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A Caixa Econômica Federal (CEF) confirmou nesta segunda-feira, 22, o lançamento de um pacote de vantagens em produtos e serviços para aposentados e pensionistas do INSS. Estão entre as novidades condições especiais em cartões de crédito, seguros e também na conta corrente do banco.

O lançamento do pacote e o teor das medidas foram antecipados nesta segunda-feira pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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O pacote é relacionado à carteira virtual Meu INSS+, lançada pelo Ministério da Previdência nesta segunda e que também servirá para comprovar a identidade dos beneficiários, segundo a pasta.

Segundo a Caixa, as vantagens incluirão descontos de até 75% nas compras em farmácias, preços mais baixos em consultas, exames, orientação nutricional e assistência residencial.

Estão incluídos um cartão de crédito com a bandeira Elo, controlada pelo banco em parceria com Bradesco e Banco do Brasil, além do cartão de débito Elo, duas linhas de seguros e a conta corrente, além do programa de pontuação Dotz.

Nos cartões Elo, serão concedidos os descontos em farmácias, e de até 50% em ingressos de cinema e pipoca, entre outros. O Cartão Sim Elo terá cinco benefícios adicionais, ligados a seguros e ao Clube Elo Mania. Na plataforma Elo Flex, haverá ainda acesso a outros benefícios.

No Dotz, que permite o acúmulo de pontos a partir de compras em determinadas lojas físicas e virtuais, haverá uma promoção ao longo dos próximos 30 dias em que beneficiários do INSS que tenham cartão de crédito da Caixa receberão 100% de bônus nos pontos resgatados em transferências para a Dotz. O limite é de 10.000 pontos.

Além disso, o banco público oferecerá um seguro de vida sênior, com descontos em consultas, exames e farmácias, e o residencial fácil, com coberturas contra incêndio, roubo, despesas de aluguel e assistências.

Já na conta corrente, o banco dará isenção da cesta de serviços por três meses para aposentados e pensionistas que tenham ou queiram abrir contas na Caixa. Também será possível converter o valor em crédito para celular. A adesão pode ser feita nas agências ou na internet.

O alto custo da energia elétrica no Brasil tem levado muitas pessoas a buscar soluções que diminuam o valor da conta de luz. Uma alternativa interessante para as residências pode ser a energia solar que, segundo especialista consultado pela Agência Brasil, é “boa para o bolso, para o país e para o mundo”.

O potencial de geração de energia solar no Brasil é imenso, mas ainda subaproveitado, principalmente em residências. Isso se explica pelo fato de muitas pessoas não terem noção do que é necessário para transformar tetos ou áreas abertas em pequenas geradoras de energia por meio de placas solares. Algo que, de acordo com o professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília (UnB) Rafael Amaral Shayani, é mais simples do que parece, e cujos benefícios vão além de uma conta de luz menos onerosa.

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“A energia solar de uso residencial, que é chamada de geração de distribuída, é boa para o bolso do consumidor. Mas também é boa para o país porque o Brasil é um país em desenvolvimento que vai precisar de muita energia para crescer; e para o mundo, porque protege o meio ambiente, já que não emite gases de efeito estufa”, destaca o engenheiro eletricista em entrevista à Agência Brasil.

Boa para o bolso

A energia solar pode resultar em diminuição significativa dos gastos com a conta de luz. Segundo Shayani , um investimento entre R$ 12 mil e 15 mil pode reduzir em até 90% a conta de energia.

“A pessoa, então, passa a pagar apenas a parcela mínima, que é o consumo mínimo, uma tarifa de disponibilidade do serviço”. O engenheiro diz diz que o investimento é recuperado em cerca de cinco anos e que o sistema dura de 20 a 25 anos.

Boa para o país

A energia solar é também boa para o país, para lidar com a expectativa de crescimento da demanda de energia, conforme o aumento do número de fábricas e indústrias previsto para os próximos anos.

“A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prevê que até 2050 o Brasil vá triplicar o consumo de eletricidade, até em função do aumento populacional e das consequências disso para o setor produtivo, já que acarretará em mais uso de eletrodomésticos”, afirma Shayani.

Boa para o planeta

“Quando a energia é gerada no telhado da sua casa, você não está queimando gás natural para gerar eletricidade. Você reduz a necessidade de hidrelétricas, que alagam florestas, ou de carvão ou gás queimados para a geração de energia por usinas térmicas. Portanto, é uma forma muito boa de contribuir para proteger o meio ambiente”, complementa o professor.

Para Shayani, um dos grandes desafios mundiais é gerar mais eletricidade e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. “Nesse sentido, a energia solar vem como solução. Quanto mais pessoas a adotarem, mais energia o país produzirá, e menos energias fosseis precisarão ser usadas”, enfatiza o professor, que indica também o uso de aquecimento solar por meio de tubos de plástico para, com o calor do Sol, esquentar a água do chuveiro.

Placas fotovoltaicas

A grande vantagem do uso de placas fotovoltaicas, segundo Shayani, é a possibilidade de “devolver” parte da energia consumida para a rede de energia fornecida pela distribuidora local.

Para “devolver” energia à rede fornecedora, é necessário ter, além do painel solar, um inversor, já que a energia solar gera tensão contínua, e as tomadas das residências usam energia alternada.

“Você liga seu sistema de energia solar a uma rede elétrica da distribuidora que atende à cidade. Ou seja, instala o sistema no telhado e ligao no mesmo disjuntor que a companhia elétrica tem na sua casa. É o sistema mais barato porque não depende de baterias que armazenem a energia”.

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) há, no Brasil, 775.972 sistemas solares desse tipo já instalados.

Chuvas e tempo nublado

Interligar as placas à rede distribuidora de energia é também solução para evitar falta de energia em dias de chuva, tempo nublado, ou mesmo à noite, quando não há sol. “É como se o relógio medidor de energia rodasse para trás quando é dia e o consumo é menor. À noite, então, quando não há sol, você vai pegar de volta essa energia, usando a energia das hidrelétricas brasileiras. Aí o relógio vai para a frente”.

No fim do mês, se a energia fornecida de dia for igual à recebida nos períodos sem luz solar, é como se o relógio que marca o consumo ficasse no zero. “O nome oficial disso é Sistema de Compensação de Energia. Gera-se mais energia de dia para compensar o uso à noite, quando não tem energia solar. É uma coisa interessante porque não precisa de baterias para armazenamento, que são muito caras e altamente poluentes.”

Baterias

Em geral esse equipamento com baterias é usado em regiões isoladas, onde não há fornecimento de energia por companhias elétricas. É o caso de algumas comunidades do interior da Amazônia, na floresta.

"Além de caras e danosas ao meio ambiente, essas baterias são como as de carro: estragam-se muito rápido e precisam ser trocadas a cada três ou quatro anos. O custo adicional delas faz o sistema [de captação e geração de energia] quase dobrar de preço”, estima o professor.

Como funcionam

A energia solar é´uma inovação tecnológica que difere das outras formas de geração de eletricidade porque é um sistema eletrônico. É feita a partir de uma pedra de silício, substância que, depois do oxigênio, é a mais abundante na Terra.

“A crosta terrestre é feita de silício, material usado nos painéis solares. Quando a luz solar incide sobre ele, pula um elétron, o que acaba gerando energia. Essa corrente elétrica sai do telhado e entra nos equipamentos, energizando a casa”, detalha o especialista.

Legislação

A legislação da Aneel permite quatro modalidades de geração distribuída de energia. A primeira é a geração na própria unidade consumidora, quando a pessoa a instala no telhado da própria casa. A segunda é chamada autoconsumo remoto, que é quando a pessoa tem, por exemplo, duas residências em um mesmo estado. Ela pode colocar energia solar no telhado da casa e a energia que é gerada lá compensa o consumo da outra residência.

“Existe, ainda, a modalidade de múltiplas unidades consumidoras. É o caso dos condomínios, que podem colocar placas nos telhados para abastecer a área comum. Há também a possibilidade de moradores dos apartamentos colocarem o equipamento em telhados, e a energia ser rateada entre as unidades que fizeram o investimento.”

A quarta modalidade é a de geração compartilhada que, segundo o especialista, abrange “uma usina maior à qual as pessoas podem se associar para serem beneficiadas com abatimento na conta de energia”.

Custo dos equipamentos

O preço do sistema depende de dois fatores principais. O primeiro é saber quanto de energia a residência consome. “Para saber isso, basta olhar a fatura enviada pela concessionaria de energia todo mês. O consumo é calculado a partir da média mensal. No verão, gera-se mais eletricidade e, no inverno menos. Mas, na média do ano, a pessoa pode gerar toda energia da casa”, explica Rafael Shayani.

