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Seu Adenilton Nicolau, pedreiro de 47 anos, conquistou a internet após ser pré-aprovado no curso de filosofia da Universidade Federal de Goiás (UFG) em primeiro lugar na cota racial. O vídeo de reação de Adenilton viralizou e a celebração da família emocionou os internautas. 

"Nossa, você vai estudar!", celebra a esposa. Em um tom de êxtase, o pedreiro reage à informação que tinha conquistado a vaga: "Melhor pontuação? Isso aqui é a nota do Enem? Nem sabia disso! Meu Deus, não acredito."

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Adenilton seria o primeiro da sua família a ingressar na faculdade. Sua filha Sara Linhares, rapper e artista, foi quem gravou e publicou o vídeo que tem mais de um milhão de visualizações só no Twitter, foi quem fez a inscrição de seu pai no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e escolheu a opção de cota racial.

Adenilton e sua família. Foto: Arquivo Pessoal

"Minhas meninas sonharam para mim um sonho que eu tinha e a Sara me ajudou a realizar. Então quero agradecer a Sara por estar me dando todo o apoio aí e vou iniciar minha jornada agora fazendo filosofia na UFG. Obrigado, galera, por estar me apoiando", diz Adenilton em um segundo vídeo.

O desencanto

Porém, a comemoração não durou muito tempo. Após a pré-aprovação, o goiano foi realizar sua matrícula na universidade e foi impedido. A justificativa foi o ensino, para a cota racial, o vestibulando deve ter feito o ensino médio integralmente na escola pública, o que desclassificou Nicolau, que fez seu EJA em uma escola privada.

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Incapaz de completar seu ensino na escola enquanto criança, Adenilton parou de estudar desde os 13 anos e só foi capaz de terminar o ensino básico pelo EJA (Educação de Jovens e Adultos), que entrou em 2012 sonhando em ter mais oportunidades com o diploma.

"Eu tentei o EJA na pública, mas eu precisava do diploma rápido porque com o diploma do ensino médio eu teria mais oportunidades e queria fazer um curso de mestre de obras. Na particular o EJA era mais rápido, com o horário mais flexível e por conta disso acabei optando por fazer na escola privada", contou Nicolau, em conversa com o LeiaJá.

Em um terceiro vídeo, Adenilton veio a público explicar a situação da sua vaga. O mesmo afirma que sua ficha 18, o certificado que comprova a conclusão do ensino médio, foi negada por ser de ensino privado. Sara Linhares, sua filha que popularizou a história, detalhou que a atendente da UFG chorou ao ter que cancelar a vaga de seu pai.

"Eu tô triste. Estou sorrindo aqui, mas só Deus sabe como eu estou por dentro. Eu quero continuar sendo uma fonte de inspiração, mas eu estou triste por quê? Nós fizemos a inscrição na faculdade na UFG, minha filha usou o sistema de cota racial e usando a nota do Enem que eu fiz também. Eu fui aprovado, só que todo o sistema de cota, você tem que vir de um ensino médio público", explica o pedreiro.

"Quando eu apresentei meu diploma lá para fazer a matrícula, veio de uma escola particular, então foi barrado por isso. Nós não tínhamos nos atentado para esse item que tem que ser de uma escola pública. Então eu passei em todas as etapas, menos nessa, então fui barrado. Por isso eu estou muito triste", continuou.

A família

Em relatos no seu perfil, Sara mencionou que se sentiu culpada pelo que aconteceu com seu pai, mas pediu para que ninguém utilizasse isso de motivo para falar mal de universidades públicas, que apenas está seguindo o que está na lei.

"Não foi erro da universidade, está claro no edital. O erro foi meu, eu matriculei o meu pai em horário de serviço, não lembrei que ele fez uma etapa do EJA dele numa escola particular e o diploma dele foi emitido pela escola particular. Então ele acaba por não se encaixar na cota", reitera a artista.

Foto: Arquivo Pessoal

Duas das filhas de Nicolau declararam que são contra qualquer comentário descredibilizando a universidade pública. Ambas são, inclusive, matriculadas em faculdades públicas e Sara é, especificamente, da UFG. Mariana Musgo, irmã de Sara e Filha de Adenilton, defende a importância das cotas mas também a reflexão sobre elas: 

"A política de cotas é extremamente importante, teve um ingresso enorme [na universidade] de uma população que não teria, mas deveria olhar caso a caso. Meu pai é um pedreiro, tem três filhas, a gente mora na região periférica de Goiânia e ele não tá em paridade de concorrer em ampla concorrência, sabe?"

