, permitindo que nossos vídeos sejam usados para fins científicos.” 

Figura mostra o quão diferente uma margarida-amarela pode parecer em diferentes comprimentos de onda de luz. Foto: Divulgação/PLOS Biology 

Os Estados Unidos e o Reino Unido bombardearam, nesta sexta-feira (12), posições dos rebeldes huthis no Iêmen, que ameaçam a navegação no Mar Vermelho em "solidariedade" aos palestinos em Gaza, onde o Hamas alertou que estes ataques terão "repercussões" regionais.

"Condenamos veementemente a agressão flagrante dos EUA e do Reino Unido no Iêmen. Consideramos que são responsáveis pelas repercussões na segurança regional", disse o movimento islamista palestino no Telegram, acentuando o receio de que o seu conflito com Israel em Gaza se espalhe para outras áreas Oriente Médio.

Esse pequeno território palestino é palco de devastadores bombardeios israelenses desencadeados após um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelense em 7 de outubro, que deixou 1.140 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.

Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" este movimento islamista que governa Gaza e é classificado como grupo terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia. A sua operação militar causou pelo menos 23.469 mortes, a maioria mulheres e menores, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

Os huthis fazem parte do autoproclamado "eixo de resistência", um grupo de movimentos armados hostis a Israel e apoiados pelo Irã, que também inclui o Hamas e o Hezbollah libanês.

Desde o início da guerra em Gaza, os huthis lançaram vários ataques no Mar Vermelho, forçando muitos armadores a evitar a área e tornando o transporte entre Europa e Ásia mais caro e demorado.

Segundo o Exército dos Estados Unidos, desde 19 de novembro, este grupo rebelde que controla parte do Iêmen lançou um total de 27 ataques perto do estreito de Bab al Mandeb, que separa a Península Arábica da África.

- "Desescalar tensões" -

Em resposta, os Estados Unidos mobilizaram navios de guerra e formaram uma coalizão internacional em dezembro para proteger esta rota por onde transita 12% do comércio mundial.

Os bombardeios desta sexta-feira atingiram instalações militares huthis em vários locais. Pelo menos cinco pessoas morreram e seis ficaram feridas, disse o porta-voz militar do movimento rebelde, Yahya Saree, na rede social X. Também destacou que foram 73 ataques e que incluíram a capital Sanaa e a cidade portuária de Hodeida, que eles controlam.

Em uma declaração conjunta, Estados Unidos, Reino Unido e oito dos seus aliados garantiram que, com estes ataques, procuram "diminuir as tensões" e "restaurar a estabilidade no Mar Vermelho".

"As ações de hoje demonstram um compromisso comum com a liberdade de navegação, o comércio internacional e a defesa da vida dos navegantes contra ataques ilegais e injustificáveis", declararam Austrália, Bahrein, Canadá, Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.

O presidente americano, Joe Biden, descreveu como uma "ação defensiva" em resposta "aos ataques sem precedentes dos huthis a navios internacionais no Mar Vermelho" que ameaçam o comércio global.

- China pede "moderação" -

Apesar dos avisos de Washington e do Conselho de Segurança da ONU, os huthis dispararam um míssil balístico antinavio na quinta-feira, intensificando os rumores de uma intervenção que finalmente ocorreu na manhã desta sexta-feira.

Biden alertou que "não hesitará" em "ordenar outras medidas" militares para proteger os Estados Unidos e o comércio internacional.

Um porta-voz do grupo iemenita garantiu, no entanto, que continuarão atacando navios vinculados a Israel que transitam por aquela zona.

Sublinhando que "o Mar Vermelho é um importante ponto de passagem para a logística internacional e o comércio energético", o governo chinês manifestou a sua "preocupação" com a escalada das tensões e pediu "moderação" de todas as partes.

O Irã condenou os bombardeios britânico-americanos como uma "ação arbitrária" e uma "violação" do direito internacional e a Rússia chamou-os de "ilegítimos", mas a Otan defendeu-os como ações "defensivas".

"Nosso país enfrenta um ataque massivo de navios, submarinos e aviões americanos e britânicos", declarou o vice-ministro das Relações Exteriores huthi, Hussein Al Ezzi, citado pela imprensa rebelde.

"Os Estados Unidos e o Reino Unido devem se preparar para pagar um preço alto e assumir as graves consequências desta agressão", acrescentou.

A imprensa americana indica que os ataques foram realizados com caças e mísseis Tomahawk. O Reino Unido disse ter mobilizado quatro caças Typhoon FGR4 com bombas guiadas a laser.

O ataque ocorreu logo após o final de uma viagem regional ao Oriente Médio do chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, para evitar uma propagação do conflito em Gaza.

O Ministério da Saúde do Hamas reportou nesta sexta-feira "inúmeras" mortes em novos bombardeios no pequeno território palestino, onde a ONU denunciou os obstáculos impostos pelas autoridades israelenses à entrega de ajuda humanitária à população.

A guerra também aumentou a tensão na fronteira entre o norte de Israel e o Líbano, onde há disparos quase diários entre tropas israelenses e milicianos do grupo libanês Hezbollah.

Além disso, no Iraque e na Síria, as forças dos EUA receberam desde outubro 130 ataques de facções locais pró-Irã, que afirmam agir em solidariedade com os palestinos, de acordo com o Pentágono.

O Brasil e o Reino Unido firmaram, neste sábado (2/12), um acordo de cooperação em projetos de apoio à descarbonização do setor industrial. O documento foi assinado no Brasil pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin e entregue neste sábado para a ministra de Segurança Energética e Net Zero do Reino Unido, Claire Coutinho, em cerimônia de assinatura que ocorreu em Dubai, nos Emirados Árabes, durante a programação da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, COP 28. No ato da assinatura em Dubai, o MDIC foi representado pelo secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, Rodrigo Rollemberg.

O memorando tem o objetivo de aumentar a capacidade do MDIC de identificar, alinhar e combinar fontes de assistência internacional com projetos para apoiar a descarbonização do setor industrial brasileiro. Nesse sentido, busca promover o desenvolvimento e a implantação de novas tecnologias limpas.

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A estrutura de cooperação recebeu no memorando a denominação de Hub de Descarbonização Industrial no Brasil (HDIB). Vai funcionar como um centro de articulação de parcerias internacionais com interesse na descarbonização do setor industrial, incluindo provedores de assistência técnica, doadores internacionais de financiamento climático, investidores privados e outras iniciativas industriais com a finalidade de facilitar a identificação, o alinhamento e a correspondência das medidas propostas.