“Depende também de quanto sol tem na região. O Brasil em geral é muito ensolarado. O local com menos sol no Brasil tem mais sol do que a Alemanha inteira, que é um dos líderes no uso de energia solar. Então, se você mora em um local com muito sol, seu sistema de geração pode ser menor, não sendo necessárias tantas placas”, acrescenta.

Segundo o professor, o consumo típico de uma residência brasileira fica em torno de 10 quilowatts-hora por dia. “Normalmente, temos cinco horas de sol forte por dia. Considerando essa média como referência, precisamos então de um sistema de energia solar de mais ou menos 2 kw instalado no telhado da casa. Ele vai ocupar área pequena do telhado e gerar energia para, na média do ano, atender tudo.”

O custo do equipamento varia de acordo com a cotação do dólar, que está na faixa de R$ 5,50. “Atualmente, esse equipamento deve custar entre R$ 12 mil e 15 mil, mas, com ele instalado, a conta de luz pode cair para o valor mínimo cobrado pela concessionária. O investimento é recuperado nos primeiros três ou cinco anos. Depois, fica 20 anos pagando só a tarifa mínima de energia elétrica, que é cobrada para a manutenção da rede.”

O equipamento deve ser instalado por uma empresa específica, porque é necessário registro no Conselho de Engenharia, de forma a comprovar que a instalação é segura e atende às regras de segurança da distribuidora de energia.

“O primeiro passo é contatar, na sua cidade, uma empresa de equipamentos para geração de energia solar, um ramo que cresceu muito nos últimos anos. Tem milhares de empresas no Brasil. Peça a eles um orçamento. Eles instalam o equipamento, entram em contato com a distribuidora que, depois, fiscaliza a instalação para ver se tudo está adequado para, enfim, ligar o sistema. Isso tudo pode ser feito em até 30 dias”, afirma o engenheiro.

Com uma nova tentativa de votação prevista para esta semana na Câmara, o projeto que altera o Imposto de Renda pode aprofundar o "fosso" que existe hoje entre a tributação que é cobrada do empregado com carteira assinada e a dos sócios de empresas que pagam pelo lucro presumido, um regime de tributação simplificado, muito usado por médicos, advogados, dentistas, contadores e economistas.

Essas distorções podem fazer, por exemplo, com que a alíquota que incide sobre a remuneração de um sócio, que hoje já é três vezes menor do que a de um trabalhador assalariado, fique em alguns casos até cinco vezes mais baixa.

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Se o parecer do relator do projeto, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), for aprovado como está, estimulará ainda a ampliação do fenômeno que existe no Brasil de "pejotização", atesta o economista Bernard Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal.

A "pejotização", que nasceu em meados da década de 90 e proliferou nos anos seguintes, tem feito com que profissionais se transformem em sócios de empresas dos regimes simplificados de tributos (Simples e lucro presumido) para pagar menos imposto e mascarar um vínculo empregatício. Do jeito que está, a reforma pode fazer, inclusive, com que as empresas se fragmentem para manter a isenção.

O parecer beneficia, principalmente, profissionais liberais, como advogados, médicos e economistas, de renda alta e média alta. Segundo Appy, acima de R$ 5 mil já é muito vantajoso uma pessoa física "virar" empresa do Simples.

De acordo com cálculos feitos por ele, a tributação sobre a remuneração do trabalho de um sócio de uma empresa que recebe R$ 20 mil por mês cai de 11,3% para 7,3%, enquanto a de um trabalhador assalariado recua apenas 0,7 ponto porcentual, de 44,4% para 43,7%.

Em outro exemplo, com o parecer de Sabino, um sócio de uma empresa do lucro presumido que tenha uma renda de R$ 100 mil por mês passa a ser tributado em 7,9%, ante 11,9% na alíquota atual. Um empregado formal com a mesma renda terá uma queda da tributação de 45,7% para 45,6%. Ou seja, apenas 0,1 ponto porcentual, devido ao efeito da correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

"A reforma tributária deveria reduzir essa diferença, e não aumentar. Um bom sistema tributário tem de fazer com que rendas equivalentes sejam tributadas de forma equivalente", diz Appy. Para ele, a sociedade brasileira não pode ficar quieta assistindo a essa situação porque "advogados, médicos e outros profissionais" estão "chiando" porque vão pagar mais imposto, quando, na prática, já pagam muito pouco. "É ridículo. Eu mesmo, como economista, sou beneficiado por isso, já pago pouco imposto e vou pagar menos ainda", critica o diretor do CCiF.

As distorções aumentaram depois que Sabino isentou totalmente as empresas do lucro presumido que faturam até R$ 4,8 milhões por ano e as do Simples de pagar o Imposto de Renda sobre os dividendos distribuídos a sócios, o que acaba funcionando como salário em boa parte dessas companhias. E, por outro, reduziu em 10 pontos porcentuais o IR que incide sobre o lucro das empresas: Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (8,5 pontos porcentuais) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (1,5 ponto porcentuais).

Simulações

De olho nos rumos do projeto, Appy passou os últimos dias fazendo uma série de simulações, usando uma metodologia ampla que considera a tributação incidente sobre a renda (tributos sobre a renda das pessoas físicas e jurídicas) e as contribuições incidentes sobre a folha de salários (empregador e empregado).

Na sua avaliação, a inclusão das contribuições sobre a folha de salário no cálculo é importante, porque os tributos que incidem sobre a folha e não geram benefícios para os trabalhadores (como a contribuição patronal acima do teto do salário de contribuição ao INSS) são, efetivamente, uma taxação sobre a renda do trabalho.

Como as contribuições sobre a folha financiam benefícios para os trabalhadores, como aposentadoria e o FGTS, Appy também fez projeções com a tributação líquida, descontando o valor presente desses benefícios. O economista pôde verificar, inclusive, que, para um sócio do Simples com renda mensal de R$ 10 mil, o valor dos benefícios excede a taxação - ou seja, no final, ele recebe mais benefícios do que foi tributado.

A votação do parecer foi adiada por três vezes, mas conta com o patrocínio do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL). Lira quer aprovar o texto mesmo com as resistências.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com o isolamento social causado pela pandemia de covid-19, as pessoas se mantiveram conectadas nas redes sociais por mais tempo. Isso resultou em problemas como aumento de ansiedade e também gerou novos hábitos de consumo e relacionamentos.

O estudante André Maia disse que está entre as pessoas que ficaram a maior parte do tempo no celular. Ele contou que teve problemas de ansiedade por tentar imaginar o dia em que o isolamento social iria acabar.

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“Eu passava basicamente o dia inteiro no celular, da hora que eu acordava até a hora de ir dormir. Não era a única opção, mas era a mais viável para ficar próximo das pessoas que faziam parte da minha rotina, porque via como um tipo de tratamento, como uma fuga do que estava acontecendo no mundo”, relatou.

Durante a pandemia houve um aumento exponencial no número de usuários e horas gastas nas redes sociais. Segundo dados da consultoria Kantar, a pandemia influenciou um aumento de 76% no número de usuários do WhatsApp, e de 40% do Facebook e Instagram, apenas no período da pesquisa. A pesquisa mostra, também, que entre março e abril houve um aumento de 33% do uso da rede social TikTok no mundo.

André disse que está utilizando bastante as redes sociais para lidar com os dias de isolamento, já que o sentimento de angústia tomou conta de sua vida. Além disso, informou, as atividades remotas causaram uma estranheza a ele por não ter aquele contato físico com as pessoas.

"Ficava pensando 'Quando vão aprovar uma vacina?', 'Quando eu vou poder encontrar as pessoas de novo?'. Isso era muito angustiante. Na faculdade, a gente aprendeu a estar todos os dias numa sala de aula com professor, com as pessoas ao nosso redor. E aí do nada tem que passar a assistir aula diariamente on-line, não é a mesma coisa, mas era a única opção. E o Home Office, onde a gente, apesar de tudo, tem que se manter produtivo, e isso nem todo dia é possível, porque ninguém é de ferro", afirmou.

André confirmou os dados da pesquisa: abusou das redes sociais. "Eu uso muito Instagram e o Twitter, porque na falta de interação de contato pessoal, a gente busca essas redes sociais para se conectar com amigos, família etc. E também uso a Netflix, assisto uma série ou um filme para esquecer o que está acontecendo, e evitar notícias ruins", conta o estudante.

De acordo com a psicóloga Danielle Almeida, as pessoas ficaram muito mais tempo reclusas, e isso permitiu que passassem mais tempo nas redes sociais, em aplicativos de séries e filmes. Um tempo maior na utilização da internet e dos aparelhos eletrônicos implica alguns malefícios pelo uso excessivo, como problemas de visão, por causa do tempo diante da tela do aparelho.