As irmãs mencionam que a viralização do caso de seu pai teve lado positivo e lado negativo. Apesar de todo apoio e mensagens de incentivo, elas encontraram muito comentário maldoso e de ódio voltado a sua família. Contudo, as coisas boas se destacaram, em especial as oportunidades que apareceram para eles.

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O futuro

Conseguir a vaga e perder ela em menos de 48h foi um baque grande, mas não grande o suficiente para fazer Adenilton desistir em nenhum momento. O mesmo, apesar de estar triste, sempre declarou que continuaria na pesquisa de uma universidade para conquistar seu diploma.

"Meu sonho não morre aqui, não vou desistir, tá? Eu vou procurar uma faculdade, que seja particular mesmo para terminar esse curso em nome de Jesus", afirma o goiano.

Assim como milhares de pessoas, alguns famosos também tiveram contato com essa história. O apresentador Luciano Huck compartilhou o caso em seu perfil nas redes sociais e a cantora Lexa entrou em contato direto com a família de Goiás.

A artista mencionou que ficou muito feliz e orgulhosa pela luta e amor de Nicolau pelos estudos e por isso se ofereceu para pagar uma faculdade particular para ele. Adenilton conta que ainda está digerindo essa informação, mas está muito contente com tudo.

Outras faculdades também estão entrando em contato, oferecendo uma vaga nos em seus cursos para que ele consiga realizar seu sonho de ingressar na faculdade, aos 47 anos. Sara acredita que o sonho do seu pai não é um sonho que acabou, mas sim um sonho que começou agora.

Aprovada como cotista em um concurso da Universidade Federal de Goiás (UFG), a jornalista Gabriela Marques, que perdeu a vaga para um candidato branco após determinação judicial, foi nomeada como professora da universidade na última terça-feira (31). O participante que moveu a ação, o também jornalista e professor Rodrigo Gabrioti, desistiu da vaga após a repercussão negativa do caso.

Ele, que ocupava o primeiro lugar entre os aprovados a vaga no certame, acionou a Justiça Federal e, no dia 8 de setembro de 2022, conseguiu uma medida cautelar. Ao todo, o concurso da UFG disponibilizou 15 oportunidades para docente de magistério superior.

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Na época, Gabriela Marques foi aprovada na terceira colocação, no entanto, devido à reserva de vagas, pontuada no edital da seletiva, ela foi declarada aprovada e sua nomeação foi realizada em abril de 2022. Mas, devido à decisão judicial, teve a nomeação suspensa.

A decisão

A decisão judicial, do juiz Urbano Leal Berquó, apontou que devido ao quantitativo de vagas para o curso de telejornalismo, uma no total, a UFG não deveria reservar opções para negros. “Quando se trata de uma vaga não há que se falar em reserva para cotas (...) Não há que se falar na aplicação de tal regime [reserva de vagas] quando, reitera-se, o quantitativo de vagas é inferior a três”, alegou o juiz para o pedido do candidato.

Urbano Leal Berquó concedeu o pedido de tutela de urgência para suspender a nomeação de Gabriela. Logo, Rodrigo foi nomeado e assumiu o cargo. Após a decisão da Justiça, o Ministério Público Federal (MPF) pediu revogação da sentença. O procurador Marcello Santiago Wolff ressaltou que os argumentos utilizados pela defesa de Rodrigo Gabrioti de Lima, "não possuem fundamento legal ou moral".

Além disso, o procurador frisou que o processo seletivo da UFG a distribuição e porcentagem de vagas direcionadas a candidatos negros (20%) e pessoas com deficiência (10%). "Entender de forma contrária seria “fracionar” as vagas, o que é repudiado pelo Supremo Tribunal Federal e violar a lei de cotas raciais", pontuou Marcello Santiago Wolff.

A Universidade Federal de Goiás (UFG) adotou uma nova forma de ingresso por meio de nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A medida foi aprovada, na última semana, pelo onselho de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cultura (Cepec) da instituição e é válida para as vagas remanescentes.  

De acordo com a UFG, para essa nova forma de ingresso, o estudante pode utilizar o desempenho obtido no Enem a partir de 2009, levando em consideração a maior nota do exame. O novo procedimento adotado não exclui o Sistema de Seleção Unificado (SISU) como a principal forma de ingresso aos cursos de graduação ofertados pela UFG, que, em 2023, via SISU, ofertará 4.414 vagas.

