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Cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recriaram o perfume que teria sido usado há três mil anos por Cleópatra - a rainha que governou o Egito de 51 a.C a 30 a.C e é considerada uma das mulheres mais importantes da antiguidade. À base de canela, mirra e resina de pinheiro, o perfume era um dos mais famosos e exclusivos do antigo Egito. A fragrância está em exposição no campus universitário.

A receita do perfume foi recuperada originalmente por cientistas alemães que a publicaram em um artigo científico em 2021 sob o nome de "Eau de Cleopatra". Vários escritos antigos mencionavam a existência de um perfume muito famoso, fabricado na cidade de Mendes, uma região que funcionava como entreposto comercial e abrigava também uma fábrica de frascos de vidro para fragrâncias, cujas ruínas foram achadas em 2012.

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As pesquisas de Dora Goldsmith, uma egiptóloga especializada nos cheiros do antigo Egito, levaram à recriação da receita original. Como o perfume era usado apenas pela classe alta, cientistas acreditam que a própria Cleópatra também o tenha usado. A última rainha do Egito ficou conhecida por sua grande habilidade política, personalidade marcante e, também, por sua vaidade e especial fascínio por essências aromáticas.

O resultado é um perfume adocicado e amadeirado bem diferente dos aromas atuais, segundo os cientistas. Até porque, explicam, o álcool só entrou na formulação de fragrâncias em 1.200. No antigo Egito, as essências eram diluídas em óleos.

"Especificamente no caso do Egito, eles usavam como base o óleo de balanos, de uma árvore conhecida como a tâmara do deserto (Balanites aegyptiaca), que praticamente não tem nenhum cheiro, e nele, cozinhavam a resina de pinheiro, a mirra, a canela acácia e a canela verdadeira", explicou a química Anelise Regiani, coordenadora do Laboratório Quimidex, do Departamento de Química da UFSC.

"As duas canelas têm cheiros bem distintos, o da acácia é mais amadeirado e o da verdadeira é mais parecido com o da canela que usamos até hoje. A mirra tem um aroma adocicado, balsâmico, que, para muita gente, remete à uva passa. E tem ainda a resina de pinheiro, que dá um frescor", explicou a especialista. "O cheiro é muito bom, muito gostoso, a gente sente bem o especiado da canela e o adocicado da mirra."

A mirra, lembra Anelise Regiani, era muito apreciada no antigo Egito. Tanto que uma outra governante egípcia, Hatshepsut, conhecida como rainha faraó, enviou uma expedição ao sul do rio Nilo em busca das árvores de mirra.

"Era o perfume dos deuses para os deuses e, no caso dos faraós, para a personificação dos deuses na Terra", resumiu a especialista.

O perfume de Cleópatra foi especialmente recriado pelos químicos da UFSC, com base na receita recuperada pelos alemães, para a exposição "A química dos perfumes", em cartaz no campus universitário. Em cinco módulos, a exposição reconta a história do perfume desde os seus primórdios.

Segundo Anelise, a palavra perfume vem do latim e significa fumaça. O nome está associado aos tempos da descoberta do fogo, quando deuses eram homenageados por meio da queima de plantas aromáticas. Chama atenção também o módulo destinado à perfumaria brasileira.

De acordo com dados da consultoria Euromonitor Internacional, o Brasil é, atualmente, o segundo maior mercado consumidor de fragrâncias, perdendo apenas para os Estados Unidos. Números da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos indicam que o setor movimentou US$ 1,5 bilhão no ano passado.

"A história da perfumaria no Brasil começa muito antes da chegada dos europeus e da família real", conta Anelise. "Vêm dos indígenas o nosso hábito de tomar vários banhos diários e de usar ervas cheirosas para o banho. Os africanos escravizados trouxeram os hábitos do banho de cheiro, de lavar o chão com água perfumada, de lavar roupa com água perfumada, que estão relacionados às religiões de matriz africana."

"A gente bota perfume até no inseticida e na água sanitária", constata a especialista. "Compramos perfume de litrão e temos um verdadeiro guarda roupa olfativo; uma fragrância para a academia, outra pro trabalho, outra para a balada, uma mais especial para um encontro romântico, sem falar das que a gente usa na casa."