"Em virtude da pandemia, nós passamos um tempo maior utilizando a internet e os aparelhos eletrônicos. Com isso, nós temos alguns malefícios, problemas com relação à visão, em virtude do excesso do uso dos aparelhos, e também ao aspecto físico da coluna. A gente começa a perceber essas dificuldades, por passar a maior parte do tempo sentado e deitado. Com isso, o corpo em algum momento acaba reclamando", assinalou a psicóloga.

Segundo Danielle, no aspecto psicológico, há o problema da reclusão. "As pessoas passam a ficar em casa, criando uma zona de conflito e não uma zona de conforto. Então, você começa a perceber que os comportamentos são outros, a ausência do abraço, do beijo e do aperto de mão, por isso a pessoa desenvolve uma depressão, uma ansiedade, e até manias de limpeza", explicou.

Compras pela internet

As compras on-line aumentaram até 40% com o impacto do novo coronavírus. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico informa que as lojas virtuais registraram alta de mais de 180% em transações nas categorias de alimentos e saúde.

Já a pesquisa Impactos da Pandemia no Comportamento do Consumo do Brasileiro, realizada pelo Instituto Locomotiva, revela que uma média de 40% dos entrevistados que frequentam lojas físicas de livrarias, perfumarias, lojas de departamentos, entre outros, pretendem não fazer mais compras nesses espaços, optando por compras pela internet.

O economista Nélio Bordalo analisa que isso foi um efeito da pandemia, refletindo as limitações impostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelos governos à população.

"Por causa do lockdown, no Brasil e no resto do mundo, as pessoas optaram por compras on-line. As lojas que atuavam no e-commerce tiveram um faturamento além da média, principalmente porque o comércio tradicional não estava podendo funcionar. A projeção para 2020 é que a receita e o faturamento do comércio eletrônico no Brasil girem em torno de R$ 11 bilhões. Em comparação com o ano passado, nós tivemos ao todo, R$ 75 milhões", informou.

Segundo Nélio, as empresas começaram a praticar as vendas por comércio eletrônico como uma questão de sobrevivência. Ele acredita que, após a pandemia, as empresas que atendiam somente fisicamente deverão começar a ofertar as duas modalidades.

"Eu vejo com bons olhos essa mudança do varejo para as vendas no e-commerce, porque o mundo todo está utilizando esse artifício. Sim, isso altera um pouquinho a estrutura, a logística. Essa comercialização exige uma redução no custo operacional das lojas físicas, e as empresas deixam de pagar aluguel, pois não têm muito custo com energia, nem com empregados. O comércio eletrônico tem uma estrutura mais enxuta. É uma tendência que o Brasil certamente vai acompanhar", disse.

Como tudo na internet exige cautela, o economista alerta para o aumento de novos golpes também. "O consumidor tem que ficar atento a essa situação. Tem que ter cuidado com relação aos pagamentos dos fornecedores através do comércio eletrônico para também evitar qualquer tipo de golpe", alertou.

A estudante Erika Castro é uma das pessoas que não compravam pela internet, mas que agora está aproveitando a pandemia e comprando bastante em lojas virtuais. "Eu não costumava fazer compras on-line, mas eu comecei a partir da quarentena. Como eu não podia sair e eu precisava comprar, então eu comecei a comprar sapatos, fazer compras no mercado, frutas e verduras, enfim eu comecei a comprar muita coisa. Eu gosto muito de comprar pessoalmente, de tocar naquilo que eu vou comprar, mas os benefícios do comodismo, de estar em casa e poder receber as coisas é um ponto positivo", comentou.

Por Ana Caroline Barboza, com o apoio de Cristian Corrêa.

 

A divulgação do Enem Digital, que terá sua aplicação piloto iniciada já neste ano de 2020, tinha trazido para os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a possibilidade de optar entre dois modelos de prova distintos. Esses modelos podem ser escolhidos conforme o número de vagas e a cidade de residênciad o candidato. Em 2026, a modalidade digital deverá ser totalmente implantada, segundo o Ministério da Educação (MEC). 

Nos últimos dias, contudo, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, anunciou a criação do Enem Seriado, que será uma ampliação para aplicação anual e em todas as séries do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) a partir de 2021. A medida também vale para ingresso no ensino superior de 2024 em diante. A prova será digital e aplicada nas próprias escolas através de tablets fornecidos pelo Inep.

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Com mais essa opção, até 2026 os estudantes que sonham com uma vaga nas universidades terão três modalidades distintas de prova que permitirão acesso ao ensino superior diretamente ou por meio de políticas do governo, como o Programa Universidade Para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), por exemplo. Diante disso, o LeiaJá ouviu professores para explicar as vantagens e desvantagens que cada prova apresenta e qual delas é a ideal para cada estudante. 

Enem Seriado 

Para Wagner Rocha, professor de geografia há 18 anos, o Enem Seriado tem como qualidade permitir ao aluno a construção da nota ano após ano, e lembrou que a Universidade de Pernambuco (UPE) já conta com o modelo seriado de seleção. 

“A partir do 1º ano do ensino médio a gente vai ter o que já ocorre aqui em Pernambuco. Eu vejo o [Enem] Seriado como uma coisa muito positiva, porque é mais uma porta de entrada no ensino superior e isso vai diminuir aquela ansiedade que o aluno vai para a prova e vê aquilo como uma última oportunidade que ele tem, se não só tem para o ano”, disse o professor. 

O professor de física Nilson Lourenço trabalha há 37 anos com vestibulares e com o Enem desde 1998, quando a prova foi criada. Ele afirma com base em sua experiência que os estudantes que passam o ensino médio se dedicando a provas seriadas costumam também ter sucesso em outras provas, como o Enem, e conseguem aprovação, motivo pelo qual ele vê o Enem Seriado com bons olhos. “O aluno que for esperto vai ter um menor conteúdo ano a ano, se ele, ou alguém orientá-lo, será uma maravilha. Hoje os alunos que se dedicam ao SSA e passam na UPE têm notas para passar em muitas federais.” disse o professor. 

Nilson lembra, no entanto, que avaliações continuadas, como é o caso dos vestibulares seriados da Universidade de Pernambuco (UPE), Universidade de Brasília (UNB) e do Enem Seriado, têm assuntos cumulativos até o terceiro ano, favorecendo mais alunos que estudam bem durante todo o ensino médio. “Quem deixar só para o terceiro ano tem uma prova cumulativa, são os assuntos dos três anos”, alertou ele.

O modelo seriado de avaliação também é elogiado pela professora de história Thaís Almeida, ao lembrar que provas aplicadas uma única vez no ano ao final do ensino médio nem sempre avaliam todo o conhecimento do estudante. “Quando o aluno só tem a opção da prova tradicional, a gente sabe que nem sempre essa prova consegue dar conta de realmente avaliar o aluno em tudo que ele construiu ao longo do ensino médio dele. A ideia de uma avaliação continuada é muito positiva e diminui injustiças”, declarou a professora, fazendo a ressalva de que a prova deve ser aplicada em formato físico e não digital. 

Para o professor de Linguagens e redação Isaac Melo, dois aspectos positivos do Enem Seriado são o fornecimento de informações sobre alunos, professores e escolas para a sociedade e a possibilidade de fazer tanto da modalidade seriada quanto o Enem aplicado no terceiro ano do ensino médio. “O Enem Seriado traz para o professor, para o diretor, para a logística que está sendo feita e para os projetos pedagógicos da escola uma informação importantíssima. A segunda parte positiva é poder fazer com que ele tenha uma quantidade menor de coisas para estudar em um ano. Esse aluno pode no final do ano optar pelo que ele fez no seriado e também fazer o Enem”, disse ele. 

No entanto, Isaac também faz uma ressalva no que diz respeito a possíveis consequências da implantação do Enem Seriado no sistema de ensino das escolas do país. “Se o alvo do 1º, 2º e 3º ano for fazer a prova do Enem, a educação, penso eu, cai por terra, porque perde aí nesse meio a formação humana tão importante. Claro, tem escolas que conseguem trabalhar o lado humano e emocional dos alunos e prepará-los para uma prova. O que me preocupa somente é isso, formar alunos para responder uma prova no final do ano que vai ser a prova que vai ditar se o colégio presta ou não presta, se o professor presta ou não presta, se o aluno é bom ou ruim. Isso é bem perigoso”.  

