Em maio de 1989, o programa "Domingão do Faustão" realizou um concurso para revelar a mais nova atriz que iria ganhar um papel na novela "Top Model", dirigida por Ricardo Waddington. Aprovada no teste, e concorrendo com Lisandra Souto para a mesma personagem, Adriana Esteves não parou mais. Disputada para estar em grandiosas produções, a atriz conquistou o público pelas atuações, mesmo trabalhando na concorrência.
Contracenando com Joana Fomm e Irene Ravache em "Razão de Viver", trama exibida em 1996 no SBT, Adriana protagonizou a batalhadora Zilda. No ano seguinte, a esposa do ator Vladimir Brichta retornou à TV Globo em "A Indomada", assinada por Aguinaldo Silva, na pele da justiceira Helena. Mas nem só de bondade vivem os atores na teledramaturgia, onde os amores clichês passam o bastão para as desavenças e barracos.
##RECOMENDA##Seguindo os caminhos da maldade na ficção, Drica, como é carinhosamente chamada pelos colegas nos bastidores, coleciona vilãs inesquecíveis. Entre 1998 e 1999, os telespectadores acompanharam os planos maquiavélicos de Sandrinha. A partir daí, escritores e diretores passaram a disputar o talento de Adriana para as futuras tramas.
No ar em "Segundo Sol" como a cafetina Laureta, a atriz vem recebendo elogios, de crítica e público, pela sua interpretação. De Nazaré Tedesco (1ª fase de Senhora do Destino) a Carminha (Avenida Brasil), o LeiaJá listou as antagonistas desprezíveis eternizadas por Adriana Esteves.
Sandrinha - Torre de Babel (1998/1999)
A garçonete ambiciosa causou ira na obra de Silvio de Abreu. Sonhando em crescer, Sandrinha passava por cima de tudo e todos para ter o seu lugar ao sol. Após se casar com Alexandre (Marcos Palmeiras), mas sem sucesso, a loira 'pintou e bordou'. No final da novela, Sandrinha foi a responsável por ter explodido o shopping da família do ex-marido.
Amelinha – Coração de Estudante (2002)
Mimada pelo poderoso João Mourão, Amelinha aprontou muito. Determinada a ter Edu (Fábio Assunção) para sempre ao seu lado, a personagem de Adriana Esteves caiu na graça do povo. Apesar de ser má, Amelinha era bem-humorada. Sempre humilhando a irmã caçula, a moça terminou a novela nos braços do peão Nélio (Vladimir Brichta), mesmo ela colocando terror nos 185 capítulos.
Nazaré Tedesco – Senhora do Destino (2004/2005)
A primeira fase de "Senhora do Destino", de cara, foi marcada por emoção e revolta. Na pele de uma falsa enfermeira, Nazaré Tedesco, imortalizada na segunda parte da novela por Renata Sorrah, roubou Lindalva dos braços de Maria do Carmo (Carolina Dieckmann/Susana Vieira). A passagem de Adriana no folhetim de Aguinaldo Silva foi rápida, mas marcante.
Carminha - Avenida Brasil (2012)
"Me serve, vadia, me serve". O que dizer dessa frase no texto de Débora Falabella referindo-se à Carminha no início da sua vingança? Abandonando Nina – ainda criança - no lixão de Mãe Lucinda (Vera Holtz), Carminha foi além. Ela mentiu sobre a paternidade dos filhos, traía Tufão (Murilo Benício) com Max (Marcello Novaes) e colocou o Andaraí de cabeça para baixo com as suas armações. O resultado da personagem rendeu para Adriana prêmios, como o de melhor atriz pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). Sucesso dentro e fora do Brasil, Adriana Esteves marcou a história da teledramaturgia com a sua atuação.
Inês – Babilônia (2015)
Antes de ir ao ar, a novela de Gilberto Braga fez os noveleiros aguardarem com ansiedade uma história que iria revolucionar a TV brasileira. Substituindo "A Regra do Jogo", "Babilônia" reuniu Adriana Esteves e Glória Pires para o 'núcleo mau'. A novela não agradou ao público, mas a atriz honrou seu compromisso até o final interpretando a invejosa Inês. Mesmo com toda as atitudes que uma vilã tem em cena, a personagem gerou inúmeras polêmicas, mas foi engolida pelo fracasso da audiência no horário nobre.
Laureta - Segundo Sol (2018)
Em 2018, após seis anos, Adriana Esteves sela novamente sua parceria com João Emanuel Carneiro, o mesmo autor de "Avenida Brasil". Proporcionando risos e 'ranços' entre os telespectadores, Laureta é totalmente desvinculada de Carminha. Ardilosa, a cafetina é fria, espantosa... e engraçada. O tom que Adriana Esteves colocou na personagem, que vai de chantagens até assassinatos, certifica o seu cuidado e respeito com a arte.
*Fotos: Reprodução/TV Globo