O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) recebeu, neste sábado (19), a denúncia de um funcionário do metrô do Recife (MetroRec) informando que uma das estações da cidade foi aberta e ativada a partir das 5h da manhã. Segundo a determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), o metrô deve funcionar com 100% de sua frota nos horários de pico, iniciando às 5h30. O Sindmetro-PE afirma que, fora do horário determinado, “qualquer acidente ou tragédia que aconteça com as vítimas será integralmente de responsabilidade da direção da CBTU.”
Um funcionário do metrô, que teve sua identidade preservada pelo sindicato para evitar possíveis represálias, gravou o momento em que chegou na estação Werneck, às 5h02. A bilheteria estava fechada, mas as catracas de acesso já estavam ligadas, com passageiros circulando na plataforma.
##RECOMENDA##O denunciante, que escreveu diretamente ao presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, afirma que procurou o supervisor da empresa contratada responsável pela segurança do Metrô, que informou que "estava cumprindo ordens do CCM (Centro de Controle e Monitoramento), inclusive para abrir sem bilheteria aberta, ou seja, abdicando da renda (erário público)”.
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O LeiaJá procurou a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), mas não obteve resposta até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto para esclarecimentos da estatal sobre o ocorrido.
Confira a mensagem enviada pelo trabalhador:
"Prezado Sr. Luiz Soares,
Informo que hoje, 19 de agosto, quando cheguei na estação Werneck às 5h e 10 min, enquanto aguardava o horário combinado no TRT6 (Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região) para desempenhar minhas funções, o vigilante - seguindo orientação do seu supervisor imediato, abriu a estação antes do horário acordado sem autorização, consentimento e mesmo sem informar a nenhum funcionário da CBTU presente. A bilheteria ainda estava fechada. A CP (Chefe de Posto) desceu e fechou a estação quando soube do ocorrido.
Após a reabertura no horário acordado. O supervisor da BBC (empresa contratada responsável pela segurança do Metrô) esteve na estação e informou que estava cumprindo ordens do CCM (Centro de Controle e Monitoramento), inclusive para abrir sem bilheteria aberta, ou seja, abdicando da renda (erário público).
Solicito providências para que esse tipo de assédio não ocorra novamente. E que a empresa cumpra o acordo que ela mesma solicitou no TRT6.”