Enem Digital

Questionada sobre as vantagens trazidas pela inserção do modelo digital na prova do Enem, a professora Thaís Almeida afirmou não ver nenhuma. “No contexto atual eu não vejo nenhum ponto positivo. Eu acho um modelo de prova que abre muito espaço para fraude, que desconsidera todas as desigualdades entre os estudantes do Brasil. Não há nenhum projeto paralelo do Governo Federal que busque melhorar a infraestrutura das escolas tanto para preparar os alunos para fazer uma prova no modelo digital quanto para apropriar os espaços das escolas para receber todos os alunos do Brasil que fazem a prova”, afirmou ela. 

Para o professor Nilson, a inserção dos estudantes no universo on-line e a economia de papel, com benefícios ao meio-ambiente, são pontos positivos do Enem Digital. No entanto, ele faz algumas ressalvas a respeito do fato de que muitos estudantes estão em condições desiguais de acesso à tecnologia. 

“Nem todos os alunos tem em mãos os computadores, para praticarem, para se habituarem, lembremos que 66% dos alunos que prestam o vestibular são de escolas públicas e muitos não têm nem internet. Claro, primeiro temos que ter um internet de qualidade para todos. Todos têm que ter o hábito de resolver questões on-line, mas isso por enquanto é um sonho. Ler um livro, papel na mão, e outro digital, é bem diferente. Imagina fazendo contas. No papel é só virar, voltar páginas. Isso [aumento do tempo de resposta em provas digitais] está sendo dito pelos alunos com as aulas on-line” afirmou o professor de física. 

O professor de geografia Wagner Rocha criticou a decisão do Inep e do Ministério da Educação (MEC) de já iniciarem a aplicação piloto do Enem Digital valendo nota e vaga nas universidades, sem um primeiro momento de testes. “Acredito que cometeram um erro muito grande, porque não teve uma fase de teste para os alunos. Eu não acho salutar, eu não acho prudente um aluno que esteja bem preparado ir por essa modalidade digital no presente momento. Apesar de que eu acho, sim, uma grande ideia, baseado na revolução 4.0, mas ao mesmo tempo a gente sabe que um quarto da população brasileira não dispõe de internet”, disse o professor. 

Wagner aponta também algumas vantagens do Enem Digital em relação à prova tradicional, como alguns recursos audiovisuais e de interatividade para contexto das questões que, para ele, podem ajudar na compreensão do aluno. “Vejo que tem ganhos futuros, porque essas provas podem ser mais dinâmicas, conter gráficos, infográficos, animação, gamificação, tudo isso que faz parte da nova indústria 4.0 que a gente tá falando, mas é importante também pensar na inclusão e pensar em todos, não apenas pensar em alguns”, disse o professor.

O professor Isaac Melo tem a mesma visão positiva a respeito da interatividade do Enem Digital, mas faz uma crítica ao lembrar que o modelo exclui as pessoas com necessidades especiais. “Se a tecnologia entra, ela deve entrar não somente para teste tecnológico mas também para incluir. Já estou triste porque o ano piloto, que é este ano, já exclui quem mais precisa da tecnologia para ser inserido, existe aí uma incoerência”, afirmou ele. 

Questionado sobre o que levar em consideração na hora de escolher entre a prova tradicional ou digitalizada, o professor Isaac orientou os estudantes a avaliar o seu processo de preparação ao longo do ano. “Quando o aluno se prepara o ano inteiro fazendo questões no papel, ele deve sem dúvida nenhuma optar pelo Enem de papel. Agora se ele tem uma habilidade muito boa, o colégio dele ajuda nessa interpretação da linguagem tecnológica, então o que ele tem que fazer mesmo é o Enem tecnológico”, disse o professor. 

Enem Tradicional 

Para o professor Nilson Lourenço, a prova tradicional é o modelo que ele acha melhor pela vantagem de ter a prova na mão. “O [Enem] on-line será uma realidade no futuro. Eles [os alunos] vão começar a se adaptar. Acredito que em mais dois, três anos, eles já vão optar [pelo Enem Digital], porque os cursos e os colégios vão começar a investir nesse sistema” disse o professor. 

O professor Wagner Rocha enxerga como qualidades do Enem tradicional o formato das questões e também a possibilidade dos estudantes concorrerem a diversas universidades em todo o país e no exterior com a nota da prova. No entanto, ele avalia que parte dessas características foi perdida na edição de 2019. 

“É um ponto positivo demais ter uma prova aceita em todo o Brasil e fora do Brasil. Sou fã do Enem quando quebrou pegadinha, decoreba, aquela questão que favorecia muito mais memorização do que o aluno que contextualizava, que pensava. O lado ruim do Enem é porque pelo menos na última versão da prova ela tá indo na contramão da essência da criação do Enem. As questões do ano passado foram pobres, pouco contextualizadas, questões que em alguns casos eram muito conteudistas, priorizavam também a memorização”, afirmou Wagner. 

Para o professor, outro ponto negativo da prova são as falhas de segurança que o Enem tradicional já apresentou. “Ano passado a gente viu a questão das notas com grandes assimetrias. Tem alunos que deveriam estar na universidade e não estão por erro do sistema, que não tiveram respostas quando o próprio ministro disse que todos teriam respostas via e-mail e ele iria analisar caso por caso. Não é apenas a prova, mas também tem o pós-prova e o órgão competente ele tem que dar suporte para todos aqueles que fizeram prova e de alguma forma se sentiram prejudicados”, declarou Wagner. 

Para a professora Thaís Almeida, o Enem Tradicional é uma ótima prova e, apesar de ter apresentado problemas em anos anteriores, não tem falhas em sua concepção enquanto exame. O problema, para ela, está na gestão do órgão executor da prova. 

“O Enem tradicional eu acho uma prova muito boa. Os problemas que tiveram até agora eu acho que foram relativos à gestão do Estado, como o Inep vem gerindo a prova de uma maneira completamente ineficiente mas não é um problema da prova em si. A prova do Enem tem uma qualidade muito boa, um sistema de avaliação por habilidades e competências muito bom, muito moderno, que inclusive é usado por vários outros sistemas seletivos do mundo. O problema que eu teria para apontar seria a gestão do Inep atual, não da prova”, declarou Thaís. 

Na visão do professor Isaac Melo, o contra do Enem Tradicional, quando comparado à versão digital, é a falta de dinamismo da prova, que só tem imagens e textos para contextualizar as questões. No entanto, ele não deixa de destacar o fato de que fazer uma prova já conhecida, para a qual o estudante sempre se preparou, é uma vantagem. 

“Para os que vão fazer Enem Tradicional, o contra é não ter a interação que terão os que vão fazer a prova digital, porque o formato digital tem o game, tem o infográfico animado. Mas o que ganha a pessoa que fará no formato tradicional é poder fazer dentro do formato em que está acostumado. Isso gera menos tensão, menos medo, então não haverá nenhuma novidade para além daquela que ele se preparou para fazer o ano inteiro. O Enem Tradicional tem coisas positivas e negativas”, disse o professor. 

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Neste ano, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) contará com uma versão digital além da prova impressa. O LeiaJá, em parceria com o projeto Vai Cair No Enem, ouviu professores que analisaram, com exclusividade, o novo modelo de aplicação. Os docentes revelaram o que, para eles, são as vantagens e desvantagens do exame digital.

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Para o professor de química Josinaldo Lins, de modo geral, o Enem Digital traz uma realidade que está presente no cotidiano de muitas pessoas: o uso de ferramentas tecnológicas. Apesar de suas "óbvias limitações", a prova digital repete algo que é feito, só que em escala muito maior, em cursos de EaD. Para as questões de química, o docente não acredita em grandes diferenças das abordagens tradicionais dos conteúdos. “Espera-se gráficos de melhor qualidade e resolução, além de enunciados mais concisos. Mas adiante, é possível até que se utilize recursos, como vídeos e animações para ajudar na compreensão do enunciado”, comentou Lins.

Além dos pontos positivos, Josinaldo ressalta algumas limitações na versão digital:

O acesso a computadores e a velocidade de transmissão de dados não são uniformes em se tratando de Brasil; a obsolescência de equipamentos e a baixa qualidade são a tônica.

A limitação no número de inscritos e a maneira pela qual vai ser feito o processo de inscrição privilegia quem tem melhor acesso a internet

A proibição de quem vai fazer Enem Digital de se inscrever na prova escrita, a ser realizada um mês depois. E se as provas não mantiverem o mesmo padrão? O mesmo nível? O fera pode ter apostado todas as fichas em algo que pode tirar sua vaga, ao invés de garantir.

A professora de redação Josicleide Guilhermino também aponta vantagens e desvantagens do exame digital. Ela inicia detalhando os pontos positivos:

A meta é que até 2026 a prova chegue a quatro aplicações, todas elas digitais, o que dá ao aluno maior liberdade de escolha.

