American Airlines e United Airlines anunciaram nesta quinta-feira (4) que terão mais voos em julho, para atender ao aumento da demanda, sugerindo que o setor aéreo deixou para trás o pior dos bloqueios causados pela pandemia de Covid-19.
A American Airlines irá operar 55% de seus voos nos Estados Unidos e quase 20% de seu programa internacional, após verificar um crescente interesse dos consumidores nos estados do país que promoveram mais rápido a reabertura, depois da quarentena decretada contra a pandemia.
"Estamos vendo um aumento lento, mas constante, da demanda interna. Após uma revisão cuidadosa dos dados, criamos um calendário de julho que se ajusta" a esta informação, disse Vasu Raja, vice-presidente de planejamento da empresa. "Nosso programa de julho inclui a menor redução da capacidade anual desde março."
Mais tarde, a United Airlines anunciou que iria retomar os voos para mais de 150 destinos nos Estados Unidos e Canadá, aumentando os trajetos diretos de Chicago, Denver, Nova York e seus outros quatro hubs. "Muitos clientes nos disseram que estão considerando voar outra vez", indicou a empresa, assinalando que a capacidade se reduziria para abaixo de 70% em julho, comparado ao mesmo mês do ano passado.
As principais empresas do setor cortaram o serviço e incentivaram suas equipes a tirar férias não remuneradas para tentar economizar dinheiro, após a queda da demanda em até 95% como resultado da pandemia. Mas a American, que tem um nível de dívida mais alto que outras companhias aéreas líderes nos Estados Unidos, indicou que tinha uma média de 110,3 mil clientes no fim de maio, mais do triplo de abril. Seus aviões voavam com 55% de sua capacidade no fim de maio, contra 15% em abril.
O anúncio alavancou as ações das companhias aéreas, incluindo a American, que registrou alta de 26,4%, a 14,97 dólares, esta manhã.