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Os cortes no orçamento destinado à educação também foram tema durante solenidade realizada, nesta quinta-feira (15), na Fundação Joaquim Nabuco, no bairro de Casa Forte, Zona Norte do Recife. O evento contou com a presença do ministro da Educação, Milton Ribeiro.

Na ocasião, o responsável pela pasta afirmou que os impactos causados pelo corte orçamentário são reflexo da pandemia do novo coronavírus. "Todos nós sabemos que os impactos serão muito grandes. O que o MEC vai fazer? Primeiro, vamos realizar um diagnóstico para saber onde são os problemas, olhando para a educação básica primeiramente. Lembrando que esse é um problema do mundo, não apenas do Brasil. Estamos com muito contato com o G20, Unesco e Unicef e estamos buscando respostas que estão atendendo ao mundo todo e vamos tentar aproveitar", aponta Ribeiro.

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Ainda de acordo com o ministro, houve um desbloqueio de R$ 900 milhões. No entanto, não foi confirmado se o valor total seria destinado à pasta. "Em um ano como esse, diferente, difícil, que vivemos, a arrecadação diminuiu. Não é que nós não quisemos participar ou dar o recurso para a escola. A prioridade do presidente Jair Bolsonaro, quando ele me chamou, é que eu ajudasse as crianças e as escolas públicas", lembrou.

Com a redução, em 2021, de 37% nas despesas direcionadas às universidades federais, o funcionamento das instituições está ameaçado. No entanto, Milton Ribeiro afirma que há repasse de verbas e aproveitou para criticar os governos anteriores. "Em 20 anos de governo, com todo respeito que tenho, de esquerda, falam tanto da educação e que o dinheiro era tão abundante, nosso ensino caiu para as últimas posições do Pisa, mesmo com todos os recursos que havia, sobrava dinheiro. Nós estamos vivendo agora um tempo difícil. Por isso, todas as medidas devem ser tomadas com cuidado e é esse cuidado que eu estou tendo com o dinheiro público, com os impostos dos brasileiros", frisa.

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O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) apresentou três emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) prevista para ser votada, nesta quinta-feira (15), no Congresso Nacional. A LDO é a lei que definirá as prioridades do orçamento de 2022, ou seja, o primeiro passo para se decidir o quanto será investido em cada serviço público. A primeira emenda do pedetista altera o artigo 4 da LDO, estabelecendo, entre as prioridades e metas da administração pública, recursos que combatam os efeitos socioeconômicos da pandemia da Covid-19.

 “A nossa intenção, nesta emenda, é tentar ajustar a LDO ao enfrentamento da crise sanitária que atinge o nosso País. Os efeitos da pandemia afetaram, sobretudo, à população mais vulnerável, como os povos indígenas, quilombolas e pessoas negras. Por esse motivo, é  fundamental que a LDO incorpore, entre suas metas e prioridades, o enfrentamento adequado à crise que está posta, com atenção especial aos que mais sofrem com seus efeitos”, argumentou o deputado.

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A segunda emenda subtrai do texto as despesas militares da lista dos custos que não podem ser contingenciados. Para Gadêlha, é um absurdo que na LDO 2022, encaminhada pelo poder executivo, seja ressalvado um grande rol de despesas militares do contingenciamento de despesas em detrimento das políticas sociais de proteção à população e das políticas de proteção do meio ambiente.

 A terceira proposta de Túlio Gadêlha altera o artigo 62 da Lei de Diretrizes Orçamentárias, retirando as universidades públicas de todo o País do rol das despesas que podem ser contingenciadas.

Segundo o deputado, a educação superior brasileira já vem sofrendo cortes expressivos no orçamento. “O Governo Federal propôs uma redução de R$ 1,4 bi para a manutenção dos serviços essenciais das instituições federais de Ensino Técnico e Superior do País em 2021”.

A Constituição Federal resguarda a autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial das Universidades, regra que, para seu fiel cumprimento, exige a adoção de um regime especial de proteção aos recursos orçamentários a elas destinados. “Ausente de tal proteção, a autonomia constitucional vem sendo inviabilizada na prática, frente à imprevisibilidade e severos prejuízos às atividades de ensino, pesquisa e extensão causados pelos bloqueios orçamentários. Uma nítida ameaça ao funcionamento dessas instituições de ensino”, disse.

*Da assessoria de imprensa

Nesta quinta-feira (8) comemora-se o Dia Nacional da Ciência e o Dia do Pesquisador Científico, datas instituídas pelas Leis nº 10.221 (2001) e nº 11.807 (2008) respectivamente, que visam lembrar o surgimento da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em 8 de julho de 1948.

As instituições universitárias são sustentadas pelo tripé ensino, pesquisa e extensão e o coordenador do mestrado em análise geoambiental e coordenador do comitê de iniciação científica da Universidade Guarulhos (UNG), Fabrício Bau Dalmas, destaca que atual momento de pandemia do Covid-19 mostrou o quanto é importante possuir projetos de pesquisa desenvolvidos no ambiente acadêmico, uma vez que diversas instituições trabalham em vacinas imunizantes do novo vírus, das novas cepas que surgiram e das que ainda podem vir.

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Dalmas lembra que a vacina criada pelo Laboratório Astrazeneca, foi concebida em parceria com Universidade Oxford e a CoronaVac, elaborada pelo Instituto Butantan, teve fortes parcerias com a Universidade de São Paulo (USP). Além disso, diversos avanços só foram possíveis graças a projetos de pesquisas desenvolvidos em parceria com instituições universitárias. “A penicilina, antibiótico utilizado no mundo todo, é outro fruto de uma pesquisa desenvolvida dentro de uma universidade, descoberta por Howard Florey, patologista da Universidade de Oxford, em 1928”, ressalta.

Segundo Dalmas, o Programa de Iniciação Científica, é um dos primeiros contatos que os universitários possuem com a pesquisa acadêmica e visa garantir a melhor performance profissional em qualquer área de atuação. “Isso porque o programa proporciona ao estudante um grande aprofundamento em uma área de conhecimento”, afirma.

Entre os benefícios do Programa de Iniciação Científica, Dalmas evidencia a melhora no rendimento acadêmico, uma vez que o aluno compreende o processo de montar uma pesquisa, seguir uma metodologia, apresentar os resultados e redigir um texto acadêmico. Outra vantagem, é que a concepção do projeto pode aumentar as chances de ingresso em programas de pós-graduação. “Além de uma melhor preparação para enfrentar o mercado de trabalho”, aponta.