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A Universidade Federal de Goiás (UFG) anunciou o desenvolvimento de uma nanopartícula capaz de capturar a cocaína em circulação na corrente sanguínea e, assim, evitar os efeitos da droga, até mesmo quando consumida em quantidades que causam “overdose” e podem levar à morte.

A nanopartícula é administrada por meio de medicamento intravenoso. Testes feitos com ratos nos laboratórios do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Fármacos, Medicamentos e Cosméticos da UFG, o FarmaTec, indicam a capacidade de captura de até 70% da cocaína no organismo e o retorno quase imediato da pressão arterial e dos batimentos cardíacos ao estado normal.

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“A pressão arterial e os batimentos cardíacos começam a voltar ao normal cerca de dois minutos após a administração da nanopartícula que desenvolvemos”, diz a farmacêutica Sarah Rodrigues Fernandes, em material de divulgação da UFG. Ela é autora da pesquisa, que resultou em sua dissertação de mestrado defendida há três semanas no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da universidade.

“Ao capturar a cocaína, a nanopartícula mantém a droga aprisionada em seu interior. Não permite que a droga se difunda pelo cérebro ou outras regiões do organismo. Possibilita, então, que haja tempo para uma terapia de resgate”, explica à Agência Brasil a farmacêutica Eliana Martins Lima, orientadora do trabalho e professora de nanotecnologia aplicada à área farmacêutica.

A cocaína aprisionada na partícula é retida pelo fígado na passagem da corrente sanguínea e é destruída no metabolismo feito pelo órgão.

“O que nós buscamos com isso foi viabilizar uma forma de que, no momento em que o paciente começa a perder sinais vitais, seja possível ao médico ou ao Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] salvá-lo, reduzindo aquela dose tóxica que está na corrente sanguínea”, acrescenta a orientadora, que trabalhou como professora visitante no Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.

Inovações

O experimento bem-sucedido traz duas inovações. Além de obter resultados quase imediatos para diminuir os efeitos da cocaína, a pesquisa muda e acrescenta o modo de usar nanotecnologia em terapias com medicamentos.

Desde os anos 1990, a nanotecnologia é utilizada para levar de forma mais eficaz partículas aos alvos no organismo que precisam de recuperação e proteção. O experimento mostra que a nanotecnologia também pode ser proveitosa para buscar e aprisionar substâncias e reverter um quadro crítico.

As chamadas partículas nanométricas, obtidas a partir de componentes químicos orgânicos naturais (lipídeos) e de moléculas de baixa massa (polímeros), são extremamente pequenas (1 nanômetro é 1 milhão de vezes menor que o milímetro) e, por isso, eficientes na circulação sanguínea.

Comercialização

A eventual disponibilização do medicamento para uso no socorro de pessoas em processo de overdose depende de parceria entre a universidade e laboratórios farmacêuticos. Até poder ser utilizado em seres humanos, o medicamento deve ser submetido a testes clínicos exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A produção de medicamento é investimento de médio a longo prazo. Além dos testes, a indústria farmacêutica precisa custear os laboratórios de fabricação em massa e fazer a comercialização. O laboratório que venha a se associar para a produção deverá fazer o registro para a venda.

“Nosso papel como universidade pública é formar pessoas altamente qualificadas, jovens cientistas, pesquisadores e, no meio desse caminho, produzir conhecimento novo. É muito importante, agora, que as indústrias farmacêuticas, percebam a capacidade de contribuir com esse processo de inovação e, dessa forma, identifiquem que vão conseguir manter um espaço importante no mercado”, diz Eliana.

O Ministério Público Federal (MPF) em Goiás, pelo Núcleo de Combate à Corrupção, a partir de representação recebida pela instituição, instaurou, nesta quinta-feira, 22 de março, Procedimento Preparatório (PP) para apurar a oferta pela Universidade Federal de Goiás, Regional da Cidade de Goiás, da disciplina “Golpe de 2016”.

A representação sustenta que a UFG estaria franqueando ao seu corpo discente a disciplina, tendo como objeto a análise do processo de impeachment da ex-presidente da República Dilma Roussef. Além disso, que o curso não seria revestido de caráter acadêmico ou de difusão do conhecimento, mas sim de propaganda político-partidária realizada com a utilização de bens públicos e custeada pelo erário, em prol do Partido dos Trabalhadores. Sustenta, ainda, que afrontaria os princípios da legalidade, impessoalidade, publicidade moralidade e eficiência da Administração Pública, a caracterizar ato de improbidade administrativa, além dos ilícitos penais previstos nos artigos 315 e 319 do Código Penal.