Para a representante britânica, Claire Coutinho, os esforços do hub fazem parte de um processo de fortalecimento de laços entre os dois países em áreas como mercados de carbono, governança climática, instituições de pesquisa, empresas e investidores em áreas como energia, bioeconomia e agricultura. "Espero que nossa parceria continue a dar resultados e a crescer, com base no respeito, no diálogo, no equilíbrio e nos interesses comuns, ao mesmo tempo em que proporciona benefícios para nossos povos e nos faz avançar rumo à economia do futuro", completou.

Uma garrafa do uísque escocês considerado "o mais procurado" do mundo foi leiloada por quase 2,2 milhões de libras (mais de R$ 13 milhões), um recorde em leilão para uma garrafa de vinho ou destilado. O Macallan Adami 1926 foi vendido na Sotheby's em Londres, após uma guerra de lances entre possíveis compradores por telefone e na sala.

Depois de ser envelhecido em barris de jerez por 60 anos, apenas 40 garrafas do The Macallan 1926 foram produzidas em 1986. Doze das garrafas, incluindo a leiloada pela Sotheby's, tinham rótulos desenhados pelo pintor italiano Valerio Adami.

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A garrafa vendida no leilão foi a primeira a ser recondicionada pela destilaria antes da venda. Isto incluiu a substituição da rolha e a aplicação de nova cola nos cantos dos rótulos da garrafa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A tempestade Babet afetou neste sábado (21) o Reino Unido, a Dinamarca e a Noruega, com inundações e danos em várias cidades.

Na sexta-feira, três pessoas morreram na passagem da tempestade pela Escócia.

No sul da Dinamarca, a tempestade Babet provocou inundações em várias cidades, que também ficaram sem energia elétrica por várias horas.

O nível da água superou em mais de dois metros o nível considerado normal em cidades como Aabenraa, Haderslev, Sønderborg, Hesnæs, Fynshav, Fåborg e Assensson, o que acontece a cada 100 anos, segundo o serviço de meteorologia DMI.

Na Noruega, quase 20.000 pessoas ficaram sem energia elétrica em suas residências na manhã de sábado, mas a situação começou a ser normalizada, segundo a agência de notícias NTB. A tempestade destruiu os telhados de vários edifícios, assim com derrubou árvores e postes.

No Reino Unido, a estação ferroviária londrina de King's Cross teve que fechar neste sábado à tarde para limitar o fluxo de passageiros, que lotaram as plataformas devido ao cancelamento ou atraso de vários trens.

Na região norte da Inglaterra, o aeroporto de Leeds Bradford - que fechou na sexta-feira depois que um avião saiu da pista devido ao vento - retomou as operações neste sábado.

Em Chesterfield, região central da Inglaterra, 400 casas ficaram inundadas, informou à BBC o deputado trabalhista Toby Perkins, representante da circunscrição.

Uma árvore famosa do Reino Unido, que permaneceu em pé por quase 200 anos ao lado do marco romano da Muralha de Adriano, amanheceu nesta quinta-feira, 28, cortada pelo tronco. Um adolescente de 16 anos foi detido no norte da Inglaterra em conexão com o que as autoridades descreveram como o corte "deliberado" da planta.

Milhares de visitantes todos os anos caminham ao longo da Muralha de Adriano, um Patrimônio Mundial da Unesco, que antigamente guardava a fronteira noroeste do Império Romano. Muitos pararam para admirar e fotografar a árvore em Sycamore Gap, um ícone querido da paisagem que ficou famoso quando apareceu no filme de Kevin Costner, de 1991, Robin Hood: Príncipe dos Ladrões.

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O antes e depois da icônica árvore. Fotos: Oli Scarff/AFP

Fotografias tiradas nesta quinta-feira mostraram a árvore cortada perto da base do tronco, com o resto caído de lado. A polícia local disse que o adolescente foi preso sob suspeita de causar danos criminais. Ele estava sob custódia policial e auxiliava os policiais em suas investigações, disse a força.

"A árvore é um marco de renome mundial e o vandalismo causou choque e raiva compreensíveis em toda a comunidade local e fora dela", disse a polícia em comunicado. "Este é um dia incrivelmente triste", disse o superintendente de polícia Kevin Waring. "A árvore foi um ícone e apreciada por tantos que moram ou já visitaram a região."

A autoridade do Parque Nacional de Northumberland pediu ao público que não visitasse a árvore derrubada, que foi eleita a Árvore Inglesa do Ano em 2016. Alison Hawkins, que caminhava pelo caminho da Muralha de Adriano, foi uma das primeiras pessoas a ver os danos na manhã de quinta-feira.

"Foi um verdadeiro choque. É basicamente a imagem icônica que todo mundo quer ver", disse ela. "Você pode perdoar a natureza fazendo este tipo de coisa, mas não pode perdoar isso."

O Reino Unido recordou nesta sexta-feira (8) o primeiro aniversário da morte de Elizabeth II, após 70 anos de reinado, e a ascensão ao trono de seu filho Charles III.

A rainha morreu aos 96 anos em 8 de setembro de 2022 no Castelo de Balmoral, na Escócia, onde costumava passar os verões.

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Na ocasião, milhares de pessoas esperaram horas para ver o caixão da monarca mais longeva no trono britânico.

Um novo capítulo começava no Reino Unido e nas demais 14 nações nas quais o soberano britânico é chefe de Estado, com a chegada de Charles III ao trono aos 73 anos (74 atualmente).

Um ano depois, não há nenhum grande evento público programado para marcar a mudança de era.

O rei e sua esposa, a rainha Camilla, que estão em Balmoral, preservando a tradição iniciada por Elizabeth, visitarão a uma pequena igreja nos arredores de Crathie Kirk para rezar.

O príncipe William, herdeiro do trono, e sua esposa Catherine, assistirão a uma missa privada em Gales, na cidade de St Davids, que a falecida rainha visitou em 1955.

Na capital britânica, uma salva de tiros de canhão ressoará no Hyde Park e na Torre de Londres.

Há alguns dias, o governo revelou que em 2026, no centenário do nascimento de Elizabeth II, será apresentado um projeto de "memorial permanente".

"Recordamos com grande afeto sua longa vida, o serviço devoto e tudo o que significou para tantos de nós", disse Charles III em uma mensagem gravada para o aniversário, reproduzida nas primeiras páginas de muitos jornais.

"Estou profundamente agradecido, também, pelo amor e apoio demonstrados a mim e a minha esposa durante ano, enquanto fizemos o possível para estar a serviço de todos", afirmou.