Na UNG, os alunos pesquisadores de Iniciação Científica já estiveram presentes em congressos, simpósios e concursos. Um exemplo é o Selo Ambiental de Guarulhos, evento anual criado pela Câmara Municipal de Guarulhos. “Esse concurso de abrangência regional visa reconhecer, valorizar e divulgar projetos de defesa e de preservação do meio ambiente com resultados significativos para a melhoria da qualidade ambiental, laureando seus autores”, comenta Dalmas.

Também foi destaque na instituição a aluna do curso de ciências biológicas Beatriz Barbosa Souza, que sob a orientação da docente do programa de mestrado em análise geoambiental da UNG, professora Dra. Patrícia Bulbovas, concebeu a pesquisa “Avaliação de sintomas foliares visíveis induzidos por ozônio em vegetação urbana do município de Guarulhos, SP”. Dalmas conta a pesquisa rendeu para a estudante a primeira colocação no Selo Ambiental de 2019 e primeiro lugar no Congresso Nacional de Iniciação Científica, na categoria Meio Ambiente de 2019.

Além disso, o coordenador do comitê de pesquisas da UNG reforça que, os alunos da instituição possuem autoria em artigos científicos publicados em revistas nacionais e internacionais, entre eles, Dalmas acentua a aluno do curso de biomedicina Talita Gonçalves Aires de Queiroz, que sob a orientação do docente do programa de mestrado e doutorado em enfermagem e coordenador do núcleo de pesquisas em doenças negligenciadas da UNG, professor Dr. Josué de Moraes, desenvolveu a pesquisa “Anti-inflamatórios não-esteroidais: avaliação do efeito antiparasitário em Schistosoma mansoni”. “Essa pesquisa teve repercussão nacional e internacional, em mais de 500 veículos, dentre os quais Galileu e Exame”, relata.

Para desenvolver bons projetos científicos, Dalmas aconselha ao aluno, ingressar em uma carreira acadêmica que esteja próximo de seus gostos e habilidades. Segundo ele, essa decisão pode ser auxiliada por testes vocacionais, pessoas que já atuam na área ou vídeos que detalham sobre o ônus e bônus de cada profissão.

Outro fator importante na hora de tomar a decisão é o cenário econômico, mas deve-se ter em mente que esse não pode ser o único critério, uma vez que a economia global se comporta de maneira volátil. “Além disso, novas profissões estão surgindo e outras deixando de existir, em um curto espaço de tempo”, afirma Dalmas. “Diante do exposto, é importante que essa escolha seja feita com calma e baseada em conversas e pesquisas. E necessário entender também que cada pessoa tem o seu tempo certo para fazer esse tipo de decisão e isso também deve ser respeitado”, complementa.

O Ministério da Educação  (MEC) anunciou, em sua conta oficial no Twitter, que a partir da próxima segunda-feira (5), instituições de ensino superior públicas poderão solicitar a adesao ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O pedido é referente à segunda edição da seletiva de 2021.

Todo procedimento será realizado on-line, por meio de assinatura eletrônica do Termo de Adesão. As instituições terão até 9 de julho para realizar a solicitação. Já o prazo de retificação do termo será de 12 a 16 de julho. Mais informações podem sser consultadas no edital.

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Uma pesquisa feita pelo Colégio de Gestores de Comunicação das Universidades Federais (Cogecom), encomendada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) sobre as ações promovidas pelas instituições federais de ensino superior (IFES) durante o primeiro ano da pandemia do novo coronavírus, apresentou seus resultados na última semana. O levantamento, chamado “Conhecimento e Cidadania”, avaliou os três aspectos principais que caracterizam uma universidade: ensino, pesquisa e extensão.

O estudo constatou que o número de estudantes que concluíram o curso de graduação durante a pandemia é superior a 50 mil pessoas, mesmo com as restrições e o atraso em alguns calendários acadêmicos. Joana Guimarães, reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia, observa que houve, de fato, um tempo maior para concluir os períodos letivos, devido à necessidade de adequação com o calendário. “Mesmo assim, considerando o tempo reduzido, a gente percebe o quanto nós fizemos em termos de ensino, pesquisa e extensão”, ela analisa.

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Para Rose Mara Pinheiro, coordenadora do Cogecom, foi mais fácil fazer a coleta das respostas devido ao amplo uso de plataformas virtuais atualmente. “São dados muito significativos e que abrangem todas as áreas do tripé ensino, pesquisa e extensão. De forma geral, 70% das universidades responderam ao questionário”, afirma

Ao todo, 69 instituições de ensino foram questionadas durante fevereiro e abril de 2021. Veja o estudo completo.

Um estudo realizado pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior (Semesp) indica que caso a edição 2021 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja adiada para o próximo ano, universidades federais poderão ter que desembolsar R$ 500 milhões. Segundo entidade, o gasto seria necessário para que as instituições de ensino criassem seus próprios vestibulares, já que não teriam a nota do Exame para usar como meio de ingresso.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia responsável pela organização da prova, ainda não definiu o cronograma do Enem. O Ministério da Educação (MEC), por meio do ministro Milton Ribeiro, afirma que o processo seletivo será realizado ainda em 2021, entretanto, não estabeleceu datas para a aplicação.

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A pesquisa do Semesp traz uma análise em que, se o Enem for realizado em 2022, algumas situações poderão ser inviabilizadas, entre elas a utilização da nota do Exame no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O estudo sugere, ainda, que a entrada em universidades privadas que usam o resultado do Enem também poderá ser atrapalhada, assim como o Programa Universidade Para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) correm o risco de ter seus calendários afetados.

A presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, em entrevista ao G1, reiterou que o adiamento do Enem pode ocasionar uma série de prejuízos. “Considerando todos os ingressos em instituições públicas federais, estaduais e municipais, e também em privadas, incluindo Prouni e Fies, são mais de 1,1 milhão de alunos que ficarão sem aulas [em 2021], aguardando a definição do Enem. Fora estruturas físicas e corpo docente, que ficarão ociosos sem esses alunos", comentou a presidente.

No dia 17 deste mês, o Semesp enviou três ofícios aos Ministérios da Economia e Educação, bem como ao Inep. Por meios dos documentos, o Sindicato expressou preocupação com a possibilidade de adiamento da prova para 2022.