Com mais de uma aplicação tem-se automaticamente ampliação do banco de dados (onde ficam armazenadas as questões), o que diversifica mais a prova em termos de conteúdo, exigindo do aluno maior interligação entre as áreas e não um saber fragmentado.

Enem digital facilitará a adaptação ao novo ensino médio, que deve ser implantado em 2021.

A prova deve ficar mais interativa, com vídeos, jogos, entre outros recursos. 

Vantagem ecológica, economia de papel, menor agressão à natureza, economia para os cofres públicos pelo volume de provas impressas que não serão mais necessárias.

Conseguirá atender um número superior de candidatos, pois a prova impressa não consegue ser aplicada em todas as cidades do Brasil, enquanto que o Enem Digital exige basicamente apenas o acesso à internet.

Por outro lado, a professora de redação revelou o que para ela são as desvantagens do Enem Digital:

A versão digital irá reproduzir uma desigualdade que já é latente entre os alunos oriundos da rede pública e da rede privada. Geralmente, os alunos da rede privada têm mais acesso à tecnologia e mais habilidade no manuseio das ferramentas tecnológicas.

A rede privada já é habituada a desenvolver simulados online e os alunos que não têm esse hábito, tendem a ser mais prejudicados.

É preciso um tempo e preparo para que o estudante esteja adaptado, além disso, o tempo de escrita no computador é diferenciado a depender da habilidade no manuseio do teclado, o que pode levar o aluno a perder muito mais tempo do que na folha tradicional.

--> Mesmo no Enem Digital, 'redação ainda será impressa'

O professor de biologia André Luiz Vitorino comenta que uma possível vantagem no Enem Digital é a anulação de enfrentamento de trânsito para chegar no local de provas, uma vez que a quantidade de alunos em 2020 não ultrapassará 100 mil. Já como desvantagem, ele acrescenta o fato de os estudantes não conhecerem a estrutura de como terão que fazer a prova.

Para o professor de matemática Daniel França, o Enem Digital tem um grande desafio: atingir de forma online todas as cidades e levar a possibilidade do ingresso às universidades públicas e/ou programas de acesso e assistência estudantil, democratizando, assim, o seu sistema e o tornando ainda mais acessível, tendo em vista que nem todas as cidades hoje são polos de aplicação da prova física. 

“São muitos os benefícios além, da democratização do acesso, passando pelo viés ambiental, favorecendo a ecologia com a não impressão das centenas de milhões de folhas de papéis. Em matemática, inclusive, esses benefícios favorecem a interação da prova para com o aluno, possibilitando a inserção de gráficos animados, vídeos, animações em gif, áudios e etc,” acrescenta o docente.

A grande preocupação do professor se dá em relação ao nivelamento das questões que, para ele, quase nunca se mantém igual em relação ao que se exige do aluno. França ainda comenta que há uma disparidade na aquisição de recursos tecnológicos nos dois eixos da educação: a privada e a pública. “Alunos de escolas públicas são os menos favorecidos, claramente, por não usufruírem dos mesmos recursos, por não terem acesso muitas vezes à internet, ao computador. Às vezes, até mesmo as salas com a mínima estrutura, sabemos da defasagem do sistema público de ensino, e por esse viés, também podemos enxergar uma reprodução de desigualdade”, opina o educador.

Para saber sobre as diferenças dos processos de corte plasma e oxicorte, necessitamos entender um pouco mais sobre funcionalidades e vantagens que cada técnica oferece.

O processo de oxicorte se baseia na separação de metais que tem como componente, o calor e a feroz reação de oxidação com oxigênio puro. Costuma realizar cortes com espessuras de 3 mm a 1800 mm.

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O funcionamento consiste na aplicação de uma chama de aquecimento ao metal com gás combustível, para que assim, consiga atingir a ignição, é nesse momento que é aplicado o oxigênio puro, provocando a separação do metal em duas partes.

A realização do corte a plasma utiliza gás em alta temperatura para cortar qualquer material que conduza eletricidade, realizado através de um gás ionizado em temperatura elevada, como, aço de carbono, alumínio e oxidado.

Costuma cortar bitolas de até duas polegadas e recentemente o corte em plasma  ganhou novas tecnologias para realizar perfurações a plasma em metais com 75 mm de espessura e metais de 160 mm. de espessura.

Desvantagens do oxicorte

Em relação a máquina de solda de corte plasma, é difícil encontrar vantagens no oxicorte que supere suas características na produção, segurança e agilidade. O método de oxicorte é antigo, desatualizado e sua maior desvantagem é sobre o manuseio de gás combustível para esse processo.

Vantagens corte plasma

Por conta da modernidade de uma máquina de corte a plasma, existem diversas vantagens relacionadas ao oxicorte.

- O corte plasma possui melhor qualidade de corte, ou seja, não possui rebarbas ou escórias no produto cortado;

- A solda plasma em cortes de até 30 mm de espessura é bem mais rápida o que facilita a produtividade da empresa;

- É mais fácil de usar por não necessitar utilizar gases e nem química para domínio das chamas;

- Possui uma variedade maior de materiais que são compatíveis com o seu corte;

- As trocas dos equipamentos de corte plasma para manutenção são mais caros, porém o lucro fornecido pela produtividade compensa;

- Uma máquina plasma é bem mais segura por não precisar utilizar gases explosivos.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já tem data marcada e milhões de estudantes em todo o país estão se preparando em cursinhos pré-vestibulares ou estudos em casa. Afinal, o Enem é fundamental para a inserção do aluno em uma instituição superior pública ou privada. Mas há aqueles que não vão concluir o ensino médio este ano e que, portanto, nem precisariam fazer a prova, mas que optam por participar como forma de treinamento.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os treineiros são os “participantes que concluirão o ensino médio após o ano letivo de 2019 ou que não estejam cursando e não concluíram o ensino médio”.

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Isabela Lima, de 16 anos, está no segundo ano do ensino médio na Escola de Referência em Ensino Médio - Ginásio Pernambucano, localizada no Recife, na qual estuda em horário integral. Em 2020, ela fará o Enem a fim de cursar psicologia ou nutrição. Mas este ano, Isabela vai realizar a prova para ganhar experiência. “Além da curiosidade que tenho em saber como é a prova, quero me organizar para o próximo Enem, já que será a prova decisiva para mim”, comentou.

Desde o ano passado, a escola de Isabela vem preparando os alunos com assuntos atuais e muita prática em redação. Contudo, Isabela a jovem também quer fazer um cursinho pré-vestibular para ajudar no seu desempenho.

A estudante Estefanny Machado, de 17 anos, está no terceiro ano. Ela quer ingressar em medicina e está estudando desde 2018. Nos primeiros dois anos do ensino médio, ela fez a prova como treineira e acredita que a experiência vai ajudá-la no Exame este ano. “A partir das outras provas que fiz, eu consegui ter uma noção maior de como é a prova e de quanto eu tenho que me preparar fisicamente e psicologicamente”, disse a estudante.

A professora de redação e português Mari Pestana reforça que é válido o aluno encarar o Enem como treineiro, pois ele tem a possibilidade de se planejar, conhecendo a dinâmica da prova, além de ir trabalhando o lado psicológico. “É natural que o aluno sinta-se nervoso nos dois dias da prova. Afinal, o Enem é determinante para o futuro acadêmico do estudante. O aluno que escolhe fazer antes tem mais tempo para trabalhar o lado emocional que é o mais importante. Não adianta o aluno passar meses estudando e no dia do Exame ter uma crise de ansiedade”, destacou a educadora.

Felipe Rodrigues, professor de redação, diz que o treineiro terá a vantagem de poder se adaptar à prova para o ano que vem “O Enem deste ano terá algumas pequenas mudanças, conforme anunciadas no edital. Então, para o treineiro vai ser bom, porque ele já vai se adequando ao tipo de prova, tempo da prova e sobre as responsabilidades que o Enem traz”.

As regras e a estrutura da prova são as mesmas para todos os candidatos, exceto a divulgação do resultado: para os alunos treineiros, as notas saem 60 dias após a divulgação dos resultados dos demais candidatos.

As inscrições vão de 6 a 17 de maio e a taxa de inscrição é R$ 85,00. A isenção do valor é válida somente em alguns casos, no ato da inscrição.

Por Francine Nascimento

Um bom leque de alianças é considerado primordial entre os políticos para garantir forças e vencer uma eleição, mas o conjunto de partidos que endossam os palanques dos candidatos ao segundo turno presidencial, Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), não é um retrato disso. Com alianças modestas, apesar da expectativa de construírem frentes amplas, os postulantes ao Palácio do Planalto esbarraram com a opção de neutralidade da maioria dos partidos.