- Harry, de passagem -

O monarca, nestas últimas semanas, esteve presente algumas festas tradicionais na Escócia com sua esposa, Camilla, e sua irmã, a princesa Anne.

Seu primeiro ano como rei foi repleto de novidades, como a nomeação de um novo primeiro-ministro, seu primeiro discurso de Natal, a primeira visita de Estado ao exterior, à Alemanha, e a recepção a chefes de Estado.

Bem menos popular que sua adorada mãe, o rei viu o aumento das manifestações antimonarquia em suas viagens pelo país, em particular durante sua coração em 6 de maio.

Porém, uma recente pesquisa do YouGovs indicou que 59% dos britânicos consideram que o rei faz um "bom trabalho", contra 17% que pensam o contrário.

Sue Hulley, funcionária de um escritório de advocacia, de 58 anos, entrevistada pela AFP perto do Palácio de Buckingham, acredita que o rei "fez bem (...) em não introduzir mudanças radicais" na monarquia.

Joanne Hughes, aposentada de 61 anos, destacou sua "abordagem moderna" no posicionamento da família real.

Entre os jovens, o apoio à monarquia despencou.

Jessica Wilcock, estudante de 21 anos, acredita que o rei "não fez nada de destaque" até agora.

Não é provável que este aniversário seja a ocasião para a reconciliação entre o príncipe Harry, o filho mais novo de Charles, e a família real.

O duque de Sussex, que vive na Califórnia com sua esposa Meghan e seus dois filhos, está no Reino Unido para um evento beneficente, mas segundo a imprensa britânica, não há previsão de que encontre seu pai Charles e o irmão William.

Um tribunal do Reino Unido condenou, nesta segunda-feira (21) à prisão perpétua sem chance de libertação uma ex-enfermeira neonatal que matou sete bebês sob seus cuidados e tentou matar outros seis em um hospital no norte da Inglaterra. O caso provocou grande comoção no Reino Unido.

Lucy Letby, de 33 anos, se recusou a comparecer ao tribunal para enfrentar os pais enlutados e alegou inocência durante o longo julgamento, que começou em outubro de 2022. A mulher foi condenada à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, uma pena incomum na legislação inglesa e a sentença mais severa possível sob a lei britânica.

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O juiz James Goss disse que o número de assassinatos e tentativas e a natureza dos assassinatos cometidos por uma enfermeira neonatal encarregada de cuidar dos bebês mais frágeis forneciam as "circunstâncias excepcionais" necessárias para impor a chamada "ordem vitalícia", que é excepcionalmente rara.

"Atuou de maneira completamente contrária aos instintos humanos normais, que são cuidar dos bebês, e em violação flagrante da confiança que todos os cidadãos depositam nos profissionais da saúde", declarou Goss. Ele ainda destacou que a enfermeira "não tem remorso" e que houve "uma malevolência que beira o sadismo" em sua ação.

Lucy Letby trabalhava na Unidade de Terapia Intensiva do hospital Countess of Chester, no noroeste da Inglaterra, onde aconteceram os assassinatos, entre junho de 2015 e junho de 2016. A enfermeira foi acusada de injetar ar nos bebês por via intravenosa e com sondas nasogástricas, além de administrar doses excessivas de leite às vítimas.

Durante o processo, uma mãe explicou que, ao comparecer à UTI para levar leite para um de seus gêmeos prematuros em agosto de 2015, o ouviu gritar e percebeu que o bebê tinha sangue ao redor da boca. Letby a tranquilizou e recomendou que retornasse para o quarto.

De acordo com a acusação, a enfermeira tinha acabado de introduzir um utensílio médico até o fundo da garganta do bebê. Também havia injetado ar. A criança morreu poucas horas depois.

Letby atacava bebês depois que os pais saíam, quando a enfermeira chefe estava ausente ou durante a noite, quando ela ficava sozinha. Em algumas ocasiões, participava nos esforços coletivos para salvar os recém-nascidos e, inclusive, apoiava os pais desesperados. Também escrevia cartas aos pais em luto.

Durante o julgamento de 10 meses de Letby, os promotores disseram que em 2015 o hospital começou a ver um aumento significativo no número de bebês que estavam morrendo ou sofrendo declínios repentinos em sua saúde sem motivo aparente. Alguns sofreram "sérios colapsos catastróficos", mas sobreviveram após a ajuda da equipe médica. Letby foi finalmente removida das funções da linha de frente no final de junho de 2016 e foi presa em sua casa em julho de 2018.

Revolta

"Acho que nunca vamos superar o fato de que nossa filha foi torturada até que ela não tivesse mais resistência e tudo o que ela passou em sua curta vida foi deliberadamente feito por alguém que deveria protegê-la e ajudá-la a vir. casa onde ela pertencia", disse a mãe de uma menina identificada como "Criança 1" em um comunicado lido no tribunal.

A ausência de Letby, que é permitida nos tribunais britânicos durante a sentença, alimentou a raiva das famílias das vítimas, que queriam que ela ouvisse as declarações sobre a devastação causada por seus crimes. "Você pensou que era seu direito brincar de Deus com a vida de nossos filhos", disse a mãe de gêmeos, um dos quais foi assassinado e o outro que Letby tentou matar, em declaração ao tribunal.

Políticos e defensores das vítimas pediram mudanças na lei para forçar os criminosos a comparecerem para serem sentenciados depois que vários condenados de alto perfil optaram por não enfrentar suas vítimas nos últimos meses.

O primeiro-ministro Rishi Sunak, que chamou os crimes de "chocantes e angustiantes", disse que seu governo apresentará "oportunamente" seu plano de exigir que os condenados compareçam às suas sentenças.

"É covarde que pessoas que cometem crimes tão horrendos não enfrentem suas vítimas e não ouçam em primeira mão o impacto que seus crimes tiveram sobre elas, suas famílias e entes queridos", disse Sunak. (Com agências internacionais).

Uma enfermeira britânica de 33 anos foi declarada culpada, nesta sexta-feira (18), pelo assassinato de sete recém-nascidos e pela tentativa de assassinato de outros seis no hospital neonatal em que trabalhava, após um longo julgamento que comoveu o Reino Unido.

"Fria, calculista, cruel e tenaz", de acordo com a acusação, Lucy Letby trabalhava na unidade de terapia intensiva do hospital Countess of Chester, no noroeste da Inglaterra.

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Entre junho de 2015 a junho de 2016, sete recém-nascidos morreram de forma repentina, sem causas aparentes, por vezes com poucas horas de intervalo. Outros 10 bebês estiveram perto da morte, mas conseguiram ser salvos.