“Nas mensagens encaminhadas, a presidente do Semesp, Profª. Lúcia Teixeira, afirmou que o adiamento do Enem ‘afetará a vida e o futuro de milhares de estudantes que vivem em condições mais vulneráveis, e que contam com a graduação como forma de melhoria na qualidade de vida, levando muitos deles até mesmo a desistir completamente do cursar o ensino superior, impactando na já baixa taxa de escolarização líquida do país’. Os ofícios destacaram que anualmente o Enem é responsável pelo ingresso de cerca de 1,8 milhão de novos estudantes no ensino superior, sendo a principal porta de entrada para universidades privadas e públicas. A nota do exame é utilizada como base de importantes programas educacionais do país, como o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que em 2020 teve 237 mil matriculados nas instituições de ensino superior federais; o Prouni (Programa Universidade para Todos), com 252 mil bolsas ofertadas; e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), que teve 340 mil inscritos e 54 mil vagas preenchidas”, detalhou o Sindicato em seu site oficial.

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As universidades federais de todo o país entraram em alerta com o corte de R$ 1 bilhão nos investimentos destinados às instituições. Em relação ao ano de 2020, a redução dos gastos foi ampliada para 18,16%, comprometendo o funcionamento e a manutenção das universidades, além de prejudicar o financiamento de assistências estudantis, pesquisas, entre outros.

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Universidade Federal do Pará (UFPA) emitiu nota oficial contra os cortes. O reitor Emmanuel Tourinho gravou vídeo para chamar a atenção da sociedade. No dia 29 deste mês, sábado, às 8 horas, será realizada manifestação pública para exigir a retomada dos recursos da universidade e o não bloqueio das verbas. Em Belém, o ato será na Praça da República. 

Segundo Gilberto Marques, professor da Faculdade de Economia da UFPA e diretor-geral da Associação dos Docentes da (Adufpa), as universidades públicas vêm enfrentando cortes orçamentários anualmente desde 2014, agravados com a PEC 55 (Proposta de Emenda Constitucional), aprovada em 2016, que reduz gastos públicos voltados para o investimento social.

Paralelamente a isso, Gilberto explica que houve um processo de expansão bastante significativo das vagas de graduação e pós-graduação nas universidades e também dos serviços das instituições. Entretanto, ele assinala: “Não temos a mesma contrapartida no aumento das vagas de professores e de técnico administrativo (setor), tampouco da estrutura da universidade. Ela não consegue crescer na mesma proporção que cresce essa oferta de vagas”, diz.

No caso da UFPA, Gilberto afirma que, entre 1990 e 2018, os estudantes de graduação e de doutorado cresceram em 168% e 13.467%, respectivamente, enquanto o número de professores aumentou apenas 68%, causando uma sobrecarga no trabalho docente – acompanhado de uma maior exigência da produção de projetos de pesquisas e publicação de artigos científicos em revistas qualificadas –, além da redução de espaços democráticos.

“Esse conjunto de elementos, na realidade, nos demonstra que é mais do que bloqueio financeiro. Mas o bloqueio financeiro é um elemento decisivo para essa intensificação da precarização da educação”, observa Gilberto.

Ainda que as universidades públicas não parem de funcionar totalmente, Gilberto aponta que os cortes orçamentários ainda podem prejudicá-las de diversas formas. Ele cita o possível retorno do ensino presencial, que vai exigir uma reestruturação física e operacional das instituições, obras nas salas de aula, além de outras readequações.

“Isso exige gasto financeiro e o que está se vendo é o contrário, o governo está cortando isso. Esse impacto é maior ainda e não é só para dentro da universidade, é para fora também", destaca Gilberto.

Extensão universitária

A UFPA tem dois hospitais universitários, o João de Barros Barreto e o Bettina Ferro, que em 2018 realizaram 4.460 cirurgias e fizeram 221.568 consultas. Esse atendimento à população, ressalta Gilberto, "é fundamental e alguns casos não são encontrados em outras unidades públicas, nem mesmo na rede particular”.

Gilberto também comenta sobre os projetos de extensão que levam a universidade até a população: “Quando você vai cortando as verbas que mexem com a estrutura da universidade, todo esse serviço é prejudicado e a população vai sofrer com isso. Corre-se o risco de chegar a uma determinada situação em que a universidade não vai ter condições de pagar a conta de luz ou os contratos que ela mantém para o seu funcionamento cotidiano”, salienta.

De acordo com Gilberto, a UFPA teve um corte orçamentário de R$ 30,4 milhões e aproximadamente R$ 6 mil de verbas de assistência estudantil. Ele afirma que isso está associado aos cortes feitos nos anos anteriores em outras áreas como a ciência, tecnologia e órgãos públicos que fornecem bolsas e recursos para a pesquisa científica, acarretando no reajuste da oferta de alguns serviços. “É mais do que um corte especificamente da universidade, é um conjunto de políticas e de redução orçamentária que a atinge para além desse corte imediato”, acrescenta.

O professor também destaca a redução na oferta de bolsas ocasionada pelos cortes orçamentários. “Vai ter uma oferta menor de bolsas de iniciação científica, de extensão e outros tipos de bolsa que são fundamentais não só para inserir o aluno na pesquisa científica e no trabalho da universidade, mas também para ajudar os alunos a se manterem, pagar o transporte, a alimentação, materiais”, explica.

Além disso, a precarização na educação causada pela redução de investimentos também foi agravada pela pandemia. Em relação a isso, Gilberto aborda as dificuldades no ensino e da aprendizagem, do ato do professor em realizar as aulas e dos alunos em assimilar o conhecimento.

Ele também cita o ensino remoto. “No caso da UFPA, ainda que emergencial e temporário, o que nós percebemos é uma dificuldade maior em se concentrar e participar, realizar atividades conjuntas com outros alunos. Tudo isso fica profundamente comprometido. E do ponto de vista dos docentes, há uma maior sobrecarga. É uma quantidade maior de reunião, de atividades, de pesquisas, conferências realizadas de forma remota, o que significa maior custo para o professor”, complementa.

Para Gilberto, o corte de verbas agrava estruturalmente a já difícil situação das universidades. "Na realidade, nós estamos diante de ataques à instituição. Há uma intimidação direta ao exercício da profissão, da pesquisa científica e da elaboração acadêmica”, aponta.