Dos que concorreram no primeiro turno presidencial declararam neutralidade o DC, de Eymael; o Novo, de João Amoêdo, mas que deixou claro ser "absolutamente" contrário ao PT; o Patriota, do Cabo Daciolo; o PSDB, de Geraldo Alckmin, mas liberou os Estados para apoiarem o candidato que quisesse; e o MDB, de Henrique Meirelles. A Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, recomendou "nenhum voto" a Bolsonaro, mas ressaltou que não apoiaria Haddad.  

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Ainda na lista dos neutros, estão o DEM, mas o presidente nacional e prefeito de Salvador, ACM Neto, está apoiando Jair Bolsonaro; Podemos, PP,  PSD, PR, PRB e Solidariedade. O PPS, por sua vez, anunciou que fará oposição às duas candidaturas.

Já entre os que se posicionaram por um ou outro, estão com Fernando Haddad o PDT, de Ciro Gomes, que optou por um "apoio crítico" - tanto é que o irmão do presidenciável, nesta semana, chegou a bater boca com militantes petistas ao pedir que o partido fizesse uma mea culpa sobre a crise enfrentada pelo país após o governo de Dilma Rousseff (PT); o PPL, de João Goulart Filho; o PSOL, de Guilherme Boulos, e o PSTU, de Vera Lúcia. O PSB, que ficou neutro no 1º turno, e o PCB também se alinharam a Haddad. Enquanto PTB e PSC decidiram apoiar Bolsonaro.

Mesmo tendo acoplado seis legendas ao palanque já formado pelo PROS e PCdoB, Fernando Haddad não conseguiu encorpar a chamada “frente democrática” que gostaria de ter formado contra Jair Bolsonaro, uma vez que o PDT foi resistente e crítico ficando de fora do grupo e, inclusive, Ciro Gomes deixou o país e não vai pedir votos nos atos públicos para o ex-prefeito de São Paulo.

Na ótica do cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, a solidez do grupo poderia garantir a vitória do petista, mas ele fracassou até agora. “Haddad tentou criar a Frente Democrática, mas não conseguiu e hoje eu vejo ele solitário. Há, claro, alguns apoios aqui e ali, mas não existe uma liderança como Ciro Gomes, Fernando Henrique Cardoso e Joaquim Barbosa liderando uma frente democrática, o que é dificuldade para a campanha de Haddad”, ponderou.

Apesar da linha conservadora, que afastou muitos partidos, e de apenas duas declarações oficiais de apoio para a segunda etapa do pleito, o capitão da reserva sai em vantagem com relação ao petista, segundo Adriano Oliveira.

“No caso de Bolsonaro, as manifestações já estão nas ruas, ele já conquistou parcela majoritária dos eleitores, embora não tenha grandes figuras emblemáticas apoiando ou pedindo voto. Cabe destacar que o mercado apoia Bolsonaro, grupos empresariais como o agronegócio já declararam apoio. Portanto, nesse instante, ele agrega muito mais do Haddad. Bolsonaro está agregando o setor produtivo e Haddad não está conseguindo montar, o que era uma oportunidade de vencer a eleição a construção dessa frente democrática”, complementou o estudioso.

Para Oliveira, contudo, a maior preocupação agora já é com o posterior a eleição. “O que devemos ter como preocupação agora não é com as alianças do segundo turno, mas sim como o próximo presidente da República lidará com o Congresso.  PSL e PT têm as maiores bancadas. Bolsonaro é favorito para ganhar a eleição, então já parte com 52 deputados e seu desafio é saber lidar com o Congresso e criar um presidencialismo de coalizão para fazer as reformas que o país precisa, como a da Previdência, e outras ações que ele pretende implantar como as privatizações”, salientou.

O cientista político disse ainda que “o grande desafio para qualquer um dos dois vai ser saber lidar com a oposição”. “Qualquer um que ganhar vai ter ‘a oposição’, tanto no Congresso quanto nas ruas, por isso que eles precisam tomar medidas imediatas não só para salvar a economia do país como também não podem reforçar a crise política que existe hoje. E claro, na medida que fazem ações que visam melhorar a economia do país vão servir como escudo para Bolsonaro ou Haddad”, destacou Adriano Oliveira.

Conta de luz, condomínio e gás encanado de graça por dois anos a partir da entrega das chaves. Joias e carros como itens de permuta para reduzir até 70% do valor total do apartamento. As incorporadoras estão se esforçando para atrair o consumidor e desovar o estoque de imóveis novos que, segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), chegou a 118,7 mil unidades em fevereiro. Esse patamar é equivalente a 17 meses de vendas. No ano anterior, o nível correspondia a 16,6 meses de comercialização.

Agora, para alavancar as vendas, as empresas passaram a assumir diversos custos que antes eram repassados aos consumidores. No Feirão Caixa da Casa Própria, realizado neste último final de semana em São Paulo (e que ocorrerá até o dia 25 de junho em outras 13 cidades do País), construtoras como MRV, Tenda e Econ ofereceram aos clientes entrada zero, isenção da taxa do ITBI, da corretagem e dos documentos para formalizar a escritura, além de descontos que chegavam a até R$ 30 mil para algumas unidades.

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A estratégia agradou a alguns clientes. Com R$ 22 mil para sacar do FGTS, o casal Zesérgio Marques e Vionei Soares viu uma oportunidade para, enfim, sair do aluguel. Na barganha com uma corretora da incorporadora Plano & Plano durante o Feirão, o benefício foi um trunfo para obter um financiamento mais favorável de um apartamento enquadrado no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). "Não nos planejamos, mas conseguimos fechar pagando prestações equivalentes ao valor do nosso aluguel atual", afirma Vionei.

Especialistas alertam, entretanto, que ter mais dinheiro poupado pode garantir melhores condições de financiamento. Fundador do Canal do Crédito, que compara diferentes condições de financiamento, Marcelo Prata recomenda que o consumidor já tenha pelo menos 50% do valor do imóvel no ato da compra.

Além disso, afirma Lucas Vargas, presidente da VivaReal, muita gente pensa que o preço é a principal variável para decidir sobre a compra, quando, no entanto, o prazo da compra deveria ser determinante. Uma operação mais longa, quitada em cinco anos ou mais, pode diluir os custos adicionais, como impostos e manutenção, explica. "A pessoa não pode correr o risco de não conseguir arcar com despesas no futuro", alerta.

Mimos

Sem poder contar com as linhas de crédito subsidiadas oferecidas pelo MCMV, oferecer presentes ou realizar feirões com descontos agressivos é a estratégia das empresas que vendem apartamentos acima de R$ 240 mil.

A incorporadora Setin, por exemplo, garante dois anos de isenção de IPTU, condomínio, água e luz para a linha Downtown, focada no Centro de São Paulo. Uma vez por semestre, a Even realiza um saldão, com descontos de até 40% dos seus imóveis.

Mas são os imóveis de alto padrão, novos ou usados (acima de R$ 2,5 milhões) os que apresentam os piores resultados de vendas nesse momento de recessão econômica e incerteza política. Sem querer se identificar, uma corretora que trabalha com a venda deste tipo de imóvel nas zonas oeste (Jardim Europa) e sul (Brooklin e Morumbi) da capital paulista afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que a estratégia das construtoras e das incorporadoras para tentar alavancar as vendas é aceitar a permuta de bens nas negociações. Os valores variam de 30% a 70%, e são aceitos de veículos a joias.

A construtora Cyrela, por exemplo, passou a aceitar recentemente permutas de 30% para todos os seus empreendimentos, muitos deles localizados nos bairros de Moema, Campo Belo e Itaim.

Limite

A permuta é uma alternativa de flexibilizar a negociação em um mercado que já vem trabalhando com preços no limite dos custos. Exemplo disso são os dados de abril do índice Fipezap, que mostram que o valor dos imóveis residenciais ficou estável na comparação com março (-0,01%) e teve leve alta no acumulado dos últimos 12 meses (+0,69%).

"Os preços caíram relativamente pouco perto do tamanho da crise no mercado imobiliário", diz Eduardo Zylberstajn, pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça Federal disponibilizou, nesta segunda-feira (14), a transcrição do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Polícia Federal no último dia 4, quando foi deflagrada a 24ª fase da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras. Na oitiva, o petista reafirma não ser dono do Triplex no Guarujá, em São Paulo; diz que será candidato a presidente da República em 2018 e pontua esperar um pedido de desculpas no fim do processo. 

A última fase da Lava Jato investiga a relação de Lula e familiares com empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da estatal. Segundo o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF), há indícios de que o petista teria recebido vantagens indevidas como reformas de imóveis, doações ao Instituto Lula e o pagamento por palestras a empresa LILS Palestras. 