A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) receberá apoio do Ministério da Educação (MEC) para dar incentivo a projetos de pesquisa de universidades federais selecionados e credenciados por ela. Os grupos de pesquisadores terão um orçamento de R$ 30 milhões para investir em iniciativas que atendam a demandas do setor industrial. 

Projetos voltados para as áreas de Energias Renováveis, Fibras Florestais, Sistemas Embarcados, Geotecnologia e Agronegócio e Inteligência Artificial, entre outros, terão um terço do valor de novas unidades com recursos não-reembolsáveis financiados pela Embrapii.

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O objetivo da parceria com o MEC é utilizar a capacidade de resolução de problemas e conhecimento para atrair empresas. Além disso, o credenciamento das universidades federais também busca capacitar profissionais para trabalhar na indústria e em projetos semelhantes. 

A meta, segundo o ministério, é gerar 175 projetos e R$ 100 milhões em investimentos de inovação juntando o valor aportado pela Embrapii, a contrapartida financeira de empresas e os recursos não financeiros da unidade, como equipamentos e mão de obra. As 11 novas unidades Embrapii foram selecionadas entre propostas apresentadas por grupos de pesquisas das universidades e se unem às unidades já credenciadas na UFRGS, UFSC, UFRJ, UFMG, UFU e UFCG.

“A Embrapii é referência no setor de inovação e tecnologia industrial. Nós queremos trazer essa experiência para dentro das universidades”, afirmou o secretário de Educação Superior do MEC, Wagner Vilas Boas. Por sua vez, o diretor-presidente da Embrapii, Jorge Guimarães, declarou que “para cada Unidade credenciada, a Embrapii assegura à indústria que aquele centro de pesquisa possa atuar como seu centro de P&D ou completar as atividades do centro que a empresa já possua”. 

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A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgou, nesta terça-feira (14), o cancelamento da prova presencial prevista para os dias 4, 5 e 6 de julho devido à pandemia do novo coronavírus. Esta decisão foi tomada pela comunidade escolar e o pessoal envolvido na realização do Vestibular 2020.2.

A instituição decidiu, também, que o processo seletivo para a oferta das 60 vagas para o curso de medicina do Campus de Araranguá e das vagas remanescentes do Vestibular 2020, em diversos cursos de graduação, será por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) das edições de 2017, 2018 ou 2019. Os interessados devem ficar atentos ao calendário do processo seletivo, bem como o regramento do certame, que será publicado no site da Coperve após o retorno das atividades de ensino presencial.

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Após a Universidade Federal do Pará, outras duas universidades que utilizam as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) suspenderam a divulgação do listão de aprovados. O motivo alegado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) foi a ação movida pela Justiça Federal de São Paulo, determinando a suspensão do resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). 

A nota disponibilizada no site oficial da UFSC informa a suspensão do cronograma para matrícula de “candidatos a ingresso pelas notas do Enem (vagas suplementares para negros) e via Sistema de Seleção Unificada (Sisu)”. 

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Também foi afirmado que “em razão da indefinição quanto à divulgação das notas do Enem e da classificação pelo Sisu, somente após a informação oficial e definitiva repassada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), serão publicados o cronograma e os procedimentos de matrícula para essas modalidades de ingresso”. 

A Unifesp também emitiu uma nota oficial, comunicando a suspensão “do resultado do processo seletivo dos cursos que aderiram ao Sistema Misto de Seleção e do Curso EAD em Design Educacional da instituição”.

De acordo com a universidade, a suspensão do listão de aprovados visa “resguardar os direitos de todos(as) os(as) candidatos(as) inscritos(as) nos processos seletivos acima informados. Ainda segundo a nota, o processo seletivo será retomado “assim que o INEP/MEC responder aos questionamentos que compõem a decisão liminar e a questão for resolvida”. 

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Na última segunda-feira (9), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) gerou polêmica após a realização do vestibular. O motivo foi o fato de que alunos se surpreenderam com a prova de redação. A instituição pediu para que fosse feito um 'textão de internet', dando opções também para uma dissertação ou um conto. Em uma publicação no Twitter, a universidade explicou o conceito da avaliação.