Gilberto afirma que a UFPA, hoje com 55 mil estudantes, é fundamental para o Estado do Pará, sendo extremamente importante para a região amazônica como um todo. Ele ainda argumenta que a sociedade precisa “abraçar” a UFPA, assim como as outras instituições do Estado do Pará, que abrigam estudantes do Brasil todo e até mesmo de outros países.

O professor também fala que a universidade precisa divulgar mais as suas ações como instituição para que a sociedade. “Fora isso, eu acho que nós temos que continuar pressionando a bancada parlamentar, particularmente a federal, para reverter essa política de corte de verbas imposta pelo governo e impulsionar o processo de mobilização”, complementa.

A perspectiva dos estudantes

Tel Guajajara, estudante de Direito e coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes da UFPA (DCE), assim como Gilberto Marques, também menciona que não é de agora que as universidades públicas têm sido prejudicadas em razão dos cortes nos investimentos.

“Várias universidades vêm sofrendo cortes no orçamento da infraestrutura, sobretudo também nos projetos internos que existem nelas como, por exemplo, as assistências estudantis, ocasionando a evasão (dos alunos) por não terem apoio, uma assistência de fato para ajudá-los”, explica Tel.

O estudante afirma que os cortes são a matriz dos grandes problemas que as universidades têm enfrentado nos últimos anos. Entretanto, para ele, um dos fatores determinantes para a precarização em questão é a informação que chega às pessoas e que as fake news têm sido um desafio para a imagem das escolas e universidades públicas.

“A opinião popular acredita que a universidade hoje não tem um papel relevante para a educação, coisa que é errada e que é mentira. A universidade é um grande centro de formação de recursos humanos, de desenvolvimentos tecnológicos, prestação de serviços à sociedade e é responsável pelas pesquisas e descobertas para melhorar a vida do povo brasileiro”, complementa. Tel acrescenta que os cortes financeiros atacam diretamente novos alunos.

Segundo o estudante, atualmente a UFPA tem mais de 1.200 alunos quilombolas e indígenas com uma própria assistência estudantil e que vai sofrer impactos diretos.

Tel destaca que, apesar das experiências vividas no ano de 2020, muitos acreditavam que em 2021 seria diferente em termos de evolução na prevenção da covid-19. “A UFPA precisa lidar com a inclusão digital, com a ampliação dos professores, entrada e saída de alunos. Tudo isso se agrava e precisamos ter muito fôlego porque, querendo ou não, os cortes vão afetar isso”, acrescenta.

O estudante afirma que o movimento estudantil como um todo precisou passar por readaptações. Antes, as mobilizações eram feitas nas ruas e, apesar das dificuldades, eles precisaram ingressar no mundo virtual.

“A gente (DCE) ficou responsável por fazer grandes ações em defesa da universidade, para ir em audiências, protocolar pedidos, ir atrás e se colocar à disposição. A nossa importância nesse processo foi de entender, dentro dos conselhos superiores das universidades, o que estava sendo passado para mobilizar os estudantes para a luta”, diz.

Tel ressalta que, durante a pandemia, os mais prejudicados foram as pessoas que se encontram no nicho mais baixo das classes sociais. Ele comenta ainda sobre a dificuldade da permanência dos alunos nas universidades públicas, principalmente no governo atual.

“É histórico do Brasil não saber lidar com a educação pública. O futuro dela está em nossas mãos, de mudar a nossa realidade e de conseguir pensar em políticas públicas efetivas que vão dar melhoria para a vida desses estudantes, pensando no acesso e na permanência deles”, defende.

Tel defende uma maior organização em defesa da educação pública no país. “As saídas que temos hoje são de muita mobilização, seja no âmbito jurídico, seja no Congresso Nacional, dentro das comunidades, seja nos debates dentro dos conselhos das universidades, dentro da sala de aula e também nas mídias sociais”, diz.

Por Isabella Cordeiro.

 

Uma parceria entre diversas universidades públicas no Nordeste fará o lançamento do UniVERciência, programa exibido em TV aberta e na internet, com o objetivo de divulgar novas descobertas do meio científico acadêmico. O evento de inauguração do programa será neste sábado (22), às 10h, transmitido pelo canal da TVE Bahia no YouTube, com a participação de representantes das instituições parceiras.

Ainda haverá, a partir das 14h30, no mesmo canal, a transmissão do primeiro episódio. A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade de Pernambuco (UPE) fazem parte da união com outras 18 instituições públicas de ensino superior dos nove estados do Nordeste. No canal da TV Universitária da UFPE (TVU), novos episódios serão exibidos todas as terças, às 20h30, a partir do dia 25 de maio.

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Já no canal da UPE, os conteúdos serão retransmitidos, de forma simultânea, diretamente da grade da TVE Bahia. Ainda haverá reexibição dos programas em dias e horários alternados, nas segundas-feiras às 20h, e quartas-feiras, às 7h30. O primeiro episódio abordará as atividades realizadas por pesquisadores da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), na Bahia, e da Universidade Federal do Ceará (UFC), no combate à Covid-19.

A UEFS desenvolveu o Portal Geocovid Brasil, que monitora dados sobre a evolução da pandemia do novo coronavírus no País, a partir do uso de recursos de geotecnologias com inteligência artificial. A primeira temporada terá 15 episódios de aproximadamente 26 minutos de duração, que poderão ser assistidos em diferentes plataformas digitais.

A TVE Bahia será responsável pela produção, articulação, exibição e distribuição do Univerciência. Os conteúdos produzidos pelas universidades parceiras terão apresentação, produção e edição final da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, pela TV Uesb.

A escassez de recursos do governo federal tem levado universidades que desenvolvem pesquisas de vacinas contra a Covid-19 a buscar verbas com governos locais, parlamentares, comércio e até dinheiro de acordo de indenização. O objetivo é evitar que as pesquisas parem, em um cenário de restrições para a liberação de recursos e queda no orçamento para a ciência. O dinheiro obtido até agora pelas universidades garante só parte dos testes e a necessidade aumentará se estudos avançarem para a última fase.