Letby foi acusada de matar os bebês, injetando insulina, ou ar, nas veias, ou alimentando-os demais através de sondas nasogástricas. Às vezes, usava vários métodos ao mesmo tempo.

A enfermeira tinha 25 anos na época dos assassinatos e, segundo o juiz James Goss, ela era a única funcionária de plantão durante as mortes.

Sua condenação "não impedirá a extrema dor, raiva e sofrimento que todos nós sentimos", reagiram as famílias das vítimas em um comunicado.

O tribunal anunciará sua sentença na próxima segunda-feira (21).

- Profissional "dedicada" -

Letby, que havia tentado matar diversos bebês em diferentes ocasiões, recebeu 22 acusações, sete por homicídio e 15 pela tentativa de assassinato de 10 recém-nascidos.

O governo britânico ordenou, nesta sexta-feira, uma investigação independente, dada a comoção que o caso gerou e a preocupação sobre a segurança no sistema da saúde.

Seu julgamento começou em 10 de outubro em Manchester (norte). Os bebês foram identificados com letras, de A a Q, para proteger as famílias, cujos pais testemunharam, muitas vezes em lágrimas.

A defesa de Letby, por sua vez, a descreveu como uma profissional "dedicada". "Meu trabalho era minha vida", disse ela.

O promotor Nick Johnson reconstituiu meticulosamente sua organização e descreveu eventos semelhantes entre as mortes. A mulher atacava os recém-nascidos depois que seus pais saíam, quando a enfermeira-chefe estava fora ou à noite, quando ela estava sozinha, explicou ele.

Às vezes, ela participava dos esforços da equipe para salvar os bebês ou ajudava pais desesperados.

Entre as vítimas estão gêmeos e até trigêmeos, dois dos quais morreram com 24 horas de diferença. O terceiro foi salvo porque seus pais imploraram para que ele fosse transferido para outro hospital.

"Não mereço viver. Eu os matei de propósito porque não era boa o suficiente para cuidar deles. Sou uma pessoa horrível", escreveu ela em um bilhete encontrado em sua casa em 2018.

Em outros documentos, Letby disse que era inocente. Seu advogado, Ben Myers, insistiu que o serviço neonatal do hospital recebeu "mais bebês do que o normal, com maiores necessidades médicas" em 2015-2016 e "falhou" em suas ações.

Transferida para um serviço administrativo em junho de 2016, a enfermeira foi detida pela primeira vez em 2018 e depois, no ano seguinte, até ser colocada sob custódia em novembro de 2020.

A gigante tecnológica americana Apple enfrenta uma ação judicial de 785 milhões de libras (US$ 1,012 bilhão, R$ 4,75 bilhões) apresentada nesta terça-feira (25) no Reino Unido por abuso de posição dominante nas tarifas cobradas aos desenvolvedores que utilizam sua plataforma de aplicativos.

Sean Ennis, um professor de política de competição da Universidade de East Anglia (leste), iniciou "uma ação em nome de mais de 1.500 desenvolvedores britânicos no Tribunal de Apelação da Competição", anunciou o acadêmico em um comunicado.

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Segundo ele, a "comissão" de 30% cobrada nas vendas na App Store do grupo é uma "taxa anticompetitiva na indústria tecnológica britânica", pela qual os demandantes têm direito a uma compensação de até 785 milhões de libras.

A gigante californiana frequentemente recebe críticas de autoridades antitruste em vários países, principalmente em função dessa comissão de até 30% em todas as compras feitas através da App Store, plataforma essencial para os criadores de aplicativos.

O regulador britânico de competição abriu uma investigação em 2021 sobre as práticas do grupo nesse sentido.

A Apple destaca que os desenvolvedores de aplicativos podem oferecer seus produtos aos usuários através de qualquer navegador da internet, sem a necessidade de passar por sua plataforma.

A Apple também afirma que a maioria dos desenvolvedores não paga comissão à empresa e que a maioria dos aplicativos está sujeita a uma taxa de 15% devido às exceções concedidas para pequenas empresas.

Depois de lançar seu plano de assinatura com publicidade para Estados Unidos e Reino Unido, a Netflix agora vai acabar com o plano básico nos dois países, obrigando os usuários que querem assistir conteúdos sem "comerciais" a assinarem um plano mais caro.

A decisão da empresa foi publicada pelo site Cord Busters, e depois confirmada pelo site especializado The Verge. Nos dois países, o plano padrão com anúncios começou a ser vendido no final de junho - nos EUA, o valor do serviço fica por US$ 6,99 e no Reino Unido, o pacote sai por 4,99 libras.

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Até então, os planos comercializados pelo serviço de streaming eram o "padrão com anúncios", "básico", "padrão" e "premium" - os mesmos que, hoje, estão disponíveis no Brasil. A empresa afirmou que os assinantes que já possuem o plano básico vão continuar aptos a utilizar a opção. Para novos clientes, porém, a opção já não pode ser escolhida.

Com isso, a opção mais barata sem os "comerciais" nos dois países fica em torno de US$ 15,49, nos EUA, e 10,99 libras, no Reino Unido, um aumento de mais de 50% em relação ao plano anterior que não oferecia publicidade.

Ainda não é possível saber se, em outros países em que a empresa já opera o plano padrão com anúncios, a exclusão da assinatura básica será afetada.

Nove meses após uma visita técnica ao Brasil, o governo britânico retirou os controles reforçados às compras de carne brasileira. A informação foi dada nesta segunda-feira (17) pelos Ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura. Com a medida, as autoridades sanitárias brasileiras poderão habilitar empresas autorizadas a vender carne ao Reino Unido, sistema chamado de pre-listing em inglês.

O Reino Unido também passará a tratar os casos de gripe aviária em nível estadual. Dessa forma, eventuais focos da doença no Brasil levarão apenas ao fechamento do mercado para as carnes de aves dos estados com ocorrências registradas. Até agora, o governo britânico suspendia as compras de todo o país nesses casos.

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Em nota conjunta, os dois ministérios informaram que a missão de auditoria sanitária do governo britânico constatou que o Brasil resolveu questões relacionadas à regulação sanitária e fitossanitária que haviam levado à adoção dos controles reforçados à carne brasileira.

“A decisão das autoridades britânicas confirma a excelência dos controles sanitários oficiais brasileiros, que garantem a qualidade e a inocuidade dos produtos consumidos no Brasil e em países importadores”, destacaram os dois ministérios no comunicado.