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Durante o depoimento, que durou mais de três horas, Lula foi questionado sobre as doações de empresas, como a Odebrecht, ao Instituto. De acordo com o ex-presidente, as doações são a fonte de renda da instituição, mas elas são “sem contrapartidas”. Já sobre as despesas do Instituto, Lula disse que não sabe como funciona e negou intervir em qualquer decisão da coordenação desde a saída da presidência para assumir o comando do país. 

"No instituto hoje eu sou só presidente de honra e você sabe que se um dia você for presidente de honra da Polícia Federal aqui você não representa mais nada, ou seja, então o presidente de honra é um cargo de honra só, eu não participo das reuniões da diretoria, eu não participo das decisões, porque o instituto tem uma diretoria própria", afirmou o ex-presidente.

Sobre o tríplex do Guarujá, Lula disse que se sentia desrespeitado ao ter que reafirmar inúmeras vezes que o apartamento não é seu e pontuou que o Ministério Público de São Paulo terá que comprovar que o imóvel é dele. "Estou participando do caso mais complicado da história jurídica do Brasil, porque tenho um apartamento que não é meu, eu não paguei, estou querendo receber o dinheiro que eu paguei, um procurador disse que é meu, a revista Veja diz que é meu, a Folha diz que é meu, a Polícia Federal inventa a história do tríplex que foi uma sacanagem homérica, inventa história de tríplex, inventa a história de uma off­shore do Panamá que veio pra cá, que tinha vendido o prédio, toda uma história pra tentar me ligar à Lava Jato (...), porque foi essa a história do tríplex", observa.

Lula também conta que será candidato em 2018 para responder os “desaforos” dos que o acusam. “Eu que estou velhinho, estava querendo descansar, vou ser candidato à Presidência em 2018 porque acho que muita gente que fez desaforo pra mim, vai aguentar desaforo daqui pra frente. Vão ter que ter coragem de me tornar inelegível. Porque, é o seguinte, eu tenho uma história de vida, eu tenho uma história de vida”, disse, contando momentos da vida da esposa, Marisa Letícia. 

No fim do depoimento, que contém 109 páginas, o ex-presidente faz um desabafo quando o delegado da PF diz que encerrará a oitiva. “Está ótimo. Eu espero que quando terminar isso aqui alguém peça desculpas. Alguém fale: ‘Desculpa, pelo amor de Deus, foi um engano’”, afirma. Antes disso, ele pontuou que estava “muito p... da vida” com a “cretinice” com ele. 

“Ando muito p... da vida, muito, muito zangado porque a falta de respeito e a cretinice comigo extrapolou. E olha que eu tenho me comportado, tenho tentado manter a linha, vou cumprir tudo que eu acho que tem que ser cumprido, porque nesse país ninguém cuidou mais de fazer lei pra cobrir a corrupção do que nós, ninguém, ninguém. Ninguém”, observou. Depois deste depoimento, o Ministério Público de São Paulo já pediu a prisão preventiva do ex-presidente.

Veja o depoimento na íntegra:

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (18) que vantagens pessoais recebidas por servidores públicos não podem ultrapassar o teto remuneratório estabelecido para o funcionalismo, que é o correspondente ao salário de um ministro da Corte. Atualmente, o valor é de R$ 33,7 mil.

A decisão, por nove votos a um, chegou ao STF por causa da discussão de uma servidora que alegou ter incorporado os benefícios em seu salário antes de 2003, quando uma Emenda Constitucional instituiu o salário máximo entre servidores públicos. Não podem extrapolar o limite, portanto, vantagens pessoais - como o adicional por tempo de serviço. Os valores que ultrapassaram o teto e já foram pagos não precisarão ser restituídos, se tiverem sido recebidos de boa-fé. O teto, no entanto, não inclui as chamadas verbas indenizatórias, caso do auxílio-moradia, por exemplo.

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Os ministros criticaram, durante o julgamento, os chamados "penduricalhos" que levam vencimentos dos servidores a estourarem o teto. "Os únicos que observam o teto são aqueles que estão no teto, que são os ministros do STF", disse o ministro Gilmar Mendes.

"Eu penso que está na hora de colocar um ponto final no Brasil na questão do teto", disse o ministro Teori Zavascki, que afirmou que são usados "subterfúgios" para que os vencimentos fiquem acima da regra do teto constitucional. "Está na hora de a sociedade brasileira respeitar a Constituição", afirmou o ministro.

Mais de 2,6 mil processos estavam sobrestados, aguardando a decisão da Corte, e agora devem seguir a determinação dos ministros. A maioria do plenário seguiu o entendimento da relatora, ministra Rosa Weber, que considerou que a emenda de 2003 buscou afastar distorções entre os pagamentos e promover o "equilíbrio" das contas públicas.

O presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, disse que é preciso atentar para o interesse público, principalmente no "momento de dificuldades econômicas que vive o País, de ajuste fiscal".

O único a divergir foi o ministro Marco Aurélio Mello, sob argumento de garantir "segurança jurídica". Ele apontou que no teto, segundo entendimento anterior, não estão incluídas as vantagens pessoais recebidas antes de 2003 e já incorporadas no salário.

Provocações

O ministro Gilmar Mendes fez críticas ao que considerou excessos aprovados para integrantes do Ministério Público. "O País discutindo se paga ou não o Bolsa Família e a gente discute se procurador pode ou não andar de primeira classe", criticou.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, presente à sessão, pediu a palavra ao fim do julgamento e disse nunca ter viajado em primeira classe ou autorizado um colega a viajar. "Minha remuneração está estritamente dentro do conceito de teto remuneratório", disse Janot, que afirmou não ter nenhuma outra fonte de remuneração além do MP, nem de natureza empresarial.

A reestrutura corporativa da Google dará vantagens à gigante da internet em Wall Street e obterá flexibilidade para manter seus ambiciosos projetos de longo prazo, disseram os analistas nesta terça-feira (11). A Google surpreendeu nesta segunda-feira (10) ao anunciar que se transformará em subsidiária de uma holding chamada Alphabet e dirigida por seus co-fundadores Larry Page e Sergey Brin.

>> Google agora pertence à Alphabet

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A Alphabet será a empresa matriz de uma corporação que terá a empresa em seu portfólio Google, com seu buscador, serviço de mapas, publicidade, sistema operacional Android e YouTube. Além disso, a Alphabet abrigará outras empresas criadas pela Google para projetos e empreendimentos em diversos setores, como saúde, ciência e investimentos. "Faz tempo que a Google deveria ter dado esse passo", disse Larry Chiagouris, professor de marketing da Universidade Pace. "Isso lhe permitirá se envolver nesses outros negócios sem desmerecer o principal", acrescentou.

A Google nasceu em 1998 como ferramenta de busca na internet e rapidamente tornou-se um gigante da rede. Nesses anos, lançou-se em uma variedade de projetos marginalmente vinculados com sua operação inicial. Esses projetos incluem, por exemplo, carros sem motorista, o Google Glass, drones, a Google TV, a rede social Google+ e sistemas de pagamento móvel. É difícil que muitos desses projetos, tão diversificados quanto ousados, fracassem, mas, caso isso acontecesse agora, isso não traria prejuízo à Google, explicou Chiaguris à AFP. "Eles não querem que a marca Google esteja associada a fracassos", completou.

Projetos científicos

Para Roger Kay, analista da Endpoint Technologies Associates, a reorganização da Google dá a Wall Street a transparência esperada das operações essenciais da companhia americana. "Na perspectiva de Wall street é importante que o desempenho de uma companha não seja ofuscado pelo o de outras entidades", disse Kay à AFP. "A Google na realidade tem um só negócio, o de busca na internet e a publicidade. O resto é o que chamo de projetos de ciência", explicou. 

O cofundador e diretor executivo da Google, Larry Page, revelou o nascimento da Alphabet e disse que manterá o mesmo cargo na holding, assim como o presidente executivo Eric Schmidt. A unidade Google da Alphabet será comandada pelo atual vice-presidente da companhia, Sundar Pichai. Incluirá busca na internet, publicidade, mapas, YouTube, Android e infraestrutura tecnológica relacionada. As novas unidades abarcarão, entre outras, a Google X, dedicada a carros sem motoristas e outras tecnologias novas; a Calico, focada em ciência; a Nest, que desenvolve a automatização de moradias; e a Fiber, que se aposta na internet de alta velocidade.

"A nova estrutura operacional será apresentada em etapas nos próximos meses", informou a Google em comunicado às autoridades do mercado de valores. Além disso, a nova modalidade corporativa implicará a apresentação de informes financeiros próprios tanto para a Google, como para sua matriz Alphabet. "Com essa transformação, finalmente ficará claro quão grandes e deficitárias são as iniciativas não essenciais da Google, o que pode fazer que os acionistas pressionem para que a empresa deixe esses outros negócios", observou Jan Dawson, da Jackdaw Research. Dawson disse que a iniciativa tem um componente de motivação pessoal para Larry Page e Sergey Brin.