Universidades como a Federal de Minas (UFMG), a do Rio (UFRJ) e a do Paraná (UFPR) são algumas das que estão na corrida pelo desenvolvimento de um imunizante brasileiro. Segundo o Ministério da Saúde, há 16 projetos brasileiros em andamento. As vacinas não devem ficar prontas este ano, mas podem representar independência em relação a imunizantes estrangeiros a partir do ano que vem. Hoje, só aplicamos no Brasil vacinas desenvolvidas no exterior. O risco de que a covid-19 seja uma doença endêmica, como dengue e gripe, torna a iniciativa ainda mais importante.

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Em abril, o Ministério da Ciência e Tecnologia pediu em um ofício ao Ministério da Economia a edição de uma medida provisória para a abertura de créditos extraordinários no valor de R$ 720 milhões para as vacinas nacionais. No documento, o MCTI afirma que é preciso alavancar o desenvolvimento de imunizantes nacionais pelo risco de "mudanças imprevisíveis no rumo da pandemia" em função de mutações virais. O documento também cita a possibilidade de ter de vacinar novamente toda a população "em curto período de tempo".

Os R$ 720 milhões, segundo o MCTI, seriam destinados a quatro projetos brasileiros nas fases 1 e 2 dos estudos clínicos e para duas vacinas que avançarem para a fase 3. Os estudos clínicos são aqueles em que a vacina é aplicada em seres humanos. Nas fases 1 e 2, o grupo testado é menor e a estimativa de gasto é de R$ 30 milhões em cada projeto. Já na fase 3 o teste pode envolver até 40 mil voluntários e o custo da pesquisa sobe para R$ 300 milhões.

Em resposta no dia 7 de maio, um mês após a solicitação, o Ministério da Economia condicionou a liberação de parte da verba (R$ 415 milhões) a um projeto de lei com cancelamento de recursos do Ministério da Saúde. Outros R$ 305 milhões dependeriam de uma portaria do secretário especial de Fazenda. Há ainda restrições para o uso de R$ 5 bilhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o principal fundo de financiamento da ciência. Na prática, as exigências podem tornar o processo demorado e atrasar as pesquisas este ano, segundo entidades ligadas à ciência.

Na corrida contra o tempo e atrás de viabilizar a própria vacina, a UFMG conseguiu R$ 30 milhões com a prefeitura de Belo Horizonte. O recurso vai pagar as fases 1 e 2 dos estudos clínicos. Mas, para a fase 3, em que mais de 30 mil voluntários são convocados, será necessário mais dinheiro, da ordem de R$ 300 milhões. "O Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI) tem sido um grande parceiro, mas vai poder financiar apenas uma das vacinas, a que chegar primeiro, e nós sabemos que precisaremos de todas", afirma Sandra Regina Goulart Almeida, reitora da UFMG. Segundo ela, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), ofereceu o dinheiro após assistir a uma entrevista em que Sandra manifestava temor pela paralisação da pesquisa.

Na UFPR, a falta de verbas mobilizou o reitor a acionar contatos locais para alavancar a pesquisa da vacina. "Estou correndo atrás do jeito que posso. Falei com vereadores, que agora querem falar com o município para passar dinheiro para nós", diz o reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca. Até o Tribunal de Contas do Estado avalia entrar no projeto, aplicando dinheiro próprio. Na fase pré-clínica, quando a vacina é testada em animais, a universidade fechou um acordo com o governo do Paraná para repasse de R$ 995 mil. A vacina paranaense pode custar de R$ 5 a R$ 10 a dose.

Para o imunizante da UFRJ, a reitora Denise Pires de Carvalho negocia com deputados estaduais e há expectativa de conseguir R$ 5 milhões com a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A UFMG também conseguiu verbas de emendas parlamentares e vê a possibilidade de receber mais recursos provenientes de um acordo de indenização da Vale com o Estado de Minas Gerais pelos danos causados após o rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019.

'Se vira nos 30'

"A reitora está se virando nos 30 para conseguir mais recursos", diz Fernando Peregrino, presidente do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies), sobre a dirigente da UFRJ. O Confies e outras entidades ameaçam ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela liberação dos R$ 5 bilhões do FNDCT. Em audiência na Câmara dos Deputados no dia 4 de maio, o ministro Paulo Guedes afirmou que seriam encaminhados R$ 5 bilhões para o MCTI, mas os recursos não chegaram.

Para "vender o peixe" da vacina, até mesmo os pesquisadores participam de reuniões externas. O virologista Flávio Guimarães da Fonseca, que coordena um centro de pesquisas da UFMG, alterna entre o cientista e o negociador na pandemia para conseguir levar adiante os estudos. Ele tem dialogado com parlamentares e até entidades ligadas ao comércio - um papel que não desempenhava antes da covid-19. "É um interlocutor diferente, não técnico. Falar na mesma linguagem que ele não é simples. O cientista adorava falar em congresso." Embora veja essa interlocução como um ganho para os cientistas na pandemia, o risco é de que outras pesquisas com menos apelo político, mas também importantes, acabem ficando à míngua. Estudos sobre doenças como zika e chikungunya estão praticamente paralisados.

"Por que a vacina brasileira está saindo agora, um ano depois? Porque países que desenvolveram primeiro tinham pesquisas já em andamento. A gente praticamente teve de montar a estrutura do zero", diz Fonseca. Os reitores são unânimes ao dizer que, se o governo federal tivesse investido em ciência antes, o Brasil já teria suas próprias vacinas em estágio mais adiantado.

Nos Estados Unidos, onde houve investimento bilionário para desenvolver imunizantes contra a covid-19, já foram aplicadas 276 milhões de doses e outras 80 milhões serão enviadas a outros países. Enquanto isso, o Brasil vacinou menos de 10% de sua população com as duas doses e depende de insumos de fora para não paralisar a produção local na Fiocruz e no Instituto Butantã.

Até mesmo a Versamune, propagandeada como "a vacina 100% brasileira" pelo governo federal, sofreu cortes no fim de abril- R$ 200 milhões foram vetados pelo presidente Jair Bolsonaro para o imunizante. O investimento inicial do governo federal foi de aproximadamente R$ 3,8 milhões na vacina desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto.

Agora, para o ensaio clínico de fase 1 e 2, o consórcio da Versamune está "buscando recursos com o governo federal", informou Helena Faccioli, presidente e CEO da Farmacore, empresa de biotecnologia que desenvolveu o imunizante em parceria com a USP. Para essas duas etapas, o custo estimado é de R$ 30 milhões e a expectativa é começar em julho. Na fase 3, o custo da Versamune deve ser de R$ 300 milhões. A Butanvac, outro imunizante brasileiro em estágio adiantado e desenvolvido pelo Instituto Butantan, recebe aporte do governo de São Paulo.