Realizada em outubro do ano passado, a visita técnica foi a primeira missão de auditoria britânica ao exterior depois do Brexit. Segundo a nota conjunta, tanto o Itamaraty como o Ministério da Agricultura e Pecuária mantiveram conversas com o governo britânico desde a efetivação da saída do Reino Unido da União Europeia. As reuniões ocorreram em Brasília e em Londres.

Segundo as duas pastas, o Reino Unido representa um dos principais mercados para as carnes brasileiras. Em 2022, o Brasil exportou US$ 282,2 milhões em carne de aves e cerca de US$ 134,5 milhões de carne bovina para o mercado britânico. Desde o Brexit, as exportações agropecuárias brasileiras para o Reino Unido aumentaram 67%, atingindo US$ 1,8 bilhão no ano passado.

A mineradora Vale poderá se tornar ré no Reino Unido em processo que julga as responsabilidades pela tragédia ocorrida em Mariana (MG). A mineradora anglo-australiana BHP Billiton já é alvo desse processo. A questão foi discutida durante dois dias em uma audiência em Londres e encerrada nesta quinta-feira (13). Ainda não há data para que uma decisão seja tomada.

A tragédia ocorreu em novembro de 2015, quando uma barragem da mineradora Samarco localizada em Mariana se rompeu. No episódio, a avalanche de rejeitos escoou pela bacia do Rio Doce, impactando dezenas de municípios mineiros e capixabas. Dezenove pessoas morreram.

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A Vale é uma das duas acionistas da Samarco. A outra é a BHP Billiton, que tem sede em Londres e responde ao processo que tramita desde 2018 na Justiça do Reino Unido. Ele foi movido por milhares de atingidos representados pelo escritório Pogust Goodhead. Também integram o processo municípios, empresas e instituições religiosas que alegam ter sido impactados na tragédia.

A inclusão da Vale no processo foi pedida pela BHP Billiton. A mineradora anglo-australiana alega que, em caso de condenação na Justiça do Reino Unido, a Vale também precisa ser responsabilizada no país para arcar com, no mínimo, 50% das indenizações.

O pedido da BHP Billiton foi apresentado após a Justiça do Reino Unido negar pedidos para que o processo fosse arquivado. A mineradora alegou anteriormente haver uma duplicação de julgamentos e defendeu que a reparação dos danos deveria se dar unicamente sob a supervisão dos tribunais brasileiros. De outro lado, a defesa dos atingidos sustenta que o Brasil não tem sido capaz de assegurar uma justa reparação. Em março, 500 mil novos autores aderiram ao processo. Dessa forma, agora são mais de 700 mil pessoas e entidades representadas pelo escritório Pogust Goodhead.

No Brasil, todas as ações reparatórias são administradas pela Fundação Renova, entidade criada em 2016 conforme acordo firmado entre as três mineradoras, a União e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo. Cabe a ela a gestão de mais de 40 programas. Mas, passados quase oito anos, sua atuação é alvo de diversos questionamentos judiciais por parte dos atingidos e do poder público. Há discussões envolvendo desde a demora para conclusão das obras de reconstrução dos distritos arrasados na tragédia até os valores indenizatórios.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) chegou a pedir a extinção da Fundação Renova por considerar que ela não possui a devida autonomia frente às três mineradoras. Uma tentativa de repactuação do processo reparatório, capaz de apontar para uma solução para mais de 85 mil processos sobre a tragédia, está em andamento desde o ano passado.

Alinhamento

Na audiência realizada nos últimos dois dias, a Vale defendeu que a Justiça do Reino Unido não tem jurisdição para avaliar o caso, se alinhando ao posicionamento já apresentado pela BHP Billiton. Em nota, a mineradora também sustentou que mais de R$ 30,05 bilhões dos recursos destinados à Fundação Renova foram designados para a indenização de mais de 417,5 mil pessoas. “As eventuais indenizações impostas na ação coletiva [movida no Reino Unido] deverão considerar valores já recebidos pelos mesmos autores no Brasil, por força de acordos individuais ou decisões judiciais”, acrescenta o texto divulgado pela Vale.

Do lado de fora do tribunal, uma comitiva de atingidos organizou um protesto. Estiveram presentes moradores de áreas atingidas e representantes de diferentes etnias indígenas. O Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) divulgou uma manifestação do seu coordenador Joceli Andreoli, que integrou a comitiva.

“Nós sabemos que a Justiça brasileira tem sido falha e a Vale quer ser julgada lá, porque ela tem influência. Ela tem enrolado os atingidos há oito anos, nesse que é o maior crime socioambiental do país. Esperamos que a Vale também seja julgada aqui e que ela cumpra com a reparação integral dos atingidos e atingidas”.

O escritório Pogust Goodhead, que representa os atingidos, divulgou uma manifestação do advogado Tom Goodhead. “As duas maiores mineradoras do mundo estão em uma briga judicial para decidir quem deve ser responsabilizado por esse grande crime, quando na verdade o que deveria estar em discussão é a compensação das vítimas que sofrem há oito anos. Estão gastando tempo, energia e recursos em vez de sentarem com as vítimas e resolverem esse caso. Não encaram as consequências de suas negligências. É um espetáculo repugnante”, criticou.

Em nota, a BHP afirma que continuará a se defender na Justiça do Reino Unido e que considera o processo desnecessário por duplicar questões que estão cobertas pelo trabalho da Fundação Renova ou são objeto de discussões judiciais no Brasil. Segundo o texto, o pedido de inclusão da Vale foi uma medida processual necessária para que as responsabilidades sejam compartilhadas caso ocorra uma ordem de pagamento.

Conforme a nota, a situação não afeta as relações entre as duas mineradoras. A BHP Billiton afirma que continuará a trabalhar em estreita colaboração para apoiar as ações de reparação em andamento. “No total, mais de 200.000 autores da ação inglesa já receberam algum tipo de pagamento no Brasil”, acrescenta o texto.

Julgamento em 2024

A ação no Reino Unido chegou a ser suspensa na etapa inicial, quando ainda se discutia se o caso poderia ser analisado no país. Sem adentrar no mérito da questão, o juiz inglês Mark Turner considerou em 2020 que havia abuso, entre outras coisas, porque poderia haver sentenças inconciliáveis com julgamentos simultâneos no Brasil e no Reino Unido.

Para o juiz, não havia evidências suficientes de que a Justiça brasileira fosse incapaz de assegurar a justa reparação. No entanto, em julho de 2022, a Corte de Apelação aceitou recurso dos atingidos e determinou que o mérito do processo deveria ser analisado.