"Para desenvolver o tema da redação do Vestibular, o candidato poderia escolher entre três propostas: dissertação, conto e 'textão' para internet. A proposta de 'textão' é uma inovação que busca adequar o conteúdo da prova a novas linguagens, novos gêneros e à aplicação do conhecimento formal da língua portuguesa a um formato bastante comum aos jovens que concorrem a uma vaga", afirmou a UFSC.

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De acordo com o jornal O Globo, a presidente da Comissão Permanente do Vestibular (Coperve), Maria José Baldessar, declarou que é essencial pensar a cada ano em formas de linguagens diferentes. "Queremos contemplar linguagens clássicas e contemporâneas", explicou Baldessar.

Assim que a prova foi aplicada, internautas repercutiram. "Abreviações seriam consideradas? Porque desobedecem normas ortográficas, mas fazem parte da realidade da linguagem online que aparece nos textões", comentou um dos usuários do Twitter. "Achei legal ter o textão, mas acho que deveriam ter sinalizado isso aos candidatos, já que é uma modalidade textual nova e 100% não esperada", escreveu outra pessoa.

A Universidade Federal de Santa Catarina já disponibilizou o gabarito das questões objetivas (múltiplas e abertas).

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O Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) deve decidir, nesta terça-feira (3), em reunião, se vai aderir ao programa Future-se, criado pelo Ministério da Educação (MEC). Na tarde dessa segunda-feira (2), uma assembleia geral formada por professores, alunos e técnicos administrativos da instituição foi realizada para se opor ao projeto.

Durante a mobilização que lotou o auditório Garapuvu da universidade, além da rejeição ao Future-se, foram discutidos os efeitos do bloqueio orçamentário feito pelo MEC e que afetou universidade federais do Brasil, inclusive, a UFSC. Estima-se que cerca que mais de 4 mil pessoas participaram da manifestação, na qual foi aprovada uma greve geral, mas sem a possibilidade de ocupação dos prédios no momento.

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Um dos pontos também abordados durante a assembleia foi o vestibular 2020, cujo votos da maioria dos presentes foram favoráveis ao cancelamento do processo seletivo, em razão de pressionar o governo federal a liberar o orçamento retido. A instituição, no entanto, se prontificou de que o processo seletivo está mantido e que discussão deve ser pautada nas estâncias superiores da entidade.

A reunião do conselho está marcada para às 14hs. A expectativa é de que uma nova movimentação seja organizada pelos estudantes. 

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) abriu nesta segunda-feira (29), as inscrições para o vestibular 2019.2 da instituição. Ao todo, são 565 vagas para 24 cursos, incluindo medicina, engenharia e matemática.

As inscrições devem ser feitas até 29 de maio, no site da UFSC. Será cobrada uma taxa de inscrição no valor de R$ 135, devendo ser quitada até 30 de maio.

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Para solicitar a isenção da taxa, o candidato precisa possuir renda familiar bruta mensal igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita; ter cursado o ensino médio integralmente em escola da rede pública ou ter recebido bolsa total em escola da rede privada. O prazo máximo para requerer a isenção é o dia 20 de maio.

As provas serão realizadas nos 6, 7 e 8 de de julho de 2019 nos municípios de Araranguá, Blumenau, Chapecó, Criciúma, Curitibanos, Florianópolis, Joinville e Tubarão. Mais informações podem ser conferidas no edital.

 

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgou na manhã desta quarta-feira (9) a lista de aprovados no vestibular 2019 da instituição. Ao todo, 4,5 mil vagas foram oferecidas e 3,8 mil pessoas foram classificadas em 101 cursos diferentes.

A lista completa com o nome dos aprovados por curso, assim como o desempenho individual de cada um dos candidatos por meio de apresentação de CPF, está disponível na página da instituição. O vestibular da UFSC foi realizado entre os dias 8 e 10 de dezembro.

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Alunos classificados podem fazer confirmação de matrícula via internet entre os dias 21 e 24 de janeiro. No dia 28, uma segunda chamada pode classificar alguns dos 6,9 mil candidatos que estão na lista de espera. Todos aqueles que confirmarem a matrícula online deverão comparecer às coordenadorias dos cursos entre os dias 5 e 7 de fevereiro para efetivar as inscrições nas universidades.