Sem dinheiro, o risco é de que as linhas de pesquisa acabem desmontadas. Segundo os pesquisadores das universidades brasileiras, caso os investimentos para as vacinas sejam interrompidos no meio, equipes já treinadas para essa empreitada podem acabar buscando trabalho fora. E, nesse caso, seria preciso formar um novo time de pesquisadores, o que, de novo, atrasa os resultados brasileiros. "Ciência não é algo que você começa, interrompe e depois retoma. É um investimento que tem de ser contínuo e sustentável. Se você está fazendo uma pesquisa, falta recurso e tem de parar, depois tem de começar do zero", diz a reitora Sandra Goulart, da UFMG.

Governo

Procurado para comentar a distribuição dos investimentos nas vacinas desenvolvidas pelas universidades brasileiras, o MCTI não respondeu. Já o Ministério da Economia disse que, para a execução dos R$ 5 bilhões do FNDCT, "faz-se necessária a abertura de créditos adicionais".

Segundo a pasta, estão sendo encaminhados, por projeto de lei, créditos adicionais para o FNDCT no valor de R$ 1,8 bilhão para empréstimos reembolsáveis do fundo e de R$ 415 milhões para viabilizar despesas com os testes clínicos de vacinas nacionais contra a covid.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta quinta-feira (20), foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) os editais de adesão para que instituições de ensino superior privadas possam garantir participação nos programas do Governo federal: o Programa Universidade Para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Também foi aberto o procedimento para as universidades públicas, no que diz respeito ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

As normativas divulgadas são referentes ao segundo semestre de 2021, e estão previstas para ocorrer de julho a agosto. O Ministério da Educação (MEC), responsável pelos editais, antecipou os cronogramas, informando que demais regras e detalhes sobre cada seleção serão divulgados posteriormente.

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Prouni

De acordo com o edital nº 31, as instituições privadas de ensino superior, por meio de suas mantenedoras, terão de 31 de maio até o dia 4 de junho para manifestar interesse em aderir ao Prouni. O procedimento inicial é de caráter obrigatório para todos os casos aplicáveis, primeira adesão, renovação, ou adesão de mantenedoras desvinculadas.

Já o procedimento de adesão ao programa, para que as instituições possam ofertar bolsas em seus processos de ingresso para o segundo semestre de 2021, será realizado de 31 de maio até 17 de junho. Todas as etapas para adesão ao programa serão feitas no sistema informatizado do Prouni (Sisprouni).

Fies

O edital nº 32 dita as regras para adesão ao Fies. Os procedimentos de assinatura e emissão do documento de participação deverão ser realizados pelas mantenedoras das instituições interessadas. O período previsto é de 8 a 15 de junho. Apenas com o termo de adesão ao Fies e ao FG-Fies as mantenedoras poderão assinar o documento de participação na nova edição. Os procedimentos descritos devem ser feitos por meio de portal específico.

Sisu

O prazo para instituições públicas de ensino superior, sejam a nível federal, estadual ou municipal, para aderir ao Sisu, é do dia 5 ac9 de julho. A retificação do documento de adesão será feita de 12 a 16 do mesmo mês.

Os detalhes sobre datas e demais regras de adesão estão dispostos no edital nº 30. As instituições públicas de ensino superior deverão acessar o portal eletrônico do MEC para prosseguir com o processo de adesão. O processo seletivo do Sisu para o segundo semestre de 2021 está previsto para ocorrer em agosto.

O Programa de Formação de Professores de Educação Superior para a América Latina e Caribe recebe inscrições, até 28 de maio, para seleção de doutorado em várias áreas. Promovida pelo Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB) em parceria com a União de Universidades da América Latina e Caribe (UDUAL), a iniciativa reúne bolsas de estudos com isenções de taxas acadêmicas.

O objetivo do programa é ofertar doutorado para professores das universidades associadas ao GCUB ou à UDUAL. As formações poderão ser desenvolvidas em vários países além do Brasil, tais como Bolívia, Colômbia, México e Panamá.

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Segundo a organização do programa, não é possível realizar doutorado no país onde o candidato seja cidadão ou possua moradia. Confira os cursos oferecidos e, para mais informações, entre em contato com o e-mail prolac.gcubudual@gmail.com.

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta sexta-feira (7), o resultado com os selecionados para as vagas remanescentes do Programa Universidades para Todos (Prouni). Foram oferecidas 107 mil bolsas, entre parciais e integrais, não preenchidas no processo regular.

Diferente de outros anos, em que a seleção tinha critério temporal, a edição de 2021 utilizou notas das últimas dez provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Para o candidato que realizou mais de um Enem será considerada, para efeito da classificação, a edição em que ele tenha obtido a maior média no conjunto de provas”, informou o MEC.

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Um dos critérios pedia nota mínima de 450 pontos na prova, bem como os candidatos não podiam ter zerado a redação do Enem. “Para concorrer às bolsas integrais, o candidato deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário-mínimo por pessoa. Já para as bolsas parciais, o candidato deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 3 salários-mínimos por pessoa. Os candidatos selecionados deverão entregar, entre os dias 10 e 13 de maio, a documentação que comprova as informações declaradas no ato da inscrição”, alertou o Ministério da Educação.

A plataforma educacional Beduka lançará, na próxima segunda-feira (10), a segunda edição do programa 'Vale Bolsa', que visa conectar os estudantes à universidades privadas por meio de bolsas de estudo de até 100%. Para participar, os interessados deverão se inscrever gratuitamente até o dia 24 de junho na página eletrônica do programa.

Entre as instituições de ensino superior participantes estão a UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, UNIVERITAS - Centro Universitário Universus Veritas, UNAMA - Universidade da Amazônia, UniAcademia, UniCarioca, UNG - Universidade Guarulhos e UNINORTE - Centro Universitário do Norte. O vestibular será composto, unicamente, por um exame avaliativo que ficará aberto nos dias 25 e 26 de junho, das 8h e às 18h. Os candidatos devem escolher um desses dias para realizar, virtualmente, a prova com questões ligadas às quatro áreas do conhecimento, que terá quatro horas de duração.