As audiências que julgarão o mérito do processo e avaliarão se a BHP Billiton tem responsabilidades pela tragédia estão inicialmente marcadas para abril de 2024. No entanto, em maio, a Justiça do Reino Unido remarcou a data e o caso será analisado apenas em outubro de 2024. O adiamento atendeu parcialmente o pedido da mineradora. A BHP Billton queria mais prazo para permitir a manifestação da Vale no processo e chegou a defender a realização das audiências apenas em 2025. Já a defesa dos atingidos se manifestou contra o adiamento.

Elton John fez o show de encerramento do tradicional Festival de Glastonbury no domingo (25), naquela que pode ter sido a última apresentação de sua carreira no Reino Unido.

"Nunca pensei que tocaria em Glastonbury", afirmou à multidão.

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"É uma noite muito especial e emotiva para mim. Este pode ser meu último show na Inglaterra, na Grã-Bretanha, então é melhor eu tocar bem e entretê-los", acrescentou o cantor e compositor.

O astro de 76 anos está em uma turnê mundial de despedida: ele fez os últimos shows da carreira nos Estados Unidos em maio e tem uma apresentação final programada para 8 de julho em Estocolmo.

Glastonbury, o festival de música mais famoso do Reino Unido, acontece há cinco décadas em uma fazenda do sudoeste da Inglaterra.

Antes da apresentação no Palco Pirâmide no domingo à noite, as expectativas dos fãs eram grandes.

"Elton é uma lenda", declarou à AFP o estudante Giles Briscoe, 26 anos, que vestia uma réplica do famoso uniforme de beisebol que John usou em seu famoso shows de 1975 no Dodgers Stadium de Los Angeles.

E o artista não decepcionou. Ele começou o show com "Pinball Wizard", que ele interpretou na ópera rock "Tommy", antes de tocar alguns de seus grandes hits, como "Candle in the Wind", "Crocodile Rock" e "I'm Still Standing".

Ele dedicou "Don't Let the Sun Go Down on Me" ao "amigo inspiração" George Michael, falecido em 2016 e que teria completado 60 anos no domingo.

David Furnish, marido de John, declarou ao canal Sky News que o artista não vai parar de compor depois da turnê de despedida e deve começar a gravação de um álbum ainda este ano.

Elton John recebeu vários convidados no palco, começando pelo London Community Gospel Choir e por Jacob Lusk, do grupo soul Gabriels. Em seguida, Stephen Sanchez cantou uma de suas canções com o veterano.

Mais tarde, ele dividiu o palco com Brandon Flowers do grupo 'The Killers' em "Tiny Dancer" e com Rina Sawayama em "Don't Go Breaking My Heart".

Elton encerrou a apresentação com uma versão intensa de "Rocket Man", acompanhado por fogos de artifício.

John agradeceu aos fãs por "52 anos de incrível amor e lealdade".

"Tem sido uma jornada incrível e eu tive os melhores momentos. Eu nunca vou esquecer vocês - vocês estão na minha cabeça, no meu coração e na minha alma".

Elton John encerrou o festival, que teve shows de sexta-feira a domingo de grandes nomes, que incluíram o grupo veterano Guns N'Roses, Arctic Monkeys, Foo Fighters, Lizzo, Lil Nas X, além de Blondie e Rick Astley, entre outros.

A inteligência militar britânica afirmou, nesta sexta-feira (23), que a Rússia parece estar treinando golfinhos de combate na península anexada da Crimeia para contra-atacar as forças ucranianas.

Em seu último relatório sobre a situação na Ucrânia, o Ministério da Defesa britânico explicou que há um ano a Rússia fez melhorias "significativas" em Sebastopol, a principal base de sua frota no Mar Negro.

"Isso inclui pelo menos quatro camadas de rede e barreiras na entrada do porto. Nas últimas semanas, as defesas provavelmente foram reforçadas pelo aumento do número de mamíferos marinhos treinados", escreveu no Twitter.

"As imagens mostram quase o dobro de gaiolas flutuantes de mamíferos no porto, que provavelmente contêm golfinhos-nariz-de-garrafa", disse ele, considerando que esses animais "provavelmente visam combater os mergulhadores inimigos".

Vários exércitos, em particular dos Estados Unidos e da Rússia, retomaram nas últimas décadas a velha prática de usar cetáceos altamente inteligentes para fins militares.

A Crimeia, península ucraniana anexada pela Rússia em março de 2014, abriga um centro de treinamento de mamíferos marinhos desde 1965. Após a queda da União Soviética em 1991, o centro foi fechado e seus golfinhos foram vendidos ao Irã, segundo a imprensa russa.

A Marinha ucraniana o reabriu em 2012, mas após a anexação da península o centro de treinamento passou para o controle de Moscou.

Segundo o relatório britânico, a Marinha russa usou baleias beluga e focas para várias missões nas águas do Ártico.

Uma baleia com arnês que apareceu na Noruega em 2019, gerando especulações de que estava sendo usada para vigilância, ressurgiu na costa da Suécia no mês passado. Os noruegueses a apelidaram de "Hvaldimir", um trocadilho com a palavra norueguesa para "baleia" (hval) e o nome do presidente russo Vladimir.

Seu arnês tinha um suporte adequado para acomodar uma câmera e as palavras "equipamento de São Petersburgo" impressas nos fechos.

Durante a Guerra Fria, tanto a União Soviética quanto os Estados Unidos usaram golfinhos, treinando-os para detectar submarinos, minas e objetos ou indivíduos suspeitos perto de portos e navios.

Um coronel soviético aposentado, Viktor Baranets, disse à AFP que Moscou chegou a treinar golfinhos para implantar explosivos em navios inimigos.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, anunciaram uma nova aliança estratégica nesta quinta-feira (8) para se contrapor a Rússia e China, mas ambos ainda estão longe do acordo de livre comércio com o qual os britânicos tanto sonhavam após o Brexit.

"Podemos contar um com o outro com uma confiança absoluta", afirmou Sunak em entrevista coletiva conjunta, na qual Biden assegurou que os Estados Unidos não têm "um aliado mais próximo" do que o Reino Unido.

A "declaração atlântica" firmada na Casa Branca por ambos prevê maior cooperação na indústria de defesa, energia nuclear civil e no abastecimento de metais indispensáveis para a transição energética.

Assim como outros aliados dos Estados Unidos, o Reino Unido está preocupado com as consequências da Lei de Redução da Inflação de Biden, que inclui subsídios milionários à indústria de energia verde, bem como um impulso à indústria nacional e de produtos fabricados nos Estados Unidos.