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) libera na tarde desta quinta-feira (27) os desempenhos individuais de candidatos ao vestibular 2019 da instituição. Os alunos poderão conferir a nota geral, nota individual por questão discursiva e nota da redação, assim como o gabarito oficial das provas no site do processo de ingresso.

Quem quiser entrar com recurso para contestar as notas deve fazê-lo até 18h da sexta (28) por meio do site da instituição. O aluno deve ficar atento, pois, para fazer pedido de vista, precisa ter em mãos o número de inscrição na prova. Ao todo, a UFSC oferece 4,5 mil vagas em 101 cursos diferentes nos campi da instituição.

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A Polícia Federal (PF) indiciou 23 pessoas por desvios de verbas em cursos de Educação a Distância (EaD) na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Decorrente da Operação Ouvidos Moucos, a investigação concluiu que professores e funcionários da instituição agiam no esquema. Eles devem ser indiciados pelos crimes de concussão, peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa, violação de sigilo funcional, falsidade ideológica, além de outras tipificações.

As informações foram divulgadas pelo "Diário Catarinense" e confirmadas pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. A Ouvidos Moucos caiu em uma grande polêmica depois que o ex-reitor da universidade Luiz Carlos Cancellier de Olivo, que chegou a ser preso por suspeitas de participação no esquema, se suicidou em um shopping de Florianópolis.

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O relatório parcial do inquérito, assinado pelo delegado Nelson Napp em 18 de abril, indica apenas a tipificação das condutas criminosas e à indicação dos respectivos autores. Após concluir o inquérito por inteiro, a peça será encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF), que decidirá se denuncia ou não os indiciados pela PF.

O documento não indica o montante que teria sido desviado da UFSC, nem a materialidade das condutas e o nexo de casualidade, que, segundo o delegado, serão expostos em outro relatório a ser oferecido em outra ocasião. A operação foi deflagrada há sete meses e tinha como foco repasses oferecidos pelo programa Universidade Aberta do Brasil (UAB) na UFSC que totalizam cerca de R$ 80 milhões.

Defesa

O chefe de gabinete da reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina, Áureo Moraes, afirmou ao Estado que a universidade não recebeu nenhuma notificação oficial e que a única informação que eles tem foi divulgada pela imprensa, de forma oficiosa. Moraes ressaltou a necessidade de se dar um tratamento institucional ao caso por parte da Polícia Federal.

A Polícia Federal, em trabalho com a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União, abriu nesta quinta-feira, 7, a Operação Torre de Marfim. A ação tem como objetivo apurar aplicação irregular de verbas públicas federais destinadas a projetos de pesquisa desenvolvidos por Fundações de Apoio da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Esta é a segunda vez este ano que os negócios da UFSC ficam sob suspeita. Em setembro, a PF esteve na Universidade, no âmbito da Operação Ouvidos Moucos, para apurar esquema que supostamente desviou recursos de cursos de Educação a Distância (EaD).

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Em nota, a PF informou que cerca de 90 policiais federais e servidores do TCU e da CGU cumprem 20 mandados judiciais expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal em Florianópolis, sendo 14 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de condução coercitiva. Os mandados estão sendo cumpridos em Florianópolis e Balneário Camboriú.

As investigações da Torre de Marfim tiveram início em 2014 a partir de uma comunicação feita pelo gabinete da reitoria da UFSC. Instruída com nota técnica e relatórios elaborados pela CGU, o documento analisava aparentes irregularidades em projetos de pesquisa desenvolvidos com uso verbas públicas federais firmados em 2003 e 2004.

Segundo a PF, dentre as irregularidades, os investigadores encontraram indícios de contratações de serviços sem licitação prévia, pagamentos realizados a empresas pertencentes a gestores de projetos, que estariam vinculadas a servidores da Universidade ou das Fundações de Apoio e até mesmo pagamentos efetuados a empresas fantasmas.

Dois dos servidores investigados teriam movimentado cerca de R$ 300 milhões em contratos na coordenação de projetos e convênios entre os anos de 2010 a 2017. Durante este período foram identificadas diversas irregularidades quanto à execução orçamentária apontando para o desvio de verbas públicas e para a prática de outros crimes licitatórios.