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O resultado será divulgado no dia 3 de julho. A depender da nota obtida, os participantes que alcançarem as primeiras colocações poderão concorrer a bolsas integrais em diversas faculdades do país. Confira mais detalhes no site do programa Vale Bolsa.

Estudantes da graduação de algumas universidades no País poderão estudar disciplinas em outra instituição. A iniciativa é da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) que lançou, em janeiro de 2021, como projeto piloto, o Programa de Mobilidade Virtual em Rede de Instituições Federais de Ensino Superior (Promover), reunindo, atualmente 12 universidades federais.

O edital do projeto está previsto para ser publicado no dia 6 de maio, e as inscrições serão até o dia 12 do mesmo mês. Também serão passados detalhes das universidades participantes, assim como número de vagas, cursos e disciplinas. As atividades terão início nos meses de maio a julho.

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O processo de cadastro será feito por meio de uma plataforma única organizada pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), uma das instituições participantes da parceria. Um dos critérios que as universidades poderão seguir para selecionar os estudantes é o tempo que falta para a conclusão do curso dos graduandos. As informações são da pró-reitora de Graduação, Cláudia Gontijo, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), outra instituição de ensino superior envolvida no convênio.

Claúdia ainda explica como será feito o processo de matrícula dos estudantes. “Faremos a matrícula dos estudantes de fora como estudante especial. O mesmo vai acontecer lá, nossos alunos serão matriculados como estudante especial nas outras instituições, seguindo o mesmo critério”, esclarece a pró-reitora, conforme assessoria de comunicação.

Ela orienta que os interessados consultem a coordenação do curso antes de se inscrever para verificar. “Isso é importante porque, depois, os alunos terão que solicitar o aproveitamento da disciplina. O aproveitamento não é automático e o coordenador vai orientá-lo sobre qual disciplina é apropriada e qual disciplina, no futuro, poderá ser aproveitada”, destaca.

Para o reitor da Universidade de Goiás (UFG), e presidente da Andifes, Edward Madureira, o programa traz um diferencial para as modalidades conhecidas do ensino superior. “Eu vejo o Promover Andifes como um elemento estruturante na criação de um Sistema Nacional de Educação Superior no Brasil. Imagine nós termos estudantes circulando pelo país de maneira virtual, trocando experiências, professores colaborando na oferta de disciplinas. A riqueza dessa interação nacional certamente vai trazer também para os estudantes uma percepção muito maior da dimensão da graduação, das dificuldades, das possibilidades, do potencial do nosso país”, ele afirma.

Madureira ainda analisa que a pandemia do novo coronavírus foi uma das causas para o projeto ter sido lançado. “Sem dúvida nenhuma, o programa é um legado dessa pandemia, que nos trouxe tanta tristeza e tantos aspectos negativos. Mas esse mesmo cenário negativo nos obrigou a recorrermos a tecnologias que já existiam, mas que, de alguma forma, resistíamos em utilizar. Houve, sim, influência da necessidade de nos reinventarmos e estimularmos a nossa criatividade, unida ao compromisso de darmos continuidade ao trabalho que realizamos com muita qualidade e responsabilidade”, finaliza o reitor.

Foram divulgados, nesta sexta-feira (23), os resultados do Índice Geral de Cursos (IGC) 2019, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Das 106 instituições de ensino superior públicas federais analisadas, 71% obteve notas entre 4 e 5, sendo 5 a pontuação máxima.

No total das universidades públicas, 14 obtiveram nota 5 na avaliação. Concentradas no sul e sudeste do país, apenas uma pertence à região Nordeste, a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). São Paulo é o estado que detém o maior número de instituições com a pontuação máxima, contabilizando cinco espalhadas pelo estado. São elas: Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Universidade Estadual Paulista (UNESP), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).

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Minas Gerais é o segundo estado com mais universidades avaliadas como de alta qualidade, com três instituições reconhecidas: Universidade Federal de Lavras (UFLA), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Já no Rio de Janeiro encontram-se duas universidades bem avaliadas pelo Inep: Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e as demais no Sul do país, sendo uma em cada estado da região: Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), no Rio Grande do Sul.

Os resultados do IGC 2019 foram calculados para 2.070 instituições públicas e privadas, que participaram da avaliação. Foram considerados 24.145 cursos analisados entre 2017 e 2019.

Confira abaixo as universidades públicas com nota 5 no IGC do MEC

- Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)

- Universidade Federal do ABC (UFABC)

- Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF)

- Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)

- Universidade Federal de Lavras (UFLA)

- Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

- Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

- Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

- Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

- Universidade Federal do Paraná (UFPR)

- Universidade Estadual Paulista (UNESP)

- Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

- Universidade Federal de Viçosa (UFV)

- Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)

De acordo com o Inep, o cálculo matemático para chegar ao IGC leva em conta os seguintes aspectos: a média do Conceito Preliminar de Curso (CPC), que considera o último ciclo do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) como referência; a média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu, atribuídos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) na última avaliação trienal; e a distribuição dos estudantes entre as diferentes etapas de ensino superior (graduação ou pós-graduação stricto sensu).

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, nesta sexta-feira (23), os indicadores de qualidade da educação superior. De acordo com o órgão, das 106 instituições públicas federais de ensino superior avaliadas, 71% delas atingiram os conceitos 4 e 5 no Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) 2019.

Ao todo, os resultados foram calculados para 2.070 instituições públicas e privadas, considerando os 24.145 cursos avaliados entre 2017 e 2019. Na edição 2019, 87,1% (1.801) das instituições participantes são privadas e 12,9% (269), públicas. A maioria (73,1%) é composta por faculdades, seguida dos centros universitários (15,6%) e das universidades (9,4%). Por fim, estão os institutos federais e centros federais de educação tecnológica, que, juntos, representam 1,9% das instituições de ensino com o índice atribuído nesta edição. A concentração na faixa 3 abarcou mais da metade das instituições avaliadas (63,77%).

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Com relação às 1.507 faculdades com IGC, 83,4% delas obtiveram conceito igual ou acima de 3. Já quando se trata dos 326 centros universitários, o percentual correspondente às três faixas de maior desempenho é de 98,5% (321). No caso das 197 universidades, 99% (195) alcançaram desempenho nas faixas de 3 a 5. Dos 40 institutos federais e centros federais de educação tecnológica, 65% (26) ficaram na terceira e 35% (14) na quarta faixa do IGC.