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De acordo com o procurador da República Raphael Perissé Rodrigues Barbosa, responsável pela apuração, de uma análise sumária da representação percebe-se que o viés dado à disciplina pela Instituição de Ensino Superior (IES) talvez discrepe do que prevê a Constituição Federal (art. 206, incisos II e III).

Para Perissé, a própria nomenclatura emprestada à disciplina, "Golpe de 2016", já parece demonstrar o prisma pelo qual esse grave momento da história recente do país será apresentado aos discentes. No mais, não está afastada a possibilidade de que equipamentos e recursos públicos estejam sendo empregados para a disseminação de determinada visão política do evento, o que pode, em tese, constituir ato de improbidade administrativa.

Como primeiras medidas, o MPF oficiou à Reitoria da UFG requisitando, em relação ao "Núcleo Livre Interdisciplinar sobre o Golpe de 2016", cópia integral de processos, procedimentos e atas que tenham antecedido a criação da disciplina. Requisitou, ainda, o cronograma, grade curricular da disciplina e esclarecimentos quanto a quais cursos e/ou faculdades estarão a ela vinculados; a relação dos docentes que ministrarão aula, com respectiva carga horária; o edital de seleção de discentes, ou equivalente, e, caso já tenha sido iniciada, registro em meio audiovisual do conteúdo ministrado.

A UFG tem o prazo de dez dias úteis para fornecer as informações ao MPF.

Da assessoria do MPF

Circula nas redes sociais a imagem de um estudante assistindo a uma aula nu com um grande chapéu. O caso aconteceu na última quarta-feira (13), na Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (UFG), durante uma discussão sobre arte contemporânea. 

O professor Juliano Ribeiro Moraes contou ao G1 que tudo não passou de uma brincadeira. Segundo o veículo de notícias, ocorria uma discussão sobre a capa do álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles.

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O estudante questionou se a ilustração da capa era arte contemporânea ao que o professor respondeu que sim. Em seguida, o jovem questionou se tudo poderia ser arte. "Respondi que dependia do artista. Então ele saiu e voltou pelado e questionou se aquilo era arte. Todo mundo riu na hora, levamos no bom humor. Foi uma brincadeira", disse o professor ao G1.

O professor disse ainda que o estudante ficou cerca de 20 minutos pelado na sala, mas como os estudantes não deram muito valor, ele saiu e voltou já vestido. Juliano Ribeiro Moraes diz que nunca havia ocorrido algo parecido nos sete que leciona na UFG, mas que alunos e docentes do curso de artes visuais tratam a nudez com mais naturalidade.

A Universidade Federal de Goiás (UFG) está com inscrições abertas para o concurso público que preencherá 38 vagas do quadro técnico-administrativo. Os candidatos aprovados irão atuar nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Catalão e Jataí, com remuneração inicial entre R$ 1.834,69 e R$ 3.868,21. 

Com oportunidades para os níveis fundamental, médio e superior, as inscrições terminam no dia 2 de fevereiro e ocorrem exclusivamente pela internet no site do Centro de Seleção da UFG. A taxa das inscrições é definida conforme o cargo pleiteado, com valores que variam de R$ 70 a R$ 150. As regras do concurso, que tem validade de dois anos, são prorrogáveis por igual período. Mais detalhes podem ser obtidos no edital da seleção.

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De acordo com o cronograma do edital, a prova objetiva será realizada no dia 5 de março e, para os cargos que exigem prova teórico-prática, a segunda etapa avaliativa será no período de 5 a 11 de abril. Os locais para realização da prova objetiva serão divulgados no dia 3 de março. Já o resultado final sairá no dia 31 de maio. Além da reserva de vagas para candidatos com deficiência, o concurso prevê a destinação de 20% das vagas para candidatos que se autodeclararem negros. 

A Universidade Federal de Goiás (UFG) tem um novo reitor. Nesta segunda-feira (6), tomou posse, em Brasília, Orlando Afonso Valle do Amaral, que substitui Edward Madureira Brasil. O novo gestor é doutor em física atômica e molecular pela University of Sheffield (Inglaterra) e é graduado e mestre em física pela Universidade de Brasília.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), Orlando atuou como professor colaborador em sua universidade de formação e depois ingressou na UFG, onde desempenhou diversas funções direcionadas para a educação superior. Atualmente, o novo reitor é professor titular do Instituto de Física, lecionando as disciplinas de Mecânica Quântica, Teoria Eletromagnética, Eletricidade e Magnetismo, Mecânica Clássica, Mecânica, Física e Biofísica, entre outras.

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