Também chamou atenção dos investigadores, de acordo com a PF, um contrato questionado pelo TCU, no qual um servidor aposentado da universidade, que também foi gestor do projeto e teve sua própria empresa contratada por cerca de R$ 20 milhões, sem licitação.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, por crime licitatório, peculato, e lavagem de dinheiro, bem como por atos de improbidade administrativa.

A operação tem por objeto investigar um conjunto de irregularidades na administração de recursos educacionais com verbas federais. A PF informou que "antes de serem levadas à apreciação do Ministério Público e do Poder Judiciário, essas irregularidades foram auditadas pelos órgãos de controle CGU e TCU".

"As auditorias geraram recomendações solicitando a correção de práticas administrativas que poderiam levar ao mau uso do dinheiro público, o que não foi atendido pelos administradores", diz a nota.

A UFSC, segundo informações da CGU, é a entidade recordista em recomendações para correção de irregularidades no Estado de Santa Catarina, com cerca de 120 recomendações, quase o dobro do segundo colocado.

O reitor afastado da Universidade Federal de Santa Catarina, Luis Carlos Cancellier Olivo, foi encontrado morto nesta segunda-feira, 2, no Beiramar Shopping, em Florianópolis. Há a suspeita de que ele teria se jogado de um vão central do shopping. A carteira de habilitação do reitor foi encontrada em seu bolso. O Instituto Médico-Legal está no local e fez a identificação. Segundo a assessoria do IML, o corpo está passando por perícia.

Luis Carlos Cancellier de Olivo é investigado na Operação Ouvidos Moucos, que apura irregularidades na aplicação de recursos federais recebidos pela Universidade para curso de Ensino a Distância.

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O reitor foi preso pela Polícia Federal no dia 14 de outubro. A ordem de custódia temporária por cinco dias e de afastamento do cargo havia sido decretada em 25 de agosto pela juíza Janaína Cassol Machado, da 1ª Vara Federal de Florianópolis. O reitor e outros seis investigados foram soltos no dia seguinte pela juíza Marjôrie Cristina Freiberger, que substituía Janaína Cassol Machado, naquele dia, ausente por motivos médicos.

A delegada de Polícia Federal Erika Mialik Marena, da Operação Ouvidos Moucos, afirmou em representação à Justiça que Cancellier tentou "obstaculizar investigações internas". A operação da PF apura irregularidades na aplicação de R$ 80 milhões em recursos federais recebidos pela UFSC relativos ao curso de Ensino a Distância.

As investigações da Ouvidos Moucos começaram a partir de suspeitas de desvio no uso de recursos públicos em cursos de Educação à Distância oferecidos pelo programa Universidade Aberta do Brasil (UAB) na Federal de Santa Catarina. Segundo a PF, o sistema EaD/UAB recebe verbas em duas frentes: "a verba de custeio, gerida pelas fundações de apoio mediante contratos com a UFSC, e com todos os desvios, e a verba das bolsas Capes, que deveriam ser pagas aos professores e tutores do EaD".

Cancellier era reitor da Federal de Santa Catarina desde março de 2016. A PF afirma que o professor "criou a Secretaria de Educação à Distância, para estar acima do já existente Núcleo UAB, vinculando-a diretamente à Reitoria".

"Nomeou no âmbito do EaD os professores do grupo que mantiveram a política de desvios e direcionamento nos pagamentos das bolsas do EaD. Procurou obstaculizar as investigações internas sobre as irregularidades na gestão de recursos do EaD, pressionou para a saída da professora Taisa Dias do cargo de coordenadora do EaD do curso de Administração. Recebedor de bolsa do EaD via Capes e via Fapeu", destacou a PF.

A Ouvidos Moucos investiga repasses que totalizam cerca de R$ 80 milhões. Foi identificado que docentes da UFSC, empresários e funcionários de instituições e fundações parceiras teriam atuado para o desvio de bolsas e verbas de custeio por meio de concessão de benefícios a pessoas sem qualquer vínculo com a Universidade.

A Polícia Federal, em trabalho conjunto a Controladoria Geral da União e ao Tribunal de Contas da União, deflagrou nesta quinta-feira, 14, a Operação Ouvidos Moucos. O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luís Carlos Cancellier de Olivo, foi preso na ação contra um esquema que supostamente desviou recursos para cursos de Educação a Distância (EaD).