Sunak, contudo, não saiu de mãos vazias e conseguiu isenções importantes para a indústria britânica.

Em matéria de defesa, o presidente americano prometeu abrir o acesso ao mercado de seu país para industriais britânicos para promover o desenvolvimento de mísseis hipersônicos.

O acordo entre os dois países também abrange inteligência artificial, segurança energética e cadeias de suprimento.

Responde à nova doutrina econômica do governo Biden, para quem as políticas industrial e comercial devem estar sujeitas a considerações de segurança e soberania, rompendo assim com o dogma do livre-comércio.

- 'Aliança indispensável' -

"Países como China e Rússia estão dispostos a manipular e explorar ou roubar nossa propriedade intelectual, usar a tecnologia com fins autoritários e nos privar de recursos cruciais como energia", mas "não terão sucesso", disse Sunak.

Joe Biden criticou o colossal plano chinês de investimento internacional conhecido como as "Novas Rotas da Seda", que classificou de "programa de endividamento e confisco" que "não vai muito longe".

À luz das demonstrações de gentileza, a relação entre os dois países parece bastante mais fluida agora do que na época dos ex-primeiros-ministros britânicos Boris Johnson e Liz Truss.

Sunak até mesmo considerou que convém falar de "aliança indispensável" ao invés de "relação especial", termo geralmente utilizado para descrever os laços entre Londres e Washington.

À falta de um tratado de livre-comércio, Sunak deixa Washington com algum apoio dos Estados Unidos a suas ambições de regulamentar a inteligência artificial.

"Contamos com [o Reino Unido] para liderar os esforços" durante a primeira cúpula internacional sobre o assunto prevista para o segundo semestre, disse Biden. O presidente insistiu que a inteligência artificial "tem o potencial de causar grandes danos se não for controlada".

- Otan e Ucrânia-

O presidente dos Estados Unidos se mostrou mais cauteloso sobre o projeto de Londres de promover o ministro de Defesa Ben Wallace para o cargo de secretário-geral da Otan.

"Talvez" um britânico possa estar à frente da Aliança Atlântica quando terminar o mandato de Jens Stoltenberg em outubro, considerou Biden, mas "teremos que encontrar consenso dentro da Otan".

Joe Biden e Rishi Sunak já tinham se reunido várias vezes, à margem de cúpulas internacionais ou para lançar uma colaboração militar com a Austrália, mas o encontro na Casa Branca é a mais formal de todas elas.

Também nesta ocasião, a guerra na Ucrânia foi tema de discussão.

Biden elogiou o comprometimento do Reino Unido com a Ucrânia diante da invasão russa.

E acrescentou que disponibilizará os "recursos necessários" para apoiar a Ucrânia pelo "tempo que for preciso", apesar das ressalvas de alguns congressistas republicanos.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, viajou nesta segunda-feira (15) ao Reino Unido para uma reunião com o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, que prometeu fornecer à Ucrânia centenas de mísseis antiaéreos e drones de ataque de longo alcance para a defesa do país contra a invasão russa.

Zelensky desembarcou na Inglaterra no início da manhã, confirmou o governo britânico, depois de visitar Alemanha e França durante o fim de semana e receber novas promessas de ajuda militar, antes de uma aguardada contraofensiva ucraniana.

"O Reino Unido lidera no que diz respeito a a ampliar nossas capacidades terrestres e aéreas", tuitou Zelensky antes do encontro com Sunak em Checkers, a residência de campo dos primeiros-ministros britânicos.

"Esta cooperação continuará hoje. Terei uma reunião com meu amigo Rishi. Vamos estabelecer negociações substanciais frente a frente e com delegações", acrescentou.

As negociações acontecem às vésperas de uma reunião de líderes do Conselho da Europa na Islândia, que terá um discurso de Zelensky por videoconfereência, e de uma reunião de cúpula do G7 no Japão.

"Este é um momento crucial na resistência da Ucrânia a uma terrível guerra de agressão que não escolheram nem provocaram", afirmou Sunak em um comunicado. "Não podemos decepcioná-los", acrescentou.

"A linha de frente da guerra de agressão de (o presidente russo, Vladimir) Putin pode estar na Ucrânia, mas as linhas de divisão se estendem por todo o mundo", insistiu. "Interessa a todos que a Ucrânia tenha sucesso e que a barbárie de Putin não seja recompensada".

Em Chequers, Sunak confirmará "o fornecimento adicional do Reino Unido de centenas de mísseis de defesa aérea e mais sistemas não tripulados, incluindo centenas de novos drones de ataque com um alcance de mais de 200 km", destaca o comunicado.

"Todos serão entregues nos próximos meses, enquanto a Ucrânia se prepara para intensificar a resistência à invasão russa em curso", acrescenta a nota.

O Reino Unido se tornou na semana passada o primeiro país ocidental a oferecer à Ucrânia mísseis de cruzeiro de longo alcance, os foguetes Storm Shadow.

Londres é o segundo maior fornecedor de ajuda militar à Ucrânia, depois de Washington, e adicionou treinamento de voo de combate ao programa de ajuda, mas não incluiu aviões de combate no pacote.

Os britânicos foram convidados nesta segunda-feira (8) a participar de atividades de voluntariado, em um feriado que encerra o fim de semana prolongado de comemorações da coroação do rei Charles III.

Depois da cerimônia solene de coroação na Abadia de Westminster no sábado (6) e de um dia mais festivo com milhares de almoços coletivos nos bairros no domingo, esta segunda-feira será dedicada à caridade.

A coalizão de associações e grupos religiosos que organizam a iniciativa espera reunir centenas de milhares de voluntários, em um esforço conjunto em que participam mais de 1.500 organizações beneficentes.

O rei Charles e a rainha Camilla não participarão deste festival batizado como "Big Help Out" (A Grande Ajuda, em tradução livre), informou o Palácio de Buckingham. Mas outros membros da família real marcarão presença.

O herdeiro, o príncipe William, participará de uma aula de treinamento de filhotes de cachorros no Centro de Treinamento de Cães-Guia para Cegos.

No domingo, o rei foi o convidado de honra de um show que reuniu 20 mil espectadores diante de um palco instalado em Windsor, pequena cidade a cerca de 40 quilômetros de Londres, onde se encontra o castelo real.

Oito meses depois de subirem ao trono após a morte da rainha Elizabeth II, Charles, de 74 anos, e Camilla, de 75, compareceram à cerimônia em um camarote real montado no castelo.