"Eles estão claramente menos motivados em administrar uma ferramenta de busca e negócios de publicidade", disse Dawson. "Para ambos, a reestruturação permite que tenham cargos para fazer exclusivamente o que querem", completa Dawson em seu blog. Larry Page é um fanático da ideia de "mudar o mundo", escreveu o especialista em tecnologia Ben Thompson, em seu blog Stratechery. "Parece claro que ele não tem interesse na gestão cotidiana de um serviço muito rentável, mas que para ele significa mais uma distração do que o que realmente quer fazer", acrescentou.

Uma das coisas mais comuns entre os homens, e que também tira a paciência de muitos, é fazer a barba. Hoje, com tantas opções no mercado, cada vez menos os homens optam pela navalha. Além de ser um processo mais trabalhoso, a grande parte não tem prática com o objeto, que se não for bem manuseado pode causar ferimentos.

No entanto, fazer a barba com a navalha pode trazer benefícios para o público masculino. Neste quarta-feira (15), em que se comemora o Dia do homem, o vídeo a seguir mostra as vantagens para o público masculino que opta por esse procedimento.

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Assista:

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O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB, estão em Brasília, nesta terça-feira (5), para reuniões administrativas. As assessorias de imprensa dos dois não deram detalhes sobre os encontros na capital federal. A expectativa é de que os socialistas tenham audiências com o ministro-chefe da Secretaria de Portos, Edinho Araújo, e com o ministro da Avïação Civil, Eliseu Padilha.

Nessa segunda (4), Paulo e Geraldo se reuniram com a presidente executiva da TAM, Cláudia Sender, para apresentar as vantagens na disputa pela implantação de um novo centro de voos internacionais e nacionais – conhecido como “hub” – do Grupo Latam (formado pela TAM e pela empresa aérea chilena LAN). Recife concorre com Fortaleza (CE) e Natal (Rio Grande do Norte).

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A expectativa do setor aeronáutico brasileiro é que o novo centro de voos crie entre 8 mil e 12 mil empregos diretos e indiretos, com um investimento de R$ 3,9 milhões. “Viemos apresentar questões que são referências de Pernambuco, do Recife, como a nossa única localização geográfica, a nossa infraestrutura logística, de turismo; o polo automotivo, o polo médico, o polo petroquímico, as nossas universidades e o polo tecnológico”, disse o governador Paulo Câmara.

Outro aspecto que o governador considerou como diferencial de Pernambuco é o planejamento de médio prazo - o Programa Pernambuco 2035 - com o qual o centro de voos se enquadra. “O ‘hub’ se encaixa com perfeição no futuro que queremos para Pernambuco”, frisou Paulo. Coube ao secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, fazer uma apresentação sobre as vantagens de Pernambuco perante os concorrentes.

BNDES - Também em São Paulo, o governador Paulo Câmara se reuniu com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Foi a primeira reunião de trabalho de Paulo com o dirigente da instituição de fomento. Em pauta, os financiamentos que o banco tem em Pernambuco nas áreas de infraestrutura e desenvolvimento social.

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Quem deixou para fazer as compras de Natal de última hora encontrou algumas vias do Centro tranquilas e saiu na vantagem. Na Rua Imperatriz, na manhã desta quarta-feira (24), a movimentação na maioria das lojas era fraca e os clientes enfrentavam poucas filas.

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A autônoma Ivanise Vitor Ferreira se surpreendeu com o fluxo de pessoas numa das ruas de maior circulação da área central do Recife. “O movimento está bem menos do que em toda a semana. As lojas estão como em dias normais”, afirmou.

Já a domestica Ingride Abílio Ferreira se arrependeu em deixar as compras para a véspera. “Não encontrei nada em conta. As lojas só fazem propaganda, mas na verdade não tem promoção. Se tivesse vindo mais cedo seria mais fácil encontrar produtos melhores”.

Com um pouco mais de sorte, a operadora de telemarketing Elzi Faustino Pereira conseguiu economizar nas compras. “Procurei e encontrei muitas promoções, mas também enfrentei tumulto em algumas lojas”.

Nesta quarta, os estabelecimentos de rua do Centro e Bairros estarão operando normalmente até às 17h. Já os shoppings devem ficar abertos até às 19h. Na quinta-feira (25), as lojas estarão fechadas e o funcionamento dos centros de compras é facultativo. Confira aqui o que abre e fecha neste feriado.

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A prometida e aguardada campanha de sócios do Náutico foi lançada na manhã desta segunda-feira (31), na Arena Pernambuco. O Alvirrubro de Carteirinha foi apresentado pelo diretor de marketing do Timbu, Luiz Henrique Zamboni, que falou sobre as vantagens do torcedor se associar ao clube de Conselheiro Rosa e Silva.

“O associado alvirrubro terá o Clube de Vantagens, o Passe Livre Arena e o Passaporte Timbu. O primeiro tem uma rede de empresas em que os sócios terão descontos ou benefícios. O Passe Livre Arena é um plus na mensalidade, podendo ser pago pela internet, onde o torcedor poderá entrar na Arena Pernambuco sem fila e sem precisas comprar ingresso. E o Passaporte Timbu proporcionará ao torcedor viajar com o clube, acompanhar a preleção de jogadores, entre outras coisas”, explicou o dirigente.

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Com a campanha, a diretoria alvirrubra fez um desafio à torcida e estipulou a meta de atingir cinco mil novos sócios em 90 dias. “Se no dia 1º de julho, tivermos cinco mil novos sócios – inclui os que participarem da anistia -, vamos sortear três tablets, uma moto e um carro”, disse. Em seis meses, a meta é chegar em 10 mil sócios. “Duplicaremos os prêmios caso isso aconteça”, completou.

Se até o dia 7 de abril de 2015, data de aniversário do Náutico, o clube chegar aos 15 mil associados, o sorteio será ainda mais generoso. Os alvirrubros concorrerão a uma moto Harley-Davidson, uma BMW e um apartamento. Confira abaixo as categorias de sócios e as vantagens:

Clube de vantagens Timbu: descontos e benefícios nos principais restaurantes e lojas do Recife como o Nippon, Ilha da Kosta, Clube do Chopp, Ilha dos Navegantes, Mirabilândia, entre outros. 

Passaporte Timbu: Torneio Aflitos, Voando com o Timbu, CT Tour, Um dia de jogador, Batizado Timbu, Expresso Arena e Meu Timbu de camarote.

Passe livre Arena: 

- Mensalidade de sócio + R$ 40 = entrada no setor norte em todos do Náutico na Arena no mês; 

- Mensalidade de sócio + R$ 50 = entrada no setor leste

- Arena Premium: R$ 120 por mês para o setor de escanteio, R$ 140 na lateral e R$ 160 área central  

Categorias de sócios

- Patrimonial (R$ 45) – Vantagens: Futebol melhor, direto a voto, Clube de vantagens, Passe livre Timbu, Passaporte Timbu e Desafio Torcida

- Contribuinte (R$ 60) - Vantagens: Futebol melhor, direto a voto, Clube de vantagens, Passe livre Timbu, Passaporte Timbu e Desafio Torcida

- Sócio-torcedor  (R$ 40) – Vantagens: Futebol melhor, direto a voto, Passe livre Timbu, Passaporte Timbu e Desafio Torcida

- Standard (R$20) – Vantagens: direito a voto e futebol melhor 

Os donos das 30 equipes da NBA aprovaram nesta quarta-feira, por unanimidade, a mudança no formato de disputa da final do campeonato. Assim, a partir da temporada que começa agora no dia 29 de outubro, a decisão será aberta com dois jogos na casa do time de melhor campanha, depois são mais dois no ginásio do outro finalista e, então, um em cada um alternadamente.

Por 30 anos, o formato da final da liga norte-americana de basquete foi o mesmo: começando com dois jogos na casa do time de melhor campanha, depois mais três em sequência no ginásio do outro finalista e, por fim, outros dois no local em que a série melhor de sete foi aberta. Assim, a decisão da NBA deixa a fórmula 2-3-2 para adotar agora a 2-2-1-1-1.

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A justificativa para a adoção da antiga fórmula em 1985 foi diminuir os deslocamentos que atravessavam os Estados Unidos durante a disputa de uma final entre um time do Leste e outro do Oeste. Agora, porém, as facilidades de transporte permitem que seja utilizado o formato 2-2-1-1-1, o mesmo que já é adotado nas rodadas anteriores dos playoffs da NBA.

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