Em nota, a PF informou que cerca de 105 policiais federais cumprem mandados judiciais expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal em Santa Catarina, sendo 16 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão temporária e cinco mandados de condução coercitiva, além do afastamento de sete pessoas das funções públicas que exercem. Os mandados estão sendo cumpridos em Florianópolis, Itapema/SC e Brasília.

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As investigações começaram a partir de suspeitas de desvio no uso de recursos públicos em cursos de Educação a Distância oferecidos pelo programa Universidade Aberta do Brasil - UAB na UFSC. A operação policial tem como foco repasses que totalizam cerca de R$ 80 milhões.

Foi identificado que docentes da UFSC, empresários e funcionários de instituições e fundações parceiras teriam atuado para o desvio de bolsas e verbas de custeio por meio de concessão de benefícios a pessoas sem qualquer vínculo com a Universidade. O programa UAB foi instituído em 2006 pelo governo federal com o objetivo de capacitar prioritariamente professores da rede pública de ensino em regiões afastadas e carentes do interior do país.

No total serão cumpridas sete buscas e apreensões em setores administrativos da Universidade Federal de Santa Catarina e de Fundações constituídas para o fomento às atividades de ensino, pesquisa e extensão acadêmica. Também ocorrem nove buscas e apreensões em endereços residenciais de docentes, funcionários e empresários.

Um dos alvos da ação dos policiais é um depósito de documentos ainda não analisados pelos órgãos de fiscalização localizado na região norte da ilha, distante do campus da UFSC. A Justiça Federal determinou ainda que a unidade central da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes, em Brasília, forneça imediatamente à PF acesso integral aos dados dos repasse para os programas de EaD da UFSC.

Os indícios sob investigação apontam que professores, especialmente docentes do Departamento de Administração (um dos que recebe a maior parcela dos recursos destinados ao Ead da UFSC); funcionários das instituições e fundações parceiras; bem como empresários ligados às fraudes, tenham atuado em conjunto para desviar valores repassados pela Capes à UFSC. Em alguns casos, bolsas de tutoria foram concedidas até mesmo a pessoas sem qualquer vínculo com as atividades de magistério superior em Ead, inclusive parentes de professores que integravam o programa receberam, a título de bolsas, quantias expressivas.

Além disso, também foram identificados casos de direcionamento de licitação com o emprego de empresas de fachada na produção de falsas cotações de preços de serviços, especialmente para a locação de veículos. Num dos casos mais graves e mais bem documentados pelos investigadores, professores foram coagidos a repassar metade dos valores das bolsas recebidas para professores envolvidos com as fraudes.

Os alvos da Operação Ouvidos Moucos são investigados pelos crimes de Fraude em licitação, Peculato, Falsidade documental, Estelionato, Inserção de dados falsos em sistemas e Organização Criminosa.

Além dos crimes pontuais identificados na UFSC, a investigação revelou ainda uma série de vulnerabilidades nos instrumentos de controle e fiscalização dos repasses efetuados pela Capes no âmbito do programa Universidade Aberta do Brasil. Também chamou a atenção dos policiais a pressão que a alta administração da UFSC exerceu sobre integrantes da Corregedoria da Universidade que realizavam internamente a apuração administrativa, o que resultou na prisão de um integrante da alta gestão da instituição.

Instituição de excelência, a UFSC é considerada em alguns rankings uma das 10 melhores do Brasil, a universidade possui cerca de 40 mil alunos e mais de 1.500 professores. Quando somados docentes, discentes, funcionários, terceirizados e outros, mais de 50 mil pessoas circulam pelos 5 campi da instituição diariamente.

Ouvidos Moucos

O nome da operação faz referência à desobediência reiterada da gestão da UFSC aos pedidos e recomendações dos órgãos de fiscalização e controle.

Um novo concurso público da Universidade Federal de Santa Catarina está sendo destinado ao provimento de cargos técnico-administrativos. Com salários que variam entre R$ 1.739,04 a R$ 4.124,54 dependendo do cargo, as jornadas de trabalho são de até 40 horas semanais. Mais de 140 oportunidades são oferecidas no processo seletivo. 