Músicos como o cantor americano Lionel Richie, a artista americana Katy Perry e a banda pop britânica dos anos 1990 Take That participaram do espetáculo.

Telões foram instalados por todo o país para acompanhar o evento, que contou com uma orquestra de 70 músicos e no qual vários atores como Pierce Brosnan, Hugh Jackman e Joan Collins relembraram dados biográficos sobre o rei.

- "Mãe muito orgulhosa" -

Além das apresentações, o príncipe William subiu ao palco e prestou homenagem ao pai. Falou sobre sua paixão de longa data pela ecologia, sua ajuda a milhares de jovens carentes e sua defesa de todas as religiões.

Também fez uma referência à avó, a falecida Elizabeth II, dizendo: "Eu sei que ela está nos olhando lá de cima".

"Seria uma mãe muito orgulhosa", disse o príncipe.

A coroação de Charles III no sábado como monarca do Reino Unido e dos 14 países da Comunidade Britânica (Commonwealth) foi a primeira em sete décadas.

A cerimônia pomposa e solene na Abadia de Westminster contou com tradições e rituais de quase mil anos e reuniu casas reais, líderes mundiais e representantes da comunidade britânica e instituições de caridade.

O governo, no entanto, está sendo duramente criticado pela prisão de defensores da república no Reino Unido, que foram detidos antes mesmo de iniciarem um protesto planejado no sábado.

Graham Smith, diretor do movimento antimonarquista "Republic", disse à BBC no domingo que "foi tudo uma tentativa deliberada de interromper e reduzir" o protesto.

Esta segunda-feira foi declarada feriado para encerrar as comemorações e para que as pessoas possam aproveitar os atos de domingo, sem se preocupar com as responsabilidades do dia seguinte.

Oito meses depois de subir ao trono após a morte de sua mãe, Elizabeth II, Charles III foi coroado neste sábado (6) ao lado de sua esposa, Camilla, em uma cerimônia solene e suntuosa, única na Europa, um evento que não acontecia no Reino Unido há 70 anos.

O arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder espiritual da Igreja da Inglaterra, colocou na cabeça do monarca de 74 anos a coroa de Santo Eduardo, que não era utilizada desde a coroação, em 1953, de sua mãe, que faleceu em setembro do ano passado.

A rainha Camilla foi coroada imediatamente depois, em um ritual similar, porém mais simples.

Sentados na primeira fileira da imponente Abadia de Westminster, os herdeiros da coroa, William e Kate, acompanharam a cerimônia religiosa, pontuada por cânticos e leituras do Evangelho, concebida de acordo com um ritual de grande pompa que praticamente não mudou nós últimos mil anos.

Quase 2.300 convidados estavam no templo, incluindo a primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como centenas de representantes da sociedade civil britânica.

O príncipe Harry, filho mais novo de Charles, que mantém uma relação tensa com a família real, sentou ao lado dos primos na terceira fileira, sem a esposa Meghan Markle, que ficou na Califórnia com os dois filhos do casal.

"Deus salve o rei Charles!", afirmaram os presentes para marcar o início da cerimônia, depois que Charles III, de 74 anos, e Camilla, de 75, entraram com as capas cerimoniais na abadia, após uma breve procissão de carruagem que começou no Palácio de Buckingham.

Com a mão na Bíblia, o rei prestou juramento. Em seguida, na parte que é considerada a mais sagrada da cerimônia, o arcebispo Welby ungiu as mãos, o peito e a cabeça do monarca, que estava escondido da vista de todos por uma tela.

Em substituição à tradicional homenagem dos aristocratas, o religioso convidou todas as pessoas, onde quer que estivessem assistindo ou ouvindo a coroação, a jurar lealdade ao novo rei, uma novidade histórica que pretendia democratizar a cerimônia, mas que provocou fortes críticas do movimento contrário à monarquia.

- Manifestantes detidos -

Apesar da chuva persistente, milhares de fãs da monarquia se aglomeraram nas ruas de Londres, ao longo do percurso da carruagem real, para saudar os monarcas.

"Estamos muito entusiasmados, muito orgulhosos de sermos britânicos", disse à AFP Phyllis Taylor, de 60 anos, que viajou da Escócia para Londres com o marido para "esta ocasião muito especial".

No trajeto, no entanto, o casal real passou por cartazes do grupo antimonarquista "Republic", com a frase "Not my king" (Não é meu rei). Ativistas foram detidos quando se preparavam para protestar, o que perturbou a cidade algumas horas antes da cerimônia.

"Prenderam seis dos nossos organizadores e confiscaram centenas de cartazes. Não disseram o motivo da detenção, nem para onde foram levados", declarou à AFP um manifestante.

Quase 20 membros do grupo ecologista "Just Stop Oil" também foram detidos e algemados na mesma área, segundo um fotógrafo da AFP.

"Isto é algo que esperaríamos ver em Moscou, não em Londres", disse Yasmine Ahmed, diretora da ONG Human Rights Watch. "Os protestos pacíficos permitem exigir que os que estão no poder sejam responsabilizados, algo a que o governo do Reino Unido parece cada vez mais relutante", acrescentou, em referência a uma nova lei aprovada esta semana que dá mais poderes à polícia contra as manifestações.

- Joias e vestimentas com ouro -

Embora o rei desejasse uma cerimônia mais moderna e simples que a de sua mãe, em um momento de grave crise pelo aumento do custo de vida, três coroas cravejadas de diamantes foram utilizadas no evento: uma para Camilla e duas para Charles III, porque a coroa de Santo Eduardo é usada apenas no momento preciso da coroação.

Também foram utilizadas diversas vestimentas antigas bordadas a ouro: o rei apareceu com as peças de maneira progressiva durante a cerimônia, o que incluiu três cetros, uma espada cravejada de pedras preciosas e um par de esporas de ouro.

Em um aceno às convicções ecológicas do monarca, o óleo da unção era vegano, mas consagrado - como a tradição exige - na Igreja do Santo Sepulcro de Jerusalém, onde os cristãos acreditam que Jesus foi enterrado.

Após a cerimônia, os monarcas, acompanhados por milhares de militares e integrantes da realeza, retornam em uma nova procissão ao Palácio de Buckingham, onde, ao lado da família, acenam para a multidão.

O príncipe Harry não deve aparecer ao lado do pai, a menos que a família adote um gesto de reconciliação com o filho mais novo de Charles III, que fez duras críticas à monarquia, em particular contra a rainha Camilla e seu irmão mais velho, William.

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