Segundo a pasta, os Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte apresentaram os melhores resultados no IGC 2019, obtendo, respectivamente, 9,2%, 6,7% e 4,2% de suas instituições de educação superior com faixa 5 no indicador. Do total de 2.070 instituições avaliadas, apenas 2,2% alcançaram essa faixa.

Na segunda maior faixa do indicador, Rio Grande do Sul (39,4%), Ceará (33,3%) e Distrito Federal (30,6%) foram os que obtiveram, proporcionalmente, o maior número de instituições com IGC 4. Considerando o total das instituições de educação superior avaliadas, 21,64% se enquadraram nessa faixa.

Já por regiões, o órgão aponta que em valores absolutos, o Sudeste apresentou o maior número de instituições com faixa 5. A região também é a que possui mais instituições com o IGC calculado, destacando-se Minas Gerais (265) e São Paulo (509). Este último estado lidera o conjunto de instituições mais bem avaliadas: são 16 na faixa 5 e 84 na faixa 4.

No Nordeste, Bahia e Ceará são os estados com a maior quantidade de instituições nas faixas 4 e 5 do indicador, sendo 27 e 19 instituições, respectivamente, participando desse processo avaliativo. Já no Sul, destacam-se, com conceitos nas faixas 4 e 5 do IGC 2019, os Estados do Paraná (48) e do Rio Grande do Sul (46). 

Os indicadores apontaram que nenhuma das instituições avaliadas das regiões Centro-Oeste e Norte atingiu a faixa 5 nesta edição. Contudo, o Distrito Federal é destaque no Centro-Oeste, com 15 instituições na faixa 4, enquanto o Pará é o estado da região Norte com maior quantidade de instituições nessa faixa.

Para o cálculo das 2.070 instituições de educação superior na edição 2019 do IGC, foram considerados os resultados do Conceito Preliminar de Curso (CPC) de 24.145 cursos avaliados entre 2017 e 2019 e os dados de 4.679 programas de mestrado e doutorado oferecidos pelas instituições em 2019. Confira todos os resultados na página virtual do Inep.

Já está aberto o período de matrículas para os candidatos aprovados na edição 2021 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Os estudantes devem entrar em contato com a universidade selecionada e conferir todas as documentações que devem ser entregues.

Os aprovados terão até o dia 23 de abril para entregar todos os documentos exigidos para a concretização do procedimento. Por causa da pandemia do novo coronavírus, algumas instituições de ensino devem adotar o envio eletrônico da documentação.

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Quem não foi classificado na chamada regular, pode manifestar interesse em participar da lista de espera até o dia 23 de abril, por meio da página eletrônica do Sisu. A lista de espera reúne vagas não preenchidas no processo regular.

O Sisu, responsável pelo ingresso dos estudantes ao ensino superior, ofertou, este ano, mais de 206 mil vagas distribuídas em quase 110 universidades e institutos federais. O processo seletivo utiliza as notas dos candidatos que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 e não obtiveram zero na redação. Os treineiros também não estavam aptos a participar da disputa.

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Estudantes que foram classificados na chamada regular do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2021, precisam ficar atentos ao período de matrícula, que vai do dia 19 a  23 de abril, e às documentações necessárias para garantir as vagas nas instituições de ensino.

 Em entrevista ao LeiaJá, o produtor de conteúdo educacional do Beduka, Luiz Ottoni, comenta a importância da documentação para a efetivação nas universidades: “É uma das coisas mais essenciais que o estudante deve se atentar neste momento, porque para entrar na universidade é exigido toda uma burocracia e, normalmente, a documentação para a matrícula "normal" é mais simples”, explica. 

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Cada universidade ou instituto federal deve lançar seus editais com a documentação exigida. A dica, segundo Ottoni, é já deixar separados os documentos necessários que normalmente são solicitados, como certidão de nascimento, RG, CPF, foto 3x4, histórico escolar, título de eleitor e comprovante de residência.

A Universidade de Pernambuco (UPE), por exemplo, costuma solicitar, além dos documentos básicos, o comprovante de quitação do serviço militar para os candidatos do sexo masculino que tenham mais de 18 anos. Como também, o cartão de passagens VEM RMR dos ingressantes cotistas que moram em Recife ou na Região Metropolitana.

Ottani adverte: “Caso os estudantes percam sua vaga por um erro na documentação, seria algo extremamente frustrante e a única maneira de conseguir evitar isso, é justamente se antecipando. Então, crie pastas bem divididas, separe os documentos que cada universidade pede e, principalmente, entre em contato com ela e veja quais documentos aquela instituição de ensino exige. Vale ressaltar que diversas instituições, neste período pandêmico, devem adotar o envio eletrônico da documentação no período estabelecido”, conta.

Estudantes que sonham em ingressar no ensino superior precisam redobrar a atenção. Esta sexta-feira (9) é o último dia de inscrições da edição 2021 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece mais de 206 mil vagas em quase 110 instituições de ensino públicas. Gratuitas, as candidaturas devem ser feitas pelo site do processo. seletivo.

“Para participar do Sisu será exigido do candidato que ele tenha feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), edição de 2020, obtido nota superior a zero na prova de redação, e não tenha participado do Enem na condição de treineiro”, informou o MEC.

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A previsão é que o resultado com os nomes dos aprovados seja divulgado no dia 13 deste mês. Para mais informações, acesse o site do processo seletivo.

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Já estão abertas as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), principal meio de entrada em universidades públicas e institutos federais. As candidaturas podem ser feitas gratuitamente até o dia 9 deste mês por meio do site do processo seletivo.

Os candidatos devem ter participado da edição 2020 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), sem ter zerado a redação. Segundo o Ministério da Educação (MEC), mais de 209 mil vagas são oferecidas em 110 instituições de ensino.

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"Para se inscrever o candidato deve utilizar o mesmo login cadastrado no portal de serviços do governo federal (acesso.gov.br), da mesma forma que fez para acessar o resultado do Enem 2020. Por isso, o candidato deve se preparar com antecedência para não ter problemas no ato da inscrição do Sisu, quando é exigida a senha do cadastro no portal de serviços do governo federal. Quem precisar recuperar esses dados já deve providenciá-los", informou o MEC.

Ainda segundo o MEC, o resultado do Sisu está previsto para o dia 13 deste mês. Confira, a seguir, mais informações a respeito do cronograma da seleção:

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