As inscrições devem ser realizadas até o dia 3 de agosto através do site paginas.ufsc.br. Taxas de participação custam R$ 50, R$ 70 e R$ 100 e o pagamento deve ser efetuado via boleto bancário.

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Os candidatos serão selecionados por meio de provas objetiva e prática, cujo resultado final terá validade de um ano, e pode ser prorrogado por igual período. Entre as vagas disponíveis destacam-se tradutor intérprete de libras, auxiliar de biblioteca, auxiliar em administração, administrador de edifícios, técnico de eletrônica e técnico na área de Tecnologia da Informação. Para mais informações os candidatos podem checar o edital do concurso.

Confira ainda outras oportunidades em nossa página especial de certames.

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A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vai aderir ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) no ano que vem. Serão ofertadas 30% das vagas pelo sistema no primeiro semestre de 2016. A UFSC era uma das poucas universidades federais que ainda não integravam o sistema. 

A adesão foi aprovada pelo Conselho Universitário da instituição e será parcial, com a oferta de 30% das vagas de todos os cursos. A universidade ofertou em 2015, 6,5 mil vagas em 98 cursos de graduação. 

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No último processo seletivo, a UFSC era uma das quatro universidades federais que não participaram do Sisu. Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), 59 das 63 instituições estiveram na primeira edição de 2015. Estão de fora ainda a Fundação Universidade Federal de Rondônia (Unir), a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) - que participou da segunda edição de 2014. 

O Sisu seleciona estudantes para vagas em instituições públicas com base na nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As inscrições para o Enem estão abertas até o dia 5 de junho pelo site do exame.

Além do Sisu, o exame é usado na seleção de bolsas do Programa Universidade para Todos (Poruni), para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudatil (Fies), concorrer a vagas no ensino técnico pelo Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec). Além disso, é usado para certificar o ensino médio e é requisito para as bolsas do programa de intercâmbio acadêmico Ciência sem Fronteiras. 

Durante esta semana, o Portal LeiaJá fará uma seleção dos concursos do Nordeste com inscrições abertas para o cargo de professor. Nesta segunda (18), as oportunidades são para o estado da Bahia. 

Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

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Vagas: 4 para professor susbtituto (Metodologia e Prática do Ensino de Educação Física, Psicologia da Educação, Didática e Física Geral e Experimental)

Inscrições até 26 de novembro pelo site 

Taxa: R$ 100

Edital 

Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)

Vagas: 1 para professor de Tecnologia de Alimentos

Inscrições até 20 de novembro através de requerimento dirigido a Reitoria da UESC

Taxa: R$ 50

Edital disponível no site

Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Vagas: 141 para professor auxiliar, assistente A e adjunto A

Inscrições até 29 de novembro pelo site 

Taxa: R$ 95 (auxiliar), R$ 100 (assistente A) e R$ 115 (adjunto A)

Edital 

Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Vagas: 11 para professor

Inscrições até 20 de novembro presenciais

Taxa: R$ 20

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

Vagas: 1 para professor área de Sistemas Mecânicos e Estruturais

Inscrições até o dia 22 de novembro presenciais no Núcleo de Apoio Administrativo do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas.

Taxa: R$ 60

Edital 

O Ministério dos Transportes abriu consulta pública nesta sexta-feira sobre os estudos de viabilidade econômico-financeira de duas linhas de trens de passageiros na Região Sul. Um delas liga as cidades paranaenses Londrina e Maringá, passando por 13 municípios, e a outra conecta as gaúchas Caxias do Sul e Bento Gonçalves, passando por outras três cidades.

Os estudos foram feitos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a consulta pública segue até o próximo dia 30. De acordo com o ministério, a intenção é utilizar trechos de ferrovias de cargas existentes, para a passagem de trens de passageiros de média velocidade. A exploração das linhas se dará por concessão ou Parcerias Público-Privadas (PPP) e o objetivo é desafogar a malha rodoviária das regiões.

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Os estudos de outros quatro trechos ferroviários para transporte de passageiros ainda estão em desenvolvimento: Pelotas (RS) a Rio Grande (RS), Conceição de Feira (BA) a Feira de Santana (BA) - passando por Salvador -, Teresina (PI) a Codó (MA), e São Luís a Itapecuru-Mirim (MA).

Os interessados em participar do exame nacional para certificação de proficiência no uso e no ensino de língua brasileira de sinais (libras) e de proficiência na tradução e interpretação de libras-português-libras (Prolibras) podem se inscrever até o dia 5 de dezembro. 

O exame é organizado pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O certificado do Prolibras assegura a competência no uso e no ensino de libras ou na tradução e interpretação da língua. 

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Para realizar a inscrição, o candidato deve preencher o formulário disponível no site do Prolibras, imprimir o comprovante de requerimento de inscrição e o boleto bancário. A taxa custa R$ 40 e deve ser paga até o dia 6 de dezembro. 

O exame terá provas objetiva e prática, que serão realizadas em 3 de março de 2013. Para mais informações, consulte o edital.

O movimento de greve da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) intensificou as ações no início desta semana. A entrada para a reitoria, em Florianópolis, foi fechada na madrugada de segunda-feira, impedindo que os funcionários entrassem para trabalhar pela manhã. Não há previsão para que os grevistas voltem a liberar a entrada do local.

"Até dia 31 de agosto o governo precisa apresentar a Lei de Diretrizes Orçamentárias ao Congresso Nacional. É o momento exato para pressionar ainda mais o governo e forçar uma negociação. A greve não é contra a reitoria", afirmou Teresinha Ceccato, do comando local da greve e coordenadora do Sintufsc, sindicato que representa os trabalhadores da universidade.

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O movimento rejeita a proposta apresentada pelo governo de reajuste de 15% dividido em três vezes ao longo de 2013, 2014 e 2015. A categoria reivindica um aumento de 22%.

A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, assinou nesta sexta-feira (2) um protocolo com duas universidades federais, para apoio à elaboração de planos de Cultura em 17 estados e 20 municípios. A iniciativa faz parte do Programa de Fortalecimento Institucional pela Implementação do Sistema de Cultura, que, nesta primeira etapa, vai destinar para os projetos que forem aprovados até R$ 2,9 milhões, no total. A Universidade Federal de Santa Catarina vai participar da formulação de planos culturais para 17 estados e a Universidade Federal da Bahia, para 20 municípios baianos.

Além do estímulo à elaboração dos planos, o ministério quer auxiliar as representações regionais na constituição dos sistemas estaduais e municipais de Cultura, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) Unesco. Outra vertente será apoio à formação de gestores culturais no Nordeste, com a colaboração de equipes técnicas da Fundação Joaquim Nabuco e da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

O protocolo foi assinado no Complexo Cultural da Fundação Nacional de Artes (Funarte), situado no Eixo Monumental, em Brasília, onde ocorre o 1º Seminário Planos de Cultura, iniciado na quarta-feira (29). A ministra Ana de Hollanda destacou que a sua pasta procura "cumprir seu papel em relação à efetivação de políticas públicas, procurando integrar os entes artísticos e culturais ao Sistema Nacional de Cultura". Segundo ela, "não se pode pensar no Brasil concreto só por Brasília. Temos que avançar na direção dos estados e municípios onde estão as diferenças culturais e a diversidade brasileira."

O Ministério da Cultura pretende cobrir todos os estados com apoio semelhante em outra etapa, destinando recursos para completar a integração dos estados e municípios ao Plano Nacional de Cultura.

Estiveram presentes à solenidade representantes do ministério e secretários estaduais e municipais de Cultura. O secretário de Cultura da Paraíba, o jornalista, cantor e compositor Chico César destacou a importância do apoio do Ministério da Cultura à preservação dos traços culturais da população brasileira, com a destinação de recursos para a elaboração de projetos locais. Ele lembrou que o seu estado, por exemplo, destaca-se como um berço de poetas e repentistas e pelo forró, com ícones importantes no cenário artístico nacional. A Paraíba, acrescentou ele, cultua também a memória do pernambucano Luiz Gonzaga, o Rei do Forró.

Chico César quer levar para as escolas do estado o resgate da cultura do forró, "para que os alunos entendam o que somos, qual a nossa referência". Para ele, a maior dificuldade de preservar a cultura no Brasil "está nos próprios meios de comunicação e em influências maléficas que vêm da política".

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